Melhoramento Genético

de Aves
Prof. André Paiva

Prof. André Paiva

 Abordagem sobre o assunto:
Como aprender a práticar Melhoramento Genético de Aves de forma plena e
atual?

Graduação Mestrado Doutorado Empresa

- Treinamento interno acerca dos

programas de melhoramento de aves.
- Métodos de Avaliação Genética
- Métodos de Seleção
- Características trabalhadas nas linhas e
produtos comerciais.

Prof. André Paiva

 Abordagem sobre o assunto:
O que será abordado na disciplina então?

Entender o histórico e o panorama atual da Avicultura e o Melhoramento

Genético

Entender o porquê que Características de Desempenho, Produção e

Reprodução são incluídas em programas de Melhoramento Genético.

Exemplificar Programas de Melhoramento com escolha de linhagens e

caracterísitcas.

Prof. André Paiva

Multifatorial

Genética Preferência
do Mercado

Concorrência Logística
Manejo Nutrição

Genética

Perspectiva Preço dos

do Futuro Insumos
Sanidade Ambiência
Preço de
Venda

Prof. André Paiva

Panorama de Mercado

Estatísticas
Prof. André Paiva
Ranking dos Topizeira
 Produção de Carne de Frango em 2016 e 2017

Fonte: USDA Prof. André Paiva

Relatório atualizado na pasta “Dados Avilcultura e Suinocultura”

Ranking dos Topizeira
 Consumo de Carne de Frango em 2016 e 2017

Fonte: USDA Fonte: Embrapa adaptado de USDA | Foreign Prof. André

Agricultural Paiva
Service
Ranking dos Topizeira
 Exportação de Carne de Frango em 2016

Fonte: USDA Prof. André Paiva

Fonte: Embrapa adaptado de USDA | Foreign Agricultural Service
Exportações de Carnes são importantes?

Fonte: SECEX Prof. André Paiva

Coficiente de Importação/Exportação
BOVINOS SUÍNOS
Exportação Exportação
19% 20%

Mercado Interno Mercado

81% Interno
FRANGO 80%

Exportação
30%

Recorde de exportações
em 2016 e 2017 Prof. André Paiva
Fonte: USDA Mercado
Interno
70%
Alguns Riscos
 Riscos sanitários – contaminação pela gripe aviária, por meio de
aves migratórias, entre outros.
 Barreiras sanitárias e sanções comerciais.
 Setor exportador – dependente do comportamento do câmbio.
 Setor sensível aos aumentos de custos do milho e da soja.

Prof. André Paiva

Evolução Brasileira da Produção de Carne

Fonte: USDA Prof. André Paiva

Entendendo os Meios de Produção Avícola
Integração - Produção de frangos e suínos:
 Cooperação entre indústria e produtores;
 Indústria fornece material e suporte ao produtor, realiza o transporte, o abate e a
comercialização/exportação;
 Predominante na Região Sul do País;
 Cerca de 70% da produção nacional de frango é proveniente do sistema de integração,
sendo também responsável por grande parte das exportações.

Alimentação

Assistência
Incubatório
Técnica

Prof. André Paiva

Produtor
Abate
Entendendo os Meios de Produção Avícola
Sistema Independente de Produção
 Predomina nos Estados de São Paulo e Minas Gerais;
 Caracteriza-se pela concentração de todas as atividades em poder dos avicultores.

Empresas Especializadas Avicultores Alimentação

Linhagens Incubatório Produtor Abate

Comerciais

Prof. André Paiva

Assistência
Técnica
Como a genética chega na Granja?

Linhas
Avós
Puras
Bisavós

Avós
Matrizeiros Incubatório

Matrizes

Produtor de
Frango de Corte Incubatório
Frango de Corte

Prof. André Paiva

Exportação e Mercado Interno
 A região Sul do país tem perfil mais exportador no segmento de carnes suínas e de
frango;
 Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul respondem por 80% das exportações;
 São Paulo e Minas Gerais têm perfil mais voltado para o mercado interno.

