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Universidade Federal Fluminense

Programa de Pós-Graduação em Geografia

Higor Mozart Geraldo Santos


O SUPLÍCIO DE TÂNTALO NO ÉDEN MINEIRO:
GEOGRAFIAS DA ESPERA E O SONHO DO PROGRESSO EM
MINAS GERAIS (1888-1897)

A)

Niterói (RJ)
2021

HIGOR MOZART GERALDO SANTOS

O SUPLÍCIO DE TÂNTALO NO ÉDEN MINEIRO: GEOGRAFIAS DA


ESPERA E O SONHO DO PROGRESSO EM MINAS GERAIS (1888-1897)

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em


Geografia da Universidade Federal Fluminense, como
requisito parcial para obtenção do título de Doutor em
Geografia

Orientadora: Dra. Cristina Pessanha Mary

Niterói (RJ)
2021

AGRADECIMENTOS

À minha mãe, Neusa, e ao meu pai, José Elói, pelo amor e apoio incondicional
que me conduziram até aqui. À minha querida companheira, Verônica Monteiro, por
todo amor, parceria e por compartilhar sonhos. Muito obrigado a vocês por tornarem
meus dias mais felizes!
À Luci, Adão e William por me acolherem tão bem na família e torcerem tanto
por mim. É sempre muito bom estar com vocês!
À professora e orientadora Cristina Pessanha Mary por buscar caminhos para
me auxiliar ao longo do doutorado, da pesquisa e escrita. Sua atenção e cuidado foram
fundamentais.
Às professoras Isabel Chrysostomo, Janete Regina de Oliveira e ao
professor Laurent Vidal pelas inestimáveis presenças em minha trajetória
acadêmica e para além dela. Obrigado, a vocês, grandes mestres e amigos(as).
Ao professor Antônio Edmilson Martins Rodrigues e à professora Luciene
Pereira Carris Cardoso pelas contribuições ao longo do Seminário de Releitura
Crítica, Campos Temáticos, Qualificação e defesa. A eles, somam-se os professores
Laurent Vidal e Jacob Binsztok que aceitaram o convite para participar da banca da
defesa e trouxeram preciosas contribuições.
Aos(Às) professores(as), estudantes, colegas de trabalho e demais
servidores(as) das instituições de ensino em que tive a oportunidade de estudar e ou
lecionar: UFV, UFJF, UFF e UEMG (Campus Carangola) e Instituto Federal do
Sudeste de Minas Gerais (Campus Muriaé). Agradeço, em especial, à Patrícia, Gilmar
(UFV), Sabrina e Lílian (UFF). Estendo estes agradecimentos ao povo que sustenta
estas e outras instituições públicas.
Aos(Às) amigos(as) e colegas que de alguma maneira participaram dessa
trajetória: Yuri, Lucas Silveira, Maurício, Eustáquio, Gisele, Regiane, Cátia,
Marcileide, Nayhara, Ruth, Cristina, Pedro Machado, Lucas Guedes, Daniel, Davi,
Tássia, Edmar, Jader, Bruna, Rafael, Ana Paula, Marina e Gabriela.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
pela concessão da bolsa de pesquisa – Código de Financiamento 001.
Ademais, uma vez que essa tese integrou-se à Pesquisa intitulada “O imigrante
em disputa: o lugar e o território do estrangeiro nos conflitos regionais entre Minas
Gerais e Rio de Janeiro nos anos 1870-1930”, sob coordenação da professora Maria
Isabel de Jesus Chrysostomo, agradeço a ela pela parceria e ao CNPq (Processo APQ
429204/2016-7) e à FAPEMIG (Processo APQ-00658-15) pelo apoio financeiro.

Esperança

Muitos fallam e muito se preoccupam os homens com a idéia de


um melhor futuro.
Vemol-os procurar e perseguir um alvo de venturas, uma dourada
méta de ideaes.
O envelhecido mundo readquire o juvenil vigor, e o homem
espera sempre uma sorte mais feliz. É a Esperança que lhe serve de
timoneiro na vida; é ella que sorri aos alegres olhares da creança e quem
por sua força povôa de encantos a alma do moço; é ella, enfim, que ainda
segue os passos do velho. Porque quanto, no termino de sua laboriosa
carreira, elle desce ao sepulchro, scintilla ainda por cima dessa campa de
ancião a estrella da Esperança! Não, jamais será ella uma illusão acariciada
pelo espirito de um insensato....
Nosso coração nos segreda que nascemos para um estado melhor:
esta promessa, annunciada por voz tão intima, não enganará sem duvida a
nobre alma que confia e espera...

Shiller

(O ESTADO DE MINAS GERAES, 29.fev.1896, p.3).

Não te esperarei na pura espera porque o meu tempo de espera é um


tempo de quefazer (FREIRE, 2000, p. 5).

RESUMO

O SUPLÍCIO DE TÂNTALO NO ÉDEN MINEIRO: GEOGRAFIAS DA ESPERA E


O SONHO DO PROGRESSO EM MINAS GERAIS (1888-1897)

Ao longo da segunda porção dos oitocentos são insistentes as lamúrias de políticos


mineiros a pintar assombrosa situação letárgica nas Gerais. Enxergando o território
mormente a partir de seu acento fisiográfico, esculpia-se a imagem de um paraíso
identificado como locus inequívoco da decadência; quadro que contribuía para
metamorfosear Minas Gerais em “território da espera” (VIDAL, 2005, 2007, 2012) –
denominação reveladora de espécie de “dormência territorial”, mas também
alardeadora da “esperança pelo progresso”. Acreditava-se que o território, descrito
quase como uma entidade, apresentaria forte desejo por “próteses técnicas” capazes
de fazer todo seu potencial desabrochar. Diante desse cenário, nosso trabalho se
devotou a discutir como imaginações geográficas forjavam a ideia de Minas Gerais
como um “território da espera” e contribuíam para legitimar projetos
desenvolvimentistas com vistas à superação do propalado atraso. Para consecução de
tal propósito, manejamos diferentes fontes primárias e produzimos materiais
cartográficos dedicados a captar as diferentes nuances da espera mineira e
destacamos, em especial, as tensões que envolveram o “torneio da transferência da
capital” de Ouro Preto para Belo Horizonte. Ao fim e ao cabo, verificamos que as
variadas retóricas da espera – pronunciamentos oficiais, artigos jornalísticos, poesias,
crônicas, peças teatrais – encontravam na paisagem importante lastro para a
construção de argumentações que rechaçavam um tempo e espaço dormentes e
incitavam medidas de cunho desenvolvimentista de vultuosas repercussões
territoriais. Imersas em diferentes gradientes de mineiridade e regionalismo, essas
insistentes referências espaço-temporais, que escancaravam táticas geográficas e
noções de ritmo, demonstram que a ideia de “espera” é preciosa chave de leitura no
entendimento das Geografias das Gerais. Mais que isso: o matrimônio entre espera e
território, entre tempo e espaço, indica que, enlaçada à “história social da espera”
(VIDAL, 2005, 2010), poderíamos pensar também em uma “geografia da espera” –
ou, na flexão mais apropriada: em geografias das esperas.

Palavras-chave: territórios da espera; progresso; decadência mineira; Minas Gerais;


mudança da capital.

ABSTRACT

THE TORMENT OF TANTALUS IN MINAS GERAIS EDEN : GEOGRAPHIES


OF WAITING AND THE DREAM OF PROGRESS IN MINAS GERAIS (1888-
1897)

Throughout the second portion of the eight hundred, the complaints of Minas Gerais
politicians to paint an amazing lethargic situation in Minas Gerais are insistent.
Seeing the territory of Minas Gerais mainly from its physiographic accent, the image
of a paradise identified as an unequivocal locus of decay was sculpted; picture that
contributed to metamorphose Minas Gerais into “territory of waiting” (VIDAL, 2005,
2007, 2012) – a revealing denomination of species of “territorial numbness”, but also
boasting of “hope for progress”. It was believed that the territory, described almost as
an entity, would have a strong desire for "technical prostheses" capable of making its
full potential blossom. Faced with this scenario, the work was devoted to discussing
how geographic imaginations forged the idea of Minas Gerais as a “waiting territory”
and contributed to legitimize developmental projects with a view to overcoming the
propagated delay. To achieve this purpose, different primary sources were
managed and it was produced cartographic materials dedicated to capturing the
different nuances of the state waiting and highlight, in particular, the tensions
involved in the “capital transfer tournament” from Ouro Preto to Belo Horizonte. At
the end of the day, it was found that the varied rhetoric of waiting – official
pronouncements, journalistic articles, poetry, chronicles, plays – found in the
landscape an important ballast for the construction of arguments that rejected dormant
time and space and incited developmental measures of huge territorial repercussions.
Immersed in different gradients of “mineiridade” and regionalism, these
insistent spatial-temporal references opened up geographic tactics and notions of
rhythm and demonstrate that the idea of “waiting” is a precious reading key to be
understood the Geographies of Minas Gerias. More than that: the marriage
between waiting and territory, between time and space, indicates that, linked to the
“social history of waiting” (VIDAL, 2005, 2010), we could also think of a
“geography of waiting” - or, in flexion most appropriate: in geographies of waiting.

Keywords: waiting territory; progress; Minas Gerais decay; Minas


Gerais; capital change.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - As sub-regiões de Minas Gerais ........................................................................................... 52


Figura 2 - Escola de Minas de Ouro Preto ............................................................................................ 87
Figura 3 - O jovem João Pinheiro ......................................................................................................... 89
Figura 4 - Seção Propaganda Agrícola do Minas Geraes ...................................................................... 97
Figura 5 - Recomendações sobre o uso de arado .................................................................................. 99
Figura 6 - Ouro das Gerais exibido na Exposição Universal do Chile (1895) .................................... 103
Figura 7 - Primeiro número da Revista Industrial de Minas Geraes (1893) ........................................ 104
Figura 8 - Revista do Archivo Publico Mineiro (Anno I, Fascículo 1) ............................................... 106
Figura 9 - Revista do Archivo Publico Mineiro (Anno I, Fascículo 2) ............................................... 106
Figura 10 - O Sonho de Paraíso .......................................................................................................... 115
Figura 11 - Charge retratando Alexandre Stockler ............................................................................. 120
Figura 12 - Pic-nic no alto do Itacolomy ............................................................................................. 125
Figura 13 - O mapa da espera mineira ................................................................................................ 127
Figure 14 - Relatório da Commissão d'Estudo das Localidades Indicadas para a Nova Capital -
Relatório apresentado a Affonso Penna (presidente do Estado de Minas Gerais) pelo engenheiro civil
Aarão Reis (1893) ............................................................................................................................... 128
Figura 15 - Esboço do Palácio Presidencial ........................................................................................ 129
Figura 16 - Breve descrição das localidades candidatas à nova capital de Minas Gerais segundo
relatório apresentado Affonso Penna (Presidente do Estado) por Aarão Reis em 1893 ...................... 131
Figura 17 - Plantas das localidades candidatas à nova capital de Minas Gerais ................................. 132
Figura 18 - Indicação das Ligações das Diversas Localidades ao Plano Geral de Viação (1893) ...... 133
Figura 19 - Conclusão geral do relatório apresentado a Affonso Penna por Aarão Reis em 1893 ...... 134
Figura 20 - O Grande Torneio da Mudança da Capital de Minas ....................................................... 137
Figura 21 - Viva a Futura Capital de Minas! ...................................................................................... 141
Figura 22 - Anúncio da peça A Mudança da Capital .......................................................................... 144
Figura 23 - Programação da peça A Mudança da Capital ................................................................... 146
Figura 24 - A Mudança da Capital de Minas por Olavo Bilac (1894) ................................................ 152
Figura 25 - Descrição das localidades candidatas à nova capital de Minas Gerais segundo a obra La
Nouvelle Géographie Universelle (1894)de Élisée Reclus ................................................................. 154
Figura 26 - Imagens das localidades candidatas à nova capital de Minas Gerais segundo a obra La
Nouvelle Géographie Universelle (1894) de ÉliséeReclus ................................................................. 155
Figura 27 - Pintura representando discurso proferido por José Pedro Drumond na Câmara de
Barbacena pela mudança da Capital ................................................................................................... 160
Figura 28 - Charge sobre a mudança a capital (1898) ......................................................................... 162
Figura 29 - Grupo da Comissão Construtora da Nova Capital ............................................................ 164
Figura 30 - As lágrimas de uma capital que se esvai .......................................................................... 166
Figura 31 - Revista Geral dos Trabalhos (1895) ................................................................................. 176
Figura 32 - Panorama Geral do Arraial I (1894) ................................................................................. 177
Figura 33 - Parque Municipal Américo Renné Giannetti .................................................................... 177
Figura 34 - Guia do Emigrante (1894) de Antonio Gomes da Silva Sanches ..................................... 179
Figura 35 - Lo Stato di Minas (1896) de David Campista .................................................................. 179
Figura 36 - O velho e o novo: Ouro Preto e Belo Horizonte ............................................................... 180
9



Figura 37 - Página reservada à Belo Horizonte ................................................................................... 181


Figura 38 - Página reservada à Belo Horizonte (II) ............................................................................ 181
Figura 39 - Nel Brasile : Lo Stato di Minas Geraes – La Nuova Capitale (1895) de Carlo Fabricatore
............................................................................................................................................................ 182
Figura 40 - Página do Album de Minas - Belo Horizonte - Vista parcial do parque e da Cidade ....... 182
Figura 41 - Traços historicos e descriptivos de Bello Horizonte (1897) de autoria de Francisco Martins
Dias ..................................................................................................................................................... 183
Figura 42 - Lo Stato di Minas Geraes (1911) Felippo Grossi ............................................................ 183
Figura 43 - Planta Geral da Cidade de Minas ..................................................................................... 186
Figura 44 - Descrição da Planta Geral da Cidade de Minas realizada, em 1895, por Aarão Reis
(engenheiro chefe da Commissão Constructora da Nova Capital) ...................................................... 187
Figura 45 - Aspectos do extinto Curral D’El-Rey ............................................................................... 189
Figura 46 - Curral D'el Rey – Uma face do largo da matriz ................................................................ 191
Figura 47 - Curral D'el Rey - Casa da Rua da Boa Vista .................................................................... 191
Figura 48 - Inauguração da Cidade de Minas ..................................................................................... 194
Figura 49 - Vista da Cidade de Bello Horizonte, Capital do Estado de Minas ................................... 194
Figura 50 - De Ouro Preto à Belo Horizonte: a velha e a nova capital de Minas Gerais .................... 195
Figura 51 - Velhas árvores e novos prédios ........................................................................................ 197
Figura 52 - Mulher e seu casebre ....................................................................................................... 199
Figura 53 - O barraco vai ao chão e o Palácio da Liberdade fica de pé .............................................. 199
Figura 54 - Residência da última moradora do Curral d’El Rey ......................................................... 201
Figura 55 - Palhoças ............................................................................................................................ 201

10



LISTA DE SIGLAS

APM – Arquivo Público Mineiro

EMOP – Escola de Minas de Ouro Preto

CAIC – Congresso Agrícola, Industrial e Comercial

CCNC – Comissão Construtora da Nova Capital Minas Gerais

CEPDOC – Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil

MG – Minas Gerais

PRM – Partido Republicano Mineiro

RIMG – Revista Industrial de Minas Geraes

RJ – Rio de Janeiro

SP – São Paulo

11



Sumário
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 14
CAPÍTULO I – AQUI NÃO SE VIVE: MORRE-SE! ........................................................... 28
1.1. Geografias da Espera no Éden Mineiro ........................................................................................ 30
1.2. Por que tanta pressa? ........................................................................................................................ 34
1.2.1. Estamos atrasados! – Os ponteiros de outrora ........................................................................ 34
1.2.2. Estamos muito atrasados! – Os ponteiros paulistas ................................................................ 39
1.3. Os reclamos da Matta, as necessidades do Norte, as queixas do Triângulo, as aspirações
do Sul... ........................................................................................................................................................ 50
1.4. Um belo sentimento de dignidade regional .................................................................................. 61
CAPÍTULO II – A NOSSA PROVINCIA É UM THESOURO IMMENSO DO
FUTURO .......................................................................................................................................... 65
2.1. À espera do progresso ....................................................................................................................... 67
2.2. Esboços de uma agenda desenvolvimentista ................................................................................ 78
2.3.1. A Escola de Minas de Ouro Preto e o republicanismo de João Pinheiro ........................... 86
2.3.2 Diagnosticar o arcaísmo da lavoura para modernizá-la ......................................................... 91
2.3.3 Propaganda Agrícola ...................................................................................................................... 97
2.3.4 Divulgando o Éden Mineiro ....................................................................................................... 102
2.4. A grande machina da produção .................................................................................................. 108
CAPÍTULO III – A QUESTÃO QUE TUDO COMOVE É A DA NOVA CAPITAL . 112
3.1. Um Sonho Antigo ............................................................................................................................ 113
3.2 O Grande Torneio da Transferência da Capital ....................................................................... 117
3.2.1 Há de a velha Villa Rica ser sempre a capital de Minas enquanto Minas for Minas .... 122
3.2.2 Dividamos a questão: 1o Mudar a capital; 2o Para onde? .................................................... 126
3.2.3 Poesias da Espera (Viemos saber se o Congresso desenrola tão intricada questão) ...... 138
3.2.4 Prosas da Espera (A escolha do local é questão essencialíssima) ....................................... 148
3.2.5 Terrenos à espera do grandioso ato da sua valorização ....................................................... 156
3.2.6 Entre a Várzea do Marçal e Belo Horizonte é difícil a escolha .......................................... 159
CAPÍTULO IV – O NASCIMENTO DA NOVA E MODERNA BABILÔNIA ............. 165
4.1 Depois da esperança: frustração e ressentimento ..................................................................... 166
4.2. Como que ao toque miraculoso de uma vara mágica invisível, vai surgindo essa nova
cidade, essa encantadora Minas .......................................................................................................... 172
4.3. Novos horizontes vem abrir ao progresso do Estado, em todas as suas manifestações a
mudança da capital ................................................................................................................................ 198
CODA À MODA MINEIRA ...................................................................................................... 203
Fontes Primárias ........................................................................................................................... 207
Fontes Secundárias ....................................................................................................................... 289
ANEXOS ........................................................................................................................................ 334

12



O povo mineiro enthusiasta das suas riquezas naturaes, da grandeza do seu território,
da amenidade do seu clima, vive convencido do futuro auspicioso que o aguarda,
pela esperança que nutre de que um dia a imagem do progresso se levantará
indomavel no alto de suas montanhas para só conter a sua força invencivel quando
houver transformado esta terra grande e generosa em notavel centro de actividade
commercial, industrial e scientifica (O SERRO, 19.abril.1891, p.2).

13



INTRODUÇÃO

Você está em um vale agraciado por toda sorte de dádivas. A água verte em
abundância e as árvores estão abarrotadas por frutos que parecem amealhar em si todo dulçor
do mundo. O berro da correnteza tripudia da secura de sua garganta, mas não há problema! É
só golpear a sede com um generoso gole de...Onde foi parar toda água? Como isso é
possível?
Ainda que não enxergasse resposta, seus olhos alcançavam frutos que a um só tempo
poderiam encharcar seu corpo e sepultar sua fome. Você estica os braços quando uma
repentina ventania vai arrastando para longe cada um dos ramos da árvore. Só pode ser piada!
Uma árvore se esquivando de mim! A incredulidade lhe faz baixar a guarda, a lufada cessa e
os ramos retornam de onde nunca deveriam ter saído. Não faz sentindo algum! Era como se
você fosse maestro de uma orquestra cujos músicos agem de maneira contrária ao que o
movimento de suas mãos indicam. Onde já se viu isso!? Só pode ser brincadeira! Como era
possível estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe de saciar seus desejos?
Quiçá, tenha sido justamente essa a indagação alçada por Tântalo; rei fora castigado a
viver em um prodigioso vale sem conseguir tocar os suculentos frutos que abundavam e
tampouco bebericar a água que jorrava de maneira profusa. De essa narrativa oriunda da
mitologia grega teria nascido a expressão “Suplício de Tântalo”, empregada para descrever
situações nas quais o sonho está ao alcance dos olhos, mas longe das mãos. Essa expressão
parece ter nascido para caracterizar as percepções de políticos que em fins dos oitocentos se
desesperavam ante a subutilização das riquezas das Gerais e a qualificavam como
uma província “abatida e cansada de tanto esperar1” (O LIBERAL DE MINAS, 14.jul.1868,
p.2).
O que irmana ambos enredos, o de Tântalo e o dos mineiros, é o sonho de abraçar o
intocado; mas também a falta de braços para viabilizar tal empreitada. No caso de Minas
Gerais, cores lúgubres tingiam toda sorte de denúncias sobre a paradoxal situação na qual o
estado se encontraria:
A riqueza do nosso solo cultivavel é grande, são innumeros os nossos productos
mineraes; constituem, porém, como é sabido, elementos ainda desaproveitados, e
no estado em que se acham um e outro apenas attestam o muito que temos a fazer,

1 Mas, que apesar de tudo, dizia-se, seguia “nutrindo a esperança de collocar-se na altura á que pela sua
importancia, e riqueza tem de chegar” (O LIBERAL DE MINAS, 14.jul.1868, p.2). Aproveitamos essa primeira
citação para informar que optamos por manter a grafia original dos documentos utilizados, sem atualizações,
adaptações ou correções ortográficas.
14



para que não venhamos por ventura, a sofrer um novo supplicio de Tantalo na
terra da abundancia que nos coube em partilha (MINAS GERAES, 26.jun.1892,
p.1, grifos nossos).

Havia elementos abundantes, porém desaproveitados! – mordaz absurdo que


explicaria a profunda letargia reinante. Todavia, o atraso não era tão descomunal quanto se
pintava. O que ocorria é que as reminiscências do período colonial, quando Minas Gerais
figurava como a capitania mais rica do país, somado aos cotejos com a então florescente
economia paulista, ampliavam a sensação letárgica2. De esse contraste surgia “a percepção do
atraso, a insistência nas potencialidades inexploradas [...] e o debate sobre a recuperação
econômica [...]” (DULCI, 2005, p. 115)3. A partir de diferentes predicados – “estacionário”,
“profundo somno”, “estágio embryonário” – o território mineiro era identificado como locus
inequívoco da espera.
Era nítido um sentimento de perda de prestígio e de importância frente às demais
províncias do Brasil; a mineira, alegava-se, via “lhe escapando insensivelmente sua
preponderancia” enquanto assistia “suas irmãs adiantarem-se e irem-a deixando na
retaguarda” (O BEM PUBLICO, 17.set.1860, p4). Mas, se repararmos atentamente, veremos
que a obsessão em “reconquistar a posição perdida” escancara que as abundantes lamúrias não
eram capazes de engolfar as esperanças por dias auspiciosos (O BEM PUBLICO, 17.set.1860,
p4); isto porque os discursos sobre a letargia mineira eram marcados pela espera, essa
condição-sentimento que recobre um tempo em pausa, mas que atua também como porta-
bandeira de nova aurora4. Não a esmo, junto das expressões que abominavam a face funesta
da espera, epítetos como “thesouro immenso do futuro”, “crescente esperança” e “terra da
promissão” captavam a fé nos dias vindouros.

2
“Por muito tempo, a historiografia convencional difundiu a ideia de que Minas depois do “ciclo do ouro” teria
ingressado em um longo período de letargia, perda de população e estagnação. Na verdade, uma série de estudos
realizados na UFMG mostram que Minas viveu no século XIX um padrão mais lento de crescimento, sobretudo
se comparado com períodos do século anterior de imigração e crescimento demográficos extraordinários. Na
verdade, ao longo do século XIX Minas manteve um crescimento relativamente alto, em torno de 2,3% ao ano,
muito superior à média do país, como mostram os censos de 1872, 1890 e 1900” [...] (MATOS, 2020, p.21). Por
outro lado, lembra Matos (2020, p.30), as características rurais, tradicionalistas e o pouco dinamismo da
economia mineira, assomados à alteração do eixo de desenvolvimento na direção de São Paulo, contribuíram
para deixar a “elite mineira mais instruída” ao descompasso que se instalara.
3 De pronto nos lembramos de Tântalo quando ouvimos Affonso Pena, então presidente das Gerais, bradar sobre

a virgindade dos sertões mineiros: “Encerram, sem duvida, os nossos sertões virgens incalculaveis riquezas que
só esperam a mão do homem para virem engrossar a somma da nossa fortuna realizada” (MINAS GERAES,
MENSAGEM, 1894, p.14). O martírio vivenciado pelo personagem incapaz de alcançar suculentos frutos que
pululavam no Tártaro, emula obstáculos que os governantes alegavam enfrentar na tentativa de domar os sertões
e seus tachados bárbaros habitantes. Na esperança de se livrar do infortúnio, Pena, e outros tantos políticos,
insistiriam, como vimos nessa tese, na necessidade de adotar medidas que dinamizassem a vida econômica do
estado (SANTOS, 2020).
4 Tratar-se-ia de uma espera ativa no sentido freiriano do verbo esperançar (FREIRE, 1992).

15



A crença no futuro e as lamúrias do presente se ancoravam no espaço para ficar de pé,


o que implica em dizer que tanto as palavras que diagnosticavam o atraso como aquelas que
encorajavam medidas para superá-lo escancaravam uma forma geográfica de pensar a
realidade. É nessa medida que enfatizamos nessa tese como imaginações espaciais
colaboraram para fomentar projetos de cunho desenvolvimentista ao converter Minas
Gerais em um “território da espera5” – denominação que é, a um só tempo, reveladora de
espécie de “inércia6 ou dormência territorial7” e anunciadora da “esperança do dinamismo8”
(VIDAL, 2005, 2007, 2012; SANTOS, 2020).
Essa noção de “território da espera” foi originalmente concebida no âmbito do projeto
“TERRIAT: Sociétes, mobilités et déplacements: les territoires de L'attente: Le cas des
mondes américains (d´hier à aujourd'hui)”, coordenado por Laurent Olivier Vidal9. Atento aos
ritmos espaço-temporais propriíssimos das migrações, o referido autor realça que os
deslocamentos não são compostos apenas por movimentos, mas também por pausas que, ao se
cristalizarem no espaço, dão existência aos chamados territórios da espera10 (VIDAL, 2005,
2007, 2012). O que fizemos, ao pensar no contexto mineiro, foi tomar de empréstimo tal
intepretação para utilizá-la não mais circunscrita às migrações, mas como uma chave de
leitura para interpretar de que maneira as imaginações espaciais, vinculadas ao desejo por
incrementos técnicos11, alimentaram pertinaz sensação de espera responsável por legitimar
projetos desenvolvimentistas em Minas Gerais (DULCI, 1999; BARBOSA, 2012).


5
Aqui não ingnoramos que essa senação de espera se aplicava, de diferentes modos, ao país como um todo: “O
paiz não póde viver nesse estado de inacção e espectativa. Elle precisa de melhoramentos em relação á
civilisação moderna”(A PROVINCIA DE MINAS, 30.abril, 1882, p.4).
6
“A inercia é uma especie de lethargia tão perniciosa á alma como ao corpo; e é diametralmente opposta á acção
e ao trabalho, pai das virtudes, e que, por isso, desterra para longe o triste enojo, fatal molestia que entrou no
mundo de companhia com a preguiça, que caminha tão devagar que a pobreza a alcança logo. Ao inverso da
preguiça, o trabalho dá riqueza e satisfação, e nos defende ainda do enojo, justo castigo dos poltrões ociosos, dos
espiritos vasios, dos corações apathicos e indiferentes” (A UNIÃO, 26.nov.1886, p.2).
7
São frequentes as sentenças a captar estágio dormente: “acha-se infelizmente em embryão o aproveitamento
dos immensos recursos naturaes que possúe” (MINAS GERAES, 5 ago, 1894, p.5) e “para desenvolver esses
germens de progresso espera-se apenas a approximação de vias de communicação rapida e a iniciativa
intelligente dehomens patriotas...” (ANNAES DA ESCOLA DE MINAS DE OURO PRETO, 1885) são alguns
dos exemplos.
8
Dizia-se que “[...] em Minas dorme a riqueza somno profundo sob os pés da pobreza acordada” (DIARIO DE
MINAS, 17. nov. 1874, p.4). A menção a um sono profundo, e não de uma morte, evidencia que a constatação
da letargia não sepultava a esperança; havia, ao contrário, a compreensão de que um cenário de riqueza poderia
(re)nascer bastando, apenas, que se criassem meios para alcançar o progresso – quase íamos dizendo: meios para
que a semente rompesse seu estágio de latência e gerasse um fruto.
9 Delegação CNRS – École de Hautes Études, Université de La Rochelle.
10 Tais territórios, segundo o autor, estão diretamente enlaçados aos dispositivos espaciais necessários ao
transporte, triagem, acolhimento, distribuição e fixação de imigrantes, como são os barcos,
hospedarias/albergues e núcleos coloniais (CHRYSOSTOMO e VIDAL, 2014).
11
Ferrovias, estradas, hospedarias, núcleos coloniais, “braços” imigrantes, telégrafos, nova capital, etc.
16



O desenvolvimentismo, na linguagem socioeconômica, qualifica a intenção de superar


condição de “atraso relativo”12 (O PHAROL, 17. jul.1877, p.1). Trata-se de um projeto13 que
mobiliza a dimensão política traduzida na intervenção governamental e nos arranjos com
outros grupos, com destaque às elites políticas, econômicas e intelectuais (DULCI, 2005)14.
Tal processo, em Minas Gerais, estaria alicerçado em três grandes eixos: i.) na modernização
produtiva que em sua gênese vinculava-se, sobretudo, à questão agrícola15; ii.) na postura
defensiva em relação à espoliação estrangeira, numa tentativa de resguardar os interesses
regionais ou nacionais; iii.) no papel do Estado enquanto elemento articulador, planejador e
financiador das aspirações desenvolvimentistas (BARBOSA, 2012). Em nossa hipótese, e
aqui reside ponto medular, tal proto-desenvolvimentismo16 – de retumbantes repercussões
territoriais – era legitimado a partir de discursos de espacialidade pronunciada que
conjugavam imagens de lentidão, espera e esperança.
Emblemático exemplo a ilustrar essa espacialidade do desenvolvimentismo mineiro e,
por esse motivo, alvo de nossas interpretações, se vincula às discussões que visavam mudar a
então capital mineira. Ouro Preto era tida como dura pedra na senda do progresso17 e recebia
uma enxurrada de críticas atreladas à insalubridade, topografia, posição geográfica e
condições climáticas. Uma nova capital, acreditava-se, iria inserir, de uma vez por todas, o
estado no período republicano. Do caso contrário, “a continuar Ouro Preto como capital”,
projetava-se que haveria “em Minas – no regimen democratico – um prolongamento do
império” (O PHAROL, 29.mai.1890, p.1).

12
Segundo Fonseca (2015, p. 40), “entende-se por desenvolvimentismo a política econômica formulada e/ou
executada, de forma deliberada, por governos (nacionais ou subnacionais) para, através do crescimento da
produção e da produtividade, sob a liderança do setor industrial, transformar a sociedade com vistas a alcançar
fins desejáveis, destacadamente a superação de seus problemas econômicos e sociais, dentro dos marcos
institucionais do sistema capitalista”.
13
A utilização do substantivo projeto não é circunstancial: ele revela o surgimento de importante relação;
explica-se: estamos nos referindo ao joguete que envolve, de um lado, a potencialidade, a espera, o vir-a-ser; e,
de outro, a concretude, a realização, a efetividade.
14
O proto-desenvolvimentismo, numa perspectiva maussiana, poderia ser enxergado como um “fato social
total”, na medida em que acionava, direta ou indiretamente, diferentes instâncias: envolvendo economia, política,
educação, polícia (repressão da vadiagem, por exemplo), etc.
15 Ainda que tenha entranhado posteriormente em outros setores.
16 Barbosa (2012) versa em proto-desenvolvimentismo, já que tratar-se-ia de um elemento em formação.
17
Bomeny (1994, p.38): “A nova capital representaria um novo centro econômico, e sua localização poderia
significar a vitória de um dos setores da oligarquia rural mineira. Enquanto as forças políticas tradicionais das
regiões norte e centro se organizavam para manter o poder, a região sul e a Mata, com o argumento da virtual
força do café para a economia mineira e insatisfeitas com a marginalização imposta pelos grupos dominantes de
Ouro Preto, não escondiam mais a intenção de assumir o controle político do estado. O café, em sua fase de
ascensão, dava novo impulso à economia mineira, agravando ao mesmo tempo o isolamento da tradicional Ouro
Preto. No entanto, tal impulso não favorecia ainda a integração econômica da região. Ao contrário, sendo um
produto de exportação, toda a sua comercialização se fazia nos centros mais importantes da costa brasileira: Rio
de Janeiro e São Paulo”.
17



A antiga Villa Rica, símbolo dos tempos da Colônia e do Império nas Gerais, parecia
ser cabal expressão do suplício de Tântalo como argumentava o deputado Theodomiro Alves
Pereira18 ao trazer novamente figura mitológica citada nas linhas primeiras desta introdução:
“vejo o Ouro Preto, como o Tantalo da fabula, collocado nesta posição e sem que possa saciar
os seus desejos; vejo o Ouro Preto baldo de todos os recursos, decadente, sem outro meio de
viver que não sejam os empregos públicos” (O LIBERAL DE MINAS, 9.jul.1868, p.2).
Diante de esse cenário de descrita acachapante letargia alçamos a seguinte indagação:
em que medida as retóricas espaciais da espera contribuíam para viabilizar projetos de
envergadura territorial nas Minas Gerais?
Com o intuito de obter respostas nessa seara, nosso objetivo geral foi compreender
como imaginações geográficas, estribadas nas ideias de atraso e progresso, subsidiavam um
projeto desenvolvimentista mineiro que teve na transposição da capital emblemático marco.
De forma pormenorizada, almejamos: i.) Identificar os ingredientes geográficos (alusões
espaciais) que recheavam os discursos sobre atraso e progresso em Minas Gerais; ii.)
Compreender a espacialidade da espera e seu papel na materialização dos projetos destinados
a superar o atraso; iii.) Situar o processo de transposição da capital junto ao
desenvolvimentismo mineiro; iv.) Sublinhar esperas – pronunciamentos, artigos, opúsculos
propaganda, crônicas, peças teatrais, músicas, álbuns, fotos, etc – gestadas e nascidas em
virtude da transposição da capital.
O período deste trabalho enfeixa os últimos instantes do XIX – século marcado pelo
progresso, fé na ciência e na indústria e ainda pelas reformas urbanas e “projeções dos
sucessos da burguesia industrial e financeira” (MELLO, 1996, p.12). Nesse contexto, no
âmbito político, a vitória do liberalismo burguês e suas promessas de progresso material
faziam as mazelas sociais parecem questões menores frente aos olhos das elites brasileiras
(MELLO, 1996).
Nosso recorte inicial coincide com a denominada abolição da escravatura (1888) e
com a Proclamação da República (1889) – episódios responsáveis por mudanças vultosas em
todas esferas da vida social nacional. Nesse cenário, mais precisamente na segunda porção do
XIX, as rédeas da economia mineira e das decisões políticas eram comandadas pelos
fazendeiros que tinham nos indivíduos escravizados mais da metade de seu capital19. A


18
Representante da elite política de Diamantina (norte de Minas).
19 Inclusive,a justificativa para apatia era depositada na conta de boa parte dos estadistas da então província
mineira e também na considerada “humanitária, mas intempestiva” abolição da escravatura (MINAS GERAES,
18



população do estado, o mais populoso do Brasil, era de aproximadamente 3.000.000


habitantes, sendo caracterizada pelo predomínio da população negra (PAIVA, 1996; LEITE,
1996; FONSECA, 2009) 20. Acrescente-se ainda que a Zona da Mata e o Sul de Minas eram
áreas que inspiravam grandes atenções por serem consideradas importante base eleitoral e
fonte de renda simbolizada, mormente, pelos pés de café (MONTEIRO, 1973; SANTOS,
2016).
No âmbito nacional havia um “gigantesco móbile político” no qual “oligarquias
estaduais se equilibravam no eixo federativo” e oscilavam “ao sabor dos ventos dos arranjos
políticos” (NEVES, 2003, p. 26)21. Em posição superior estavam São Paulo e Minas Gerais;
imediatamente abaixo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, acompanhados, quase no mesmo
patamar, por Bahia e Rio Grande do Sul. Os paulistas, por sua vez, tinham seu poderio
associado aos pés de café e à indústria cafeeira nascente. Já os mineiros contavam com o
maior colégio eleitoral do país.
O marco final de nossa pesquisa culmina em 1897, ano da inauguração de Belo
Horizonte, empreendimento exemplar da gênese do pensamento desenvolvimentista nas
Gerais; um epítome do que se sonhava para todo o estado22. Não ao acaso, já à época se dizia:
“a Republica parece que se não proclamou no Brazil senão para mudar a capital de Minas. É


5. ago. 1894, p. 5). A junção de esses dois fatores, na visão de alguns políticos, teria deflagrado a
“desorganização do trabalho” e o comprometimento das atividades da lavoura cafeeira, descrita à época como a
“mais forte e primitiva fonte de riqueza da nação” (MINAS GERAES, 5. ago. 1894, p. 5).
20
Em seu trabalho, Paiva (1996) investiga a distribuição da população livre de Minas Gerais (1831-1838) e
identifica a seguinte composição: 2% africanos, 9% crioulos, 41% brancos e 48% pardos. Halfeld e Tschudi
(1998, p.106) relatavam: “Uma grande parte da população desta província compõe-se de negros livres, mestiços
de negros com brancos e de brancos e negros com índios, envolvendo todos os tipos de mestiçagem dessas três
raças entre si. Os brancos puros representam uma fração relativamente pequena da população total” (HALFELD
E TSCHUDI, 1998, p. 106). Apesar disso, alguns opúsculos, num discurso racista e falacioso, vendiam a ideia de
que a maioria da população mineira eram de origem europeia.
21
O federalismo, a um só tempo, viabilizava certa autonomia para oligarquias regionais e garantia base de apoio
político alinhada aos interesses do governo federal. Esse arranjo, entre estados e federação, dava nascimento à
chamada política dos governadores. O coronel, nesse sistema, atuava como representante do Estado e
determinava, de acordo com seus critérios, favores aos cidadãos. O coronelismo foi, assim, importante
ingrediente da primeira república. “Ao poder federal competia, despolitizada a capital federal e mantidas sob
rédea curta as multidões das cidades, governar os ventos políticos para que não se embaraçassem os tênues fios
que uniam os diferentes interesses políticos e não se rompesse o frágil, complexo e – a seu modo - eficiente
equilíbrio sobre o qual repousava a república. Esse era o segredo da ordem, que, cada vez mais era apresentada
como pré-condição do progresso, subordinando assim ao primeiro o segundo dos dois termos da divisa
positivista que a república brasileira bordara em pé de igualdade, em letras de ouro, no centro da bandeira
nacional” (NEVES, 2003, p.26).
22
A despeito disso, recorremos à dados primários que extrapolam os marcos temporais estabelecidos. Certas
vezes recuamos em virtude da existência de ingredientes que, de longa data, vinham sendo “marinados” no curso
da história; noutras, avançamos em função de notícias, de tom retrospectivo, que ajudam a jogar luzes e sombras
nas questões que interpretamos.
19



urgente, é inadiavel, é a salvação do Estado” (O JORNAL DE MINAS, 14 de maio de 1891,


p.1).
A essa altura é importante situar a existência de uma porção considerável de trabalhos
que colocam em vitrine a decadência mineira e a transferência da capital, mas também
cumpre dizer que parcos são os olhares que tecem interpretações a partir de mirada
geográfica. No que diz respeito especificamente à mudança da sede governamental, entre as
exceções podemos destacar: i) o olhar que Le Ven (1977) lança ao estudar “as classes sociais
e o poder político na formação da espacial de Belo Horizonte” (1893-1914); ii.) a dissertação
“Belo Horizonte: a construção de um saber geográfico”, voltada à Geografia Escolar, em que
Horta (1994) escava a constituição de Belo Horizonte a partir de tópicos como: origens
espaciais, aspectos locacionais, relevo, clima, problemas ambientais, estrutura urbana,
crescimento demográfico, indústria, comércio, entre outros; iii.) a dissertação de Penna
(1997), batizada “ O espaço infiel: quando o giro da economia capitalista impõe-se à cidade”,
que focaliza a ocupação do bairro Funcionários (BH); iv.) os trabalhos de Borsagli (2017;
2019) que traça paralelos entre a evolução urbana de Belo Horizonte e intervenções em sua
rede hidrográfica (1894-1977).
A decadência mineira, em contrapartida, é tema longevo na historiografia brasileira,
tendo passado pelo escrutínio de autores como Celso Furtado, Francisco Iglesias (1982), Caio
Prado Jr, Sérgio Buarque de Holanda, Mafalda Zamella, José Carrato, Maria Yedda Linhares
(1978), Roberto Borges Martins, Robert Selenes, Douglas Libby, Arruda (1989, p.159), Pires
(2007), Otávio Dulci (1984; 1999; 2000), Graça Filho (2002), Godoy (2009) e Santos (2013).
No entanto, embora os trabalhos desses pesquisadores convoquem ao palco relevantes
elementos de corte geográfico, não há, amiúde, um comprometimento em refletir qual o papel
explicativo que o espaço – com suas insígnias simbólicas e concretas – adiciona aos estudos
sobre a economia mineira de fins dos oitocentos23.
Destarte, concluímos que rarefeitos são tanto os estudos geográficos a respeito da
decadência mineira quanto aqueles sobre mudança da capital. Mais escassos ainda – quiçá
inexistentes – são as pesquisas que se devotam a entrelaçar essas duas temáticas tendo a


23
Algumas exceções: Giovanini (2006); Mello Filho e Santos Júnior (2006); Carneiro e Matos (2010); Santos
(2013; 2014; 2016); Chrysostomo e Santos (2014); Mafra (2018); mas, ainda sim, nenhum destes trabalhos tem
como foco uma interpretação espacial do desenvolvimentismo mineiro conjugado com as ideias de atraso,
progresso e espera. Em relação aos trabalhos que chamam atenção para a questão da espera – mesmo que sem
trazê-la como chave de leitura associada à Geografia – destacamos os artigos “Sensibilidades e representações
urbanas na transferência da capital de Minas Gerais” de Julião (2011) e “A mudança da capital: representações
das cidades candidatas à capital mineira” de Guilarduci (2009).
20



espera e a esperança como chave de leitura. É nesse vácuo, portanto, que a nossa empreitada
está situada.
Nessa incursão, em que pesem obstáculos inerentes à lida com as fontes – manchas,
trechos e letras ilegíveis, partes apagadas, interrupções temporais; além dos desafios
relacionados à triagem sobre o que é ou não caro à pesquisa (CAMERON, 2001) –, foram
objeto de nosso interesse não apenas as discussões veiculadas no congresso e senado sobre a
decadência mineira e a transferência da capital, mas também artigos, notícias, cartas, crônicas,
poemas e músicas. Todas essas modalidades discursivas, ao inventariarem temas e
preocupações da época, são preciosas testemunhas de anseios, interesses e conflitos do
período.
Os textos por nós utilizados não foram empregados apenas em nossos diálogos e
interpretações, uma vez que também pinçamos excertos na abertura de alguns capítulos e
subcapítulos de forma a construir espécie de antessala – quase íamos dizendo sala de espera
– para cada um dos assuntos tratados. A leitura de tais excertos, grafados de letras brancas em
páginas pretas, são elementos narrativos valiosos que captam, de forma original e eloquente,
aspirações, cores e urgências do momento.
Os documentos foram acessados mormente a partir da Hemeroteca Digital Brasileira,
mas também realizamos pesquisas nos seguintes arquivos físicos e digitais: Acervo Coleção
Linhares Digital; Arquivo Público Mineiro; Museu Abílio Barreto; Biblioteca Nacional;
Biblioteca Central Prof. Antônio Secundino de São José (UFV); Biblioteca Central da
Universidade Federal de Minas Geraes (UFMG); Biblioteca Pública Estadual de Minas
Gerais; Biblioteca Digital do Estado de Minas Gerais; Biblioteca Digital de Obras Raras,
Especiais e Documentação Histórica da USP; Biblioteca Digital Luso-Brasileira; Center for
Research Libraries; Museu Murilo Mendes; Arquivo Histórico Municipal de Juiz de Fora;
Internet Archive, Biblioteca do Senado Federal.
Ao manejar os documentos coletados nestes arquivos não nos restringimos aos termos
atraso ou decadência; rastreamos também sua contraparte: o progresso. Afinal, como num
jogo de espelhos, identificar a presença do atraso implica em pensar nas possibilidades de
progresso24. Isso sem mencionar que cada um destes termos possui uma constelação de


24
Segundo Almeida (1983, p.69) evocar o progresso como medida do atraso representa uma dupla proposição:
“se por um lado intenta explicar a decadência pela prosperidade, o seu oposto simétrico, por outro,
simultaneamente, mostra que é nesta mesma prosperidade que se pode localizar os indícios primeiros da
decadência. A própria edificação do período de prosperidade é apresentada como tendo sido firmada em bases
poucos sólidas, que escondiam o seu contrário, que abrigavam potencialmente a origem da própria decadência. O
21



palavras atrelados: pode-se falar em atraso, mas também em letargia, inércia, marasmo;
pode-se versar em progresso, mas ainda em adiantamento, engrandecimento,
desenvolvimento. Tendo isso em mente, as principais palavras que orientaram nossa busca
estão dispostas a seguir:


contrário então passa a ser relativizado enquanto tal e é apresentado como tendo concorrido para gerar a
decadência constatada no presente”.
22



Quadro 1 – Palavras pesquisadas nos periódicos

Termos Palavras associadas


Atraso Atraso, atrasado, atrofia, estagnação, declínio, decadência, desaproveitado, dormente,
dormência, lento, lentidão, Marasmo; espera; ruina; abandono.
(Território da
espera)

Espera Espera; Esperança; Estacionário; Letarghia, Letargho, inércia, somno profundo;


paralisia; apatia.
(Território da
espera)
Progresso Ade(i)antar, ade(i)antamento. ade(i)antado, Aperfeiçoar, aperfeiçoamento,
aperfeiçoado, Augmentar, aumento; augmentado, Avançar, avanço, avançado, Crescer,
(Território crescimento, crescido, crescente, Desenvolver, desenvolvimento, desenvolvido,
esperado) Evoluir, evolução, evoluído, Incrementar, incremento, incrementado, Melhorar,
melhoramento, melhoria, melhorado, Progredir, progresso, progressão, progressivo
(PÁDUA, 2012)

