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O Cultivo dos Quatro Sentidos Básicos na

Primeira Infância
(compilado por Ana Carolina T. Meirelles)

          O
cultivo dos sentidos não é, segundo Rudolf Steiner, apenas a
estruturação dos órgãos sensoriais que se processa melhor ou pior
de acordo com os estímulos que lhe são dados. A constituição
corpórea inteira recebe os estímulos mais importantes por meio dos
sentidos. Por isso o cultivo desse âmbito terá uma função
estruturadora para o desenvolvimento do corpo em geral. A
autopercepção e a autoconsciência formam-se baseadas nas
vivências sensoriais da primeira infância, apoiando-se nas funções
corporais relacionadas com esse processo. Essa vivência de quem
“realmente” somos baseia-se em experiências sensoriais com 12
aspectos distintos, abarcados pelos seguintes sentidos:

1. Sentido do Tato: a autopercepção junto ao limite corporal,


por meio do toque, segurança, confiança existencial.
2. Sentido Vital: propicia aconchego, vivência de harmonia
3. Sentido do Movimento Próprio : percepção do próprio
movimento, vivência de liberdade e autodomínio
4. Sentido do Equilíbrio: vivência do equilíbrio,
autoconfiança
5. Sentido do Olfato: vinculação com a substância aromática
6. Sentido do Paladar: propicia os sabores
7. Sentido da Visão: propicia a vivência de luz e cor
8. Sentido Térmico: propicia vivência de calor e frio
9. Sentido da Audição: propicia vivências sonoras
10. Sentido da Palavra ou da Linguagem: propicia a
compreensão da estrutura fonética de uma palavra
11. Sentido do Pensamento: propicia a compreensão direta do
sentido de uma concatenação de ideias
12. Sentido do Eu: propicia experimentar a essência do ser do
outro.

Das doze qualidades propiciadas pelos sentidos emana uma


autoconsciência sadia.
Os quatro sentidos básicos, que são desenvolvidos principalmente
na primeira infância, se relacionam e estruturam os demais. São
eles:
SENTIDO DO TATO

O sistema tátil é o maior sistema sensorial e o mais importante para


o desenvolvimento físico e emocional. Muitas das informações do
mundo da criança pequena e sobre ela própria vem do contato entre
a pele, as membranas mucosas e o ambiente.

 NEUROTRANSMISSORES: Na pele – receptores superficiais e


receptores profundos. Localiza-se em todo o corpo. Não há
lugar em que o tato não esteja presente.

DESENVOLVIMENTO

 Primeiro sentido vivenciado pela criança já no nascimento;


suas funções: dar limite, proteção e discriminação
 Transforma-se em SENTIDO DO EU alheio, na capacidade
de perceber o outro; tato social
 Seu desenvolvimento ajuda na coordenação motora fina. A
discriminação tátil é necessária para a habilidade de planejar
bem os movimentos.
 Enrolar os bebês nas primeiras seis semanas ajuda a dar noção
de limite. As crianças que nascem de cesariana devem ser
enroladas até os três meses porque não tiveram a compressão
profunda na hora do nascimento;

QUALIDADES ANÍMICAS

 serve para percebermos as seguintes qualidades do mundo:


força (peso), textura, densidade e viscosidade, temperatura.
 Traz o limite de si para poder respeitar o limite do outro.
 Traz a sensação de confiança (estar em casa) (‘in habitação’),
segurança no mundo, nas pessoas, no outro; confiança na
existência; veneração e devoção.
 Quando o sentido do tato é saudável e a criança tem noção dos
próprios limites, ela desenvolve a primeira pele, que é física:
eu vou até onde eu toco o mundo.
 Uma segunda pele protetora forma a segunda camada de
percepção de limites, é chamada etérica ou protetora; permite
deixar em segundo plano o som, a luz, o cheiro que não
interessam, que incomodam; essa segunda pele permite filtrar
as impressões sensoriais, manter a atenção e não se deixar
invadir por estímulos visuais presentes, dando concentração à
atividade.(Sistema Reticular).
 A terceira pele é a emocional ou astral, permite controlar as
emoções, e também ficar centrado.
 A quarta pele é o Eu, a pele social: informa como o eu se coloca
diante do outro, com confiança ou segurança, com
aproximação ou afastamento; agir com ‘tato’ perante o outro.
 A segunda, terceira e quarta pele se fundamentam na primeira,
a física. O sentido do tato deve ser educado principalmente
pela roupa que a criança veste, pelo contato com o adulto e
pelo material do ambiente em que vive. A veracidade do
mundo é assim adquirida através do que a criança toca de
verdadeiro.