Linhagem

Mercado
Exportação
Interno
Prof. André Paiva
Abate por Região
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento

Fonte: IBGE citado por Bradesco

Prof. André Paiva

Importância da Carne de Aves

Prof. André Paiva

Gostamos de Carne?
Carne Frango 42kg/pessoa/ano

Carne Bovina 30kg/pessoa/ano

Cada brasileiro come por ano

15,0 kg de carne suína!
Prof. André Paiva
Importância da Carne de Aves

Prof. André Paiva

Evolução de Desempenho

Prof. André Paiva

Evolução do desempenho do frango de corte
Ano Peso vivo (g) Conversão alimentar Idade ao
(kg cons./kg gp.) abate (dias)
1920 1.000 5,00 120
1970 1.700 2,15 50
200x 2.300 1,85 38
FONTE: UBA

Prof. André Paiva

Estudos comparativos de linhagens atuais vs linhagens de 1957
 Peso da carcaça dos frangos de 1991 foi 4.4 vezes maior que os de 1957
aos 43 dias de idade
 Experimento foi repetido anos depois comparando a mesma população
com frangos (Ross 308) de 2001
 Diferença no peso da carcaça passou de 4.4 para 6.6 aos 43 dias de
idade
 Conversão alimentar aos 42 dias
 Ross: 1,92 (1957) e 1,61 (2001) com 2126 g e 2672g respec.
 ACRBC: 2,34 (1957) e 2,14 (2001) com 578g e 739 respec

Prof. André Paiva

Taxa de crescimento do frango de corte de 1957 vs. 1991 Genética vs. Nutrição

5000
4500 Frangos
49g/d
Dieta 1991
4000 1991
Peso Corporal (g)

Dieta 1957 50g/d

3500
3000 70g/d
2500
2000
68g/d Frangos
1500
1000 25g/d 1957
25g/d
500 31g/d 26g/d
10g/d
19g/d
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Havenstein et al., 1994 Idade (dias) Prof. André Paiva
 6000
5520
5000
4808
4498
Peso corporal (g)
4000 3946 3812
1957
3000 3108 1991
2673 2001
2000 2132

1400
1000 1087
743
700 790
508
190
0
21 42 56 70 84
Idade(dias)

Prof. André Paiva

 1900 – Inicio da aplicação da
genética na avicultura
Inglaterra
•Inicio como atividade industrial nos anos
60, com importação de genética dos EUA
•Programa ETA-42: Introdução de milho e
EUA sorgo nas rações e treinamento de
técnicos, produtores e professores sobre as
técnicas de criação e de comercialização
avícola americana

Brasil
Prof. André Paiva
Curiosidades: 1620 – As primeiras galinhas

• Navio Mayflower primeiros imigrantes

conhecidos como peregrinos de
Plymouth, Inglaterra, para
Massachusetts, EUA
• Animais de adorno e exibição

Prof. André Paiva

Curiosidades: 1849 – Os primórdios da produção avícola
 1849 – crescente desenvolvimento das colônias e intercâmbio com outros países
aumentaram a competição entre criadores
 J. C. Bennot: exposição avícola
 219 exibidores e 1.423 aves

 1873 – American Poultry Association

 Publicação do padrão das raças, livro pintado por artistas famosos
 Surgimento do interesse pelo potencial produtivo das aves, a galinha passa de
animal de estimação para animal de utilização

Prof. André Paiva

Prof. André Paiva
 1900 – Redescoberta das Leis de Mendel
William Bateson
 Geneticista inglês:
 1901: Demonstrou que a Lei de Mendel se aplica em
genes de animais (dominância, dominância
incompleta, ação complementária de genes)

 Primeira pessoa a utilizar o termo genética (alelos,

homo/heterozigoto, fenótipo, genótipo)

 Descreveu os primeiros estudos de hereditariedade

Prof. André Paiva

 William Jasper Spillman
 1908 – EUA, descoberta das penas “barradas”
como característica ligada ao sexo
 Primeira evidência de que a galinha era heterogamética

 1910 – avanços tecnológicos

 Trap-nesting (ninho alçapão)
 Purdue University
 Seleção de poedeiras
 Estudo evolutivo dos pintinhos Prof. André Paiva
 1910
 EUA - Pesquisador da Estação Agronômica
Experimental de Maine
 Pioneiro na aplicação da genética no campo da avicultura em
análises de fatores que influenciam na produção de ovos.

