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DIRETORIA DE PESQUISA

PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

RELATÓRIO PARCIAL 2021/2022

TÍTULO: Investigação sobre o processo construtivo


e materiais utilizados na edificação experimental
“Prima Donna da Vila Sustentável” na FACENS.

Número do projeto:

Prof. Orientador: Me. Ana Carolina Formigoni Basso Marques

Aluna envolvida:

Aluno: Luíza Horschutz Armenio RA: 210484


Curso: Arquitetura e Urbanismo
1. Resumo

Esse projeto tem como objetivo levantar informações técnicas de uma


construção executada no campus da Facens, em 2018, intitulada Prima Donna
da Vila Sustentável.
Essa edificação propôs uso de técnicas construtivas e materiais sustentáveis
como forma de divulgação desse método, e em comemoração ao Dia Mundial
do Habitat.
Para início deste estudo, realizou-se uma intensa revisão bibliográfica para
aproximação ao conceito de sustentabilidade, em sua totalidade, e
posteriormente em relação a sua aplicação em construção civil. Neste contexto,
as certificações ambientais de construção civil também foram compreendidas
para que posteriormente possam ter critérios aplicados na análise dos resultados
obtidos no levantamento de informações sobre a construção da Prima Donna.
Além desta análise, o estudo contará com a produção de documentação
arquitetônica técnica do projeto executado, já iniciado.
A seguir serão apresentados os primeiros resultados do estudo, e seus passos
futuros, visando a finalização do projeto de iniciação científica.

2. Introdução e Motivação

Em um evento comemorativo do “Dia Mundial do Habitat”, realizado na FACENS,


em 01 de outubro de 2018, foi inaugurada, no campus, uma edificação
experimental denominada Prima Donna, que utilizou a técnica construtiva wood-
frame, considerada sustentável. Ainda que o termo de Construção Sustentável
seja muito mais abrangente que sua estrutura física, pois considera questões
sociais, ecológicas e econômicas de uma edificação no contexto de sua
comunidade (KIBERT, 2019), este estudo propõe investigar o processo
construtivo utilizado, bem como seus materiais, a fim de identificar os princípios
sustentáveis presentes nesta tipologia construtiva. Tais princípios poderão ser
avaliados de acordo com critérios existentes nas certificações ambientais atuais.
Não apenas como estratégia para agregar valor às empresas do setor de
construção civil, através de aprimoramento de processos gerenciais, e de
responsabilidade social, as certificações entram em consonância com a Agenda
2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável (CONTO; OLIVEIRA;
RUPPENTHAL, 2017).
Como forma de condução deste estudo, propusemos a realização de projeto “as
built” da edificação executada, investigação do sistema construtivo utilizado e
seus materiais empregados, considerando aspectos de procedência e manejo,
e a avaliação através de parâmetros presentes em certificações ambientais do
setor de construção civil.

3. Atividades realizadas

Conforme estabelecido no projeto aprovado desta iniciação científica, foram


realizadas atividades de revisão bibliográfica sobre o contexto da história do
conceito de sustentabilidade, passando pela definição das ODS (Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável). Após esse panorama, foi abordado o conceito de
sustentabilidade na construção civil, e, por fim, a caracterização das certificações
ambientais de edificações.
Também foi realizado o levantamento fotográfico, e iniciado o levantamento
métrico para documentação técnica arquitetônica (“as built”) do projeto
executado.
Cronograma inicial
Atividade Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9
Revisão de Literatura X X X X X X X X X
Levantamento de dados (as X X X
built)
Entrevista com a empresa X X X
executora
Estudo dos materiais e X X X
sistema construtivo aplicado
Estudo das certificações e X X X X X
métodos de avaliação
Análise de dados levantados X X X X
Redação do artigo científico X X X
Cronograma executado
Atividade Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9
Revisão de Literatura X X X X X X X X
Levantamento de dados (as X X X X
built)
Entrevista com a empresa X X
executora
Estudo dos materiais e X X X X
sistema construtivo aplicado
Estudo das certificações e X X X X X X
métodos de avaliação
Análise de dados levantados X X X
Redação do artigo científico X X X

Nesta etapa não foi possível contatar a empresa que forneceu e executou o
projeto no campus. Buscamos contato via e-mail, e com alguns outros envolvidos
no processo, porém, sem sucesso. Não obtivemos respostas até o momento. Há
poucos dias recebemos um novo contato de um profissional que participou da
execução naquela data, e logo em janeiro, iremos entrar em contato para dar
sequencia ao estudo de registros da implantação desta unidade.

