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ESTATÍSTICA DESCRITIVA

Curso: RID
1º Ano/2º Semestre
Estatística

Estatística Descritiva Inferência Estatística

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INTRODUÇÃO: CONCEITOS FUNDAMENTAIS

A Estatística é um instrumento matemático


necessário para recolher, organizar,
apresentar, analisar e interpretar dados
oriundos de estudos ou experimentos,
realizados em qualquer área do conhecimento.

Áreas da Estatística:
Estatística Descritiva
Estatística Indutiva/Inferência Estatística

 A estatística descritiva é a etapa inicial da análise


utilizada para organizar, resumir e representar os
dados. Curso: RID Docente: Saturnino Borges
INTRODUÇÃO: CONCEITOS FUNDAMENTAIS

 A Inferência Estatística é mais ambicioso do


que a estatística descritiva e, naturalmente, os
métodos e técnicas requeridos são mais
sofistificados. Com base na análise de um
conjunto limitado de dados (uma amostra),
pretende-se caracterizar o todo a partir do qual
tais dados foram obtidos (a população ou
universo).
Para isso, é necessário o recurso a Teoria das
Probabilidades na qual a inferência estatística se
baseia fortemente.

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS

População: Conjunto de elementos com alguma


característica em comum a qual se pretende estudar.
Exemplo: Pessoas, animais, plantas…
Aos elementos da população chamamos de unidades
estatísticas.
Uma população pode ser finita ou infinita.Por isso, o
estudo é feito sobre alguns elementos retirados da
população, constituindo aquilo a que se chama uma
amostra.
Dimensão ou tamanho da amostra: é o número de
dados da amostra. Representa-se por n.
N- representa a dimensão da População .
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INFERÊNCIA ESTATÍSTICA

População Quadros, gráficos,


Indicadores estatísticos
Amostra

ESTATÍSTICA DESCRITIVA

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ESTATÍSTICA DESCRITIVA

Elementos da Estatística Descritiva


 Recolha
 Apresentação
 Análise e interpretação de dados
Através de:
 Quadros
 Gráficos
 Indicadores numéricos
Qual a utilidade?
 Permite descrever e compreender relações entre
variáveis
 Permite a tomada de melhores e mais rápidas
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decisões
Fases do processo estatístico

Análise e
Apresentação
Identificação Recolha de Crítica dos interpretação Tomada de
dos
do Problema dados Resultados dos decisão
resultados
resultados

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APRESENTAÇÃO DOS DADOS:
Alguns tipos de tabelas/quadros e gráficos

Construção de quadros:
 Quadro simples: quadro que apresenta informação relativa
a apenas uma variável.
 Quadro de dupla entrada: apresenta informação
respeitante a duas variáveis ( em simultâneo)

 A construção de quadros deve respeitar os seguintes


princípios:
1. Ter um título indicando de modo preciso e sintético o
campo de informação
2. Ter uma designação para as linhas e colunas
3. Indicar a fonte de informação

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Exemplos :
Evolução da População de Cabo Verde, Santiago e S.L.Órgãos

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SÉRIES CONJUGADAS OU TABELA DE DUPLA
ENTRADA
MUITAS VEZES TEMOS NECESSIDADE DE
APRESENTAR, EM UMA ÚNICA TABELA, A
VARIAÇÃO DE VALORES DE MAIS UMA VARIÁVEL,
ISTO É, FAZER UMA CONJUGAÇÃO DE DUAS OU
MAIS TABELAS.
EXEMPLO:

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APRESENTAÇÃO DOS DADOS

Tipos de gráficos
 GRÁFICO DE LINHAS- Os valores da variável
apresentada estão unidos por segmentos de linha. É
muito utilizado para representar a evolução da variável
ao longo do tempo

Distribuição de Precipitação em São Lourenço dos Órgãos, ano 2004 (INMG)


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TIPOS DE GRÁFICOS

GRÁFICO DE COLUNAS OU BARRAS – Neste tipo de


gráficos os valores da informação são representados
por uma série de barras. A altura ou comprimento da
barra representa a quantidade.
 Gráfico de barras simples: uma variável à qual está
associada um valor.

