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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI


CURSO DE FISIOTERAPIA

JAINE MARIA DE PONTES OLIVEIRA

Efeitos da Crioterapia na Contração dos Músculos do Assoalho


Pélvico em Mulheres com Incontinência Urinária de Urgência

SANTA CRUZ- RN
2016
JAINE MARIA DE PONTES OLIVEIRA

Efeitos da Crioterapia na Contração dos Músculos do Assoalho


Pélvico em Mulheres com Incontinência Urinária de Urgência

Artigo Científico apresentado a


Faculdade de Ciências da Saúde do
Trairi da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, para obtenção
do título de Bacharel em
Fisioterapia.

Orientadora:Prof.ª. Dr. Grasiéla


Nascimento Correia

Co-orientador: Prof.º. Dr. Diego de


Sousa Dantas.

SANTA CRUZ - RN
2016
JAINE MARIA DE PONTES OLIVEIRA

Efeitos da crioterapia na contração dos músculos do assoalho


pélvico em mulheres com incontinência urinária de urgência.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade de
Ciências da Saúde do Trairi da
Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, como requisito para a
conclusão do curso de graduação
em Fisioterapia.

Aprovado em: ____ de _____________ de ________.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________, Nota: _______.

ProfªDrª Grasiéla Nascimento Correia – Orientadora

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

__________________________________________________, Nota: _______.

Profª Adriana Gomes Magalhães – Membro da Banca

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

__________________________________________________, Nota: _______.

Profª Fernanda Diniz de Sá – Membro da Banca

Universidade Federal do Rio Grande do Norte


DEDICATÓRIA

Tanto que desejei a senhora nesse momento de minha vida, para te


agradecer por ser essa pessoa tão grandiosa, te mostrar que sua pequena
menina hoje está se tornando uma mulher guerreira, mas o destino não quis
assim... De repente tudo mudou, sem que pudesse esperar, rapidamente você
partiu, mas deixou em mim a sua garra e perseverança, por isso dedico a ti
minha vozinha (Nega) este trabalho.
AGRADECIMENTOS

Nenhuma batalha é vencida sozinha. No decorrer desta luta algumas


pessoas estiveram ao meu lado e percorreram esse caminho junto comigo,
apoiando e incentivando para que eu conquistasse o meu sonho.

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado forças suficiente para


que eu pudesse cumprir toda minha graduação com responsabilidade e
discernimento. Aos meus pais, Rita e Antônio, meu irmão, Jarison, que
estiveram sempre presentes me apoiando e me incentivando para que eu
continuasse na luta durante essa etapa da minha vida. Aos meus parentes e
amigos, por entenderem a minha ausência e por terem torcido diariamente por
mim.

Agradeço à minha orientadora Grasiéla Nascimento Correia, por


gentilmente ter ajudado e me guiado no decorrer deste projeto, me dando todo
o suporte e estímulo necessário, e por ser esse exemplo de ser humano. Sem
esquecer os demais professores que foram incansáveis na arte de ensinar.

Obrigada a todos que contribuíram até aqui, prometo-lhes que este é só o


começo de uma grande trajetória profissional.
―Hósim eu saio por essa imensidão de gigantes rochosos que vejo ao
horizonte, com um novo futuro em mente, sempre me lembro das palavras que
falei para aquele maravilhoso rosto de pedra que nunca quer sair da minha
cabeça, ahh sim o sol brilha como nunca, as belas transformações nas nuvens
feitas pela ventania assombra que existe no céu, então o futuro fala comigo, e
me diz siga adiante tem muito que aprender, existe formigas que se acham
deuses, mas você com sua simplicidade é o deus da verdade na pura
sinceridade que caminha sobre essas terras úmidas e secas, minha mochila
nas costas e a vida a frente, faces de pedra na mente.‖

Allyson Ferreira
7

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 9

2. METODOLOGIA ...................................................................................... 12

3. RESULTADOS ......................................................................................... 14

4. DISCUSSÃO ............................................................................................ 15

5. CONCLUSÃO .......................................................................................... 16

REFERÊNCIAS ........................................................................................... 17
Efeitos da crioterapia na contração dos músculos do assoalho
pélvico em mulheres com incontinência urinária de urgência

