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1 INTRODUÇÃO

O trabalho trata de um estudo sobre o planejamento financeiro pessoal, que


se define como um instrumento pertencente ao conjunto de ferramentas da
administração financeira, que tem como objetivos o reconhecimento da situação de
desiquilíbrio econômica atual e a adoção de medidas para se reestabelecer o
controle, além do estudo dos passos a serem dados com o intuito de alcançar os
objetivos (ACCIOLY, 2011).
O planejamento financeiro visa auxiliar, tanto pessoas físicas, jurídicas,
quanto públicas e privadas. Estudos apontam que quanto mais planejados são os
gastos das organizações e/ou das pessoas, mais seguras elas se sentem no
presente, o que contribui para alcançar suas metas e portanto, mais felizes e
satisfeitas consigo serão, o que resultará, em ganho de potencia e
consequentemente em mais qualidade de vida (CHEROBIM, 2011).
Especialistas como Halles (2007), indicam que o planejamento é a ferramenta
mais importante no processo de tomada de decisão e isso abrange todos os setores
da vida. Não sendo diferente no planejamento financeiro pessoal, se todos os gastos
forem antecipados e devidamente registrados, sendo observadas as receitas de tal
modo que a primeira não sobressaia à segunda, os objetivos de curto prazo
traçados no momento do planejamento, serão alcançados de forma eficiente e
eficaz. Resultando em subsídios para a elaboração de objetivos de médio e longo
prazo, tais como; investimento em poupança, bolsa de valores, viagens, gastos com
entretenimento, compra de bens duráveis, imóveis, entre outras coisas.
Pires (2007), afirma que um bom planejamento pode fazer mais pelo futuro
de uma pessoa do que muitos anos de trabalho, o referido autor afirma ainda que
pessoas com problemas financeiros são menos produtivas, mais estressadas,
adquirem mais facilmente patologias e consequentemente uma vida com uma
qualidade muito baixa. Uma pesquisa da PWC (2013) afirma que um terço dos
funcionários endividados passam cerca de duas horas durante o expediente,
pensando nos problemas financeiros pessoais. Outra pesquisa, realizada entre
trabalhadores americanos, realizada pela PFEEF (2012), mostra que 29% das
pessoas endividadas sofrem de ansiedade aguda e 23% passaram por momentos
de depressão profunda, contra 4% das pessoas com orçamento equilibrado.
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Portanto, diante da relevância de tal tema e da pequena quantidade de
discussões no âmbito do nosso país sobre o assunto, justifica-se o trabalho devido a
necessidade de se avaliar a influência da falta de planejamento financeiro pessoal
na queda da qualidade de vida. Visto que em muitos estudos, sobretudo, realizados
em outros países, conclui-se que há sim essa relação. Desta forma, se faz
necessário investigar se tal realidade se aplica também ao ambiente que servirá de
base para nossa pesquisa.
Com base no exposto foi definido o seguinte problema de pesquisar: De que
forma a desordem financeira pessoal influência na qualidade devida. O trabalho tem
como objetivo apresenta uma pequisar sobre a importância e influência do
planejamento financeiro como instrumento capaz de favorecer uma melhor
qualidade de vida.
A partir do obejetivo geral foram definidos os seguintes objetivos especificos:
 Analisar planejamento financeiro conceitualmente;
 Identificar relação entre acesso a educação financeira e desiquilíbrio das
contas;
 Verificar as consequências da falta de planejamento financeiro;
 Estabelecer a partir dos resultados, relação entre falta de planejamento
financeiro e baixa qualidade de vida;

O trabalho está organizado em cinco capítulos, sendo o primeiro esta


introdução e o último as considerações finais. O segundo capítulo compõe a
fundamentação teórica necessária ao entendimento do assunto. O terceiro capítulo é
dedicado a metodologia utilizada na elaboração do trabalho. Cabe ao quarto capítulo
apresentar os resultados do trabalho obtidos através da aplicação do instrumento de
coletas de dados/questionário aplicado em 22 pessoas que trabalham numa
determinada empresa do Recife/PE e as discursões.

