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Despesas Processuais

(Art. 82 ao 84)

Despesas processuais são verbas pagas aos serventuários da justiça que tem
como destinação os cofres públicos, esse pagamento se dará pela prática de
ato processual conforme a tabela da lei. (há uma tabela onde descreve o preço
dos processos).
Há atos, no curso do processo, que implicam despesas. Por exemplo, os
relacionados à prova pericial, que exigem o pagamento dos honorários do
perito. Salvo os casos de justiça gratuita, cumpre às partes prover as despesas
dos atos que realizam ou requerem no processo
A prestação da tutela jurisdicional é onerosa e funciona por intermédio de
serviço público remunerado.
As despesas processuais não envolvem os honorários advocatícios

Quem arcar com os custos (Art. 82)


De acordo ao Art. 82 caberá as partes arcar com as despesas dos seus atos,
essas despesas abrangerão o processo em sua totalidade.
Arcará com os custos a parte derrotada no processo (aquele contra quem a
sentença condenou). Portanto, será condenado na sentença a pagar as
despesas em que a parte vencedora antecipou, além dos honorários
advocatícios sucumbenciais
Honorários de sucumbências: são honorários advocatícios pagos pela parte
sucumbente (Parte perdedora – Quem perde paga)
A regra abrange o processo em sua totalidade. Ou seja, da petição inicial à
sentença final ou adimplemento da obrigação, como na execução
No entanto, existem casos em que o pagamento deve ser feito de maneira
antecipada, não havendo a possibilidade de se aguardar o desfecho do
processo
A resposta é dada pelo Art. 82 e § 1º, bem como o art. 95, ambos do CPC. O
primeiro trata da antecipação das despesas em geral, e o segundo, da
antecipação das despesas relativas à prova pericial. A regra geral do Art. 82 é:
as despesas serão antecipadas por quem requereu a prova (ou o ato); se a
prova for requerida por ambas as partes, ou determinada de ofício pelo juiz ou
a requerimento do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica, caberá ao
autor a antecipação das despesas. Já em relação à prova pericial, prevalece o
disposto no Art. 95: a antecipação será feita por quem requereu a prova, mas
se ela tiver sido requerida por ambas as partes, ou determinada de ofício pelo
juiz ou a requerimento do Ministério Público fiscal da ordem jurídica, as
despesas serão rateadas
Esse é o ônus pela antecipação, mas somente quando for prolatada a sentença
é que se saberá quem, em definitivo, suportará as despesas do processo, pois
só então se apurará quem é o sucumbente. Se o autor requereu perícia,
cumpre-lhe antecipar os honorários do perito. Mas, se, ao final, sair vitorioso, o
juiz condenará o réu a ressarci-lo das despesas processuais que teve de
antecipar
Em caso de desistência da ação ou renúncia ao direito em que ela se funda, as
despesas ficarão a cargo do autor; em caso de reconhecimento jurídico do
pedido, a cargo do réu. Se o procedimento for de jurisdição voluntária, as
despesas serão adiantadas pelo requerente e rateadas entre os interessados
(CPC, Art. 88).
Se a parte sucumbente for beneficiária da justiça gratuita, o juiz a condenará ao
pagamento das despesas, mas a execução não poderá ser feita, a menos que
o adversário comprove que o sucumbente já adquiriu condições de suportá-las,
sem prejuízo de seu sustento
Portanto, conforme o parágrafo 2º, contudo, o vencido será condenado, na
sentença, a pagar as despesas que a parte vencedora antecipou (as custas
processuais e os honorários advocatícios sucumbenciais ou arbitrários
também).

Fora do Brasil/Calção (Art. 83)


Quando o autor, contudo, residir fora do Brasil ou passar a residir fora após o
início do processo, seja ele brasileiro ou não, deverá não apenas arcar com as
despesas processuais, nos moldes do art. 82 do Novo CPC, até a sua
residência fora, mas também prestar caução suficiente ao pagamento das
custas processuais e dos honorários advocatícios da parte contrária caso não
tenha bens imóveis que assegurem o pagamento. Esta é, afinal, uma medida
que visa garantir o pagamento diante da sucumbência do autor.
A calção deverá ser suficiente para cobrir custas processuais e honorários
advocatícios
Situações em que a calção será dispensada:
- Se houver acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte
(Atualmente apenas Portugal tem esse acordo com o Brasil)
- No processo de execução e no cumprimento de sentença, pois a
existência de um título executivo, judicial ou não, válido demonstra que
há uma causa de agir e um direito constituído que necessita ser
executado. Ou seja, não há o risco de que o autor seja perdedor, pois se
está em fase de execução do direito
- Reconvenção
Por fim, o juízo poderá requerer ainda um reforço da caução, quando entender
que o valor depositado se desfalcou durante o processo

Despesas (Art. 84)


De acordo com Art. 84: será despesas processuais:
- Indenização de viagem
- A remuneração do assistente técnico
- Diária de testemunha

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