Jaine Maria de Pontes Oliveira1

Resumo

Objetivo: Investigar o efeito da crioterapia na propriocepção dos músculos do


assoalho pélvico (MAP) de mulheres com incontinência urinária de urgência
(IUU). Metodologia: Estudo longitudinal onde foram incluídas 14 mulheres com
IUU,maior de 35 anos e que realizaram dois dias de avaliação. No primeiro dia
realizou-se a anamnese, teste do absorvente de uma hora, avaliação funcional
dos MAP realizada pelo método PERFECT e utilizando a escala de Oxford,
perineômetro (Perina – Quark, Brasil) e os questionários King’s Health
Questionaire (KHQ) e Incontinence Severity Index Questionaire (ISI-Q). No
segundo dia realizou-se aplicação de crioterapia endovaginal com gelo no
formato cilíndrico envolto por gaze e preservativo por 40 segundos, seguida de
nova avaliação funcional dos MAP e perineometria. Os dados foram analisados
com o programa Statisticastatistical software 7.0. O Teste de Shapiro–Wilk foi
usado para avaliar a distribuição normal e o teste não paramétrico de Wilcoxon.
Um valor p<0,05 foi considerado como significativo. Resultado: Verificou-se
que das 15 mulheres com idade de 58,21±8,65 anos, 71,4% possuem
parceiros e no domínio severidade da IUU do ISI-Q a média foi 6,14±2,80.
Após a aplicação da crioterapia nos MAP houve o aumento na pressão de
contração dos MAP (p=0,026) e na avaliação funcional dos MAP ocorreu um
aumento em duas etapas do PERFECT, no endurance (p=0,045) e
no fast (p=0,013). Conclusão: A aplicação da crioterapia nos MAP
provavelmente teve um efeito proprioceptivo neste estudo, pois melhorou o
tempo de contração, a capacidade de realizar contrações rápidas e a pressão
de contração dos MAP.

Palavras-Chaves: Incontinência Urinária. Qualidade de vida. Crioterapia.


Assoalho pélvico.

1
Graduanda do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi
Effects of cryotherapy on contraction of the pelvic floor muscles in
women with urinary incontinence

Jaine Maria de Pontes Oliveira2

Abstract

Objective: To investigate the effect of cryotherapy on the proprioception of the


pelvic floor muscles (MAP) of women with urinary incontinence (IUI).
Methodology: A longitudinal study was carried out in which 14 women with UUI,
older than 35 years and who underwent two days of evaluation were included.
On the first day, anamnesis, one-hour absorbent test, functional assessment of
MAP performed by the PERFECT method and using the Oxford scale,
perineometer (Perina-Quark, Brazil) and King's Health Questionnaire (KHQ)
and Incontinence Severity Index Questionnaire (ISI-Q).On the second day,
endovaginal cryotherapy with ice in the cylindrical format wrapped by gauze and
condom was applied for 40 seconds, followed by a new functional assessment
of MAP and perineometry. The data were analyzed with the program Statistica
statistical software 7.0. The Shapiro-Wilk Test was used to evaluate the normal
distribution and the nonparametric Wilcoxon test. A p value <0.05 was
considered significant. Results: It was verified that of the 15 women aged 58.21
± 8.65 years, 71.4% had partners and in the ISI-Q IUI severity domain the mean
was 6.14 ± 2.80.After the application of cryotherapy in the MAP, there was an
increase in the contraction pressure of the MAP (p = 0.026) and in the
functional assessment of the MAP there was an increase in two stages of
PERFECT, endurance (p = 0.045) and fast (p = 0.013). Conclusion: The
application of cryotherapy in the MAPs probably had a proprioceptive effect in
this study, as it improved the contraction time, the capacity to perform fast
contractions and the contraction pressure of the MAP.

Key words: Urinary incontinence. Quality of life.Cryotherapy.Pelvicfloor.

2
Graduanda do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi
9

INTRODUÇÃO

A incontinência urinária (IU) é um problema de ordem social, que erroneamente


e interpretada como parte natural do envelhecimento comprometendo a qualidade
de vida e o comportamento dos indivíduos. Ela é explicada como qualquer perda
involuntária de urina e é dividida em três tipos: incontinência urinária de esforço
(IUE), incontinência urinária de urgência (IUU) e incontinência urinaria mista (IUM).

A IU é considerada multifatorial, mas alguns desses fatores como idade


avançada, multiparidade, cirurgias prévias e hipoestrogenismo, bem como
deformidades pélvicas, contribuem para a perda da função esfincteriana1.