Termos Território, paisagem; região; zona; sertão; sertões virgens; mosaico


Geográficos

Técnica / Objetos Trabalho, braços, mão-de-obra, escravos, raça, imigração, imigrantes, propaganda
Geográficos imigratória, ensino agrícola, ensino rural, propaganda agrícola, ferrovias, escolas,
hospedarias; núcleos colônias, telégrafo;
Nova capital Capital, Nova Capital, Mudança da Capital, Transferência da Capital, Construção da
Nova Capital; Belo Horizonte, Curral Del-Rey, Barbacena, Juiz de Fora, Jequitibá,
Paraúna, São João D’el Rei, Várzea do Marçal (subúrbio de São João D’el Rei), Ouro
Preto
Organização: Higor Mozart (2021)

Do conjunto de fontes encontradas, separamos aquelas que guardavam laços com


nossos objetivos e buscamos identificar: a) a questão central anunciada; b) a origem
geográfica do veículo; c) o lugar de enunciação dos atores; d) a temporalidade; e) a presença
de conceitos/noções espaciais; f) a dimensão da espera evidenciada. De forma complementar,
desenvolvemos uma série de produtos cartográficos, especialmente no capítulo terceiro, com
o fito de facilitar a exposição e interpretação das informações a respeito das localidades
indicadas à nova capital mineira.
Nossa empreitada foi, em síntese, a de visualizar o espaço como aquilo que ele é: um
componente indispensável à teoria social crítica e que necessita ser tensionado a partir de
perspectiva espaço-temporal (HARVEY, 1989; SOJA, 1993; SANTOS, 1996; MASSEY,
2008). Este caminhos proposto, com suas curvas e percalços, intentaram dar visibilidade
23



tanto ao território inerte denunciado nos discursos sobre a letargia como ao território que se
acreditava possível. Em comum entre esses extremos estão palavras esculpindo visões de
mundo e semeando esperanças lastreadas no espaço.
E se falamos em palavras e visões de mundo não podemos deixar de mencionar, como
adiante fazemos, o papel fundamental que a imprensa tem em nosso trabalho enquanto
importante fonte de pesquisa. No Brasil o jornal assumiu grande proeminência e teve, em
1808, seu primeiro exemplar, o Gazeta do Rio de Janeiro (MUSSE, 2007). Ao longo do XIX
a importância dos impressos se intensificou na mesma toada em que se buscava construir um
Brasil Moderno (MUSSE, 2007, p.2). Nas Gerais, característica marcante diz respeito à
mudança de polo geográfico das produções ao longo do tempo: primeiro Ouro Preto (1823-
1885), depois Juiz de Fora (1885-1927) e, por fim, Belo Horizonte (1927 em diante)
(MENDES, 2007)25.
O inventário de José Pedro Xavier da Veiga 26 (1898) indica a criação de 867
periódicos mineiros durante os anos de 1823 a 1897: 167 em Ouro Preto; 57 em Uberaba; 55
em Juiz de Fora, 41 em São João Del Rei; 45 em Diamantina e 33 em Campanha – para
destacar apenas os números mais vistosos27. Destes vários veículos, somente o jornal Minas


25
Segundo Mendes (2007), o primeiro jornal das Gerais foi o Compilador Mineiro (1823) devotado a apoiar o
governo imperial. Destaca-se também: Abelha do Itacolomy (1824), Universal (1825), Companheiro do
Conselho (1825) e Diario do Conselho (1825). Ao longo do território nacional, algumas capitanias/províncias
tiveram seus primeiros jornais antes de Minas Gerais: Rio de Janeiro (Gazeta do Rio de Janeiro,1808); Bahia
(Idade d'Ouro do Brazil, 1811); Pernambuco (Aurora Pernambucana, 1821); Maranhão (O Conciliador do
Maranhão, 1821); Pará (O Paraense, 1822). A ausência da presença mineira na fase colonial da imprensa e a
lenta consolidação dos jornais em Minas Gerais (MENDES, 2007) e revelaria também certa “história da espera”
pela disseminação dos jornais na província.
26
Ainda que incompleto e com imprecisões, trata-se de importante material para a compreensão sobre os
primeiros anos da imprensa mineira. José Pedro Xavier da Veiga nasceu em 13 de abril de 1846, na cidade da
Campanha, Sul de Minas e faleceu em 8 de agosto de 1900, em Ouro Preto (ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO).
“Foi um dos grandes intelectuais mineiros do século 19, um jornalista de destaque, um importante historiador e
político. Além disso, foi o precursor nos estudos sobre jornalismo nas Minas Gerais. Sua monografia A imprensa
de Minas Gerais 1807-1897 (In: Revista do Arquivo Público Mineiro, Ano III, 1898. pp. 169-249) foi o primeiro
trabalho sobre jornalismo produzido no estado [...]. De 1870 a 1878, foi escrivão dos Órfãos, em Lavras, onde
estabeleceu um cartório e passou a militar no Partido Conservador. Ele seria uma das lideranças conservadoras
da província (depois estado), elegendo-se em vários pleitos como deputado estadual e uma vez senador, e se
destacaria defendendo questões nobres como a educação pública e a abolição da escravatura ” (MENDES, 2014,
s/p).Ver também: Lys (1922).
27
Segundo Wirth (1982), a Zona da Mata o principal centro jornalístico do estado até meados de 1920 (WIRTH,
1982). Já Mendes (2007) destaca que ao longo XIX, dois foram os grandes centros da imprensa mineira: Ouro
Preto (até 1885) e, posteriormente, Juiz de Fora (a partir de 1885). Após a fundação da nova Capital (Belo
Horizonte), iniciou-se a constituição de novo polo jornalístico, mudança esta que teria se consubstanciado por
volta de 1927: “Isso mostra que a imprensa vai acompanhando o movimento da população mineira, que migra da
região mineradora para outros locais. Os jornais que, na primeira metade do século XIX, vão se concentrar em
cidades como Ouro Preto, São João Del Rei, Sabará, Mariana, Serro e Diamantina, no final do século XIX,
passam a se concentrar em regiões como o Triângulo Mineiro, a Zona da Mata e, na nova capital, Belo Horizonte
24



Geraes – Orgam Official dos Podres do Estado – conseguia costurar todo território. Sua
primeira edição fora publicada aos 21 de abril de 1892 em celebração ao centenário de morte
de José da Silva Xavier – Tiradentes (MINAS GERAES, 8.mai.1892, p.3).
Com tiragem inicial de 4.100 exemplares, a folha era espécie de informativo do
executivo, legislativo e judiciário que apresentava atos oficiais da administração do estado e
notícias sobre política nacional e internacional (WIRTH, 1982; GONÇALVES NETO,
ALVES FILHO e NABUCO, 1998). Essa abrangência e caráter oficial explicam o porquê de
utilizarmos sobremaneira tal jornal; todavia, lançamos mão de outros veículos, como O
Pharol28 (Juiz de Fora) – “considerado como o consolidador do jornalismo informativo nas
Gerais” (MENDES, 2007, p.90) –, O Arauto de Minas (São João Del Rey), A Cidade do
Turvo (Cidade do Turvo) e os ouro-pretanos A Ordem, A Província de Minas, Revista
Industrial de Minas Geraes, Diário de Minas, O Liberal de Minas, O Estado de Minas29. Não
ficamos confinados, porém, aos recônditos dos periódicos mineiros, na medida em que
consultamos também jornais de outros estados com a finalidade de verificar, em especial,
como a construção da nova capital da República reverberou pelo território brasileiro.
Estes materiais são produções localizadas historicamente e, como tais, não podem ser
tratados de forma dogmática, mas sim como um ponto de vista – ou um brado – particular
(GOODWIN, 2007; DE LUCA, 2010). A palavra impressa não é mero “registro do que
aconteceu”, mas sim um “ingrediente do acontecimento” (DARNTON, 1996, p.7), Cada uma
das frases expressas está embebida pelas aspirações e sentimentos daqueles que as grafaram –


(que é criada em 12 de dezembro de 1897, com o nome Cidade de Minas)” (MENDES, 2005, p. 18). Ver
também: Gonçalves (2001).
28
“O Pharol” foi fundado no ano de 1866 em Paraíba do Sul (Rio de Janeiro), por Thomaz Cameron, e
transferido em 1870 para Juiz de Fora, onde circulou até 1939, atuando como porta-voz dos anseios da
importante cidade de Juiz de Fora. Os vários proprietários que o jornal teve, naturalmente, influenciavam
diretamente nos seus posicionamentos. Em 1873 o jornal pertenceu a Leopoldo Augusto de Miranda e contava
com Georges Charles Dupin na chefia da redação – francês responsável por introduzir o vapor como força motriz
para máquinas de impressão no estado mineiro. De 1875 a 1885 Charles Dupin foi responsável pelo jornal e, por
motivos de saúde, o vende para Lindolfo de Assis que fica a frente até 1888. Depois desse período, vários foram
os outros donos d’O Pharol, para maiores informações. No texto veiculado n’O Pharol e assinado por um de seus
colaboradores, afirmava-se que o periódico “mudando, embora, de indole, de formato, de proprietário” seguia
“conseguindo atravessar dias, mezes e anos” já tendo celebrado “as suas bodas de prata com a população
mineira!” (O PHAROL, 6.jan.1893, p.1). Ver: OLIVEIRA, Paulino de (1966). História de Juiz de Fora. 2 ed.
Juiz de Fora: Gráfica Comércio e Indústria.
29
O fato de trabalharmos com vários jornais de Ouro Preto (o que era de se esperar, por sua condição de capital
mineira) e não encontramos, por exemplo, nenhum de Paraúna (cidade candidata a ser nova sede do governo) é
dado que exibe lacunas da nossa pesquisa, mas, ao mesmo tempo, revela a diferença de capacidade que alguns
entes locais tinham de propagar suas imagens pelo estado. Mais que isso: revela a capacidade que esses entes
tinham de perpetuar certas narrativas pela história. Sobre a imprensa mineira, ver também: Carvalho e Barbosa
(1994).
25



o que inclui os nossos próprios valores como elementos que interagem e ressignificam as
fontes.
Depreendemos, portanto, que nosso olhar para o passado jamais será capaz de recriar
os fatos como eles ocorreram. Depreendemos também que os registros costumam ser
realizados por atores com poder suficiente para tal, enquanto outras vozes, de grupos
minoritários, são silenciadas. Ao fim e ao cabo, a reconstituição alcançada é sempre parcial e
provisória (BAKER, 1997; LOWENTHAL, 1998; ABREU, 2000; CAMERON, 2001).
Cientes desses limites e possibilidades, rumamos, nas páginas seguintes, na direção de
conhecer de que maneira diferentes esperas se colavam ao território mineiro.
Em termos de estrutura, a presente tese, além desta Introdução, é seguida por quatro
capítulos. No primeiro deles – AQUI NÃO SE VIVE: MORRE-SE! – sublinhamos como os
discursos, apoiados nas ideias de espera e esperança, mobilizavam elementos espaciais
criadores de territórios da espera. Chamamos especial atenção para os dois “ponteiros” que
pressionavam os mineiros: o das reminiscências do período colonial e o do ritmo acelerado
imposto pelo crescimento paulista.
No capítulo segundo – A NOSSA PROVINCIA É UM THESOURO IMMENSO DO
FUTURO – ganham destaque diagnósticos e propostas com vistas à superação da situação
letárgica. Sublinhamos as contribuições de João Pinheiro e da Escola de Minas de Ouro Preto
na constituição de uma “elite tecnoburocrática mineira” (BARBOSA, 2012). São também
alvo de nossas atenções os esforços propagandísticos encampados para tornar o estado mais
conhecido, atrair imigrantes e difundir técnicas agrícolas consideradas modernas. Nesse
ínterim destacamos as ações da Sociedade de Geographia Econômica de Minas Geraes e a
criação da Revista Industrial de Minas Gerais e do Arquivo Público Mineiro.
No início do capítulo terceiro – A QUESTÃO QUE TUDO COMOVE É A DA
NOVA CAPITAL – rebobinamos importante tentativa de transferir a sede do governo de
Minas Gerais no ano de 1867 e, em sequência, migramos para o final do século quando
ressaltamos como as querelas ao redor do grande “torneio da transferência” da capital
contribuíam para acentuar as feições da espera nas Gerais (O CONEMPORÂNEO, ed.35,
nov.1893, p.2). Nesse enredo os holofotes são direcionados à guerra de representações
decorrente da disputa entre cidades que ansiavam ser nova capital mineira. Dessa guerra
nasceram poesias, músicas, charges, peças-teatrais, poesias, mapas, textos e documentos da
espera – que, em muitas vezes, se configuravam como verdadeiros quadros geográficos.

26



Na continuidade, no capítulo IV – O NASCIMENTO DA NOVA E MODERNA


BABILÔNIA – destacamos alguns desdobramentos associados à edificação da nova capital,
seguindo com a espera como nossa privilegiada chave de leitura. Com efeito, sublinhamos de
que maneira diferentes documentos (albuns, fotografias, ópusculos) vendiam a nova cidade
como um belo horizonte de expectativas que descortinava possibilidades desiguais para os
diferentes estratos da sociedade.
Por fim, em “Coda à Moda Mineira”, tecemos nossas considerações finais e
destacamos a importância de se refletir sobre a “geograficidade da espera”.

27



CAPÍTULO I – AQUI NÃO SE VIVE: MORRE-SE!



O Estado de Minas, excepcionalmente fadado pela natureza, que caprichosamente
grupou em seu vasto territorio riquezas variadas e enormissimas, destinado a
occupar a vanguarda do progresso, está infelizmente, forçoso é confessal-o,
atravessando uma crise má, em que a tradicional energia de seus filhos está se
deixando perniciosamente avassalar por imperdoavel apathia sem razão de ser
(MINAS GERAES, 18. set.1892, p.882, grifos nossos)

28



Em quanto todas as provincias do litoral do imperio caminhão pela estrada do


progresso com mais ou menos rapidez, a provincia de Minas Geraes conserva-se
estacionaria e ameaçada talvez de bem proxima decadência (DIARIO DE MINAS,
21. out. 1866, p.2).
29



1.1. Geografias da Espera no Éden Mineiro

Ao despertar do lethargo, em que por tanto tempo jazera, Minas sentiu-se


envergonhada do atraso em que se achava; mas, consciente de suas forças, não
trepidou em marcar, desde logo, o rumo em que devia orientar-se.
O seu sólo é uberrimo e incomparavel o seu clima; cortam-na poderosos
cursos de agua de franca navegabilidade; nas mattas seculares as mais preciosas
essencias; debaixo do seu sólo, depositos inexhauriveis dos mais ricos mineraes.
Por toda parte pois encontram-se elementos de variadas producções, que só
esperam a mão do homem, para que se transformem em valiosissimas riquezas.
Precisa, assim, recuperar o tempo perdido e apparelhar-se para o
aproveitamento dos dons com que prodigamente a dotou a Providencia e de forma
tal que possa attrahir do extrangeiro os braços que lhe faltam.
Um porto de mar que a ponha em relações directas com os mercados
europeus; uma rêde de linhas ferreas, que leve a vida e a civilização aos seus ultimos
confins; uma Capital, que dignamente a represente, mostrando que o Mineiro é
homem culto e bem conhece as exigencias da vida social moderna (MINAS
GERAES, 12. set.1895, grifos nossos).

As palavras acima são emblemáticas. A um só tempo espelham imagens de lentidão e


projetam realidade outra ao deliberarem medidas à superação de quadro dito vexatório. Elas
atuam como arautos de desgraça acachapante, mas também como anunciadoras do alvorecer
de bem-aventurada era. Tais visões, do presente e dos dias vindouros, carregam em comum o
devotamento às questões espaciais e isso é revelado tanto a partir do emprego de termos
ordinariamente associados à paisagem (solo, clima, matas, minerais, cursos d’água), como
através de raciocínios que escancaram táticas geográficas (i.e., a procura de conexão através
de redes e a importância dada a uma capital dita moderna). Tais visões sobre espaço
comportam ainda dimensão temporal escancarada pela preocupação em se “recuperar o tempo
perdido” e pelo diagnóstico de que os predicados territoriais apenas esperariam por quem
soubesse utilizá-los.
Tempo e espaço, como se vê, estão enlaçados nos discursos sobre a letargia em Minas
Gerais. Esses discursos são longevos e, de acordo com Souza (2019), podem ser interpretados
a partir de quatro dimensões. A mítica revela que desde o último quartel do XVII diferentes
adjetivos eram manejados para pintar a região com as cores dos sonhos e da opulência, mas
também do medo, intransponível e intocado.
A dimensão trágica evidencia as dificuldades impostas por um terreno talhado por
montanhas onde se desenrolavam severos duelos entre homem e natureza. As agruras
impostas pela geomorfologia se ajuntavam ao capricho das águas, às intempéries climáticas e
aos pestilentos sertões das feras (SOUZA, 2019).
A dimensão pragmática escancara a busca por formas de subjugar a natureza e gerar
dividendos. Não por acaso, diferentes relatos testemunhavam a sanha por impor ordem
30



racional ao mundo natural em empreitadas que visavam ampliar o conhecimento do


patrimônio geográfico através de diagnósticos, catalogações e inventários. No século XVIII,
depoimentos condenavam as práticas predatórias que deixavam matas nuas e afugentavam a
fauna. No início do XIX, viajantes se abismavam ao olhar povoações mineiras e identificar
paisagens em ruínas. Os vijantes e naturalistas Spix e Martius, por exemplo, apontavam a
ferrugem que a mineração, outrora efervescente, deixara. De acordo com os relatos vemos que
cascalho, pedregulho, queimadas e pedras soltas contribuíam para o definhar de paisagem
antes viçosa (SOUZA, 2019).
Na dimensão dos afetos, os homens das Minas Gerais registraram essas perspectivas
anteriores – edenização, tragédia e pragmatismo – por meio de obras da literatura luso-
brasileira setecentista. Ante a chamada decadência decorrente do escasseamento do ouro, as
elites30 se moveram ao procurar soluções em universidades europeias e tomar conhecimento
de técnicas modernas lá difundidas, numa posição que muitas vezes revelava grande devoção
à ciência. Aproximava-se da cultura europeia, mas também se refletia sobre a própria
realidade mineira. Com efeito, além da constatação da decadência da capitania, aflorou-se um
sentimento regional, embora muitas vezes confuso, que referenciava, ao mesmo tempo, a
singularidade da “pátria” mineira e o seu vínculo com Portugal.
Em nossa interpretação, essas quatro dimensões – mítica, trágica, pragmática e afetiva
– dão feição à espera nas Minas Gerais; espera que parte da ideia de um território abençoado,
porém inerte; de paisagem luxuriante, embora desaproveitada. De um solo fértil, porém
maltratado. Enfim, um paraíso estacionário, um território da espera – denominação
reveladora, a um só tempo, de espécie de “inércia ou dormência territorial” e anunciadora da
“esperança do dinamismo31” (VIDAL, 2005, 2007, 2012; SANTOS, 2020).
Tais dimensões escancaram a presença do espaço como elemento substantivo de
muitas das observações, ainda que elas não tenham sido elaboradas por geógrafos. E não há
motivo para estranhamento, posto que a Geografia não detém o monopólio sobre as

30
Quando falamos em elites mineiras, no plural, temos em mente a distinção elaborada por Dulci (1999) que
identificou dois grupos no alvorecer do XX. Em termos econômicos havia uma elite agrária que contava com
membros preocupados com o setor agro-exportador e com representantes que miravam a diversificação da
produção com vistas a atender o consumo interno. Havia também uma elite empresarial urbana em ascensão –
nela se destacavam as atividades vinculadas à siderurgia. No aspecto social, havia uma elite tradicional
alicerçada em práticas como coronelismo, clientelismo – e, também, uma elite técnica.
31
Dizia-se que “[...] em Minas dorme a riqueza somno profundo sob os pés da pobreza acordada” (DIARIO DE
MINAS, 17. nov. 1874, p.4). A menção a um sono profundo, e não de uma morte, evidencia que a constatação
da letargia não sepultava a esperança; havia, ao contrário, a compreensão de que um cenário de riqueza poderia
(re)nascer bastando, apenas, que se criassem meios para alcançar o progresso – quase íamos dizendo: meios para
que a semente rompesse seu estágio de latência e gerasse um fruto.
31



representações espaciais e, ademais, a imaginação construída acerca do espaço está


firmemente enlaçada ao poder. Não são raras as vezes, afinal, em que imaginação e poder
dividem mesma frase – quase íamos dizendo palco. Essa coexistência, como numa peça
tragicômica, enseja flagrante paradoxo: em um canto temos a imaginação que se enfeita com
as vestes da ilusão, dos sonhos e símbolos. Na outra margem, distante de meandros
fantasiosos, temos o poder trajando cores soturnas.
Mas se nos esquivarmos das peripécias da aparência, notaremos a reviravolta que se
anuncia: imaginação e poder não são palavras em eterna oposição. Se elas encenam, é porque
protagonizam dança em que uma precisa da outra. Com isso queremos assinalar que o
imaginário social é elemento imprescindível ao exercício do poder; ele é partícipe de
variados níveis da vida coletiva e contribui para fomentar e ou desestimular uma série de
ações. Essa presença se tornou cada vez mais destacada diante da transição da cultural oral
para a escrita – inflamada pela tipografia e alfabetização – e do desenvolvimento dos meios
de comunicação em massa (BACZKO, 1985). Isso só evidencia que o domínio simbólico se
irmana ao controle dos meios que colaboram para persuasão e disseminação de valores e
crenças.
O Imaginário, nessa senda, “[...] possui um compromisso com o real e não com a
realidade. A realidade consiste nas coisas, na natureza, e em si mesmo. O real é a
interpretação que os homens atribuem às coisas e a natureza”. Dessa forma, “se o imaginário
recria ou reordena a realidade, encontra-se no campo da interpretação e da representação, ou
seja, do real” (LAPLANTINE e TRINDADE, 1997, p. 28-29).
Se adicionarmos a Geografia ao debate, veremos que na grande sala do cinema-
mundo, ela inúmeras vezes exerceu o papel de projecionista. São notórias suas contribuições
para a composição de imaginários sobre o mundo; mas, além de sua capacidade projetiva, a
ciência geográfica – a exemplo de áreas outras – colabora de forma efetiva para a construção
material do mundo (SOUSA NETO, 2000, p.11; CASTRO, 2005).
Ou seja, é fundamental destacar que os constructos materiais derivam também de
imaginação geográfica e tal imaginação, assim adjetivada, recobre as imagens espaciais
gestadas em representações discursivas para além do domínio da Geografia (SAID, 1997;
2007). Aqui também é oportuno rememorar John Kirtland Wright (1947) – tido precursor da
Geografia Humanista – que, em reflexão acerca da imaginação geográfica, disserta como o

32



geograficamente desconhecido 32 patrocina acachapante fascínio entre os geógrafos, mas


também entre não-geógrafos. Assim, o domínio da geografia abrangeria duas áreas: “O núcleo
compreende os estudos formais em geografia; a periferia inclui toda a geografia informal
contida em trabalhos não científicos – livros de viagem, revistas e jornais, livros de ficção e
poesias, e também nas telas” WRIGHT, 1947, p.13).
Se em área central estão os estudos formais do universo da ciência geográfica; há, na
periferia, uma geografia informal representada não apenas pela literatura, mas também por
concepções vindouras das cabeças de “pessoas comuns” – na expressão utilizada pelo autor.
Tal informalidade seria percebida a partir de conversas, consulta a jornais e em publicações
outras; o que levou Wright a cunhar o conceito de geosofia33 (terra + conhecimento) para se
referir ao “estudo do conhecimento geográfico a partir de qualquer ponto de vista” (1947,
p.14). Esses estudos navegam para além do núcleo da geografia – aquela formal relacionada
ao conhecimento científico – atingindo todas ideias geográficas (sejam verdadeiras/lastreadas
em fatos ou não) e todos tipos de pessoas (não apenas geógrafos, mas também fazendeiros,
pescadores, executivos, poetas, romancistas, pintores). Nesse vértice, Wright (1947, p. 16) é
eloquente ao defender que “quase todas as atividades importantes nas quais o homem se
engaja como capinar um campo, escrever um livro, conduzir um negócio, pregar o evangelho
ou travar uma guerra é, em alguma medida, afetada pelo conhecimento geográfico à
disposição” (WRIGHT, 1947, p.16).
Ao enfatizar essas questões o autor acaba nos fazendo um convite a volver nossos
olhos para as possibilidades que repousam quase incógnitas na periferia dos estudos
geográficos. Em aceite a tal convite, buscamos compreender de que maneira a geografia ajuda
a explicar os insistentes discursos sobre o atraso nas Gerais. Para isso primeiramente, no
entanto, precisamos compreender as origens da pressa dos mineiros, como propomos a seguir.

32
O autor se vale da ideia de terrae incognitae. Expressão essa composta por palavras que acendem labaredas na
imaginação. Historicamente, afinal, homens são atraídos pelo canto das Sereias às regiões ditas
desconhecidas/inexploradas. Por essa razão, Wright emprega o termo terrae incognitae em uma dupla acepção:
uma, literal, mobilizada para designar terras desconhecidas; outra, figurada, lançada para recobrir aquilo que é
geograficamente desconhecido. No entanto, imperioso dizer que o des-conhecimento sobre uma dada porção
telúrica deve ser visto de forma relativa. Afinal, “se olharmos de suficientemente perto – toda a Terra parece
uma imensa colcha de retalhos de mini terrae incognitae. Mesmo que uma área seja minuciosamente mapeada e
estudada por um exército de micro geógrafos, muito sobre sua geografia sempre permaneceria desconhecida e,
deste modo, se hoje não há terra incognita em sentido absoluto, não há também terra absolutamente cógnita”
(WRIGHT, 1947, p.7).
33
As abordagens da geosofia se ramificariam em duas vertentes: a cartográfica e a histórica. A primeira
relaciona-se a elaboração de mapas que cartografam o conhecimento geográfico. A abordagem histórica geosofia
diz respeito ao estudo da história do conhecimento geográfico. E isso, insiste o autor, não implica em
considerarmos apenas o conhecimento geográfico sistematizado, mas também aquele oriundo de outras
experiências.
33



1.2. Por que tanta pressa?

[...] Alice não achou muito fora do normal ouvir o coelho dizer para si mesmo “Oh
puxa! Eu devo estar muito atrasado!” (quando ela pensou nisso depois lhe ocorreu
que deveria ter achado muito estranho, mas na hora tudo parecia natural); mas,
quando o coelho tirou um relógio do bolso do colete, e olhou para ele, apressando-se
a seguir, Alice pôs-se em pé e lhe passou a idéia pela mente como um relâmpago,
que ela nunca vira antes um coelho com um bolso no colete e menos ainda com um
relógio para tirar dele. Ardendo de curiosidade, ela correu pelo campo atrás dele, a
tempo de vê-lo saltar dentro de uma grande toca de coelho embaixo da cerca
(CARROL, 1977, p.41).

Em As Aventuras de Alice no País das Maravilhas (1865), o romancista inglês Charles


Luwidge Dodgson, mais conhecido como Lewis Carrol, ideou um personagem-coelho que
carregava um relógio em seu colete e se declarava sempre atrasado. Mas, afinal de contas,
por qual motivo um coelho teria tanta pressa? Inspirados por essa dúvida, tal qual Alice,
saltamos para a toca das Gerais na esperança de entender o porquê da teimosa pressa dos
mineiros.

1.2.1. Estamos atrasados! – Os ponteiros de outrora

Olavo Bilac concluíra sua palestra literária “A Esperança” com a seguinte reflexão: “a
humanidade espera e esperará eternamente. Para ella os progressos moraes, como os
progressos materiaes que tem realizado escapam a sua consciencia. A humanidade não
compara o que é ao que já foi. Compara o que é ao que póde ser” (O PHAROL, 1º.nov.1905,
p.1). No entanto, ao contrário do que preconiza Bilac, veremos que os habitantes das Gerais
não miravam só o futuro, mas também um passado dito próspero, como narrado adiante:
Não está mui longe o tempo em que Minas ha de recuperar os seus laureis de
outr'ora, e mais brilhantes e gloriosos ainda, talvez!
Continue esta opulenta provincia no emprehender incessante e esperançoso destes
ultimos tempos; multipliquem-se as iniciativas; ajude, a seu turno, o poder á
natureza essensialmente patriotica deste bom povo; inaugurem-se as estradas de
ferro concedidas; trabalhe-se corajosamente, dedicadamente...e verão que porvir,
que porvir de glorias e de prosperidades aguarda estas plagas abençoadas, onde
scientillarão outr'ora com fulgor divino os esplendidos sóes da liberdade e do amor á
patria e que ainda hoje vibrão limpidos raios nos horisontes que illuminão esta
heroica provincia
(O PHAROL, 28.nov.1882, p.2).

Ao tirarem o relógio de seus coletes, os políticos avistavam dois fusos-horários. Um


deles compreendemos quando Girardet (1987) resgata a expressão “os tempos de antes34” para
refletir sobre os olhares devotados ao passado. Esse tempo de outrora recobre minutos, horas


34
Expressão utilizada por Frédéric Mistral para dimensionar reminiscências de infância.
34



e dias efetivamente vivenciados, mas alude ainda momentos nunca conhecidos; tratando-se,
portanto, de arquétipos. De essa constatação, depreendemos que as tramas da História são
composições tecidas por rejeições, esquecimentos, lacunas, mas ainda por escritos fidedignos
e devoções. As imagens de um passado pintado através de carregadas tintas teriam papel
decisivo no controle do tempo e da História. Os discursos alardeadores dos “bons velhos
tempos” e das “belas épocas”, que autor enfeixa sob o epíteto Idade do Ouro, possuem peso
avultado no imaginário político35.
Também percebemos as entonações desse “tempo de antes” quando Afonso Arinos de
Melo Franco 36 , deputado federal por Minas Gerais, rememora que no século XVIII a
província mineira figurava na vanguarda da civilização brasileira. Esse período, diz ele,
poderia ser chamado de áureo tanto no sentido literal quanto no figurado, pois coincidia com
o momento em que a cultura europeia teria se difundido com maior vigor no organismo social
mineiro. Essa influência se alastrou na seara da literatura, artes plásticas, ciência jurídica e
ideias políticas; porém, não abraçou o trabalho rural e a mineração, lamenta Franco. A
explicação é que a técnica do maquinismo, grande advento do período, não teria chegado à
Portugal no século XIII; isso, por extensão, teria impedido sua difusão pelas Minas Gerais.
Quando, finalmente, experiências mais ousadas se difundiram, já era tarde posto que o estado
passava por vertiginoso declínio.
Esses elementos, na ótica de Franco (1940), explicariam flagrante contradição da alma
mineira: havia pensadores eminentes, mas se encontrava, na economia e no trabalho,
acometida pela letargia técnica. Tamanha seria a aversão dos mineiros à técnica que eles não
gostariam de usar o telefone, não guiariam bem, tratariam mal os automóveis e desprezariam
o conforto material da vida. Essa aversão encontraria justificativa, insiste o deputado, no
parco quinhão de estrangeiros que chegaram às Gerais; panorama que pouco teria se alterado
na República.
Em análise mais aprofundada, calcada na ideia de largos períodos de tempo, Godoy
(2009) periodiza a economia mineira e situa o momento primeiro como sendo o da “economia


35 “As ruinas têm seus encantos para a imaginação, que se transporta facilmente a tempos passados, em que
reinava movimento e a vida onde hoje se nota o socego e quietação do ermo” (ALMANACH SUL-MINEIRO,
1884, p.516).
36
Nascido em Belo Horizonte (MG), aos 27 de novembro de 1905 e falecido no Rio de Janeiro (RJ) aos 27 de
agosto de 1990, foi jurista, professor, político, historiador, crítico, ensaísta e memorialista. Entre outros feitos,
foi deputado federal por Minas Gerais por três legislaturas (1947 a 1958). Academia Brasileira de Letras. Afonso
Arinos de Melo Franco. Disponível em: <http://www.academia.org.br/academicos/afonso-arinos-de-melo-
franco/biografia>. Acesso em: 20.jul.2018.
35



do ouro”. Tais dias áureos abarcariam as três quadras iniciais do XVIII e teriam a mineração
como principal marca. Essa atividade, sustentada pelos braços escravizados e voltada ao
mercado externo, contribuiu sobremaneira para a pujança da Província ao ponto de alçá-la
como polo de maior vulto do mercado interno da Colônia. No entanto, na terceira quadra do
XVIII todo esse esplendor fora alvejado pela crise do sistema escravista minerador. Tratava-
se de um período de transição que caminhou pela segunda metade do século XVIII e se
arrastou até o XIX. O deslocamento geográfico do coração econômico do estado, antes
localizado no centro, migrou para a Zona da Mata e Sul de Minas. Essa transição teria sido
marcada pelas seguintes caraterísticas: a) restruturação produtiva (o que implica em
alargamento de fronteira de ocupação); b) aumento no ritmo do processo de diferenciação
espacial que já se delineava por volta do XVIII; c) mudança de um movimento centrípeto
(buscador de um centro das Gerais) para um movimento centrífugo (simbolizado pelo
alargamento da fronteira). Aspectos estes que corroboraram para um redesenho das relações
mineiras com outras economias regionais.
Já em momento posterior, situado entre o primeiro e terceiro quartéis dos oitocentos,
verificou-se a “consolidação de um dinâmico sistema escravista” a serviço de uma economia
de subsistência mercantil (GODOY, 2009, p.91). Por isso especula-se que o caso de Minas
Gerais seja “a única experiência histórica relevante, da época moderna, de passagem de um
dinâmico sistema escravista orientado para o mercado externo” rumo a “um dinâmico sistema
escravista orientado para o mercado interno” (GODOY, 2009, p.91). Esse pujante sistema
escravista se associaria a um processo de regionalização que se desenhava desde a segunda
porção do XVIII e teria sido responsável pela grande diversidade interna do estado.
Tal diversidade seria marca deixada não apenas devido à formação natural, mas
também em virtude da intervenção humana, conforme Godoy (2009) acentua ao dizer que as
atividades da agropecuária e os setores de transformação (vinculados ou não à agropecuária)
constituíam o núcleo dinâmico do sistema escravista. Ademais, outra marca seria a
descentralização econômica identificada a partir dos “sistemas econômicos sub-regionais com
maior ou menor grau de autonomia” (GODOY, 2009, p. 92). Tinha-se, portanto, novo
cenário, diferente daquele que perdurava no século XVIII no qual um centro polarizador
promovia a integração das Gerais37.


37
“Até o terceiro quartel do Dezoito, a economia do ouro, espacialmente concentrada no centro da capitania,
exercia atração sobre os outros espaços regionais mineiros, para além de se constituir no mais importante pólo do
mercado interno colonial. Essa polarização nunca mais será alcançada. À desagregação da economia do ouro
36



A transição em curso do XVII para o XIX, caracterizada pela crise do sistema


escravista, pode ser entendida como passagem rumo a uma formação capitalista. Algumas
questões de grande envergadura se acentuam nesse momento: a primeira diz respeito às
“reformas liberais” dos oitocentos, marcadas pela reconfiguração do papel de Minas na nação
brasileira e do Brasil no mundo no que diz respeito à divisão internacional do trabalho – antes
a relação se resumia, basicamente, ao abastecimento de alimentos e matérias-primas para
áreas centrais e à importação de bens manufaturados.
Esse giro liberal visava adequar as periferias às novas necessidades do centro. Na
esteira de tais reformas, outra questão vultuosa era o “processo de modernização” brasileiro
caracterizado, principalmente, pela a) transição do regime escravocrata para o trabalho livre;
b) vigência da “propriedade privada juridicamente plena” por meio da Lei de Terras; c)
mudanças nas relações comerciais e financeiras (com destaque para o sistema bancário que se
firmava); e d) mudança da rede de transportes tradicionais rumo ao sistema considerado
moderno e integrado. Essas mudanças se caracterizam pelo ritmo dilatado e inconcluso.
As décadas de 70 e 80 do XIX teriam papel estratégico para as mais importantes
economias regionais brasileiras. Mesmo que não houvesse mercado interno integrado, o autor
considera que essas destacadas economias regionais eram espaços econômicos que gozavam
de elevado grau de autonomia e, por consequência, de pouca integração. Esses dois decênios
representariam preciosa “oportunidade histórica” cujo aproveitamento estaria atrelado à
forma, ritmo e alcance do processo de modernização nas economias regionais (GODOY,
2009).
Enquanto isso, no estado do Rio de Janeiro, as atividades da lavoura cafeeira
passavam por vertiginoso declínio, num quadro de estagnação da economia. Por outro lado,
na cidade do Rio de Janeiro verificava-se certo dinamismo na medida em que lá eram
realizadas não apenas atividades relacionadas à administração do país, mas também funções
econômicas e financeiras substanciosas. No Nordeste do país, Pernambuco e Bahia figuravam
como as economias de maior destaque, mas experimentaram um processo de “modernização
sem mudança”: isto porque o setor açucareiro, propulsor dessas economias, passou por uma
transformação parcial e a modernização se arrastou a passos lentos e foi incompleta.


seguiu-se processo de desconcentração espacial econômica e demográfica e a ausência de centro capaz de
integrar o território mineiro. A fragmentação regional prevalecerá entre a última quadra do século XVIII e a
primeira do século XX, quando estava em curso a lenta formação de área de influência da nova capital, instalada
exatamente no antigo centro minerador” (GODOY, 2009, p. 92).
37



O panorama sobre os rumos paulistas merece tópico à parte, uma vez que este, em
grande medida, nos ajuda entender não apenas o apego que os mineiros nutriam pelo tempo de
antes, mas também as comparações que referenciavam São Paulo como métrica.

38



1.2.2. Estamos muito atrasados! – Os ponteiros paulistas

[...] ao passo que S. Paulo caminha e se engrandece; que o Rio de Janeiro conserva a
sua autonomia de cabeça do Imperio, e que algumas outras provincias mais ou
menos se movem no trilho do progresso, Minas-Geraes, esse colosso respeitavel,
continua inerte, abatida e desprestigiada, não obstante a sua numerosa população, as
riquezas mineraes que encerra em seu seio, a uberdade de sues terrenos e a
fertilidade de seus campos (A VERDADE, 11.mar.1886, p.1).

S. Paulo deve nos servir de exemplo (O ESTADO DE MINAS GERAES, 20. nov.
1891, p.1).

Discursar simplesmente sobre a bancarrota não era o suficiente; era preciso conferir
peso ao drama a partir de referencial que possuía dupla acepção: era mobilizado para alertar
que São Paulo estava “muito mais à frente” na senda do progresso, mas também para incitar
esforços que colocassem os mineiros no encalço dos paulistas e, quiçá, possibilitasse
ultrapassagem.
Um desses esforços estaria no investimento na política imigratória; vista como grande
diferencial para o sucesso dos paulistas que, como afirmado n’O Pharol, teriam garantido
posição vantajosa ao antever as benesses da imigração. Graças a tal perspicácia, o governo
teria se armado em “tempo dos meios precisos”, desenvolvido “a mais intelligente e efficaz
propaganda” e aberto “seu seio a uma verdadeira torrente dos melhores imigrantes” (O
PHAROL, 15.jul.1887, p.1). Em Minas, ao contrário, os estadistas não teriam sido tão astutos
e a consequência seria uma decadente situação:
E, se porventura, procurarmos indagar a causa d'essa decadencia e d'esse
desalento dos lavradores, veremos que ella existe na falta de braços sufficientes para
satisfação do serviço agricola, especialmente nas epochas apropriadas do preparo
das terras de cultura, e não pensamos como muitos, que dizem que, esta
desorientação origina-se de, não estarem os lavradores habituados ao trabalho
remunerado.
Não ha mais hoje, felizmente, quem creia que a lavoura é impossivel sem o
escravo; pelo contrario, todos applaudem sua ausencia como uma grande fonte de
economia.
O que todos sentem e lastimam, porém, é que não haja n'este Estado e em
todos os municipios, a organisação do trabalho, pelos nucleos coloniaes, como
existem no Estado de S. Paulo onde os lavradores, sem muita dependencia,
encontram com facilidade os braços precisos para mover sua lavoura.
[...]
Se, o nosso Estado fôr dotado com um certo numero de nucleos agricolas,
como os do visinho Estado de S. Paulo; se forem estabelecidas penas severissimas
para áquelles individuos que se entregam á vagabundagem, obrigando-os a
trabalhar; se fôr estabelecida uma corrente immigratoria para o Estado, a fim de
supprir os braços que nos faltam, muito lucrarão não só a lavoura como o proprio

39



Estado, e teremos assim organizado o trabalho e acabado com o pernicioso vicio da


vadiagem (A CIDADE DO TURVO, 19.jun.1890, p.1)38.

Os paulistas, dizia-se, se fortaleciam pelo êxodo dos melhores e mais ativos


agricultores das Gerais e pela importação de capitais mineiros. Esse quadro seria fruto de
exemplar iniciativa individual, posto que em São Paulo todo empreendimento acharia “larga
estrada juncada de flores, ao passo que em Minas, quasi sempre, a empresa mais proveitosa e
mais limpa encontra um caminho ingreme e atulhado de pedras” (O PHAROL, 2.dez.1890,
p.2). Diante de esse cenário, fúnebres eram as projeções: “ainda se dirá com tristeza que
estamos para o estado de S. Paulo como o Paraguay para a República Argentina39; em muitos
pontos do estado mineiro ainda se poderá repetir a phrase melancolica dos habitantes da
Campania: “aqui não se vive: morre-se!” (O PHAROL, 2.dez.1890, p.2).
Xavier da Veiga argumentava que embora a realidade fosse desoladora, não se deveria
perder “as esperanças quanto á prosperidade futura” (A ORDEM, 23.mai.1891, p.2).
Existiram muitas motivações para a decadência, diz ele, mas a principal seria a profunda
ignorância que os mineiros teriam em relação ao que denominou de processos racionais de
agronomia. Além disso, argumentava, importante aspecto ligado à constituição do território
deveria ser considerado:
Deu-se tambem com relação a Minas um facto especial que não se observou
com as outras antigas capitanias; a civilisação nestas começou do litoral para o
centro; em Minas operou-se inversamente: o povoamento começou do centro para as
extremidades.
Consultemos os annaes historicos de Minas e veremos; quaes forão as
primeiras povoações? Marianna, Ouro Preto, Caethé, Minas Novas, etc. Porque?
porque os interesses da mineração dirigirão os primeiros exploradores do solo. A
região florestal, aquillo que chamamos a matta e que hoje se estende pelos valles de
manhuassú e rio doce, só muito mais tarde começou a ser povoado, e este facto
assignala as circumstancias peculiares em que estamos, de singular disseminação do
povo pela superficie do territorio mineiro, com as vantagens de futuro e
desvantagens para o presente que lhe são inevitáveis.
Como se quer, pois, comparar nossas condições com as de S. Paulo, onde a
civilisação veio do litoral para o centro, onde ha maior densidade , e portanto maior
força, da população, e onde um terço, pelo menos, do território está ainda
absolutamente inculto e despovoado?
Esperemos e daqui a cincoenta annos talves sejamos mais fortes, mais ricos
do que os paulistas porque sobejão-nos elementos variados e inexgotaveis de
prosperidade e porque o Mineiro, mais cauteloso e menos aventurosamente, embora
ás vezes com excessiva timidez, ama esclarecidamente o progresso, e si, quanto á
agricultura, estamos no atrazo conhecido, felizmente não ha um ponto de vista


38 É diante de tudo isso que o advogado Gustavo Penna fazia questão de destacar: “[...] Ao nosso lado, o visinho
estado de S. Paulo progride vertiginosamente, attrahindo a flor da immigração” (O PHAROL, 2.dez.1890, p.2).
39
A nível internacional poderíamos falar de ponteiros-espaços argentinos, na medida em que recorrentes eram
as comparações sobre os êxitos da política imigratória das terras platinas. Poderíamos falar também em
ponteiros-espaços estadunidenses, na medida os caminhos percorridos pelos Estados Unidos são fonte constante
de inspiração (SANTOS, 2016).
40



exclusivo no aproveitamento do solo, não temos uma producção unica, como S.


Paulo. O café é inquestionavelmente o principal e mais importante dos nossos
productos, mas muitas outras culturas se desenvolvem ou são já ensaiadas, o que não
acontece em S. Paulo, e esta variedade nas lavouras, tão racional e previdente,
accentuará em pouco tempo a prosperidade de nosso Estado.
Todas estas razões e outras que são bem conhecidas demonstrão a
impossibilidade de podermos improvisar uma S. Paulo em Minas (A ORDEM,
23,mai.1891, p.2).