BRINCADEIRAS

 Brincadeiras de corpo-a-corpo, como serra-serra-serrado;


lutas corporais de brincadeira;
 Rolar no chão, no barranco; descer escorregador de barriga
para baixo e deitado de costas; descalço na areia, na terra, na
água; brincar de “montinho”; de toque (João bobo); fazer
“sanduíche” enrolando-a numa colcha bem apertada e
pressionando com as mãos todo o seu corpo; fazer cadeirinha
com os braços para a criança sentar .
 Brincar de casinha fazendo ‘comidinha’, lavando roupas,
louças, tendo muito contato com água, terra, areia, folhas,
sementes…

BRINQUEDOS

 De materiais verdadeiros e em estado natural, sem cores


berrantes, sem verniz, (de madeira, algodão, lã de carneiro,
seda, pedra, concha, areia); bolas de texturas diferentes; capas
de vários tecidos; panos grandes de tecidos naturais; túneis de
pano de vários calibres (sem armação); sacos de areia de vários
tamanhos; rede horizontal e vertical;
 Que tragam em si temperaturas, texturas, tamanhos, formas
diferentes e orgânicas.
 O tamanho do brinquedo deve ser proporcional ao tamanho da
criança. Bonecas que caibam nos seus braços. (Evitar peças
que possam ser engolidas).
 Caixote de madeira, caixa de papelão em que possa entrar,
sair, subir, descer e empilhar incansavelmente.
 Bola grande em que possa deitar sobre ela e rolar. Colchonete
para rolar em cima, cambalhotar, pular e cair sem perigo de se
machucar. Cabanas de panos. Bonecas que possam ser vestidas
e despidas. Caminha de boneca. Carrinho de madeira. Tocos
de tamanhos e formas irregulares. Bambus de vários calibres e
tamanhos. Cavalinho de pau feitos de cabo de vassoura,
carriolas.
IDO DO TATO NÃO INTEGRADO
 Crianças muito sensíveis ao cheiro, sons e estímulos visuais
devem ter problema com o sentido do tato; a criança precisa
gritar para abafar o som do ambiente que não está
conseguindo suportar.
 Na ausência da terceira pele a criança não consegue controlar
as diferentes emoções, ri ou chora demasiadamente; surgem
medos e fobias.
 Falta de veneração e devoção; quem não possui o limite de si
não consegue perceber o outro.
 Percepção não muito clara de onde é seu limite e onde começa
o outro. Crianças ‘invasoras’.
 “Defensividade tátil”: a criança está sempre em estado de
alerta, um leve esbarrão e ela sente como se fosse um soco;
porém, um soco é percebido como um toque agradável; ela
pede brincadeira mais bruta; é nervosa e ansiosa; não
consegue se acalmar; é taxada de agressiva; não suporta a
etiqueta das roupas; tem medo de situações novas e
desconhecidas; tem medo de adormecer porque o toque do
lençol a incomoda.
 A indisciplina tem a ver com a noção de limite: falta de tato;
 Hipersensibilidade (confundida com agressividade).

TAREFA DOS ADULTOS

 Na “defensividade tátil” a criança tem necessidade de toque


profundo; de coberta bem apertada, de massagem profunda
nas costas, de roupas mais justas, de sapatos bem amarrados,
de meias justas; usar roupas de tecidos naturais; lavar suas
roupas com sabão neutro.
 Estabelecer limites usando o toque de maneira firme, gentil e
carinhosa; ter proximidade com a criança; olhá-la nos olhos e
tocá-la firmemente; dar limites claros: “não é não, e pronto!”;
agir mais que falar.
 Trabalhar com amor. Fazer brincadeiras de ‘corpo-a-corpo’.
 Massagear com as mãos (não com pontas dos dedos) as costas,
em leminiscata; massagear como sanduíche suas mãos e seus
pés, com bastante pressão.
 Colocá-la para dormir dentro de um saco de dormir para sentir
o corpo todo limitado.
 Balançá-la enrolada e apertada (assim não fica tonta, nem
enjoada e não vomita).

SENTIDO VITAL

(da vida, orgânico ou visceral) Graças a ele experimentamos “nossa


existência corpórea”

  NEURORECEPTORES :Dentro dos órgãos internos,


principalmente no sangue e no fígado. É o único sentido que
tem os sensores no Sistema Nervoso Autônomo (simpático: o
que nos dá consciência do bem estar orgânico e regula nosso
sono e parassimpático).
 Os outros sentidos têm seus neuroreceptores no Sistema
Nervoso Central.