Segundo estudos no Brasil, os dados de prevalência com mulheres de meia


idade que apresentam queixa de IU são de aproximadamente 8 a 48%2, cerca de
22% das mulheres são acometidas pela IUU3, essa disfunção miccional atinge 17
milhões de pessoas nos Estados Unidos4. De acordo com a Sociedade Internacional
de Continência (ICS) a IUU é definida como queixa de perda urinária acompanhada
de urgência miccional5.Sendo que os sintomas clínicos apresentados pelas
pacientes são: polaciúria, urgência miccional, noctúria6.

A fisiopatologia da IUU envolve vários mecanismos, sendo que um deles é a


alteração tecidual dos elementos de suporte uretral, como os ligamentos e MAP que
são estruturas responsáveis pela abertura e fechamento do colo vesical e uretra.
Quando essas estruturas não estão integras o reflexo da micção é desencadeado
prematuramente causando contrações involuntárias do músculo detrusor7.

De acordo com a literatura, cerca de 30 a 50% das mulheres não conseguem


contrair voluntariamente os MAP8o que pode acarretar em uma fraqueza deste grupo
muscular e predispor a uma série de disfunções dos MAP, demonstrando a
importância do tratamento fisioterapêutico na prevenção e tratamentos da IU, fecais,
distopias urogenitais, disfunção sexual8.

A fisioterapia reune várias técnicas e métodos para o tratamento da IU, sendo o


método conservador considerado como primeira opção de intervenção,e o
fortalecimento dos MAP é um do mais indicado 9, 5. A cinesioterapia para o
fortalecimento dos MAPtem como objetivos melhorar o suporte dos órgãos pélvicos
(bexiga, colo vesical e uretra) por meio de exercícios que promovem o aumento da
10

força, resistência e coordenação muscular9, esse tratamento só é eficiente caso a


paciente realize as contrações voluntárias dos MAP, no caso de pacientes com
dificuldade proprioceptiva da região perineal é indicado outras opções de
tratamentos como: orientação/educação sobre os MAP, perineometria e
eletromiografia10,11.

A orientação/educação relacionada aos MAP deve ser realizada no início do


tratamento fisioterapêutico com uma explicação a função dos MAP, visualizar este
grupo muscular por meio de desenhos e, posteriormente, com o auxílio de um
espelho, permitindo à paciente identificar seus próprios músculos8.

Segundo Bø e Sherburn (2005)12a técnica de palpação vaginal é recomendada


pelo fisioterapeuta para compreender, ensinar e dar feedback aos pacientes sobre a
exatidão da contração.

Sobre o perineômetro Bø e Sherburn (2005)12dizem que medir a pressão da


contração vaginal é difícil e necessita das habilidades clínicas do avaliador para a
obtenção de resultados válidos. Pois se trata de um equipamento pneumático,
concebido em 1950 pelo ginecologista Arnold Kegel13. Dessa forma o perineômetro
e um instrumento muito utilizado na prática clínica, por ser simples e de baixo custo.

O biofeedback eletromiográfico é útil na promoção do controle de contração


correta dos MAP possibilitando a visualização da atividade muscular14 proporciona
melhor aprendizado da contração resultando com aumento na atividade
eletromiográfica e consequente melhora na função muscular, sugerindo a realização
de contrações mais eficazes, melhorando assim o desempenho dessas contrações
em um programa de treinamento MAP, fazendo com que ele seja mais eficaz15.

Terapias físicas adicionais, tais como estimulação elétrica e biofeedback, não


são recomendadas para uso rotineiro durante o TMAP. No entanto, eles podem ser
considerados em mulheres que não podem contrair ativamente os seus músculos do
pavimento pélvico, a fim de auxiliar a motivação e adesão à terapêutica16.

Utilizando esses métodos citados12e as instruções adequadas17,18, é possível


que a mulher adquira maior consciência dos MAP e aprenda a contraí-los de forma
correta, no entanto não foram encontrados estudos que avaliaram os efeitos
11

dacrioterapia na propriocepçãoda contração dos MAP. Portanto a problemática


envolvida nesse estudo foi de investigar se a aplicação de crioterapia melhorou o
aprendizado da contração dos MAP, tornando-a mais efetiva, em mulheres com IU.

