SUJEITOS DO

PROCESSO

Prof. Ana Paula L. Sakauie

PARTES
São as pessoas físicas ou jurídicas
que têm interesses opostos e
buscam a resolução de um conflito
por meio do processo judicial. São
divididas em autor (quem inicia a
ação) e réu (quem é demandado na
ação).
MAGISTRADO
É o responsável por conduzir o
processo, garantindo que as normas
legais sejam observadas e
assegurando o direito das partes. Ele
toma decisões e sentenças com base
nas provas e argumentos
apresentados pelas partes..
MINISTÉRIO PÚBLICO
Em alguns casos, dependendo da
natureza da ação, o Ministério
Público pode atuar como parte no
processo, defendendo o interesse
público, a ordem jurídica e os
direitos fundamentais.
ADVOGADO
Representam as partes no processo,
apresentando petições, argumentos,
requerimentos e realizando defesas
orais durante audiências. São
responsáveis por atuar dentro das
regras processuais para garantir os
interesses de seus clientes.
TERCEIROS
São pessoas que, mesmo não
sendo as partes principais do
processo, têm um interesse direto
na sua solução. Eles podem intervir
no processo como assistentes,
amicus curiae, litisconsortes ou
denunciantes da lide.
TESTEMUNHAS
São pessoas que prestam
depoimento sobre fatos
relevantes para o processo,
contribuindo com informações
que auxiliam na formação do
convencimento do juiz.
PERITOS
São profissionais especializados
que podem ser nomeados pelo juiz
para emitir parecer técnico sobre
questões específicas do processo,
como peritos contábeis, médicos,
engenheiros, entre outros.
AUXILIARES DA
JUSTIÇA
São os servidores que trabalham
no cartório, na secretaria e em
outras áreas do sistema
judiciário, auxiliando no trâmite
processual e na organização dos
documentos e audiências, bem
como os tradutores, intérpretes,
depositários, entre outros.
 MAGISTRADO
O magistrado, ou juiz, possui
uma série de poderes e
atribuições no processo judicial
para garantir a eficácia, a
imparcialidade e a justiça do
procedimento. Esses poderes
variam de acordo com o sistema
legal de cada país, mas em geral,
os principais poderes do
magistrado no processo civil
incluem:
 MINISTÉRIO PÚBLICO

Ministério Público (MP) pode

participar do processo civil em
situações específicas
determinadas por lei (art. 178,
CPC), principalmente quando
há interesses públicos em jogo.
 Participação do Ministério R|R

Público
Ações de Interesse Público Defesa de incapazes Medidas de proteção à Ação de alimentos em
O Ministério Público pode O MP pode atuar como criança e adolescente favor de menores
ingressar em ações civis defensor de pessoas
públicas para defender incapazes que não tenham O MP pode entrar com Quando há atraso no
interesses coletivos ou representantes legais ações para a proteção de pagamento de pensão
difusos da sociedade, como adequados, como crianças e adolescentes alimentícia a menores, o
meio ambiente, direitos do menores de idade, em situações de risco, Ministério Público pode
consumidor, patrimônio incapazes mentalmente ou como pedidos de guarda, entrar com ação visando
cultural, entre outros. Um pessoas em situação de tutela ou adoção. assegurar o direito desses
exemplo é quando o MP vulnerabilidade. Por menores a receber os
atua para garantir a exemplo, o MP pode ser alimentos devidos.
proteção de um parque nomeado para defender
natural ameaçado de os interesses de uma
degradação por uma criança em uma disputa de
construção não autorizada. guarda.
Atenção
Art. 279, CPC - AUSÊNCIA DE
INTIMAÇÃO DO MEMBRO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO PARA
ATUAR COMO FISCAL DA LEI
DEVERES
DAS
PARTES
Art. 77 e 78, CPC
 Deveres das
partes
ART. 77 CPC – PRINCÍPIO DA PROBIDADE
PROCESSUAL - “Consiste em a parte sustentar
suas razões dentro da ética e da moral, não
utilizando mecanismos de chicana e fraude
processual” - Nelson Nery Jr. De acordo com
Marinoni “O art. 77 é o fundamento da
necessidade de boa-fé objetiva no processo
civil. A boa-fé objetiva revela-se no
comportamento merecedor de fé, que não
frustre a confiança do outro”
 PENALIDADES

