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Henrique Freire

2019
Pra que servem tabelas?


Um dos objetivos da Estatística é sintetizar os valores que uma ou mais
variáveis podem assumir, para que tenhamos uma visão global da variação
dessa ou dessas variáveis;

 Tabelas e gráficos nos fornecem rápidas e seguras informações a respeito das


variáveis em estudo, permitindo-nos determinações administrativas e
pedagógicas mais coerentes e científicas.

Tabela é um quadro que resume um conjunto de observações


Qual a composição de uma tabela?
Qual a composição de uma tabela?
Título
Cabeçalho Cabeçalho

Coluna Coluna
indicadora numérica
Casa ou Célula
Corpo
Linhas

Rodapé
Normas do IBGE sobre tabelas

Usar “–” = quando o valor é zero, não só quanto à natureza das coisas, como quanto ao
resultado do inquérito.

Usar “...” = quando não temos os dados;

Usar “?” = quando temos dúvidas quanto à exatidão de algum valor;

Usar “0” = quando o valor é muito pequeno para ser expresso pela unidade utilizada.
Se o valor for expresso em quantidade decimais, precisamos adicionar à parte decimal
um valor correspondente de zeros (0,0; 0,00; 0,000;...).
Ok! Mas o que são séries estatísticas?

Denominamos Séries Estatísticas toda TABELA que apresenta a
distribuição de um conjunto de dados estatísticos em função de uma
época, local ou espécie.

Dependendo da variação da série, chamamos ela é histórica, geográfica ou


específica...
Séries históricas, cronológicas,
temporais e marchas

São aquelas onde os dados variam em função do tempo, ou seja, o tempo
varia, mas o fato ou local permanecem constantes.

EXEMPLO:
Séries geográficas, espaciais,
territoriais ou de localização

São aquelas onde os dados variam em função do local, ou seja, varia o local
e permanece constante o tempo e o fato.

EXEMPLO:
Séries Específicas ou Categóricas

São aquelas onde os dados variam em função da categoria, ou seja, varia o
fato, mas o tempo e o local permanecem constantes.

EXEMPLO:
Séries conjugadas ou
tabela de dupla entrada

Muitas vezes temos a necessidade de explicitar em uma única tabela a
variação de valores de mais de uma variável, ou seja, fazer uma
conjugação de duas ou mais séries.

Fazendo isso, obtemos o que chamamos de tabela de dupla entrada.

Nesse tipo de tabela há duas ordens de classificação: uma horizontal


(linha) e outra vertical (coluna).
Séries conjugadas ou tabela de dupla
entrada
EXEMPLOS:

Categórica - Histórica

Geográfica - Histórica
Séries conjugadas ou tabela de dupla
entrada
EXEMPLOS:

Categórica-Categórica
Exercícios

HISTÓRICA CATEGÓRICA
GEOGRÁFICA HISTÓRICA
CATEGÓRICA-HISTÓRICA GEOGRÁFICA-HISTÓRICA
Dados Absolutos e Relativos

Os dados absolutos referem-se à contagem dos dados brutos, sendo
chamados de frequência absoluta.

Exemplo:

Se uma pesquisa perguntou a 10 casais quantos filhos cada casal tinha,


temos 10 respostas, que ao serem organizadas saberemos quantos casais
não têm filhos, quantos casais tem apenas 1 filho, quantos casais tem 2
filhos e assim por diante. Estas respostas correspondem aos dados
absolutos, ou frequências absolutas. Porém, os dados absolutos podem não
dar uma visão muito boa do que está ocorrendo.
Os dados relativos são o resultado de relações entre os dados absolutos
que facilitam a comparação entre quantidades. Alguns exemplos são as
percentagens, índices, coeficientes e taxas.
TURMA QUANTIDADE DE
Exemplo: REPROVAÇÕES
A 10
B 15

Imagine que você tenha que decidir entre se matricular em uma das duas
turmas de estatística, cada uma com professores diferentes:

No período passado 10 alunos foram reprovados com o professor da turma


A, e 15 alunos foram reprovados com o professor da turma B, você se
inscreveria na turma A sem pensar duas vezes?

