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A coletânea a seguir trata de uma discussão presente há muito tempo em todo o mundo: os
desafios éticos que envolvem os testes científicos em animais e em seres humanos. É inegável que os
experimentos realizados previamente nesses seres vivos, ao longo do tempo, contribuíram para a
diminuição e o controle de determinadas doenças, trazendo melhorias para a saúde. Contudo, é
necessário estabelecer limites para que os estudos científicos não acarretem malefícios e sofrimento aos
animais ou aos sujeitos de pesquisa, como já ocorreu no passado. Em um contexto de pandemia mundial,
no qual a ciência tem um papel muito importante, é necessário refletir sobre essas questões. Confira os
textos para realizar a atividade proposta.
TEXTO 1
Ética
substantivo feminino
1 - parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem,
disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especialmente a respeito da essência das
normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.
2 - conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
TEXTO 2
Fim da crueldade? As alternativas da ciência para o uso de animais em pesquisa
Por que os animais são usados em pesquisa?
Embora animais e humanos possam parecer diferentes, em um nível fisiológico e anatômico eles
são muito parecidos.
Os animais, de ratos a macacos, têm os mesmos órgãos (coração, pulmões, cérebro etc.) e
sistemas de órgãos (respiratório, cardiovascular, nervoso etc.) que desempenham as mesmas funções
quase da mesma maneira.
A semelhança significa que mais de 90% dos medicamentos usados para tratar animais são os
mesmos ou muito semelhantes aos desenvolvidos para tratar pacientes humanos. Existem, claro,
pequenas diferenças, mas são superadas pelas semelhanças.
Cerca de 95% de todos os animais de laboratório são ratos e camundongos. Pesquisadores gostam
de estudá-los, pois a maneira como seus corpos trabalham internamente é muito semelhante ao
funcionamento do nosso corpo. [...]
“Fim da crueldade? As alternativas da ciência para o uso de animais em pesquisa”. Bio em foco.
TEXTO 3
Cobaias humanas
Eram 400 homens doentes, todos negros. Mas, para os cientistas que os observavam, eles valiam
apenas como cobaias de laboratório. Os pesquisadores sabiam qual era a doença deles. Depois de algum
tempo, sabiam como curá-la. Apesar disso, negavam-se a dar o tratamento. Apenas registravam
metodicamente a piora nas condições de saúde dos doentes. Enquanto isso, os homens morriam, um a
um.
Coisa de campo de concentração nazista? Não exatamente. A pesquisa com 400 portadores de
sífilis foi feita em Tuskegee, Alabama, Estados Unidos. Terminou em 1972, com uma denúncia da própria
comunidade científica, depois de se arrastar por quatro décadas. A penicilina era indicada como
tratamento básico para a sífilis desde 1943. Em 1997, o então presidente Bill Clinton pediu desculpas
àquela comunidade do Alabama. O Estudo de Sífilis de Tuskegee rendeu grande parte das informações
que temos hoje sobre a doença, mas é consenso que foi um grande erro. Entrou para a história como
exemplo de tudo o que não se deve fazer em experiências médicas com seres humanos. Isso não quer
dizer que as experiências com gente tenham sido abandonadas. [...]

“Cobaias humanas”. Superinteressante.


PROPOSTA
Após a leitura e a análise da coletânea, redija uma dissertação argumentativa sobre o tema: Os
limites éticos de experimentos científicos em animais e humanos. Delimite um ponto de vista claro e
procure sustentá-lo por meio de raciocínios lógicos consistentes, além de exemplos a eles conectados de
modo coeso e coerente. Apresente proposta de intervenção que respeite os Direitos Humanos. Não faça
cópias ou paráfrases dos textos de apoio, que servem apenas para nortear suas ideias. Respeite a norma-
padrão da língua portuguesa.

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