Portanto, estribado em pensamento espacial voltado à geohistória da ocupação do


território, o político aponta que a corrida despertada pelo ouro explicaria o povoamento do
centro para as bordas40. Mas outro aspecto salta aos olhos: é tanta a insistência em se
comparar aos paulistas que o político chega ao ponto de admitir, de forma descontente, quase
pedindo desculpas, a impossibilidade de “improvisar uma S. Paulo em Minas”. Espelhar-se
em São Paulo, seria uma forma de retornar ao que Minas Gerais fora um dia: “S. Paulo, que
hoje é o que Minas outr'ora foi, segue-lhe o exemplo e as inspirações” (COLOMBO,
22.set.1878, p.1).
Válido lembrar que diante da adoção do federalismo, quando colonização e imigração
ficaram à cargo dos estados, São Paulo, em virtude de seus maiores recursos, obteve posição
vantajosa sendo capaz de custear a passagem dos imigrantes (OLIVEIRA, 2001). No caso de
Minas Gerais, por abrigar o maior contingente de escravizados, não foi tarefa difícil
direcionar os cativos da decadente mineração rumo às lavouras de café da Zona da Mata e Sul
de Minas41 (MONTEIRO, 1973; SANTOS, 2016). Isso mostra que a despeito de importantes
ensaios, os mineiros demoraram a investir de forma robusta na política imigratória e, quando
o fizeram, contaram com a concorrência de estados que apresentavam experiência mais
alargada e ofertavam mais vantagens 42 . De toda forma, sublinha Botelho (2007, p.21),

40
Ressalvemos: mesmo quando do início da descoberta do ouro, a Zona da Mata recebeu diversos surtos de
desbravamento e ocupação territorial conforme defendem Carneiro e Matos (2010).
41
A liderança na produção cafeeira que em meados do XIX até idos de 1870 permanecia às Gerais foi ocupada,
por volta de 1880, por São Paulo. Assim, na República Velha, estes dois estados disputaram a hegemonia
econômica e o café, sem dúvidas, seguiu exibindo papel decisivo (BOMENY, 1994).
42
No ano de 1888, com vistas a resgatar o poder e prestígio do qual gozavam nos tempos áureos do Império,
grande parte dos fazendeiros associados ao Estado Imperial almejavam reerguer a lavoura cafeeira. Divergia-se
apenas sobre o caminho a ser percorrido: de um lado, a maioria deles, quase todos ligados ao Vale do Paraíba
Fluminense e à Zona da Mata Mineira, queriam ser indenizados e se demostravam reticentes em relação à
introdução de imigrantes europeus, sobretudo no que diz respeito ao desempenho que viriam a exibir na lavoura;
por outro, se preocupavam sobremaneira com a ordem pública temendo um cenário catastrófico em que negros e
brancos viveriam em convulsão diante do fim da escravatura (SILVA, 1998). A política de indenizações não era
benquista ao longo do território brasileiro. Ao nordeste os setores agrários haviam perdido quase todos escravos
que migraram em direção aos cafezais do Sudeste. Ao Norte e Sul a questão da indenização não era vista como
relevante. E o estado de São Paulo – que então despontava no cenário nacional – havia implementado a
substituição dos escravos por imigrantes, solução que fora rejeitada na antiga província fluminense e que
também encontrava grande resistência por parte dos fazendeiros mineiros. Com efeito, Rio de Janeiro e Minas
Gerais ficaram ilhados no contexto nacional e, mesmo existindo a boa vontade da máquina estatal em promover
41



diferentemente de São Paulo, “a mão de obra relativamente abundante” em Minas não teria
causado tanta dependência em relação à imigração estrangeira.
A população estrangeira presente em Minas Gerais em comparação a São Paulo e
outros estados se dava da seguinte forma:

Tabela 1 – População estrangeira residente nos estados, segundo censos – 1872, 1890, 1900

Ano 1872 1890 1900


Espírito Santo 4.191 3.074 32.936
Minas Gerais 46.900 46.787 141.647
Paraná 3.697 5.153 45.134
Rio de Janeiro 99.899 16.140 57.706
Rio G. do Sul 41.725 34.765 140.854
Santa Catarina 15.974 6.198 32.146
São Paulo 29.622 75.030 529.187

Fonte: Recenciamento do Brasil, 1920, volume IV. In: Revista de Imigração e Colonização.
Órgão oficial do Conselho de Imigração e Colonização, ANO I, No 2, abril, 1940. Rio de Janeiro,
Brasil.

Até 1870 o Rio de Janeiro despontava como o estado que abrigava maior contingente
de estrangeiros, enquanto São Paulo ocupava apenas a quarto lugar; posição alterada quando
os republicanos e o florescimento do setor cafeeiro contribuíram para a consolidação deste
estado no cenário nacional. Esse é o momento em que a elite paulista, mais capitalizada,
investe diretamente na introdução de imigrantes, criando sociedades, articulando-se às
companhias e instalando infraestruturas diversas.
Segundo Godoy (2009), os paulistas foram os que melhor souberam aproveitar a
histórica janela de oportunidades aberta nos decênios de 1870 a 1880 em virtude da
conjuminância de alguns fatores: efervescência possibilitada pelas relações entre café e

a indenização, a severa rejeição das demais unidades da federação se impôs como intransponível obstáculo
(SILVA, 1998). Diante desse contexto refratário às indenizações e diante a possibilidade do setor agrário-
exportador se voltar contra a República, o Gabinete de Ouro concedeu um auxílio de 86 mil contos à lavoura – o
que equivalia a um quarto de todo orçamento imperial do ano de 1899. Essa vultuosa quantia seria levantada
através dos banqueiros Rotschild em Londres. Os juros foram garantidos pelo governo e o prazo de pagamento
do empréstimo era de 50 anos. A partir de essa estratégia, Afonso Celso de Assis Figueiredo – visconde de Ouro
Preto – ambicionava atingir, a um só tempo, dois propósitos: i). seguir contando com o apoio da velha elite
agrária do Império, freando os ímpetos republicanos; ii.) reavivar a economia fluminense e mineira
estabelecendo, assim, um contraponto em relação a ascensão paulista. Essas ações, tardias e insuficientes, que
visavam salvar a monarquia contribuem para explicar a maciça adesão dos fazendeiros paulistas ao projeto
republicano. Ou seja, essa adesão não estaria vinculada a um descontentamento em relação a extinção da
escravatura, mas sim por conta do descontentamento com a política imperial que, por meio de empréstimos,
camuflava a indenização paga a lavoura fluminense. Indenização essa que pouco durou visto que, com a
proclamação da República, o ministro das Finanças Ruy Barbosa cancelou os auxílios endereçados à lavoura
(SILVA, 1998).
42



indústria; solução imigrantista que exercia importante papel na ampliação da função das
cidades; constituição de mercado de terras em moldes capitalistas em ritmo acelerado;
configuração de rede bancária mais avançada.
Do outro lado da fronteira, os mineiros eram donos do mais vultuoso sistema
escravista regional do país, o que implica em dizer que possuíam a economia mais dinâmica –
vale sublinhar, além disso, que a essa altura a posse de indivíduos escravizados era relevante
indicador de dinamismo econômico. Minas representava a segunda economia cafeeira do
Brasil (que se expandia por volta de 1870) e reunia a mais vigorosa economia de subsistência
mercantil a abastecer o mercado interno nacional (SILVA, 2001; GODOY, 2009). Destacava-
se ainda o setor de transformação (atividades industriais) mais proeminente da nação, graças à
efervescência da indústria têxtil, siderurgia e transformação de gêneros da agropecuária. Não
bastasse isso, a população era a maior do Império, o que garantia o maior mercado
consumidor.
No século XIX, a taxa de crescimento de indivíduos livres superava a média nacional,
a malha urbana era capilarizada e desenvolvida. Era nítido um destacado dinamismo da
circulação mercantil tanto interna como externa. Acresça, ainda, que Minas Gerais eram bem
aquinhoada por matérias primas fundamentais à industrialização (vide minério de ferro,
manganês, entre outros) e contava com um potencial hidráulico de fazer inveja ao restante do
país. Para completar, a província gozava de protecionismo natural fruto de sua posição
geográfica interiorana e dos altos custos de transporte que garantiam um mercado
“praticamente cativo para a produção mineira” (GODOY, 2009, p.97).
Em poucas palavras, essas eram as condições ideais para os mineiros aproveitarem a
oportunidade histórica. Mas, a despeito disso, não se verifica um projeto nítido de
desenvolvimento regional mineiro. Nas Gerais prevalecia um modelo político centralizado e a
diversidade regional, amiúde, contribuía para a fragmentação dos interesses das elites.
Haveria um ethos patrimonialista somado ao clientelismo que contribuía para a não percepção
do potencial da economia regional. Tudo isso sem falar da fragilidade econômica, nos poucos
empresários industriais com visão empreendedora moderna, no apego a símbolos
tradicionais43 e na resistência à mobilidade social.
O poder nas Gerais era mensurado a partir do domínio sobre a terra e sobre a
população rural, que, lembremos, era predominante nos oitocentos. Nesse cenário, assistia-se


43
Vide posse de terras e a procura por atividades vinculadas ao rentismo urbano.
43



à realização de projetos de cunho pessoal sem uma visão mais ampla que focasse no
desenvolvimento regional. Não espanta notar, portanto, que os subsídios públicos para
iniciativas modernizantes ofertassem largos privilégios e favorecessem
monopólios (GODOY, 2009)44.
Diante esse contexto, é sobretudo na virada do XIX para o XX que os mineiros se
atinam de forma mais contundente para o atraso das Gerais. Essa tomada de consciência
impulsiona planos de desenvolvimento regional que ambicionavam alçar o estado a dias
alvissareiros. Essa percepção só teria se intensificado mais para o início dos novecentos, uma
vez que o primeiro decênio da República fora ocupado por conflitos das elites mineiras que
ainda não se percebiam como ente regional (GODOY, 2009).
Nessa linha, lembramos de Iglésias que escrevera artigo intitulado “Política
Econômica do Governo Provincial Mineiro” e, anos depois, publicara texto
nominado “Política Econômica do Estado de Minas Gerais”. O que mudou de um regime de
governo ao outro? Segundo o autor, guardadas mínimas variações, as crenças e práticas
econômicas identificadas no Império foram mantidas na República. Sintomático registrar que
as obras infraestruturais (estradas de ferro e de rodagem, energia, etc) estavam, via de regra,
relacionadas ao cultivo da terra. Foco semelhante era o da política financeira que volvia
atenção prioritária para questões vinculadas à agricultura. Os políticos defendiam tanto essa
atividade como sustentação da riqueza pública ao ponto de serem extremamente reticentes a
investimentos outros. Todavia, a dependência excessiva em relação ao café causava
incômodos e alimentava discursos sobre a necessidade de diversificar as atividades
econômicas.
Essas seriam razões que levariam os políticos a andarem com um relógio cujos
ponteiros apontavam para a florescência do território mineiro no período colonial e para a
pujança do território paulista de fins dos oitocentos. Conjugar comparações estribadas nesses
pares espaço-temporais cumpria dois principais papéis: ao plano interno, o de reforçar a

44
Exemplos outros que nos oferecem um retrato da situação nesse momento, podem ser arrolados: “No que se
refere à terra, à questão fundiária, preserva-se ou aprofunda-se uma estrutura fundiária concentrada, um acesso
não democrático à terra. Quanto ao trabalho, a transição é para relações de trabalho não capitalistas. A transição
mineira não se baseia na passagem do escravo para o imigrante, mas, sim, na passagem do escravo para o livre
nacional, em relações sociais de produção não capitalistas. Na cafeicultura mineira, certamente, nessa altura, o
espaço sub-regional mais dinâmico de Minas Gerais, pode-se observar a incipiência dos desdobramentos café-
indústria, ao contrário do que ocorre em São Paulo. Aquelas relações virtuosas são identificáveis em Minas
Gerais, mas não são auto-sustentáveis. A indústria mineira é muito disseminada e espacialmente desconcentrada,
opera em pequena escala de produção, o que, em larga medida, é definido pela desconcentração do próprio
mercado consumidor e pela vigência de custos de transporte bastante elevados, e apresenta nível técnico baixo”
(GODOY, 2009, p. 98).
44



necessidade de implantar medidas que colocassem as Gerais na senda do progresso; ao plano


externo, uma das ideias era chamar a atenção do governo central sobre a necessidade de
investimentos no estado.
Essas e outras insistentes menções à decadência nos levam a perguntar: qual era,
afinal, a dimensão do atraso nas Gerais? A tese da “decadência mineira” oitocentista, lembra
Graça Filho (2002), é longeva na historiografia brasileira, passando por nomes como Celso
Furtado e o próprio citado Francisco Iglesias. O primeiro dava ênfase a um vertiginoso
declínio, decorrente do fim do ciclo do ouro, que teria transformado a província em mera
economia de subsistência, com núcleos urbanos estagnados e população esparsa. Iglésias, por
seu turno, salienta a condição insular das Gerais e a impossibilidade do industrialismo. Para
ele, não havia retrocesso e tampouco estagnação, embora admitisse uma “perda de substância
da economia mineira” (1982, p. 117). Haveria, diz ele, até um crescimento, conquanto
irregular e tímido se comparado com outras áreas.
Por outro lado, autores como Caio Prado Jr, Sérgio Buarque de Holanda, Mafalda
Zamella e José Carrato afirmam que o desenvolvimento da agricultura e da pecuária do Sul
de Minas fariam da região uma espécie oásis ante a generalizada situação de decadência.
O enredo alardeador de extremada decadência é colocado em suspeição em seminal
artigo de Maria Yedda Linhares (1978) e, mormente, em trabalhos publicados em 1980, como
os de Roberto Borges Martins, Robert Selenes (que evidenciou certo grau de mercantilização
dos produtos mineiros) e Douglas Libby (expositor da importância de atividades
manufatureiras e siderúrgicas no tocante à autossuficiência da província) (GRAÇA FILHO,
2002)45. Nesse rol de autores, devemos acrescer ainda Graça Filho (2002) que, por meio de
interpretação focada em São João Del-Rey, sublinha a efervescência mineira identificada,
especialmente, no início do XIX e calcada nas redes que conectavam a elite mercantil
sãojoanense ao Rio de Janeiro e aos produtores/comerciantes das Gerais.
Mello (1996, p. 17), por seu turno, indaga “a quem mais podia interessar a cultura da
decadência?” e apresenta a seguinte resposta:
Durante o século XIX, é possível que cultivar tal ideia fosse benéfico
sobretudo à burocracia provincial, na medida em que matava, no nascedouro,
quaisquer propostas de mudanças, qualquer modificação nos limitados quadros
políticos, restritos a liberais e conservadores. Dificultar pelo discurso do ‘não ter’ e
‘não poder’, como sentimentos nos relatórios provinciais, trabalhava a favor da

45
Tal alteração foi catapultada em virtude do acesso ao censo de 1872 que situava Minas Gerais como o
território com mais escravizados no país. “Se Minas Gerais nunca fora exportadora líquida de escravos, e sim
importadora, que atividades econômicas engendraram a manutenção desse enorme contingente de cativos?”
(GRAÇA FILHO, 2002, p.20).
45



manutenção da própria burocracia na corda bamba de governos que duravam em


média um semestre e seguiam aquela norma que o ministro Manuel Alves Branco
indicara desde 1847 em circular aos presidentes de províncias, a de que empregos
são criados para serviço do Estado e, por conseguinte, deviam os funcionários
obedecer ao partido do governo.

Libby (1988) faz interpretação de corte demográfico ao investigar a transição do


trabalho escravo para o livre nas Gerais a partir de mapas de população (1831-1840) e do
Recenseamento de 1872. De acordo com ele, é mais coerente que a insistência “na ideia de
uma prolongada estagnação econômica” seja substituída pela ideia da economia mineira
oitocentista “como um processo de acomodação às diversidades – que provinham, de início,
do gradual retraimento das atividades mineradoras e, mais tarde, do lento desmoronamento do
regime escravista” (LIBBY, 1988, p. 122-123). O autor chama atenção para a participação da
agricultura de subsistência como grande motor da economia e assinala que tal atividade evitou
o colapso do sistema escravista ao absorver boa parte da mão de obra escravizada. Essa
“economia de acomodação” teria sido responsável, a um só tempo, pelo esmaecimento de
atividades não agrícolas e por um “complexo processo de proletarização parcial de ampla
parcela do elemento livre da população” (LIBBY, 1988, p. 123)46.
Malgrado as crises, Wirth (1982) também sustenta a ideia de que a economia das
Gerais não passou por retrocesso. O forte abalo provocado pela abolição da escravatura fora
sentido mais do ponto de vista político e menos socioeconômico, diz o autor. A produção
caiu, as exportações foram reduzidas, cereais apodreceram à espera de quem os colhessem,
fazendas foram à bancarrota, propriedades desvalorizadas; mas, finalmente no ano de 1891, já
se observaria uma reorganização da produção. Segundo Wirth (1982), a carência de mão-de-
obra nas regiões cafeicultoras não guardava laços diretos com a abolição da escravatura, mas
sim com os salários baixos. O autor é eloquente ao registar que teria havido escassez de mão
de obra, “mas não uma escassez de mineiros” (WIRTH, 1982, p. 81).
Arruda (1989), por sua vez, considera a possibilidade de relativizar a decadência,
posto que a tendência ao isolamento da província nunca teria se consubstanciado por
completo: “após a ocupação das novas áreas, em pleno século XIX, Minas Gerais passou a
prover produtos a outros mercados provinciais”. Depreende-se daí que não seria possível falar
em decadência propriamente dita, mas sim em preparação para nova etapa da vida humana
coletiva. “A concepção de decadência seria, então, produto de uma época determinada,

46
Lenharo (1993) chama atenção para o papel secundário que a historiografia releva à economia de subsistência,
qualificando-a, amiúde, como de baixa produtividade e rentabilidade; de natureza fechada e voltada à
autossuficiência.
46



marcada por uma dinâmica de contínuo progresso. Quando falamos em decadência teríamos
assim, como contraponto inevitável, a sociedade capitalista” (ARRUDA, 1989, p.159).
Pires (2007) se atém ao principal produto de exportação neste período, o café, e coteja
a produção de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro:

Tabela 2 – Produção exportável de café das principais regiões produtoras (1000 sacas)

Média Anual São Rio de Minas Espírito Santo Soma


do Período Paulo Janeiro Gerais
Vol. % Vol. % Vol. % Vol. % Vol %
1876-1880 925 24,3 1.987 52,2 767 20,2 124 3,3 3.803 100,0

1881-1890 2.138 37,1 2.176 37,8 1.200 20,8 250 4,3 5.764 100,0

1891-1900 4.775 60,5 911 11,5 1.787 22,7 416 5,3 7.889 100,0

1891-1910 9.252 68,0 995 7,3 2.772 20,4 579 4,3 13.598 100,0

Fonte: Pires (2007, p.134).

Gráfico 1 – Evolução da produção de café São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro 1876/1910

Organização: Santos (2019)


Fonte: Pires (2007)

O autor chama atenção para as singularidades do ritmo e comportamento da produção


mineira que, embora distante do estonteante crescimento paulista, não se assemelhava ao
declínio e decadência da região fluminense. Ademais, uma porção considerável dos fluxos de

47



recursos gerados a partir da produção cafeeira eram investidos no próprio território mineiro.
Dessa alocação de recursos formaram-se circuitos comerciais e financeiros que se
complementavam e foram decisivos para a transição capitalista no estado. Poder-se-ia falar,
argumenta Pires (2007), em um complexo agroexportador com características específicas
reveladas pela economia exportadora interiorana; afinal, além de não existir um porto47, o
núcleo urbano não coincidia com a capital. Tudo isso contribuiria para Minas Gerais assumir
condição periférica diante dos demais complexos do mapa nacional.
Santos (2013), por sua vez, afirma que se há indícios consistentes sobre um
crescimento mineiro nas primeiras décadas do XIX, o mesmo não pode ser dito, com tanta
convicção, em relação à segunda metade do século. Com base na interpretação realizada em
jornais, o autor identifica a persistência de discursos que enquadravam Minas Gerais como
região decadente. Ele diz compreender quem concebe a decadência como constructo
vinculado ao campo das representações, mas é enfático ao dizer que na imprensa mineira
inexistiu outra imagem tão longeva e propagada por diferentes regiões e atores.
Se nos anos 1820 e 1830 os jornais retratavam uma província florescente, essa
percepção se alteraria por volta de 1840 quando ganha força um discurso que denuncia um
caminho rumo a derrocada. Essa tendência, identificada apenas em algumas áreas, se espalha
por toda província e passa ser professada tanto pela imprensa conservadora como pela liberal
e, não raras vezes, confrontada com um passado próspero. Dos 1880 em diante, os jornais
republicanos trataram, diz o autor, de esmaecer o discurso da decadência enquanto
especificidade mineira para alçá-la como tônica nacional. Os republicanos atribuíam o atraso
no Brasil à política imperial e colocavam a queda da monarquia como solução (SANTOS,
2013).
O sociólogo Otávio Soares Dulci, ao ser indagado sobre o assunto, respondera que o
atraso “não era enorme, mas estava ficando claro, principalmente em relação a São Paulo.
Minas Gerais, na época colonial, era a capitania mais rica do país”, mas “no início do século
20, o ambiente era de decadência”. Por esse motivo, buscava-se uma solução que passasse por
vias institucionais e políticas, o que acabou por alimentar a mudança da capital que, na visão
de Dulci, tratou-se de “um projeto político para criar um polo de modernidade num Estado

47
Um texto veiculado n’O Pharol, em 1885, aponta que a ausência de um porto dificultava que o Estado fosse
conhecido: “Um dos maiores obstaculos para a promta colonisação desta provincia é, a nosso ver, a falta de um
porto de mar que nos ponha em relação directa com a Europa, o que faz com que provincia de Minas seja lá
menos conhecida que suas irmãs. Os nossos productos, passando pela côrte, perdem o nome de sua
procedencia, e são conhecidos nos mercados europeus debaixo da denominação de – Rio –, o que não sómente
altera-lhes a origem, como ainda diminue-lhes o valor” (O PHAROL, 18.nov.1885, p.1, grifos nossos).
48



que era visto como atrasado” (JORNAL HOJE EM DIA, 2014).


De tudo isso depreendemos que apesar do exagero dos mineiros, a construção da ideia
de decadência encontraria lastro na realidade, afinal, como lembra Girardet (1987, p.51),
“nenhum empreendimento manipulador pode esperar atingir seus objetivos ali onde não
existe, nos setores da opinião que se esforça por conquistar, uma certa situação de
disponibilidade, um certo estado prévio de receptividade”. Para que a mensagem surta algum
efeito, é necessário que ela se ligue com “certo código já inscrito nas normas do imaginário”
(GIRARDET, 1987, p.51).
Nessa via, falar da decadência nas Gerais e de pressa dos mineiros nos leva a duas
categorias meta-históricas propostas por Koselleck (2006): espaço de experiências e horizonte
de expectativas. A primeira recobre as reminiscências do passado atual, o que envolve
elaborações racionais, mas também narrativas eivadas de subjetividade. Já o horizonte de
expectativa vincula-se a uma projeção que amalgama o desejo à uma análise racional
lastreada em algo já acontecido, mas que também leva em conta as possibilidades vindouras.
No contexto das Gerais, como vimos, o espaço de experiência recobre, mormente, as
vivências de tempos da mineração. O horizonte de expectativas, por sua vez, diz respeito à
sanha de atingir um progresso ao qual o estado estaria vaticinado. É essa sanha, essa
expectativa, que aparece entranhada nas leituras que os políticos faziam do espaço como
adiante veremos através de perspectiva regional.

49



1.3. Os reclamos da Matta, as necessidades do Norte, as queixas do Triângulo, as


aspirações do Sul...

A provincia de Minas-Geraes, a mais populosa do Imperio, tem na fertilidade de seu


solo, na amenidade de seu clima e em muitas riquezas que a Providencia concedeu-
lhe, justo compensação da desvantagem de ser uma provincia central.
Sua posição topographica e a natureza accidentada da maior parte de seus territorio
são, em parte, causa de não ser ella ao longe bem conhecida; se-lo-ha porém em
periodo pouco remoto, que assim lhe promette o opulento futuro que Deos e os
homens lhe preparão.
Quando se realisarem as estradas de ferro que tem de atravessar diversos pontos da
provincia de Minas; quando por este modo, pelo estabelecimento do fio electrico e
pelo aproveitamento de tantos rios navegaveis que possuimos, desapparecerem entre
nós as distancias tornando-se facil e commoda uma viagem por meio de nossas
montanhas, terá chegado esse risonho porvir, – principal objecto de nossas
esperanças, – termo de nossas aspirações (ALMANACH SUL-MINEIRO, 1874,
p.6).

As palavras acima, extraídas do Almanach Sul-Mineiro (1874), oferecem insinuante


retrato das Gerais na porção final do XIX. Além de informe demográfico, alardeiam que um
Ser Divino dotou as Minas Gerais de solos férteis, clima ameno e muitas riquezas outras. No
entanto, como forma de buscar equilíbrio, a deidade tratou de localizar tal paraíso em posição
de acesso inoportuno e de talhá-lo com acidentada topografia. O tempo, ao encontrar
resistência para fluir pelos meandros dessa geografia, impunha suas pausas e deixava a
lentidão como lembrança.
Se as adversidades e infortúnios explicariam o fato de a província não ser tão
conhecida mundialmente, dádivas múltiplas apontavam a possibilidade de reversão de tal
quadro. Orientava-se, para tanto, a introdução de estradas de ferro – “esses largos caminhos
do progresso” (A ACTUALIDADE, 6.abril.1878, p.2) –, telégrafos, o aproveitamento dos rios
e tudo mais que pudesse encurtar as distâncias e subverter os tempos de espera48.
Essas palavras, denunciadoras de uma província com baixo grau de articulação, estão
grafadas em Almanach organizado, redigido e editado por Bernardo Saturnino da Veiga,
escritor, empresário e jornalista nascido em Campanha (MG) que nutria ambicioso sonho: a
criação de província formada pelas localidades ao Sul de Minas49 (CASTRO, 2010). Tal
aspiração, ajuntada de outros informes, compõe sedutor convite para investigarmos questões,

48 Vidal (2010) sinaliza que as distâncias temporais – mote recorrente na filosofia – são responsáveis por criar
tempos de espera.
49
Veiga fundou, junto de seus irmãos, o jornal Monitor Sul Mineiro (1872), de viés conservador e monarquista,
devotado a estimular o movimento separatista no sul de Minas. Revelador atinar, aliás, que em sua dissertação,
Castro (2012) intitula o último subtópico de seu capítulo final como “O Almanach Sul-Mineiro, descobrir o sul
de Minas para inventar Minas do Sul”. Para mais informações sobre o separatismo no Sul de Minas, consultar:
Castilho (2009, 2012); Silva (2012), Goldfeder e Castro (2010), Lage (2006), Castro (20008, 2010a, 2010b,
2012).
50



para além daquelas divinas, responsáveis por talhar o território mineiro. Com esse objetivo,
rumamos adiante com os ouvidos atentos aos queixumes vindos das diferentes regiões do
estado:
Todos os dias lemos e ouvimos phrases como estas: 'Os reclamos da Matta, as
necessidades do Norte, as queixas do Triangulo Mineiro, as aspirações do sul de
Minas...'. Não são palavras vazias de sentido: revelão identificação de interesses
respeitaveis peculiares a cada região, traduzem votos ou clamores de collectividades
numerosas, vinculadas pela comunhão das ideias e sentimentos, no perimetro de
seus labores quotidianos, e que cada uma delas se assignala em condições especiais
sob muitos aspectos (A ORDEM, 12.mar.1892, p.2).

Esses reclamos, vindouros das diferentes regiões das Gerais, evidenciam que “o
territorio mineiro é um mozaico de zonas que se differenciam uma das outras pelo clima, pela
producção, pela densidade de população, pelos meios de viação, pelo adeantamento
industrial” [...] (MINAS GERAES, edição n. 41, 1899, p. 2)50. Tal diagnóstico fora também
realizado na ocasião em que o historiador John Wirth (1982) empregou a expressão mosaico
de zonas para qualificar Minas Gerais; estado que, segundo sua interpretação, amealharia a
maior a diversidade paisagística no território nacional. O motivo da pluralidade, diz o autor,
seria histórico: no desenho que a Coroa Portuguesa elaborou a partir das fronteiras mineiras,
sua preocupação magna não era esculpir região geográfica coerente, mas sim isolar as Minas
Gerais para evitar o contrabando e evasão de divisas. De essa estratégia teria resultado a
divisão do estado em sete zonas (ou sub-regiões) que guardariam particularidades geográficas,
políticas e culturais muito bem demarcadas51 (WIRTH, 1982). As sub-regiões mineiras teriam
sido, assim, engenhadas a partir de diferentes práticas espaciais empreendidas pelos homens
sobre o espaço (ANDRADE, 2008).
As “muitas Minas” estariam espalhadas nas zonas Norte, Leste, Oeste, Triângulo,
Mata, Sul e Centro, conforme adiante vemos:


50
Ao final do XIX, reforça-se, havia cerca de 3.000.000 habitantes em Minas Gerais.
51
Por conta disso, diz o autor ser fundamental atinar que Minas não é uma região “[...], mas um mosaico de sete
zonas diferentes ou sub-regiões [...] Por um lado, este estado heterogêneo, que perfaz 7% do Brasil, refletia o
impulso histórico de outras unidades além das fronteiras políticas da região. Por outro lado, cada zona
desenvolveu-se numa linha diferente de tempo, dando ao estado uma longa história de crescimentos
desarticulados e descontínuos. Em suma, essas sete zonas em que se costumam dividir o estado apresentam
histórias particulares e problemas especiais que desafiam as soluções comuns (WIRTH, 1982, p. 41). N’O Jornal
de Minas (6.nov.1890, p.2), grafava-se: “O grande Estado de Minas [..] acotovella-se com a Bahia ao norte,
Goyaz e Matto Grosso ao oeste, S.Paulo ao sul, Rio de Janeiro e Espirito Santo a leste. Da immensidade do seu
territorio, da variedade dos seus productos, da diversidade dos seus climas e da profusão das suas grandes baeias
inclinadas para aguas occeanicas diversas e estranhas, decorre essa feição especial de cada região, que a
sabedoria dos legisladores constitucionaes deve prender e estreitar, para que não haja desmembramento possivel
no territorio mineiro, que devemos manter integro” (grifos nossos).
51



Figura 1 - As sub-regiões de Minas Gerais

Fonte: Acervo da Pesquisa (2020) – Elaboração do autor, adaptado de Wirth (1982, p.42).

O mapa acima, que digitalizamos a partir de Wirth (1982), representa apenas uma das
muitas regionalizações propostas para o estado52; afinal, lembra Haesbaert (2010), o conceito
de região é um constructo intelectual e essas diferentes regionalizações são artifícios
manejados na tentativa de captar o multifacetado território mineiro. Mas não nos esqueçamos:
para além das regionalizações empreendidas por pesquisadores, há também as leituras que
diferentes sujeitos, ao fim dos oitocentos, lançavam sobre a província. Entrementes, quaisquer
sejam as regionalizações – de pesquisadores como Wirth (1982) ou de políticos do XIX –
queremos destacar que elas, de forma inequívoca, reconhecem e sublinham a diversidade do
território mineiro.
Essa consciência sobre a diversidade aparecia em variados discursos. No Jornal de
Minas enfatizava-se que a “configuração geographica” fazia “necessariamente de Minas um
paiz onde a federação é um facto” (O JORNAL DE MINAS, 10.dez.1890, p.1). Outra


52
Além da divisão regional proposta por Wirth (1982), recomendamos conferir: Roberto Martins e Douglas
Libby (1988), João Antônio de Paula (1988), Marcelo Godoy e Clotilde Paiva (2002), Mário Sampaio Rodarte
(1999), Mônica Ribeiro de Oliveira (2005), Maria do Carmo Salazar Martins e Helenice Silva (2003), Carrara
(2009), Chaves (2012, 2013), Carneiro (2013), Cota (2013).
52



ilustração vemos em 1893 quando o político João Bráulio Moinhos de Vilhena Júnior53
advogava a instalação de estabelecimento de ensino (um “gymnasio”) na cidade em que
nascera, Campanha (sul do estado). Ao ser alertado por Bernardino Augusto de Lima –
deputado congonhense, nascido em Nova Lima (MG) – de que o projeto se destinava a uma
zona específica, João Bráulio respondera que em Minas Gerais era impossível não se pensar a
partir de zonas:
Bernardino de Lima: – É bom que fique consignado que a idéia diz respeito a uma
zona do Estado...” (MINAS GERAES, 4.ago.1893, p.4).
João Braulio: – E como de outro modo nos exprimirmos [...] si a vastidão
immensa do nosso territorio não nos permitte ter outra linguagem?
Onde existe, em Minas, essa identidade de interesses, essa harmonia de vistas, que
nos auctorize a prescindir de divisões regionais?
O que é que cada um de nós faz aqui, sinão representar mais directa e
respectivamente essas distinctas e tão differentes zonas do Estado? (MINAS
GERAES, 4.ago.1893, p.4, grifos nossos).

João Bráulio projetava que se os estabelecimentos de ensino continuassem


concentrados em Ouro Preto a tônica seguiria a mesma: “que o Sul procure S. Paulo, que o
Norte dirija-se para a Bahia, e que a Matta busque o Rio de Janeiro!” (MINAS GERAES,
4.ago.1893, p.4). A partir de esse exemplo queremos reforçar quatro principais questões: i) a
forma como interesses bairristas/regionalistas estavam impregnados nos projetos das Gerais;
ii) a maneira como políticos incorporavam a regionalização em seus discursos ao ponto de
parecer ser impossível escapar a um pensamento zonal; iii) a forma como os discursos sobre
as carências e particularidades de cada peça do “mosaico” forjavam “regiões da espera54”; iv)
a singularidade de as diferentes zonas muitas vezes comungarem laços mais estreitos com os
estados limítrofes do que com as outras regiões mineiras.
Tais particularidades, catalisadas pela possibilidade da mudança da capital,
alimentavam temores separatistas55 e, ao mesmo tempo, eram manejadas para dissuadir a ideia
de transferência da sede do governo. Assim, a ausência de capital que exercesse maior poder


53
Nasceu em 23 de julho de 1860, na cidade de Campanha. Formou-se em Medicina e clinicou no Rio de
Janeiro. Anos mais tarde retornara para Minas Gerais, primeiro em Campanha, e depois em Lambari, onde se
envolveu na cena política local. Em Ouro Preto João Bráulio realizou preparatórios de medicina e rumou ao Rio
de Janeiro para se Matricular na Faculdade de Medicina em 1881. Além disso, passou ainda pela Bahia quando,
em 1886, concluiu seu curso de medicina (SANTOS, L, 2016).
54 E aqui entendemos região como um arte-fato, uma vez que levamos em conta sua existência efetiva (fato) e

também sua dimensão política (artifício) (HAESBAERT, 2010).


55
Em texto d’A Cidade do Turvo, grafava-se: “Somos mais mineiros que bairrista, pelo que preferimos os
interesses geraes do Estado aos mesquinhos proveitos de um só cantinho de Minas. [...] A capital não é como um
doente que anda de logar em logar, procurando um bom clima para dilatar seus pulmões: uma vez mudada é bom
que permaneça. Que papel representaríamos perante o mundo civilisado, si na primeira legislatura mudarmos a
capital de Minas para o centro, na segunda para o norte, na terceira para o sul até corrermos todos os pontos
cardeaes e collateraes?” (A CIDADE DO TURVO, 14.jun.1891, p.1).
53



de atração era colocada como justificava para o incipiente desenvolvimento das Gerais: “o
mal está na dispersão da actividade mineira, na falta de cohesão, na força centrifuga
alimentada pela velha capital, imprestavel, impossivel de receber os melhoramentos modernos
[...]. O remedio, pois, está na edificação de uma nova capital” (O PHAROL, 18.fev.1890,
p.1).
Nesse enredo territorial, as áreas consideradas mais adiantadas – Zona da Mata56, Sul e
Triângulo – teriam sido alavancadas pelas relações mantidas com Rio de Janeiro e São Paulo.
Na outra margem, as regiões Norte e Oeste, menos desenvolvidas, representariam
prolongamentos do território baiano. O Triângulo, considerado região cultural e
economicamente nova, tinha existência atrelada à economia agropecuária de meados dos anos
1880. O Norte, de histórico mais longevo, associava-se à economia de estâncias do XVII e
reunia cidades estagnadas e vastos latifúndios. O Oeste exportava gado para o sul e se
beneficiava da conexão, via ferrovias e rodovias, com tal região (WIRTH, 1982).
As paisagens repletas de rubiáceas explicam sobremaneira a ascensão da Mata e do
Sul ao longo do XIX. Essas duas regiões figuravam como as maiores produtoras de café ao
final do XIX, sendo responsáveis por cerca de 86% de toda produção nas Gerais (ALMICO,
2001). Não ao acaso, elas eram consideradas fonte de renda e importante base eleitoral
(MONTEIRO, 1973). No entanto, os interesses matenses e sulistas não eram necessariamente
sobrepostos na medida em que o fluxo de comércio dessas regiões apresentava natureza
distinta: a Mata vinculava-se ao porto do Rio de Janeiro e, o Sul, ao porto de Santos
(CASTILHO, 2009).
A despeito disso, a rubiácea contribuiu imensamente para que essas regiões
comandassem as ações políticas na Primeira República (WIRTH, 1982). Tal posição de
prestígio era antes ocupada pelo Centro que experimentou certo declínio com o esmaecimento
da mineração. Mas isso não significa que os sulistas e matenses dominassem por completo as
ações políticas, uma vez que outras regiões, sobretudo a própria mineradora, seguiam com
papel importante nas decisões do estado57.

56
O político Gonzaga da Silva dissera em 1895: “Sr. Presidente, a zona da Matta é uma zona importantissima do
Estado de Minas, que poderia formar um estado no proprio Estado” (MINAS GERAES, 20.jul.1895. p.4).
57
Rodarte, Paula e Simões (2004), em estudo devotado a compreender rede urbana mineira nas décadas de 1830
e 1870, concluem que no alvorecer dos oitocentos o núcleo central minerador – representado, mormente, pelas
cidades de Ouro Preto e Serro – exercia grande proeminência. A situação é modificada na segunda metade do
século quando núcleos situados nas porções meridionais de Minas Gerais – a exemplo de Juiz de Fora e Mar de
Espanha – despontam como polos relevantes em virtude da ascensão da economia cafeeira. A despeito disso, a
estrutura urbana da Província reflete muito os contornos já esboçados em meados dos Oitocentos, ou seja, o
núcleo minerador ainda segue importante ao longo do XIX: “O antigo núcleo central minerador (as minas) não
54



Como se pode supor, manter a cola entre as peças desse mosaico, controlado por elites
ávidas e interesses distintos, não era tarefa fácil e, não por acaso, ao longo dos oitocentos
muitos foram os movimentos separatistas catapultados pela constatação de assombroso atraso.
A “decadência social e econômica”, descrita em relatórios da província e alimentada por
depoimentos de viajantes podia até ter certo lastro na realidade, mas sua existência era
conveniente ao “exagerar a impressão de inércia da política mineira e fundamentar propostas
de separação” (CASTRO, 2010, p.9). Ilustração emblemática encontramos na década de 1860
quando Gomes Ribeiro, autoproclamado representante do norte, debatia o projeto de mudança
da capital para as margens do Rio das Velhas. Ao versar sobre a extensão da província ele
argumentava que a “grandesa de território servia antes de tropêço para sua administração, do
que de rasão de força” (DIARIO DE MINAS, 18.dez.1867, p.3). Diante essa constatação, ele
se dizia contrário à transferência da sede do governo: “Votar pela mudança da capital é
perder as esperanças da divisão da provincia, unico salvatorio [...] unico meio de se obter o
aproveitamento das riquezas naturaes do norte de Minas” (DIARIO DE MINAS, 18.dez.1867,
p.3, grifos nossos). O político Chaves Junior, em ocasião diferente, mas sobre mesmo tema,
mobilizou expressão que escancara as muitas esperas do norte. Em sua interpretação tal
porção do território corresponderia à “região mais esperançosa da província”, mas que
lamentavelmente “debat[ia]-se nas dificuldades de uma prosperidade tardia pela carencia de
animação do impulso administrativo” (DARIO DE MINAS, 19.dez.1867, p.2).
A extensão do território – um “gigante monstruoso, e imponente, embora inerte e
aniquillado por seu proprio peso” (DIARIO DE MINAS, 21.jan.1868, p.2) – era vista como
um dos principais motivos de sua inércia. Depreendemos, assim, que se por um lado a
vastidão da província era colocada como trunfo alvissareiro; de outro havia quem visse nessa
mesma vastidão característica perniciosa causadora de seu letargo. Para este último grupo, a
possibilidade de separação das Gerais reacendia as esperanças de vencer o tempo morto.
A ideia da espera-esperança não se enlaçava, portanto, apenas à questão da mudança
da capital, mas também aos ímpetos separatistas. Vemos, portanto, que as ideias de
extensão58, centralidade e diversidade vendiam a imagem de Minas Gerais como síntese do


se esgotou mesmo depois de atenuada a extração aurífera, pois, com a estrutura do sistema de cidades, soube
capitalizar a riqueza gerada nas outras regiões de Minas (as Gerais)” (RODARTE, PAULA, SIMÕES, 2004,
p.42).
58 No Jornal “O Caldense” grafava-se: “a provincia de Minas Geraes não póde continuar do mesmo tamanho,

pois que assimilha-se a uma grande fazenda cujo unico administrador nem ao menos tem tempo de conhecer as
suas divisas quanto mais os trabalhadores, dando em resulto a falta de uniformidade no trabalho que se torna
55



Brasil59 e, a um só tempo, impunham desafios à visão corográfica e alimentavam projetos


separatistas, como foi caso da tentativa de criação da província Minas do Sul (CASTRO,
2012). Essa tensão é captada com sagacidade em texto veiculado n’O Pharol sob o epíteto
“Estados no Estado” no qual rememorava-se: “nos bons tempos de outr'ora, – ha uns bons
seis annos! – só havia politicamente uma entidade conhecida pela designação estado – era o
imperio do Brasil” (O PHAROL, 7.fev.1892, p.1). Tudo, no entanto, havia mudado: “Foi vir,
porém, a Republica, foi começar a grassar um samambaial de estados que já não ha meios de
extinguil-o [...] Tinhamos, portanto, vinte e tres estados politicos. Devia bastar; pois não
bastou” (O PHAROL, 7.fev.1892, p.1). Não bastou mesmo, pois em território mineiro
emergia um novo estado:
Apparece agora mais um – o estado de Minas do Sul – aliás idéia velha,
mas que dormia o somno do esquecimento.
Que necessidade havia de mais esse? Segundo o boletim publicado pela
Gazeta da Campanha a necessidade da creação do novo estado decorria deste
principio: “ser a democracia uma planta que só nos pequenos estados pode vingar
fructuosamente”
Em tal caso, deve em breve o Estado de Minas do Sul desmembrar-se em
novos estados, visto que, a ser verdadeiro aquelle principio, quanto mais pequenos
forem os estados mais pura e intensamente democraticos serão
E deste modo, por essa dynamisação governamental, teremos estados do
tamanho de um queijo de Minas...do Sul (O PHAROL, 7.fev.1892, p.1).