 Pioneiro na aplicação do teste de progênie para posterior

seleção massal visando produção de ovos

Raymond Pearl

Prof. André Paiva

 1920 – A maioria dos caracteres econômicos não são de transmissão
simples
 Grande número de genes envolvidos
 Necessidade de seleção dos indivíduos e acompanhamento do progresso
genético através das gerações

James Dryden
 1921 – USA, Corvallis, apresentou as utilidades da seleção
massal
 Também mostra que o reconhecimento da habilidade de postura
em poucos meses se mostra mais prático do que a medida de
365 dias considerada necessária até então

Prof. André Paiva

Alexander S. Serebrovsky

• 1922 – Ornitólogo russo. Velocidade de

empenamento  herança ligada ao sexo

Hubert Dana Goodale

• 1923- Produção de ovos

– Idade à maturidade sexual
– Intensidade de postura
– Ausência de chôco
– persistência
Prof. André Paiva
1930
 Comercializada a primeira linhagem auto-sexável (Punnett's Cambars)

 Empresas de melhoramento de milho (Pioneer Hi-Breed Company e Dekalb Hybrid Seed

Company)
 Introdução da heterose pelo acasalamento de linhagens consangüíneas
 avicultura herda o termo “híbrido”

 Popularização do cruzamento de raças e o vigor híbrido para obtenção de melhores

poedeiras com menores índices de mortalidade

 Descoberta de diferenças genéticas em resistência à doenças

 Quinn & Burrows: provam a praticidade do uso de inseminação artificial Prof. André Paiva
 1941 – Hazel propõe o índice de seleção

• 1943: Kimber Farms contrata Wilfred Lamoreaux, primeiro

geneticista com Ph. D. a se tornar um melhorista comercial
• Altos salários
• Juntamente com Hazel, Dickerson completa os procedimentos para o
desenvolvimento de um indice de seleção aplicado ao melhoramento de
aves

Prof. André Paiva

1945 : A&P - Concurso “Chicken of Tomorrow”
 Concursos de 1945 – 1951
 Empresa ciente do potencial lucrativo do
melhoramento de frangos para corte
 Enfatizava a produção de partes nobres e
rápido crescimento
 Incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento
da avicultura para destinar um produto ao
consumidor proveniente até então de
subprodutos da produção de ovos

Prof. André Paiva

Anos 50 – A década do vigor híbrido
• Formação de linhagens para cruzamento enfatizando o vigor híbrido,
combinação específicas de atributos para o frango de corte
• Híbrido duplo e tricross

• Preocupação com o sigilo de informação

Prof. André Paiva

Anos 50
 Declínio de pequenas empresas de melhoramento
 Empresas de melhoramento de milho

 Início da utilização de computadores no melhoramento de aves

 Redução do tempo nas análises
 Armazenamento de informações de família
 Estimação de parâmetros genéticos
 aplicação do índice de seleção

Prof. André Paiva

Anos 70
 Tendência contínua das grandes empresas de melhoramento

 Integração horizontal e vertical das operações

 Pouco interesse de melhoramento por parte dos produtores

 Cursos universitários de genética em avicultura definharam bem como

profissionais graduados neste campo

 Variações genéticas facilmente reconhecidas incansavelmente estudadas

no passado foram deixadas de lado e exigências nutricionais e
metabólicas nas aves passam a ter sua importância.

 Necessidade de profissionais de outras áreas

Prof. André Paiva

Anos 80
 Larga utilização do índice de seleção

 Avaliações individuais de conversão alimentar

 Demonstrada a possibilidade do uso da engenharia genética:

 Análise do DNA

 Produção de aves trangênicas

 Incubação de embriões in vitro

 Manipulação das células germinativas primordiais

Prof. André Paiva

Anos 90
Charles Roy Henderson
 Avanço da capacidade dos computadores viabilizaram
o uso do BLUP para a estimação dos valores
genéticos
 Marcadores moleculares

Prof. André Paiva

2000 - dias atuais
 Tecnologia dos computadores permite uso de diversas
metodologias para estimação de parâmetros genéticos

