CONVITE AO

EXPERIMENTO
COM TINTAS
NATURAIS

PESQUISAS DAS ALUNAS DA PÓS EM ARTES DA FACULDADE RUDOLF STEINER 1ºSEM 2020
ESTE CONVITE..............................................3
QUASE TUDO DA COR..................................6
EQUIPAMENTOS...........................................9
CONVITE À EXPLORAÇÃO.............................10
ESPESSANTES ...............................................24
CAMINHO DAS ALUNAS..............................26
PALETAS DE CORES.......................................42
PINTURAS.....................................................66
AGRADECIMENTOS.....................................112
Este convite nasce dentro da disciplina de
brasilidade na Pós em Artes da Faculdade
Rudolf Steiner. Ele é fruto da observação
e exploracão do nosso entorno feito pe-
las alunas do curso em abril de 2020:
Reclusos na geografia da casa, vivendo em
plena pandemia, olhamos para este lugar
tão conhecido, buscando o que ele pode
nos revelar. Quais as cores que nos ro-
deiam, quais as cores que nos alimentam?
Olhamos ao redor e extraimos um universo
de tons, da cebola ao cafézinho, flores e fru-
tos que compartilhamos aqui desejando te
inspirar a buscar pela sua paleta de cores!
QUASE TUDO DA COR,
por isso, explorar, testar e experimentar
diferentes formas de extração é o melhor
caminho para descobrir quais são as suas
cores. Olhe para sua cozinha, geladeira,
chás, para o jardim ou para horta. Tem
muita oportunidade ao redor!
 equipamentos
que podem ser úteis:
potinhos brancos (para ver a cor),
pilãozinho, chaleira, faca,
liquidificador, pincel,
papeis encorpados.
 CONVITE À
EXPLORAÇÃO
 Tinta com flores
Colete as flores, macere em um
potinho. Cubra as pétalas com
água fervente, (apenas o suficiente
para cobrir). Deixe essa mistura
repousar durante a noite para que
a cor possa sair das pétalas. No dia
seguinte, coe o chá de pétalas com
pano velho ou voil. Adicione uma
pitada de sal, um pouquinho de
vinagre ou álcool para conservar.
Se achar necessário, adicione um
espessante*.
 Tinta feita com chás
Coloque duas colheres de
sopa de chá em um pote e cu-
bra com água fervente.
Deixe em infusão até o dia se-
guinte. Coe o líquido com pano
velho ou voil. Adicione uma
pitada de sal, um pouquinho de
vinagre ou álcool para conser-
var. Se achar necessário, adici-
one um espessante*.
 Tinta feita com borra de café
Reutilize o pó do cafezinho
recoando com mais água, ou use os
restinhos de café para fazer tinta.
Você pode colocar esse café em
uma panela e reduzir (concentrar),
fervendo a água até ficar satisfeito
com o tom obtido. Então adicione
Adicione uma pitada de sal, um
pouquinho de vinagre ou álcool
para conservar. Se achar necessário,
adicione um espessante*.
 Tinta feita com vegetais
Use cascas ou pique os vegetais
em pedaços pequenos e coloque
em uma panela. Cubra com água
e deixe ferver por 10-15 minutos.
Fique de olho para a panela não
secar. Adicione um pouco mais de
água, se necessário.
Deixe seu chá de legumes esfriar.
Coe o líquido com pano velho ou
voil. Adicione uma pitada de sal,
um pouquinho de vinagre ou álcool
para conservar. Se achar necessário,
adicione um espessante*.
 Tinta feita com folhas
Colete folhas do jardim –
qualquer folha serve, você pode
simplesmente arrancar algumas
ervas daninhas ou cortar um pou-
co de grama. Coloque as folhas
com o mínimo possível de água no
liquidificador e bata até obter uma
sopa verde. Coe esta sopa com um
pano velho ou voil. Adicione uma
pitada de sal, um pouquinho de
vinagre ou álcool para conservar.
Se achar necessário, adicione
um espessante*.
 Tinta feita com especiarias
Ferva 2 colheres de sopa da
especiaria em 1 copo d’água por
10 minutos. Atente para água
não secar. Passe o líquido por um
pano velho ou voil. Adicione uma
pitada de sal, um pouquinho de
vinagre ou álcool para conservar.
Se achar necessário, adicione
um espessante*.
 ESPESSANTES

Linhaça: Coloque duas colheres de sopa para

2 copos de água e deixe da noite para o dia.
Coe e utilize a água da linhaça, agora mais es-
pessa. Reaproveite a linhaça para fazer um suco
batido ou alguma outra receita!

Sagu: Pode-se usar a água do sagu.