Nas linhas derradeiras, ao sintetizar todo descontentamento ao redor da criação do


estado Minas do Sul, imaginava-se a seguinte situação: “E, nas escolas primarias, quando o
professor perguntar: – Menino, quantos estados tem o Brasil? O alumno responderá com
firmesa: – Quantos o sr. professor quizer (O PHAROL, 7.fev.1892, p.1). Esse sarcasmo era
motivado por episódio de 31 de janeiro de 1892, contexto em que o Movimento Separatista
Sul Mineiro se rebelou na cidade de Campanha (MG) e somente foi extinto em 21 de abril de
1892 quando os separatistas foram anistiados pelo presidente Floriano Peixoto.
A expressão “Estados no Estado” – utilizada por autor identificado apenas como
Marcos – é emblemática ao aludir as dimensões do território, sua diversidade paisagística e os
movimentos separatistas. Ela capta as tensões da época não apenas no que diz respeito ao


nullo, por isso mesmo que a acção da administração não pode chegar a todos os pontos” (O CALDENSE, 6.
Mai. 1877, p.3).
59
“Póde-se affirmar que Minas realiza o typo mais perfeito da união federalista entre todos os Estados da União,
para o que concorrem a sua constituição geographica, em zonas diversas, e valles oppostos, o carcter altivo e o
genio independente de seus filhos, nunca submissos á tyrannia de especie alguma” (O ESTADO DE MINAS
GERAES, 28.mai.1890, p2). Em 1897 bradava-se: “Minas é o Brazil inteiro” (MINAS GERAES, 29.mar.1897,
p.5). Já Manuel Bernárdez – diplomata, poeta e jornalista uruguaio – em seu livro “El Brasil: sua vida, su
trabajo, su futuro” utiliza a expressão “corazón del Brasil” para introduzir suas reflexões sobre Minas Gerais
(BERNÁRDEZ, 1908, 79).
56



nascimento do estado ao sul, mas também em relação ao efeito dominó que isso poderia
acarretar 60 . Mas a despeito de toda tensão, a temperatura arrefeceu levemente com a
Proclamação da República quando houve empenho no sentido de fortalecer o recém-criado
estado de Minas Gerais. Sua configuração, aliás, tal qual um “minissistema federal”, muito
colaborava para a conciliação de interesses regionais em prol do conjunto. Afinal, nesse
momento, era imperativo não só a construção de nova ordem, mas também sua manutenção
(GUIMÃRES, 1993)61.
Em tal campo minado, os políticos do sul de Minas, situados numa posição
privilegiada garantidora de poderio político, alternavam apoio entre a Mata e o Centro
(VISCARDI, 1995). Os atritos entre os representantes de cada uma das peças do “mosaico”
eram tamanhos que o político David Campista 62 chegara a dizer: “parece que estão
estabelecendo rivalidades entre as differentes zonas de Minas, como se estabeleceram no
congresso federal entre os diversos Estados da União” (MINAS GERAES, 23. mai.1891, p.2).
Efeito esperado, diríamos, em estado que parece ele próprio um país.
Mas seria assim tão flagrante a desconexão no mosaico mineiro? Paula, R.Z (2000, p.
158) destaca que Minas Gerais reunia microrregiões que não apresentavam expressiva

60 “Consummada a desagregação do sul, o triangulo mineiro repercutiria o brado separatista; a zona da matta, por
sua vez, hastearia a bandeira da revolta. Não faltarão pretextos para os ousados commettimentos” (A ORDEM,
12.mar.1892, p.1).
61
“A fim de garantir a ordem interna e autonomia do Estado frente à Federação, desencadeia-se um processo de
conciliação política entre as várias facções que, nessa época, achavam-se divididas em três grupos: os
republicanos, também denominados históricos; os liberais, conhecidos como evolucionistas; e os monarquistas,
que, em parte, aderiram ao novo regime após o golpe de 1889” (GUIMARÃES, 1993, p.17). No primeiro grupo,
o dos históricos, estavam positivistas não-ortodoxos que interpretavam o positivismo de forma revolucionária.
Assim, as armas eram vistas como a solução exclusiva ante a decadência do Império. Já entre os evolucionistas,
também havia positivistas não ortodoxos, porém eles possuíam uma posição mais liberal. Na visão deles, a
República era uma imposição natural, fruto do progresso da humanidade. Já os monarquistas, conforme o
próprio nome sentencia, se posicionavam contra a mudança do regime. No entanto, alguns representantes desse
grupo eram conhecidos como adesistas, pois tardiamente passaram a apoiar a causa republicana de forma
oportuna, logo após a instalação do novo regime. Se por um lado grande parte das elites da Mata e Sul se
proclamavam republicanas, nas elites do Norte e Centro prevaleciam monarquistas e também liberais. Do embate
entre os republicanos históricos e liberais resultaram até tentativas de golpes e, por esse motivo, a saída
encontrada para a manutenção da ordem interna do Estado foi realizar uma conciliação que teve os monarquistas
como moderadores (GUIMARÃES, 1993). Figueiredo (2012), em trabalho intitulado “A Marginalidade da
Representação Política do Norte de Minas Gerais na bancada Parlamentar Mineira durante a Primeira República”
evidencia como as regiões mais prósperas das Gerais alcançavam representatividade política muito mais vultosa
do que áreas periféricas – como era o caso do Norte de Minas.
62
“David Moretzsohn Campista nasceu na cidade da antiga Côrte, aos 22 de Janeiro de 1863. Filho de um
droguista, Antonio Leopoldo da Silva Campista, fez os seus preparatórios no Collegio D. Pedro II e em 1878
matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo” (CARVALHO, 1936, p.15). Entre outros cargos, ele atuou
como propagandista da República; deputado da Assembleia Constituinte Mineira, Secretário da Agricultura e
Obras Públicas, no governo de Affonso Penna; superintendente do Serviço de Immigração no mandato de Bias
Fontes; secretário das Finanças, na presidência de Silviano Brandão; professor de Economia Política e Direito
Público Constitucional, na Faculdade de Direito de Minas Geraes; deputado federal; ministro da Fazenda;
ministro na Dinamarca e Suécia (CARVALHO, 1936).
57



conexão econômica entre e si; não se configurando, portanto, como região homogênea. Já no
título de sua pesquisa ele sublinha os “percalços da industrialização em Minas Gerais” e alega
que esse Estado mediterrâneo não teria experimentado “um desenvolvimento econômico
homogêneo, em que uma determinada região pudesse articular e liderar as outras regiões, no
sentido de integração do seu mercado”. Segundo o autor, ao longo do XIX, pós-ciclo do ouro,
havia em Minas Gerais uma sociedade marcada pela heterogeneidade, diversificação da
economia e múltiplas formas de organização de trabalho, com predomínio da mão-de-obra
escravizada (PAULA, R.Z, 2000, p.158).
Dulci (1984, p.39) pondera que as imagens a respeito de um território desarticulado
são mais persuasivas que as de decadências e destaca a existência de autores que discordam
do sobrelevado peso que muitas interpretações sobre a economia mineira conferem à
produção de subsistência. Tratar-se-ia de uma perspectiva que subestima os nexos de tal
economia com o complexo agroexportador e com o mercado interno. A realidade revelaria,
sustenta o autor, “algo diferente do ‘mosaico mineiro’”, ainda que tal imagem tivesse peso
destacado nas políticas pensadas pelas elites.
Giovanini (2006), ao abarcar, a partir de mirada geohistórica, o ínterim de 1809 a
1897, se dedica a interpretar as trajetórias da economia e população no Sul de Minas e na
Zona da Mata. O autor se espanta ao verificar que embora houvesse dificuldades relativas ao
transporte, as localidades sul-mineiras exibiam considerável grau de articulação. Desde o
início da ocupação existiam, diz ele, atividades complementares nas quais alguns municípios
se devotavam às exportações e outros ao abastecimento interno. Disso resultaria uma
multipolarização revelada pelos vários núcleos que concentravam e redistribuíam riquezas e
mercadorias.
A ocupação do Sul, diz o autor, se deu a partir do Caminho Velho e, com pouco
tempo, se espalhou para o restante da região. Passada a ocupação inicial, os movimentos
populacionais fluíram sobretudo para o oeste e, posteriormente, seguiram para São Paulo em
fins do XIX. Na Mata, a ocupação – iniciada a partir do Caminho Novo e da Região Central –
teve como característica a presença de pequenos cultivos voltados à subsistência. Mas a partir
do início do século XIX a expansão da fronteira do café contribuiu para esculpir paisagem
viçosa marcada pelo predomínio do latifúndio cafeeiro. A autossuficiência desse cultivo e a
existência de rede de comunicações que privilegiava Juiz de Fora explicariam o grau
incipiente de articulação das localidades matenses. Ademais, ao longo dos oitocentos a Zona

58



da Mata apresentou grande poder de magnetismo, atraindo volumes expressivos de pessoas


escravizadas e de população livre (GIOVANINI, 2006).
Soares, por seu turno, se dedica a compreender a ocupação da Zona da Mata a partir da
formação dos núcleos urbanos. Segundo ela, “a continuidade da difusão cafeeira determinou
um crescimento populacional vigoroso. Mais que uma expansão, um processo de
adensamento da rede urbana regional e de consolidação de muitos de seus núcleos urbanos
pôde ser observado” (2009, p.182). Os centros mineradores, Mariana e Ouro Preto, perderam
sua força econômica de polarização para o Rio de Janeiro. Tal alteração, revelada pelo
desenho das linhas férreas, beneficiou sobremaneira Juiz de Fora que passava a ser conectada
por vias que a interligavam ao porto carioca63. Com efeito, a cidade pôde reunir capitais e
fluxos de comércio responsáveis pelo desenvolvimento urbano-industrial. Além disso, ao
longo dos oitocentos o crescimento da importância econômica matense foi acompanhada pelo
aumento de sua influência política, o que redundou na emancipação dos municípios das
localidades (SOARES, 2009).
Para Carneiro e Matos (2010), a formação regional da Mata é reconstituída
principalmente a partir de pesquisas que focalizam a região da mineração ou trazem
a economia cafeeira como chave explicativa solitária para o desbravamento e povoamento da
área. Por isso mesmo, os autores denunciam a generalização que costuma acompanhar as
pesquisas: “A maior parte dos estudos, clássicos e recentes, ditos regionais, é fragmentada:
encaram o recorte territorial como uma unidade homogênea e generalizam a análise de uma
parcela pouco significativa de municípios para a base regional” (CARNEIRO e MATOS,
2010, p.2). Nessa esteira, muitos estudiosos acabariam tomando alguns municípios como
espelhos que refletiam a totalidade dos acontecimentos do restante da Mata. Não ao acaso, as
distorcidas imagens projetadas reforçam a ideia do predomínio do latifúndio, da monocultura
cafeeira e da utilização da mão-de-obra escravizada, etc. Vale lembrar, no entanto, que
mesmo no início da descoberta do ouro, a Zona da Mata recebeu vários surtos de
desbravamento e ocupação territorial (CARNEIRO E MATOS, 2010).
Martins (2019, p.35) chama a atenção para a necessidade de novos entendimentos
sobre a geografia socioeconômica mineira, isto porque, diz ele, “a experiência da ‘heroica

63
N’O Pharol, em 1909, exaltava-se: “Juiz de Fóra – vem de molde repetir – é a capital da zona da Matta, isto é
– da região agricola por excelencia de Minas. É ella a que mais contribue para o erario estadual” (O PHAROL,
16.fev.1909, p.1). No hino da cidade, de autoria de Lindolfo Gomes, bradava-se: “Viva a Princesa de Minas /
Viva a bela Juiz de Fora / Que caminha na vanguarda / Do progresso estrada a fora!”. Conferir: BARBOSA,
Yuri Amaral. Espaço, história e cidade: Uma abordagem geográfica do processo urbano de Juiz de Fora na
última década do século XIX. Dissertação de Mestrado. UFJF, 2016, 249 f.
59



província’, mesmo antes da cafeicultura e da ‘febre ferroviária’ a partir da década de 1870, foi
dominada pelo movimento e pela interação, pela sobreposição complexa de articulações
internas e externas”. Na interpretação do autor, a província deveria ser compreendida como
uma “zona de interação entre subespaços diversos”. Isso não implica, entretanto, em descartar
por completo a ideia de mosaico que teria sua validade ao enaltecer as particularidades
regionais mineiras.
A partir de esses e demais apontamentos, fica destacada a necessidade de
relativizarmos os discursos que insistiam na decadência e na desarticulação entre as peças do
mosaico. Ao mesmo tempo fica patente a necessidade de compreendermos que cada “sub-
região” das Gerais é, à sua maneira, ela própria, “um mosaico”. Com isso reafirmamos que
embora haja características que irmanem as áreas de uma mesma “sub-região”, há outros
tantos elementos que as distanciam. Nessa medida mesma, devido a toda diversidade,
podemos dizer que Minas Gerais é também um “mosaico de esperas”. E manutenção de tal
mosaico, como adiante enfatizamos, escorava-se, sobremaneira, na ideia de um “bello
sentimento de dignidade regional”.

60



1.4. Um belo sentimento de dignidade regional

Um “bello sentimento de dignidade regional” (A ORDEM, 2.jan.1892, p.1)


entranhava os poros da ideologia da burguesia e era manejado na tentativa de congregar
diferentes grupos e classes sobre o mesmo sistema de valores. Tratava-se de um sentimento,
que aqui nominamos de mineiridade, forjado a partir de alteridade das Gerais em relação ao
restante do mundo. Ele era lastreado a partir de fatores históricos regionais, mas também
comportava atributos telúricos relacionados a aspectos paisagísticos considerados
responsáveis por talhar os mineiros como pacíficos, moderados, tenentes à família, à liberdade
e ao trabalho.
A mineiridade era utilizada para colocar Minas Gerais em posição acima dos
interesses de cada uma das peças do mosaico na esperança de mantê-las unidas ante às
permanentes ameaças separatistas. Alertas sobre os perigos trazidos por tal “fantasma” eram
realizados pelos deputados Manuel Faustino Correia Brandão e Agostinho Francisco de
Mendonça Paraíso (mais conhecido como Padre Paraíso64):
C. Brandão: – a transferencia da capital do Ouro Preto traz comsigo
necesariamente a divisão da provincia, e a divisão da provincia acarreta grande
dispendio e graves inconvenientes.
Paraizo: – Traz antes a consequencia opposta, a união da província.
C. Brandão: – [...] hei de oppor-me sempre, e com todas as minhas forças, a
ideia de divisão de nossa provincia.
Paraizo: – Eu tambem. Entretanto entendo que do modo porque vão as
cousas não haverá remedio senão effectuar-se a divisão. Pela minha parte, a
permanecer aqui [Ouro Preto] a capital, prefiro a divisão da provincia.
Fernandes: – Então mudemos a capital para que não se divida a província.
(O LIBERAL DE MINAS, 4.jul.1868, p.3).

Os argumentos acima apresentados reforçam: i) o mosaico de interesses existentes no


território mineiro; ii) a forma como a mineiridade se chocava com interesses bairristas
podendo ser acionada para fortalecer posições diversas; iii) a mineiridade como
apelo/sacrifício que irmanaria as regiões em torno de um bem comum.
Se por um lado havia interesses localistas, havia políticos – como Theodomiro Pereira
(representante da elite política de Diamantina, norte de Minas) – que, em prol da unidade,
dizia não existir diferenciações entre mineiros. Em discussão na qual se posicionava à favor
da mudança da capital ele bradava: “não ha mineiros do sul, nem do norte, todos são
mineiros” (O LIBERAL DE MINAS, 9.jul.1868, p.1). Virgílio Martins de Mello Franco,


64
Durante os anos de 1864 e 1869 – ao longo da 15ª a 17ª legislatura na Assembléia Provincial – Padre Paraíso
atuou como representante do 6º distrito eleitoral que tinha sede na cidade do Serro (MG).
61



(político nascido em Paracatu de Minas), por sua vez, também em defesa da mudança da
capital, levava em conta o tamanho do território e minimizava a diversidade:
Se percorrermos esta provincia em todas as direcções, de norte a sul, de léste a oeste,
veremos em todos os mineiros uma só feição caracteristica, o mesmo genio, os
mesmos costumes e habitos, a mesma indole, a mesma raça, emfim uniformidade até
nas tradições. Logo, não existem entre nós essas causas por assim dizer irremoviveis
que determinão a separação dos povos e nem forão elas de certo que influirão no
animo de nossos estadistas para nos vaticinarem a futura divisão. Seria a extensão do
territorio desta provincia? Embora um publicista notavel, Pinheiro Ferreira [Silvestre
Pinheiro Ferreira, ministro de D. João VI] , entenda que a extensão do territorio de
um estado dado é a causa geradora de sua divisão, comtudo creio que esta causa não
pode influir entre nós no sentido de separar-nos e sem duvida tambem não foi esta a
que engendrou o vaticinio de futura divisão que pesa sobre nós; pois, para que esta
causa produza um tal effeito, é necesario, como o diz o escriptor que ha pouco citei,
que venha acompanhada de muitas outras circunstâncias, por exemplo, o excesso de
população, o augmento correspondente da riqueza publica, as formas diversas da
actividade humana, no trabalho applicado ás especialidades industriaes. Esse cortejo
de circunstancias não se dá entre nós, embora seja vasto o territorio de nossa
provincia. Conseguintemente não pode só a extensão do territorio mineiro produzir,
como causa efficiente, a nossa separação (O LIBERAL DE MINAS, 8.jul.1868,
p.1).

De forma habilidosa, Mello Franco fazia questão de insuflar um sentimento de


comunhão: “Nós os mineiros, que não temos habitos, nem costumes diversos, que provimos
da mesma raça e temos uma só indole peculiar e o mesmo gênio [...] devemos empenhar todos
os nossos esforços para que não se devida esta provincia; porque a devisão é so o
enfraquecimento, a sua morte” (O LIBERAL DE MINAS, 8.jul.1868, p.1).
Não eram poucos os que tentavam dissuadir intenções bairristas e criar a ideia de
unidade: o deputado Camillo Filinto Prates dissera “Minha zona é Minas” (MINAS GERAES,
19.mai.1895, p.6); Silviano Brandão, então presidente do estado, declarara: “Nós os membros
do Congresso Mineiro não podemos fazer distinção entre norte e sul, éste e oéste, matta e
campo: todos devemo-nos ajoelhar respeitosos deante dessa entidade augusta chamada 'patria
mineira' (MINAS GERAES, 1899, p.5).
Ao fim e ao cabo, as diferenças regionais eram usadas ao bel prazer de seus titereiros;
tanto para defender a separação da província (quando se falava sobre as diferentes aspirações
de cada região) como para afastar tal ideia (quando se mencionavam os sentimentos em
comunhão). Da mesma forma, essas singularidades regionais eram manejadas tanto para
sustentar a mudança da capital como para rechaçá-la.
Minas Gerais e, por extensão, a mineiridade, seriam oriundas de um processo de
formação do território que remonta o século XVIII. Nessa esteira, diz Espindola (2009, p.72),
“pensar Minas Gerais é tratar de sua constituição como espaço particularizado e

62



singularizado, como povo e identidade cultural, enfim como território e territorialidade:


sentimentos de pertencimento, instituição do ser e estar no mundo”. Esse “sentimento
regional”, insuflado por relatos de viajantes, ganharia um redesenho a partir de políticos que
se valiam de tal ideia na alegada construção de um bem comum (ARRUDA, 1989, p.30).
A mineiridade, essa “tradição inventada” (HOBSBAWM, 1984), seria um mito
construído com base na realidade e nas práticas sociais; sua presença nos discursos políticos
sublinha sua dimensão ideológica (ARRUDA, 1989). Não sem razão, à camada política da
mineiridade65, Dulci (1999, p.195) dá o nome de “subcultura política mineira” e destaca as
seguintes características:
a) apego à tradição, o senso de continuidade; b) a valorização da ordem, da
estabilidade, a prudência nas iniciativas; c) o senso de naturalidade, configurando
uma visão evolucionista da sociedade e da história; d) o centrismo, a aversão aos
extremos, ao radicalismo, a busca do meio-termo, da solução moderada; e) o
realismo, o pragmatismo, a adaptabilidade às circunstâncias, associados à
capacidade de transação, de acomodação de interesses; f) a perspicácia, a habilidade,
a paciência, como meios de alcançar objetivos políticos a menor custo.

As decisões das elites eram legitimadas como ações orientadas na defesa de interesses
superiores a quaisquer querelas regionais. Vendia-se a ideia de que o mosaico de regiões seria
reflexo da condição de Minas enquanto síntese do Brasil. A posição mediterrânea, criticada
por dificultar as conexões, era vista, amiúde, como condição que possibilitaria ao estado
conciliar interesses das diversas regiões do país. Estes seriam os principais elementos
constitutivos da auto-representação encampada pela burguesia mineira. No entanto, em nossa
interpretação – e aqui reside ponto medular – essa ideologia apresentaria nuançada camada
espacial. A mineiridade seria manifestação da regionalidade vinculada à “qualidade de “ser”
regional, mas “ser”, aqui, não no sentido ontológico de um “fato” regional bem definido e
auto-evidente” (HAESBAERT, 2010b, p.8). Tratar-se-ia, portanto, da “criação concomitante
da “realidade” e das representações regionais, sem que elas possam ser dissociadas ou que
uma se coloque, a priori, sob o comando da outra” (HAESBAERT, 2010b, p.8).
Nas Gerais, essa retórica regionalista, lastreada fortemente em atributos espaciais,
cumpria duas principais funções: i). realçar como a situação letárgica iria na contramão da


65
Pode-se conferir aura mítica à mineiridade, mas, como defende Reis (2007), nem por isso devemos desprezar a
dimensão histórica dos mitos. Diz Dulci (2000, p. 641): “A simbologia da 'mineiridade' tem desempenhado
função marcante nesse sentido, talvez mais para dar coesão às próprias elites, operando como uma espécie de
ideologia da classe dominante, do que para generalizar um senso de identidade regional entre a população. De
todo modo, sua importância como instrumento ideológico é patenteada pelo uso frequente que dela têm feito as
autoridades e os intelectuais ao longo do tempo. Sobretudo em conjunturas de disputa como o poder central”.
63



alma mineira; e ii) forjar sentido de unidade para o fortalecimento de projetos com vistas a
superação da inércia.
Minas Gerais, conforme ressaltado, viveu o esplendor do ouro e deu a Portugal breve
fase de proeminência até que o último quartel do século XVIII deixou nítido o esgotamento
dos veios auríferos. Os cronistas e memorialistas desse período são insistentes ao anunciar a
decadência provocada pela diminuição irreversível da produção aurífera. Entretanto, a
historiografia recente demonstrou que não havia uma decadência propriamente dita, mas uma
reconversão econômica, provocada pelo declínio da produção do ouro. Com efeito, como
discutiremos no Capítulo II, dois movimentos se apresentam nesse contexto regional: um
processo de diversificação econômica e uma expansão na direção dos sertões mineiros
(ESPINDOLA, 2009, p. 87). Afinal, Minas Gerais era um “tesouro imenso do futuro”, um
“ainda não” (BLOCH, 2005).

64



CAPÍTULO II – A NOSSA PROVINCIA É UM THESOURO IMMENSO DO


FUTURO

A nossa provincia é um thesouro immenso do futuro, suas grandes riquezas hão de


assombrar todo o orbe: disto será testemunha a geração que respirar daqui a um ou dous
seculos, si nós imprudentemente não retadarmos essa epoca (DIARIO DE MINAS,
4.jul.1874, p.1).

65



O homem é o progresso e o progresso nasce do homem.


O progresso, com certeza e sem questão, é o motor magico e poderoso, que
desde os tempos primitivos, incarnado na humanidade emprehendedora tem operado
de seculo para seculo as mais espantosas e gigantescas maravilhas, tocando a maior
perfectibilidade até o nosso seculo, a ponto de fazer surgir de pequenissimos lugares,
grandes villas, destas, opulentas e importantes ciddades; e de seus habitantes,
numerosas familias, que espalhadas convenientemente sobre a face do globo,
formam presentemente vastos imperios e magnificos reinos.
Sem coragem, brio, obstinação e força de vontade, nao ha progresso possivel,
apenas impera a pathia e a negligencia, essa morbidez terrivel, que faz a efermidade
scoial, que tudo paraliza e entorpece.
O homem portanto tem forçosamente, por dever e obrigação, de se tornar
obreiro o progresso, se não quizer o epitheto de retrogrado em um seculo e tanto
adiantamento e illustração. Na senda do progresso não deve haver barreiras, difficeis
a transpôr, nem côres politicas, que disputem entre si a palma da preferencia; mas
tão somente deve existir a unidade de ideias progressistas, que partindo de lados
oppostos formem um só pensamento, uma só vontade, um unico alvo – o
engrandecimento da patria.
E quem ha por ahi, que não sinta dentro da alma a expansão sublime do
prazer, em face dos progressos, que as mãos dos homens desenvolvem com tão
pasmoza rapidez?
A sciencia, as artes e as letras em todos os seus ramos no-lo estão
confirmando todo os dias em reaes e palpitantes verdades.
Ao vermos os robustos braços dos operarios infatigaveis do trabalho
desenrollarem os pesados trilhos de ferro, atravez de elevadas montanhas, de
extensas e frondosas matas e verdejantes campinas, que se perdem ao longe fasendo
com que a locomotiva vença em pouco tempo as maiores distancias, soltando de
quando em quando esse estridente silvo do progresso, que tanto nos
enthusiasma...Quem deixará de applaudir e bater palmas ante essa invenção
maravilhosa, sem que bendiga o creaor de um melhoramento, quasi universal, que
produz tão beneficos e proficuos resultados...? Ninguem.
Ao encararmos edificios, que se erguem magestosos para attestarem aos
vindouros, que nossos maiores trabalharão para enriquecer e embellezar o solo, que
os vio nascer; e ao considerarmos que essas obras são outras tantas paginas escriptas
nesse sublime livro do progresso material o paiz para seu engrandecimento e
riqueza...Quem será aquelle, que não se ensorbebeça desses melhoramentos e não os
applauda, sentindo desejos de crear outros tambem para deixar como herança a seus
futuros concidadãos, a essa geração nova? – Ninguem.
Quem fitará com mãos olhos essas escolas, que se erigem em honra das
lettras e se offerecem a esse povo inculto e cégo, que ha de ir alli receber a luz da
intelligencia, o santo baptismo da illustração, onde cada um desses membros hade
tornar-se mais tarde em cidadão prestante, livre da rudeza e embrutecimento e quem
sabe, se em uma das glorias futuras da patria? Creio que...ninguem.
Quem lastimará o obulo, que um dia dispensou de seu bolso, para depositar
no altar do progresso, afim de promover um beneficio publico, dando por este modo
um contingente que tanto o deve honrar, deslembrando-se de que lhe resta por isso o
orgulho de haber concorrido para a elevação de um padrão, que no porvir tem de
attestar o progresso do seu berço? Haverá, pois, quem de tal se arrependa?...Não de
certo.
(O PHAROL, 21.out.1877).
66



2.1. À espera do progresso

“Um anjo pousava deslumbrante e magestoso com as azas preste á desprender o vôo
para occidente em attitude de quem anciosamente espera” (O ARAUTO DE MINAS,
7.jan.1882, p.1). Essas palavras habitam retrospectiva que o italiano Carlos Preda66 fizera do
ano de 1881 em São João Del-Rei. De acordo com o relato, a chegada da locomotiva – “a
maquina symbolisadora do progresso e da civilização” – descortinava auspicioso horizonte
em que os “sertões” seriam convertidos em terrenos produtivos. Esse advento, sonhava Preda,
finalmente colocaria “A Princesa de Minas” (São João Del-Rei) no mapa do progresso. Mas,
afinal, o que viria ser o progresso de que tanto se falava?
O curso da história e, sobretudo da civilização, experimenta desde sempre um aumento
gradual do nível de bem-estar ou felicidade, incluindo, aí, o aperfeiçoamento do indivíduo e
da humanidade (BOBBIO, 1998). Tratar-se-ia de caminhada rumo a uma direção desejável.
Malgrado, conceber o universo em um fluxo perpétuo não é suficiente para que
compreendamos a ideia de Progresso; é também necessário dimensionar o propósito da
caminhada (BOBBIO, 1998).
No XIX destaca-se, em especial, uma busca pelo Progresso alicerçada por uma lei
geral. Nesse contexto, evolucionistas como Spencer e Darwin – com seu On the Origin of
species by means of natural selection – contribuem para desenvolver a ideia da evolução “não
como um simples movimento, mas como melhoramento, e esta fé se manterá inabalável por
todo o resto do século” (BOBBIO, 1998, p. 1012).
Rossi (2000) acresce que o progresso é visualizado, por diferentes sociedades, como
um propósito a ser atingido a partir da civilização, conhecimento científico e desenvolvimento
técnico. O autor ressalta os incômodos que os homens do ocidente sentem diante das
vicissitudes da realidade na medida em que porvir e o desconhecido podem ser motivo de
esperança ou temor67.
No caso das Gerais, mencionamos o trabalho em que Pádua (2012) escava os
significados do conceito de progresso nos discursos emanados pelas elites políticas no

66
Proveniente da região norte da Itália, ficou responsável, entre outras atribuições, pela parte da chancelaria da
administração de Hospedaria existente em São João Del-Rey (TEIXEIRA, 2011).
67
“A maioria dos observadores dos anos 1870 teria ficado muitíssimo mais impressionada por sua linearidade.
Em termos materiais, em termos de conhecimento e de capacidade de transformar a natureza, parecia tão patente
que a mudança significava avanço, que a história — de todo modo a história moderna — parecia sinônimo de
progresso. O progresso era medido pela curva sempre ascendente de tudo que pudesse ser medido, ou que os
homens escolhessem medir. O aperfeiçoamento contínuo, mesmo das coisas que obviamente ainda precisavam
ser aperfeiçoadas, era garantido pela experiência histórica” (HOBSBAWM, 2011, p.50).
67



período de 1891 a 1930. O estudo tomou como base não apenas a ocorrência da referida
palavra, mas também de suas correlatas. Os termos mais utilizados, em ordem decrescente de
ocorrência, foram desenvolvimento, melhoramento, augmento e progresso. O primeiro
aparece aplicado no sentido de aproveitar, descobrir potencialidades, desdobrar algo que está
envolto. Melhoramento, por seu turno, compartilha semântica próxima à palavra
aperfeiçoamento, indicando, portanto, o caminho rumo a estágio dito superior. Augmento e
crescimento, por seu turno, denotavam a ideia de ampliação, engrandecimento. Progresso,
finalmente, tem definição associada à ideia de avançar, ir adiante. Tais termos, cada qual com
suas singularidades, comporiam a natureza multifacetada do conceito de progresso (PÁDUA,
2012), conforme evidenciado no Quadro 2:

Quadro 2 – Formas gramaticais dos termos “progresso” e seus correlatos

Ade(i)antar, ade(i)antamento (em sentido favorável), ade(i)antado


Aperfeiçoar, aperfeiçoamento, aperfeiçoado
Augmentar, augmento (cada vez mais e melhor), augmentado
Avançar, avanço, avançado
Crescer, crescimento, crescido, crescente
Desenvolver, desenvolvimento, desenvolvido
Evoluir, evolução, evoluído
Incrementar, incremento, incrementado
Melhorar, melhoramento, melhoria, melhorado
Progredir, progresso, progressão, progressivo
Fonte: Pádua (2012)

Os temas com os quais a palavra progresso aparecia mais associados eram, em ordem:
Economia e Finanças; Educação; Agricultura; Transportes; Indústrias; Nova Capital;
Pecuária; Estancias hydro-minerais e águas; Saúde pública; Segurança e assistência pública;
Obras públicas do Estado; República; imigração e colonização; Imprensa Oficial; População;
Comércio; Estatísticas; Legislativo; Terras devolutas e florestas; Judiciário; Fronteiras;
Serviço de luz e força elétrica; Serviço meteorológico; Países desenvolvidos; Eleições;
exposições; História de Minas Gerais; Liga das nações. Ou seja, havia uma nítida
preocupação com a produção de riqueza econômica e material e com a educação que era vista
como sinônimo de transformação social68 (PÁDUA, 2012).

68
Políticos como Affonso Pena, Virgílio de Mello Franco e João Pinheiro enxergavam a necessidade de conjugar
o progresso material “ao desenvolvimento social e à formação técnica do trabalhador, possibilitados pela
instrução pública” (LIMA, 2019, p.66). São emblemáticas as interrogações presentes nas páginas do Minas
Geraes: “Queremos que o Estado de Minas floresça? Queremos que o Brasil seja próspero e feliz? Queremos que
a nossa Pátria brilhe com as fulgurações do Cruzeiro do Sul? Organizemos a escola, eduquemos a juventude.
Estabeleçam todos os Estados da grande Confederação Brasileira a educação popular, de modo que a mocidade
68



Se se falava com frequência na necessidade progresso, falava-se também em noções


que simbolizavam tudo aquilo que o governo desejava evitar. Não ao acaso, termos como
atraso, letargia, decadência, estagnação, declínio eram inquilinos permanentes nos discursos
veiculados em hebdomadários mineiros:

Quadro 3 – Discursos sobre a decadência mineira

A provincia de Minas é uma das mais atrazadas, por ser a maior em território; não
pode com sua grandesa; porque sua população de um milhão e oitocentos mil
habitantes, não está em relação com sua colossal grandesa territorial [...]
CONSTITUCIONAL, 28.dez.1867, p.3).

A provincia de Minas, o mais bonito diamante da corôa do Brazil, como disse D.


Pedro 1o, está empallidecido, já não brilha. Moralmente fallando, Minas ja não tem
a influencia que teve outr'ora (DIARIO DE MINAS, 30.set.1873, p.1, grifos nossos).

Falla muito em Minas e mineiros, que andão atrazados, etc., etc., etc.; mas que há
de vir a ter um futuro brilhante se Deus quizer....(A ACTUALIDADE, 30.abril,1878,
p.3).

A provincia de Minas, Exm, em outras eras tão cheia de fulgor e de brilho; tão
florescente e tão prospera; tão pujante de seiva e de vida; acha-se no entanto, desde
alguns annos a esta parte em um estado de completo e progressivo declinio; esta
triste e amarga verdade, é infelizmente, com pesar reconhecida por todos (A
ACTUALIDADE, 9. jul.1878, p.1)

Minas-Geraes, esse colosso respeitavel, continua inerte, abatida e desprestigiada


(A VERDADE, 26.ago.1886. p.1).

Organização do autor – Higor Mozart (2021)

O conceito de decadência, diz Le Goff (2003), é um dos mais confusos associados à


história, isto porque a evolução do termo não apresenta registros facilmente rastreáveis.
Aparentemente no latim e tampouco no grego há palavra de sentido correlato ao que se
entende nos tempos correntes como decadência. Os romanos se referiam à “decadência” dos
costumes a partir da ideia de movimento que passaria pelo deslize (labente)69, queda (lapsi) e,
por fim, pelo aniquilamento (praecipites). No vocábulo latino, diz o historiador francês, há


aprenda, não só o exercer os direitos do cidadão, mas igualmente e principalmente cumprir os seus deveres
públicos e particulares: assim teremos lançado os verdadeiros e sólidos alicerce da grandeza nacional; veremos
reinar em nossa querida Pátria a paz, a ordem, a liberdade; e, em consequência, teremos segura a estabilidade das
instituições republicanas, que com máximo carinho devemos sustentar. [...]” (MINAS GERAIS, 1906, p. 337).
69
Em certas vezes, aliás, ligada justamente à ideia de deslizamento/desmoronamento, como em interpretação
realizada sobre a íngreme Ouro Preto: “Que differença entre a capital de hoje e a capital de 10 annos atraz! Se o
Ouro Preto continuar a rolar n'este plano inclinado em que vai para a sua ruina, se continuar a retrogradar, se
continuar n'esta decadencia onde irá parar? Na banca rota e na miseria!” (O LIBERAL DE MINAS, 9.jul.1868,
p.2).
69



termos como queda e ruína70. Mas, a despeito das névoas ao redor da decadência, não restam
dúvidas sobre sua presença recorrente nos discursos. Também em restam dúvidas sobre a
forma como os enunciadores de tais discursos, ao buscarem lastro nos atributos geográficos,
vendiam a ideia de uma espera muitas vezes esperançosa:

Quadro 2 – Discursos sobre espera e esperança

Esta provincia, tão rica, á que se assignala um futuro esperançoso (O LIBERAL


DE MINAS, 1868, 8.jul.1868, p.1).

A nossa provincia é um thesouro immenso do futuro, suas grandes riquezas hão de


assombrar todo o orbe (DIARIO DE MINAS, 4.jul.1874, p.1).

[...] tudo está estacionário, porque não ha recursos (LIBERAL MINEIRO,


4.set.1883, p.1)
A terra mineira [...] não pode ficar estacionaria, [...] não é licito aos que dirigem-
lhe os destinos deixal-a puramente entregue á acção lenta dos tempos e a serodia
evolução das forças naturaes... (LIBERAL MINEIRO, 7.mar.1884, p.1).

Para desenvolver esses germens de progresso espera-se apenas a approximação


de vias de communicação rapida e a iniciativa intelligente de homens patriotas
(ANNAES DA ESCOLA DE MINAS DE OURO PRETO, 1885, p.150)
A nossa lavoura, o nosso commercio e industrias que esperem; continue no estado
marasmatico em que vivem até que um dia, se é licito ter-se esperanças, recebam
uma esmolasinha do maná celeste, que as alimente e faça prosperar, aproveitando-
se, então, a seiva embrionaria de que se sustentam á espera do progresso
civilisador, que venham restituir-lhes a força e a vida. Esperemos (A VERDADE,
17.jun.1886, p.1)

Quem, percorrendo a provincia de Minas, contempla a fertilidade do seu sóĺo;


70
Acresce Le Goff (2003): na Idade Média, revestida a partir da idéia de decadendia temos sua forma latina
decadentia cujos significados parecem nebulosos. Do século XV ao XVIII, a semântica da decadência estaria
vinculada às expressões declinatio e inclinado (submissão e desmoronamento); decadentia, lapsus e vacillatio
(instabilidade/queda); eversio ou conversio (associados às ideias de viragem); perversio ou subversio
(perversão/subversão) e corruptio (corrupção moral). Já no latim clássico, a expressão mais recorrente é
inclinato – que origina declin/declínio. A partir do Renascimento, o termo decadência aparece, sobretudo, com
“sotaque” francês e italiano (decadence/decadenza); no inglês predomina o termo decline; no alemão se usam
termos diversos, sendo que verfall e untergang são os que se sobressaem. Na antiguidade, a ideia de decadência
não encontrava um antônimo posto que praticamente não se falava em progresso. No entanto, em vários
momentos do Império Romano encontra-se a ideia de renovatio como um antídoto à ruína. Na Idade Média uma
faceta religiosa se sobressai, sobretudo vinculando-se ao cristianismo. Opunha-se a noção de decadentia à ideia
de reformatio (ou de cor ectio), aplicada à sociedade laica ou religiosa. Do século XII em diante, a Reforma
torna-se uma palavra frequente na boca de príncipes e de membros da Igreja. Tratava-se de uma ideia que
buscava, sobretudo, reprimir abusos com a finalidade de “remediar a decadência”: “Inspira por exemplo a
instituição de inquisidores e reformadores reais, na França de S. Luís e de Filipe, o Belo, e está, como é natural,
na ordem do dia dos Concílios. Contudo, a reformado visa, principalmente, a repressão dos abusos. A idéia de
proceder a uma renovatio da Igreja ou do mundo, para remediar a decadência da sociedade cristã, é herética ou
paraerética. É esta idéia que anima, por exemplo, Joaquim da Fiore e todos os seus herdeiros espirituais da Baixa
Idade Média, que fazem suceder uma idade de perfeição, à decadência catastrófica que reinará sob o primeiro
Anticristo” (LE GOFF, 2002, p.377). Ver também: CONDORCET, Jean-Antoine-Nicolas de Caritat, Marquis.
Esboço de um quadro histórico dos progressos do espírito humano. Trad. Carlos Alberto Ribeiro de Moura.
Campinas/SP: Ed. Unicamp, 1993.
70



quem vê a grande quéda das suas aguas sufficientes para mover os mais pesados
machinismos; quem conhece o seu clima ameno e magnifico; quem aprecia as
industrias alli já creadas, bastando sómente querer desenvolvel-as; e quem sabe que
a provincia de Minas Geraes têm em si mais capitaes dormentes e enthesourados
do que o resto do Imperio, ha de perguntar por que ella não progride mais que suas
irmãs. Mas a causa está em nós; no dia em que soubermos aproveitar todas essas
forças da natureza e os recursos inesgotaveis que ahi estão esterilisados, nese dia o
progresso revestirá as fórmas multiplas do engenho e da industria humana (A
UNIÃO, 4.jul.1888, p.2).

E vae crescente a esperança de vermos um verdadeiro renascimento nos grandes


territorios mineiros (O PHAROL, 7.jun.1890, p.1)

Sendo tão dotado de riquezas naturaes, o Estado de Minas só espera da illustração


e sabedoria do seu governo o impulso patriotico que virá colocal-o no logar de
proeminencia que lhe compete entre os Estados da Republica Brazileira (A
CIDADE DO TURVO, 16. ago. 1891, p.1)

Encerram, sem duvida, os nossos sertões virgens incalculaveis riquezas que só


esperam a mão do homem para virem engrossar a somma da nossa fortuna
realizada” (MINAS GERAES, MENSAGEM, 1894, p.14).

Num territorio extensissimo, onde a uberdade do sólo e a riqueza mineral, rivalisam


com a caudal de seus rios e a amenidade e diversidade de seu clima, acha-se
infelizmente em embryão o aproveitamento dos immensos recursos naturaes que
possúe, dependendo apenas de quem possa applicar um pouco de esforço e
actividade no desenvolvimento de suas innumeraveis e inexgotaveis riquezas [...]
até hoje lucta a lavoura, a mais forte e primitiva fonte de riqueza da nação – tudo
estacionou” (MINAS GERAES, 5 ago, 1894, p.5)

Organização do autor – Higor Mozart (2021)

Dos excertos acima, e em outros congêneres, duas questões nos saltam aos olhos: de
um lado, a valorização do patrimônio geográfico mineiro, simbolizada pela extensão
territorial, uberdade, riqueza mineral, recursos minerais, etc 71 ; do outro, um pertinaz
sentimento de espera diante a inércia e a expectativa de romper um estágio embrionário de
desenvolvimento72. A espera, como se vê, se encontrava tatuada de forma visceral nos

71
O professor francês H. Gorceix dizia que o território de Minas Gerais era um peito de ferro com coração de
ouro (LO STATO DI MINAS GERAES, 1896, p.25). Entretanto, o senador Costa Sena argumentava que as
minas figuravam “gloriosamente nos compedios de geographia, escriptos por aquelles que deixam se levar por
informações não poucas vezes infundadas” (MINAS GERAES, 20.mai.1893, p.1). Ainda acrescia: “É a cousa
mais fácil do mundo dizer-se que Minas é um coração de ouro dentro de um peito de ferro. A phrase é realmente
poetica; mas perante a realidade dos factos é necessario recusar a poesia. Temos, é certo, riquissimas e
inexgottaveis jasidas de ferro. Temos muitas minas de ouro e tambem depositos diamantiferos. Não são, porém,
Californias, são minas que darão resultados, se forem criteriosa e economicamente exploradas” (MINAS
GERAES, 20.mai.1893, p.2).
72
Esses discursos à favor do progresso eram consturados a partir de um forte apelo paisagístico composto por
matas, águas e rochas (SCHAMA, 1996, p.70). A mata ganhava cor na paleta das cores dos discursos que
sublinham a “pujante vegetação” (MINAS GERAES, 1.mar.1895, p.2) e a riqueza de “mattas seculares”
(MINAS GERAES, 12. set.1895). A água é retratada em enunciações que veneravam os rios caudalosos e sua
navegabilidade (MINAS GERAES, 5.ago.1894, p. 5; 1.mar.1895, p.2). As rochas são alvo de regozijo em
passagens que chamam à baila a “belleza topográfica” e os “tesouros guardados no fundo das rochas” (O
71



discursos sobre o letargo mineiro. No entanto, o que se entende por espera? E de que forma
as semânticas dela, a espera, se ligam ao nosso trabalho?
Para responder a essas perguntas de início chamamos atenção para alguns sentidos que
a palavra em foco comporta na língua portuguesa:

i.) Esperar, v.at. Ter esperança de coisa desejada, ou prometida. v.g. espero uma carta ; um
presente. Esperar alguém; estar á espera delle, ou de algum sucesso (ANTONIO DE
MORAES SILVA, 1789, p. 758).
ii.) Esperar. Ter esperança. Estar à espera (LUIZ MARIA DA SILVA PINTO, 1832, p.59) ;
iii.) Espera, s.f. Acção de esperar. Demora. Fig. Sitio onde se espera alguém (LUIZ MARIA
DA SILVA PINTO, 1832, p.59)
iv.) Esperar. Ter esperança. Estar à esperar (LUIZ MARIA DA SILVA PINTO, 1832, p.59)

Na inglesa, por seu turno, a palavra em foco pode ser traduzida a partir expressões
como:

i.) to hold on – que denota um “tempo morto”, mas abre possibilidade para a retomada do
movimento;
ii.) to wait for – que aponta um horizonte de esperança ao apresentar, em seu seio, a ideia de
objetivo a ser alcançado.
iii.) standstill que abrange uma situação letárgica, um ponto morto;
iv.) to hope – no sentido de ter esperança;
v.) to expect – relacionada à expectativa diante um acontecimento (VIDAL e MUSSET, 2015)

Olavo Bilac, em palestra literária denominada “A Esperança”, afirma que “Esperar


não é so desejar: esperar é desejar confiando” (O PHAROL, 1º. nov.1905, p.1). Para o autor,
entre as diversas definições metafísicas, a mais conhecida concebe a alma como “aquilo que
dentro em nós sente, quer e pensa”. Para ele, no entanto, “seria mais proprio dizer que a alma
é aquillo que dentro em nós sente, quer, pensa e espera” (O PHAROL, 1º.nov.1905, p.1).

