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Arts. 77 e 78 do CPC.
Ônus: uma faculdade que a parte possui. A parte pode ou nã o agir de determinada
maneira para atingir certa finalidade. Sendo uma faculdade, ao nã o exercê-la a parte nã o
será sancionada por isso, mas apenas deixa de garantir ou até de ganhar algo.
Dever: é quando a parte deixa de cumprir um dever processual e recai num ilícito, fazendo
incidir sobre si uma sançã o processual. O nã o exercício de um dever deve trazer sançã o ao
autor do ilícito. Tais sançõ es decorrem do fato de ter a parte incidido em ato atentató rio à
dignidade da justiça ou litigâ ncia de má fé.
Advogados NÃ O podem ser condenados nem por um, nem por outro.
Em relaçã o ao ato atentató rio à dignidade da justiça, o § 6º do art. 77 dispõ e que
“aos advogados públicos ou privados (...) não se aplica o disposto nos parágrafos 2º e
5º, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão
de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará”.
A litigâ ncia de má fé nã o tem disposiçã o expressa que dispense os advogados, mas
nã o os inclui no rol de sujeitos aptos a responder.
Art. 77. Além de outras disposiçõ es deste Có digo, sã o deveres das partes, de seus
procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
Art. 77 § 2º do CPC
Multa de até vinte por cento (20%) do valor da causa, de acordo com a gravidade
da conduta.
Consideraçõ es importantes sobre a multa punitiva por ato atentató rio à dignidade da
justiça:
A alegaçã o de litigâ ncia de má -fé deve ser apresentada ao juiz responsá vel pelo caso, por
meio de uma petiçã o escrita ou oral durante a audiência.
Penalidades:
DESPESAS PROCESSUAIS
As custas processuais sã o despesas de natureza nã o tributá ria pagas pela parte que
correspondem à taxa para prestaçã o do serviço pú blico dos Tribunais.
Custas:
Ao final do processo, aquele que perdeu o processo (o vencido) deverá reembolsar a parte
vencedora das custas processuais que ela antecipou.
Entretanto, de acordo com o art. 86, se cada litigante for em parte vencedor e vencido, as
despesas serã o distribuídas entre eles.
Se houver sentença com fundamento em desistência, renú ncia ou reconhecimento da
procedência do pedido, as custas processuais deverã o ser pagas pela parte que desistiu,
renunciou ou reconheceu o pedido.
Os honorá rios periciais estã o incluídos nas despesas processuais. Portanto, quando o juiz
condena a parte vencida ao seu pagamento, condena também ao ressarcimento das
despesas que o vencedor porventura adiantou.
O art. 85 do CPC/2015 determina que os honorá rios sucumbenciais devem ser fixados no
patamar de 10% (dez por cento) a 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenaçã o, do
proveito econô mico obtido ou do valor atualizado da causa.
Os honorá rios de sucumbência sã o pagos sempre por aquele que for vencido na causa.
Pela sistemá tica adotada pelo Novo CPC, ainda que haja vencedor e vencido nos dois polos
da açã o, o Juiz é obrigado a fixar os honorá rios sucumbenciais que cada parte terá que
pagar para a outra – nã o haverá compensaçã o de honorá rios.
Os honorá rios de sucumbência sã o fixados por lei e dizem respeito a uma porcentagem do
valor da causa ou um valor fixado pelo juiz à parte vencedora de uma demanda.
Os honorá rios advocatícios sã o os valores fixados pelo advogado para representar o seu
cliente, independente do resultado do processo.
Com o Novo CPC, o pagamento dos honorá rios de sucumbência deve ser feito ao
advogado da parte vencedora, e nã o à parte vencedora em si.
Outra inovaçã o importante do Novo CPC foi a criaçã o dos honorá rios recursais, que
aumentam o valor devido à parte vencedora caso recursos sejam interpostos durante o
processo.
GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A Assistência Judiciá ria Gratuita está prevista no artigo 5o, inciso LXXIV da Constituiçã o
Federal, que atribui ao Estado a obrigaçã o de garantir que a pessoa com poucos recursos
financeiros tenha acesso a um advogado, sem ter que arcar com o custo de sua
contrataçã o.
Defensoria Pú blica.
A Gratuidade de Justiça está regulamentada nos artigos 98 a 102 do Có digo de Processo
Civil, que revogou algumas disposiçõ es da Lei 1.060/50. Consiste na isençã o de taxas ou
custas processuais; honorá rios de advogado (sucumbência), perito, contador ou tradutor;
eventuais indenizaçõ es a testemunhas; custas como exames de DNA e outros necessá rios
ao processo; depó sitos para interposiçã o de recursos ou outros atos processuais; despesas
com envio de documentos e publicaçõ es; entre outros.
Pessoa natural.
Pessoa jurídica.
Estrangeiro.
Auferir renda familiar mensal nã o superior a 03 salá rios mínimos. Se a renda for superior,
mas até 04 salá rios mínimos, também deve estar presente ao menos uma das seguintes
situaçõ es:
Nã o seja proprietá ria, titular de aquisiçã o, herdeira, legatá ria ou usufrutuá ria de bens
mó veis, imó veis ou direitos, cujos valores ultrapassem a quantia equivalente 150 salá rios
mínimos. (R$ 211.800,00).
Em caso de partilha de bens (em divó rcio, inventá rio, etc.), o valor dos bens nã o poderá
exceder ao limite de 250 salá rios mínimos. (R$ 353.000,00).
Ú ltimas 03 (três) declaraçõ es do imposto de renda – IR, ou prova que nã o possui renda
suficiente para declarar, que poderá ser emitida no site da receita federal.
Certidõ es dominiais negativas, (prova que nã o é dono de bens imó veis).
Extratos bancá rios dos ú ltimos 03 (três) meses de todas as contas vinculadas ao CPF do
requerente.
Despesas extraordiná rias, como por exemplo: exames e laudos médicos que comprovem
doenças, bem como os gastos relacionados (se for o caso).
Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos
que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.
O artigo 98, § 6º do CPC prevê que, conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao
parcelamento de despesas processuais que o beneficiá rio tiver de adiantar no curso do
procedimento.
MOMENTO DE REQUERER
A gratuidade de justiça pode ser requerida pelas partes a qualquer momento do curso do
processo, o que deve incluir a quinta fase do procedimento, que consiste na fase de
cumprimento de sentença, nos termos do art. 99 do CPC.
A impugnaçã o à gratuidade de justiça pode ser requerida nos pró prios autos pela parte
contrá ria quando da interposiçã o do recurso (CPC, art. 100) e deve ser instruída com
prova inequívoca de que a parte hipossuficiente tem condiçõ es de arcar com as despesas
do processo. Sem a prova, o benefício deve ser mantido.