O espessante da mais
corpo para tinta e isso algumas
Babosa: Corte a folha da babosa ao meio e raspe
vezes ajuda na pintura.
delicadamente de modo a obter apenas o líqui-
Sempre dose a quantidade de
do, se achar necessário, coe.
espessante conforme
achar necessário, observando até
Ora pró nobis: ferva uma quantidade de folhas
chegar na textura desejada. Você
em água até perceber a viscosidade.
poderia usar CNC, Goma arábica
ou experimentar essas sugestões
Baba de quiabo: afervente os quiabos, retire-os
com o que tiver em casa:
da água quando perceber a viscosidade.
CAMINHOS DAS
ALUNAS
A cor laranja foi con-
A cor amarela foi seguida macerando as
obtida ralando se sementes naturais de
a raiz de açafrão , urucum em água .Em se-
coada num pano guida peneirada e acres-
fino e engrossa- centada água de linhaça
da com água de como espessante.
linhaça.
A cor Rosa
foi conseguida fazen-
do se a infusão do
pedúnculo seco da flor
de hibisco em água
fervente.Em seguida
foi peneirada e en-
grossado com água
de linhaça.
A cor azul violeta
foi conseguida por meio do
cozimento do mirtilo, com um
A cor marron, foi pouco d’água. Em seguida
conseguida, fazendo peneirada e adicionada água
se a infusão de pó de de linhaça como espessante.
café em água fervente, Inicialmente, esta solução
bem concentrada. E se apresenta com coloração
também engrossada rósea. Ao ser aplicada sobre o
com água de linhaça. papel, depois de um tempo,
torna se azulada.
 Aqui vão algumas
Tintas de flores:
Macerei cada flor separadamente
e coloquei um pouquinho de água
fervente. Com cada uma eu pintei
com a tinta pura. Depois usei tres
tipos diferentes de aglutinantes:
Bicarbonato, Alumen, limão.
Aí estão os resultados.
 Essa é uma rasteirinha
chamei de roxinha...
Fervi as folhas picadas
(um punhado cheio)
por 2 minutos em meio
copo d’água e deixei
descansar.
Primavera dobrada Rosa Pink
As primaveras todas eu não
fervi. Coloquei um punhado
bem cheio numa cumbuca
com meio copo d’água, mace-
rei com pilão e deixei descan-
sar até o dia seguinte.

Chamei essa plnta de in-

hame do brejo.
Fiz a fervura de 5 folhas
grandes picadas em meio
copo de água. Depois
deixei descansar até o dia
seguinte e usei.

Essa folhagem vermel-

ha fervi 5 ou 6 folhas
picadas em meio copo
d’água por 2 minutos. Tentei engrossar
Acho que poderia ter todas elas com a
colocado mais folhas. “babinha” do sagu,
que era o que eu tinha
em casa, mas achei
que tirou um pouco o
brilho das cores.
 Tingi as linhas para
O cosmo eu fervi
bordar. Coloquei fios
umas 10 flores em
de molho nas tintas
meio copo d’água
preparadas e deixei
(só até ferver) depois
passar a noite. Não
deixei descansar até
fervi com os fios.
o dia seguinte.
 Cascas e resíduos de
Pitaia, cenoura, alface,
papaia batidos no
liquidificador e coado
com voal, adicionado
sal e vinagre

A Rosela foi colocada

em água quente
 Salsaparrilha do cerrado,
trepadeira: só maceração
do fruto com uma colher
de água. Espessante baba
de linhaça
 Folha de Taioba Pétalas da Rosinha
macerada espessante macerada espessante
baba de linhaça baba de linhaça

Macela do Campo
só o chá

Açafrão espessante
baba de linhaça
 A beterraba foi
água do cozimen-
to apurada, espe-
ssante baba de
quiabo

Chá de casca de
cebola-espessante
baba de quiabo

Café com espe-

ssante baba de
quiabo

Urucum com es-

pessante baba de
quiabo
PALETAS DE CORES
PINTURAS COM AS
CORES OBTIDAS
AGRADECIMENTOS

Projeto realizado
por participantes da
pós graduação “Artes na
pedagogia Waldorf - tur-
ma 1” da Faculdade Ru-
dolf Steiner ao longo do
primeiro semestre
de 2020.
DESEJAMOS BOAS
DESCOBERTAS!
Experimentos, pinturas
e fotos feitos por:
Adriana Honorato
Beatriz Retz
Cecilia Tilkian
Fabiola Zahn
Gisela Motta
Gláucia D. Pinheiro
Karina Braz
Livia Campanholi
Luciana Retz Condução da
Maria Cristina Gonçalves disciplina
Marli Araújo brasilidade e
Paula Dib estruturação
Romilda S. V. Dias do material:
Vanda Amaro Paula Dib