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@aryannalinhares @trtcomary

CUSTAS

1. Quem recolhe custas e quanto?

Art. 789, CLT. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho,
nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como
nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição
trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de
2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e
quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas:

I - quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor;

II - quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado


totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa

III - no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em


ação constitutiva, sobre o valor da causa;

IV - quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar.

2. Quando as custas serão recolhidas?

Art. 789, CLT. (...)

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§ 1º As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão.
No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro
do prazo recursal.

§ 2º Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o


montante das custas processuais.

OJ 140, SDI-1, TST. DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS processuais.


recolhimento insuficiente. DESERÇÃO (nova redação em decorrência do
CPC de 2015) - Res. 217/2017, DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017

Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito


recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco)
dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não
complementar e comprovar o valor devido.

3. Acordo

Art. 789, CLT. (...)

§ 3º Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o


pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes.

4. Dissídios Coletivos

Art. 789, § 4º, CLT. (...)

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§ 4º Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo
pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo
Presidente do Tribunal.

5. Isentos

Art. 790-A, CLT. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários
de justiça gratuita:

I - a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias


e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem
atividade econômica;

II - o Ministério Público do Trabalho.

Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades


fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas
no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela
parte vencedora.

Súmula 86, TST. DESERÇÃO. MASSA FALIDA. EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO


EXTRAJUDICIAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 31 da SBDI-
I) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de


custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se
aplica à empresa em liquidação extrajudicial. (primeira parte - ex-Súmula nº 86 -
RA 69/78, DJ 26.09.1978; segunda parte - ex-OJ nº 31 da SBDI-I - inserida em
14.03.1994)

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6. Execução

Art. 789-A, CLT. No processo de execução são devidas custas, sempre de


responsabilidade do executado e pagas ao final, de conformidade com a
seguinte tabela:

I - autos de arrematação, de adjudicação e de remição: 5% (cinco por cento)


sobre o respectivo valor, até o máximo de R$ 1.915,38 (um mil, novecentos e
quinze reais e trinta e oito centavos);

II - atos dos oficiais de justiça, por diligência certificada:

a. em zona urbana: R$ 11,06 (onze reais e seis centavos);

b. em zona rural: R$ 22,13 (vinte e dois reais e treze centavos);

III - agravo de instrumento: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis


centavos);

IV - agravo de petição: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos);

V - embargos à execução, embargos de terceiro e embargos à arrematação: R$


44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos);

VI - recurso de revista: R$ 55,35 (cinqüenta e cinco reais e trinta e cinco


centavos);

VII - impugnação à sentença de liquidação: R$ 55,35 (cinqüenta e cinco reais e


trinta e cinco centavos);

VIII - despesa de armazenagem em depósito judicial – por dia: 0,1% (um décimo
por cento) do valor da avaliação;

IX - cálculos de liquidação realizados pelo contador do juízo – sobre o valor


liquidado: 0,5% (cinco décimos por cento) até o limite de R$ 638,46 (seiscentos
e trinta e oito reais e quarenta e seis centavos).

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QUESTÕES

1. (TRT1 AJEM) A respeito de custas e emolumentos no Processo do


Trabalho, conforme normas legais aplicáveis, é correto afirmar:

(A) Nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da


jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão
à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e
sessenta e quatro centavos).

(B) Em caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em


ação constitutiva, as custas relativas ao processo de conhecimento serão
calculadas sobre o valor arbitrado pelo Juiz.

(C) O Ministério Público do Trabalho e as entidades fiscalizadoras do exercício


profissional estão isentas do pagamento das custas processuais.

(D) Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça


gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo
não terá nenhuma responsabilidade pelo pagamento das custas devidas.

(E) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte


sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária de justiça
gratuita.

2. (TRT3 AJAJ) No Processo do Trabalho, na fase de conhecimento, as


custas serão sempre pagas

(A) no momento da propositura da ação e incidirão no percentual de 2% sobre o


valor atribuído à causa.

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(B) ao final do processo e incidirão no percentual de 2% sobre o valor da causa,
em caso de procedência ou procedência em parte do pedido, e sobre o valor do
acordo, em caso de conciliação.

(C) ao final do processo e incidirão no percentual de 2% sobre o valor da


condenação, em caso de procedência e procedência em parte do pedido, e sobre
o valor do acordo, em caso de conciliação.

(D) ao final do processo e incidirão no percentual de 5% sobre o valor da


condenação, em caso de procedência, procedência em parte do pedido e sobre
o valor do acordo, em caso de conciliação.

(E) ao final do processo e incidirão no percentual de 5% sobre o valor da


condenação, apurado em liquidação de sentença, em caso de procedência,
procedência em parte do pedido, e sobre o valor do acordo, em caso de
conciliação.

3. (TRT16 AJAJ) Em determinada reclamação trabalhista o Conselho


Regional de Medicina do Estado do Maranhão − CRM-MA foi condenado em
R$ 11.000,00 relativo a danos morais sofridos por ex-empregado. O CRM-
MA pretende interpor recurso ordinário. Neste caso, no tocante às custas
processuais, estas

(A) serão devidas no importe de R$ 220,00.

(B) serão indevidas uma vez que o CRM-MA é isento do recolhimento de custas
processuais.

(C) serão devidas no importe de R$ 110,00.

(D) serão devidas no importe de R$ 330,00.

(E) somente serão devidas a final e dependerão do valor da condenação após o


trânsito em julgado da demanda.

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4. (TRT16 AJAA) Antonio ajuizou reclamação trabalhista contra sua ex-
empregadora, a empresa Luz e Harmonia Ltda., pleiteando o pagamento de
verbas rescisórias, não pagas, dando à causa o valor de R$ 40.000,00. Em
audiência, as partes se compuseram amigavelmente, obrigando-se a
empresa a pagar o valor de R$ 15.000,00 ao autor, mediante acordo
homologado pelo Juiz. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho −
CLT, as custas processuais serão

(A) de R$ 400,00.

(B) de R$ 800,00.

(C) de R$ 150,00.

(D) de R$ 300,00.

(E) nulas, tendo em vista que no processo do trabalho vige o princípio da


hipossuficiência do reclamante.

5. (TRT09 AJAJ 2015) Segundo as normas que regem a matéria relativa às


custas processuais e aos emolumentos no Processo Judiciário do
Trabalho,

(A) a responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte


sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária de justiça
gratuita, uma vez que a gratuidade atinge apenas as custas processuais em
sentido estrito e não o labor de terceiro.

(B) as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 1% e


serão calculadas, no caso de procedência do pedido formulado em ação
declaratória, por valor arbitrado pelo juiz, ainda que tenha sido atribuído um valor
à causa pelo autor.

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(C) em caso de acordo na reclamatória trabalhista, se de outra forma não for
convencionado, o pagamento das custas caberá ao reclamado, visto que
implicará pagamento de algum valor ao reclamante.

(D) a isenção de custas processuais prevista na CLT é extensiva e alcança as


entidades fiscalizadoras do exercício profissional.

(E) nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo


pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo
Presidente do Tribunal.

6. (TRT5 OJAF) No processo do trabalho, NÃO são isentos do pagamento


de custas

(A) os beneficiários de justiça gratuita.

(B) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

(C) as autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que


não explorem atividade econômica.

(D) o Ministério Público do Trabalho.

(E) as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

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GABARITO

1 A
2 C
3 A
4 D
5 E
6 E

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