Apesar de a crioterapia ser frequentemente utilizada na prática clínica


fisioterapêutica19,20,21 o seu emprego na região vaginal ainda é pouco utilizado.
Atualmente, estudos tem utilizado a crioterapia na região perineal apenas com o
objetivo de diminuir edema e processo inflamatório após laceração vaginal ou
episiotomia no puerpério22,23, porém sabe-se que a crioterapia é uma técnica que
consiste na aplicação de substâncias que removem o calor corporal, reduzindo a
temperatura dos tecidos com finalidade terapêutica. São exemplos de técnicas de
resfriamento: a aplicação de gelo ou compressas geladas, massagem com gelo,
banhos de água fria, compressas de gel frio24.No entanto, com relação aos
protocolos de tratamento ainda faltam evidências consistentes que forneçam suporte
para o emprego dessa prática, dentre as quais a duração e a frequência da
aplicação23,22.

Entretanto, de acordo com a literatura sabe-se que o gelo em musculaturas


superficiais é capaz de provocar sensação de frio em um período de um a três
minutos25 e que este resfriamento do corpo pode causar arrepios/tremores e
contrações musculares involuntárias26.

Os danos teciduais resultantes da aplicação de crioterapia são raros e estão


relacionados a fatores que incluem temperatura, tempo de aplicação, parte do corpo
exposta ao frio, método de resfriamento, entre outros. A maioria das técnicas de
crioterapia utilizadas atualmente parece ser incapaz de causar dano tecidual, exceto
se empregada direta e continuamente sobre a pele por mais de uma hora e se
estiver associada à pressão24.

Sendo assim, a hipótese alternativa do presente estudo é que o resfriamento


dos MAP irá causar contrações involuntárias deste grupo muscular e desta forma
auxiliar a paciente no aprendizado da contração dos MAP corretamente. E a
hipótese nula é que este resfriamento, não causará contrações dos MAP
involuntárias e nem melhorará a propriocepção deste grupo muscular. O objetivo do
12

nosso estudo foiverificar o efeito da crioterapia na pressão de contração e na


avaliação funcional dos MAP em mulheres com IUU.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo transversal, que foi realizado na Clínica Escola da


Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, no ano de 2015 e 2016. Considerando o
fato de não haver estudos anteriores para ter como base e realizar o cálculo do
tamanho amostral, foi coletada uma amostra de 14 mulheres.
Os critérios de inclusão foram: primeiramente aceitar participar da pesquisa e
assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, mulheres com mais de 35
anos, com queixas de IU e que não realizaram tratamento fisioterapêutico para IU.
Foram excluídas do estudo mulheres: obesas com IMC acima de 35 kg/m². 27,28, com
alergia a látex e/ou ao gelo, infecção urinária ou vaginal; prolapso de órgãos pélvicos
maior que grau II29desordens cognitivas e neurológicas; hipertensão arterial
descontrolada; incapacidade de realizar a avaliação; terapia de reposição
hormonal30,31,32,33. Duas perguntas foram utilizadas para determinar as pacientes que
serão incluídas no estudo. Primeira pergunta: ―durante o mês passado você teve
perda involuntária de urina ao realizar algum esforço físico, como por exemplo:
tossir, levantar, espirrar ou rir?‖; Segunda pergunta: ―durante o último mês você teve
uma forte vontade de urinar que era impossível chegar a tempo no banheiro?‖.
Apenas as mulheres que responderem ―sim‖ apenas para a segunda pergunta foram
incluídas ao estudo. A sensibilidade/especificidade foi 0.85/0.91 e 0.90/0.90 para a
primeira e segunda questão respectivamente34.
No presente estudo foram realizados dois dias de avaliação, sendo que no
primeiro dia de avaliação foi realizado a anamnese composta de informações do
histórico ginecológico, obstétrico e urológico da paciente, teste do absorvente de
uma hora, a avaliação funcional dos MAP realizada pelo método PERFECT e
utilizando a escala de Oxford35, perineômetro e os questionários King’s Health
Questionaire (KHQ)36e o Incontinence Severity Index Questionaire(ISI-Q)37. No
segundo dia de avaliação foi realizada uma aplicação de crioterapia por 40
segundos e em seguida realizou-se novamente a avaliação funcional dos MAP e o
perineômetro. Todas as avaliações foram realizadas por um único fisioterapeuta.
13