A violação ao disposto nos incisos IV e VI

Aos advogados públicos ou privados e aos
do art. 77, constitui ato atentatório à
membros da Defensoria Pública e do
dignidade da justiça, devendo o juiz, sem
Ministério Público não se aplica o disposto nos
prejuízo das sanções criminais, civis e
§§ 2º a 5º, do art. 77, devendo eventual
processuais cabíveis, aplicar ao
responsabilidade disciplinar ser apurada pelo
responsável multa de até vinte por cento
respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao
do valor da causa, de acordo com a
qual o juiz oficiará.
gravidade da conduta.
Responsabilidade das partes
- Art. 79, CPC
Responde por perdas e danos aquele que
litigar de má-fé como autor, réu ou
interveniente, cabendo a aplicação de multa
de 1 a 10% por cento do valor corrigido da
causa, sem prejuízo de outros prejuízos. Caso
o valor da causa seja irrisório ou inestimável a
multa poderá ser fixada em até 10 salários
mínimos.
 Despesas
processuais
Prevê o art. 82 do CPC, que
caberá às partes prover as
despesas dos atos que realizem
ou requerem no processo,
antecipando-lhes o pagamento,
ressalvados os casos de
concessão de justiça gratuita.

O princípio da sucumbência
recíproca é um conceito jurídico
aplicado em alguns sistemas
judiciais, como no Brasil, no âmbito
do Direito Processual Civil. Ele se
relaciona com os custos e despesas
processuais, especificamente no
que diz respeito às chamadas
"verbas sucumbenciais", que são os
honorários advocatícios e custas
processuais que uma parte vencida
deve pagar à parte vencedora.
O princípio da sucumbência recíproca
estabelece que, quando as partes
envolvidas em um litígio obtêm vitória
parcial e parcialmente são vencidas,
cada uma delas arcará com parte das
despesas e honorários advocatícios
da outra parte, de acordo com o
percentual de sucumbência. Isso
significa que a parte que obteve uma
vitória parcial também será
responsável por pagar uma parte das
despesas da parte contrária, na
medida em que tenha sucumbido em
algum ponto da demanda.
 Honorários
Advocatícos
Os advogados são livres para
estipular o valor dos seus
serviços, encarregando-se o
mercado de sua regulação. A
tabela da OAB não é obrigatória,
mas serve de parâmetro para o
arbitramento previsto no art.
22,§2, da Lei 8.906/1994..
Art. 85, CPC

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.

§ 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença,

provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos,
cumulativamente.

§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento
sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:

I - o grau de zelo do profissional;

II - o lugar de prestação do serviço;

III - a natureza e a importância da causa;

 Assistência
judiciária
“Art. 5º (...)
LXXIV - o Estado prestará assistência
gratuita
jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;"

“Art. 98, CPC. A pessoa natural ou

jurídica, brasileira ou estrangeira, com
insuficiência de recursos para pagar as
custas, as despesas processuais e os
honorários advocatícios tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei.

Art. 99. O pedido de
gratuidade da justiça pode
ser formulado na petição
inicial, na contestação, na
petição para ingresso de
terceiro no processo ou
em recurso.
Art. 100. Deferido o pedido, a parte
contrária poderá oferecer impugnação
na contestação, na réplica, nas
contrarrazões de recurso ou, nos casos
de pedido superveniente ou formulado
por terceiro, por meio de petição
simples, a ser apresentada no prazo de
15 (quinze) dias, nos autos do próprio
processo, sem suspensão de seu curso.
Parágrafo único. Revogado o
benefício, a parte arcará com as
despesas processuais que tiver deixado
de adiantar e pagará, em caso de má-
fé, até o décuplo de seu valor a título
de multa, que será revertida em
benefício da Fazenda Pública estadual
ou federal e poderá ser inscrita em
dívida ativa.
 R|R

Ficou com
dúvida?