3.1. Revisão de literatura

Como forma de criar uma aproximação ao tema principal do estudo, foi realizada
uma revisão de literatura consistente sobre os temas de sustentabilidade,
construções sustentáveis e certificações, que serão apresentadas nos tópicos a
seguir:

A história do conceito de sustentabilidade


Para entendermos o conceito amplo de sustentabilidade é preciso trilhar um
caminho histórico sobre a forma de vida e exploração do meio ambiente como
meios de sobrevivência humana.
A transição do nomadismo, que estava mais ligado ao cultivo da terra para
produção de alimentos, para o sedentarismo e o início de áreas urbanas, com
as novas promessas de um mundo industrializado, aumentou a capacidade
produtiva das sociedades, surgindo ofícios que não estavam ligados à produção
de alimentos e o uso da terra para esse fim. A complexidade desse novo estilo
de vida, com concentração em produção industrial, e consequente exploração
do meio ambiente para instalação de indústrias, intensificou a busca por uma
manutenção da qualidade de vida, em concordância com a economia linear,
causando danos ao meio ambiente. E é neste contexto, que surge o que
conhecemos hoje como o conceito e a prática da sustentabilidade. Ela teve início
a partir de reflexões à degradação ao meio ambiente e a conscientização do uso
imensurável de recursos naturais e consequente impactos ambientais.
No século XVIII teve início na Inglaterra, a Revolução Industrial, que se
desenvolveu pelo mundo durante o século seguinte. Um de seus objetivos era
proporcionar um crescimento econômico nas cidades, com maquinário e força
física de homens, mulheres e crianças e, com isso, proporcionar uma forma de
viver diferente da presente no campo para essa população. Esse acontecimento
é um marco histórico importante para o mundo, pois provocou uma mudança na
sociedade, até então agrícola e agrária, baseada na comunidade rural em
pequena escala e na economia de subsistência, convertendo famílias inteiras
para a sociedade industrializada.
Porém, esse sonho de mudança e qualidade de vida não era real e, durante todo
esse período, as condições de vida eram precárias para os trabalhadores. O
consumo excessivo e linear de recursos naturais causou consequências
devastadoras que não foram considerados até a primeira metade do século XX.
Richard T. Ely, economista agrônomo, e um dos primeiros a estudar a Revolução
Industrial, relatou que o conceito de “terra” naquele momento era desassociado
do meio natural e reconhecido apenas como propriedade ou posse,
possibilitando sua exploração, sem consciência de que essa mesma “terra” fazia
parte de um sistema maior. (KEELER, 2018)
Desde o fim da Revolução Industrial houve um esforço significativo com a
tentativa de mudanças que possibilitassem voltar o olhar para os acontecimentos
no meio ambiente, e assim reconectarmos com a natureza. Na década de 1960,
o reconhecimento de um ideal desenvolvimento vem à tona, e discussões se
iniciam levando à observação de que o crescimento econômico estava
diretamente ligado com os problemas ambientais e sociais alarmantes. Dessa
forma, encontros mundiais para discutir a temática ambiental, foram marcados
nos anos seguintes, conforme destaque abaixo:

Figura 1: linha do tempo – discussões sobre o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.