Neste caso, você estaria comparando a frequência absoluta 10 com a


frequência absoluta 15.
MAS...

E se a turma do professor A do período passado tivesse 20 alunos


matriculados e a turma do professor B tivesse 60 alunos, a sua decisão
seria a mesma?

TURMA QUANTIDADE DE QUANTIDADE DE PORCENTAGEM DE


REPROVAÇÕES ALUNOS REPROVAÇÃO
A 10 20 50%
B 15 60 25%
Tipos de dados relativos

 Percentagem

 Índices

 Coeficientes

 Taxas
Percentagem = Percentual de uma ocorrência

19.286 x 100
Ensino Fundamental = = 90,96 = 𝟗𝟏%
21,201

1.681 x 100
Ensino Médio = = 7,92 = 𝟕, 𝟗%
21,201

234 x 100
Ensino Superior = = 1,10 = 𝟏, 𝟏%
21,201
Percentagem = Percentual de uma ocorrência.

Com esses dados, podemos formar uma nova coluna na série em


estudo:
Agora vejamos estes dados:

Qual cidade tem, comparativamente, o maior número de alunos em cada nível de


ensino?

Como o número total de alunos é diferente nas duas cidades, não é fácil concluir a
respeito usando os dados absolutos. Vamos tentar usar as porcentagens para nos
ajudar...
Olhe como nossa tabela ficaria:

Isso nos permite dizer que, comparativamente, contam, praticamente,


com o mesmo número de alunos em cada nível de ensino.
Índices = Razões entre duas grandezas tais que uma não inclui a outra
Calcule o índice de densidade demográfica baseada nesses dados:

Considerando que Minas Gerais, em 1992, apresentou (dados


fornecidos pelo IBGE):

População: 15.957,6 mil habitantes


Superfície: 586.624 Km²

15.957,600
RESPOSTA = =27,2 Hab/km²
586.624
Coeficientes = Razões entre o número de ocorrências e o número total
(ocorrências + não-ocorrências)
Calcule o coeficiente de evasão escolar dos seguintes dados:

Uma escola iniciou o ano com 50 alunos matriculados, mas em


dezembro contou apenas com 37 alunos. Qual o coeficiente de
evasão escolar nesse caso?

nº de evadidos 50−37 13
= 50 = 50 = 0,26
nº de matrícula inicial
Taxas = São Coeficientes multiplicados por uma potência de 10 (10, 100, 1000).

Fazemos isso a fim de tornar o resultado mais inteligível

São exemplos de taxas:

 Taxa de mortalidade = Coeficiente de mortalidade x 1000


 Taxa de natalidade = Coeficiente de natalidade x 1000
 Taxa de Evasão escolar = Coeficiente de evasão escolar x 100

Vamos retornar ao nosso exemplo anterior:


Caso eu queira saber qual a Taxa de evasão escolar, basta eu
multiplicar o meu coeficiente por 100:

Uma escola iniciou o ano com 50 alunos matriculados, mas em


dezembro contou apenas com 37 alunos. Qual a taxa de evasão
escolar nesse caso?
nº de evadidos 50−37 13 0,26 x 100 = 𝟐𝟔%
= 50 = 50 =
nº de matrícula inicial

Simples, não?
Por hoje é só!
Continuamos na próxima semana.
Até mais!
Gráficos Estatísticos

 É uma forma de apresentar dados estatísticos;

 Tem como objetivo produzir uma impressão mais rápida e viva do fenômeno
em estudo, já que os gráficos falam mais rápido à compreensão que as séries.

Requisitos fundamentais:

 Simplicidade: o gráfico não deve ter informações secundárias nem traços


desnecessários que possam levar o observador ao erro;

 Clareza: deve possibilitar uma correta interpretação dos valores representativos


do fenômeno em estudo;

 Veracidade: deve expressar a verdade sobre o fenômeno em estudo.