No teste do absorvente de uma hora que foi realizado com o objetivo de


avaliar a perda urinária e de acordo com o protocolo proposto porAbrams e
colaboradores38. Um absorvente pesado previamente na balança de precisão (Bel
Engineering S202, precisão de 0,01à 2200g, Itália) foi entregue as voluntárias do
estudo, que foram instruídas a colocá-lo e depois a beberam 500 ml de água.
Passados 30 minutos, as voluntárias foram convidadas a realizarem uma série de
exercícios provocativos e após uma hora os absorventes foram retirados, pesados e
a perda urinária foi calculada.
Para avaliação funcional dos MAP foi utilizada a palpação bidigital com o
esquema PERFECT. Sendo solicitado às voluntárias que se posicionassem em
supino com 45º de flexão de quadril e joelho. De modo que neste posicionamento a
avaliadora introduzisse dois dedos até um terço do canal vaginal. A instrução dada
às voluntárias foi de que elas contraiam os MAP o mais forte possível, sendo essa
força mensurada pela Escala Modificada de Oxford de 6 pontos39.
Com relação à avaliação da pressão de contração dos MAP, foi utilizado o
perineômetro (Quark - Perina Biofeedback, com graduação de 0-48 cmH20,
Piracicaba - Brasil). As participantes foram posicionadas em posição supina com
flexão de quadril e joelho. O perineômetro foi introduzido 3,5cm, recoberto com um
preservativo masculino no interior da cavidade vaginal, sendo o equipamento
calibrado em seguida. Posteriormente, as participantes foram orientadas e
motivadas verbalmente a realizarem três contrações de três segundos dos MAP com
o máximo de força que conseguirem. As participantes também foram instruídas a
evitar a contração abdominal, glútea e de adutores de quadril durante a contração
dos MAP, para que fosse possível isolar e verificar somente a contração dessa
musculatura. O pico das três contrações foi usado na análise deste estudo.
A aplicação da crioterapia foi realizada no segundo dia de avaliação. Sendo
introduzido no canal vaginal um gelo no formato cilíndrico envolto por uma gaze e
um preservativo (Gozzi, KankookLatexGongup CO, LTDA) com um diâmetro de 10,5
centímetros. O tempo de permanência do gelo no canal vaginal foi calculado a partir
dos estudos de Charkoudian (2003)26 em que relataram que em três minutos
ocorrem arrepios/tremores e contrações musculares involuntárias na musculatura
superficial (períneo). Entretanto, por uma questão de segurança a crioterapia
14

foiaplicada no canal vaginal das voluntárias por 40 segundos e em seguida realizou-


se a avaliação funcional e a perineometria dos MAP.
Todas as análises estatísticas foram realizadas com o programa
Statisticastatistical software 7.0 (StatSoft Inc., Tulsa, United States). O Teste de
Shapiro–Wilkfoi usado para avaliar a distribuição normal, o teste de Kruskal–Wallis
para verificar a homogeneidade, o teste não paramétrico de Wilcoxon para a análise
intragrupo. O nível de significância que foi utilizado é de <0,05.

RESULTADOS

Participaram deste estudo 14 mulheres com média de idade de 58,21±8,65


anos (idade mínima 43 e máxima 71 anos). Dessas voluntárias, 14,28% possuem o
ensino fundamental completo, com IMC em média de 30,54±5,58 kg/m 2.
Em relação à vida conjugal, 71,4% das voluntárias relataram que tinham um
parceiro, 50% delas ainda possuem relações sexuais com seus parceiros e a média
de gestação foi de 3,78±2,15 (Tabela 1).

Tabela 1.Características da amostra


Dad
Variáveis Total (n=14) os
apre
Casadas 71,4% sent
ado
Ensino Fundamental Completo ou Incompleto 14,28% s
com
Atividade Sexual 50% o
n(%
).

Em relação aos resultados da avaliação funcional dos MAP antes e após


aplicação da crioterapia no canal vaginal, foi observado um aumento da pressão de
contração dos MAP (p=0,026), no tempo de contração dos MAP(endurancep=0,045)
e nas contrações de fibras rápidas (fast p=0,013)(Tabela 2).

Tabela 2. Resultados da perineometria e avaliação funcional dos MAP pelo método


PERFECT, antes e após a aplicação da crioterapia.
15

Prétratamento Apóstratamento p

Perineometria 22,21 ± 13,51 26,35 ± 15,84 0,026


PERFECT
Power 2,64 ± 1,50 2,64 ± 1,50 0,48
Endurance 5,57 ± 3,03 6,14 ± 3,42 0,045
Repetition 5,86 ± 3,59 6,50 ± 3,59 0,22
Fast fibers 4,50 ± 2,38 5,64 ± 3,03 0,0133
Legenda: p≤0,05.