Fonte: Autora

O primeiro encontro foi o Clube de Roma, uma organização popular não


governamental (ONG) internacional voltada aos problemas ambientais mundiais,
realizado em 1968. Dois anos depois, líderes políticos começaram a notar que a
crise ambiental atingia todas as regiões do mundo e as organizações populares
não governamentais (ONGs) passaram a se tornar mais ativas, dedicadas ao
ambientalismo e à preservação.
Em 1972, houve a Conferência de Estocolmo, a primeira exposição de todos os
governos do globo a respeito dos efeitos da economia no meio ambiente. A
Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano teve como objetivo
estudar as estratégias para a solução dos problemas ambientais, reuniu líderes
de 113 países e 250 organizações internacionais.
Posteriormente, em 1984, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente,
conhecida como “a Comissão de Brundtland” foi realizada em Genebra e dela
nasceu um relatório mundial. A então primeira-ministra norueguesa, Gro Harlem
Brundtland, instituiu o documento que foi publicado em 1987, conhecido como
“Nosso Futuro Comum”. Ele realçava problemas ambientais como o
aquecimento global e a destruição da camada de ozônio e expressou
preocupação com a velocidade das mudanças e a habilidade do mundo em
avaliar isso e propor soluções em tempo. Além disso, conclui-se que o grau de
degradação ambiental correspondia ao nível de pobreza dos países em
desenvolvimento. A primeira-ministra determinou ainda que o desenvolvimento
sustentável “satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades".
(KEELER, 2018).
O Protocolo de Montreal para Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio,
de 1987, resultou em melhorias nas práticas de construção e gestão de
edificação.
Logo em seguida, em 1992, a Cúpula da Terra do Rio de Janeiro (ECO-92), foi
uma conferência realizada no Brasil, que reuniu 179 governos e retomou os
pontos abordados na declaração de Estocolmo.
Em 1997, o Protocolo de Quioto foi um tratado certificado pela Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre modificações climáticas, que retratou o
comprometimento dos países com a redução dos gases do efeito estufa,
comercializando suas emissões de carbono, quando necessário.
A Cúpula da Terra de Johanesburgo (Rio+10) foi a quarta conferência realizada
decorrente da Conferência de Estocolmo, e foi realizada em Johanesburgo, na
África do Sul, em 2002. A estratégia deste encontro foi a de concentrar-se em
questões sociais e destacar a importância do desenvolvimento sustentável e da
construção sustentável para os países menos desenvolvidos. A arquiteta
Chrisna du Plessis foi encarregada de produzir da Agenda 21 para Construção
Sustentável em Países em Desenvolvimento.
Seguindo a cronologia de discussões sobre o meio ambiente e desenvolvimento,
o Protocolo de Quioto foi ratificado pela maioria dos países-membros, após sete
anos de sua proposição, quando a Rússia assinou o protocolo, em 2005.
Desde 1995, a Conferência das Mudanças Climáticas, ou Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas da UNFCCC (em inglês, United
Nations Framework Convention on Climate Change), procura discutir sobre a
concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, indicando ações que
contribuam para sua redução.

“A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo da Convenção Quadro das


Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que reúne anualmente os
países Parte em conferências mundiais. Suas decisões, coletivas e consensuais,
só podem ser tomadas se forem aceitas unanimemente pelas Partes, sendo
soberanas e valendo para todos os países signatários.” (MMA, 2021)

Particularmente, em 2007, em Bali, a Conferência das Mudanças Climáticas,


discutiu sobre o segundo período do Protocolo de Quioto, evento de 1997, e ficou
conhecido como “Caminho de Bali”, documento que foi aceito também pelos
Estados Unidos.
Uma das últimas, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
sustentável (Rio+20) foi executada no Rio de Janeiro, em 2012, e teve como
ponto central a economia verde no contexto de progresso sustentável e a
discussão da estrutura institucional.
Em setembro de 2015 surgiram os novos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável Globais, na sede das Nações Unidas, em Nova York, com chefes
de estado e de governo e representantes influentes nas discussões mundiais.
Nesse encontro foram estabelecidos o conjunto de objetivos e metas universais
de longo alcance, voltado para as pessoas, com a implementação dessa Agenda
até 2030. O maior desafio para o mundo é a erradicação da pobreza, em todas
as suas formas e dimensões. Esse é um fator indispensável para o
desenvolvimento sustentável em suas três formas: econômica, social e
ambiental.
São 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com 169 metas associadas
integradas e indivisíveis (ONU, 2020). A concretização da Agenda 2030 é para
o proveito de todos, tanto para a geração presente, quanto para as gerações
futuras, assumindo o compromisso com o direito internacional com clareza e
evidência. Essa Agenda deverá ser executada de forma consolidada com os
direitos e obrigações dos Estados em concordância com o Direito Internacional.

