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SOBRE

O AUTOR


Frank Herbert nasceu em 1920 em Tacoma, Washington. Desde cedo
soube que queria ser escritor e, em 1939 mentiu sobre a sua idade para conseguir
o seu primeiro emprego no jornal Glendale Star.

Houve um hiato temporário em sua carreira de escritor enquanto ele serviu
na marinha americana como um fotógrafo durante a Segunda Guerra Mundial.
Ele casou-se com Flora Parkinson em 1941, mas se divorciou em 1945 após o
nascimento de sua filha.

Depois da guerra, ele foi até a Universidade de Washington onde
conheceu Beverly Ann Stuart numa turma de escrita criativa em 1946. Eles eram
apenas estudantes numa turma onde ninguém havia vendido qualquer tipo de
publicação—Herbert havia vendido duas histórias para revistas e Stuart havia
vendido uma história para revista Modern Romance. Eles se casaram em Seattle
em 20 de junho de 1946. Seu primeiro filho, Brian Herbert nasceu em 1947.
Frank Herbert não se formou em uma faculdade, de acordo com Brian, porque
ele só estudava o que lhe interessava e, portanto, não conseguia completar os
cursos necessários.

Depois da faculdade, ele retornou ao jornalismo, trabalhando no Seattle
Star e no Oregon Statesman. Ele também foi escritor e editor da revista
California Living (da San Francisco Examiner) por mais de uma década.

Herbert começou a ler ficção científica nos anos quarenta e, na década de
50 começou a escrevê-la, com pequenas histórias que eram publicadas em
Startling Stories e outras revistas. Durante essa década publicou cerca de 20
histórias.

Herbert recusou-se a permitir que a grande banda inglesa de heavy metal
IRON MAIDEN utilizasse o nome da sua obra "Duna" num dos seus temas do
álbum "Piece of Mind", A música de Iron Maiden ficou conhecida como "To
Tame a Land"

Sua carreira como romancista começou com a publicação de The Dragon
in the Sea em 1955, história ambientada num submarino do século XXI como
uma forma de explorar sanidade e loucura. O livro previu os conflitos mundiais
sobre a produção e o consumo de petróleo. O livro foi um sucesso de crítica, mas
não atingiu grande sucesso comercial.

Herbert começou a pesquisar Duna em 1959 e pode dedicar-se em tempo
integral a obra porque sua esposa voltou a trabalhar em tempo integral como
escritora de propagandas para lojas de departamento. Helbert relatou mais tarde
em sua entrevista com Willis E. McNeilly que o romance iniciou-se quando ele
supostamente deveria escrever um artigo sobre dunas de areia de Florence,
Oregon, mas ele ficou tão envolvido que retornou com muito mais material do
que seria necessário para um simples artigo. O artigo nunca foi escrito, mas
serviu como base para as idéias que levaram a "Duna".

Depois de seis anos de pesquisa e escrita, Duna foi terminado em 1965.
Muito longe do que se esperava de ficção científica na época, ele foi publicado
na revista Analog em dois volumes separados, em 1963 e 1965. Ele foi rejeitado
por aproximadamente 20 editoras antes de finalmente ser aceito. Um editor
profeticamente escreveu "Posso estar cometendo o erro da década, mas...," antes
de rejeitar o manuscrito. Mas Chilton, uma editora de pequeno porte na
Filadélfia deu a Herbert um adiantamento de U$7500,00 e Duna logo foi um
sucesso de crítica. Ele ganhou o prêmio Nebula pelo melhor romance em 1965 e
dividiu o prêmio Hugo em 1966. Duna foi o primeiro romance de ficção
científica ecológico, contendo uma grande quantidade de temas inter-
relacionados e diferentes pontos de vista de seus personagens - uma
característica presente em todo o trabalho maduro de Herbert.

O livro não se tornou um bestseller instantâneamente. Em 1968 Herbert
ganhara U$2000,00 com suas publicações, muito mais do que os romances de
ficção científica da época estavam lucrando, mas não o suficiente para torna-lo
um escritor em tempo integral. Entretanto, a publicação de Duna abriu muitas
portas. Ele foi um professor de escrita no Seattle Post-Intelligencer de 1969 até
1972 e estudante de uma série de temas interdisciplinares na Universidade de
Washington (1970–2). Ele trabalhou no Vietnam e no Paquistão como consultor
social e ecológico em 1972. Em 1973 foi diretor de fotografia do programa de
televisão The Tillers.

