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GROSSA
EVOLUÇÃO ESTELAR
PONTA GROSSA
2021
SUMÁRIO
1. Introdução...................................................................................................................................3
2. Nascimento estelar...................................................................................................................4
3. Alguns tipos especiais de protoestrelas.............................................................................5
3.1. Anã marrom........................................................................................................................5
3.2. Estrelas T Tauri..................................................................................................................6
3.3. Protoestrelas com massa acima de 200 M..................................................................6
4. Sequência Principal..................................................................................................................7
5. Estrelas com massa inferior a 8 M........................................................................................8
5.1. Fase de Gigante Vermelha..............................................................................................8
5.2. Nebulosas Planetárias e Anãs Brancas.....................................................................10
5.3. Estrelas com massa entre 0.08 M e 0.2M...................................................................11
6. Estrelas com massa superior a 8 M....................................................................................12
6.1. Evolução............................................................................................................................12
6.2. Supernova.........................................................................................................................13
7. Nucleo pos-supernova...........................................................................................................14
7.1. Estrelas de neutron.........................................................................................................14
7.2. Buracos negros................................................................................................................15
REFERÊNCIAS.................................................................................................................................16
1. Introdução
Desde sempre olhamos para o céu curiosos, buscando saber o que são estes
pontos incandescentes, que mesmo nas noites mais escuras sempre estão lá.
“Pontos” estes que nos acompanharam durante toda nossa evolução, para que um
dia chegasse a hora de entendermos sua natureza e origem. O nome estrela foi
designado a estas fornalhas incandescentes.
Estas estrelas por muito tempo guiaram o pensamento humano, afinal, os
primeiros cientistas e estudiosos na sua maioria adoravam investigar o que eles
eram. Foram estes grandes curiosos que deram origem a astronomia, o ramo da
ciência dedicado a estudar estes astros.
Depois de muitos anos deste estudo, passando por vários modelos de como
nosso universo se parecia, finalmente nos tornamos capazes de entender o que
eram estas estrelas em nosso céu.
Com certeza a mais famosa delas é o Sol, nossa estrela mãe, que assim
como a maioria das outras, terá uma vida calma, porem conturbada no seu fim.
Passará praticamente a vida toda convertendo hidrogênio em hélio em um processo
que chamamos de fusão nuclear do hidrogênio, ate que este combustível acabe e
ela se torne uma pequena estrela azul. Mas claro, antes de se tornar esta pequena
estrela chamada anã branca ela irá crescer exageradamente, consumindo todos os
planetas ate a Terra.
Porem não se engane, esta é a evolução que nosso Sol terá, outras estrelas
podem ter fins diferentes, tudo depende da quantidade de massa que iram absorver
em seu nascimento.
Veremos ao decorrer deste texto as evoluções que estes extraordinários
objetos podem tomar, como nascem e terminam suas vidas deixando no cosmos
sua marca permanente, preenchendo-o de novos átomos e luz, que de alguma
forma, chegam a este pequeno ponto pálido chamado Terra, onde seres como nos,
se tornaram capazes de aprecia-las e entende-las.
2. Nascimento estelar
O universo, por mais que grande, é bastante vazio, isto porque no meio
interstelar as moléculas estão concentradas em nuvens(chamadas também de
nebulosas), e entre estas nuvens há enormes distâncias. Na sua maior parte, são
constituídas em hidrogênio, esta é uma das razões do porque este material esta
presente em todas as nascentes estrelas.
Estas nebulosas não são uniformes, algumas áreas deste meio tem uma
maior densidade molecular, enquanto outras são quase um vácuo. E, mesmo nestes
meios mais densos, muitas vezes as moléculas não estão próximas o suficiente para
a ação gravitacional impactar em seu comportamento.
Figura 1 – Nebulosa de Órion
Protoestrelas deste tipo são designadas como Anãs marrons, que são
estáveis devido ao princípio de exclusão de Pauli 1. Sua temperatura varia de 2200K
a 750K, dependendo de sua massa e idade.
Conforme ela envelhece perde temperatura, e por consequência se torna
cada vez mais escura, ate um ponto que a irradiação de seu núcleo deixa de ser
visível no espectro eletromagnético, a partir deste momento ela se torna apenas um
aglomerado de gás frio e escuro.
1
Uma das consequências do princípio de exclusão de Pauli estabelece que dois fermions(nesse caso, os
elétrons das moléculas do núcleo) não podem ocupar o mesmo lugar, gerando assim uma pressão de
degenerescência elétrica contra a compressão gravitacional
3.2. Estrelas T Tauri
Pode vir a ocorrer, durante o processo de absorção de massa da protoestrela,
que ela se torne visível no espectro eletromagnético, isto é o que acontece no caso
de estrelas do tipo T Tauri.
Elas são um intermédio, possuindo uma massa de quase 3 M, estão no limiar
do que pode ser considerado uma protoestrela, devido a este brilho incomum, mas
ainda não chegaram ao estágio da fusão do hidrogênio. Sua principal característica
é a forma irregular que sua luminosidade se apresenta, se alterando no intervalo de
alguns dias.
Esta fase T Tauri ira perdurar por ate 107 anos, momento em que a estrela
atinge temperatura suficiente para iniciar o processo de fusão nuclear, sendo a partir
dai considerada uma estrela de sequencia principal.
3.3. Protoestrelas com massa acima de 200 M
Protoestrelas com massas gigantescas, acima de 200 M, não chegam a fase
de sequencia principal. Isto, porque não conseguem se manter devido a sua pressão
interna extremamente intensa, que supera a gravidade e leva a desintegração da
protoestrela.