DESENVOLVIMENTO

 Nos dá a percepção de bem estar e mal estar orgânico. Está


ligado a tudo que preenche o espaço delimitado pela pele; nos
oferece a vivência de uma unidade.
 Nos leva à percepção do PENSAMENTO do outro; a
entender o conceito do outro.
 Nos dá a noção de sermos cuidados, alimentados, aquecidos,
amados, levados para dormir, isto é, ter as necessidades
básicas atendidas. Importantíssimo nos primeiros dezoito
meses de vida.
 O sentido do olfato está ligado ao sentido vital e tem ligação
direta com a memória. (Alguns cheiros trazem lembranças
passadas, fazem vomitar, agem visceralmente).

QUALIDADES ANÍMICAS

 Toda percepção vital nos dá notícias do processo no qual o


espírito está engajado no mundo físico. Nos faz sentir dentro
do nosso corpo.
 Segurança, paz, paciência, contentamento, relaxamento,
capacidade de atenção, clareza no pensar, auto estima. Prazer
e desprazer.

ATIVIDADES

 Contos de Fadas.
 Ritmo diário. Horário certo para dormir e acordar. Ambiente
calmo. Boa nutrição.
 Atividades adequadas à idade da criança.

BRINQUEDOS

 Os adequados para a idade, de materiais naturais, de formas


orgânicas que nutrem saudavelmente todos os órgãos dos
sentidos.
 Idem sentido do tato.

ENTIDO VITAL NÃO INTEGRADO

 O corpo padece e adoece. Colaboram para o desgaste vital:


assistir televisão, andar por longo tempo de carro, a agitação
do dia-a-dia. Crianças pálidas, sem forças, sem energia,
desanimadas, cansadas e tristes.
 Tudo que acontece de inadequado ao redor da criança afeta
seu sistema orgânico, sua respiração, digestão e circulação,
principalmente. Os traumas que adquire na infância podem
perdurar pelo resto da vida afetando seus órgãos e seu pensar.
 A falta de rotina e ritmo traz dificuldade para dormir e insônia.
Traz uma sensação de não ser querida e aceita; medo da
morte, medo que lhe falte alimento. Essas crianças solicitam
demais o adulto.
 Criança inquieta, irrequieta, não se sentindo confortável
dentro do próprio corpo. Magrinha, ansiosa, descontente,
hiperativa, desorganizada ou por outro lado muito passiva,
sem vontade de se mexer.
TAREFA DOS ADULTOS

 Atender as necessidades básicas da criança. Compreender as


características de cada criança. Cuidar com os estímulos
visuais, táteis, auditivos, olfativos, gustativos que entram em
contato com a criança através do ambiente, dos objetos, e das
pessoas.
 Auto-educação. Diante da criança o adulto deve procurar ter
calma interior, cuidar com as palavras ditas, com os gestos
internos e externos. Demonstrar interesse pela criança e por
aquilo que ela faz. Ir ao encontro da criança com afetividade.
Aceitar que a criança nos seus primeiros anos seja bem ativa e
que tenha ainda pouca capacidade de controlar sua
impulsividade e seus movimentos.
 Respeitar o tempo da criança para comer, calçar e amarrar os
sapatos, vestir e despir suas roupas etc.
 Deixar a criança com tempo para não fazer nada para que ela
possa processar tudo que percebe sensorialmente.
 Proporcionar um ritmo diário principalmente nas atividades
básicas como alimentação, atividade corporal, descanso e sono
a fim de que a criança fique mais tranqüila, segura e confiante
com o que vai acontecer, principalmente a criança com tipo
constitucional de ‘cabeça pequena’.
 Providenciar um ambiente de calma e segurança para a
criança. Ter interesse pelo que a criança se interessa e
tolerância amorosa. Manter os limites com firmeza e carinho.
 A criança até os doze anos não percebe se precisa por ou tirar o
agasalho. É papel do adulto orientá-la.
 Reverência, veneração e rituais fortalece o sistema vital.
 Para as que não conseguem dormir cobrir a cabeça para não
perderem calor pelo chacra coronal, aquecer seu abdome, fazer
carinho nas costas.

