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Nome: Suzana Izabel Avelino da Silva

Questão 1. Julgue as assertivas em verdadeiras (V) ou falsas (F):

1. (f) Em caso de frustração da execução fiscal, a Fazenda Pública possui legitimidade


para requerer a recuperação judicial do devedor empresário.

2. (f ) O ajuizamento da ação de recuperação judicial do devedor principal impede que


prossigam as ações e execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou
coobrigados em geral, garantidores da dívida.

3. (v) O plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor não poderá estipular
prazo maior que 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-
mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza salarial vencidos nos 3 (três) meses
anteriores ao pedido de recuperação judicial

4. (v) A distribuição do pedido recuperação judicial torna prevento o juízo para qualquer
outro pedido de recuperação judicial, relativo ao mesmo devedor.

5. (v) Quando afastado o devedor, compete a assembleia geral de credores na recuperação


judicial eleger o gestor judicial.

6. (f) Aplicam-se as disposições da Lei n. 11.101/05 as sociedades de economia mista e


as empresas públicas.

7. (v) O administrador judicial da empresa em recuperação judicial não será


obrigatoriamente um advogado.

8. (f) Desde a propositura da ação até a homologação do plano de recuperação aprovado


pelos credores, o devedor em recuperação deverá acrescer em seu nome empresarial a
expressão “em recuperação judicial”.

9. (v) A Lei de Recuperação e Falências dispõe que o devedor que, no momento do


pedido, exerça regularmente a sua atividade há mais de 2 (dois) anos, poderá requerer a
recuperação judicial.

10. (f) Ao deferir o processamento da recuperação judicial, o curso da prescrição, nem


tampouco o curso das ações e execuções são suspendidos em desfavor do devedor.

11. (f) Não se submeterá aos efeitos recuperacionais, o crédito de promitente vendedor
de imóvel cujo contrato contenha cláusula de irretratabilidade.
12. (f) As despesas eventualmente feitas pelos credores para tomarem parte na
recuperação são exigíveis do devedor.

13. (v) Entre as várias formas para se preservar a empresa, tem-se o trespasse.

14. (v) Ao ser deferida a recuperação judicial, o devedor não é afastado da posse e da
gestão da empresa.

15. (v) A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise
econômico financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do
emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a
preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.

16. (f) O plano de recuperação considerar-se-á aprovado pela manifestação favorável da


maioria simples dos credores presentes na assembleia, independentemente do valor do
crédito que cada um detiver e da classe a que pertencer.

17. (f) É competência da assembleia geral de credores destituir o administrador judicial


e eleger seu substituto.

18. (f) Todos os créditos existentes na data do pedido, desde que estejam vencidos à época
do requerimento, sujeitam-se à recuperação judicial.

19. (v) É competente para deferir a recuperação judicial de empresas nacionais o juízo
do principal estabelecimento do devedor.

20. (f) Para que seja aprovado o plano de recuperação judicia, as obrigações a título
gratuito devem ser satisfeitas.

Questão 2. Vinil Tubos Plásticos para construção Ltda., sob administração de


Ricardo Carvalhais, requereu, diante do cenário de crise provocado pela pandemia
do COVID-19, recuperação judicial em Londrina/PR. No curso do processo, o juiz
da 1ª Vara Empresarial de Londrina determinou a convocação de assembleia de
credores para a escolha de gestor judicial. Instalada em primeira convocação, a
assembleia aprovou a indicação de João Vicente como gestor judicial, pelos credores
das classes I e III do art. 41 da Lei 11.101/05. O credor com privilégio especial Águia
Construtora Ltda., ausente na deliberação, apresentou impugnação à aprovação do
gestor, sob o fundamento de que João é primo (parente de 4º grau) do
administrador. Ainda, é de destacar que Banco Santander S.A, único credor com
garantia real (classe II), não esteve presente à assembleia. Em decorrência da
ausência do Banco Santander S.A não foi atingido o quórum de instalação na classe
II, apesar de presentes a totalidade dos credores das classes I e III. Pleiteia Águia
Construtora Ltda. a sustação da nomeação do gestor. Isto posto, pergunta-se:

a) o fato de serem primos, constitui impedimento para a nomeação do gestor


judicial?

João Vicente, primo de Ricardo Carvalhais, poderá ser nomeado gestor judicial, pois o
impedimento em relação ao parentesco com o devedor não atinge o parente de 4º grau do
devedor, pois o impedimento é do parentesco até o 3º grau, com fundamento no Art. 30,
§ 1º, da Lei nº 11.101/05.

b) Houve irregularidade na instalação da assembleia?

Sim, de acordo com o artigo 37 da lei 11.101 haverá efetiva instalação da assembleia em
1ª convocação quando comparecerem ao ato os credores titulares de mais da metade dos
créditos de cada uma das classes de credores. Não sendo atingido esse quórum, a
assembleia será instalada em 2ª convocação com a presença de qualquer número de
credores.

No casa in concreto, faltou quórum necessário para instalação de credores na classe II,
pela ausência do Banco Santander S.A, portanto deveria ter sido instalada assembleia em
2° convocação

c) caso não houvesse consenso na nomeação pela assembleia, o juiz poderia nomear
pessoa de sua confiança?

Não, de acordo como artigo 65 da lei 11.101, quando houver afastamento do devedor,
“o juiz convocará a assembleia geral de credores para deliberar sobre o nome do gestor
judicial”.

A substituição do devedor ou dos responsáveis pela administração da atividade


empresarial, quando ocorrer os fatos descritos no art. 64 da Lei de falência e
recuperação judicial, se dará pela indicação assembleia geral de credores.
Ainda, o administrador judicial exercerá as funções de gestor enquanto a assembleia
geral não deliberar a escolha deste, de acordo com 1§ do artigo 65 da lei 11.10.

Questão 3. Roger Abdelmassih e Ivo Starling constituíram a sociedade simples “Clínica


e Centro de reprodução humana Doutor Roger Abdelmassih” para o exercício da
medicina em 1985. A clientela era atraída para a clínica pelo primeiro sócio, médico
renomado e reconhecido nacionalmente por reprodução assistida em vitro. Devido aos
inúmeros escândalos divulgados pela mídia a partir do ano de 2009, a atividade exercida
pela clínica reduziu drasticamente, de modo que Ivo viu-se em extrema dificuldade
financeira. Preocupado, Ivo lhe procura na qualidade de advogado e indaga se seria
possível requerer a recuperação judicial. Em caso positivo, quais deveriam ser os
requisitos a serem preenchidos.

De acordo com a Lei nº 11.101/2005, artigo 1º, estão sujeitos ao processo falimentar as
pessoas físicas e jurídicas, desde que sejam enquadrados como empresário e como
sociedade empresária. O empresário, segundo a definição do artigo 966 do Código Civil,
é a pessoa física que desenvolve atividade econômica organizada e profissional. Em
observância à exceção fixada no § 1º, artigo 966, Código Civil, não são empresários e,
portanto não estão sujeitos a lei falimentar, as pessoas físicas que exercem atividade
intelectual, de natureza científica, artística e literária, exceto se forem elemento de
empresa. Logo, o médico não está sujeitos à lei falimentar.

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