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2 GESTÃO FINANCEIRA
2.1 FINANÇAS PESSOAIS
O conceito de finança foi criado nos anos de 1950 através de um artigo
escrito por Harry Markwitz, alguns autores a definem como o estudo de como as
pessoas aplicam seus recursos ao longo do tempo, outros explicam que finanças
além de uma ciência é uma profissão da gestão do dinheiro, sua área de estudo são
as instituições e mercados financeiros, o funcionamento dos sistemas financeiros,
além do mercado financeiro local ou domiciliar (BODIE E MERTON, 2002).
Pires (2007, p. 13) define desta forma finanças pessoais:

as finanças pessoais têm por objeto de estudo e análise as condições de


financiamento das aquisições de bens e serviços necessários à satisfação
das necessidades e desejos individuais. Numa economia baseada em
moeda e crédito, as finanças pessoais compreendem o manejo do dinheiro,
próprio e de terceiros, para obter acesso às mercadorias, bem como a
alocação de recursos físicos (força de trabalho e ativos pertencentes ao
indivíduo) com a finalidade de obter dinheiro e crédito. Como ganhar bem e
como gastar bem, em síntese, é o problema com que lidam as finanças
pessoais.

Podemos então distinguir duas grandes áreas do campo das finanças;


finanças é a ciência que analisa de um modo geral, os ativos financeiros de qualquer
natureza. Já finanças pessoais é o campo ou área de estudo dos ativos financeiros
individuais, familiares ou de uma comunidade. O ato de um individuo ou uma família
obter seus ganhos financeiros e/ou decidir o que fazer com eles, fazem parte do
campo das finanças pessoais (GITMAN, 2001).
Kiyosaki e Lechter (2001) ressaltam que, no momento histórico em que
vivemos, marcado pelo grande desenvolvimento tecnológico, sobretudo, no campo
informacional, a educação continua sendo um instrumento valiosíssimo como base
no processo de tomada de decisão, seja no campo privado ou profissional. Porém,
os mesmos autores destacam que outra ferramenta imprescindível, são as
habilidades financeiras, pois, preparam para uma vida equilibrada economicamente
e servem pontapé para a realização de muitos sonhos.
Para o autor Bussinger (2005) uns mais cedo, outros mais tarde,
independente de gênero, raça, renda e/ou idade, terão que lidar com a
administração do dinheiro, ele salienta ainda que o desconhecimento dos
mecanismos dos mercados financeiros exclui, constantemente, milhões de pessoas
da capitalização e das diversas oportunidades oferecidas no mercado.
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2.2 FINANÇAS COMPORTAMENTAIS

Existe um campo das finanças que analisa como ilusões cognitivas


influenciam erros na avaliação de valores, probabilidades e riscos, esse campo se
denomina finanças comportamentais. Essa área das finanças acredita que nem
sempre agimos racionalmente no momento de tomada de decisões, sendo
influenciados por fatores psicológicos e comportamentais (FORATTINI, 1991).
Segundo Rocha (2007), poderíamos eliminar erros em situações de risco se no
momento da tomada de decisões aprendêssemos com as experiências passadas.
As finanças comportamentais esclarece que existem semelhanças, entre o
comportamento humano e o processo de aprendizagem, tais como: dissonância
cognitiva, as contradições nas atitudes e comportamento, excesso de confiança,
conservadorismo, arrependimento e a ilusão de que sabe de tudo (CHEROBIM,
2011).
Esse campo das finanças explica como funciona a mente humana na hora de
decidir, por exemplo, qual o tipo de investimento adotar, quando é hora de investir,
ou o melhor momento para contrair novos gastos, entre outros. Alguns estudiosos
explicam, que os fatores psicológicos e comportamentais nem sempre influenciam
para a tomada de decisões corretas, e que é muito importante para um
planejamento financeiro eficaz, que seja feito isento de fatores emocionais, o que
muitas vezes só é alcançado com a ajuda de um profissional responsável por
realizar planejamentos financeiros pessoais (FRANKENBERG, 1999).