ESTADO DE MINAS, 10. mar. 1894, p.1; MINAS GERAES, 18. abril. 1896, p. 3). A sublimação destes
ingredientes paisagísticos concorria para forjar paisagens da espera. Todavia, além das águas, rochas e matas, o
clima e, principalmente, os elementos edificados pelo homem – como o caso de estradas, pontes, prédios,
escolas, etc – também desempenhavam importante papel. Com isso queremos enfatizar que a expectativa não era
apenas enxergar paisagem exuberante do ponto de vista “natural”, posto que além das linhas do relevo sonhava-
se com arados sulcando a terra e com linhas de telégrafo estendidas pelo horizonte. Lembra Machado (1995,
p.310): “[...] o pensamento geográfico esteve presente nos debates sobre a natureza físico-climática do território,
a adaptação do indivíduo ao meio, as características raciais dos habitantes, e as possíveis consequências desses
aspectos sobre a formação social do povo brasileiro. Em síntese, a questão principal era o estabelecimento do
potencial e dos limites da natureza física, social e política do país diante das ideias programáticas do 'progresso'”.
72



A partir de tais semânticas, pode-se inquirir: o que compreendemos como espera


quando miramos os discursos sobre a decadência em Minas Gerais? A espera, afinal, “pode
ser uma metáfora fácil para descrever muitas das situações sociais” (VIDAL, MUSSET E
VIDAL, 2011, s/p) 73. Cumpre aqui dizer, portanto, que a espera a qual nos referimos nesse
trabalho é a espera pelo “progresso civilizador” viabilizada por próteses técnicas (A
VERDADE, 17.jun.1886, p.1). Trata-se de uma espera que transbordava dos sonhos de
humanos e encharcava um território que parecia, ele próprio, ter vida74 e desejos particulares:
o desejo por ferrovias, estradas, braços imigrantes, pontes, telégrafos e escolas...Vontades de
um território que quereria sentir-se útil e ocupado. Entretanto, diante de tais quereres e
seduções territoriais, não nos enganemos: quem narrava a espera e os desejos do território
não era ele próprio75, mas sim políticos – leia-se: senhores de terra ou representantes dos
interesses destes – que, a partir de quimeras, projetavam uma Minas Gerais marcada por
novos ritmos.
Tratava-se, como depreendemos a partir de Vidal (2019), de um compasso de espera
vinculado à noção de ritmo. De um lado, o ritmo do progresso metrificado pela velocidade,
prontidão, pressa e continuidade. Sua almejada sinfonia era composta pelo sibilar das
locomotivas, sotaques de trabalhadores estrangeiros e pelo barulho do arado a sulcar a
terra...Na outra margem temos o arcaísmo cujo ritmo era registrado através de metáforas
sobre lentidão, espera e sonolência. Sua melodia era composta pelo marasmo de um território
considerado repleto de ausências – de trilhos, maquinários, população laboriosa – e
estigmatizado por presenças malquistas como a de negros e indígenas tachados preguiçosos,
ignorantes, desordeiros, afeitos ao ócio e à vadiagem.
Vale dizer, no entanto, que dimensão rítmica se colava de maneiras diferentes às
noções de progresso, com expressões ora lisonjeiras ora negativas atreladas à lentidão. No ano


73
A espera é um fato social total pois aciona variadas dimensões: psíquicas, fisiológicas, sociais, econômicas,
jurídicas, sensíveis, culturais, geográficas, políticas (VIDAL, MUSSET e VIDAL 2015).
74
Do ponto de vista miltoniano, haveria distinção entre o “território em si” e aquilo que ele designa de “território
usado”. Sendo que este último expressaria concepção que não enfeixa o território apenas como substrato físico
onde se desenrolam as ações humanas. Esse território é usado justamente por se dimensionar o peso e
implicações de tais ações encampadas por diferentes atores. O território usado congrega o palco mais os atores e
suas ações. Com efeito, o território em si representaria apenas o palco, apenas a base natural, somente o
território-receptáculo. Em síntese, em suas últimas obras Milton Santos acaba tratando o “território em si” como
sinônimo de espaço natural e o “território usado” como o equivalente de espaço geográfico. Não, há afinal,
“como explicar o território sem sua utilização” (SILVEIRA, 2001, p.153). Diríamos, assim, que esse território
cheio de quereres, sobre o qual nos referimos no texto, se aproxima território em si do qual fala Santos.
75
Nesse momento, “o tempo, indício e signo de mudanças maiores, futuras, foi contraposto ao espaço, expressão
de permanência para uns, e de inércia para outros”. Com efeito, “o espaço geográfico era uma realidade e
também uma metáfora para expressar outros interesses e realidades” (MACHADO, 1995, p.311).
73



de 1858, por exemplo, por meio do Correio Official de Minas, o seguinte diagnóstico era
realizado: “ha um grande numero de povoações mais antigas desta província, que infelizmente
ou se tem conservado em um estado estacionario ou tem feito um progresso mui lento ou
pouco sensível” (CORREIO OFFICIAL DE MINAS, 5. abril.1858, p.2). Nesse mesmo ano,
denunciava-se que o ritmo do desenvolvimento – considerado somente menos vergonhoso
que o de outras três províncias – era “quasi estacionario, ou em progresso tão lento” que
parecia “desmentir a fama, aliás justa, da abundancia de [...] recursos naturaes” (CORREIO
OFFICIAL DE MINAS, 12.out.1858, p.1).
Na contramão, em matérias outras, notamos elogios à lentidão como medida de
progresso perene, isto é, não um “progresso rapido, que fascina e assombra, para desapparecer
em um momento, mas do progresso lento, calculado e calmo, que ha de produzir sempre bons
fructos em todas as sociedades” (MINAS GERAES, 7.nov.1896, p.4). Nessa mesma toada, o
senador Mello Franco76, em discussão sobre a organização municipal do estado assinalava: “O
progresso é lento e continuo [...] O homem não se transforma da noite para o dia, e do mesmo
modo são as instituições” (O ESTADO DE MINAS GERAES, 8.ago.1891, p.1).
Com esses exemplos fica nítido que a lentidão era usada tanto para adjetivar um
progresso dito indesejável como para advogar sobre as vantagens de uma caminhada gradual,
porém duradora77. No entanto, independente da forma como se valorava a lentidão, o atraso
das Gerais era bombardeado de maneira insistente. Até porque, segundo os diagnósticos, nem
mesmo um progresso lento existiria, o que haveria seria inação ou uma caminhada rumo à


76
Virgílio Martins de Mello Franco foi um político, promotor, magistrado, professor e jornalista nascido em
1839, na até então vila de Paracatu, Minas Gerais. Na República foi eleito Senador Constituinte Mineiro para a
1ª Legislatura (1891-1895), e teve seu mandato prolongado até 1922. Vale ressaltar ainda a sua participação na
comissão composta por 11 parlamentares criada com a finalidade de elaborar o projeto da Constituição Estadual
(MONTEIRO, 1994).
77
Era como se os esses diferentes posicionamentos sobre a lentidão estivessem alinhados aos dois tipos
representados na reflexão que se segue a respeito do Espírito da Imprensa: “Em toda a parte, entre os espiritos
que se occupão da regeneração futura, ha alguns mais serenos que vêem com olhos indifferentes marchar o
mundo sob suas leis, e nas metamorphoses graduais da sociedade, se resginão a um progresso lento, sem tratar de
modo algum de antecipar-se ao tempo; contanto que a columna de luz allumie a noite de seu deserto, pouco lhes
importa que a grande caravana chegue mais ou menos tarde á terra prometida. Outros ha, porém, de alma mais
ardente, que não sofrem com o mesmo sangue frio as duras condições da viagem, e que para animar aos
peregrinos preguiçosos, põem-se a celebrar as maravilhas que esperão no fim da viagem” (O MERCANTIL,
28.out,1845, p.2). A expressão “peregrinos preguiçosos” nos lembra que, conforme aponta Vidal (2018, p.43) o
adjetivo lento carrega diferentes acepções ao longo da história, sendo aplicado, entre o século XVI e início do
XVII, para se referir de forma pejorativa “aos homens de outra cultura” e no século XIX para desprestigiar
“operários em particular e os pobres em geral”. Não é sem razão que verificaremos uma profusão de discursos
em que a lentidão era considerada característica abominável e associada, sobretudo, aos negros, índios e pobres.
74



derrocada78. A sede era pelos tempos rápidos79 (SANTOS, 1996), posto que estamos nos
referindo a um contexto no qual “a idade mecânica” trazida pela era industrial colocava a
velocidade como grande aspiração do momento, enquanto a lentidão passava a ser utilizada
para aludir, sobretudo, os dominados80 (VIDAL, 2018).
A presença de próteses técnicas explica a constituição de um meio cada vez mais
tecnificado (SANTOS, 1996)81. Nesse novo cenário, “os objetos técnicos, maquínicos, juntam
à razão natural sua própria razão, uma lógica instrumental que desafia as lógicas naturais,
criando, nos lugares atingidos, mistos ou híbridos conflitivos” (SANTOS, 1996, p.57). Os
novos instrumentos passam a figurar não mais como extensões do corpo do homem, mas
como prolongamentos do próprio território, configurando-se verdadeiras próteses. É assim,
então, que valendo-se de “novos materiais e transgredindo a distância, o homem começa a
fabricar um tempo novo, no trabalho, no intercâmbio, no lar. Os tempos sociais tendem a se
superpor e contrapor aos tempos naturais” (SANTOS, 1996, p. 57)82.
Aqui lembramo-nos ainda do geógrafo franco-suíço Claude Raffestin, segundo quem à
revelia da prática a matéria não passaria de um “dado puro, inerte e suas propriedades ficam
latentes” (RAFFESTIN, 1993, p. 224). Na visão do autor, a matéria por si só não é um
recurso. Essa atribuição só faria sentido na existência de um processo de produção
envolvendo a participação de um ator (A), uma prática ou técnica mediada pelo trabalho (r) e
uma matéria (M). A matéria somente se qualificaria enquanto um recurso a partir de um
processo que simploriamente obedeceria ao seguinte esquema: ArM → P – no qual P é


78 Preocupação rítmica também aparecia enlaçada à questão da mudança da capital: “Minas jamais se
desenvolveria, o seu progresso seria sempre moroso, se por qualquer fatalidade a sua capital permanecesse em
Ouro-Preto” (O SERRO, 14.jun.1891, p.1).
79 Santos (1996), na tentativa de ultrapassar as limitações do tempo curto e tempo longo – propostos por Braudel

– fala em um tempo rápido e tempo lento e faz questão de frisar que estas não são dominações estanques; a
lentidão, diz ele, somente é dada em oposição à rapidez e varia de lugar para lugar.
80 Em texto dedicado a refletir sobre a mineração o processo de extração do cascalho era descrito seguinte forma:

“munidos de alavanca, da cavadeira e da almocafre, os mineiros atacão o cascalho, ao passo que escravos, com
uma batêa de pequena capacidade, collocada na cabeça, vão e vem, n'um andar lento e preguiçoso, desde de
manhã até de noite, para carregar assim de cada dez uma pequena carga para os depositos da margem. E
entretanto o tempo urge (A PROVÍNCIA DE MINAS, 20.jan.1888, p.3, grifos nossos).
81
Santos (1996), ao versar sobre as relações entre sociedade e natureza, promoveu uma distinção de três períodos
técnicos: “meio natural”, “meio técnico” e “meio técnico científico-informacional”. Enquanto no primeiro desses
extremos “os sistemas técnicos não tinham existência autônoma” (SANTOS, 1996, p. 157), no último deles,
iniciado no pós-Segunda Guerra Mundial, técnica e ciência promoveriam um enlace sob as bênçãos do mercado.
82
É diante desse poder atribuído a essas próteses técnicas que de forma emblemática estampava-se no Liberal
Mineiro: “Hoje, com a profunda revolução que se vae se operando na provincia pelo desenvolvimento da sua
viação ferrea, o argumento das distancias perdeu todo o valor de outr'ora. A locomotiva suprime o
espaço...” (LIBERAL MINEIRO, 13.mar.1884, p.1). No ano de 1846, em texto “sobre os progressos actuaes da
indústria”, colocava-se que uma das incumbências dos homens era a de “encurtar as distancias e condensar o
espaço e o tempo!” (O MERCANTIL, 12.fev.1846, p.2).
75



entendido como um recurso ou conjunto de propriedades. Assim, a relação (simbolizada pelo


trabalho) seria indispensável para a caracterização de um recurso. Entrementes, alerta o
geógrafo, com isso não podemos pensar em uma relação meramente instrumental. Há também
um aspecto político na medida em que o recurso é fruto de uma coletividade e se origina a
partir do momento em que um determinado grupo tem acesso à matéria. É nessa via, portanto,
que havia uma miríade de discursos conclamando ações que possibilitassem a aquisição de
próteses – i.e., máquinas ou braços imigrantes – capazes de converter as matérias abundantes
em recursos concretos.
As próteses técnicas – além de dinamizar a produção – tinham também o poder de
imprimir significativas transformações nos lugares onde eram instaladas: “as vias de
communicações, rapidas, são o incentivo do commercio e da lavoura; ellas veem crear novos
productos e como consequencia immediata o augmento da renda do Estado e da fartura
particular” (GAZETA DE OURO FINO, 22.jul.1894, p.2). Acresceríamos nós que essas vias
de comunicação – à exemplo de outros objetos geográficos, como hospedarias, albergues,
núcleos coloniais, telégrafos – tinham o poder de criar não apenas novos produtos, mas
também novas centralidades. É, a espera por essas “benesses do progresso” , capazes de
extrair do território todo seu potencial, que convertiam o estado mineiro em um território da
espera. Minas Gerais era, assim, um “thesouro immenso”, mas um “thesouro immenso do
futuro” (DIARIO DE MINAS, 4.jul.1874,p.1).
Essa condição, de território da espera, ajuda assinalar que foi propriíssima a forma
que os mineiros lidaram com questões vinculadas ao desenvolvimento. Tratar-se-ia, segundo
Dulci (2000), de caso que além de ímpar no contexto brasileiro, apresentaria acentuado vulto
mesmo em escala internacional. Tal singularidade83 se daria em virtude da precocidade das
estratégias lançadas para o combate do atraso econômico regional – e por isso destacamos o
caso mineiro nessa tese.
A preocupação excessiva advinha da compreensão do atraso como problema de cunho
genuinamente político. Com efeito, tornou-se tema cadente a ideia de “‘perda de substância’
para designar tanto o “declínio econômico relativo dentro do como o “declínio do sistema
regional de poder tanto internamente quanto externamente” (DULCI, 2000, p. 641). Efeito
notório decorrente de tal quadro seria a migração de população das Gerais para outros

83
O caso de Minas, nesse sentido, confirma a hipótese – aventada por Trotski e Veblen, depois elaborada por
Gerschenkron e outros autores – a respeito da correspondência entre o grau de atraso relativo e o grau de
politização (ou de “direção organizada”, conforme Gerschenkron) de que se reveste o processo de recuperação
do atraso (DULCI, 2000, p. 640).
76



estados, o que, na prática, significava perda de eleitores e esvanecimento de prestígio da


oligarquia.
Necessário adscrever outra situação peculiar: as Gerais, conforme vimos, não
apresentariam identidade cultural e econômica pronunciada. Sua força identitária se revelaria,
principalmente, através do aspecto político e administrativo. Assim, mesmo que os laços entre
as unidades mineiras carecessem de firmeza, o poder oligárquico cuidava de garantir adesão
naquilo que Wirth (1982) convencionou chamar de “minissistema federal”. Tratava-se de uma
forma de garantir a representação de todas parcelas do estado, assegurar coesão e arrefecer
movimentos separatistas. No campo econômico, muitos também eram os empecilhos: posição
mediterrânea sem acesso direto ao mar; comunicações internas deficitárias; terras com baixa
fertilidade; topografia acidentada e proximidade com o dinâmico eixo Rio-São Paulo que
exercia forte efeito centrífugo na Mata e Sul de Minas (DULCI, 2000). É na tentativa de
driblar esses percalços que os políticos mineiros envidam esforços na construção de uma
agenda desenvolvimentista, como discutimos a seguir.

77



2.2. Esboços de uma agenda desenvolvimentista

Poder-se-ia argumentar que as origens do desenvolvimentismo no Brasil estão


atreladas aos vultosos eventos de 1930, como a crise econômica mundial e o golpe de
Estado 84 . No entanto, autores como Fonseca (2004) e Salomão (2013) divergem desse
entendimento e enfatizam que, ao menos no plano das ideias, conceitos caros ao
85
desenvolvimentismo vinham sendo esboçados desde muito antes . Experiências
embrionárias, de cunho localistas, já eram verificadas, por exemplo, no governo Vargas
(1928-1930) no Rio Grande do Sul e no governo João Pinheiro do início do século XX em
Minas Gerais.
Em relação a esse último caso consideramos que mesmo antes de João Pinheiro é
possível identificar ingredientes do que mais tarde seria chamado de desenvolvimentismo.
Para sustentar tal argumentação é preciso dizer que três seriam as substâncias básicas do
“núcleo duro” do desenvolvimentismo: 1) industrialização; 2) intervencionismo pró-
crescimento; 3) nacionalismo – o que abrange tanto a retórica ufanista de viés conservador
até propostas de rompimento com o capital estrangeiro (FONSECA, 2004). No entanto, não é
suficiente que o governo recheie seus discursos com tais elementos para ser tachado de
desenvolvimentista; e com isso não se quer versar em dicotomia entre discurso e prática, mas
tão somente destacar a necessidade de os três elementos estarem enfeixados, historicamente,
em torno de um ideário comum86, isto é, estarem concatenados à “uma política consciente
deliberada” (FONSECA, 2004, p.2).
Com efeito, o positivismo deve ser adicionado como mais um condimento desse
cardápio. Tal filosofia cujo expoente principal era o filósofo francês Augusto Comte
desempenhou importante papel ao consolidar a ideia de que o desenvolvimento da sociedade
deveria ficar sob as rédeas do poder público. Ao rechaçar a crença sobre predestinação e
vontade divina, a filosofia positivista colocava o homem como ator protagônico de trajetória
que teria o desenvolvimento intelectual e moral como bússolas do progresso (SALOMÃO,
2013). Essa mudança de percepção, aliás, é registrada nas palavras grafadas n’O Pharol: “Se


84
Sendo associados, sobretudo, aos governos após 1950 – com o caso de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
85
“O desenvolvimentismo resultou de um processo de amadurecimento construído ao longo do tempo,
alimentado por críticos e defensores de suas teses e experiências, e não de uma simples oportunidade história
resultante da Grande Depressão da década de 1930” (SALOMÃO, 2013, p. 174).
86
Ou seja: em algumas ocasiões defendia-se a industrialização sem que essa preocupação estivesse enlaçada à
“políticas conscientes e amplas de intervenção estatal” ou nem sempre o intervencionismo estava devotado ao
fortalecimento da indústria.
78



immobilisarmo-nos a espera do que o futuro nos aguarda, protelamos a realisação de nossos


sonhos e esquecemo-nos de que não é só a Divina Providencia que nos encaminha para os
grandes desideratos, mas antes e principalmente os nossos continuos esforços que se hão de
convergir para alcançal-os” (O PHAROL, 10.fev.1878, p.1).
Considerava-se, assim, com base em leis científicas, que os homens deveriam adotar
medidas na direção de alcançar o futuro desejado. Imbuído por esse espírito, de maneira
diligente o governo mineiro buscava acelerar o crescimento econômico seja através da
imigração87, instalação de ferrovias, investimento no ensino ou com a possível mudança da
capital. Tratava-se de um conjunto de ações articuladas à modernização (antes agrícola e
depois industrial) e à defesa dos interesses nacionais e regionais. Estes três elementos –
modernização, intervenção estatal e protecionismo – seriam indicativos de uma consciência
proto-desenvolvimentista vigente nas Gerais da virada do XIX para o XIX (BARBOSA,
2012). Tríade esta que teria nas ideias e nos alunos oriundos da Escola de Minas de Ouro
Preto substanciosos trunfos para sua propagação e aceitação .
O desenvolvimentismo deixava de ser palavra de ordem para ser elemento a orientar a
ação governamental, servindo de justificativa para que seus tentáculos abraçassem não apenas
a economia, mas também áreas relativas à educação, saúde, legislação, cultura, políticas
públicas, entre outras (FONSECA, 2004). Nessa via, a ideologia do progresso – uma das
características marcantes do positivismo – constituía-se em ingrediente fundamental no
esboço da agenda desenvolvimentista mineira.
A operação de resgate das Gerais escorava-se em um jogo de luzes e sombras:
evocava-se o atraso com vistas a conclamar ações em direção ao progresso88; sublinhava-se a
necessidade do progresso para salientar o quão atrasado estariam os mineiros. Atraso e
progresso seriam faces da mesma moeda da ideologia da burguesia rural e urbana – ideologia
esta que compreendemos como sendo


87
Todos esses investimentos estavam envoltos em grandes polêmicas. No caso da imigração e colonização, não
era diferente. Havia divergências sobre a viabilidade ou não da introdução estrangeiros, sobre o perfil dos
imigrantes, sobre a aproveitamento da mão-de-obra nacional, etc.
88
Adeantamento, aperfeiçoamento, augmento, avanço, crescimento, desenvolvimento, incremento, melhoria.
Estas são algumas das fantasias que a palavra progresso pode trajar (ROSSI, 2000; PÁDUA, 2012). Mas o que
esses diferentes trajes acabam encobrindo? O que eles buscariam revelar? Diante tal interrogação, é de grande
ajuda mencionar o diálogo – relembrado por Dupas (2006, p.17) exatamente para apresentar uma reflexão sobre
a palavra progresso – em que Humpty Dumpty, o gnomo de Alice no país das maravilhas (Lewis Carrol), diz à
personagem principal: “Quando utilizo uma palavra, ela significa precisamente aquilo que eu quero que ela
signifique. Nada mais, nada menos”. Eis então que Alice indaga se é possível conferir múltiplos significados a
uma mesma palavra. Humpty Dumpty logo responde: “O problema está em saber quem é que manda. Ponto
final”.
79



uma rede de regras – dotada de certa permanência e estabilidade – que funda o


vínculo social produzindo noções, representações, formas de discurso e pautas
morais. Essas regras contêm uma carga afetiva que marca os atos, as significações e
as evocações, dando-lhes uma áurea de certeza. Em última análise, confere o
atributo de visão correta ou predominantemente correta; sustenta, ainda, discursos
hegemônicos (DUPAS, 2006, p.23).

Na ótica marxista, a ideologia é concebida enquanto instrumento – baseado no


falseamento da realidade – utilizado no discurso da classe dominante com vistas a assegurar o
status quo. Nessa via, a ideologia era uma arma manejada para atingir determinados objetivos
(WIRTH, 1956; IANNI, 1962). Mas de que forma a burguesia urbana e rural manejava tal
arma? Segundo Dutra (1990), esse grupo dispararia suas ideias com o fito de edificar
representação da realidade que lhe fosse favorável e, para tanto, se baseavam nos seguintes
elementos:
i.) Discursos de caráter universalista em prol da “classe econômica” e das “classes
conservadoras”. Evitava-se, a todo custo, que os distintos interesses – associados aos
diferentes setores e/ou frações da burguesia – viessem à tona;
ii.) Caráter de generalidade, uma vez que questões de classe eram, via de regra,
mencionadas de forma generalista e enfeixadas sobre a ideia de “bem comum”, “progresso",
“moral pública” e “construção da nacionalidade”;
iii.) Ideia de construção da história traduzida em inflamados discursos que,
centrados na concepção da história como progresso e evolução, propagavam a necessidade de
ultrapassar o antigo e edificar novo mundo89. Tratar-se-ia, frisamos, de processo que envolve
as noções de “modernização conservadora”, capitalismo bucaneiro e cordialidade:
A idéia de modernização conservadora vincula-se ao modo como a costumeira e
infeliz manutenção do poder das elites se deu por meio da manipulação do
desenvolvimento urbano e do desejo de experimentar os ‘novos acessórios
modernos’ (urbanização, telefone e cinema, entre outros). Com relação ao
‘capitalismo bucaneiro’, trata-se do “casamento entre a capacidade de
endividamento do Estado e a agilidade revelada pelos empreendedores de uma elite
sem peias, nem mordaças morais...” e cujo processo histórico marcou a acumulação
de riquezas no Brasil. Por fim, a idéia do ‘homem cordial’ implica atentar para as
modalidades de convívio social que tanto marcaram o homem brasileiro, consistindo
em relações de sociabilidade baseadas no domínio do privado e do íntimo e no
desrespeito aos códigos de impessoalidade que regem as organizações burocráticas
(como o Estado), bem como a posição e ou função exercidas pelo indivíduo (DOIN
et al, 2007, p. 93).


89
Exemplo é visto a partir da abolição da escravatura, momento em que o regime agrícola anterior era
qualificado através de imagens negativas (“escombros”, “abalos”, “mundo incivilizado”); quadro alterado no
período pós-escravidão quando abundam discursos recheados de ideias como “reordenação”, “modernização”,
“novos métodos de trabalho”.
80



As rendas provenientes das plantações de café e o gosto pelo moderno e pelas


materialidades inspiradas na Belle Époque alimentariam espécie de Belle Époque Caipira90.
Essa versão caipira é melhor compreendida de forma associada à busca pela civilização – que
se transforma em critério julgador no sentido de louvar os que estão enfeixados sob seus
valores e de condenar os que estão na direção oposta – e pela modernização que era
visualizada a partir de três perspectivas: “1) como um processo histórico de acumulação
capitalista nas mãos de um pequeno grupo de fazendeiros de café; 2) como projeto de
transformação material de costumes e da paisagem urbana das cidades; 3) como processos
sociais que impulsionaram ou obstaculizaram os investimentos urbanos das elites, bem como
as estratégias de vivência dos populares” (DOIN et al, 2007, p.94).
iv.) A positividade do trabalho, um dos pontos nefrálgicos das representações
burguesas, que dizia respeito às efusivas exaltações do labor como fonte de riqueza, bem-estar
e aperfeiçoamento moral. Isso sem mencionar que o trabalho era considerado a razão de ser
do homem e o próprio elemento definidor de sua existência. O trabalho livre permitiria,
segundo tais concepções, a passagem para um mundo superior, civilizado, moralizado,
desenvolvido, asséptico. Concebia-se que o progresso somente seria alcançado a partir de
trabalhadores livres e brancos: “O trabalho inteligente do braço livre só utilisará os thesouros
do nosso feracissimo solo quando o suor do escravo não esterilisar mais a terra brasileira”
(DIARIO DE MINAS, 8.mar.1867, p.1). O escravizado, acreditava-se, não teria em seu
horizonte futuro aventurado e, por essa razão, não trabalharia com a mesma vontade que um
imigrante branco.
v.) Decorrente de esse último ponto, depositava-se crença elevada na positividade do
trabalho científico. A ciência era vista como insumo à racionalidade que combateria a
miséria, ignorância e incultura; a cultura e o saber profissional eram admitidos como
elementos que conduziriam o estado ao progresso e ao desenvolvimento moral e intelectual.
vi.) A negação da exploração do trabalhador: a existência de quaisquer males recaía
sob os ombros de operários e camponeses tachados atrasados, miscigenados, sentimentais,


90
Doin et al (2007) destacam a ocorrência de tal fenômeno em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Goiás, Tocantins, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Paraná. No entanto, com base nos discursos sobre o atraso e
na sanha pela modernização verificada nas Gerais, consideramos a existência de uma espécie de “Belle Époque
Caipira à Moda Mineira”.
81



incultos, sem higiene e ociosos. Não existiria exploração; se havia miséria era em virtude do
ócio, da ignorância e do atraso imputado aos grupos periféricos91.
Esses seriam, na visão de Dutra (1990), componentes constituintes da ideologia da
burguesia mineira. De nossa mirada interpretativa, todos esses elementos – i.) discursos de
caráter universalista; ii.) caráter de generalidade; iii) ideia de construção da história; iv.)
positividade do trabalho; v.) positividade do trabalho científico; vi.) negação da exploração
do trabalhador e, acrescemos, vii.) a mineiridade – ajudam enormemente a compreender o
projeto desenvolvimentista em Minas Gerais, mas não podemos olvidar que tal projeto é
profundamente recortado pela espacialidade. Não por acaso, nas inúmeras vezes em que a
modernização é legitimada fica evidente a vontade de potencializar a utilização do território
das Gerais enquanto potente máquina produtiva.
E aqui lembramo-nos de Moraes (2013) que compreende o território essencialmente a
partir do ponto de vista geopolítico, referindo-se a uma porção de espaço em que o Estado
exerce seu domínio, sua soberania. Já o “território usado”, diz o autor, seria uma
contraposição às áreas ainda não utilizadas, cunhando aquilo que o autor chama de “fundos
territoriais” – áreas não devassadas pelo colonizador e sobre as quais se tem pouco
conhecimento. Muitas vezes elas estão apenas genericamente cartografadas, a exemplo dos


91
Aqui estamos nos referindo aos qualificados vadios, mendigos, prostitutas, capoeiras, menores desamparados.
Ser enquadrado em um desses perfis, em fins do XIX, era o mesmo que ser enxergado com um estorvo. Em
comum entre essas pessoas estava, amiúde, o pertencimento às camadas populares e, não raro, um passado
associado à escravidão. A cor preta da pele despertava temor (SILVA, 2006). Visão essa que aparece no Código
Penal Republicano que, além de especificar diretrizes para a punição dos denominados desviantes sociais,
estabelecia a criação de Colônias Correcionais Agrícolas. Valendo-se da lei federal n. 145 de 11 de julho de
1893 que discorria a possibilidade de criação de colônias correcionais por parte dos estados, o então deputado
Bueno Brandão, no ano de 1894, apresentou proposta para o caso mineiro. De acordo com ele, diante da
dificuldade em se introduzir imigrantes, seria necessário tentar-se empregar os braços nacionais. Assim, no
período que analisamos, criou-se a Colônia Correcional do Bom Destino (1896-1901), a partir da lei estadual
n.141, de 20 de julho de 1895, sendo regulamentada pelo decreto n.858, de 16 de setembro de 1895: “Está
inaugurada a primeira colonia correcional das que pela lei de 20 de julho foram creadas no Estada de Minas.
Denomina-se esse estabelecimento Bom Destino e está situado no municipio de Santa Luzia do Rio das Velhas.
De quantas medidas possam os governos empregar para reprimir a vadiagem, nenhuma poderia prestar mais
salutares beneficios do que a colonia correcional. Cessam agora com taes estabelecimentos os abusos de poder e
arbitrariedades de que se têm visto obrigadas a lançar mão as auctoridades policiaes para corrigir vagabundos e
desordeiros [...]. A estes a colonia correcional vae sobretudo proporcionar o ensino profissional e agricola,
favorecendo-lhes o meio em que se regenerem e se tornem uteis ao paiz. Ainda dessa instituição advirão
vantagens immediatas para a nossa lavoura, cuja falta de braços é principalmente devida a preguiça e viciação
de muitos de nossos patricios que não querem procurar no trabalho agricola a sua subsistencia e bem estar.
(MINAS GERAES, 18.jul.1896, p7). Considerava-se que a vadiagem seria etapa primeira no estágio de
criminalidade. Diante de ambiente repleto de tentações, caberia ao governo criar mecanismos para que o vadio
não se metamorfoseasse em criminoso profissional. O objetivo, porém, argumenta Silva (2006) não seria
simplesmente recuperar os desviantes sociais para reintegrá-los à sociedade; o objetivo primordial seria o de
isolá-los a fim de que não perturbassem as classes abastadas. A crise da lavoura constituir-se-ia apenas em
subterfúgio para confinar os vadios ao campo e, por essa via, “limpar” o espaço urbano.
82



“sertões”, “fronteiras” e demais os lugares dominados pela natureza ou pelos ditos naturais. O
interesse da ordem republicana, ao identificar o sertão como “locus do arcaísmo e do atraso”,
é promover sua modernização através da “alocação de sistemas de engenharia e de objetos
técnicos integradores do território92” (MOARES, 2003, p.5).
Válido mencionar também Vianna Moog (1954) que, em seu livro Bandeirantes e
Pioneiros (1954), versa sobre os êxitos da ocupação e desenvolvimento do Oeste americano e
também aponta agruras enfrentadas pelos bandeirantes no Brasil. Em meados do XIX,
inclusive, o jornal mineiro “O Bom Senso” estampava matéria que incensava os feitos da
ocupação do great west estadunidense e enaltecia a importância da locomotiva e telégrafo:
A despeito dos incredulos, e apezar de immensas dificuldades, os Norte-Americanos
abracarao o que chamão grande Oeste, the great west. Auxiliados pelos dous mais
poderosos instrumentos da civilisação moderna, a locomotiva e o telegrapho
electrico, de certo que conseguirão completo dominio das vastas terras que a
Providencia lhes deu em partilha (O BOM SENSO, 10.dez.1855, p.4).

Esse cotejamento com os Estados Unidos é também alvo da interpretação de Amado


(1995). Segundo ela, o mito história do Oeste atou como importante elemento para a
construção da identidade nacional, tendo musculatura capaz de sustentar uma hegemonia
nacional e internacional. Já no Brasil a criação de espaços simbólicos regionais – notadamente
o sertão e a Amazônia –, não teve vigor suficiente para forjar narrativa comum à toda nação.
Tratava-se, afinal, de ideia mítica de caráter regional.
Para Oliveira (1998), o mito do sertão tem repercussão no bandeirante e em seu apetite
por alargar o espaço territorial da colônia portuguesa. Essa seria a mais marcante experiência
de fronteira na história nacional. Outro paralelo possível, diz Moraes (2002), se estabelece
com a história Argentina, em que a noção “deserto” – de forma próxima ao que ocorrera no
Brasil – também fora utilizada como sinônimo de espaço a ser conquistado (DONGHI, [1992]
2005; RODRÍGUEZ, 2010; RISSO, 2016). Em nossa intepretação, tanto nos casos brasileiro,
estadunidense e argentino, independente do nome oeste, sertão ou deserto 93, trata-se de
“espaços em espera”.
A vontade de vencer essa espera é escancarada, como veremos adiante, nos discursos
que apregoam a necessidade de introduzir maquinário agrícola moderno, estradas de ferro,


92
Na dicção dos políticos, o território era muito mais uma palavra – usada para designar, sobretudo, o substrato
físico – que um conceito. Em muitas ocasiões, no lugar de território poderia ser pronunciada/grafada palavras
como natureza, espaço ou paisagem. De toda forma, o que nos importa, antes de tudo, é a substância alusiva ao
espaço imanente à palavra.
93
Ver também: NAXARA, Márcia R. C.. Desertos de civilização: significando o Brasil (história e literatura).
Letras & Letras (UFU. Impresso), v. 26(1), p. 171-183, 2010.
83



escolas, e imigrantes que viessem “tirar todo o partido” das riquezas naturaes mineiras
(REVISTA INDUSTRIAL DE MINAS GERAES, 20.abril,1897, p.290). Essas próteses94 – e
aqui ecoamos dicção miltoniana – seriam instaladas no território com a finalidade de torná-lo
mais útil aos desígnios de certas classes. Para tratar dessas questões, percorreremos, a seguir,
tópicos que trazem em comum o apelo técnico. Primeiramente versamos sobre João Pinheiro
e Escola de Minas de Ouro Preto, depois sobre o arcaísmo da lavoura e, por fim, sobre as
propaganda agrícola e imigratória.


94
O juiz da paz de Sete Lagoas – em resposta de circular enviada em 1894 pela Secretaria da Agricultura,
Commercio e Obras Publicas do Estado de Minas – pedia “attenção do governo para o systema rotineiro da
agricultura, fazendo com que se substituam os braços, hoje escassos, pelas machinas agricolas, productos da
sciencia de lavrar a terra” (MINAS GERAES, 25.ago.1896, p.2).

84



Progresso em Minas

Luctemos pela felicidade desta cara e heroica provincia, e nós os mineiros,


unidos todos, tenhamos um alvo somente – progresso d'este abençoado torrão, o
progresso, que segundo diz Naquet, é como um rio immenso que rega e fertilisa
quando nada se oppõe ao curso natural das suas aguas; que inunda e esteriliza
quando encontra em sua passagem diques que elle deve romper e espedaçar (A
VERDADE, 28.dez.1888, p.1).
85



2.3.1. A Escola de Minas de Ouro Preto e o republicanismo de João Pinheiro

De atrazo em atrazo, esperando favores tardios, ou mesmo que nunca virão,


deixamos correr o tempo em uma inação, que certo, não é a dos espiritos fecundos e
sempre trabalhados pelas ideias hodiernas.
Geração rica de seiva, como que a passa, permaneceremos no status quo, sem que
nos falle ao coração o caminhar incessante de outros povos, onde florescem e
fructificão todos os avanços, que aprimorão este século?
É tempo de accordar, que o lethargo enregela e mata também.
[...]
O adiantamento dos povos tem um seguro termometro: os melhoramentos materiais
servem para aferil-o
(O PHAROL, 2.set.1877, p.1).

Quais vantagens hão de existir no atraso? Uma delas, lembra Dulci (1999), é a de se
trazer tecnologia de fora, abreviando etapas já percorridas por sociedades outras. Esse atalho
soa convidativo, porém não podemos esquecer que ele traz em seu bojo situação de
dependência em relação às intervenções externas; todavia, esse obstáculo indesejável pode ser
contornado a partir de investimento em pesquisas científicas e tecnológicas. Exemplo de
esforço nessa direção foi a criação da Escola de Minas de Ouro Preto (EMOP), instituição que
inspirou as elites na superação do atraso a partir do fomento à grande indústria95.
Curiosamente, no entanto, a criação da Escola de Minas antecedeu, em muito, “à
adoção da estratégia de desenvolvimento de que ela foi a semente intelectual” (DULCI, 1999,
p.54). Sua existência, prevista em lei desde 1832, era justificada sob o argumento de que o
grande diferencial das Gerais se relacionava à fartura de recursos minerais. A exploração de
tais recursos, acreditava-se, estaria condicionada à conhecimentos científicos e tecnológicos.
À exemplo do que acontecia no restante do país, a exploração dos recursos minerais era, de
maneira geral, alicerçada em técnicas “comprovadamente arcaicas” (SANTOS e COSTA,
2005, p.281). Não é de se estranhar, portanto, que o mineralogista francês, Henri Gorceix96,
através de ofícios endereçados ao Imperador, ao Ministério do Império ou ao Presidente da
Província, defendesse a necessidade de exploração racional dos recursos naturais (SANTOS e
COSTA, 2005).


95
Dulci (1999) prefere chamar tal movimento de especialização industrial para evidenciar que os investimentos
destinados à catapultar a recuperação se concentravam, via de regra, nos ramos mais dinâmicos.
96
Renomado mineralogista francês a quem D. Pedro II, em 1874, confiou a missão de organizar o ensino de
mineralogia e de geologia no Brasil. Entre outras ações, Gorceix desempenhou papel importante na fundação da
Escola de Minas de Ouro Preto em 12 de outubro de 1876. Atuou ainda como diretor desta escola entre os anos
de 1876 a 1891 ele. Em dezembro 1889, Gorceix fundou a Sociedade de Geographia Economica de Minas
Geraes (SANTOS e COSTA, 2005).
86



A criação da Escola de Minas, em 1876, se dá justamente num momento em que se


assiste a transição do urbano para o rural e a economia mineira deixa de se assentar no ouro
para ter na agricultura (sobretudo nos pés de café) seu sustentáculo maior. No cenário
internacional, o mercantilismo cedia vez ao capitalismo industrial; os ganhos vindouros do
uso intensivo de outros recursos, para além do ouro, exibiam acenos sedutores, ainda que esse
fosse um movimento ousado para o Brasil agrícola dos oitocentos.
Portanto, diante de contexto pouco favorável, percebemos que o surgimento da Escola
de Minas ocorre em momento inesperado. Tal surgimento trouxe duas principais
repercussões: i.) o fortalecimento das discussões sobre a recuperação econômica regional e a
normatização da política de extração e beneficiamento dos recursos minerais e ii.) o
estabelecimento de um novo espaço para a formação de elite intelectual antes dominada por
bacharéis. Ou seja: a referida Escola (Figura 2), além de constituir substancioso ingrediente
do projeto de desenvolvimento regional, difunde novas práticas e conhecimentos entre setores
das classes conservadoras (BARBOSA, 2012).

Figura 2 - Escola de Minas de Ouro Preto

Fonte: Arquivo Nacional (1927)

Nos registros da EMOP, que vemos acima, estava grafado o nome de um aluno
proveniente do Seminário de Mariana que se matriculou na instituição. Ao avaliar a
dificuldade de conseguir emprego como engenheiro de minas, optou por rumar para São
Paulo onde se tornou bacharel em Direito, formação que à época abria maiores possibilidades
de inserção política. O nome deste aluno era João Pinheiro da Silva97 e sua permanência na

97
João Pinheiro da Silva, político e industrial, nascido no ano de 1860 em Serro (MG), e falecido em outubro de
1908 quando exercia mandato de Presidente do Estado que viria terminar em 1910. Seu pai era imigrante italiano
87



instituição durou 2 anos. Esse período foi importante por possibilitar que Pinheiro
estabelecesse vínculos com republicanos que anos depois seriam fundamentais na expansão
dos ideais republicanos nas Gerais (BARBOSA, 2012). Tudo isso contribuiu para que a figura
de Pinheiro se tornasse emblemática: sua formação como bacharel em direito o enlaçava aos
estratos tradicionais da elite política; e sua formação inicial na EMOP lhe possibilitava vários
conhecimentos técnicos na área da engenharia.
Após se formar em São Paulo, e voltar a morar em Ouro Preto (1887), passou a
conviver com professores e ex-alunos da Escola de Minas empenhados em publicar os Anais
da Escola – material que dava visibilidade à pesquisa sobre o subsolo mineiro. Essa
convivência colaborou para reforçar sua formação junto a EMOP e estreitar os laços de
amizade iniciada com Gorceix98 ao longo de sua primeira passagem na escola (BARBOSA,
2012)99.


e sua mãe natural de Caeté. Foi uma das figuras que organizou o Clube Republicano em Ouro Preto e, em 1888,
comandou a organização do primeiro Partido Republicano Mineiro, assumindo a direção de seu jornal, o
Movimento (1889). “Nele, João Pinheiro discutia e esclarecia pontos essenciais do programa republicano, tais
como a separação entre a Igreja e o Estado, a liberdade do ensino, a democratização da Justiça, a federação”
(MONTEIRO, 1994, p.648). Quando da Proclamação da República, é nomeado, pelo Governo Provisório, aos
cargos de Secretário de Estado e Vice-Governador. Em 11 de fevereiro, diante da ida de Cesário Alvim para o
Ministério do Interior, assume o exercício interino do Governo de Minas. Após deixar o Governo – e tendo
iniciado a reorganização da administração estadual – elege-se Deputado ao Congresso Constituinte de 1890 e
integra a Comissão dos 21 (responsável por encaminhar ao Plenário o projeto constitucional). Renuncia o
mandado legislativo diante da deposição de Marechal Deodoro e Cesário Alvim (1891). Também se destacou
como empresário, na Cerâmica de Caeté, e como professor na Faculdade de Libre direito do Estado de Minas
Gerais.
98
Especula-se que o período emopiano possibilitou que Pinheiro entrasse em contato com as obras de Augusto
Comte.
99
Berdoulay (1981) lembra que ao final do XIX, quando a Geografia não tinha uma configuração marcadamente
universitária, sua estruturação se dava a partir de círculos de afinidade – expressão que designa as inter-relações
de pessoas, academia ou não, que comungam ideias semelhantes. Nessa perspectiva, consideramos que a
convivência entre Pinheiro e Gorceix (ambos membros da Sociedade de Geographia Economica de Minas
Geraes), serviu para o fortalecimento e disseminação de ideias afinadas às discussões da Geografia da época.
88



Figura 3 - O jovem João Pinheiro

Fonte: Fundação João Pinheiro100

Em relação à atuação política, Pinheiro inspirava reflexões que destacavam o dever de


o Estado normatizar a sociedade101 e, caso necessário fosse, defendia que a esfera privada
também atuasse em favor do crescimento. Em sua visão, poder público e desenvolvimento
econômico seriam instâncias “essencialmente comunicáveis” (BARBOSA, 2012, p.65). Sua
saída da cena pública em nível estadual ocorreu quando passou a morar em Caeté (MG) onde
fundou uma empresa de cerâmica (Cerâmica Nacional) e atuou como empresário. Entre outros
feitos, Pinheiro era celebrado por conta de seu investimento na “modernização” da
agricultura, tanto que se alardeava: “com uns vinte João Pinheiro no Estado, o progresso
mineiro se acentuaria...” (O PHAROL, 8.set,1901, p.1).
A essa altura do texto é momento de dizer que embora João Pinheiro não fosse a única
figura de destaque entre o grupo “moderno” que se esboçava na tradicional elite mineira, sua
relevância está atrelada à aproximação com elementos do pensamento positivista. E
exatamente por isso compartilhamos da hipótese de Barbosa (2012, p.70), quando ele, sem
intencionar esmiuçar contribuições da teoria comteana ao pensamento de Pinheiro, considera
que algumas ações – notadamente a “intervenção do poder público no desenvolvimento


100
Disponível em: <http://www.repositorio.fjp.mg.gov.br/handle/123456789/640>. Acesso em: 22.jan.2019.
101
No ano de 1890, João Pinheiro, quando era vice-governador, criou a Comissão Geographica e Geologica do
Estado de Minas que tinha por objetivo compreender: “I. A divisão administrativa e judiciaria; II. A
determinação do territorio do Estado, municipios, districtos, a determinação de sua extenção e posição, de suas
condições climatologicas, da direcção de suas montanhas, rios e estradas; III. O estudo das rochas, mineraes,
terras de cultura, de sua composição e fertilidade; IV. Determinação dos pontos mais importantes e de sua
altitude; V. Correcção da Carta geographica” (REVISTA INDUSTRIAL DE MINAS GERAES, 20.jun.1897,
p.4).
89



econômico” e o “planejamento da intervenção” – tiveram o positivismo como destacado


aporte teórico.
Nessa medida, “João Pinheiro seria [...] a liderança tradicional com tintas positivistas a
sistematizar o legado que Gorceix deixara por meio da Escola e de seus ex-alunos”. Ele era “o
portador principal de uma bandeira que não é per se positivista, mas que tinha na engenharia,
e sobretudo na EMOP, seu centro irradiador capital” e que, justamente pelo positivismo,
“tornava-se mais aceitável para o conjunto das classes conservadoras” que viam emergir a
categoria profissional do engenheiro como formuladora especial de um novo tipo de política
pública” (BARBOSA, 2012, p.71).
Diante dessa proeminência de João Pinheiro e relevância da EMOP na constituição de
uma “elite tecnoburocrática mineira”102, são dignos de atenção a existência de documentos
que colocam o planejamento regional como caminho para superação do atraso (BARBOSA,
2012). Trata-se, assim, não apenas de esforço propositivo, mas também de reforço alicerçado
na técnica, como adiante discutimos a partir de um dos diagnósticos sobre a realidade mineira.


102
Lá, como vimos, ocorria tanto a formação de engenheiros como o estabelecimento de discussões sobre
desenvolvimento regional. Nessa esteira, Barbosa (2012) assinala ainda as convergências e divergências de uma
“elite técnica” no que diz respeito à consolidação das carreiras profissionais e à atuação efetiva junto ao poder
público.
90



2.3.2 Diagnosticar o arcaísmo da lavoura para modernizá-la

Em 1898, Américo Werneck, então Secretário da Agricultura e Obras Públicas de


Minas Gerais, enviou circular às Câmaras Municipais com a finalidade de conhecer a situação
da cultura do fumo no estado. Uma das perguntas lançava a seguinte interrogação: “Qual a
causa da decadencia desta lavoura nesse municipio?” (MINAS GERAES, 17.set.1898, p.1). A
questão, como fica patente, presume estágio decadente e intenta dirigir a resposta. Não deve
ser fortuito, aliás, que João Baptista Martins, presidente da Câmara Municipal de Carangola,
tenha prestado os seguintes esclarecimentos: “a lavoura do fumo neste municipio não está em
decadencia como se póde suppor do modo porque é formulada a pergunta do exm. sr. dr.
Secretario; ao contrario a mesma lavoura tem se desenvolvido, não sendo, porém, o seu
desenvolvimento tão notavel como era de esperar-se nestas zonas [...] (MINAS GERAES,
11.dez.1898, p.5). Martins poupa-nos o trabalho e ele mesmo denuncia que a pergunta fora
engenhada de forma a captar a decadência, como se esse fosse único cenário possível. Uma
vez que ele iniciou a interpretação que elaboraríamos, cabe-nos frisar que sua resposta
apresenta duas formulações recorrentes no período: a menção à imigração como medida ao
progresso e a utilização de São Paulo como referência.
Nesse contexto, a preocupação em relação à decadência e às especificidades do
processo produtivo – já vigente ao longo do Império – aparece sistematizada em circular
enviada pelo secretário da agricultura (David Moretzsohn Campista) às câmaras municipais e
conselhos distritais com o propósito de conhecer a situação da lavoura:
I – Qual o gráu de difficuldade para a sahida dos productos da zona, a
distancia dos mercados, a importancia delles?
II – Esclarecimentos relativos a salarios, qual a o preço medio delles,
fazendo-se apreciação acerca dos recursos de que pode dispor a familia do
trabalhador?
III – Qual a abundancia de trabalhadores em geral? Si se tem praticado
algum meio de obtel-os? e que resultado tem obtido?
IV – O que pensa acerca dos diversos systhemas de immigração e
colonização, até hoje indicados em relação á zona? Quaes as vantagens que podem
offerecer ao colono estrangeiro e a nacionalidade que preferem?
V – O numero de braços uteis para a sociedade podendo ser entre nós
multiplicado pela cathechese e melhoramento das condições da classe operaria, e
immigração expontanea; o que pensa a este respeito?
VI – Qual o movimento de emigração e immigração da zona, suas causas,
epocas em que mais se realisam?
VII – Quaes as condições de salubridade da zona julgada pelo estado de
saúde dos seus habitantes?
VIII – Quaes as materias primas, generos de primeira necessidade da zona,
sua abundancia e forma de extracção e de cultura?
IX - Quaes os processos de criação de gado, suas especies e abundancia?
X – Qual a estatistica de importação e exportação da zona?

91



(Minas Gerais, Relatório apresentado ao Dr. Presidente do Estado de Minas


Geraes pelo Secretário de Estado dos Negócios, da Agricultura, Comércio e Obras
Públicas, Dr. David Moretzsohn Campista, no anno de 1893, 1893, p.6).