Principais tipos de Gráficos

 Diagramas

 Cartogramas

 Pictogramas
Diagramas
Gráficos geométricos que possuem, no máximo, duas dimensões e,
geralmente, fazemos dentro de um sistema cartesiano;

 Gráficos em linha ou em curva

 Gráficos em colunas ou em barras

 Gráficos em colunas ou em barras múltiplas

 Gráficos em setores

 Gráficos Polares
Diagramas
GRÁFICO EM LINHA OU EM CURVA

 Retas perpendiculares (que formam um ângulo de 90º)

 Eixos Coordenados:
Abcissas - x Ordenadas - y
 x (horizontal – eixo das abcissas);
 y (vertical – eixo das ordenadas);

 Origem: Ponto de intersecção


Diagramas
GRÁFICO EM LINHA OU EM CURVA

Abcissas - x Ordenadas - y
Diagramas
GRÁFICO EM BARRAS OU EM COLUNAS

 Representação por meio de Retângulos que podem ser em:


 Colunas (verticalmente);
 Barras (horizontalmente);

 Quando em colunas, os retângulos têm a mesma base e as alturas variam


de acordo com os dados.

 Quando em barras, os retângulos têm a mesma altura e os comprimentos


variam de acordo com os dados.

 Dessa forma asseguramos a proporcionalidade entre as áreas dos


retângulos e os dados estatísticos
Diagramas
GRÁFICO EM BARRAS OU EM COLUNAS

a. Gráficos em Colunas:
Diagramas
GRÁFICO EM BARRAS OU EM COLUNAS

b. Gráficos em Barras:
Diagramas
GRÁFICO EM BARRAS OU EM COLUNAS
 Sempre que os dizeres a serem inscritos são extensos, devemos dar preferência ao gráfico
em barras (séries geográficas ou categóricas). Se, porém, ainda assim preferirmos o gráfico
em colunas, os dizeres deverão ser dispostos de baixo para cima, nunca ao contrário:
Título do Gráfico
6

Série 1 Série 2 Série 3


Diagramas
GRÁFICO EM BARRAS OU EM COLUNAS
 A ordem a ser observada é a cronológica, se a série for histórica, e a decrescente, se for
geográfica ou categórica.
 A distância entre as colunas (ou barras) não deve ser menor que a metade, nem maior que os
dois terços da largura (ou da altura), dos retângulos. Exemplo: Colunas de 3cm (entre 1,5 e 2,0).
Diagramas
GRÁFICO EM BARRAS OU EM COLUNAS MÚLTIPLAS
 É empregado quando queremos representar, simultaneamente, dois ou mais
fenômenos estudados com o propósito de comparação.

Exemplo:
Diagramas
GRÁFICO EM BARRAS OU EM COLUNAS MÚLTIPLAS
Diagramas
GRÁFICO EM SETORES

 Construído com base em um círculo, conhecido como gráfico pizza.

 Utilizado para entendermos a representação dos dados no total

 Só deve ser utilizado quando há, no máximo, 7 dados.

 Quando os dados já estiverem em porcentagem, multiplica-se por 3,6 para


determinar os valores em graus
Diagramas
GRÁFICO EM SETORES

 No papel, utilizamos regra de 3 e um transferidor para desenhar,


considerando que o total da série corresponde à 360º.
Diagramas
GRÁFICO POLAR
Cartograma
É a representação sobre uma carta geográfica

 É empregado com o objetivo de explicitar os dados diretamente relacionados com áreas


geográficas ou políticas.

 Pode ter duas aplicações:


a. Representar dados absolutos (população) – Neste caso, utilizamos pontos em número proporcional
aos dados.
b. Representar dados relativos (densidade) – Neste caso, utilizamos hachuras.
Cartograma
É a representação sobre uma carta geográfica
Pictograma
A representação gráfica consta de figuras

 É um dos processos gráficos que melhor fala ao público, por sua forma atraente e
sugestiva.

 Na verdade, um pictograma nada mais é que um


gráfico em barras; porém, as figuras o tornam mais
atrativo, o que provavelmente despertará maior
atenção do leitor.

EXEMPLO:
Referências
CRESPO, A. A. Estatística fácil. São Paulo: Saraiva, 2009. Capítulo 3 e 4.

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