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Por
Núbia Wendling.
Texto 1
O físico Albert Einstein é considerado um dos maiores gênios de todos os tempos. Um estudo de
12 novas fotografias do cérebro de Einstein concluiu que sua massa cinzenta é realmente
diferente em vários aspectos.
O fascínio vem de longa data: enquanto realizava a autópsia do físico, morto em 1955, o
patologista Thomas Harvey removeu seu cérebro e o conservou em formol, tirando uma série de
fotos antes de cortá-lo em 240 blocos. Ele então seccionou os
blocos em cerca de 2000 lâminas para estudo microscópico e
nos anos seguintes distribuiu as fotos e as lâminas do cérebro a
alguns importantes pesquisadores pelo mundo.
Os estudos realizados mostraram que partes de seu cérebro continham uma quantidade anormal
de um tipo de células chamadas gliais para cada neurônio. E que uma área de seu cérebro, o
lobo parietal, relacionado a funções espaciais e visuais, continha um padrão diferente de sulcos
e rugas.
NOVO ESTUDO
A descoberta mais importante refere-se aos padrões extremamente complexos de certas partes
do córtex cerebral de Einstein, principalmente nos córtex pré-frontal e visual.
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Atividade Acadêmica: Comunicação da Ciência
Para Sandra Witelson, neurocientista que já estudou o cérebro do físico, "isso deve servir como
um incentivo para outras investigações do cérebro de Einstein e das consequências de suas
variações anatômicas".
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1187467-cerebro-de-einstein-era-mais-complexo-que-o-normal.shtml
Texto 2
Uma pesquisa feita na Universidade Estadual Paulista (Unesp) em São José do Rio Preto pode
dar origem a um novo tratamento para o câncer de laringe. O estudo mostra que a anexina-1,
proteína anti-inflamatória produzida pelo organismo, é capaz de diminuir o avanço desse tipo de
tumor.
Durante seu doutorado, a bióloga Thaís Gastardelo, sob a orientação da também bióloga Sônia
Oliani, mostrou que células de câncer de laringe cultivadas em laboratório proliferaram menos
quando expostas à anexina-1.
Segundo Oliani, outro ponto positivo do uso da proteína é a ausência de reações adversas.
“Pesquisas anteriores mostraram que, quando aplicada a animais de laboratório, a anexina-1 não
causa efeitos colaterais.”
Embora os resultados obtidos ainda sejam preliminares, Gastardelo aposta que o sucesso do
tratamento com anexina-1 se deve à capacidade que a proteína tem de combater inflamações.
“Ainda estamos estudando quais mecanismos moleculares estão envolvidos no tratamento, mas
provavelmente a ação anti-inflamatória da proteína contribui para diminuir a proliferação das
células cancerosas”, afirma.
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Atividade Acadêmica: Comunicação da Ciência
Oliani conta que a ideia de estudar a anexina-1 surgiu a partir de pesquisas que mostraram que
Por
a incidência de inflamação está associada a processos tumorais. Essa relação foi evidenciada
pela análise de biópsias de tumores de laringe de 20 pacientes. Nelas, as pesquisadoras
identificaram intensa atividade de células inflamatórias que liberam substâncias favoráveis ao
crescimento do tumor e ao surgimento de vasos sanguíneos, o que aumenta a possibilidade de
disseminação do câncer para outros órgãos.
A pesquisadora alerta que, embora haja evidências de que a ação anti-inflamatória da anexina-1
é uma boa alternativa para o tratamento do tumor de laringe, ainda é preciso investir em novos
experimentos. “Apesar de regular o avanço do câncer, a proteína precisa passar por testes em
humanos para confirmar o potencial da terapia.”
Gastardelo acrescenta que a pesquisa também pode trazer esperança para quem tem outros
tipos de câncer e revela que novos estudos serão feitos para descobrir como a anexina-1 age
sobre diferentes tumores. “O próximo passo será estudar a ação da proteína sobre as células do
câncer de colo de útero.”
Mariana Rocha
Especial para a CH On-line
http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2012/10/alternativa-natural-contra-o-cancer
10. Identifique que expressões são usadas para qualificar os autores dos trabalhos.
No primeiro texto o autor da notícia usa os adjetivos “patologista” e “antropóloga”
para se caracterizar os pesquisadores e no segundo texto ambas pesquisadoras
são caracterizadas como “bióloga”.