4. Sequência Principal
O estágio de sequencia principal se inicia quando o núcleo da protoestrela
atinge a temperatura e pressão suficiente para começar a fundir hidrogênio. Este
processo irá equilibrar a estrela, dizemos que ela entrara em equilíbrio hidrostático,
isto porque a pressão interna gerada pela fusão ira combater a força gravitacional e
assim impedindo que a estrela colapse, tornando ela estável.
Também é nesta fase que a estrela ira brilhar de maneira estável, visto que
nas fases anteriores a radiação emitida não conseguia sair da nebulosa em que
nasceu. Tirando algumas exceções como as estrelas T Tauri.
Atingindo este estagio, dizemos que ela é uma estrela da sequencia principal
de idade zero. A medida que a fusão prossegue temos uma redução no número de
átomos no núcleo, devido a conversão de massa em energia.
Então, de maneira progressiva, massa se transforma em energia no núcleo,
isto o torna menos denso, e por consequência a pressão diminui, graças a isto a
gravidade ira contrair ainda mais o núcleo, aumentando a sua temperatura e
“empurrando” as moléculas de camadas mais externas para dentro do núcleo.
Com esta temperatura crescente temos um maior número de colisões, o que
gera um incremento na velocidade que as fusões ocorrem, aumentando assim o
fluxo de radiação em direção ao exterior e também aumentando ainda mais a
temperatura.
Uma maneira de verificarmos este processo energético é nas dimensões e
características da estrela, por exemplo o Sol, no último bilhão de anos seu raio
aumentou 6%, a temperatura 300K e a luminosidade 40%.
Porem este processo não é eterno, afinal o hidrogênio que há no núcleo é
finito, e esta continuamente sendo convertido em hélio, é como se fosse o
combustível da estrela, e certamente alguma hora ira acabar, quando este momento
chega e a fusão do núcleo cessa dizemos que a estrela sai da sequencia principal.
O tempo que este estágio ira levar depende completamente da massa da
estrela. No caso de estrelas massivas seu tempo é curto, mesmo tendo mais
massa(ou seja, combustível) a gravidade é extremamente intensa, e por
consequência a temperatura cresce rapidamente, e assim acelerando
consideravelmente o processo de fusão, esgotando mais cedo seu reservatório de
hidrogênio.
Sendo assim, estrelas de maior massa passam menos tempo na fase de
sequencia principal, na casa dos 20 milhões de anos. Enquanto o sol, terá por
media, um tempo de 10 bilhões de anos na sequencia principal. Estrelas do tipo
M(anãs vermelhas) ficaram por muito mais tempo neste estágio.
O que ocorre com a estrela quando a fusão acaba depende, mais uma vez,
da massa dela. Estrelas com massa superior a 8 M terão estágios ainda mais
caóticos a frente, enquanto estrelas de massa inferior morrem aos poucos enquanto
tentam se sustentar.
Fonte: https://www.nasa.gov/feature/goddard/2017/messier-57-the-ring-
nebula. Acesso em 17 de jun. 2022
Com o passar dos milhares de anos, anãs brancas vão esfriando, com esta
perda de luminosidade e temperatura elas gradualmente se transformam em anãs
negras(estrelas frias e escuras).
5.3. Estrelas com massa entre 0.08 M e 0.2M
Estrelas com esta massa não alcançam os requisitos para começar a fusão
do hélio, seu destino então, apos muitos anos na sequencia principal, será perder
suas camadas exteriores devido a baixa gravidade, se tornando uma anã branca
composta de hélio, sem nem mesmo passar pelo processo de gigante vermelha.
7. Nucleo pos-supernova
7.1. Estrelas de neutron
Núcleos remanescentes de supernova que tenham uma massa inferior a 3 M
alcançam um novo estágio de estabilidade, os prótons e elétrons de seus núcleos
que estão sujeitos a uma enorme pressão vão se juntar, formando nêutrons. O que
temos agora é uma estrela de nêutrons.
O que mantem esta estrela é a lei de exclusão de Pauli, mas ópera de
maneira diferente das anãs, pois a o que esta gerando a pressão pela lei de
exclusão são os nêutrons, e não os elétrons como vimos anteriormente. Vale notar
que, por ser nêutrons, a pressão originada é bem maior.
Tirando os buracos negros, estrelas de nêutrons são os astros mais densos
conhecidos, com uma densidade de aproximadamente 1017 kg/m3. Para
entendermos melhor o quão grande é isto, podemos comparar um bilhão de
toneladas com apenas uma colher de chá do material desta estrela. A estrela ficará
por longos tempos neste estágio, sendo esta o sua ultima forma.
7.2. Buracos negros
Porem, núcleos que restaram com uma massa superior a 3 M tem um fim
muito mais catastrófico, pois a gravidade sobre este núcleo é tão intensa que nada
pode para-la. Como resultado toda a massa deixada para trás neste núcleo é
concentrada em um só ponto, que designamos por singularidade. Frente a estes
objetos estamos no limite das leis da física, não sabemos exatamente o que
acontece quando o buraco negro se forma.
Para termos uma ideia do quão extremo este ambiente é, a gravidade é tão
forte que nem mesmo a luz consegue fugir. Esta superfície onde a velocidade de
espace se equipara a velocidade da luz é designada por horizonte de eventos. É
nesta superfície que residem os últimos fótons que tentavam escapar da estrela.
Este, é o fim da estrela, que será por longos tempos esta monstruosidade estelar.
Figura 6 – Evolução estelar
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Stellar-evolution-not-to-scale-
Figure-taken-from-Earth-Blog-2013_fig9_318720494. Acesso em 17 de jun. 2022
REFERÊNCIAS