2.3 PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL

O Brasil durante muitos anos de sua curta história, impossibilitou que seus
moradores pudessem realizar qualquer tipo de planejamento financeiro, devido aos
sucessivos planos econômicos e descontrolada inflação. A década de 1980 à 1990 é
a mais emblemática, entre os anos marcados por essas características, anos
inclusive apelidados de década perdida (GREMAUD, 1696 ).
Por causa da inflação galopante, em que o preço dos produtos eram
remarcados duas, três ou mais vezes por dia, além do perigo dos investimentos

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serem aprisionados por decretos governamentais, as pessoas não se sentiam
estimuladas a terem seus parcos recursos em qualquer outro lugar que não seja
embaixo do colchão (ACCIOLY, 2011).
Esse cenário sofre uma alteração profunda, a partir do plano real em meados
da década de 1990, onde o cenário macroeconômico passa a ser bem mais
previsível, os agentes econômicos (as empresas, a indústria, o comércio e os
indivíduos) passam a realizar planejamento financeiro, indicando o quanto vão
investir, os gastos com maior precisão. O governo por sua vez, cria metas de
inflação, controle de gastos públicos e planos de investimento, essas condições
criaram o ambiente necessário para o crescimento econômico, o aumento do poder
aquisitivo da população e consequentemente, a diminuição das incertezas das
pessoas, quanto ao quadro macroeconômico. O que por sua vez influencia
diretamente o quadro microeconômico, ou seja, as finanças pessoais e o
planejamento financeiro pessoal (BRESSER – PEREIRA, 2002).
As famílias dependem do ambiente macroeconômico o mais previsível
possível, pois dele dependem para saberem o quanto terão de ganhos e quanto
poderão gastar, investir ou poupar. Como bem afirma Meurer e Samohyl (2001) o
cenário macroeconômico é de vital importância e influencia diretamente as decisões
tomadas pelos indivíduos.
Meurer e Samohyl (2001, p. 07) afirmam o seguinte:
A tomada de decisões econômicas por empresas e indivíduos é parte
inerente à vida, embora isto nem sempre seja percebido porque pode ser
um processo intuitivo. Estas decisões microeconômicas são fortemente
influenciadas por aquilo que está acontecendo ou virá a acontecer no
ambiente macroeconômico. Em decorrência disso, o conhecimento sobre o
que está acontecendo no ambiente mais amplo da economia do país e do
mundo pode ter efeitos benéficos sobre as tomadas de decisão, tanto por
reduzir as chances de erro como pela avaliação das consequências
possíveis em diferentes situações.

Diante deste cenário o planejamento financeiro pessoal torna-se uma


importante ferramenta de controle. De acordo com Frankenberg (1999),
planejamento financeiro pessoal significa estabelecer e seguir uma estratégia
precisa, deliberada e dirigida para a acumulação de bens e valores que irão formar o
patrimônio de uma pessoa e de sua família, sem apontar cortes e privações como
meio para o acúmulo de bens. Ainda segundo o autor, por meio do planejamento é
possível adequar o rendimento, identificar e suprimir gastos supérfluos, planejar
compras evitando o pagamento excessivo de juros.
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Segundo Halles (2007), o orçamento doméstico pode ser definido como uma
planilha, na qual são anotados todos os gastos e despesas familiares, com o
objetivo de proporcionar um panorama geral da vida econômica e dos hábitos
familiares.
Conforme Macedo (2007), o planejamento financeiro deve funcionar como um
mapa de navegação para a vida financeira. Mostra onde está, onde quer chegar, e
quais caminhos percorrer para ser bem-sucedido.
Orçamento familiar é o planejamento que se faz com o dinheiro para evitar o
endividamento e os gastos desnecessários. Ele é relativo ao cálculo de previsões
das receitas e despesas durante determinado período. É uma ferramenta
valiosíssima que ajuda a administrar os recursos, quanto se ganha, quanto se gasta
o que se têm condições de comprar e quanto se pode pagar pelos artigos que se
deseja comprar (CHEROBIM, 2011).
Macedo (2007) também coloca que é por meio do planejamento que se
conhece em detalhes o ganho, aprende-se a poupar, a gastar adequadamente e a
controlar as finanças para atingir os objetivos desejados. O autor afirma que, “assim
como ocorre em vários aspectos da vida, ter certa medida de autoconhecimento
também pode ser ferramenta útil na administração das finanças pessoais”.
Seguindo esse contexto, para Rassier (2010) o planejamento financeiro visa o
sucesso pessoal e profissional e não somente o sucesso material, porque uma
pessoa organizada com as suas finanças poderá trabalhar por prazer e não por
obrigação. Nesse sentido Rassier (2010, p. 15) afirma: “planejamento financeiro é o
processo de gerenciar os recursos com o objetivo de atingir satisfação pessoal,
obter independência financeira e conquistar sonhos”.
A chave para o sucesso e a possibilidade de atingir uma vida financeira mais
equilibrada depende da educação (HALFELD, 2001). Frankenberg (2002) aponta
que o endividamento do brasileiro relaciona-se diretamente à ausência de uma
educação financeira. Cada vez mais estimulados ao consumo pelos incisivos
programas de publicidade e cada vez menos preparados para refletir sobre os seus
rendimentos, investimentos, necessidades e gastos, os indivíduos acabam por
assumir dívidas que, muitas vezes, estão aquém do seu poder de pagamento.