 Era da Genômica
 Manipulação do genoma
 Bioinformatica

Prof. André Paiva

Futuro: Epigenética

Prof. André Paiva

 Características únicas na indústria do
melhoramento de aves
 Poucas multinacionais determinam na prática toda a genética
comercializada no mundo
 Programas de melhoramento são dirigidas por equipes de
geneticistas com nível de Ph. D.
 A prioridade é performance e não formação de raças puras
 Progresso obtido por curtos intervalos de geração
 Incrível efeito multiplicador
 1 reprodutor produz cerca de 3.66 toneladas de carne
Prof. André Paiva
Fatores que contribuem/influenciam para a atual
estrutura da industria do melhoramento na avicultura
 Produto de fácil transporte
 Comercialização de apenas um dos sexos das linhas puras
mantém o controle genético
 Grande tamanho das famílias: 225 filhos/matriz/ano
 intervalo de geração: 7 – 9 meses
 Ineficácia de estocagem do sêmen
 Grande mercado internacional

Prof. André Paiva

 Vantagens da avicultura no Brasil
• Posição geográfica estratégica
• Baixos custos de produção

Percentual
Item Brasil França China EUA Tailândia Holanda
Pintainhas 100,0 152,3 106,5 98,8 104,3 170,4
Ração 100,0 159,1 119,5 102,5 143,5 159,1
Abate 100,0 179,4 118,3 112,8 136,8 179,4
Total 100,0 185,7 109,0 109,0 124,7 191,2
Fonte: Schorr, H.

Prof. André Paiva

 Empresas de melhoramento de frango de corte
• Aviagen
• Cobb - Vantress
• Hubbard
• Hybro

Prof. André Paiva

Ancestrais da Galinha
Moderna

Prof. André Paiva

RED JUNGLE FOWL (galo-banquiva)
- Ancestral da galinha moderna
- Começou pela Índia, China, foi para
Europa e ganhou o mundão de meu Deus.

Prof. André Paiva

Principais raças que contribuíram para a produção da galinha comercial
moderna

• Leghorn
• Cornish
• Plymouth Rock

Prof. André Paiva

Leghorn vermelha de crista simples

Leghorn Branca

Prof. André Paiva

Cornish Escura

Prof. André Paiva

Plymouth Rock Partridge

Prof. André Paiva

 Classes e raças padrão
AMERICAN ENGLISH
Buckeye Australorp
Chantecler (2) Cornish (4)
Delaware Dorking (3)
Dominique Orpington (4)
Holland (2) Redcap
Java (2) Sussex (3)
Jersey Giant (2)
Lamona MEDITERRANEAN
New Hampshire Andalusian
Plymouth Rock (7) Ancona (2)
Rhode Island Red (2) Catalana
Rhode Island White Leghorn (16)
Wyandotte (9) Minorca (5)
Sicilian Buttercup
ASIATIC Spanish
Brahma (3)
Cochin (9) ALL OTHER STANDARD BREEDS
Langshan (2) Game
Modern Game (9)
CONTINENTAL Old English Game (13)
French Oriental
Crèvecoeur Cubalaya (3)
Faverolle Malay (5)
Houdan (2) Phoenix (2)
La Flèche Sumatra
North European Yokohama (2)
Campine (2) Miscellaneous
Hamburg (6) Araucana (5)
Lakenvelder Frizzle (2) Prof. André Paiva
Polish Naked Neck (4)
Polish (10) Sultan

R. D. Crawford, ed., Poultry Breeding and Genetics, Elsevier, Amsterdam, 1990

Notaram alguma raça predominante branca?

Prof. André Paiva

White Plymouth Rock White Cornish White Leghorn

Prof. André Paiva

 Empenamento Branco – 1 gene
 Branco dominante (mutação)
 Inibição da produção do pigmento
 Característica da Leghorn branca e da White Cornish

 Branco recessivo
 Característica do White Plymouth rock
 Contribui para as linhas Fêmea do frango de corte

Prof. André Paiva

Prof. André Paiva
Características ligadas ao sexo
 Penas barradas
 Empenamento tardio
 Nanismo

Cromossomos Sexuais da Galinha

 Macho homogamético (ZZ)
Prof. André Paiva
 Fêmea heterogamética (ZW)
Utilidade da herança ligada ao sexo