Figura 02: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Fonte: Agenda 2030

São eles, conforme ONU (2020):

• Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os


lugares;

• Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e


melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável;
• Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para
todos, em todas as idades;
• Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos;
• Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as
mulheres e meninas;
• Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e o
saneamento para todos;
• Objetivo 7. Assegurar a todos o acesso confiável, sustentável, moderno e
a preço acessível à energia;
• Objetivo 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e
sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos;
• Objetivo 9. Construir infraestruturas resilientes, promover a
industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;
• Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles 20;
• Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos,
seguros, resilientes e sustentáveis;
• Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis;
• Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima
e os seus impactos;
• Objetivo 14. Conservar e usar sustentavelmente os oceanos, os mares e
os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;
• Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos
ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater
a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda
de biodiversidade;
• Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o
desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos
e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os
níveis;
• Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria
global para o desenvolvimento sustentável.

Após o estudo desse panorama sobre as discussões que envolvem o meio


ambiente e o desenvolvimento, crescimento das sociedades mundiais, pudemos
refletir sobre o amplo conceito de sustentabilidade.
Compreende-se, portanto, que a sustentabilidade é fundamentada em um
conjunto de paradigmas visando condutas para proteger a vitalidade e
integridade da Terra, e tem como seus três fundamentos: o desenvolvimento
ambiental, o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social,
estabelecidos durante a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável.
Para alcançar, de fato, a sustentabilidade é preciso manter um equilíbrio
dinâmico entre os três pilares.
A sustentabilidade ambiental trata da existência de circunstâncias ecológicas
essenciais para prover as necessidades humanas ao longo de gerações futuras
em condição de bem-estar. A sustentabilidade econômica está vínculada de
modo direto à habilidade e utilizações de recursos naturais ao alcance de
objetivos econômicos, ligada à destinação e à administração certa dos recursos.
E, por fim, a sustentabilidade social está ligada não somente ao que o ser-
humano pode obter, mas a forma de manter a qualidade de vida com um padrão
estável de crescimento, com melhor distribuição de renda e diminuição das
desigualdades sociais. (OLIVEIRA, 2019)
A sustentabilidade cultural vem destacando-se como um novo pilar, o quarto,
garantindo que as alterações aconteçam em harmonia com a continuidade
cultural presente, e sua manutenção apresenta-se como desafio por conter
processo de aprendizagem, buscando a participação ativa do cidadão nesse
procedimento. (OLIVEIRA, 2019)

Sustentabilidade na construção civil


A procura pela manutenção e/ou melhoria na qualidade de vida deve vir
acompanhada de soluções de maior eficiência na utilização dos recursos
naturais, de menor impacto ambiental e de justiça social, pautados por valores
éticos. A sociedade busca um novo modelo de desenvolvimento que responda
a estas questões, um novo paradigma determinado como desenvolvimento
sustentável. (MOTTA, 2019)
Em consonância com esse cenário, a construção civil também agregou esse
conceito em suas ações. Os hábitos no campo de AEC (Arquitetura, Engenharia
e Construção civil) devem abordar as fases de projeto, atividade de construção
e uso e manutenção da edificação.
Através do impacto da crise petrolífera de 1973 surgiram novos desafios no
campo da construção ao buscar obter um menor gasto energético. Os problemas
de emissão de CO2 surgiram logo depois, e as principais preocupações estavam
relacionadas ao depósito dos entulhos das obras e outros processos que
influenciassem na emissão, como por exemplo, formas de extração de matérias-
primas para os materiais de construção, transporte de materiais em longas
distâncias entre os fabricantes, comerciantes e consumidores finais para
construção, gases para fabricação de materiais, como cimento, entre outros.
Com o avanço das discussões sobre o impacto ambiental referente à produção
de construção civil, em nível mundial, houve a necessidade da criação de
indicadores de desempenho ambiental, para atestar as empresas que
começaram a desenvolver ações visando criar edifícios “verdes”, ou seja,
projetos ditos ecológicos. Não bastava apenas produzir com essa consciência,
era preciso comprovar que estavam agindo em conformidade com a preservação
do meio ambiente. Nesta circunstância, surgem as Certificações Ambientais da
Construção Civil.
O primeiro sistema de certificação ambiental de edifícios que surgiu em 1990, foi
o BREEAM, elaborado pelo Building Research Establishment (BRE). Ainda no
mesmo ano, Norman Foster escreveu o artigo Architecture and Sustainability,
onde faz uma crítica sobre o efeito da construção civil no meio ambiente.
(MOTTA, 2009)
Em 1993, surgiu o sistema de certificação LEED, desenvolvido pelo United
States Green Building Council, como forma de criar estratégias padrões nas
certificações de edifícios sustentáveis.
Na Turquia, em 1996, com a realização da conferência da ONU Habitat II,
discutiu-se o efeito nos destinos das cidades e as propostas para a
sustentabilidade nos assentamentos humanos. Richard Rogers lança, em 1997,
o livro Cities for Small Planet, onde analisa as formas das cidades do futuro em
reestabelecer a proporção entre o homem e a natureza. (MOTTA, 2009)
Em 1999, o Conselho Internacional para Pesquisa e Inovação em Construção
apresenta a Agenda Setorial para Construção Sustentável (CIB Agenda 21 for
Sustainable Construction) com os objetivos de acordo com o relatório
Brundtland, Agenda 21 (1992), Habitat II e Protocolo de Quioto.
Em 2000, é concebida a Agenda Setorial para Construção Sustentável para
países em desenvolvimento, com o objetivo de reduzir a diferença entre os
países desenvolvidos e países em desenvolvimento para aperfeiçoar o
desempenho do ambiente construído (MOTTA, 2009).
Em 2001, na Inglaterra, é finalizada uma obra de referência em construções
sustentáveis, o BedZED (Beddington Zero Energy Development). Um
condomínio de 100 edificações que consome apenas 10% da energia de uma
urbanização convencional. No ano seguinte, a França lança o HQE, seu
certificado de construções ambientais e o Japão lança o seu programa, o
Casbee.