De posse das respostas, Campista afirmou que as razões do atraso e relativa


decadência seriam as seguintes:
1º Falta de conhecimentos profissionais;
2º Falta relativa de estradas e vias de comunicação;
3º Carencia e incapacidade de braços;
4º Elevação dos impostos de exportação;
5º Escassez de capitaes;
6º Dificuldade nas transmissões de propriedade territorial pela importância
elevada do imposto correspondente;
7º Vicio da vadiagem

(REVISTA INDUSTRIAL DE MINAS GERAES, 15.jul.1894, p.252).

Esse era o retrato das Gerais em fins dos oitocentos. Ou melhor: esse era o retrato que
Campista decidira revelar. Dizemos isso tendo em vista os problemas que o questionário
apresentava: era extenso, disperso, homogêneo; inspirado por concepção reformista (na
medida em que tratava o rural como espaço em que o mercado, preços, circulação e vendas
ditariam as regras) e com perguntas confusas e tendenciosas. Resultado: houve muitas
abstenções e respostas pouco fidedignas/esclarecedoras103. Esse descompasso é entendido na
medida em que o questionário fora elaborado a partir das temáticas que Campista considerava
problemáticas e intuía generalizadas (RIBEIRO, 2000). Exemplo disso é que para legitimar a
exequibilidade da política imigratória sugestionava-se a existência de um quadro de escassez
de força-de-trabalho.
As respostas apresentavam elementos singulares eclipsando a ideia de um problema
global. Em consequência o autor não teve condições de promover arranjo coerente e acabou
confinando as respostas aos recônditos daquilo que considerava, de antemão, problemático. O
interrogatório se furtou, em essência, a ser retrato pasteurizado que, em ângulos pouco
singulares, apontava a carência de braços, predicados desaproveitados e o descuido
governamental com a vida de cada distrito.
Apesar de esses problemas, a “Enquete Campista”, como ficou conhecida, se
transformou em importante referência para escrevinhar, a traços fortes, a rarefação de
trabalhadores rurais e os problemas decorrentes da abolição da escravatura. Ela retrata a
concepção que o governo e funcionários tinham do rural em fins do XIX. Nesse período,

103
De acordo com Monteiro (1973, p. 62), “o número avultado de abstenções, de respostas negativas, de
informações limitadas e mal formuladas revela a absoluta falta de visão das autoridades municipais, em sua
maioria proprietários, sobre as medidas a serem tomadas para sanear a economia”.
92



mormente pós anos 1870, muitos eram os funcionários públicos reformadores. Isso é
perceptível a partir de críticas endereçadas ao latifúndio, à lavoura predatória da fazenda, ao
uso do fogo, à rusticidade do trabalhador e à pequena e espacialmente concentrada
rentabilidade agrícola104.
Os exemplos arrolados nesse trabalho, que forçam a identificação da decadência,
precisam ser interpretados a partir do pensamento reformista que tinha Affonso Penna105 e,
notoriamente, João Pinheiro, como alguns dos representantes (RIBEIRO, 2000). Esse
pensamento era influenciado pela abolição da escravidão, crises da cafeicultura e debates
sobre agricultura veiculados nos Estados Unidos. Discutia-se formas de difundir ideias sobre
técnica agrícola, produção, terra e trabalho. Debatia-se também sobre maneiras de limar as
consideradas ervas daninhas a atravancar o progresso: a rotina da lavoura, os baixos
investimentos e os métodos rudimentares.
De acordo com Ribeiro (2000), a presença de palavras de apelo reformista em muitos
textos não era capaz de fazer do reformismo um programa na medida em que não havia
consenso sobre as reformas necessárias, sujeitos envolvidos e objetivos. Os textos, em geral,
apresentam primeiramente o problema da técnica e defendiam que o agricultor mineiro
imitasse o norte-americano e empregasse maquinário dito moderno de forma a otimizar o
trabalho e baratear a produção.


104
Giovanini (2006), ao concentrar sua análise nas duas principais regiões cafeeiras mineiras, chama atenção
para a grande fragilidade dos métodos de manejo e da estrutura de transportes da Mata; limitações que
aparentemente não incomodavam os agricultores, posto que os elevados preços do café ajudavam a minimizar
efeitos decorrentes dos transportes deficientes e dos cafezais com baixa produtividade. Esse quadro favorável se
alterou em 1897 quando a crise dos preços do café realça os problemas da produção matense e promove a
intensificação de discursos que denunciavam o manejo predatório. Além disso, as alterações nos regimes
pluviométrios substituíam secas longas por tempestades que concorriam para a erosão e movimentos de massa.
Assim, os solos matenses – que já não eram tão férteis e apresentavam declividade acentuada – praticamente
impossibilitavam a prática agrícola. Não se pode, no entanto, colocar na conta do quadro natural, as agruras da
cafeicultura matense, posto que, entre outras questões, os problemas associados ao manejo falavam mais forte.
Desde meados de 1860, aliás, lembra o autor, já se registravam debates sobre questões agronômicas nos jornais
da região, ainda que em termos práticos quase nada tenha sido feito. A utilização de maquinário até ocorria,
porém era deveras lenta. A conjuminância de tais fatores, associadas ao quadro natural, deteriorou em muito a
qualidade do café matense. As custosas soluções sugeridas pelos políticos da região pela propaganda,
disponibilização de crédito, redução dos preços dos fretes e dos impostos. Todavia, diante da baixa na
arrecadação, não havia como viabilizar tais sugestões. Os fazendeiros sulistas, assim como os matenses,
apresentaram conhecimentos técnicos incipientes e seriam desinteressados por outras formas de manejo. A
despeito disso, suspeita-se que a existência da policultura e o quadro natural – com solos com declividades mais
favoráveis que as matense – explicam uma melhor sorte dessa região no que diz respeito aos problemas
ambientais que assolam áreas monocultoras, como a Mata. Tratar-se-ia, como sustenta o autor, de uma
racionalidade acidental.
105 Lima (2016, p.20) lembra que Affonso Penna desempenhou papel destacado “como produtor de repertórios

de práticas e discursos modernizantes, que visavam o progresso mineiro por meio de programas vinculados à
expansão da rede ferroviária e à formação técnica do trabalhador.”

93



Outra questão presente é a “agrária” que aparece contemplada à partir de críticas à


classe detentora de terras, mas reticentes aos avanços106. Afinado a essa concepção, temos
João Pinheiro que ao diagnosticar os agricultores como rotineiros, deseducados e pouco
afeitos às novas técnicas, recomendava que ao governo caberia zelar pela educação agrícola
em escolas primárias e rurais, investir na criação de centros demonstrativos e no ensino
prático e técnico107 (RIBEIRO, 2000). A despeito de esse desejo, pouco se conseguiu fazer
para alterar os rumos da agricultura, o que pode ser entendido quando verificamos que os
reformistas, amiúde, não estavam familiarizados com o rural. Ainda que objetivassem
substituir a política da fazenda predadora, autossuficiente e poderosa, por uma “produção
mercantil, tecnificada e, eventualmente, familiar, eles desconheciam práticas agrícolas e
apenas suspeitavam das diferenças regionais” (RIBEIRO, 2000, p.185).
Não foi por conhecer Minas que Campista elaborou questionário tão
uniforme, nem foi por acaso que esses autores repetiam até o insuportável os
mesmos exemplos e críticas; não foi apenas por confrontar o poder rural que essa
fala ficou relegada aos arquivos: foi também por revelar uma ignorância da
racionalidade das técnicas rurais e seus resultados. Era grande a distância entre a
análise feita pelos reformistas e o cotidiano das lavouras: as descrições que ficaram
dos sistemas de produção adotados por posseiros, fazendeiros e agregados revelam
uma lógica desconsiderada por estes funcionários e autores. Qual recurso era
economizado ao poupar uma mata abundante e considerada adversa? Qual interesse
haveria em aumentar a quantidade de trabalho aplicada na produção, se pouco
serviço criava abundância? Qual a vantagem em introduzir maquinário, se o trabalho
agrícola era mínimo? Qual interesse em melhorar rebanhos e derivados do leite, se o
comércio era frágil? As críticas dos funcionários visavam os métodos da produção;
mas, quais eram as vantagens desses métodos? Por não se colocarem estas
perguntas, esses críticos pouco conseguiram com seus esforços além dos
equipamentos que o governo João Pinheiro importara, que tornaram-se um sucesso
na sua biografia e um encalhe nas Câmaras das cidades mineiras (RIBEIRO, 2000,
p.185).

Na análise de Ribeiro (2000), as críticas endereçadas à lavoura centravam-se nos


métodos, mas não nos resultados. Havia inclusive autores, como Daniel de Carvalho e
Leopoldo Pereira, que embora vociferassem contra as técnicas, reconheciam a produtividade
alcançada. Mas já que a produtividade e tampouco a fertilidade ou disponibilidade de terras

106 Povoamento e colonização com famílias que dominassem as artes agrícolas e incentivo à mudança no
gerenciamento das unidades rurais, de forma a diversificar o cardápio produtivo, também eram temas presentes
(RIBEIRO, 2000).
107
Martins (2014, p.155), ao estudar as repercussões do café no Sul de Minas, assinalava: “Se não houve
alteração no sistema agrícola nem na estrutura fundiária por causa da expansão cafeeira, houve uma escalada nas
pressões sobre o ambiente em toda a região. As florestas e os campos naturais sul-mineiros recuaram bastante.
Sobraram tiras de matas ao longo dos córregos, manchas pequenas nas cristas dos morros ou nos pontos em que
o terreno não oferecia vantagens à agropecuária. A monocultura cafeeira e a expansão dos pastos artificiais
também reduziram a biodiversidade regional”. Ao analisar a ocupação de outra região – nos Vales do Mucuri – o
autor também assinala a presença de prática predatória de agricultura tradicional, a “roça de toco” baseada na
queimada da cobertura florestal.

94



não eram considerados problemas, as críticas das elites centradas nos métodos poderiam ser
motivadas por duas questões: i.) escassez de trabalhadores, aspecto que se constituía em
obstáculo à produção – conquanto, válido avivar, a falta de braços da Enquete Campista deva
ser vista com ressalvas, na medida em que as perguntas já apontavam para essa direção; ii.)
preocupação com a degradação ambiental – o que, na interpretação de Ribeiro (2000), seria
coerente e, por essa via, as propostas reformistas seriam uma “sugestão para economizar a
natureza”.
Mais que um problema especificamente lastreado na economia, a magna questão
estaria atrelada aos impactos que o arcaísmo técnico imputaria à lavoura. As técnicas
utilizadas eram vistas como predatórias, rústicas, antiprogressistas e limitadoras do futuro.
Lapidar exemplo avistamos no discurso do engenheiro agrônomo Ricardo Ernesto Ferreira de
Carvalho108, segundo quem a indústria rural nas Gerais era mais dependente de instrução e de
braços do que de terras e capitais e, por isso, dependeria da colonização que povoa e do
ensino profissional que instrui. Em sua ótica (embebida de preconceito), os pilares do
nominado “primitivo apparelho de trabalho” eram o braço africano e a cultura extensiva que
valendo-se de “condições agrocologicas especiaes, constituiram o systema de destruir para
produzir de ‘enriquecer os paes para empobrecer os filhos’, devastando as florestas, esgotando
os thesouros humiferos do sólo”, tendo o “ braço humano, como alavanca automatica, para
essas escavações destruidoras das heranças dos provindores para esse exhaurimento sem
tregoas e sem compensações da fecundidade ingenita da terra” (MINAS GERAES,
24.set.1895, p.2).
O enriquecimento do país em detrimento da miséria dos filhos seria eloquente imagem
a ilustrar essa produção descompromissada com o futuro. Por tudo isso, Carvalho
argumentava que o solo seria a pátria e cultivá-lo seria sinônimo de servi-la. Não haveria, diz
ele, nenhum empreendimento mais patriótico “do que o de promover a reparação devida ao
solo patrio dos males causados pela rotina agrícola” (MINAS GERAES, 24.set.1895, p.2). No
entanto, apesar de desmesurado zelo, o descompasso novamente brota diante nossos olhos: de
um lado, inspirados por preocupação ambiental, o governo criticava a exploração irracional da
natureza, flertando com princípios conservacionistas. Do outro, os lavradores pouco se
importavam com tais questões. As críticas reformistas acabavam então não tendo muito lastro


108 Professor e diretor do Instituto Zootechnico de Uberaba (MG).
95



na realidade, uma vez que lidavam com um “mundo estável e sólido, que mantinha-se pela
força da fertilidade, da terra e do poder que alimentava-se dela” (RIBEIRO, 2000, p. 193).
De nosso ponto de vista, a sanha modernizante e as insistentes críticas às técnicas
rurais, além de revelarem certa preocupação ambiental, contribuíam para sublinhar a
necessidade de “importar técnicas” europeias e “corpos brancos” a partir da introdução de
imigrantes109. Tudo isso evidenciaria que atrelado a essa necessidade, de não devastar as
riquezas acumuladas pelo tempo, havia a preocupação em maximizar o uso do território,
aproveitando-se de forma racional dos sertões virgens, mas também das áreas já exploradas.
A técnica, acreditava-se, traria o progresso ao aperfeiçoar e aumentar a produção e garantir
futuro onde haveria natureza em condições de seguir sendo explorada sustentando o status
quo. Se os discursos conclamavam, insistentemente, que se explorassem os sertões virgens;
seria retrocesso ter sequer uma parcela de terra que não contribuísse para engrossar as
riquezas produzidas. Discorrer sobre os encômios em prol de benesses técnicas capazes de
maximizar a produção é nosso intento a seguir.


109
Versieux (2010) lembra que o empenho das elites mineiras não se atrelava às preocupações com a natureza e
sociedade, mas sim por que os métodos ditos arcaicos comprometeriam os solos, o regime das chuvas e, por
extensão, provocariam a diminuição da produção agrícola.
96



2.3.3 Propaganda Agrícola

Qual ha de ser o futuro da agricultura em Minas Geraes? Quaes são as causas da


crise agricola actual, quaes os remedios a applicar? Quaes sãos os methodos
agricolas, novos, modernos e racionaes que vão substituir os antiquados methodos
tradicionaes e rotineiros que comportava o emprego exclusivo e em grande escala do
braço escravo? Qual é a orientação que devem seguir os particulares e o governo?
Qual é a norma que deve seguir o fazendeiro para desenvolver as lavouras apesar
das difficuldades actuaes, e para vencer os obstaculos da hora presente? Quaes são
as medidas que deve tomar o governo para levar a agricultura ao grau de
prosperidade que ella póde pretender? (REVISTA INDUSTRIAL DE MINAS
GERAES, 15.jul.1894, p.251).

Essa infantaria de perguntas fora perfilada por Arthur Thiré110 em ensaio devotado à
questão agrícola. Temário que na visão do engenheiro francês despertaria interesse do
fazendeiro ao “simples observador” atento aos acontecimentos no estado, passando ainda pelo
político, governo, economista e filósofo. Diante da diversidade e complexidade das questões,
Thiré alegava ser necessário “mais de um obreiro para construir o colossal edificio da futura
organização racional da agricultura no Estado de Minas” (REVISTA INDUSTRIAL DE
MINAS GERAES, 15.jul.1894, p.251). Em nossa ótica, destacados obreiros eram publicistas
que, através das páginas dos periódicos mineiros e de seus livros, engrossavam o coro pelo
incremento técnico na agricultura.
No Minas Gerais, por exemplo, sob a epigrafe “Propaganda Agrícola” (Figura 4),
enfileiravam-se textos diversos a incensarem mudanças nos processos agrícolas.

Figura 4 - Seção Propaganda Agrícola do Minas Geraes

Fonte: (MINAS GERAES, 1.MAR.1895, p. 2).

Um dos autores que escreviam na seção Propaganda Agricola, que acima vemos, era
Antônio Gomes Carmo, engenheiro agrônomo 111 que fez publicações sobre agricultura
moderna na forma de manuais, livros e artigos jornalísticos. No Minas Geraes, sob a epigrafe
“O Valle do Paraopeba – Transformando-se pelo emprego do arado”, escreveu uma série de

110
Professor e engenheiro francês.
111
Nascido em Itabira do Campo (Minas Gerais), formado em Gembloux (Bélgica), membro da Sociedade
Nacional de Agricultura, da Sociedade Paulista de Agricultura, da Sociedade de Agricultura de França e lente do
Ginásio Mineiro. Além de ser proprietário da Revista Agrícola de 1897 a 1898, revista publicada mensalmente,
entre 1895 a 1907, e distribuída a vários estados do território nacional, com destaque para São Paulo
(HENRIQUES, 2011).
97



matérias exaltadoras do instrumento em foco. Esses e outros artigos112 estão compilados em


seu manual agrícola Reforma da Agricultura Brasileira (1897).
Outro destacado publicista agrícola era Arthur Campos da Paz, agrônomo, lente
catedrático de Química Orgânica e Biologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e
um dos fundadores da Sociedade Nacional de Agricultura. Entre outros textos, publicou em
1898 o Manual Pratico do Viticultor Brazileiro cujo título torna fácil compreender o porquê
de ele endereçar duras críticas ao predomínio do café nas lavouras mineiras.
De acordo com sua interpretação, o imigrante apenas ficava nas fazendas enquanto
restassem produtos para subsistência. Do caso contrário, se dirigiria a outros centros mais
populosos como São Paulo, Campinas (SP) ou Argentina – onde haveria uma “agência bem
organizada” destinada a estimular a imigração do Brasil para as terras platinas. Com efeito,
constituiria erro crasso direcionar grandes somas em um cultivo único – o café – tido incapaz
de fixar o imigrante na lavoura e facilitava sua debandada (MINAS GERAES, 3.abril.1895, p.
5). Ao invés de realizar propaganda em prol de braços para os cafezais, dever-se-ia, dizia o
publicista, demonstrar que as riquezas naturais do Brasil permitiam fixar o imigrante e
colaborariam para o cultivo de variadas espécies, como a videira, milho, trigo, cevada, batata,
alfafa, algodão, amoreira, árvores frutíferas, cana, hortaliças, criação de porcos, galinhas, etc.
O cultivo desses produtos, segundo da Paz, permitiria a redução dos preços dos gêneros de
primeira necessidade e, ao eliminar a necessidade de importação, colocaria por terra o
argumento que os “bons visinhos do Prata” manejavam contra o Brasil: o de ser um país do
café e da febre amarela (MINAS GERAES, 3.abril.1895, p. 5).
Além da propaganda em prol da viticultura, Campos da Paz ainda incensava o arado
(Figura 5), as máquinas agrícolas e a instrução prática como meio de salvar a lavoura do
marasmo em que ela se encontraria.


112
Em um deles, veiculado na sessão intitulada Chronica Roceira, vemos ferrenha defesa que o engenheiro
agrônomo faz da cultura intensiva: “Para que a cultura intensiva seja lucrativa é indispensavel o emprego de
instrumentos aratorios aperfeiçoados, sem o que as bonitas colheitas obtidas com a enxada por instrumento não
compensariam as despezas da cultura. Mas o arado encontra entre nós adversários decididos que lhe fazem
franca opposição, declarando o seu emprego absolutamente impossivel em nosso paiz por demais montanhoso.
Para estes a enxada é o nee plus ultra das machinas agricolas e a unica adaptavel ao nosso solo accidentado.
Podiam mesmo accrescentar, parodiando o propheta do Islamismo: A enxada é a enxada e o escravo é o seu
agente! (MINAS GERAES, 24.abril. 1892. p.24, grifos nossos).
98



Figura 5 - Recomendações sobre o uso de arado

Fonte: Biblioteca Digital De Obras Raras, Especiais E Documentação Histórica da


USP

Mencionamos também o nome Luiz Barreto Pereira. Nascido no ano de 1840, em


Rezende (RJ), ele se formou em Medicina, em Bruxelas (Bélgica) e ao retornar ao Brasil
atuou como difusor de ideias positivistas. Descendentes de abastados fazendeiros, nutria
paixão pela agricultura e, em especial, pela viticultura, tendo inclusive lutado para difundi-la
em São Paulo. Escrevia em revistas e jornais (como A Província de S. Paulo – atual O Estado
de São Paulo) e, além de assuntos devotados à agricultura, publicou artigos filosóficos, muitos
deles polêmicos (SOARES, 1998, p.91-92; BEGLIOMINI, s/d).
Parte das contribuições de Barreto são vistas em série de textos veiculados no Minas
Gerais nos quais o autor argumentava que os imigrantes no Brasil seriam todos de origem
europeia e secularmente habituados ao uso do trigo, centeio, aveia, batata e cevada. Com
efeito, seria prudente dar especial atenção ao cultivo dessas plantas e, em especial, da vinha,
que teria o poder de diluir a nostalgia que o estrangeiro sentiria de sua terra natal (MINAS
GERAES, 28.fev.1899, p.4). Essas e outras reflexões estavam distribuídas em páginas de
revistas, jornais e livros que Barreto publicou, como: A Vinha da Civilização; A Febre
Amarela; A Terra Roxa; Guia Prático ou Resumo de Indicações Práticas para Servir aos
99



Fazendeiros, na Falta de Profissionais; Estudos Sobre as Águas Termais de Caldas; A


Horticultura e sua Influência no Caráter dos Povos; etc (BEGLIOMINI, s/d).
Mais um nome que aparecia com frequência nos jornais era o de Bernardino Augusto
de Lima. Nascido em Congonhas de Sabará, atual Nova Lima (MG), foi deputado ao
Congresso Constituinte Mineiro, cargo que ocupou de 1891 a 1894, e atuou ainda como
senador estadual no ano de 1897. No Minas Geraes, sob a epígrafe de Economia Rural113 –
que mais tarde batizaria livro de sua autoria (1895) – apregoava que a solução da crise
industrial e econômica não dependeria “tanto ou exclusivamente” da imigração como se
supunha (MINAS GERAES, 1.mar.1895, p.2). A chave, para ele, estaria no regime de
organização do trabalho do colono estrangeiro ou nacional: “Faltam-nos braços, dizem todos,
e, conseguintemente, devemos fazer sacrifícios, quaesquer que sejam elles, para obtel-os.
Immigração, immigração, bradam de todos os angulos do nosso vasto território” (MINAS
GERAES, 1.mar.1895, p.2).
Apesar de tais brados, Bernardino Augusto de Lima avaliava que o imigrante não se
adaptaria à rotina da indústria agrícola nacional e, em virtude disso, ou iriam para outros
lugares ou se engajariam em atividades que não contribuíam para engrossar a produção. Ele
dizia ser “urgente, urgentíssimo” utilizar “novos processos” conhecidos pelos imigrantes em
seus países de origem. Esses processos suavizariam “a pena do exforço humano, multiplicam-
n'o e com elle o seu resultado, ou a produção” (MINAS GERAES, 1.mar.1895, p.2). O
político recomendava ainda a disseminação de conhecimentos “scientifico-industriais”
imprescindíveis ao manejo de máquinas agrícolas e, para tanto, defendia a importância de
“institutos de ensino profissional e da introducção e vulgarisação das machinas agrícolas”
(MINAS GERAES, 1.mar.1895, p.2).
As recomendações que Bernardino Augusto de Lima apresenta para amenizar a crise
são resumidas através dos seguintes pontos:
a) Ensino profissional agricola e principalmente o pratico;
b) introducção de machinismos apaerfeiçoados para a lavoura;
c) repressão da vagabundagem114;


113
Segundo ele, “a economia rural comprehende, em uma palavra, a parte technica da agricultura e a industrial
ou economica – uma interna, outra externa” (MINAS GERAES, 16.mar.1895.p1).
114
“A falta absoluta de braços, aliás não reconhecida por muitos, e a falta relativa, por diferentes causas –
preguiça, vagabundagem inconstancia, etc., tornar-se-ha muito menos sensivel e na razão da importancia da
acção das machinas: sim, é muito mais facil obter um trabalhador e fixal-o no theatro da producção, do que dous;
dez, do que vinte, trinta, quarenta ou cincoenta. A fertilidade e a extensão de nossas terras, muitas dellas ainda
virgens, dispensam por enquanto os processos já necessários nos paizes da Europa em relação á cultura
intensiva; a independencia que as machinas trazem ao productor o colloca superior ao trabalhador, pelo motivo
100



d) legislação rural completa;


e) auxilio á immigração prudentemente encaminhada;
f) auxilios directos ou indirectos, em todos os sentidos, á producção
agricola em seus diferentes ramos (REVISTA INDUSTRIAL DE MINAS
GERAES, 1896.15.ago. p.244).

Tais temas estão presentes nas falas de quase todos publicistas destacados e essa
coincidência não é fortuita na medida em que tal receituário reflete um contexto, de virada do
XIX para o XX, permeado por intensos debates sobre modernização. A imensa fatia que a
cafeicultura abocanhava da estrutura econômica e fiscal do estado era alvo de críticas
daqueles que viam na policultura115 uma forma de evitar que a economia ficasse refém de um
único produto de exportação. Tentava-se, por isso, beneficiar a lavoura cafeeira por meio de
tarifas de importação e redução dos fretes ferroviários. As propostas de modernização
vinculavam-se ainda às iniciativas de desenvolver a indústria pastoril (voltada ao mercado
interno), investir no ensino agrícola, diversificar as raças bovinas, criar indústria de laticínios
que conseguisse fazer frente aos produtores internacionais e introduzir imigrantes.
Exatamente por conta de esse último ponto, grandes eram os esforços em divulgar o éden
mineiro.


tem obvio de que estas augmentam a offerta do trabalhador e diminuem a procura do mesmo por parte do
produtor” (MINAS GERAES, 28.abril.1895, p.4).
115
Em relação aos entusiastas da monocultura cafeeira, é oportuno rememorar passagem das “Breves
considerações sobre a agricultura do Brasil”: “O futuro do Brazil depende de tantas cousas, que nos não é dado
poder enumerar todas, mas elle se funda principalmente no augmento do numero de estabelecimentos agricolas –
no aperfeiçoamento do nosso serviço agrario. Cada vez que um cafezeiro vai occupar o lugar de algum vegetal
inutil – adianta um passo na senda do progresso; sempre que um cafezeiro se extingue por falta de cultivo –
retrograda dez” (O PHAROL, 5.dez.1878, p.1).
101



2.3.4 Divulgando o Éden Mineiro

A propaganda imigratória era outro importante investimento, sobretudo no contexto


em que uma série de adventos, com destaque para aqueles vinculados à difusão de
informações, somados às novas percepções sobre o mundo, contribuíram para aguçar o
imaginário sobre a América (PETRONE, 1982; DIAS, 1995; NEVES, 2003; MOYA,
2009)116. Atento à ferrenha concorrência no “mercado internacional de braços”, no ano de
1894 o governo mineiro instalou em Gênova uma Superintendência de Emigração que tinha
função de “[...] tornar conhecidas na Europa, por meio de publicações, conferências e todos os
meios regulares de propaganda, as riquezas naturaes do Estado, sua situação physica, moral,
politica e econômica” (DECRETO N. 795, art 2º, item I)117. As propagandas eram recheadas
de menções ao clima, solo, cursos d’água, infraestruturas e, em alguma medida, à
amabilidade dos cidadãos – naquilo que convencionou-se chamar de mineiridade. Esses
elementos eram incensados a partir de diferentes braços.
Um deles era Sociedade de Geographia Econômica de Minas Geraes que, fundada em
1889 por Henri Gorceix, objetivava alavancar a indústria, o comércio e a imigração através de
publicações na Europa sobre recursos minerais e vantagens aos imigrantes. Ao se dirigirem
aos mineiros, os membros da sociedade118 demonstravam fé em um horizonte promissor e
conclamavam: “Mostremos ao mundo o que realmente somos e o que possuímos. Tenhamos
fé em nosso futuro, porque nada conseguem os que em nada creem. Mostremos aos
estrangeiros a uberdade de nosso solo, as riquezas de nossa terra e de nossas florestas e a
amenidade de nosso clima” (A ORDEM, 18. jan. 1890, p.1). Dizia-se que isso deveria ser
realizado sem o receio de dizer “bem alto” que Minas, contando com território superior ao de
potências europeias, recursos vastos e mais de 3 milhões de habitantes, ofereceria inúmeras
vantagens. O papel de tal Sociedade era desempenhado, sobretudo, nas organizações das


116
E se invertermos o polo da frase anterior, devemos citar a contrapropaganda que muitos governos
fomentavam no intuito de desestimular a imigração para alguns países – caso célebre era a contrapropaganda que
os Argentinos financiavam na intenção de desencorajar a imigração dos europeus ao Brasil e atraí-los ao seu seio
(SCHOMMER, 2012; SANTOS, 2016). Tudo isso só reforça o quão ferrenha era a concorrência por braços
estrangeiros.
117
De acordo com relatório do Dr. Chrispim Jacques Bias Fortes, em 1897 a Superintendência passou a contar
com duas agências, uma em Genova e a outra em Lisboa (MINAS GERAES, MENSAGEM, 1896, p. 19).
Gasparetto Júnior (2010, p. 807) diz que “a primeira foi transferida mais tarde para Paris, deixando Gênova
apenas como uma agência, dirigida por Rubem Tavares”.
118
Além de Henri Gorceix, primeiro presidente da Sociedade, faziam parte os seguintes nomes: Francisco Veiga,
João Pinheiro, Manoel de Lemos, Levindo Ferreira Loppes, Joaquim Candido da Costa Senna, Modesto de Faria
Bello, Antonio Olyntho dos Santos Pires, Francisco de Paula e Barão de Saramenha, José Pedro Xavier da
Veiga.
102



participações do estado mineiro nas exposições universais, como foi o caso da Exposição de
Paris (1889) e Chicago (1893). Sua existência, porém, foi curta, tendo as atividades findadas
em 1893 em face de dificuldades econômicas e problemas nas finanças do Banco de Minas,
responsável por guardar os depósitos da Sociedade (VEIGA, 1998).
As exposições, por seu turno, serviam para divulgar as riquezas, atrair imigração,
comércio e convencer os estrangeiros de que as condições lhes seriam favoráveis. A partir
delas levava-se um pedaço do – suposto – paraíso mineiro ao mundo como espécie de
aperitivo das maravilhas que existiriam. Na Exposição Universal do Chile, realizada entre
1894 e 1895, por exemplo, o governo organizou mostruário de diversos recursos minerais.

Figura 6 - Ouro das Gerais exibido na Exposição Universal do Chile (1895)

Fonte: Lo Stato di Minas Geraes (1896, s.p)

Outro importante instrumento era a Revista Industrial de Minas Geraes, dirigida por
Alcides Medrado que, além de renomado jornalista, era bibliotecário da Escola de Minas. O
hebdomadário era devotado “a prestar excellentes serviços ao desenvolvimento industrial”
mineiro (MINAS GERAES, 21. out, 1893, p. 2) 119. À época de sua criação projetava-se que


119
A Revista Industrial de Minas Geraes, publicada mensalmente e com auxílio do Governo do Estado, teve
circulação entre 1893 e 1899 (SANTOS, 2009). Propagandeava-se que seu objetivo estaria “[…] consignado em
seu próprio título”, na medida em que ela atuaria como “o orgam representativo dos interesses industriaes”,
sendo incumbida de “desenvolver e dar a publicidade todos os assumptos attinentes ás industrias do Estado,
principalmente aquellas que se prendem á mineração em geral, – as mais importantes e futurosas do rico solo
Mineiro; estudará as condições actuaes das industrias, seu valor e importância, methodos empregados e a
empregar, vantagens e defeitos, quantidade e qualidade dos productos explorados e a explorar, vias de
103



ela se tornaria “um dos melhores meios de propaganda” do Estado (MINAS GERAES, 25.
out. 1893, grifos nossos). O periódico, publicado em português, inglês, e francês, circulou
entre 1893 e 1899 (SANTOS, 2009) e em seu programa ficavam explícitas as expectativas
pelo esforço humano e pelas benesses da ciência.

Figura 7 - Primeiro número da Revista Industrial de Minas Geraes (1893)

Fonte: Revista Industrial de Minas Geraes (15.out.1873).

Outro importante braço do progresso mineiro foi o Arquivo Público Mineiro (APM)
instituído pela Lei n° 126, de 11 de julho de 1895 e que contou com José Pedro Xavier da
Veiga como primeiro diretor – sendo o acervo, aliás, instalado em sua casa em Ouro Preto. De
acordo com Silva (2006, p. 135), as motivações associadas à criação do APM estiveram
vinculadas “muito mais a um rearranjo das relações de poder no Estado e à necessidade de se
criar uma história oficial de Minas Gerais que desse não apenas respaldo ao novo governo,
mas principalmente, que criasse uma sensação de continuidade histórica”. Isto porque “a
República traria progresso, mas sem ruptura brusca, dentro de uma concepção histórica
iluminista marcada pela concepção de tempo contínuo” (SILVA, 2006, p. 135). Um ano


communicação, agricultura, colonização e immigração, tudo enfim que com ellas tiver intima aliança (MINAS
GERAES, 21. out.1893, p. 2).
104



depois, em 1896, foi criada a Revista do Arquivo Público Mineiro120 que reunia biografias,
letras, artes, além de documentos, corografias, etc (BRACARENSE, 2015).
A partir da Revista do Arquivo Público tentou-se “colligir informações uteis para o
preparo de um esboço de desenvolvida e completa Chorographia Mineira”. Para tanto,
“formulou-se um questionário impresso em centenas de folhetos – um para cada districto de
paz do Estado – com o precioso espaço em branco para as respectivas respostas” (ARCHIVO
PÚBLICO MINEIRO, 1896, p.129). Há uma infinidade de questões, distribuídas em 20 itens,
que perpassam temas como: aspecto físico da localidade, número de objetos geográficos, rios,
relevo, clima, epidemias, riquezas naturais, florestas virgens, lavoura, imigração, fábricas,
exportações, movimento mercantil, escolas, cadeia, teatro, farmácia, orçamento municipal,
typografia, reclamos públicos, entre outros. No item 8 a preocupação com o progresso da
lavoura ficava nítido:
Quaes os ramos principais da lavoura? Quaes os instrumentos e processos
usados no amanho das terras? Estão iniciados ou projectam-se alguns
melhoramentos agricolas? Para onde é feita a exportação dos generos não
consumidos na localidade? Existe e desenvolve-se o plantio da uva, do algodão, do
café, do fumo e da canna? Augmenta o cultivo dos generos alimenticios ou diminue
e encarece o seu valor? Nesta hypothese, quaes as causas? Ha no districto
trabalhadores agricolas extrangeiros? A que lavoura se dedicam? Em que condições
se ajustam? A que nacionalidade pertencem? Têm aptidões para o serviço e com
elles estão satisfeitos os lavradores? Tem havido emigração de habitantes do
districto para outros Estados ou outros municipios, para fundarem novas fazendas ou
se ajustarem como trabalhadores ruraes? Em que algarismo pode ser avaliada a
emigração nos ultimos 7 annos? Quaes as causas conhecidas do facto? Continúa a
tendencia emigratoria, e é ella provocada por agentes de outros municipios ou de
outros Estados? Qual a medida ordinaria do salario dos trabalhadores agricolas?
(ARCHIVO PÚBLICO MINEIRO, 1896, p.130).

Essas, repetimos, eram perguntas apenas do oitavo item. Não é de se espantar, com
efeito, o baixo engajamento: “Infelizmente, porem, das centenas de folhetos distribuídos só
algumas dezenas voltar[am] com informações das pedidas” (ARCHIVO PÚBLICO
MINEIRO, 1896, p.130). Mesmo com as poucas respostas, projetava-se a elaboração de um
livro para divulgar o Estado de Minas Gerais. Enquanto o livro não se materializava, a ideia
era inserir, nas páginas da Revista “pequenas ‘monografas municipaes’” baseadas nas
respostas recebidas e em outros dados disponíveis.


120
“Como o desenvolvimento natural da lei organica do Archivo, de terminou o decreto que a regulamentou a
creação de uma Biblioteca Mineira – comprehendendo livros, opusculos, mappas, periodicos e mais impressos
concernentes á historia, homens e cousas de Minas-Geraes, em todos os tempos, e quaesquer publicações de
auctores mineiros” (REVISTA DO ARCHIVO PÚBLICO MINEIRO, 1896, ed.01).
105



Figura 8 - Revista do Archivo Publico Mineiro (Anno I, Fascículo 1)

Fonte: Arquivo Público Mineiro

Figura 9 - Revista do Archivo Publico Mineiro (Anno I, Fascículo 2)

Fonte: Arquivo Público Mineiro

Somado a esses veículos que propagandeavam o éden mineiro, havia também uma
série de opúsculos voltados a atrair imigrantes que serão alvo de nossos comentários quando
destacarmos a construção da nova capital. Por agora, queremos enfatizar como através dessas
106



diferentes publicações fica patente o desejo do governo em extrair o máximo da grande a terra
que era considerada a “grande máquina da produção”, tal qual adiante discutimos.

107



2.4. A grande machina da produção

a terra é a grande machina de produção. É preciso que lla funccione sempre e do


melhor modo possivel, para que não haja fome nem sêde; para que não haja Miseria;
para que, pelo menos, esteja garantido para quem trabalha um tecto de abrigo, um
pouco de pão e um pouco de carne. O principal interesse da Humanidade é que a
terra esteja sempre produzindo pelo maximo em quantidade e em qualidade; que
terra alguma esteja baldia e improductiva; monopolisada atrozmente em latifundio;
sem receber amanho, nem cultura, nem semente; sem produzir fructos e sem nutris
animaes uteis ao homem; servindo só a planos egoisticos de avareza, de soberba e de
orgulho.
[...]
Nos paizes novos, nos paizes imigrantistas, a divisão da terra é condição essencial
sine qua non. Ou se divide a terra, e tem-se Immigrantes Proprietarios, espontaneos,
livres, independentes e autonomos; ou obstina se na conservação indefinida do
latifundio, e luta-se debalde para restabelecer a escravidão, a servidão pela gleba, o
salario forçado, a pareceria fraudulenta...
(A ORDEM, 27.mai.1890, p.2).

A terra é elemento essencial do El Dourado Mineiro. É ela, conjuntamente com a


técnica, um ponto de sutura das discussões apresentadas. Ela aparecia nos discursos que
sublinhavam sua fertilidade e extensão e nos queixumes sobre as porções desaproveitadas. Ela
era mencionada ainda nas recomendações pela utilização de processos agronômicos
avançados e nas reflexões sobre colonização e imigração.
Aliás, conquanto soe contraditório, observa-se que muitos estrangeiros encontraram
grande dificuldade para adquirir propriedades nas Gerais. Isto porque proprietários agrícolas
não concordavam em doar suas terras para que fossem parceladas junto aos imigrantes. Nas
poucas vezes em que isso acontecia, os terrenos destinados eram, amiúde, improdutivos e,
portanto, impróprios para se fundar colônias agrícolas (MONTEIRO, 1973). Não fosse o
suficiente, a Lei de Terras (1850) contribuía para obstaculizar o desenvolvimento da pequena
propriedade.
Se por um lado a mencionada lei procurou viabilizar condições para o advento da
pequena propriedade, por outro ela propulsionava o desenvolvimento dos latifúndios; isto por
que “ao mesmo tempo que estabelecia a obrigatoriedade de aquisição de terras devolutas pela
compra, legitimava todas as posses verificadas sem cogitar de sua extensão, desde que se
achassem realmente cultivadas ou com princípio e cultura e morada habitual” (MONTEIRO,
1973, p.20).
E ainda havia outro fator agravante: segundo a lei cairiam em comisso as terras de
posseiros que não conseguissem medir suas posses nos prazos disponíveis. A crueldade estava
em constatar que quase somente os latifundiários conseguiam realizar, no tempo estipulado, a
medição de suas posses O resultado era que os grandes proprietários seguiram detendo as
108



melhores terras em suas mãos, alimentando seus planos “egoisticos de avareza, de soberba e
de orgulho” captados de forma eloquente: “Conheço diversos fazendeiros, possuidores de
grandes extensões de terras e que vivem quasi na miseria, simplesmente pelo respeito
superticioso que consagram á conservação do terreno. Isso não só lhes é prejudicial, como
também ao Estado, que soffre com a improductividade das terras” (MINAS GERAES,
16.out.1898, p.3).
Tais palavras são expressão singular do apego visceral que os fazendeiros nutriam pela
terra. E, nunca é demais sublinhar, entre esses “fazendeiros, possuidores de grandes extensões
de terra”, estavam vários políticos. Ou seja: muitos deles, como agentes duplos, reclamavam a
existência de terras subtilizadas – tudo estava estacionado! – mas pouco faziam para
viabilizar a venda de terras aos imigrantes (SANTOS, 2016).
Alegava-se que a presença de imigrantes beneficiaria todo o estado. Entretanto, ao fim
e ao cabo, boa parte dos braços estrangeiros seriam direcionados, sobretudo, para as áreas
cafeeiras. Basta lembrar que as lavouras de café da Mata e Sul foram as que mais receberam
imigrantes e, por consequência, herdaram vários objetos geográficos associados à política
imigratória, tais como estradas de ferro, hospedarias, albergues e núcleos coloniais –
(SANTOS, 2016).
As propagandas, agrícola e imigratória, ao versarem em imigração, técnicas
modernas, métodos racionais de cultivo do solo, buscam, assim, promover casamento entre
terra e técnica, de forma a aumentar uma produtividade. Tratava-se, ao fim e ao cabo, de
maneira de garantir a manutenção do status quo ao transformar, por meio da técnica, o
território usado em uma verdadeira “machina produtiva”. Vemos, dessa forma, que “para os
atores hegemônicos o território usado é um recurso, garantia da realização de seus interesses
particulares” (SANTOS, 2000, p.9).
Como o espaço é, ao mesmo tempo, produto e condicionador de relações sociais, é
impossível vislumbrar mudanças da sociedade à revelia de alterações nos padrões de
organização espacial e das relações sociais (SANTOS, 1996; SOUZA, 2010). Daí, portanto, o
problema do alegado atraso em Minas Gerais e da suposta desarticulação das peças do
mosaico ter também na mudança da capital importante trunfo. Na medida mesma, é por isso
que a mudança de estatuto do trabalho servil para o livre e a introdução de pessoas
(estrangeiras) consideradas civilizadas e portadoras de técnicas modernas são medidas vistas
como saída à crise. Trata-se de solução fincada em mudanças no espaço e nas relações sociais
na busca de uma outra espacialidade valorada como mais fluída, dinâmica e moderna. É a
109



substituição da espacialidade letárgica por uma espacialidade do movimento e do progresso.


Registrar a as esperas decorrentes da busca por essa “outra espacialidade” sonhada a partir da
mudança da capital é o intento que encaramos na parte terceira de nosso trabalho.

110



A cidade do Ouro Preto não está em condições de continuar a ser a capital da


importante provincia de Minas. As cidades, como as nações, como o homem, tem
um fim determinado, ou seja mais proximo ou mais remoto; não são infinitas. O
homem passa por diversas phases; depois da infancia passa a juventude, d'esta a
virilidade, depois a decrepitude, e a final a morte. As nações estão sujeitas a esta
mesma lei e ordem natural das cousas, e as cidades, por conseguinte, estão sujeitas
ás mesmas visisitudes Não morrem inteiramente como o homem, mas o movimento
social, circumstancias imprevistas, e que só com aprofundado estudo podem ser
devidamente apreciados a collocão em um estado de decripitude quasi que perenne
(DIARIO DE MINAS, 13.dez.1867, p.2).
111



CAPÍTULO III – A QUESTÃO QUE TUDO COMOVE É A DA NOVA CAPITAL

Si fosse justo que o adiantamento ou o atraso de um Estado qualquer fosse avaliado


pelo gráu de civilisação e progresso de sua capital, sem hesitação poder-se-hia dizer
que o Estado de Minas Geraes é o mais atrazado, o menos civilisado, o mais
selvagem de todos aquelles que compõem esta grande Federação.
Com effeito, Ouro Preto, sobre ser uma cidade feia, velha, mal construida, sem
hygiene, sem elementos de prosperidade, emfim, em virtude da aridez dos terrenos
que a cercam, de sua posição topographica et. etc. é indigna de ser a capital do rico e
futuroso Estado de Minas (O PHAROL, 14.mai.1890, p.1).

112



3.1. Um Sonho Antigo

Os sonhos de mudança de capital se intensificam, especialmente, após a


independência do Brasil, momento em que se voltou a discutir tanto sobre a localização da
capital nacional como das capitais das províncias. Dentre as transferências consubstanciadas
citam-se a da capital piauiense de Oeiras para Teresina (1852); a sergipana de São Cristóvão
para Aracajú (1855) e a transferência da sede em Goiás de Vila Boa para Goiânia (1937)
(VIDAL, 2011). Outra mudança, bem sucedida, fora comentada n’O Pharol: “Mais feliz do
que Minas, o Rio de Janeiro está com a sua capital mudada de Nictheroy para Theresopolis, a
cidade cuja edificação foi recentemente iniciada” (O PHAROL, 19. out. 1890, p.1)121.
No caso mineiro, a ideia de se alterar no mapa das Gerais o lugar onde identificamos
sua capital é mais longeva do que se costuma supor122. No contexto da Conjuração Mineira
mencionam-se tentativas de instaurar a República e transferir a Capital para São João D’el
Rei. Mas a tentativa mais conhecida e de vulto, por não ter não ter “morrido no nascedouro”,
é a do Padre Paraíso que desejava transplantar o centro administrativo da província para as
margens do Rio das Velhas (LINHARES, 1957). Segundo o religioso, a cabeça de Minas –
Ouro Preto – não corresponderia “ao seu corpo gigantesco” (O LIBERAL DE MINAS,
8.jul.1868, p.2).
Na contramão dessa ideia, o deputado Ignacio Martins compreendia que o melhor era
que tudo quedasse como estava. Segundo ele, “a mudança de uma capital importa um abalo
geral; uma completa transformação da província” (O LIBERAL DE MINAS, 15.jul.1868,
p.2). Inspirado pela cautela, ele interrogava “Como se formão as capitaes?” e ancorado no
dicionário político de Garnié Pagès123, apresentava três caminhos em sua resposta: a) por uma
série de conquistas (como teria sido, argumenta ele, o caso de Roma na antiguidade ou Paris
na história moderna); b) em razão da força do comércio e da indústria, à exemplo de Londres
na Inglaterra; c) pela escolha de local aprazível e ameno, como teria sido o caso de S.
Petersburgo na Rússia e Constantinopla na Turquia.