 Identificação do sexo ao nascimento

 Produção do estoque de pedigree selecionado ou linhas puras

de tamanho corporal reduzido

Prof. André Paiva

Pintos Sexáveis com Penas Barradas

Não
barrado Barrada

ZbZb ZBW

Gametas Zb ZB W

Barrado Não
Barrada
(mancha na cabeça)
(s/ mancha) Prof. André Paiva
ZBZb ZbW
New Hampshire Barred Plymouth rock

Prof. André Paiva

Pintos sexáveis pela velocidade de empenamento

Precoce Tardia

ZtZt ZTW

Zt W
Gametas ZT

Tardio Precoce

ZTZt ZtW Prof. André Paiva

Macho Fêmea

Prof. André Paiva

Nanismo

 Recessivo
 Redução de 60% do tamanho normal
 Reduz custos de espaço e alimentação

Prof. André Paiva

 Frango de corte
A B C D
Normal Normal anão anã
ZAZA ZAW ZaZa ZaW
AVÓS

GAMETAS ZA ZA ZaA Za
W W

Normal

PARENTAIS ZAZA anã

ZaW

GAMETAS ZAa ZaA W

Normal Normal Prof. André Paiva

FRANGOS
ZAZa ZAW
Prof. André Paiva
Poedeiras
Normal
anão
Parentais ZAW
ZaZa

Gametas ZaA ZAa W

Normal
anã

Poedeiras ZAZa ZaW

Prof. André Paiva

Prof. André Paiva
Características Quantitativas
Produção de ovos e frango de corte

Prof. André Paiva

Características Quantitativas
 A maior parte das características de interesse comercial são
controladas por muitos genes

 Herdabilidade baixa a moderada

 Influência ambiental

Prof. André Paiva

Muitos genes????????

 Digestão
 Absorção
 Armazenamento
 Ambiência
 etc

Prof. André Paiva

Características Tradicionais de Interesse Econômico

 Produção de ovos
 Taxa de crescimento
 Conversão ou eficiência alimentar
 kg consumido/kg ganho de peso ou ovos
 Taxa de sobrevivência
 Características de carcaça

Prof. André Paiva

Produção de ovos

Galinha alojada

 Medição indireta da taxa de mortalidade

 Quanto maior, melhor será a produção

Número de Ovos

 Número de ovos produzidos por aves tem pouco significado se não

acompanhado de outros fatores:
 Tamanho, forma, cor, qualidade interna e resistência da casca

Prof. André Paiva

 Fatores que influenciam a produção de ovos

Maturidade Sexual;
Intensidade de postura;
Ausência de Chôco;
Persistência;
Tamanho ou peso do ovo;
Resistência ou espessura da casca;
Qualidade do Albúmen;
Manchas de sangue e coágulos;
Colesterol Prof. André Paiva
 Maturidade Sexual
 Idade ao primeiro ovo

 Depende primariamente de 2 genes (1 autossômico e 1 ligado ao

sexo)

 20 a 25 semanas – Matrizes pesadas

 16-18 semanas – Poedeiras Leves

 Relacionado ao empenamento

 Altamente influenciada pelo ambiente

 Precoces produzem mais ovos

 poedeiras: ovos menores

Prof. André Paiva
 Matrizes pesadas são mais tardias que as poederias
Prof. André Paiva
Intensidade de postura

 Número de ovos produzidos em determinado período de tempo;

 Altamente correlacionado com ciclo de postura.

 Aves de ciclos grandes possuem alta intensidade de postura

Prof. André Paiva

Ausência de Chôco
 Representa o início do ciclo reprodutivo - cessa a produção e começa o período
de incubação dos ovos;

 Ocorre com a produção de prolactina pela adeno-hipófise;

 A seleção contra é altamente eficiente;

 Produzidos por 2 genes complementares A e C, autossômicos e dominantes.

 As linhagens comerciais leves não apresentam o chôco;

 Estímulo proveniente da pressão exercidas pelos ovos e posteriormente, dos
pintos no peito da ave

Prof. André Paiva

Persistência

 Comprimento do período de produção, do primeiro ovo à pausa da produção;

 Fator que ainda não possui explicação clara;

 Embora pausa e persistência sejam consideradas características genéticas

independentes, ambas são consideradas simultaneamente na seleção para
produção de ovos

 Correlação entre produção anual de ovos e persistência de postura, é, em

torno, de 0,75.