Figura 03: edifício BedZED. Fonte: Bioregional, 2016.

A cidade Carbono Zero foi projetada em 2006, com edifícios comerciais e


residenciais, em uma área de seis milhões de metros quadrados, para ser
construído em Abu Dhabi, que se destaca como exemplo mundial de
comunidade ecológica e autossuficiente em energia, gerada quase que
totalmente por sistema solar.
Figura 04: Masdar City. Fonte: Foster and Partners, 2007.

Entre os anos de 2007 e 2008, é concebido o GBCBrasil (Green Building Council


Brasil), com o propósito de ser referência na avaliação e certificação de
construções no país, através da adaptação do LEED e nasce, também, o
Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), com a finalidade de
incentivar conceitos e práticas sustentáveis na construção civil, sem o intuito de
certificar.
O selo Falcão Bauer é lançado em 2007 para todos os produtos e tecnologias
sustentáveis.
O AQUA (Alta Qualidade Ambiental), selo brasileiro de certificação ambiental
baseado na certificação francesa HQE chega pouco tempo depois.
Todas essas ações foram acontecendo contemporaneamente mostrando assim
um movimento mundial em criar padrões para obras, cada vez mais
sustentáveis, e um meio ambiente saudável. (MOTTA, 2009)
Certificações
Conforme KIBERT (2019), a avaliação e a certificação resultam em uma
pontuação ou classificação aos impactos sobre o meio ambiente, os recursos
naturais e a saúde humana decorrentes do projeto, na construção e operação
de um prédio, tendo como referência os critérios pré-estabelecidos por cada
sistema. Os efeitos ambientais podem ser avaliados em escalas
municipal, regional, nacional e global. Os impactos nos recursos naturais podem
ser medidos em termos de massa, energia, volume, partes por milhão,
densidade e área. A saúde de uma edificação pode ser inferida por meio da
presença ou ausência de substâncias químicas e biológicas no ar dos ambientes
internos.
Abaixo serão apresentadas as certificações ambientais de Construção Civil,
conforme caracterização, objetivos de cada uma...

BREEAM, no Reino Unido


O Building Research Establishment Environmental Assessment Method
(BREEAM) lançado em 1989 no Reino Unido, foi feito para a certificação de um
prédio. É considerado o primeiro sistema de avaliação de edificações e serviu
como base para muitos outros. Ele é usado para certificação de qualquer tipo de
edificação e dispõe de vários sistemas específicos desenvolvidos para cada
tipologia. Atualmente possui seis diferentes esquemas, que podem ser aplicados
para avaliação e certificação de todos os tipos de edificações.

