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Responsabilidade Processual

Art. 79 ao 81

Elencou-se nos Artigos 79 ao 81 a Responsabilidade das Partes por Dano


Processual.
A Responsabilidade por Dano Processual trata-se de norma que institui
responsabilidade processual pela má-fé no processo. Essa responsabilização
independe do resultado do processo: pode o demandado ver o pedido do
demandante julgado improcedente e ainda assim ser condenado por dano
oriundo da má-fé processual. Exemplo: alegar fatos inverídicos sobre as partes
dentro do processo
Apanha tanto o demandante, o demandado como terceiro interveniente,
inclusive o assistente (Art. 119, CPC).
O Ministério Público, eventualmente responsável por dano processual, não
responde na forma do Art. 79, CPC, respondendo nos termos do Art. 181, CPC.
O órgão jurisdicional, igualmente, não se submete ao Art. 79, sendo
responsabilizável pela via do Art. 143, CPC’’.
Responsabilidade processual, patrimonial e por dano processual, são as
mesmas coisas
A base da Responsabilidade Processual encontra-se no Art. 5º do CP

Espécies de responsabilidade processual


Responsabilidade Ética-Moral
De acordo com Fredie Didier Jr essa responsabilidade indica aos
sujeitos do processo um respeito ao comportamento Ético
(Responsabilidade) e também Moral (Responsabilidade sobre às suas
próprias ações)
Aos indivíduos que não respeitam a Responsabilidade Ética-Moral irão
responder patrimonialmente. Neste caso, a esses indivíduos pode-se
ingressar com uma ação regressa
Responsabilidade Patrimonial
De acordo com Art. 5º e 79 do CPC todos aqueles que intervém no
processo (Partes, Juiz, Promotor, Defensor...) devem agir com boa-fé
processual, havendo comprovação de litigância de má-fé respondera por
dano
Litigar de má-fé é aquele que mente no processo, que ludibria...

Considera-se litigante de má-fé (Art. 80)


- Deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato
incontroverso;
- Alterar a verdade dos fatos;
- Usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
- Opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
- Proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
- Provocar incidente manifestamente infundado;
- Interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Portanto, conceitua-se a litigância de má-fé como sendo uma conduta abusiva,
desleal ou corrupta realizada por uma das partes dentro de um processo, com
o intuito de prejudicar a parte contrária, o entendimento do juiz ou de alcançar
algum objetivo ilegal.
O rol constante do art. 80, CPC, não é taxativo. Existem outras previsões ao
longo do Código que viabilizam a imposição de multa por litigância de má-fé no
processo. Por exemplo, Art. 142, CPC’’.

Consequências da má-fé (Art. 81)


O reconhecimento da litigância de má-fé acarreta a condenação cumulativa do
participante desleal em perdas e danos (desde que, evidentemente, se aponte
o prejuízo causado à parte pela conduta de má-fé da outra no processo, STJ,
1.ª Turma, REsp 220.054/SP, rel. Min. Humberto Gomes de Barros, j.
08.08.2000, DJ 18.09.2000, p. 100)
Também, nas despesas processuais, inclusos aí os honorários advocatícios, e
em multa, estabelecida entre um a dez por cento sobre o valor da causa.
Se a causa for inestimável ou o valor a ela atribuído for irrisório, o valor da
multa pode ser arbitrado em até dez vezes o valor do salário mínimo.
Há, pois, elementos punitivos e indenizativos em nosso sistema de reprimenda
à má-fé. Desinteressa para aplicação da sanção por má-fé processual se a
parte ocupa a posição de demandante ou de demandado, se se sagrou ou não
vencedora no processo.
Havendo litigância de má-fé, calha a condenação, que pode ser imposta de
ofício ou a requerimento da parte’’.
No parágrafo 1º do respectivo Artigo consagra-se como ocorrerá em caso de
pluralidade de litigantes de má-fé. Dessa forma cita-se o Art. 81, § 1º ‘’Quando
forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na
proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que
se coligaram para lesar a parte contrária’’.
§ 2º dispõe ‘’Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa
poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo’’.
Por fim, o § 3º sobre o valor da indenização e dessa forma discorre (Marinoni
2021, p. 106) ‘’Se for possível desde logo demonstrar-se o montante do dano
causado, deve o juiz fixá-los já na sentença. Não sendo possível, remete-se a
parte à liquidação por arbitramento (arts. 509, I e 510, CPC) ou pelo
procedimento comum (arts. 509, II e 511, CPC)’’.

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