121 Entre projetos não concretizados, pode-se mencionar, por exemplo, o caso da ideia de elevar Campos (RJ) à
capital da Província do Rio (CHRYSOSTOMO, 2011).
122 “A primeira capital de Minas foi a Vila Real do Ribeirão do Carmo, cidade que é hoje conhecida por

Mariana. O Conde de Assumar quis mudá-la para Cachoeira do Campo” por receio das rebeliões constantes
(GAZETA DE PARAOPEBA, 9.abril.1953, p.5; SIQUEIRA, 1972). “Tal, porém, não se deu. Em 1721 Ouro
Preto passou a ser a capital” (GAZETA DE PARAOPEBA, 9.abril.1953, p.5).
123
“Dictionnaire Politique” de Louis-Antoine Garnier-Pagès (1803-1878), político francês (Encyclopaedia
Britannica).
113



Conforme o deputado, por mais que se procurasse, não haveria “um lugar que por sua
naturesa ou topographia unicamente” pudesse “estar superior a outros, porque muitas vezes
circunstancias imprevistas veem dar mais importancia áquelles que se considerão menos
importantes” (O LIBERAL DE MINAS, 15.jul.1868, p.2). Seria por esse motivo que Roma,
através de variadas conquistas, teria se tornado grande cidade. Tudo isso para dizer que não
via na localização fator definidor da importância das capitais. De sua ótica, uma capital não
era sinônimo de centralização e deveria ser indicada por um centro administrativo que levasse
em consideração a possibilidade do sítio se configurar como “centro político de instrucção, de
industria e commercio” (O LIBERAL DE MINAS, 15.jul.1868, p.2).
Em meio ao terreno desse e de tantos outros tantos debates, o sonho de Paraíso não
vingou: em 1867 ele até conseguiu, junto à Assembleia Legislativa, a aprovação de lei que
levava a capital de Ouro Preto para Jequitibá; mas o então presidente da província – José da
Costa Machado de Souza – impôs veto em virtude de alegada limitação de recursos e em
função das polêmicas decorrentes da mudança (TRIBUNA DE OURO PRETO, 13.dez.1947,
p.5).
Se o deputado Ignacio Martins se indagava “Como se formão as capitaes?”, Vidal
(2009, p. 11), em seu livro De nova Lisboa a Brasília: a invenção de uma capital (séculos
XIX-XX), alçou duas perguntas: 1) “Para que serve uma cidade quando ela não existe?”; 2) “A
que corresponde essa imperiosa necessidade social de projetar ou fundar, mesmo no papel ou
em palavras, as cidades?”.
A partir de essas interrogações, o autor explicita que a ideia de construir nova capital
emerge em períodos de ruptura histórica e ou mesmo de crise. No caso das Gerais, a ideia de
mudar a sede do governo ganhava novos músculos justamente em momento de “aceleração
do tempo histórico” no qual as antigas províncias lançavam mão de suas singularidades para
firmar posição no cenário nacional (ARAÚJO e MEDEIROS, 2007, p.29).
Uma nova capital representaria “gesto contundente” ao “inscrever no espaço as marcas
do poder republicano que ascendia no Brasil” através de construção de cidade moderna
contraste à cidade de Ouro Preto, tachada “símbolo incontestável do domínio colonial e da
administração da Monarquia recém destituída” (JULIÃO, 2011, p.115). As idas e vindas
orientadas na concretização de tal desejo – que teve importante tentativa no sonho de Paraíso
(Figura 10) – são atravessadas por uma miríade de retóricas da espera como vemos adiante.

114



Figura 10 - O Sonho de Paraíso

Fonte: Acervo da Pesquisa (2019) – Elaboração do autor.

115



Para onde?

[...]

–Derroque-se o Ouro Preto! Mude-se a capital! Mude-se! Mude-se! Mude-se!


Mude-se! – Eis a grita incessante dos propagandistas de todas as especies, orgãos de
si mesmos, ou businas desinteressados do famoso e encapotado syndicato.
Mas, como o simio da fabula, elles têm deploravelmente olvidado de esclarecer o
ponto principal da propaganda, isto é, de dizer para onde deve ser mudada a capital.
Aqui, restrictamente aqui, é que deve estar o fóco luminoso da controversia. That is
the question.
[...]
– Querem a capital mais ao norte? Mais ao sul? Mais ao occidente? Mais a leste?
No centro da terra ou nos ares em balão, como as creações cerebrinas do Julio
Verne?... (A ORDEM, 4.out.1890, p.1).
116



3.2 O Grande Torneio da Transferência da Capital

Havia uma enxurrada de frases a respeito da mudança da capital. Argumentava-se que


acaso a sede do governo seguisse em Ouro Preto, Minas Gerais “continuaria a ser
microcephala, um organismo de cerebro atrophiado, dirigindo corpo robusto e bem
desenvolvido” (O PHAROL, 28.dez.1889, p.1). Além disso, os cotejos com São Paulo, como
de costume, apareciam em profusão: “A comparação entre a prospera cidade de S. Paulo e a
capital de Minas é desconsoladora. Emquanto a primeira progride assombrosamente, como
New-York [...] a Velha capital de Minas conserva ainda o sombrio aspecto colonial” (O
PHAROL, 28.dez.1889, p.1).
Além da inadequação física, o descontentamento em relação à velha capital repousava
também nos limites impostos à atividade intelectual e à fruição. Dizia-se que, diferentemente
de São Paulo, a antiga Vila Rica, não era “um centro intellectual adeantado” capaz de dirigir o
movimento literário” e político de Minas. Desejava-se uma cidade que assim o fosse por
completo: “Queremos, temos direito a uma cidade, na ampla accepção do termo. 'O tedio das
cidadezinhas, diz um escriptor, abafa com o ocorrer do tempo a iniciativa, a inspiração. [...]
A grande cidade é o foco ardente em que o litterato, o sabio e o artista haurem o fogo que
entretem as forças creadoras de sua alma'” (O PHAROL, 27.nov.1890, p.1).
Diante de críticas que depunham contra a antiga Vila Rica, os ouro-pretanos, como era
de se supor, não estavam nada contentes. Como estratégia para manter tudo como antes, eles
apelavam para a história, ainda que esse argumento parecesse não ter fibras capazes de manter
por muito tempo intacto o mosaico mineiro: “aquelles que defendem a causa da velha capital,
á mingoa de argumentos mais convincentes, appellam para a tradição. A tradição! Mas a
tradicção será por ventura um direito para que fosse um argumento?” (O PHAROL, 22,
out.1890, p.1). Além disso, acresça-se, havia a expectativa de que a nova sede mineira
pudesse servir como sítio ideal para uma futura mudança da capital nacional.
Todos esses relatos realçam que a discussão sobre a capital acionava diferentes
dimensões. A mítica é evidenciada nos discursos que colocavam em vitrine as riquezas
abundantes das Gerais e as tradições da antiga Villa Rica. A trágica é revelada no desespero
em constatar o letargo depositado na conta da geografia ouro-pretana. A dimensão pragmática
transborda não apenas na ideia de dinamizar o estado a partir da mudança da capital, mas
também nas propostas destinadas a manter Ouro Preto como sede do governo a partir da
realização de melhorias na cidade. A dimensão dos afetos aparece, sobretudo, nas
117



preocupações a respeito dos obstáculos que a então capital imputaria ao desenvolvimento


cultural e nas diversas representações artísticas devotadas a captar esse período da história
mineira.
Esses processos, reveladores das lutas internas de elites que até então ditavam os
rumos das Gerais, colocavam em campos opostos da arena os mudancistas – representados
pelos propagandistas republicanos, concentrados mormente nas regiões cafeicultoras, que
sustentavam o projeto de mudança da capital; e os não mudancistas124 representados pelos
monarquistas e republicanos de última hora, liderados por Cesário Alvim e localizados,
sobretudo, nas regiões do estado com menor dinamismo econômico, que se posicionavam
contra a mudança125. Por fim, um terceiro grupo, liderado por João Pinheiro e associado ao
alvinismo e à propaganda republicana, saiu também em defesa da transferência.
Essa temática mexia tanto com os ânimos ao ponto de n’O Pharol, na sessão
Publicações a Pedido, ter sido publicado jocoso e fictício decreto a respeito da temática:
DECRETO N...QUE REGULA A MUDANÇA DA CAPITAL DO ESTADO DE
MINAS:

Ponderando que o local da capital do Estado de Minas é pessimo por ser


montanhoso e anti-hygienico;
Ponderando que é necessario melhorar com urgencia este máo estado;
Ponderando que esta medida tem sido muito reclamada pela imprensa e que com
razões e fundamentos discute esta questão;
Ponderando que é do dever attender ao reclame do povo e fazer justiça;

Decreta

Art 1o. A capital do Estado de Minas será mudada para o local que for escolhido por
uma commissão nomeada pelo governo deste Estado.
Art 2o. Esta commissão será composta de quatro cidadãos com conhecimento da
causa.
Art 3o. Destes cidadãos será nomeado um de cada ponto: 1 do norte, 1 do sul, 1 do
nascente e 1 do ponte, dentro deste Estado.
Art 4o. Nem um só morador da velha capital poderá ir habitar a na nova, para
que assim possa se construir uma nova cidade com um pessoal são e perfeito em
tudo.
§ unico. O que desrespeitar o artigo quarto será transportado para a ilha de Fernando
de Noronha, ou para onde o chefe de policia do Estado Federal julgar mais seguro.
Se desta experiencia der bom resultado, poderão os outros Estados seguir o mesmo
exemplo.
Art 5o . Das velhas capitaes só se aproveitará o governador e o dinheiro.

124
“Destacam-se dois grupos perfeitamente definidos. O dos immudantistas [...]” e “o dos que desejam a
mudança” (A FOLHA, 30.nov.1893, p.1). Alexandre Stockler, Afonso Pena, Bias Fortes, João Pinheiro, Augusto
de Lima, Antônio Olinto, Aristides Maia, Júlio Cesar Pinto Coelho eram alguns dos nomes favoráveis à
mudança da capital. Já entre os não mudancistas destacamos Camilo de Brito, Diogo de Vasconcellos e José
Pedro Xavier da Veiga.
125
No período das discussões sobre a mudança da capital Minas Gerais seguintes foram os presidentes: Augusto
de Lima (1891), Cesário Alvim (1891/1892), Eduardo Ernesto da Gama Cerqueira (1891 e 1892) e Afonso Pena
(1892/1894).
118



Revogam-se as disposições em contrário.


Sala do Provisorio Governo, 7 de março de 1890.
Dado e passado em Itabira do Campo.
(O PHAROL, 11.mar.1890, p.2, grifos nossos).

A despeito do tom humorístico, o decreto evidencia importantes questões: a) as


críticas em relação à geografia e às condições higiênicas de Ouro Preto; b) a presença
constante do assunto nas páginas dos jornais; c) a vontade de romper com tudo que
simbolizasse o passado; d) o desejo de criar uma cidade habitada por um “pessoal são e
perfeito em tudo”.
A ideia de uma nova capital, porém, definitivamente não ficou confinada à seara do
humor. A propaganda, cada vez mais ferrenha, teria ganhado “terreno rapidamente, porque
saiu ao encontro do pensamento e do desejo de todos” (O PHAROL, 15.jun.1890, p.1). O
jornal O Pharol e o deputado Alexandre Stockler126, representante da Zona da Mata, eram
potentes porta-vozes da polêmica proposta.
Aliás, diante da sanha de Stockler, a sensação era de que a qualquer momento ele iria
arrancar a capital à força e colocá-la no antigo Curral d’El Rey – como registrado na Figura
11 – e no trecho a seguir: “não tardará muito que o Stockler [...] pegue na capital de Minas
Geraes, que se acha no alto da Mantiqueira, metta-a debaixo do braço como se fora um bello
frescal daquellas bemditas plagas e vá collocal-a muito pachorrentamente onde mais
conveniente lhe parecer” (NOVIDADES, 11.ago, 1890, p.1).


126
“O Dr. Alexandre Stockler Pinto de Menezes, nasceu a 4 de Setembro de 1860 na cidade da Campanha, em
Minas. Estudou humanidades na capital da prospera provincia de S. Paulo, e durante este tempo professou com
aceitação mathematicas. Em 1880 inscreveu-se entre os alumnos da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro,
que lhe deu o diploma honroso de medido em 87” (O MEQUETREFE, 1888, p.2). Stockler, entre outros feitos,
ficou também conhecido como propagandista de República.
119



Figura 11 - Charge retratando Alexandre Stockler

(REVISTA DA SEMANA, 17.set.1932, p.14)

Como se nota, Stockler era amplamente conhecido por sua atuação insistente em prol
da mudança. Brincava-se que até na hora de exercer sua outra ocupação, a medicina, ele
cuidava de tocar no assunto:
– Meu caro, você não tem nada. Já o examinei attentamente, que diabo!
Não seja medroso!
– Mas receite me alguma coisa. Eu preciso...
– Você o que precisa é dar noticia de mais quinhentas assignaturas de
adhesão que cabo de receber...
– Ah! sim! Adhesão á mudança da capital...Mas para o figado...
– Qual figado! qual nada!..São todas de pessoas muito conceituadas...
– Porém você mesmo me disse que o soffrimento do figado influia...
120



– Ora! Eu já disse que o figado está são...E veja isto que é para admirar: até
do Ouro Preto me mandam adhesões...
– Sim, o figado não tem nada...mas estas palpitações...esta falta de ar...
– Isso é o estomago! Você o mais que póde ter é uma dyspepsia..
– Dyspepsia! Isso é grave como o diabo! Receite-me...
– Adeus. Eu não receito nada...senão você morre mesmo. Não se esqueça:
até de Ouro Preto (DIARIO DE NOTÍCIAS, 18.mai.1890, p.1).

O assunto, porém, não ficava restrito às salas de consultórios médicos ou em


conversas prosaicas. Com a Proclamação da República, em 1889, e passada a última reunião
da Assembleia Provincial no mesmo ano, os deputados se organizariam em Congresso
Constituinte no qual, entre outros assuntos, seria debatida a mudança. No entanto, a decisão
era tachada tão urgente que deputados e senadores mineiros que participariam do Congresso
Federal tentaram acelerar o processo, propondo a mudança da sede do governo antes mesmo
da realização do Congresso Constituinte127. Porém, não houve jeito: a discussão ficou mesmo
para o Congresso Constituinte Mineiro, realizado em Ouro Preto no ano de 1891, ocasião em
que três foram as principais temáticas discutidas: o papel dos novos estados na Federação; o
bicameralismo (criação da Câmara e Senado) e a mudança da capital. Sobre este último tema,
indicava-se um ponto central, no Vale Rio das Velhas, para a construção de nova cidade. A
ideia, no entanto, não foi bem recebida e representantes das diferentes regiões lançaram outras
candidaturas128.
A Constituição foi promulgada em 15 de junho de 1891 e já no ano seguinte, em 22 de
abril de 1892, o Congresso Constituinte cedia vez ao Congresso Legislativo de Minas Gerais
que se organizava em Câmara dos Deputados e Senado. A nova constituição assegurava a
mudança da capital, mas nem por isso os ouropretanos se davam por vencidos. Ao contrário,
encampavam ativa luta como adiante veremos.


127
Ainda em 1890, estampava-se que cem habitantes de Curral d'El-Rei teriam lhe dirigido “uma representação
auctorisando a advogar junto do Governo Provisório a mudança da capital do Estado de Minas para um outro
ponto central” (GAZETA DE NOTÍCIAS, 22.mai.1890, p.1).
128
Planalto de Catas Altas do Mato Dentro (Vale do Rio Doce); planalto do Piumhy, Várzea do Marçal (Vale do
Rio das Mortes), Barbacena, Juiz de Fora eram alguma delas. Além disso, outras localidades eram colocadas
com aptas a sediar a nova capital, a exemplo de Sette Lagoas, Fazenda de Campo Alegre, Matozinhos e
Curralinho (O JORNAL DE MINAS, 20.mai.1891, p.1).
121



3.2.1 Há de a velha Villa Rica ser sempre a capital de Minas enquanto Minas for
Minas

Na debatida e calorosa questão, que prende a attenção do Congresso e que tem


conservado o Estado de Minas em permanente espectativa, afflictiva, especialmente
para a velha Villa Rica... (MINAS GERAES, 15.dez.1893, p.1, grifos nossos)

Na esperança de salvar Ouro Preto, em 1885 uma série de artigos, enfeixados sob o
título “Em bem da capital – Melhoramentos Urgentes129”, foram publicados no jornal A
Província de Minas. Tratava-se de súplicas que atravessavam uma miríade de temas130 e
continham medidas ditas “úteis e justas, mas também inadiáveis” (A PROVÍNCIA DE
MINAS, 5.fev.1885.p.1). O primeiro desse rol de artigos versava sobre campanha “de justiça,
de humanidade e de honra” em prol da então sede do governo (A PROVÍNCIA DE MINAS,
5.fev.1885.p.1):
De justiça – porque a luta visa a reivindicação de direitos sacrificados.
De humanidade – porque são especialmente populares e das classes menos
favorecidas da sorte os interesses em prol dos quaes cumpre pugnar.
De honra – porque os brios de Minas Geraes não tolerão que arraste
andrajos, soffra privações do necessario ou padeça de estranhas e humilhantes
condolencias – a metropole da provincia, sua cabeça official, a cidade pela qual se
afere geralmente da importancia e do futuro de todas as outras, disseminadas em
avultado numero na superficie vastissima de nosso território (A PROVÍNCIA DE
MINAS, 5.fev.1885.p.1).

A ideia era apresentar ações que tornassem Ouro Preto “uma capital simultaneamente
decente e provida dos recursos necessarios á todas as expanções da vida social e, antes disso,
dos meios indispensaveis para garantir-se – pelo saneamento131 e pela hygiene publica – a
propria existencia de seus habitantes” (A PROVÍNCIA DE MINAS, 5.fev.1885.p.1). Esses
esforços vinham sendo ensaiados e ou executados desde o período imperial, como são os
casos das obras para melhorias na malha urbana e da construção de ramal ferroviário a fim de
conectar Ouro Preto à Estrada de Ferro D. Pedro II (MANTOVANI, 2007).
A expectativa por essas tais melhorias adicionava camada à espera ouro-pretana: a
espera pelas “benesses da redenção”. Essa série de esforços, ajuntada de outros discursos e
planos, testemunha que os ouro-pretenses lutaram intensamente para conservar a condição de


129
Mas mesmo antes já havia textos de semelhante direção.
130
Abastecimento de água e esgotos; Alimentação Pública e Mercados; Hospitais e Asilos; Cemitério Público;
Calçamento e Alinhamentos; Limpeza, Iluminação e policiamento; penitenciária e fórum administrativo;
Theatro, Passeio Público e Jardim Botânico.
131
No final do XIX, é possível verificar discussões inúmeras sobre medidas para combater epidemias de febre
amarela em Minas Gerias, especialmente na zona da Matta. A intenção era vender a ideia de Minas como um
“Estado sadio” (MINAS GERAES, 24.mai.1892, p.2).
122



capitalidade através de estratégias calcadas numa modernização que muitos diziam ser
incompatível com a cidade. Ao contrário do que os mudancistas argumentavam, para os
políticos de Ouro Preto a geografia acidentada poderia, sim, ser driblada; exemplo notório
disso era a ideia de criar planos inclinados nas ruas e elevadores entre algumas ladeiras.
Houve, portanto, espera ativa cuja resistência traduzia-se a partir de discursos,
propostas e obras que buscavam aliar um conjunto de práticas modernizantes à tradição da
antiga Vila Rica132. Esses anseios davam nascimento à Empresa de Melhoramentos da Capital
(1891) destinada a redesenhar Ouro Preto e soterrar a imagem de cidade colonial decadente. A
briosa ideia consistia em reafirmar a magnitude ouro-pretana através de reforma realizada à
revelia do apoio estadual. Contudo, apesar de essas intenções iniciais, a Empresa de
Melhoramentos não conseguiu se sustentar somente com os recursos da municipalidade e teve
que valer-se de um empréstimo do governo de 200:000$000, com juros de 6% e amortização
de 5% ao ano (NATAL, 2007).
Apesar de tais esforços, Fonseca (2016, p. 97) lembra que a historiografia sobre a
transposição não costuma refletir “sobre uma alternativa qualquer para a mudança”. No
entanto, tal qual defende a autora e também como demonstramos, havia outras possibilidades,
reveladas a partir das propostas e realizações de melhorias, como o alargamento de ruas,
alinhamento de casas, alteração de morros, higienização, instalação de fábricas, linha
telefônica, linha de bondes, abertura de escolas, introdução de imigrantes (FONSECA, 2016).
Uma saída espacial, diríamos.
A defesa pela permanência da capital na antiga Villa Rica não se opunha ao ideal de
modernidade pretendido pelo governo; ela buscava capturá-lo e conjugá-lo com os episódios
da história mineira, com destaque à Inconfidência. Dissolvendo antinomias, Ouro Preto era
propagandeada como possível capital moderna cujas raízes se assentariam na tradição e não
no vazio do Curral Del-Rey.
A pergunta “Porque Ouro Preto não se tem desenvolvido?” era respondida a partir de
lamúrias que davam conta do desamparo do poder central:
Exactamente por causa do regimen centralisador a que estavamos sujeitos.
Como ninguem ignora, toda a nossa vida concentrava-se na côrte, donde só
diffundia-se pelas localidades que com ella tinham communicação directa.


132
“Ouro Preto tem um passado que é por assim dizer a historia de Minas: foi o berço de poetas e litteratos
illustres, de estadistas de nomeada, o theatro das patrioticas machinações de Tiradentes e o tumulo de homens
notaveis; tem ao pé de si o soberbo Itacolomy, como guarda vigiante e incansavel; e é possuidora de magnifico
edificio de prisão. Mas tudo isso não é sufficiente para recommendal-a aos mineiros, cujos interesses reclamam a
mudança de capital para outro ponto que offereça mais vantagens” (O PHAROL. 19.mar.1890, p1).
123



Ora, ha penas tres annos que inaugurou-se a via-ferrea de Ouro Preto, e d’ahi pra cá
já a cidade tem-se desenvolvido bastante, quer sob o ponto de vista commercial,
quer quanto á população, commo o mostram as muitas casas que se têm edificado.
A segunda razão é que Ouro Preto, nunca foi contemplado na mesa do orçamento,
como o foram outras capitaes, que tiveram presidentes que se interessassem por seu
progresso (O ESTADO DE MINAS GERAES, 11.jun.1890, p.2).

Esse relato faz parte das “retóricas da espera” que buscavam pintar uma capital
abandonada e, a um só tempo, sinalizar o que poderia ser realizado para revigorar a cidade
(como é o caso da via-férrea acima mencionada). Ouro Preto, tal qual a Província das Gerais,
se avaliava decadente desde meados de 1850. Havia autoimagem depreciativa somada às
críticas advindas de diferentes regiões sobre a posição da cidade enquanto capital. Também
havia grande receio, de parte da elite mineira, em ver a província fragmentada, posto que isso
significaria esmaecimento da economia e da representação política frente à Corte. É nessa via
que a imprensa busca “resgatar o papel místico e mítico” de Ouro Preto “produzindo para a
cidade um espaço mágico, capaz de agregar os símbolos de civilização e liberdade,
preservando a tradição mineira defendida pelas gloriosas lutas passadas, especialmente a
Conjuração Mineira” (SANTOS, 2013, p.318). A antiga Vila Rica passara, assim, a ser a
depositária do “espírito mineiro”, o que justificaria investimentos na direção de sua
preservação.
Nesse enredo, o pico do Itacolomi (ou Itamonte), marco geográfico divinizado pelos
poetas da Conjuração Mineira 133 , figurava como importante pilar. “Divinizado, tanto
simbolizou um ambiente de mistério e conspirações como igualmente acompanhou os atos e
sentimentos da região mineradora de Ouro Preto e proximidade” (SANTOS, 2013, p.318). Na
interpretação de Santos (2013), a diminuição da força política da região de Ouro Preto levou
também ao esmaecimento da aura mítica do pico do Itacolomi – cuja ilustração visualizamos
a seguir:


133
Versava-se sobre as “paizagens grandiosas, pontos de vista do Itacolomy, logares celebrados na historia da
Vella Rica” (O ESTADO DE MINAS GERAES, 20.fev.1894, p.2). Dizia-se ainda: “Itacolumy está para Ouro
Preto como o Monte Branco para Genebra, como o Vesuvio para Napoles ou, finalmente, com mais cor local e
para nos arranjarmos com a prata de lei que temos em casa, como o Corcovado para o Rio de Janeiro” (O
ESTADO DE MINAS GERAES, 5.abril.1894, p.1). Diante iminente perda da condição de capital pressagiava-
se: “Permaneça alli immovel o Itacolomy, como Sphynge do deserto, ou minarete de velha mesquita arruinada”
(O PHAROL. 28.jan.1890, p1).
124



Figura 12 - Pic-nic no alto do Itacolomy

Fonte: Arquivo Público Mineiro


Data: 12 de julho de 1891

Se os ouro-pretanos se agarravam ao Itacolomy e a possibilidade de reformas, os


juizforanos do Pharol ironizavam os planos de se manter a capital em Ouro Preto:

E ahi está como se segura uma capital: um plano inclinado, um elevador, mais um
theatro, mais uma praça ajardinada e mais outra.
Com isso tudo e mais alguma cousa, o separatismo pode chorar pitangas que não
conseguirá nada.
Estamos certo de que, com esses melhoramentos, deixará de ter razão o que dizia
antigo magistrado mineiro, conhecido pela mordacidade de sues epigrammas:
– Reformar Ouro Preto é o mesmo que collocar dentadura em bocca de mulher
velha (O PHAROL, 22.jan.1890, p.1, grifos nossos).

Para além da fala preconceituosa 134, interessa-nos assinalar como a guerra entre
mudancistas e antimudancistas exibia camadas múltiplas, envolvendo desde prosas e poesias


134
Nos tempos correntes devidamente denominada de machismo.
125



à feitos concretos. Essas eram artilharias usadas pelos ouro-pretanos a fim de evitar que
vencidos fossem. Questionavam eles:
Porque, pois mudar-se a capital do Estado de Minas?
(...)
Até o presente Ouro Preto não tem sido a capital do Estado mineiro, e, como tal, não
tem desempenhado perfeitamente a sua missão, conservando, na qualidade de centro
official, a unidade da vida deste Estado?
Porque, pois, despender o dinheiro do povo inutilmente com a construcção d'uma
nova capital, contra todas as regras do regimen democratico?
Nesse caso, não é mais conforme á justiça e á equidade applicar-se esse dinheiro em
melhoramentos da capital que já temos?
(A ORDEM, 6.jun.1890, p.1).

A essa altura, a despeito de posicionamentos contrários, o tema marcava cada vez


maior presença na pauta diária: “Nunca houve em Minas pronunciamento de opinião
comparavel ao que se tem revelado pela mudança da capital. Com a maior anciedade
esperava-se, a todo o momento, o decreto do governador nesse sentido” (A PATRIA
MINEIRA, 15.jan.1891, p.1). Diante esse caldo de desejos, não houve jeito: o decreto foi
mesmo sancionado.

3.2.2 Dividamos a questão: 1o Mudar a capital; 2o Para onde?

Na Constituição Mineira, promulgada em 15 de junho de 1891, estava assegurada a


transferência da capital e com isso as chances de Ouro Preto se apequenavam. Nesse
momento, propunha-se: “Dividamos a questão: 1o Mudar a capital; 2o Para onde?” (O
JORNAL DE MINAS, 19.mai.1891, p.1). O que estava em aberto, portanto, não era se a
capital iria mudar, mas para onde! A fim de responder a essa questão, o Congresso Mineiro
elegeu uma comissão em outubro de 1891 com o fito de indicar os locais a serem estudados.
O resultado apontou os seguintes sítios: Belo Horizonte, Paraúna, Barbacena e Várzea do
Marçal.
Posteriormente, em virtude de proposição do Congresso, Juiz de Fora – descrita
“capital intelectual, artistica e commercial de Minas” e “astro de primeira grandeza” na
“constellação mineira” (O PHAROL, 6.jun.1892, p.1) – foi adicionada ao páreo. Ante esse
novo desenho, narrava-se em tom apoteótico: “Cinco são os logares indicados pelo Congresso
como os mais aptos para a construcção da nova e moderna babylonia: Bello Horisonte

126



(Sabará), Barra do Paraúna135, Vargem do Marçal (S. João d'El-Rey), Barbacena e Juiz de
Fóra” (GAZETA DE OURO FINO, 25.dez.1892).

Figura 13 - O mapa da espera mineira

Fonte: Acervo da Pesquisa (2020) – Elaboração do autor.

Tendo em vista as cinco localidades indicadas no mapa acima – fixadas pela Lei n.1
adicional à constituição –, o presidente do estado, Affonso Penna, nomeou em 1892 uma
comissão destinada a estudar cada uma delas e, para chefiá-la, convidou o engenheiro civil
Aarão Leal de Carvalho Reis, formado na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. O estudo da
Comissão foi finalizado em 1893 e, nesse mesmo ano, gerou um relatório (Figura 14)
apresentado por Aarão Reis à Affonso Penna. Nesse momento, nebulosa era a paisagem ouro
pretana: “[a] atmosphera é pesada, nem uma viração; o Itacolomy traz o seu cabeço envolto
em espessas nuvens; tudo está parado” (O PHAROL, 3.dez.1892, p.1).


135
Nas imediações de Corinto e Curvelo (MG).
127



Figure 14 - Relatório da Commissão d'Estudo das Localidades Indicadas para a Nova Capital - Relatório apresentado a
Affonso Penna (presidente do Estado de Minas Gerais) pelo engenheiro civil Aarão Reis (1893)

Fonte: REIS, Aarão. Comissão d'e Estudos das localidades indicadas para a nova capital. Relatório apresentado
à S. Ex. o Sr. Dr. Affonso Penna (Presidente do Estado) pelo engenheiro civil Aarão Reis, janeiro a maio de
1893. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1893.

O documento, além do Relatório do Engenheiro-Chefe da Commissão, da Introdução,


do Quadro Comparativo das observações meteorológicas e das Instruções, estava estruturado
em cinco partes: I) anexos; II) III) mapas gráficos; IV) esboços de projetos; V) plantas e
coleção de amostras.
Nas Instruções informava-se que os estudos das localidades indicadas à nova capital
deveriam se pautar pelos seguintes critérios:
1°) Condições naturaes de salubridade;
2°) Abastecimento abundante de agua potável;
3°) Esgotos e conveniente escoamento das águas pluviais e drenagem do solo;
4°) Facilidades oferecidas para a edificação e construção em geral;
5°) Garantia de um farto abastecimento dos produtos da pequena lavoura
indispensáveis ao consumo diário;
6°) Iluminação publica e particular;
7°) Condições topográficas em relação à livre circulação de veículos e ao
estabelecimento de carris urbanos;
8°) Ligação ao plano geral da viação estadual e federal;
9°) A despesa mínima para as instalações iniciais indispensáveis ao regular
funcionamento da nova capital e vinculadas ao: levantamento da carta topográfica
da localidade eleita; projeto e locação da nova cidade; arruamento; construção de
obras para abastecimento de água e para esgotos; instalação do sistema de
iluminação, edificação dos prédios indispensáveis ao serviço das repartições
públicas.

128



Em seguida, orientado por esses parâmetros, arrolavam-se análises que atravessavam


os seguintes tópicos: I) Condições Naturaes de Salubridade; II) Abastecimento de água; III)
Esgoto Geral; IV) Edificação da Nova Capital e Construções em Geral; V) Recursos de Vida;
VI) Iluminação pública e particular; VII) Viação em Geral; VIII) Avaliação Geral; IX)
Conclusão Geral. É, finalmente, neste último item que o engenheiro Aarão Reis apresentava
seu parecer sobre o sítio mais apropriado para erguer a nova capital – parecer este que
comentaremos mais adiante.
Nos anexos, por sua vez, estão relatórios de seis membros que Aarão Reis indicou
para compor a Comissão. São cinco relatórios dedicados a cada uma das localidades e um
sexto, realizado por um médico higienista, que traz análises físico-químicas e bacteriológicas
das poeiras atmosféricas; moléstias mais frequentes; estatísticas mortuárias; confronto entre as
localidades; deduções e classificação.
Em seguida, na seção Mapas gráficos, com base em estudos realizados em 1893, em
cada uma das localidades, há registros de curvas barométricas e termométricas, de tensão do
vapor e da humidade relativa, e da chuva e evaporação.
A seção Esboço de Projetos contempla as fachadas dos edifícios projetados para a
nova capital, são eles: Palácio Presidencial (Figura 15), Fórum administrativo, Congresso
Legislativo, Palácio da Justiça, Câmara Municipal, Escola Normal, Escola Primária e
Repartição Policial.

Figura 15 - Esboço do Palácio Presidencial

Fonte: REIS, Aarão. Comissão d'e Estudos das localidades indicadas para a nova capital. Relatório apresentado à
S. Ex. o Sr. Dr. Affonso Penna (Presidente do Estado) pelo engenheiro civil Aarão Reis, janeiro a maio de 1893.
Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1893.

129



Em Plantas estão produtos cartográficos relativos à Várzea do Marçal, Belo


Horizonte, Barbacena, Juiz de Fora e Paraúna, além de uma carta geográfica do estado onde
estão indicadas as ligações das diversas localidades ao plano geral de viação. Finalmente, em
coleção de amostras, deveriam vir listadas amostras de madeira, pedras, tijolos, argilas, ocres,
cal, etc, existentes nas localidades postulantes. No entanto, este item consta apenas no
sumário.
Descrito como um “trabalho minucioso e completo” (GAZETA DE OURO FINO,
30.jul.1893, p.1), o relatório, de mais de 300 páginas, apresentava ótima impressão e
produção lastreada em bases científicas. Trata-se, em nossa interpretação, de um documento
da espera, posto que nele estão condensadas várias camadas de expectativas; seu minucioso
processo de elaboração, que envolveu a análise de diferentes profissionais, contribuiu para
aumentar a ansiedade em relação ao parecer da Comissão. Estamos falando, afinal, de um
veredito que iria alterar profundamente as dinâmicas das Gerais, da localidade eleita e daquela
que perderia o posto de capital. Isso sem mencionar que as projeções realizadas, textuais ou
imagéticas 136 , também evidenciam os horizontes de expectativas encapsuladas nesse
documento que, uma vez publicado, colocava na mesa novas especulações sobre quais
decisões ele iria municiar.
Diante da importância de tal relatório, elaboramos produtos cartográficos para
evidenciar as feições da espera que ele escancara. Dispostos adiante, tais produtos
contemplam: a) breve apresentação das localidades candidatas 137 ; b) plantas; c) carta
geográfica e d) conclusão geral do engenheiro Aarão Reis.


136
A exemplo daquelas sobre as fachadas dos edifícios públicos ou a respeito capacidade de expansão da futura
cidade.
137
A apresentação contida no relatório é mais longa do que a disposta no mapa no qual optamos por inserir
apenas a descrição preliminar.
130



Figura 16 - Breve descrição das localidades candidatas à nova capital de Minas Gerais segundo relatório apresentado Affonso Penna (Presidente do Estado) por Aarão Reis em 1893

Fonte: Acervo da Pesquisa (2020) – Elaboração do autor.

131



Figura 17 - Plantas das localidades candidatas à nova capital de Minas Gerais

Fonte: Acervo da Pesquisa (2020) – Elaboração do autor.


132



Figura 18 - Indicação das Ligações das Diversas Localidades ao Plano Geral de Viação (1893)

133



Figura 19 - Conclusão geral do relatório apresentado a Affonso Penna por Aarão Reis em 1893

134



Diante do parecer do relatório (Figura 19) os são joanenses celebravam: “esperançados


[...] pela noticia das conclusões do parecer do chefe da commissão de engenheiros, que
estudou as diversas localidades apontadas para esse fim, indicando a Varzea do Marçal como
melhor ponto, “com o qual nenhum outro pode competir”; no entanto, na continuidade do
texto admitia-se possibilidade de reviravolta: “amanhã, variam as opiniões com as noticias,
que nos chegam de Ouro Preto e todas as esperanças parecem mortas” (MINAS GERAES,
12.jul.1893, p.7). Esse relato é representativo ao destacar como as deliberações a respeito do
sítio escolhido pareciam oscilar ao sabor do vento. A gradação, que parte do adjetivo
esperançados e desagua no trecho todas as esperanças parecem mortas, sublinha como o
referido relatório, de certa maneira, documentou a espera ao redor da escolha da nova sede do
governo. As informações arroladas, desde a apresentação das localidades (Figura 16) até o
parecer, colocavam novos elementos na arena ao destacarem diferentes aspectos, alguns
lisonjeiros, outros demeritórios, de cada um dos sítios postulantes.
Aqui é interessante relembrar a concepção de Gomes (2017) que toma a Geografia
como uma maneira de pensar o espaço e advoga a importância da noção de quadros para a
referida ciência. O autor ressalta que os enquadramentos contribuem para que pensemos a
organização dos fenômenos espaciais registrados em um plano bidimensional: “Fazer parte do
quadro significa estar exposto ao mesmo ambiente, encontrar conexões múltiplas pelo jogo de
posições, partir da localização para pensar relações, julgar proximidades ou distâncias”
(GOMES, 2017, p. 36). Com efeito, “o quadro coloca variáveis no mesmo plano e demonstra
a multiplicidade de possibilidades de análise com diferentes considerações sobre os outros
aspectos que aí figuram” (GOMES, 2017, p. 36).
Nessa esteira, mapas, gráficos, pinturas, fotografias e até textos que sustentam
raciocínios baseados na localização e análise de fenômenos podem ser considerados quadros
geográficos. Podemos então compreender as cartas, gráficos e demais representações contidas
no relatório como enquadramentos que auxiliariam enormemente as discussões sobre a
mudança da capital.
No entanto, a despeito do nível de detalhamentos ofertado, alguns políticos
denunciavam as “lacunas do relatório feito em tão limitado por espaço de tempo” (MINAS
GERAES, 8.jan.1894, p.2) e o classificavam como uma obra incompleta (MINAS GERAES,
15.dez.1893, p.4). Por consequência, variadas foram as discussões na busca de interpretar as
informações de forma que fosse mais conveniente para esta ou aquela localidade. Ao fim e ao
cabo, o relatório, de conclusão ambígua (Figura 19), mas com palavras finais inclinadas à
135



Várzea do Marçal138, promoveu grande burburinho e foi analisado por uma terceira comissão
eleita em julho de 1893, composta por sete membros139 do congresso. Tal comissão indicou,
nessa ordem: Várzea do Marçal (“A Capital de Tiradentes140”) e Curral D’El-Rey.
Criava-se, assim, novo cenário de esperas, com apenas duas localidades, embora as
demais cidades – incluindo Ouro Preto – ainda nutrissem suas esperanças (Figura 20). Seguir
abordando diferentes esperas ao redor do “torneio da transferência” da capital (O
CONTEMPORÂNEO, ed.35, nov.1893, p.2) é o que faremos a seguir.


138
No Jornal Gazeta de Ouro Fino informava-se: “Illustra o relatorio diversos mappas e plantas de edificios,
terminando a comissão pela escolha da Varzea do Marçal, como o ponto mais conveniente para a edificação da
nova cidade” (GAZETA DE OURO FINO, 30.jul.1893, p.1). N’O Contemporâneo, por sua vez, dizia-se:
“Consta, não sabemos sob que fundamento, que a localidade escolhida para a capital do estado será a Varzea do
Marçal. Será exacto? Esperemos” (O CONTEMPORÂNEO, 30.abril.1893, p.1).
139
Carlos Ferreira Alves e Otávio Esteves Ottoni (Dissidentes/Republicanos Históricos e representantes da
Mata); Manoel E. Martins de Andrade (Alvinista/Rep. Histórico; representante do Sul); Francisco Antônio de
Sales (Adesista/Alvinista, representante do Sul de Minas); João Nepomuceno Kubitschek e Camillo Filinto
Prates (Adesistas/Alvinistas representantes do Norte de Minas) e Nelson D. Pimentel Barbosa (não se sabe sua
filiação política, apenas seus vínculos com a porção noroeste do estado) (VISCARDI, 2007).
140
No caso de Várzea do Marçal (São João Del-Rei) ainda pesava o argumento de que a região havia sido
sonhada pelos inconfidentes para ser a nova capital: “Foi essa localidade escolhida por Felippe dos Santos,
Tiradentes e pelos conjurados mineiros para a fundação da capital da Republica que elles tentaram proclamar.
Foi emfim a Vargem do Marçal a paisagem que mais encantou Saint Hilaire em sua excursão por Minas Geraes.
Em seu inestimavel livro elle a registrou como uma das mais belas do mundo (JORNAL DE MINAS,
10.dez.1890, p.2)”. Na interpretação de Santos (2013, p. 379), “o mito Tiradentes foi a personificação dessa
nova construção identitária mineira, tendo em sua representação a idealização de uma liberdade dentro da ordem,
aliado a um passado heroico e glorioso, usado, ainda que repleto de contradições e ambiguidades, por liberais,
conservadores e republicanos. A encarnação da Mineiridade na figura de Tiradentes cumpriu um importante
papel de ação mobilizadora para a busca de um projeto político futuro para a província fundado na grandiosidade
de sua história”.
136



Figura 20 - O Grande Torneio da Mudança da Capital de Minas

137



3.2.3 Poesias da Espera (Viemos saber se o Congresso desenrola tão intricada questão)

A espera pela decisão da mudança. A espera pelo parecer da Comissão Construtora. A


espera pela sede da reunião do Congresso. A espera pelo veredito decorrente de tal reunião.
Como se nota a partir da palavra que se repete em todas frases anteriores, muitas eram as
esperas vigentes enquanto cada ente regional acalentava “a doce e acariciadora esperança de
ser a capital” (O PHAROL, 6.jun.1892, p.1). No meio desse caldeirão, havia ainda a
esperança dos ouro-pretanos e de moradores de áreas circunvizinhas141 por reviravolta que
quedasse tudo como dantes. Isso sem falar da própria expectativa sobre o que seria da antiga
Vila-Rica caso ela destronada fosse.
Esse terreno de movediças certezas reafirmava a condição de Minas Gerais enquanto
território da espera142 e alimentava representações inúmeras (Figura 21) que partiam não
apenas dos sítios candidatos, mas também de cidades do entorno, a exemplo das matérias
veiculadas em jornais diamantinenses em defesa de Paraúna ou das vindas de Sabará em prol
de Belo Horizonte. Cada ente regional, a partir de suas artimanhas, esforçava-se em trazer a
capital “para o seu torrão natal”, desejosos dos benefícios provenientes de um veredito
favorável (O PHAROL, 6.jun.1892, p.1). Assim, houve toda sorte de artigos jornalísticos, mas
também músicas, romances, sonetos, poesias e peças de teatro e demais representações a
ilustrar o clima de tensão em que critérios técnicos – exigências geográficas, topográficas,
climatológicas, higiênicas, etc – se misturavam aos interesses políticos e regionais, aspectos
históricos143, paixões e sonhos.
Os moradores da antiga Villa Rica não assistiram incólumes à possibilidade de serem
ostracizados da cartografia mineira. O poema a seguir, extraído d’A Ordem – jornal editado


141
Xavier da Veiga argumentara: “Não é só Ouro Preto, pois, que soffre, repito, com a mudança da capital:
Marianna, Queluz, Piranga, Ponte Nova e outros municipios teem de ser grandemente prejudicados com a
violenta medida, e seus clamores já se manifestão, espontaneos e vivazes, como natural repercussão das justas
queixas do povo da capital” (A ORDEM, 23.mai.1891, p.3).
142
Quase íamos dizendo território da ansiedade, afinal, como informa matéria reproduzida n’O Pharol, “com a
maior anciedade esperava-se, a todo o momento, o decreto do governador” a respeito da temática (O PHAROL,
16.jan.1891, p.1).
143
Questões separatistas também eram colocadas em pauta, como lembra Viscardi (2007, p. 30) ao dizer que
“[...] Os líderes políticos de Juiz de Fora ameaçaram separar a cidade de Minas, juntando-a ao Rio de Janeiro ou
ao Espírito Santo, garantindo seu acesso ao mar. Desafiou Ouro Preto a viver a suas próprias custas e não apenas
do dinheiro do café produzido pela Zona da Mata. Ao mesmo tempo, propôs que a decisão fosse tomada no
Congresso Constituinte” (VISCARDI, 2007, p. 30).
138



em Ouro Preto pelos antimudancistas Francisco Luiz da Veiga144 e José Pedro Xavier da
Veiga –, é exemplo de expressão poética arquitetada contra a mudança:
Mudança da capital
Os Échos do Itacolomy

Firme e quedo sobre o cume d'esta serra,


Vou saudar-vos, illustrados Brazileiros:
– Leal Fraternidade a todos vós;
Honra, gloria e elevação aos bons Mineiros.

Já ouço retumbar, por estes valles,


Um dicterio estupendo sem igual,
Que vai ser decretada brevemente
A mudança d'esta rica Capital.

Alertai-vos, meus mineiros, alertai-vos!


Não deixeis elevar-vos na ilusão!
Combatei a essa classe aventureira,
Que só trata de maldade e d'ambição!

Vede, pois, que o Brazil jaz empenhado!


Nos exige economia, e não se engana!
Não deixeis, pela honra, demolir
Esta bella cidade – Ouro-pretana.

Muitos tratão de apontar o grande exemplo


Dos estados do norte americano;
Mas o nosso está longe a comparal-os,
Como está o lord inglez – do africano!

Respeitai, pela nova liberdade,


O berço que embalara – Tiradentes!
Para assim ser corôada a grande obra,
Seja ahi a Capital eternamente!...

Em eras bem remotas, já passadas,


Eu fui idolo de um tribu guarany;
Tremei, povos da raça emboabana,
Aos échos d'este vosso Itacolomy

Leoncio Chagas.
Lamim, 18 de dezembro de 1890.
(A ORDEM, 31.dez.1890, p.3).