SENTIDO DO MOVIMENTO PRÓPRIO

(Cinestésico ou proprioceptivo) Este sentido nos informa se nos


achamos em repouso ou em movimento. Percebe todos os
movimentos que se passam no nosso corpo. “De forma sumamente
delicada e quase inconsciente, participamos, com nosso organismo
físico, ou com parte dele, de todo movimento exterior, tão logo este
penetre nosso campo de experiência” Rudolf Steiner.

 NEURORECEPTORES Nos músculos, cartilagens, tendões e


nas articulações.

DESENVOLVIMENTO
 Habilidades motoras grossa e fina.
 Está relacionado com a fala e com o sentido da LINGUAGEM
 O movimento que a princípio é reflexo (movimentos
involuntários), quando integrado se torna voluntário,
formando a base para o desenvolvimento de habilidades cada
vez mais delicadas.
 Impulsos proprioceptivos dos olhos contribuem para a
percepção visual de forma e de espaço, pois os olhos seguem o
contorno da forma através de três pares de músculos oculares.

QUALIDADES ANÍMICAS

 As percepções cinestésicas nos dão notícia do espaço, da forma


e do movimento. Percebemos essas qualidades com o nosso
corpo todo ou com parte dele. Se não percebemos uma forma
com todo o corpo, temos mais dificuldade para percebê-la
como partes. Se tivermos dificuldade com a forma da
nossa letra, isso será facilitado se movimentarmos todo o
nosso corpo.
 Traz sentido de liberdade, segurança, conforto, alegria, auto-
estima e autoconfiança: “eu consigo”, “eu sei fazer”.

BRINCADEIRAS

 Todas que requeiram movimento: correr, pular, dançar


livremente, pular corda, rolar, fazer cambalhotas, bater palmas
num ritmo, imitar movimentos de bichos (coelho, sapo, gato,
urso, canguru, tatu-bolinha, cachorro, pássaro, borboleta,
lagarta, lagartixa…).
 De casinha: varrer, puxar água, lavar roupa, torcer, pendurar,
colocar boneca para dormir, cozinhar, fazer o pão, ralar
cenoura, ajudar a por e tirar a mesa, arrumar as cadeiras etc.
 De jardim: rastelar, carregar água em balde, recolher folhas,
arrancar matinho, regar flores, fazer castelos de areia, ruas,
buracos, poças d’água…
 Todas que propiciam movimentos de carregar, puxar,
empurrar, trabalham o sentido do movimento.

BRINQUEDOS
 O chão é o melhor lugar para a criança desenvolver o sentido
do movimento e do equilíbrio.
 O colchonete, embora não sendo um brinquedo, permite a
criança de se movimentar nas mais variadas formas sem que
ela se machuque.
 Caixotes para subir e pular de cima, para entrar e sair, para
empurrar, empilhar e arrastar. Carriolas, bate-estacas,
tamborzinho, carros, caminhões, carretas etc.
 Bolas de tamanhos variados. A criança corre em direção a ela,
sobe, senta, se debruça, joga…
 Baldinho, regador de água, bacia, pás, bambus, colheres de
madeira, funil, peneira…
 Balanço, gangorra, gira-gira, gaiola, escorregador, rede,
cordas.

SENTIDO DO MOVIMENTO NÃO INTEGRADO

 Criança solitária, inibida, medrosa, em pânico, em estado de


alerta, sempre assustada, com medo de precisar fazer o
movimento e não conseguir, insegura, esquisita.
 Pode apresentar descoordenação, desorganização,
autocomiseração. Pode chegar a desencadear uma
prédepressão.
 Cada vez mais as crianças estão impedidas de se
movimentarem livremente enquanto novinhas. Com isso elas
não conseguem realizar a imitação como impulso volitivo
vindo a apresentar problemas.

TAREFA DOS ADULTOS

 Envolver-se amavelmente com a criança. Deixá-la fazer


sozinha o que for capaz de realizar. Reconhecer e elogiar cada
mínima coisa que ela possa ter feito sozinha.
 Trabalhar com consciência cada movimento feito, porque a
criança estará não só imitando o gesto físico, mas também o
gesto moral interno do adulto. Ela necessita que estejamos
presentes, alertas o tempo todo.
 Encorajar e providenciar para que as crianças participem nas
tarefas da vida diária. Lembrar sempre de agradecê-la. Deixá-
las que coloquem suas próprias roupas, meias e sapatos
mesmo que demorem.
 Proporcionar lugar amplo e livre de perigos onde a criança
possa se expressar nos mais variados movimentos corporais.
Deixá-la andar e correr tudo que necessite.
 Propiciar pausas entre as atividades para descanso e
revitalização.
 Não deixá-la presa em cadeirinha, carrinho, “andador
NUNCA”. Cuidar para que não permaneça longo tempo parada
diante de aparelho de TV, vídeo, computador.
 Falar com calma e bem articuladamente.

