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Número do projeto:
Aluna envolvida:
2. Introdução e Motivação
3. Atividades realizadas
Nesta etapa não foi possível contatar a empresa que forneceu e executou o
projeto no campus. Buscamos contato via e-mail, e com alguns outros envolvidos
no processo, porém, sem sucesso. Não obtivemos respostas até o momento. Há
poucos dias recebemos um novo contato de um profissional que participou da
execução naquela data, e logo em janeiro, iremos entrar em contato para dar
sequencia ao estudo de registros da implantação desta unidade.
Como forma de criar uma aproximação ao tema principal do estudo, foi realizada
uma revisão de literatura consistente sobre os temas de sustentabilidade,
construções sustentáveis e certificações, que serão apresentadas nos tópicos a
seguir:
CASBEE, no Japão
Desenvolvido pelo Japan Sustainable Building Consortium o Comprehensive
Assessment System for Built Environment Efficiency (CASBEE) tem o conceito
de eficiência ambiental da edificação (BEE). O CASBEE define a eficiência como
a maximização da relação entre a qualidade do prédio e os carregamentos
ambientais.
A qualidade de uma edificação (Q) constitui-se de várias quantidades:
Q1: Ambiente interno
Q2: Qualidade do serviço
Q3: Ambiente externo do terreno
Q: Qualidade total
Q = Q1 + Q2 + Q3
Os carregamentos ambientais são determinados como:
L1: Energia
L2: Recursos e materiais
L3: Ambiente fora do terreno
L: Carregamento total
L = L1 + L2 + L3
A eficiência ambiental pelo CASBEE é a relação entre a qualidade de uma
edificação e suas cargas ambientais, o resultado do cálculo da eficiência se
encontra entre 0,5 e 3,0 que corresponde a uma classe, sendo S (a mais alta,
para uma classificação BEE, a partir de 3,0) às classes A (1,5 a 3,0), B1 (1,0 a
1,5), B2 (0,5 a 1,0) e C (inferior a 0,5).
DGNB/BNB, na Alemanha
Em 2001 a Alemanha desenvolveu seu próprio programa de certificação de
edificações, com a elaboração do Manual Técnico de Edificações Sustentáveis.
Possuem dois sistemas de certificação na Alemanha, sendo o DGNB voltado a
prédios comerciais e o BNB, usados para certificar prédios governamentais. Ele
foi elaborado usando a estratégia top-down, os autores destinaram três pontos
principais na sustentabilidade: Ecologia, Economia e Sociedade/Cultura. Como
base para organização foram consideradas também a qualidade técnica,
qualidade dos processos e perfil de locação do projeto. As três principais áreas
da sustentabilidade e a qualidade técnica foram consideradas com a mesma
importância, cada uma recebendo 22,5% disponíveis na pontuação, totalizando
90%. Os 10% restantes foram distribuídos à qualidade dos processos.
Green Globes, Reino Unido e Canadá
O Green Globes vem sendo utilizado nos Estados Unidos como alternativa ao
LEED, e sua classificação varia entre um e quatro green globes para o projeto,
conforme o percentual máximo obtido. Sua origem veio do Building Research
Establishment Environmental Assessment Method (BREEAM), do Reino Unido,
importado pelo Canadá em 1996.
A avaliação e o sistema de certificação consistem em três métodos principais:
1. Green Globes para Construções Nova (NC)
2. Green Globes para Edificações Existentes (EB)
3. Green Globes para Interiores Sustentáveis (SI)
Certificações no brasil
AQUA
AQUA (Alta Qualidade Ambiental) é o processo de certificação brasileiro
adaptado do HQE (França) que determina a qualidade ambiental. Os benefícios
da certificação AQUA envolvem melhorias que alcançam o empreendedor,
comprador e ambiental.