DISCUSSÃO

O efeito da crioterapia na propriocepção, que é um componente do sistema


somatossensorial, é pouco compreendido40. Dessa maneira os achados do nosso
estudo denotam que a crioterapia pode ser aliado na propriocepção dos MAP, pois é
um estimulo tátil-térmico que ajudará as pacientes a ter uma maior percepção dessa
musculatura.

O frio, sob a forma de crioterapia, tem sido usado desde o tempo dos gregos
antigos, como um analgésico para reduzir a inflamação após lesão
musculoesquelética aguda ou trauma40. É comumente usado para reduzir a
temperatura do tecido, metabolismo, inflamação, dor, circulação, rigidez tecidual,
espasmo muscular e sintomas de início tardio de dor muscular40.

No entanto, a crioterapia na região vaginal é pouco estudada por isso não se


encontra estudos mais aprofundados sobre a temática, porém os estudos ao qual
relatam a utilização de crioterapia com duração de 3 minutos na musculatura
superficial de flexores de joelhos veem uma leve redução da força muscular
imediatamente após o uso da crioterapia, devida à redução da velocidade de
condução do nervo motor42, contrariando os resultados do presente estudo em que
houve um aumento significativo na pressão de contração dos MAP, na
etapa endurance e fast do PERFECT.
16

Estudos que corroboram com os meus dados relatam que a utilização da


crioterapia na percepção do sinal de força não é afetada pelo resfriamento local,
embora os estudos usassem diferentes procedimentos de crioterapia e visassem
diferentes partes do corpo43,44. Os autores destes estudos apoiam unanimemente a
hipótese de que a aplicação de frio não é contraindicada para uso antes de
exercícios com foco em restaurar o controle neuromuscular45.

Entretanto, pode haver recusa desse tratamento em razão do desconforto em


razão do resfriamento, de modo que, para melhor aceitação e sucesso da
terapêutica, é importante escolher a modalidade e o tempo de aplicação que causem
menor desconforto22.

Dessa forma uma das limitações do estudo foi o tamanho da amostra ser
pequena e isso pode ser explicado devido à dificuldade de encontrar voluntárias
dispostas a participar da pesquisa, pois a maioria das mulheres apresentaram
cirurgias ginecológicas prévias e outras mulheres não justificaram o motivo da não
participação do estudo. Em vista dos achados desse trabalho, em estudos futuros
seria importante comparar com um grupo controle com um maior número amostral.

CONCLUSÃO

Pôde-se notar que a aplicação da crioterapia nos MAP provavelmente teve um


efeito proprioceptivo neste estudo, pois melhorou o tempo de contração, a
capacidade de realizar contrações rápidas e a pressão de contração dos MAP.

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21

Forma e preparação dos manuscritos

1 – Apresentação:

O texto deve ser digitado em processador de texto Word ou compatível, em tamanho


A4, com espaçamento de linhas e tamanho de letra que permitam plena legibilidade.
O texto completo, incluindo páginas de rosto e de referências, tabelas e legendas de
figuras, deve conter no máximo 25 mil caracteres com espaços.

2 – A página de rosto deve conter:

a) Título do trabalho (preciso e conciso) e sua versão para o inglês;


b) Título condensado (máximo de 50 caracteres);
c) Nome completo dos autores, com números sobrescritos remetendo à afiliação
institucional e vínculo, no número máximo de 6 (casos excepcionais onde será
considerado o tipo e a complexidade do estudo, poderão ser analisados pelo
Editor, quando solicitado pelo autor principal, onde deverá constar a contribuição
detalhada de cada autor);
d) Instituição que sediou, ou em que foi desenvolvido o estudo (curso, laboratório,
departamento, hospital, clínica, universidade, etc.), cidade, estado e país;
e) Afiliação institucional dos autores (com respectivos números sobrescritos); no
caso de docência, informar título; se em instituição diferente da que sediou o
estudo, fornecer informação completa, como em ―d)‖; no caso de não-inserção
institucional atual, indicar área de formação e eventual título;
f) Endereço postal e eletrônico do autor correspondente;
g) Indicação de órgão financiador de parte ou todo o estudo se for o caso;
h) Indicação de eventual apresentação em evento científico;
i) No caso de estudos com seres humanos ou animais, indicação do parecer de
aprovação pelo comitê de ética; no caso de ensaio clínico, o número de registro
do Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos-REBEC
(http://www.ensaiosclinicos.gov.br) ou no ClinicalTrials(http://clinicaltrials.gov).
OBS: A partir de 01/01/2014 a FISIOTERAPIA & PESQUISA adotará a política
sugerida pela Sociedade Internacional de Editores de Revistas em Fisioterapia e
exigirá na submissão do manuscrito o registro retrospectivo, ou seja, ensaios
22