CASBEE, no Japão
Desenvolvido pelo Japan Sustainable Building Consortium o Comprehensive
Assessment System for Built Environment Efficiency (CASBEE) tem o conceito
de eficiência ambiental da edificação (BEE). O CASBEE define a eficiência como
a maximização da relação entre a qualidade do prédio e os carregamentos
ambientais.
A qualidade de uma edificação (Q) constitui-se de várias quantidades:
Q1: Ambiente interno
Q2: Qualidade do serviço
Q3: Ambiente externo do terreno
Q: Qualidade total
Q = Q1 + Q2 + Q3
Os carregamentos ambientais são determinados como:
L1: Energia
L2: Recursos e materiais
L3: Ambiente fora do terreno
L: Carregamento total
L = L1 + L2 + L3
A eficiência ambiental pelo CASBEE é a relação entre a qualidade de uma
edificação e suas cargas ambientais, o resultado do cálculo da eficiência se
encontra entre 0,5 e 3,0 que corresponde a uma classe, sendo S (a mais alta,
para uma classificação BEE, a partir de 3,0) às classes A (1,5 a 3,0), B1 (1,0 a
1,5), B2 (0,5 a 1,0) e C (inferior a 0,5).

DGNB/BNB, na Alemanha
Em 2001 a Alemanha desenvolveu seu próprio programa de certificação de
edificações, com a elaboração do Manual Técnico de Edificações Sustentáveis.
Possuem dois sistemas de certificação na Alemanha, sendo o DGNB voltado a
prédios comerciais e o BNB, usados para certificar prédios governamentais. Ele
foi elaborado usando a estratégia top-down, os autores destinaram três pontos
principais na sustentabilidade: Ecologia, Economia e Sociedade/Cultura. Como
base para organização foram consideradas também a qualidade técnica,
qualidade dos processos e perfil de locação do projeto. As três principais áreas
da sustentabilidade e a qualidade técnica foram consideradas com a mesma
importância, cada uma recebendo 22,5% disponíveis na pontuação, totalizando
90%. Os 10% restantes foram distribuídos à qualidade dos processos.
Green Globes, Reino Unido e Canadá
O Green Globes vem sendo utilizado nos Estados Unidos como alternativa ao
LEED, e sua classificação varia entre um e quatro green globes para o projeto,
conforme o percentual máximo obtido. Sua origem veio do Building Research
Establishment Environmental Assessment Method (BREEAM), do Reino Unido,
importado pelo Canadá em 1996.
A avaliação e o sistema de certificação consistem em três métodos principais:
1. Green Globes para Construções Nova (NC)
2. Green Globes para Edificações Existentes (EB)
3. Green Globes para Interiores Sustentáveis (SI)

GREEN STAR, na Austrália


Green Building Council of Australia (GBCA) desenvolveu a certificação Green
Star Office em 2002, e são compostos por seis estrelas verdes, apenas as
edificações que conseguem entre quatro a seis estrelas são consideradas como
de alto desempenho. Os três níveis de desempenho mais destacados são:
Green Star 4 estrelas (45 a 59 pontos) é considerado “a melhor prática”
Green Star 5 estrelas (60 a 74 pontos) é considerado “excelência
australiana”
Green Star 6 estrelas (75 a 100 pontos) é considerado “liderança mundial”
O Green Star analisa as seguintes categorias que totalizam 132 pontos:
1. Inovação (5 Pontos);
2. Solo E Ecologia (8 Pontos);
3. Transporte (11 Pontos);
4. Água (12 Pontos);
5. Gestão (12 Pontos);
6. Emissões (13 Pontos);
7. Materiais (20 Pontos);
8. Energia (24 Pontos);
9. Qualidade Do Ambiente Interno (27 Pontos).
LEED, nos Estados Unidos
O LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) foi desenvolvido pelo
USGBC (U.S. Green Building Council) e se tornou o sistema mais conhecido e
aplicado, por ser amplo e oferecer várias ferramentas de certificação que podem
ser utilizadas para avaliar diferentes projetos. O processo de criação da primeira
versão durou três anos, entre 1995 a 1998, e nos anos seguintes foram lançadas
novas versões contendo novas atualizações.
O LEED é estruturado ao redor de cinco principais agrupamentos:
1. Projeto e Construção de Edifícios – BD+C
2. Projeto e Construção de Interior – ID+C
3. Operações e Manutenção Predial – O+M
4. Desenvolvimento de Bairros – ND
5. Moradias – H
A versão mais recente é o LEED v4, com três requisitos pragmáticos mínimos e
pontuação máxima de 110 pontos divididos, a estrutura e a destinação de pontos
diferem entre as versões LEED v3 e LEED v4. Estabelecidos pelos
desenvolvedores do LEED BC+C: NC v4 para indicar o peso atribuídos às
principais questões abordadas no sistema de certificação, sua distribuição se
baseia no julgamento e na opinião de profissionais, e o escore calculado por
meio da soma dos pontos alcançados resulta em uma categoria no sistema de
certificação, conhecidas como: Platinum com 80 pontos ou mais, Gold com 60
pontos, Silver com 50 pontos e Certified com 40 pontos.