Formas de abastecimento de água no concelho


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TIPOS DE GRÁFICOS

 Gráfico de barras múltiplas ou sobrepostas -


valores de diferentes variáveis no mesmo período.

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TIPOS DE GRÁFICOS

 Gráfico de sectores: são gráficos circulares nos


quais o círculo representa o valor total do
agregado e cada secção representa uma
componente.

Tipo de rega praticada em São Lourenço dos Órgãos


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GRÁFICO EM SETORES

Leste
Oeste
Norte

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TIPOS DE GRÁFICOS

HISTOGRAMA : é um gráfico formado por um conjunto


de rectângulos justapostos. É um gráfico de barras da
distribuição de frequências e a cada barra está
associada uma classe. No eixo horizontal colocam -se as
classes e no eixo vertical as frequências absolutas ou
relativas .

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TIPOS DE GRÁFICOS

 Polígno de Frequências: é um gráfico em linhas,


sendo as frequências marcadas perpendiculares ao
eixo horizontal levantadas pelos pontos médios dos
intervalos das classes.

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PICTOGRAMA

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CARTOGRAMA

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VARIÁVEL

Variáve l- é o conjunto de resultados


possíveis de um fenómeno.

Por exemplo:

- Fenómeno sexo – Masculino ou Feminino

- Fenómeno nº de filhos – 0,1,2,3,4…

- Fenómeno peso – 50,5 kg, 66,7 kg, 35,2 kg

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Qualitativas NOMINAL
V Valores
A expressos por
R atributos
I
ORDINAL
Á
V
E
I Numéricas ou DISCRETA
S
Quantitativas
Valores
expressos por
números CONTÍNUA
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Não pode ordenar:
NOMINAL Sexo
Religião
Estado civil
Profissão

Pode ordenar:
ORDINAL Escolaridade
Nivel sócio-
econômico
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Contáveis
Discreta Nº de extrações
Nº de atendimentos
Idade
Nº de filhos

Medidas
Contínua Altura
Peso
Temperatura
Curso: RID Docente: Saturnino Borges Pressão
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS: VARIÁVEIS
DISCRETAS

Definição: Considere-se uma população( de


dimensão N) ou uma amostra (de dimensão n) de
indivíduos com característica que apresenta p
modalidades observadas 𝑋1 , 𝑋2 , … , 𝑋𝑝
Dá-se o nome de distribuição de frequências ao
conjunto de todos os valores ou modalidades de
uma variável.
Chama-se frequência absoluta de 𝒙 𝒊 , e
representa-se por 𝒇 𝒊 , ao número de vezes que este
valor é observado.

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DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS:
VARIÁVEIS DISCRETAS

A frequência relativa de 𝒙 𝒊 , representa-se por 𝒇 𝒓𝒊 ,


é definida pelo quociente entre frequência absoluta
e a dimensão da amostra.
𝒇𝒊
𝒇 𝒓𝒊 = , em que 𝑓𝑖 = 𝑛 e 𝑓𝑟𝑖 = 1
𝒏
As frequências acumuladas são a soma de
número de ocorrências para os valores de variável
inferiores ou iguais ao valor dado.
Frequências acumuladas absolutas
𝐹𝑖 = 𝑓1 + 𝑓2 + ⋯ + 𝑓𝑖
Frequências acumuladas relativas
𝐹𝑟𝑖 = 𝑓𝑟1 + 𝑓𝑟2 + ⋯ + 𝑓𝑟𝑖
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DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS: VARIÁVEIS
DISCRETAS

Tabela de Frequências

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EXEMPLO 2:

 Na tabela seguinte apresentam-se o número de


crianças dos 15 concelhos das ilhas de Cabo verde
que sofrem de agressões.

4 1 2 2 3
3 3 4 1 1
5 5 2 3 2

 Identifique e classifique a variável em estudo.