clínicos que iniciaram recrutamento a partir dessa data deverão registrar o


estudo ANTES do recrutamento do primeiro paciente. Para os estudos que
iniciaram recrutamento até 31/12/2013, a revista aceitará o seu registro ainda
que de forma prospectiva.

3 – Resumo, abstract, descritores e keywords:


A segunda página deve conter os resumos em português e inglês (máximo de 250
palavras). O resumo e o abstract devem ser redigidos em um único parágrafo,
buscando-se o máximo de precisão e concisão; seu conteúdo deve seguir a
estrutura formal do texto, ou seja, indicar objetivo, procedimentos básicos,
resultados mais importantes e principais conclusões. São seguidos,
respectivamente, da lista de até cinco descritores e keywords(sugere-se a consulta
aos DeCS – Descritores em Ciências da Saúde da Biblioteca Virtual em Saúde do
Lilacs (http://decs.bvs.br) e ao MeSH – Medical SubjectHeadings do Medline
(http://www.nlm.nih.gov/mesh/meshhome.html).

4 – Estrutura do texto:

a) Sugere-se que os trabalhos sejam organizados mediante a seguinte estrutura


formal:
Introdução – justificar a relevância do estudo frente ao estado atual em que se
encontra o objeto investigado e estabelecer o objetivo do artigo;
b) Metodologia – descrever em detalhe a seleção da amostra, os procedimentos e
materiais utilizados, de modo a permitir a reprodução dos resultados, além dos
métodos usados na análise estatística;
c) Resultados – sucinta exposição factual da observação, em seqüência lógica, em
geral com apoio em tabelas e gráficos. Deve-se ter o cuidado para não repetir no
texto todos os dados das tabelas e/ou gráficos;
d) Discussão – comentar os achados mais importantes, discutindo os resultados
alcançados comparando-os com os de estudos anteriores. Quando houver,
apresentar as limitações do estudo;
e) Conclusão – sumarizar as deduções lógicas e fundamentadas dos Resultados.

5 – Tabelas, gráficos, quadros, figuras e diagramas:


23

Tabelas, gráficos, quadros, figuras e diagramas são considerados elementos


gráficos. Só serão apreciados manuscritos contendo no máximo cinco desses
elementos. Recomenda-se especial cuidado em sua seleção e pertinência, bem
como rigor e precisão nas legendas, as quais devem permitir o entendimento do
elemento gráfico, sem a necessidade de consultar o texto. Note que os gráficos só
se justificam para permitir rápida compreensão das variáveis complexas, e não para
ilustrar, por exemplo, diferença entre duas variáveis. Todos devem ser fornecidos no
final do texto, mantendo-se neste, marcas indicando os pontos de sua inserção
ideal. As tabelas (títulos na parte superior) devem ser montadas no próprio
processador de texto e numeradas (em arábicos) na ordem de menção no texto;
decimais são separados por vírgula; eventuais abreviações devem ser explicitadas
por extenso na legenda.
Figuras, gráficos, fotografias e diagramas trazem os títulos na parte inferior, devendo
ser igualmente numerados (em arábicos) na ordem de inserção. Abreviações e
outras informações devem ser inseridas na legenda, a seguir ao título.

6 – Referências bibliográficas:

As referências bibliográficas devem ser organizadas em sequência numérica, de


acordo com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto,
seguindo os Requisitos Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Jornais
Biomédicos, elaborados pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas
– ICMJE (http://www.icmje.org/index.html).

7 – Agradecimentos:

Quando pertinentes, dirigidos a pessoas ou instituições que contribuíram para a


elaboração do trabalho, são apresentados ao final das referências.
O texto do manuscrito deverá ser encaminhado em dois arquivos, sendo o primeiro
com todas as informações solicitadas nos itens acima e o segundo uma cópia
cegada, onde todas as informações que possam identificar os autores ou o local
onde a pesquisa foi realizada devem ser excluídas.

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