Certificações no brasil
AQUA
AQUA (Alta Qualidade Ambiental) é o processo de certificação brasileiro
adaptado do HQE (França) que determina a qualidade ambiental. Os benefícios
da certificação AQUA envolvem melhorias que alcançam o empreendedor,
comprador e ambiental.
O processo é estruturado em torno dos aspectos associados a implementação
do sistema de gestão ambiental, adequação do ambiente envolvente e ambiente
imediato, e informações passadas pelo empreendedor aos usuários. Para a
obtenção de desempenho ambiental conceitua-se a estruturação em dois
elementos para um referencial técnico: SGE (Sistema de Gestão do
Empreendimento) que avalia o sistema de gestão ambiental e QAE (Qualidade
Ambiental do Edifício), que avalia o desempenho arquitetônico e técnico do
edifício.
A avaliação QAE permite aprofundar as diferentes fases do empreendimento e
adequação ao perfil em 14 categorias, separadas em dois principais tópicos:
controles dos impactos sobre o ambiente externo e criação de um ambiente
interno confortável e saudável, desmembradas para cada tipo de preocupação
com critérios e indicadores de desempenho. controles dos impactos sobre o
ambiente externo aborda sitio e construção e gestão enquanto criação de um
ambiente interno confortável e saudável conforto e saúde.
O desempenho é classificado em: Bom (práticas correntes, legislação), Superior
(boas práticas), e, Excelente (melhores práticas). Para conseguir a certificação
é necessário um número mínimo de classificações Excelente e máximo da
classificação Bom.

Casa Azul
Gerada pela Caixa Econômica Federal, é uma classificação socioambiental
residencial, sendo o primeiro sistema de certificação criado para realidade
encontrada nas obras habitacionais brasileiras, e foi desenvolvida em parceria
com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Universidade Federal
de Santa Catarina e Universidade Estadual de Campinas (CEF, 2010).
Foi idealizada para incentivar e conscientizar sobre o uso de recursos, o custo
de manutenção das habitações e despesas mensais.
A certificação é realizada em habitações voluntárias que são financiadas pela
Caixa Econômica Federal, e a metodologia avaliada em questão é: “soluções
eficientes aplicadas à construção, ao uso, à ocupação e à manutenção das
edificações” (CEF, 2010).
Os níveis que podem ser conquistados são: Bronze, Prata e Ouro. Para ter a
possibilidade de obter o Selo Casa Azul, são avaliados cinquenta e três critérios,
divididos em seis categorias: 1. Qualidade urbana, 2. Projeto e conforto, 3.
Eficiência energética, 4. Conservação de recursos materiais, 5. Gestão da água
e 6. Práticas sociais.

Selo Procel
O selo Procel foi estabelecido em 2014 e tem como objetivo identificar as
edificações com as melhores classificações de eficiência energética para motivar
os consumidores a comprar e utilizar imóveis que sejam mais eficientes.
A certificação acontece de forma diferente para edifícios comerciais, de serviços
e públicos e para edifícios residenciais. E a etiqueta é concedida em dois
momentos: na fase de projeto e após a construção do edifício.
Para os edifícios comerciais, de serviços e públicos são considerados três
sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento de ar. A etiqueta pode ser
concedida de forma parcial, contando que sempre contemple a classificação da
envoltória (Procel Info, 2006).
Nos edifícios residenciais são analisados a envoltória e o sistema de
aquecimento de água, além dos sistemas existentes nas áreas comuns dos
edifícios multifamiliares, como iluminação, elevadores, bombas centrífugas.
(Procel Info, 2006)