SENTIDO DO EQUILÍBRIO

( vestibular ou labiríntico  ) Rudolf Steiner chama este sentido de


orientação: “um órgão para perceber relações entre o centro de
gravidade da terra e o próprio corpo”.

 NEURORECEPTORES Canais semicirculares situados no


ouvido interno, preenchidos por um líquido viscoso, possuem
cílios de percepção neurológica e cristaizinhos chamados de
otólitos.

DESENVOLVIMENTO

 Esse sentido está diretamente ligado ao sentido


do movimento.
 Nos habilita permanecermos eretos contra a gravidade em
equilíbrio estático,com nossas mãos livres para agir no mundo,
cuidar e consolar o outro.
 Nos dá noção de âncora, de estar seguro no mundo.
 Nos dá confiança e segurança postural de não cair quando em
pé ou sentado.
 Nos dá consciência interior das três dimensões do espaço:
orientação espacial.
 Nos indica como devemos buscar nossa relação à direita e à
esquerda, acima e abaixo, à frente e atrás, para não cairmos.
Temos consciência de que nos encontramos em equilíbrio,
mas, esta consciência é de índole sensória.
 Nos dá a percepção do centro.
 Está relacionado com o PROCESSAMENTO AUDITIVO:
memória auditiva e seqü.ncia auditiva. Ajuda na
percepção dos sons e tons.
 É responsável pelas atividades visomotoras e viso-espaciais,
também pela integração bilateral que leva a estabilização da
dominância cerebral.
 É responsável pela integração da barreira vertical.

QUALIDADES ANÍMICAS

 Estabilidade. Igualdade. Segurança. Flexibilidade.


 Permite ao Eu sentir-se espírito, sentir-se sereno
interiormente: centramento.

BRINCADEIRAS

 Correr, balançar, pular, saltar (como sapo, canguru, coelho,


grilo), engatinhar, cambalhotar, rolar, girar ‘corrupio’,
saltitar…
 Que carregam pesos. Puxar carriola, carregar balde com areia ,
com água, pedrinhas e tocos. Pular Amarelinha, Caracol: subir
em árvores, andar no meio fio, em tábuas estreitas, sobre
pedras etc.
 Cabra-cega, pinhata, rabo no burro, carriola…

BRINQUEDOS

 Todos brinquedos de parquinho: balanço, gira-gira, gangorra,


gaiola, escorregador, trapézio..
 Bolas de vários tamanhos, redes horizontais e verticais, cordas,
pés de lata, perna de pau, carriola.
 Colchonetes. Caixotes, túneis…

SENTIDO DO EQUILÍBRIO NÃO INTEGRADO

 Rigidez. Inflexibilidade. Obsessão. Compulsão.


 Insegurança gravitacional. Instabilidade emocional.
 Apresenta dificuldade em encontrar seu espaço interior para se
aquietar
 Crianças que ficam deitadas no chão por longo tempo. Caem
com frequência da cadeira, possuem dificuldade em planejar
um movimento.
 Não se sentem seguras paradas ou em movimento. Apoiam-se
em tudo. Na roda estão sempre se encostando em alguém. Se
assustam com tudo. Se estressam com a desorganização da
sala ou da casa. Andar de carro lhe faz mal (enjôo, ansiedade,
tontura, mal estar, vômito) > afeta o sistema vital.
 Sem equilíbrio fica difícil direcionar o foco da visão.
 O olho é usado para compensar uma dificuldade de equilíbrio.
 Pode acarretar depressão, impulsividade.
 Segura fortemente a caneta. Morde fortemente o maxilar.
Tensiona os ombros. Morde o lábio. Apresenta tensão
muscular em geral. Agarram a cadeira com os pés. Sentam
sobre a perna para se ancorarem. Balançam-se para estimular
o labirinto.
 Fleumáticos: ganham peso para poderem se ancorar, ficam
pesados.

TAREFA DOS ADULTOS

 Calma interior e paciência. Meditação.


 Proporcionar a criança oportunidade de se movimentar ampla
diversificadamente, com frequencia, em todos os movimentos
que tirem a cabeça da posição vertical até a idade de doze anos
quando a consciência chega até os ossos.
 Desenho de formas (a partir dos sete anos).

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