Prof. André Paiva

Tamanho ou peso do ovo

 É a característica mais importante sob o ponto de vista comercial;

 A seleção é altamente eficiente;

 Correlação positiva com o tamanho corporal;

 Dentro da linhagem ou raça, existe correlação genética positiva entre: tamanho

do ovo, maturidade sexual e tamanho do corpo;

Prof. André Paiva

Resistência ou espessura da casca

 Comercialmente importante;

 Poedeiras comerciais: comercialização baseia-se integridade

(aumento da validade do produto) e limpeza da casca (agradável
aos olhos do consumidor)

 Matrizes de corte: integridade garante boa viabilidade dos

pintinhos (menor desidratação na incubadora) e limpeza evita
perdas no processo de incubação (infestação por fungos)

 A espessura da casca está relacionada a resistência da mesma;

Prof. André Paiva

Qualidade do Albúmen

 Principal medida de qualidade interna do ovo

 Depende de vários fatores (tamanho do ovo, espessura da casca, temperatura

ambiente, idade do ovo, etc)

 Característica de importância comercial para a linhagem de poedeiras

 Seleção baseada na espessura e quantidade de albúmen denso tem sido descrita

com sucesso

Prof. André Paiva

 Manchas de sangue e coágulos
 Medida de qualidade interna do ovo

 Característica de interesse comercial de poedeiras

 Incidência de 1a 3%

 Manchas e coágulos são considerados geneticamente independentes

 Coágulos são originários de fontes diferentes das manchas (lesões da mucosa do

oviduto e hemorragia folicular respectivamente)

Prof. André Paiva

Produção de carne
 Década de 20: preferência por aves de dupla aptidão, melhoramento começou
praticamente apenas com aves pesadas

 Peso corporal era de mais fácil mensuração do que produção de ovos

Prof. André Paiva

 Taxa de crescimento
 Intensa pressão de seleção

 Correlações entre pesos corporais são altas

 Correlação positiva:

 produção de carne, rendimento de carcaça, eficiência alimentar, taxa de ovulação e peso dos ovos

 consumo alimentar

 Correlação negativa com características reprodutivas

 Diminuição do desempenho reprodutivo dos machos

 Redução da fertilidade e eclodibilidade das fêmeas

 Padronização de abatedouros

 Uniformidade do peso  redução do dimorfismo sexual Prof. André Paiva

 Diferenças 300-400g
Conversão/eficiência alimentar

• Intimamente ligada à taxa de crescimento e ganho de peso

• Importância da seleção
• Redução da gordura corporal principalmente abdominal pela redução da
síntese de ácidos graxos

Prof. André Paiva

Taxa de sobrevivência
 Mortalidade é muito mais dependente de fatores ambientais
 Qualidade do pintinho o nascer
 Condições na recepção do galpão
 Praticas de manejo diário
 Acompanhamento constante do galpão

Prof. André Paiva

Características de carcaça
 Por exigência do mercado deve ser magra, livre de defeitos e com alta proporção de
carne

 Pernas, coxas e peito possuem correlação positiva com o comprimento das canelas
e o peso do corpo

 Robustez do esqueleto

 Metas:
 Rendimento de carcaça superior a 73% excluindo pés e cabeça
 Cortes nobres com rendimento superior a 60%
 Peito amplo sem a projeção da quilha

Prof. André Paiva

Características de carcaça

Prof. André Paiva

Programa de Melhoramento

Prof. André Paiva

2mi2
Perspectiva de Taxa de ganho genético anual

Ovos por fêmeas alojadas 0,80

Pintos por fêmea alojada 0,60
% rendimento de peito 0,25
% rendimento eviscerados 0,15
C.A para 2Kg - 0,02
Peso corporal aos 42 dias (g) 55,00

Prof. André Paiva

 Estratégias de melhoramento
genético.
PROBLEMAS:
1º) Objetivos
- Matrizes que sejam boas poedeiras, os ovos sejam de
tamanho bom(65g) e possuam boa conversão alimentar.

- -Peso
Frango
dodeovo
corte com rápida
e peso taxa possuem
corporal de crescimento, boa negativa
correlação
conversão alimentar, bom rendimento de carcaça e “baixa
com produção de ovos.
mortalidade”.