Um homem é um idiota em não colocar tudo de si, a qualquer momento,
no que está criando. Você está fazendo a coisa no papel. Você não está
destruindo, está plantando uma semente. Então, não se preocupe com
inspiração, ou qualquer coisa como isso. É apenas uma questão de sentar e
trabalhar. Eu nunca tive problemas em escrever apenas um parágrafo. Eu já
ouvi falar disso. Eu me sentia relutante em escrever em alguns dias, por
semanas inteiras, e as vezes até por mais tempo. Eu preferiria muito mais ir
pescar, por exemplo, ou apontar alguns lápis, ou ir nadar, ou por que não? Mas,
depois, retornando a leitura do que eu havia produzido, eu era incapaz de
detectar a diferença do que veio facilmente e do que eu fiz quando me sentei e
disse "Bem, agora é hora de escrever e agora eu vou escrever". Não havia
diferença entre um papel e outro."
- Frank Herbert

Em 1972 ele pode se tornar um escritor em tempo integral e durante os
anos 70 e 80, teve um sucesso comercial considerável como escritor. Ele viveu
entre os estados do Hawaii e Washington. Em sua época ele escreveu vários
livros e abordou temas ecológicos e filosóficos. Ele continuou a saga Duna,
continuando com O Messias de Duna, Os Filhos de Duna e O Imperador Deus
de Duna. Outros textos foram The Dosadi Experiment, The Godmakers, The
White Plague e os livros que escreveu em parceria com Bill Ransom: The Jesus
Incident, The Lazarus Effect e The Ascension Factor.

Mas sua ascensão foi marcada por tragédia. Em 1974, Bervely foi operada
de cancer, o que deu a ela mais dez anos de vida, mas afetou sua saúde. Ela
morreu em 7 de fevereiro de 1984. Em sua dedicatória em As Herdeiras de
Duna, Herbert escreveu uma nota para sua esposa.

1984 foi um ano tumultuado na vida de Herbert. No mesmo ano que sua
esposa morreu, sua carreira decolou com o lançamento da versão filmada de
Duna, por David Lynch. Apesar da grande expectativa, de uma produção com
grande orçamento e com um elenco classe A, o filme foi pouco elogiado pela
crítica e público nos Estados Unidos. Entretanto, apesar da resposta americana
desapontadora, o filme foi um sucesso na Europa e no Japão. No mesmo ano
Herbert publicou o quinto livro da saga, Os Hereges de Duna. Finalmente, após a
morte de Bervely, Herbet casou-se com Theresa Shackelford depois de um ano.

Em 1986 Herbert publicou As Herdeiras de Duna, que deixou em aberto
várias possíveis sequências para a saga. Esse foi o trabalho final de Herbert que
morreu de cancer do pancreas em 11 de fevereiro de 1986, na cidade de
Madison, Wisconsin com 65 anos.

Fonte: Wikipédia
{1}
Uma máquina de efeito de solo é um veiculo que se move sobre um colchão de ar, soprado para
baixo por um sistema de hélices ou rotores. O popular bovercraft inglês tornou-se quase um sinônimo
destas máquinas. (N. do T.)
{2}
Guerreiro da mitologia escandinava, componente da guarda de Odin. (N. do T.)
{3}
Sereia da mitologia germârcica, que habitava o rio Reno antes da poluigão de suas águas. (N. do T.)
{4}
Espécie de periscópio destinado a abastecer de ar uma tenda recoberta de areia. (N. do T.)
Devanear, sonhar acordado, — no original, woolgathering, literalmente “colher lã” — gerou essa
{5}

cadeia de pensamentos na mente de Leto (N. do T.)


{6}
No original. o autor faz um trocadilho com a expressão Shebang (armação, negócio). formada
pelas palavras she (ela) e bang (som de explosão) numa alusão de Malky à ação do exército feminino de
Leto. (N. do T.)
{7}
Anos-padrio. (N. do T.)
{8}
Lemingue: mamífero encontrado no norte da Europa e da América do Norte. A espécie é conhecida por
seu suicídio em massa. Os animais atiram-se aos milhares do alto de penhascos em direção ao mar. onde
nadam até morrerem de exaustão. (N. da T.)
{9}
Um compartimento destacável, numa espaçonave, para abrigar pessoal ou instrumentos. (N. da
T.)
{10}
A expressão em inglês One hand for your self and one for the ship tem como correspondente em
português “Um olho no padre, outro na missa”. (N. da T.)

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