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De acordo com Accioly (2007), ainda não existe de fato no Brasil a prática da
educação financeira; não se aprende a lidar com o dinheiro na escola, muito menos
em casa.

2.4 PLANEJAMENTO FINANCEIRO E CONDIÇÃO SOCIOECONÔMICA

As famílias ao longo da história, sempre se agruparam em torno daquele que


se classificava como o provedor e mantenedor do grupo familiar, e essas figuras
históricas, em geral, era o pai e mãe. Modernamente, as famílias passaram por uma
mudança, sobretudo em países subdesenvolvidos como o Brasil, que os grupos
familiares agrupados em torno dos avós ou apenas da figura materna. E essa
realidade é muito marcante no Brasil. A alta na expectativa de vida, a natalidade alta
entre adolescentes, a baixa escolaridade e o desemprego, são algumas razões que
explicam tal fenômeno. E esse cenário tem impacto direto no planejamento
financeiro familiar (BRESSER – PEREIRA, 2002).
A maior parte dessas famílias se encontram em situação de vulnerabilidade
socioeconômica, se encontram com um orçamento bem apertado, tendo que atender
a varias demandas básicas para sua sobrevivência, a prática de planejamento
financeiro fica bem distante de duas realidades, não só por se encontrarem quase
sempre com déficit em seu orçamento, mais por também não terem acesso a esse
tipo de educação (EID JUNIOR, 2001).
O DIEESE (2010), em estudo socioeconômico, relacionou a estrutura de
consumo com base no rendimento familiar, ilustrando as diferenças que envolvem o
hábito e a motivação de planejar, concluindo que quanto mais elevada for a renda
familiar, tanto maior será o gasto das famílias em termos absolutos e haverá
também maior diversidade no leque de produtos e serviços consumidos entre os
membros da família. Justamente por isso, as famílias com renda mais baixa acabam
por concentrar seus gastos, em termos relativos, nas necessidades básicas de
sobrevivência com um leque menos diversificado e mais homogêneo de consumo. A
mesma fonte coloca que tais associações são importantes não somente por verificar
o impacto das políticas sociais e econômicas sobre as famílias, mas também para
analisá-las ao longo do tempo, observando a estrutura do orçamento doméstico
entre regiões ou países, por exemplo.

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Frankenberg (1999) afirma que é preciso haver uma conscientização por
parte das pessoas para que as mesmas saibam o que é necessário para a vida, em
comparação com os objetivos, e planos de curto, médio e longo prazo. Na maioria
das vezes, aquele dinheiro gasto com coisas supérfluas poderia ser poupado para
investir numa capacitação profissional, o que poderia significar uma melhoria na
condição financeira, contribuindo para o bem-estar pessoal.
A variável educação tem fator importantíssimo na formação de indivíduos
mais conscientes de suas finanças, como afirma Nakata (2010) ao pontuar que:
“com a educação financeira, as pessoas passaram a conhecer melhor os produtos
financeiros disponíveis no mercado, a fazer escolhas inteligentes com aquilo que
ganham”. O autor defende que a busca pelo conhecimento sobre planejamento
financeiro pode proporcionar ao indivíduo o alívio de “anos e anos de sacrifício e
trabalho duro”.