 Construa a tabela de frequências.
 Represente graficamente as frequências absolutas.
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EXEMPLO
Tabela de frequências

𝒙𝒊 𝒇𝒊 𝐅𝒊 𝒇𝒓𝒊 𝑭𝐫𝒊 A variável em estudo é:


1 3 3 0,2 0,2 “Número de crianças de
2 4 7 0,27 0,47
15 concelhos”, que é
uma variável quantitativa
3 4 11 0,27 0,74
discreta.
4 2 13 0,13 0,87
5 2 15 0,13 1
Total 15 - 1 -

Número_plantas

Frequency Percent Valid Percent Cumulative


Percent

1,00 3 20,0 20,0 20,0

2,00 4 26,7 26,7 46,7

3,00 4 26,7 26,7 73,3


Valid
4,00 2 13,3 13,3 86,7

5,00 2 13,3 13,3 100,0

Total 15 100,0Curso: RID


100,0Docente: Saturnino Borges
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS:
VARIÁVEIS CONTÍNUAS
Como as variáveis contínuas podem tomar um
número infinito não mensurável de valores, então é
aconselhável efectuar um agrupamento de dados em
classe de valores.
 Considerações prévias:
o Número de classes
o Amplitude das classes
o Limites das classes
o Ponto médio ou centro de classe

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DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS: VARIÁVEIS
CONTÍNUAS
 Regras para a construção das Classes:
- Nenhuma classe deverá ter frequência nula.
- As classes deverão ter amplitudes iguais.
- O extremo superior da última classe deverá ser superior à
maior observação.
- Os limites das classes são definidos de modo a que cada
valor da variável é incluído num e só num intervalo .

 Como determinar o número de classes (de igual amplitude):


1. Número de classes: K=5 para n<25 e K ≈ n para n ≥ 25.
2. Fórmula de Sturges: : k ≈ 1 + 3,22log (n)
3. Fórmula de Sturges original: k tal que 2 k ≥ n

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DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS: VARIÁVEIS
CONTÍNUAS

 A amplitude da classe 𝐡 ( para classes de igual


amplitude) pode ser calculada da seguinte forma:
R X max −X min
h= = ,
K K
onde R- é a diferença entre o máximo de
observações e o mínimo.
K é o número de classes.

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DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS: VARIÁVEIS
CONTÍNUAS

 As classes são da forma: C i = C i , C i+1 , i = 1, . . , k


C 1 = X min ; X min + h
C 2 = X min + h; X min + 2h
….
C k = X min + k − 1 h; X min + kh

Limite inferior da classe Limite superior da classe

 Ponto médio ou centro médio da classe, determina-se


somando o limite inferior da classe com o limite
superior e dividindo por 2.
𝑋𝑖 + 𝑋𝑖+1
𝐶𝑖 =
2
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DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS: VARIÁVEIS
CONTÍNUAS

Para representar a distribuição de frequências


relativas ou absolutas de uma variável contínua
utiliza-se o histograma. Outra representação que
se pode utilizar é polígono de frequências.

 Para as frequências acumuladas pode traçar -se


um polígono de frequências acumuladas ou
polígono integral.

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EXEMPLO 3:

Considere uma amostra constituída pelas


notas obtidas num teste de matemática
numa turma do 12º ano
12.1 8.9 16.2 8.2 9.8 15.1 14.5 13.4

14.7 7.5 8.8 12.4 16.1 15.2 13.5 13.8

14.6 15.5 7.8 12.5 13.2 11.0 10.5

1- Classifique a variável em estudo.


2- Construa uma tabela de frequências.

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EXEMPLO 3 :
classes 𝒇𝒊 𝐅𝒊 𝒇𝒓𝒊 𝑭𝐫𝒊
[7.5, 9.3[ 5 5 0,22 0,22
[9.3, 11.1[ 3 8 0,13 0,35

n=23 R = 16.2 - 7.5 = 8.7 [11.1, 12.9[ 3 11 0,13 0,48


Nº de classes K=5 [12.9, 14.7[ 6 17 0,26 0,74
[14.7, 16.5[ 6 23 0,26 1
R 8.7
= = 1.75 ≈ 1.8 Total 23 1
K 5
vamos tomar h=1.8
Interpretação:
Quase 50% dos alunos têm notas inferior a 12,9 .
65% dos alunos têm no mínimo, 11.1.

Notas dos alunos


7
6
frequencia absoluta

5
4
3
2
1
0
[7.5,9.3[ [9.3,11.1[ [11.1,12.9[ [12.9,14.7[ [14.7,16.5[
Curso: RID Notas
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