PBQP – H
O Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat foi desenvolvido
em 1991 pelo Governo Federal, com o fundamental objetivo de avaliar a
formação do serviço e do sistema de gestão da qualidade das empresas
construtoras, usando como base a norma da ISO 9001.
É um critério obrigatório para concorrer a licitações estaduais e federais, e para
participar de projetos junto à Caixa Econômica Federal e de programas
habitacionais, como o Casa Verde e Amarela, subdividido em dois níveis: Nível
A que corresponde a 100% e Nível B cerca de 70%, correspondente a um
contrato com o organismo certificador de 3 anos. Anualmente a empresa passa
por auditorias de manutenção nas quais o certificado pode ser renovado.
O PBQP-H possibilita a empresa participar de licitações municipais e/ou
estaduais e proporciona um padrão de qualidade dos empreendimentos.

3.2. Levantamento fotográfico

Visitamos a unidade “La Prima Donna” em 18 de outubro de 2021 pela primeira


vez e fizemos o levantamento fotográfico inicial e métrico que será abordado no
próximo item.

Foto 01: Fachada Frontal. Foto 02: Fachada Posterior.


Fonte: Autora. Fonte: Autora.
Foto 03: Fachada Lateral. Foto 04: Fachada Posterior.
Fonte: Autora. Fonte: Autora.

Foto 05: Recorte na parede Wood Frame. Foto 06: Recorte na parede Wood Frame.
Fonte: Autora. Fonte: Autora.

Foto 07: Entrada. Foto 08: Sala.


Fonte: Autora. Fonte: Autora.
Foto 09: Detalhe do beiral. Foto 10: Placa La Prima Donna.
Fonte: Autora. Fonte: Autora.

3.3. Levantamento métrico

As medidas foram tiradas na primeira visita e as informações obtidas estão


presentes na imagem abaixo. Estão em processo de digitalização e transferência
para documentação técnica arquitetônica no Autocad e modelo digital no
Sketchup.

Figura 05: Desenhos de levantamento métrico. Fonte: Autora

4. Conclusão e próximas etapas

As reuniões foram realizadas semanal ou quinzenalmente conforme as etapas


de trabalho e disponibilidades de ambas as partes. Nossa maior dificuldade se
encontrou, e ainda está em processo, em contatar algum responsável que tenha
participado da execução e que possa nos ajudar a entender melhor sobre o
processo construtivo, bem como a origem dos materiais utilizados.
O conceito de sustentabilidade foi expandido de forma que pude me
surpreender, ampliando minha visão com o estudo aprofundado em algo que tem
evoluído tanto atualmente e se tornado habitual. Foi uma oportunidade de
entender melhor a sustentabilidade. Poder compreender melhor os conceitos e
trajetos que foram conquistados para nosso cotidiano é fundamental.
As próximas etapas contam com a documentação técnica arquitetônica em meio
digital, que está iniciada; o contato com um profissional local que auxiliou no
processo de construção da unidade, para agendar uma visita técnica e realizar
entrevista sobre esse processo; com os resultados obtidos dessa pesquisa com
o profissional, eleger a certificação para comparação, levantar seus indicadores,
e analisar os resultados, para inclusão da unidade construída em uma possível
pontuação.

5. Referências bibliográficas

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em: https://www.bioregional.com/resources/bedzed-the-story-of-a-pioneering-
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CAVALHO, Liandra M. Sustentabilidade Nas Etapas Da Construção Civil,


monografia, especialização, Bacharelado Em Ciência E Tecnologia, Mossoró,
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Etiquetagem em Edificações, Procel Info, 2006. Disponível em:


http://www.procelinfo.com.br/main.asp?View=%7b89E211C6-61C2-499A-A791-
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ambiental de habitações: comparação entre LEED for Homes, Processo
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KIBERT, Charles. J. Edificações Sustentáveis: Projeto, Construção e
Operação. Porto Alegre: Bookman, 2020. 9788582605264. Disponível em:
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modelo de política e gestão de empreendimentos. Dissertação de Programa
de Pós-Graduação em Construção Civil da UFMG, p. 122, 2009. Disponível em:
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OLIVEIRA, Sonia.Valle.Walter.Borges. D.; LEONETI, Alexandre.; CEZARINO,


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