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3 QUALIDADE DE VIDA

O conceito de qualidade de vida durante muitos anos, foi relegado a ideia de


uma expectativa de vida cada vez mais alta. Os fatores que proporcionavam esse
aumento, nunca era analisado, até que em 1995, foi criado o WHOQOL Group –
World Health Organization Quality of Life Group (KATSCNIG, 1998). Foi a partir dai
que deixamos de considerar conceitualmente, qualidade de vida apenas como
sobrevida e passamos a analisar todos os aspectos que determinam uma vida
melhor (BUARQUE, 1993).
Não existe uma definição que abarque todo o significado do conceito de
qualidade de vida (QV), pois se trata muitas áreas de interferências (física,
psicológica, social, de atuação, material e estrutural), os quais analisam a QV
segundo seus aspectos e a ótica da experiência pessoal (FORATTINI, 1991).
Segundo Forattini (1991, p. 76), a definição de QV pode ser entendida de
acordo com as seguintes áreas da vida cotidiana:

[...] partindo-se da premissa de que a opinião do indivíduo é que identifica a


ação de fatores determinantes da qualidade de vida, estes têm sido
agrupados como segue:
a) orgânicos: saúde e estado funcional;
b) psicológicos: identidade, autoestima, aprendizado;
c) sociais: relacionamento, privacidade, sexualidade;
d) comportamentais: hábitos, vida profissional, lazer;
e) materiais: economia privada, renda, habitação;
f) estruturais: posição social, significado da própria vida.

De acordo com Herculano (1998), a QV de uma população pode ser feita


mensurada, examinando-se os recursos disponíveis e a capacidade de satisfazer
suas necessidades, ou, avaliar as necessidades pelo grau de satisfação e desejos
atingidos.
A OMS (2007) define que, “qualidade de vida é a percepção do indivíduo de
sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e
em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações". Nesse
contexto há a necessidade de alinhar a saúde financeira ao sucesso na obtenção
dos objetivos, dentro do estilo de vida de cada indivíduo.
Ainda de acordo com a OMS os aspectos fundamentais referentes à
qualidade de vida são: subjetividade; multidimensionalidade e presença de
dimensões positivas e negativas. O desenvolvimento destes elementos conduziu a
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definição de QV como "a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto
da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações" (WHOQOL GROUP, 1994). As finanças
pessoais e o seu respectivo planejamento, entram portanto, como ferramentas que
darão suporte a realização de determinados objetivos e expectativas pessoais, os
quais são fatores importantíssimos para determinar o nível de qualidade de vida em
que se encontra determinado individuo (CHEROBIM, 2011).

4 METODOLOGIA

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A presente pesquisa trata-se de um estudo descritivo - quantitativa, pois se
propõe a descrever e a quantificar os fatos e fenômenos da realidade, tendo como
instrumento para o levantamento de dados, para fim de comparação estatística, a
aplicação de um questionário. Hair e Junior (2005, p. 85), salientam que a pesquisa
descritiva “[...] tem seus planos estruturados e especificamente criados para medir
as características descritas em uma questão de pesquisa. As hipóteses derivadas da
teoria, normalmente servem para guiar o processo e fornecer uma lista do que
precisa ser mensurado.”
De acordo com Freitas (2010) pode-se classificar esta pesquisa com corte-
transversal, na qual a coleta dos dados ocorre em um só momento, pretendendo
descrever e analisar o estado de uma ou várias variáveis em um dado momento.
Os procedimentos adotados para a realização deste estudo foram uma
pesquisa bibliográfica, com o objetivo de juntar material sobre o tema planejamento
financeiro e qualidade de vida, além de uma pesquisa de campo entre os
funcionários da Empresa Comercial de Variedades, a qual atua há mais de 20 anos
no ramo de produtos de cama, mesa e banho. A sede onde foi realizada a pesquisa
de campo encontra-se no bairro de Santo Antônio, no centro do Recife-PE.
O instrumento de coletas de dados/questionário formulado para a coleta de
dados contém itens que abrangem a identificação das pessoas entrevistadas e a
intenção de sua aplicação além de garantir aos entrevistados o anonimato. As
perguntas estão divididas em 2 (duas) categorias: em relação à qualidade de vida e
ao planejamento financeiro, participaram 22 pessoas da coleta de dados, as quais
aceitaram espontaneamente. No apêndice A encontra-se o questionário formulado
durante a elaboração deste trabalho.

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