O processo é estruturado em torno dos aspectos associados a implementação
do sistema de gestão ambiental, adequação do ambiente envolvente e ambiente
imediato, e informações passadas pelo empreendedor aos usuários. Para a
obtenção de desempenho ambiental conceitua-se a estruturação em dois
elementos para um referencial técnico: SGE (Sistema de Gestão do
Empreendimento) que avalia o sistema de gestão ambiental e QAE (Qualidade
Ambiental do Edifício), que avalia o desempenho arquitetônico e técnico do
edifício.
A avaliação QAE permite aprofundar as diferentes fases do empreendimento e
adequação ao perfil em 14 categorias, separadas em dois principais tópicos:
controles dos impactos sobre o ambiente externo e criação de um ambiente
interno confortável e saudável, desmembradas para cada tipo de preocupação
com critérios e indicadores de desempenho. controles dos impactos sobre o
ambiente externo aborda sitio e construção e gestão enquanto criação de um
ambiente interno confortável e saudável conforto e saúde.
O desempenho é classificado em: Bom (práticas correntes, legislação), Superior
(boas práticas), e, Excelente (melhores práticas). Para conseguir a certificação
é necessário um número mínimo de classificações Excelente e máximo da
classificação Bom.
Casa Azul
Gerada pela Caixa Econômica Federal, é uma classificação socioambiental
residencial, sendo o primeiro sistema de certificação criado para realidade
encontrada nas obras habitacionais brasileiras, e foi desenvolvida em parceria
com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Universidade Federal
de Santa Catarina e Universidade Estadual de Campinas (CEF, 2010).
Foi idealizada para incentivar e conscientizar sobre o uso de recursos, o custo
de manutenção das habitações e despesas mensais.
A certificação é realizada em habitações voluntárias que são financiadas pela
Caixa Econômica Federal, e a metodologia avaliada em questão é: “soluções
eficientes aplicadas à construção, ao uso, à ocupação e à manutenção das
edificações” (CEF, 2010).
Os níveis que podem ser conquistados são: Bronze, Prata e Ouro. Para ter a
possibilidade de obter o Selo Casa Azul, são avaliados cinquenta e três critérios,
divididos em seis categorias: 1. Qualidade urbana, 2. Projeto e conforto, 3.
Eficiência energética, 4. Conservação de recursos materiais, 5. Gestão da água
e 6. Práticas sociais.
Selo Procel
O selo Procel foi estabelecido em 2014 e tem como objetivo identificar as
edificações com as melhores classificações de eficiência energética para motivar
os consumidores a comprar e utilizar imóveis que sejam mais eficientes.
A certificação acontece de forma diferente para edifícios comerciais, de serviços
e públicos e para edifícios residenciais. E a etiqueta é concedida em dois
momentos: na fase de projeto e após a construção do edifício.
Para os edifícios comerciais, de serviços e públicos são considerados três
sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento de ar. A etiqueta pode ser
concedida de forma parcial, contando que sempre contemple a classificação da
envoltória (Procel Info, 2006).
Nos edifícios residenciais são analisados a envoltória e o sistema de
aquecimento de água, além dos sistemas existentes nas áreas comuns dos
edifícios multifamiliares, como iluminação, elevadores, bombas centrífugas.
(Procel Info, 2006)
PBQP – H
O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat foi desenvolvido
em 1991 pelo Governo Federal, com o fundamental objetivo de avaliar a
formação do serviço e do sistema de gestão da qualidade das empresas
construtoras, usando como base a norma da ISO 9001.
É um critério obrigatório para concorrer a licitações estaduais e federais, e para
participar de projetos junto à Caixa Econômica Federal e de programas
habitacionais, como o Casa Verde e Amarela, subdividido em dois níveis: Nível
A que corresponde a 100% e Nível B cerca de 70%, correspondente a um
contrato com o organismo certificador de 3 anos. Anualmente a empresa passa
por auditorias de manutenção nas quais o certificado pode ser renovado.
O PBQP-H possibilita a empresa participar de licitações municipais e/ou
estaduais e proporciona um padrão de qualidade dos empreendimentos.
Foto 05: Recorte na parede Wood Frame. Foto 06: Recorte na parede Wood Frame.
Fonte: Autora. Fonte: Autora.
5. Referências bibliográficas