- Se o tamanho do ovo for muito grande a ave poderá entrar

em balanço negativo ao pico de postura.

Prof. André Paiva

- Peso do ovo possui correlação negativa com maturidade
sexual
 Estratégia de melhoramento
Especialização de linhagens

Prof. André Paiva

 Estratégia de melhoramento
Especialização de linhagens

Bisavós Avós Matrizes Frango de corte

PMO PMO
M-1
LINHA MACHO
PMO X PMI
PMI PMI

TXP TXP
TXP X CA F-1
F-1
LINHA FÊMEA
CA CA

Prof. André Paiva

 “Produção de ovos”
( Linha fêmea)
 Produção de ovos

 Fertilidade

 Eclodibilidade

Prof. André Paiva

“Produção de carne” ( Linha macho)

Prof. André Paiva

 “Produção de carne”
( Linha macho)
 Robustez do esqueleto
 Rendimento de Cortes Nobres (peito)
a) Conformação do peito;
b) Medidas das dimensões do peito
c) Teste de irmãos, parte da população é abatida,
os rendimentos da carcaça e cortes nobres são
calculados e usados para seleção de famílias

Prof. André Paiva

Melhoramento no frango
• Eficiência alimentar

• Conformação

• Taxa de crescimento

• Robustez do esqueleto

Prof. André Paiva

Fatores que influenciam a eficiência dos programas de
melhoramento
Metodologia de
melhoramento Idade à seleção

Programas de
Taxa de
Alimentação e iluminação
endogamia

Acurácia
da seleção intensidade
Habilidade de reprodução Sistemas de criação
de seleção
das linhas puras

Intervalo
Programas de sanidade
de geração

Volume do estoque
Número, tamanho e
Parental para multiplicação
tempo de programação
Progresso genético anual
dos lotes Prof. André Paiva
Hartmann, W. 1989. World’s Poultry Sci. J. 45: 5 – 26.
Metodologia de pesquisa para seleção

Prof. André Paiva

 Metodologia de pesquisa para seleção

Multiplicação

Multiplicação

23-24 Correlação
33 68 Semanas

Seleção por produção total Postura

Seleção por períodos Peso do ovo Prof. André Paiva
Peso corporal
Melhoramento de matrizes

TABELA 1 – Índices para matrizes

IDADE DO DESCARTE (DIAS) 476

(SEMANAS) 68
TOTAL DE OVOS (g) - 68 SEMANAS 185,63
PINTOS / FÊMEAS ALOJADAS - 68 SEMANAS 150,1
% DE ECLODIBILIDADEACUMULADA - 68 SEMANAS 85%
IDADE AOS 5% DE PRODUÇÃO (SEMANAS) 25
% PICO DE PRODUÇÃO 84
PESO CORPORAL (g) - 25 SEMANAS 2.940
PESO CORPORAL NO DESCARTE (g) - 68 SEMANAS 3,800 - 4,000
MORTALIDADE + DESCARTE (PERÍODO DE RECRIA) % 4-5 Prof. André Paiva
 Evolução nos objetivos no Melhoramento
do frango

Diferentes objetivos no melhoramento de frangos de

corte
1960 2000
1. Peso vivo 1. Fertilidade e eclodibilidade
2. Produção de ovos 2. Robustez do esqueleto
3. Viabilidade 3.Peso dos ovos
4. Peso dos ovos 4. Rendimento de partes da carcaça
5.Peso vivo
6. Eficiência alimentar
7. Resistência a doenças
Prof. André Paiva
 Evolução nos objetivos no
Melhoramento do frango

Diferentes objetivos no melhoramento de frangos de

corte
2000 20xx
1. Fertilidade e 1. Velocidade de ganho de
eclodibilidade peso
2. Robustez do esqueleto 2. Eficiência alimentar
3. Peso dos ovos 3. Rendimento de carcaça
4. Rendimento de carcaça 4. Resistência a doenças
5. Peso vivo 5. Robustez do esqueleto
6. Eficiência alimentar 6. Peso dos ovos
7. Resistência a doenças 7. Peso vivo
Prof. André Paiva
 Logística da Produção

Prof. André Paiva

S. Leeson and J.D. Summers, Broiler Breeder Production, University Books, Guelph, 2000