144
“Francisco Luís da Veiga nasceu no município de Campanha (MG), filho de Bernardo Jacinto da Veiga. Seu
pai foi presidente da província de Minas Gerais por duas vezes, de 1838 a 1840 e de 1842 a 1843. Formou-se em
direito e advogou por longos anos em Ouro Preto (MG). Ingressou na política ao ser eleito deputado provincial
em 1877. Durante seu mandato obteve da Assembleia Provincial uma quota anual de um conto e quinhentos para
a instalação e, posteriormente, manutenção do sistema de iluminação da cidade de Pouso Alegre (MG). Em 15
de setembro de 1890 foi eleito deputado constituinte por Minas Gerais. Tomou posse em 15 de novembro
seguinte, ao ser instalado o Congresso Nacional Constituinte, e após a promulgação da Constituição de 24 de
fevereiro de 1891 passou, a partir de maio, a ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Encerrada a
legislatura em dezembro de 1893, foi eleito para outras sete, permanecendo na Câmara até dezembro de 1914”
(CPDOC).
139



Interessante notar como os versos rechaçavam as comparações com os Estados Unidos


(mobilizada com frequência pelos mudancistas) e rebobinam parte da história mineira na
tentativa de forjar sentimento positivo em relação a Ouro Preto. E se falamos de poemas não
podemos deixar de mencionar José Joaquim Correia de Almeida que era conhecido pelo
apelido de padre Mestre (uma vez que era professor de latim) e por suas sátiras e sonetos que
revelavam seu descontentamento quanto à transposição da capital. A seguir vemos uma
criação de sua lavra:

A MUDANÇA DA CAPITAL

Quem quer os fins, põe os meios,


e assim vae a coisa avante,
sendo a idea triumphante,
dissipados os receios.

Sisuda, sem galanteios,


propaganda se levante,
e abale á força bastante
De Villa Rica os esteios.

Si pessoa escrupulosa
diz que a empreitada é custosa,
eu digo que não é tal

O capital da mudança
si alguem dá, logo se alcança
mudança da capital

Padre CORRÊA DE ALMEIDA.


Barbacena, fevereiro de 1890

(O PHAROL, 21.fev. 1890, p.1)

Almeida, porém, não falava sozinho. Ele encontrou interlocutor à altura: Antônio
Augusto de Lima que, além de poeta, jornalista, magistrado e professor universitário, ocupou
a presidência de Minas Gerais entre 18 de março de 1891 a 16 de junho de 1891. Através do
pseudônimo SIN-DI-K145 ele apresentava suas réplicas em favor da mudança da capital para o
Curral Del Rey (CORREIO DA MANHÃ, 6.dez.1925; MIRANDA, 1995). As satyras
choveram de lado a lado” e dessa batalha de poetas surgiram vários sonetos tratando do
assunto (CORREIO DA MANHÃ, 6.dez.1925, p.1).


145
Tratava-se de provocação na medida em que muitos antimudancistas diziam que transferência da capital vinha
a atender aos interesses de “sindicatos” – expressão que nos tempos correntes representaria algo como um “cartel
de empreiteiras” (MIRANDA, 1995).
140



Havia também manifestações carnavalescas, como evidencia o programa do carnaval


de Juiz de Fora (1891) no qual consta um momento intitulado “A mudança da capital” (O
PHAROL, 8.fev.1891, p1). Segundo relatos: “Em um carro [...] via-se uma figura allusiva a
conhecido sacerdote [especulamos se tratar do Padre Paraíso] que advogou com enthusiasmo
a questão da mudança da capital” (O PHAROL, 10.fev.1891, p.1). Inclusive, um dos anúncios
do carnaval de 1890, já projetava Juiz de Fora como nova capital:

Figura 21 - Viva a Futura Capital de Minas!

(O PHAROL, 16.fev.1890, p.1)

Nessa mesma toada, mencionamos a peça São João d’El-Rey ou A mudança da capital
(1893) do poeta Modesto Paiva146. Na história, escrita e encenada em São João Del-Rei, cada
cidade-postulante representava uma personagem e destilava seus argumentos em causa
própria147. Dessa peça destacamos a música inicial por ela ajudar a recriar tensões do período
e evidenciar nuances da espera:


146
Para mais informações sobre a mencionada peça de teatro de revista, consultar Guilarduci (2009).
147
Na peça Belo Horizonte é qualificada como a terra dos papudos; associação que tinha explicação no a
endêmico na região. Lá se registraria também infestação de barbeiros (hospedeiros da doença de chagas).
Barbacena é pintada como a cidade da ventania em alusão aos constantes ventos que cortariam a localidade. Juiz
de Fora recebe a pecha de terra dos mercadores de pomada o que, na análise de Guilarduci (2009) seria uma
referência ao texto O Segredo do Bonzo em que seu autor, Machado de Assis, emprega os temos pomada e
141



Somos cidades de Minas


E lugares afamados
Geralmente indigitados
Para a nossa Capital.
Viemos saber se o Congresso
Na actual reunião,
Desta feita desenrola
Tão intricada questão
Toda à gente do paiz,
Diz,
Que a cousa não vai bem,
Tem,
De haver cobras e lagartos,
Que Ouro Preto não se cansa
De dizer que tal mudança
Muito e muito mal lhe faz,
Mas
Que afinal há de ceder
Porque o poder é o poder!
Alem disso, a certas horas
Quanto tudo já repousa
Pelas ruas da cidade Acontece cada coisa...
Apezar das Capystranas,
Quem não andar de bastão
Para escorar-se nas pernas,
Irá de ventas ao chão.
Que Deus livre-nos enfim,
De uma Capital assim!
Por conseguinte o Congresso
Na actual reunião
Não fará de modo algum
Protelar-se esta questão
Vamos pedir aos congressistas.
Bons patriotas
E não farcistas.
Que sem demora
Seja votada
Essa mudança
Tão desejada

Terão applausos
De toda a gente
Nessa cruzada Independente.
Minas inteira


pomadista para caracterizar um discurso falacioso. No caso de juizforano a falácia estaria na criação da imagem
de uma cidade próspera que não encontraria lastro na realidade. Várzea do Marçal, por sua vez, é conhecida, na
peça, como a terra da “família dos papas laranjas”, alcunha pejorativa que poderia estar atrelada as vastas
plantações da fruta na Colônia do Marçal e ao cardápio pouco diversificado dos italianos residentes na região.
Ouro Preto, por fim, é retratada como uma cidade que, pela geografia de suas ruas, dificulta a fluidez do trânsito.
Esses elementos são, em parte, endossados pelo deputado Camilo Prates que, em 1893, apresentava seu parecer
acerca do projeto de mudança da capital: “Os dois logares – Belo Horisonte e Varzea do Marçal – que disputam,
no dizer do chefe da commissão technica, a preferencia, são – o primeiro infeccionado endemicamente pelo
bocio e cretinismo, e o segundo – um vasto paúl, com o lençol d'agua a um metro de profundidade e, de mais, a
mais, alagado pelas enchentes dos rios que o circundam. Os outros: – Juiz de Fora é a cidade conquistada aos
pantanos do Parahybuna, onde o paludismo reina sem contraste; Paraúna é carregado de multiplas especies
nosologicas que, no dizer do hygienista, muito prejudicariam á formação de uma cidade como a desejamos para
Capital de Minas. Só Barbacena tem um bom clima e com as condições” (MINAS GERAES, 24.nov.1893, p.5).
142



De sul a norte
Applaude o feito
De vida e morte

Temos nós ricas cidades


Florescentes, primorosas,
Tão lindas e magestosas
Para a nova Capital
Somos férteis, invejáveis
Productivas, importantes,
Sem fallar nas verdejantes
Lindas vargens do Marçal

Por isso contamos


Com grande prazer
Que o tal Ouro Preto
Havemos vencer.
Trá, lá, lá
Se ha um chinfrim,
Se ha um banzé
Nenhuma casa Fica de pé.
Te a colunna
Que custou tanto
Espeta-se ahi
Em qualquer canto!
Fiquem sabendo
Em conclusão
Nesta questão
Que a Capital não fica
Por mais tempo em Villa-Rica
(PAIVA, M., 1893, f.1-3v apud GUILARDUCI, 2009, grifos nossos).

A música, a medir pelo tendencioso trecho “sem falar nas verdejantes / lindas vargens
do Marçal”, explicita que a mudança da capital deflagrou acaloradas propagandas.
Interessante ressaltar que os versos evocam diferentes imagens – amiúde, geográficas – para
caracterizar certas localidades.
Outrossim, houve ainda a “revista comico-lyrico-phantasia” de nome A mudança da
capital, com poemas de Assis Vieira e música de vários compositores e acompanhamento da
Companhia de Operetas Phênix Dramática (Rio de Janeiro). A peça, assim como congêneres,
não tinha enredo definido, “consistindo o seu entrecho na exhibição de varios typos e figuras
allegoricas, com relação a factos e acontecimentos locaes” (O PHAROL, 13.jun.1892, p.2).
Nas apresentações o autor “passava em revista varios acontecimentos” relacionados à
mudança da capital e tinha como “fim especial pôr em relêvo o progresso e o adiantamento”
de Juiz de Fora (O PHAROL, 13.jun.1892, p.2).

143



Figura 22 - Anúncio da peça A Mudança da Capital

(O PHAROL, 11.jun.1890, p.4)

144



A peça contava com as seguintes personagens: Capitolio, Ouro Preto, Juiz de Fóra, S.
João D'El Rey, Bello Horisonte, Campanha, Santa Luzia do Rio das Velhas, Paraúna,
Barbacena, Rio Preto, Tombos do Carangola, Tamanduá, o Minas Geraes, A Luz Eletrica, A
Escola de Minas, um inquilino zangado, o Morro da Forca, o homem do progresso, a dona de
casa, dona Telephonica, A Escola de Pharmacia, A Bahiana, A Caixa Economica, 1º, 2º, 3º
revolucionarios, o homem dos 7 officios, o “Eu disse”, 1º, 2º, 3º bancos, 1º, 2º, 3º policiais, 1º,
2º, 3º transeuntes (MINAS GERAES, 9.jul.1892, p. 7; 24.ago.1893, p.5; 12.set.1893. p.5), etc.
Os bancos, asilos, academia de comércio, luz elétrica, companhias de seguros,
empresa de bonds, companhia telefônica e o jornal O Pharol eram tratados “com referencias
lisonjeiras e ao mesmo tempo espirituosas e felizes” (O PHAROL, 13.jun.1892, p.2). O
espetáculo iniciava-se com um coro envolvendo as cidades e vilas do pleito. Juiz de Fora
emerge em sequência demonstrando indiferença quanto à transposição e exibe, de forma
orgulhosa, seus melhoramentos. Conforme retratam os periódicos, a cada exibição a peça
passava por alterações, seja de enredo, personagens, valsas ou quadros148. No jornal O Pharol
prometia-se: “quem for exaltado partidario da mudança da capital ou quem não for
absolutamente não pode deixar de ir ao theatro, para mudar de convicção, ou para adquiril-a”
(O PHAROL, 11.jun.1892,1). A seguir o programa da peça:


148
Em uma das exibições o 1o ato, ao invés de se passar em Juiz de Fora, iniciou-se em Ouro Preto, mas no
último ato apareciam “todos os factores do progresso material e intellectual de Juiz de Fóra, para predizerem o
seu futuro. Em apotheoso final vê-se a Posteridade coroando Juiz de Fóra” (O PHAROL, 20.ago.1892, p.1).
145



Figura 23 - Programação da peça A Mudança da Capital

(O PHAROL, 21.ago.1892, p.3)

146



Interessante é sublinhar a presença do jornal O Pharol, o que reforça a importância


da imprensa nas discussões e, em especial, de tal veículo como propagandista da mudança. Os
ouro-pretenses, por sua vez, se colocavam como os representantes das Gerais por meio,
sobretudo, do Jornal de Minas. Eles vangloriavam a tradição e cultura da antiga Vila Rica e
qualificavam Juiz de Fora como ambiente repleto de rebeldia e vícios149. Estava posto embate
entre tradição e modernidade que extrapolava as fronteiras dessas duas cidades e até mesmo
do estado (O PHAROL, 22.out.1890; VISCARDI, 2007)150. As peças e poesias151 reunidas
nesse trabalho constituem-se, assim, em formas de representar a espera por meio de métrica e
rimas próprias. E se nesse tópico demos ênfase às manifestações em forma de versos, no
seguinte nosso foco se direciona às prosas em torno da polêmica mudança.


149
Viscardi (2007), narra que num meeting com 800 pessoas, um padre de Ouro Preto fez uma proposta para que
os ouropretanos não tomassem mais cerveja, pelo fato de tal bebida vir das fábricas juizforanas.
150
Houve até apelo a Deodoro da Fonseca, presidente da República à época, para cancelar a lei que permitia
mudanças de capitais (VISCARDI, 2007).
151
Lembramo-nos ainda da música “Mudança da Capital” que, segundo informações do Minas Gerais, era “uma
bonita polka, composição para piano, do sr. Justino C. da Conceiçção” (MINAS GERAES, 6.nov.1894, p.3).

147



3.2.4 Prosas da Espera (A escolha do local é questão essencialíssima)

A mudança da capital para a Varzea do Marçal é o assumpto predilecto de todas as


conversas e absorve tanto o pensamento do povo, que até na novena eu ouvia a
Varzea do Marçal mettida, como Pilatos no credo, no meio de um tota pulchra es
Maria soluçado em notas suaves por falta divina no côro da matriz (JUIZ DE
FORA, 15.ago.1893, p.2).

Os políticos e jornalistas de diferentes cidades cuidavam de atacar Ouro Preto e


defender suas localidades. “Necropolis” (LIBERAL MINEIRO, 11.abril.1883, p.1) ou mesmo
“cadáver” eram algumas das expressões utilizadas na tentativa de dimensionar o estorvo que a
anciã Vila Rica imputaria ao estado. Insistia-se que as condições ofertadas pela atual capital
eram obstáculos intransponíveis conforme estampado, de maneira grandiloquente, nas linhas
adiante:
Edificada em sitio alpestre e sobre profundas depressões; encravada entre duas
alterosas serras que lhe apertam o ambito e os horisontes, impedindo-lhe o
desenvolvimento; insulada no meio de extensa região safara, quasi desnudada de
vegetação; em um canto do Estado de Minas; fóra das linhas naturaes onde circulam
as correntes de vida economica do referido Estado; de clima inhospito e de má
constituição medida, caracterisada por diversas endemias, a vossa velha capital não
offerece absolutamente as convenientes condições de habitabilidade que exige a vida
moderna.
Sua estranha situação topographica torna-a refractaria a todos os melhoramentos de
qualquer especie que constituem hoje o conforto e os legitimos attractivos da
existencia do homem.
As suas ladeiras extenuantes e inaplanaveis, a estreiteza e irregularidade de suas
ruas, que não se prestam a ser alargadas, as difficuldades das construcções em razão
dos accidentes do terreno e a improductividade vegetal e animal da vasta area de
suas immediações impossibilitam de todo sua transformação (O PHAROL,
15.jan.1890, p.1).

Esse discurso, veiculado num jornal de Juiz de Fora, se assentava em pensamento


espacial que considerava praticamente impossível domar as condições impostas pela natureza:
“Ousar tentar semelhante tarefa seria propor-se ao dispendio inutil de herculeos esforços ou a
emprehender um combate cyclopico contra as massas immoveis de suas compactas e
corpulentas montanhas de granito” (O PHAROL, 15.jan.1890, p.1). Ou seja: o modus
operandi era criticar a geografia da antiga Villa Rica e versar sobre as dificuldades de se
modificá-la.
Os ouro-pretanos também lançavam mão de seus estratagemas, como no artigo d’A
Gazeta de Ubd152 dedicado a combater propaganda que O Pharol difundia. Além do “prejuizo
immenso, sem vantagem alguma para a causa publica” (A ORDEM, 1.mai.1890, p.2), que
poderia advir da mudança da sede do governo, rechaçava-se a tese de que a capital deveria

152
Artigo replicado e endossado pelo jornal A Ordem em 1o de maio de 1890.
148



estar, por excelência, em cidade de grandes dimensões. Sustentava-se ser possível e, mais que
isso, desejável, a centralização política e a descentralização administrativa. Nessa esteira, em
artigo veiculado no ouro-pretano A Ordem arrolavam-se exemplos de países onde isso
ocorreria: Estados Unidos com a capital em Washington descrita como “inferior e a muitas
outras cidades” como “New-York, Philadelphia, Chicago, Boston e outras que lhe levão
vantagens na população, na industria e no commercio” (A ORDEM, 6.jun.1890, p.1).
Tomando como referência o estado novaiorquino, citava-se a capital Albany que, à época,
contaria com “apenas 90.000 habitantes, ao passo que pertence ao mesmo Estado a cidade de
New-York, com 1.200.000 habitantes”; sendo descrita a “primeira cidade da America e uma
das primeiras do mundo em população, commerco e industria, com excellente porto na foz do
Hudson, que rivalisa com Londres e Liverpool” (A ORDEM, 6.jun.1890, p.1). Mencionava-se
ainda a Escócia onde “a primeira cidade em população, industria e commercio, é Glasgow, ao
passo que a capital é Edimburgo” (A ORDEM, 6.jun.1890, p.1).
Após exemplos perfilados, a conclusão era categórica: “Não precisamos de mais
citações: ahi está a Geographia” (A ORDEM, 6.jun.1890, p.1). A assertiva não poderia ser
mais oportuna na medida em que ela nos ajuda a escancarar como uma imaginação geográfica
era componente essencial na defesa de certos ideiais. Assim, ao verificarmos os argumentos
daqueles que defendiam a permanência da capital na antiga Vila Rica chama-nos atenção três
principais questões, todas elas prenhes de espacialidade: i) a menção às singularidades
regionais e às dinâmicas relações que as regiões fronteiriças guardavam com os estados
vizinhos; ii.) a sugestão de que movimentos separatistas ganhariam força mediante a mudança
da capital; iii.) por fim, o incenso às capacidades que a cidade de Ouro Preto teria de atuar
como ponto articulador e de coesão entre as diferentes regiões do estado. O argumento era,
em síntese, o de que a única cola que amalgamava, com tenacidade, as peças do mosaico
mineiro era a capitalidade ouro-pretana.
Os anti-mudancistas, via de regra, afirmavam que as questões topográficas não tinham
tanto peso quanto se insinuava. Em parecer relacionado à temática, Camillo Prates 153
ironizava quem dizia que a antiga Vila Rica era imprópria em virtude de suas montanhas. Por


153
Camillo Filinto Prates nasceu na cidade de Grão Mogol (MG), em 29 do último mês do ano de 1859. Foi
professor de matemática e ciências Físicas e Naturais na Escola Normal de Montes Claros; também militou no
jornalismo nessa mesma cidade. Deputado provincial (1882-1889), presidente da Intendência Municipal de
Montes Claros (do alvorecer da República até 1891); Deputado Estadual Constituinte para a 1a Legislatura
(1891-1895). Integrou a comissão dos onze responsáveis por revisar o projeto da Constituição Mineira. Integrou,
também, a Comissão responsável de formular projetos de lei sobre a mudança da Capital de Ouro Preto para
Belo Horizonte. Na República era filiado ao Partido Republicano Mineiro e no Império ao Partido Liberal.
149



esse mesmo motivo, dizia ele, seria necessário “mudar Minas para outro ponto mais plano da
Republica, porque Minas toda é montanhosa” (MINAS GERAES, 24.nov.1893, p.5). Prates
dizia ser motivo de envaidecimento poder ostentar, aos visitantes, “um rico salão, de grande
effeito scenico”, porém, advertia que todo resto da habitação não deveria se destacar da peça
da recepção (MINAS GERAES, 24.nov.1893, p.5). Por tudo isso o deputado refletia:
“Devemos ter uma bonita Capital que nos ponha em evidencia a esthetica apurada: de
accôrdo. Mas, antes disso, levemos aos sertões longínquos de Minas o grande propulsor
progresso, para que não nos vão perturbar, nos salões doirados, os gemidos de centenas de
mineiros a se estorcerem de fome e miséria (MINAS GERAES, 24.nov.1893, p.5).
Não faltam ilustrações de como os atributos do espaço eram convocados ao debate.
Xavier da Veiga admitia as limitações topográficas de Ouro Preto, mas afirmava que essa
condição não seria mal irremediável a ponto de obstaculizar os melhoramentos na cidade. Em
sua visão, a propaganda pela mudança evidenciava a “fraqueza de animo” dos brasileiros (A
ORDEM, 23.mai.1891, p.2). Exemplo diferente seria dado pelos enérgicos holandeses:
O que será mais difícil – conquistar alguns terrenos edificaveis às
montanhas, que nos cercão, ou conquista-los às ondas do mar?
Entretanto, ahi está o grande exemplo da Hollanda, a mostrar-nos de quanto
é capaz o homem intelligente, forte e tenaz.
É porque lá elle não só tem mais virilidade e coragem, mas também é
guiado por governos mais esclarecidos. Aqui quer-se encontrar todas as facilidades
que dispensem quasi inteiramente o trabalho, e as administrações não se preocupão
com a tendencia quasi geral para a inercia que nos abate e deprime (A ORDEM,
23.mai.1891, p.2).

Enquanto alguns mudancistas sustentavam suas argumentações com base em


pensamento determinista que assinalava as impossibilidades de vencer as condições impostas
pela geografia ouro-pretana, Xavier da Veiga se estribava em raciocínio possibilista que
admitia a capacidade de o homem subverter as condições desfavoráveis154.
Podemos ainda, por outro lado, mencionar um mudancista que admitia a capacidade
do homem modificar a natureza; mas isso até certo ponto, posto que, em sua ótica, modificar
o clima seria impossível tarefa. Estamos nos referindo a Virgílio Martins Mello Franco,


154
Não raras vezes, a Holanda era usada como exemplo da vitória do “homem” sobre a “natureza”: “O Ouro
Preto pode vir a ser uma das mais bellas cidades do Estado. Haja applicação criteriosa e honesta dos dinheiros
publicos, uma iniciativa particular energica e efficiente, esforços bem dirigidos e pertinacia sem
desfallecimentos; que todos os aleijões que deformam a nossa capital desapparecerão ao toque magico do
trabalho e da indústria. Não se diga que esta cidade é incompativel com quaesquer melhoramentos. Labor omnia
vincit. Ha um adagio popular que diz: – Deus fez o mundo e o hollandez a Hollanda” (O ESTADO DE MINAS
GERAES, 7.ago.1891, p.3).
150



político que defendia a necessidade de o projeto da mudança da capital levar em consideração


o aspecto climático:
A escolha do local é, a meu ver, questão essencialissima. Sr. Presidente, emquanto o
Estado de Minas não estiver cortado de estradas de ferro por toda parte, de modo a
ligarem todos os pontos do mesmo Estado, eu penso que a capital deve ser collocada
no ponto mais proximo do littoral, porque é ahi que mais facilmente o Estado poderá
manter indispensavel communhão de vida com outros povos civilisados
[...].
Srs, o homem póde transformar até certo ponto a natureza. É certo que os esforços
humanos não podem transformar montanhas em mares; mas é indubitavel que o
trabalho humano póde abrir estradas de ferro, collocar o interior das terras em
communicação com os mares. A Hollanda o prova. Portanto, a actividade humana
póde influir muito sobre a configuração do sólo. O mesmo, porém, não se dá em
relação ao clima, não tem a mesma influencia (MINAS GERAES, 24 dez. 1893,
p.5).

Com as palavras acima Mello Franco advogava preferência por Juiz de Fora ou
Barbacena como sede do governo155. Mas, mais que essa predileção, fica evidenciado como
argumentos revestidos de vernizes possibilistas ou deterministas eram manejados para
endossar argumentos de diferentes espectros.
Além disso, como já mencionamos, as ideias de diversidade, extensão e centralidade
eram manejadas para desabonar a mudança da capital ao se alegar que Minas Gerais seria um
estado singular, com condições geográficas únicas e múltiplos centros. Tratava-se de discurso
que valorizava a ideia de mosaico e o alçava à condição de grande trunfo. Sugeria-se ser
impossível criar cidade que espelhasse as peças desse mosaico. Mais grave: sentenciava-se
que uma nova capital atrapalharia a harmonia mineira e não alteraria a dinâmica que as zonas
mineiras desempenhavam com os estados fronteiriços. Em tom apelativo projetava-se que se
Ouro Preto destronada fosse, a mineiridade, a tradição e a história seriam jogados no limbo:
“A mudança da capital, e com ella o golpe nas povoações centraes, beço da genuina familia
mineira, grande e solidaria, seria um rompimento de toda nossa unidade” O ESTADO DE
MINAS GERAES, 5.dez.1891, p.1).
Além de posicionamentos das publicações nos jornais, destacamos também escritores
e estudiosos que, em situações distintas, confeccionaram obras que captam o momento da
mudança. Exemplo disso é relato no qual Olavo Bilac apresenta breve descrição sobre cada
uma das cidades postulantes:

155
Mello Franco, ao contrário da tônica dos mudancistas, endereça palavras positivas aos relevos acidentados ao
destacar as possibilidades que lá se apresentam e ao sublinhar o enfado das topografias aplainadas “A vista de
uma natureza alpestre e variada eleva e conforta o espirito, como o aspecto e mares immensos e violentos. O
montanhez desenvolve-se virilmente e as accidentes de terreno, os valles e colinas, favorecem a formação de
collectividades independentes como seus usos e costumes, como os municipios, ao passo que as grandes
planicies, os paizes chatos e uniformes, se prestam ao despotismo” (MINAS GERAES, 24 dez. 1893, p.5).
151



A Nova Capital de Minas I

Contém a lei organica de Minas uma disposição, que confere ao Congresso poderes
para determinar, no territorio mineiro, a localidade mais adequada á fundação de
uma grande cidade, que sirva de capital ao Estado.
[...]
Essas localidades eram cinco: uma situada na região da matta, duas na região do
campo, e duas na região do sertão.
A primeira, Juiz de Fóra, que já é hoje uma grande e bella cidade, está situada á
margem do Parahybuna, 703 metros acima do nível do mar, em um planalto que
separa a Serra do Mar da Serra da Mantiqueira. A segunda, Varzea do Marçal,
situada á margem do Rio das Mortes, perto das cidades de S. João d'El-Rey e de
Tiradentes (antigo S. João d'El Rey), tem uma altitude de mais de 900 e abrange
toda a zona comprehendida entre aquella primeira cidade a serra de S. José. A
terceira, Bello Horizonte, situada no valle do Rio das Velhas, distante 18 kilometros
da cidade de Sabará, a 800 metros acima do mar, é um immenso chapadão banhado
pelo ribeirão dos Arrudas, entre as serras do Curral e da Contagem. A quarta,
Barbacena, a conhecida cidade de verão, está situada no planalto da Mantiqueira, a
mais de 1000 metros sobre o mar. A quinta, finalmente, Paraúna, pertence no
municipio de Diamantina, tem 500 metros de altitude e demora no chapadão do S.
Francisco, banhada pelo Paraúna e pelo ribeirão do Crime, seu affluente (GAZETA
DE NOTÍCIA, 26.jan.1894, p.1).

À seguir, estão cartografadas as localidades descritas pelo autor:

Figura 24 - A Mudança da Capital de Minas por Olavo Bilac (1894)

Fonte: Acervo da Pesquisa (2020) – Elaboração do autor

152



O geógrafo francês Élisée Reclus (1830-1905) também registrou características das


cidades do pleito quando dedicou o décimo nono e último volume de sua obra La Nouvelle
Géographie Universelle (1894) para versar sobre a região da Amazônia e da Bacia do Prata.
O autor inventariou uma série de informações de diferentes países e de seus respectivos
estados e ao retratar Minas Gerais, destacou algumas cidades, entre as quais Ouro Preto e as
que estavam na disputa para sediar a nova capital. Adiante elaboramos mapas a partir de
informações e imagens apresentadas por Reclus.

153



Figura 25 - Descrição das localidades candidatas à nova capital de Minas Gerais segundo a obra La Nouvelle Géographie Universelle (1894)de Élisée Reclus

154



Figura 26 - Imagens das localidades candidatas à nova capital de Minas Gerais segundo a obra La Nouvelle Géographie Universelle (1894) de ÉliséeReclus

155



Belo Horizonte é enaltecida por suas águas. Juiz de Fora é colocada como centro
agrícola mais pujante do estado e como uma cidade industrial – condição, relata-se,
impulsionada pela conexão via estrada com Petrópolis. A respeito de Barbacena, afirmava-se
que pessoas do Rio de Janeiro procuravam a cidade na estação quente; informação que faz
coro aos discursos enaltecedores do clima ameno barbacenense e de suas propriedades
medicinais. De Várzea do Marçal, o geógrafo destaca sua localização em terraços arejados,
com água pura e abundante e espaço para expansão no sentido de Tiradentes. Paraúna, por
sua vez, era colocada como a cidade posicionada no centro geométrico do estado. De Ouro
Preto, colocava-se em vitrine a presença marcante do Pico do Itacolomy, as ruas estreitas, as
comunicações precárias, etc.

3.2.5 Terrenos à espera do grandioso ato da sua valorização

Conforme visto, não faltavam registros a captar as cidades que estavam em compasso
de espera para sediar a nova capital. Em meio a essas esperas merece realce o ingrediente
especulativo. Um empreendimento de grande monta como o da nova sede do governo tinha,
afinal, grande poder de valorizar porções de terra e desvalorizar outras. Estamos falando de
sonhos pela capital e pelo capital e, não por acaso, dizia-se que Belo Horizonte seguia como
“o mais activo commercio de terrenos, esperando-se o grandioso acto da sua valorização” (O
PHAROL, 2.abril.1891, p.1, grifos nossos). Denunciava-se também que em 1891 que o ex-
governador de Minas havia comprado “grande extensão de terreno no logar denominado Bello
Horizonte” (O PHAROL, 21. mar.1891).
Além disso, inda à época dos estudos realizados pela Comissão chefiada por Aarão
Reis, no jornal O Contemporâneo – da cidade de Sabará, próxima ao Curral d’El Rey –,
inflamada defesa era endereçada em prol de Belo Horizonte com lastro em questões
climáticas, pedológicas, hídricas, aspectos sanitários, disponibilidade de materiais, etc:
De todas as informações colhidas pelos nossos correspondentes nas cinco
localidades, ora em estudos, para dentre ellas ser escolhida a futura capital do
Estado, colligimos que que Bello Horizonte será incontestavelmente a preferida.
Tendo um clima temperado e excellentes condições de salubridade; solo uberrimo
para o desenvolvimento da pequena lavoura, [...] agua potavel em abundancia;
materiais de construcção de toda a qualidade; subsolo nas melhores condições para o
estabelecimento de um systema perfeito de esgotos, quer de aguas servidas e
materiais fecaes, quer de aguas fluviaes; consideravel força industrial nas cachoeiras
do ribeirão dos Arrudas, sem prejuizo do abastecimento d'agua potavel; condições
technicas apropriadas para todo e qualquer systema de viação urbana; facil ligação
156



terrestre e fluvial com as redes de viação, quer federal, quer estadoal; e tendo,
finalmente, alem de outras vantagens secundarias que seria por demais longo
enumerar, grande extensão de terrenos devolutos (cerca de mil alqueires) dentro dos
quaes pode ser construida a futura cidade, sem o enorme dispendio que acarretarão
para o Estado as desapropriações de terrenos que se terão de faser nas outras
localidades como Juiz de Fora, Barbacena e Varzea do Marçal, possue todas as
condições para tornar-se, em futuro não remoto, um grande centro administrativo,
industrial e commercial.
[...]
Com todos os titulos e recommendações vae, apresentar-se a vsinha localidade ao
congresso para disputar às suas rivaes a honra de ser a futura capital do Estado,
sendo de esperar-se que essa illustre corporação, imparcial e patriotiva, far lhe-ha a
justiça que merece (O CONTEMPORANEO, 26.mar.1893, p.2, grifos nossos)

Nesse desfile de predicados belo-horizontinos, merece destaque o argumento de que,


diferentemente de outros sítios, lá haveria menor quantidade de desapropriações. Diante de
essa e de outras alegadas vantagens, os sabarenses esperavam confiantes um parecer
favorável à vizinha Belo Horizonte. Por outro lado, havia quem já considerasse a batalha
ganha por Várzea do Marçal: “Consta, não sabemos sob que fundamento, que a localidade
escolhida para a capital do Estado será a Varzea do Marçal. Será exacto? Esperemos” (O
CONTEMPORÂNEO, 30.abril.1893, p.1). Em tom mais enérgico, texto de título “A Vida”,
veiculado no periódico “A Capital” de Avelino Fóscolo, realçava o quão absurdo seria se esse
veredito se confirmasse:

Já é conhecido o parecer da commissão nomeada para estudar o melhor local


para a futura capital de Minas.
Entre Bello Horizonte e Varzea do Marçal a commissão estabeleceo um
parallelo, collocando-os em posição tal, que bem difficil seria conhecer-se qual dos
dous deve ser preferido.
Encarando, porém, para a facilidade de material de construcção, para a
grande area de terrenos devolutos, de que a commissão não teve conhecimento para
as conveniencias de todo norte, de todo Estado, e especialmente do norte, Bello
Horizonte, verdadeiro centro de gravidade, deve forçosamente ser escolhido para a
fundação de uma das mais bellas cidades da America do Sul.
Espiritos aleivosos e malevolos propalam que a Varzea do Marçal será o
lugar preferido porque o congresso é composto em sua totalidade quasi, de
representantes do sul e do oeste; nós, porem, que conhecemos o patriotismo, o
desinteresse da illustrada corporação, que tem pautado todos seus actos pela justiça,
nós que sabemos Bello Horizonte ser o local mais conveniente para os interesses do
centro, do norte e até mesmo do sul, esperamos que a distincta assembléa, tão
despida do espirito mesquinho de bairrismo, saberá ainda uma vez corresponder ás
aspirações do povo, escolhendo, para local da nova capital, Bello Horizonte.
Quanto ao propalarem que a mudança ficará para as kalendas gregas é uma
calumnia ao bom senso, ao espirito progressista, trabalhador, do congresso mineiro,
que não deixará certamente de dotar o primeiro Estado da União, com uma capital
digna dele (O CONTEMPORÂNEO, ed.28, ago.1893, p.2).

N’O Contemporâneo, além de endosso ao texto de Fóscolo, afirmava-se que o


relatório, a despeito de sua conclusão, era decididamente favorável ao antigo Curral d’El Rey:

157



Somente num ponto discordamos da apreciação do nosso collega: - é quando


diz que ‘entre Bello Horizonte e a Varzea do Marçal a commissão estabelece um
paralello, collocando-s em posição tal que bem difficil será conhecer-se qual dos
dous deve ser preferido’.
Si o nosso distincto collega lesse todo o relatorio do sr. dr. Aarão Reis, em
vez da conclusão final, – contradictoria com os pareceres parciaes, veria que não
existe o tal paralello entre Bello Horizonte e a pantanosa e insalubre Varzea do
Marçal, cujo sólo estando sujeito às inundações do Rio das Mortes, é certo que
futuramente tornar-se-á inhabitavel, desenvolvedo-se...
A mudança da capital de Minas para a Varzea do Marçal nenhum resultado
trará, sinão proteger escandalosamente a Oeste [Companhia de Estada de Ferro.
Oeste de Minas], fazendo dessa empresa um Estado no Estado (O
CONTEMPORÂNEO, ed.28, ago.1893, p.2).

No entanto, o Senador Teixeira da Costa, político afinado à Bello Horizonte, após ler
o parecer de Aarão Reis156 e ver as palavras lisonjeiras atribuídas ao Curral D’El Rey,
afirmara estupefato: “Entretanto, a conclusão deste parecer é dando preferencia a Varzea do
Marçal! É incrível mas é o que escreveu o sr. dr. Aarão Reis” (MINAS GERAES,
24.dez.1893, p.4). Resende (1974) também chama atenção para a ambiguidade da conclusão
do relatório que, em sua interpretação, foi favorável à Belo Horizonte, e especula que as
névoas possam ter sido propositais. Era essa conclusão ambígua que seria levada ao
Congresso, mas onde se daria a reunião ?
O impasse indicado na interrogação do parágrafo anterior adicionava novas camadas
de expectativas: “O Congresso vai reunir se fóra de Ouro Preto para tratar da mudança da
Capital, repetem todos. Mas onde “será? Em Oliveira? Em Tiradentes? Em S. João d'El-Rey?
Em Juiz de Fora ou em Barbacena? Mas...quando?” (MINAS GERAES, 3.ago.1893, p.8). O
caldo de expectativas era novamente aquecido por boatos e interesses particulares, como
registrado adiante: “É difficil prever qual será o local escolhido, tão variadas são as versões
que corre, e todas modeladas pelas impressões e interesses dos que as põem em circulação”
(GAZETA DE NOTÍCIAS, 10.jul.1893, p.1).
Cogitou-se reunir em Ouro Preto, mas tal escolha fora descartada em virtude do clima
de tensão e do temor de confusões. Segundo as sugestões, dever-se-ia procurar “cidade sem
aspirações” para evitar quaisquer influências (O PHAROL, 4.ago, 1893, p.2). Toda essa
tensão ilustra que a “grande corrida” da mudança da capital acionava disputas calorosas e toda
sorte de representações, a ponto de nos deixar com interrogações inúmeras: Afinal de contas,

156 “Entre a Várzea do Marçal e o Belo Horizonte é difícil a escolha, em ambas, a nova cidade poderá
desenvolver-se em ótimas condições topográficas, em ambas, é facílimo o abastecimento d’água e a instalação
de esgotos, ambas oferecem excelentes condições para as edificações e a construção em geral, e se, na
atualidade, a Várzea do Marçal representa melhor o Centro de Gravidade do Estado e acha-se já ligada por meios
mais rápidos e fáceis de comunicação com todas as zonas, – daqui a algumas dezenas de anos Belo Horizonte
melhor o representará, de certo, e mais diretamente ligada ficará a todos os pontos do vasto território mineiro”.
158



quais foram os vereditos? Onde o congresso se reuniu ? Qual foi a decisão derradeira? (A
FOLHA, 10.dez.1893, p.1).

3.2.6 Entre a Várzea do Marçal e Belo Horizonte é difícil a escolha

Sobre a escolha do local da decisão, Bias Fortes – presidente do Congresso – valeu-se


do regimento e por meio de sessão extraordinária determinou que a eleição se daria em
Barbacena, onde os antimudancistas lançaram mão de várias artimanhas para que o veredito
não fosse dado (VISCARDI, 2007). Grande era a tensão envolvida: “Muito se espera e muito
se deve esperar da reunião do Congresso Mineiro em Barbacena” (A FOLHA, 28.nov.1893,
p.1). No desenrolar dos acontecimentos157, aqueles contrários à transferência, já derrotados, se
posicionaram em favor de Curral del Rei como forma de se opor à Juiz de Fora e Barbacena.
Eis, então, que finalmente, depois de muita confusão e tentativas de viradas de mesa, Curral
del Rei venceu a disputa por 2 votos de diferença158.
Nesse momento, como enfatiza Viscardi (2007), havia dois projetos: um vinculado ao
passado (antimudancista) e o outro ao futuro (mudancista). No entanto, os dois, saíram
derrotados diante da ascensão de um terceiro projeto que determinou a construção de uma
capital moderna, mas em um espaço marcado pela tradição. Tratava-se de uma forma de
inserir o “futuro no passado” (VISCARDI, 2007, p.40). Assim, “uma nova cidade deveria ser
planejada e construída a partir de um marco zero. Um lugar onde o futuro se estabeleceria sem
as marcas do passado. Lugar em que o tempo não se repetiria, mas que tinha pela frente a
possibilidade infinita” (ASSIS, 1997b, p.143).


157
Ver também: Assis (1997a; 1997b; 1997c).
158
Na edição de março de 1904 da Kósmos – Revista Artistica, Scientifica e Liiteraria (RJ) – há uma versão que
registra a diferença de apenas um voto: “No Congresso, o pleito chegara ao momento decisivo. No dia da
votação as duas forças se equivaliam rigorosamente: o empate parecia fatal. Mas ao começar a chamada, viram
entrar alguem carregado em uma poltrona: era um senador partidario de Ouro Preto, velho, alquebrado, enfermo,
quasi a morrer, que havia muito não comparecia e que viera em braços para dar o seu voto. – Bello Horizonte!
respondeu elle quando o chamaram nominalmente; e esse voto decidiu da victoria. Fallecia pouco tempo depois”
(KÓSMOS, mar.1904,p.11). Votaram pelo Bello Horisonte os srs, Bias Fortes, Teixeira da Costa, Rebello Horta,
Frederico Augusto, Camillo de Brito, Ferreira Alves, Mello Franco, Xavier da Veiga, Costa Sena, Antonio
Carlos, Kubtscheck, Alvaro Matta, Rocha Logoa, Antonio Martins, Drummond, Theodomiro, Eugenio Salles,
Augusto Clementino, Sabino Barroso, Silva Fortes, Nelson Tavares de Mello, Souza Moreira, Viriato
Mascarenhas, Henrique Diniz, Bernardino Lima, João Luiz, Manoel Alves, Gomes Freire e Carlos Marques.
Responderam não os srs. 1) Carlos Alves, 2) Gama Cerqueira, 3) Gomes Valladão, 4) Roquette, 5) Manoel
Eustachio, 6) Costa Reis, Antonio Candido, 7) Octavio Ottoni, 8) Ribeiro de Oliveira, 9) Francisco Salles, 10)
Levindo Lopes, 11) Alexandre Barbosa, 12) Faria Lobato, Viotti, 13) Mariano d'Abreu, 14) Targinio Silva
Josino Brito, 15) Abeillard, 16) Eloy Reys, 17) João Braulio, 18) Wenceslau Braz, 19) Gomes da Silva, 20)
Gonçalves Ferreira, 21) Coelho de Moura, 22) Dutra, 23) Bueno Brandão” (O PHAROL, 15.dez.1893, p.1)
159



Figura 27 - Pintura representando discurso proferido por José Pedro Drumond na Câmara de Barbacena pela mudança da
Capital

O quadro – de autoria de Henrique Oswald, fotografado por Elpídio Lemos e com data provável de 1893 –
retrata, lado a lado, Crispim Jaques Bias Fortes, presidente do Congresso, sentado; e José Pedro Drummond,
autor da emenda que, contrariando Aarão Reis, selecionava Belo Horizonte no lugar de Várzea do Marçal (O
CRUZEIRO, 1971). Fonte: Acervo da Comissão Construtora da Nova Capital de Minas

***
O escritor Olavo Bilac, então colaborador do Jornal Gazeta de Notícias (RJ), capta
parte da tensão desse momento ao destacar que “a discussão foi renhida e longa” e, “por
varias vezes, os votos penderam para esta ou aquella localidade”. Bilac aproveitara ainda para
reclamar da denominação de Minas que, em sua interpretação, poderia ser facilmente alterada
a partir de “outro nome que, sendo menos vulgar, fosse ao mesmo tempo, mais bello e
expressivo” (GAZETA DE NOTÍCIA, 26.jan.1894, p.1).
Nesse contexto, é imprescindível destacar o papel de Afonso Pena cuja atuação como
senador constituinte da região centro-norte de Minas era compatível com sua oposição à
mudança. Perspectiva que se alterara quando ele assumiu a presidência do Estado e passou ser
entusiasta da construção de uma nova cidade. Pena teria assumido papel conciliador na
medida em que tentou administrar e acomodar diferentes interesses (RESENDE, 1974). Não é
fortuito que encontremos emblemática charge em que ele, Affonso Penna – político
responsável por nomear a comissão técnica comandada por Aarão Reis – aparece apontando

160



uma Belo Horizonte praticamente sem vida, enquanto os ouro-pretanos, em manifestação


carnavalesca159, celebram a tenacidade da antiga Vila Rica160. Seguindo nesse diálogo, no
capítulo IV interpretamos algumas esperas nascidas a partir da construção de Belo Horizonte.


159
Em 1891, no jornal O Estado de Minas Geraes, relatava-se, no carnaval, a presença “um enthusiasta da
mudança da capital chamando a attenção do publico para os artigos do Pharol” (O ESTADO DE MINAS
GERAES, 14.fev.1891, p.3).
160
N’O Pharol, Pena era pintado como Primo da Mudança Capital: “esconjura a pequena que gastou uma fortuna
em menos tempo que o diabo leva a esfregar um olho” (O PHAROL, 12.jul.1901, .p.1).
161



Figura 28 - Charge sobre a mudança a capital (1898)

Fonte: Museu Abílio Barreto

162



Imparcialidade aaronica

O engenhoso engenheiro nomeado


juiz da "capitalica" mudança,
lançou Juiz de Fora para um lado,
Barbacena excluiu da contradança!

No espaço de tres annos limitado,


cidade affiançou de tal chibança
que á America do Sul não será dado
possuir outra egual! Oh que esperança!

Nesta fina pilheria de bom gosto


a mancheias parece que elle há posto
a mais grossa ou maior doze de sal!

E, por honra de nossa ingenuidade,


o centro descobriu de gravidade!

Barbacena, julho de 1893

(O PHAROL, 28.jul.1893, p.1).


Padre Correa de Almeida

163



Figura 29 - Grupo da Comissão Construtora da Nova Capital

Ao centro Aarão Reis, engenheiro chefe da Comissão Construtora, portando a planta da Cidade de Minas Fonte:
Arquivo Público Mineiro

164



CAPÍTULO IV – O NASCIMENTO DA NOVA E MODERNA BABILÔNIA

Apropriado pelo Estado, o pequeno burgo que jazia obscuro e ignorado num escuso
recanto da Serra do Curral, o Progresso entrou de praticar a sua acção demolidora
para, sobre os escombros e ruinaria do que era velho e antigo, edificar uma cidade
nova, typica e modelar. E os casebres foram demolidos. E as roças foram taladas. E
as florestas arderam. E a terra foi escavada revolvida, aplainada, socada, rasgando-se
assim as arterias e avenidas do grande e futuroso empório (O PHAROL,
28.ago.1910, p.1).

165



4.1 Depois da esperança: frustração e ressentimento

Houve uma luta secular. Os filhos de Villa Rica, até o dia da installação da capital,
bateram-se vivamente contra a idéa que já se fizera parte dos planos dos conjurados
mineiros” (CORREIO DA MANHÃ, 12.dez.1947, p.1).

Diante da decisão favorável ao Curral Del-Rey as lágrimas decorrentes da decisão


seguiam pendendo das cidades que perderam a honra de ser a capital, mas também daquela
que deixou de sê-la: “As lamentações de Ouro Preto foram audíveis no Brasil inteiro [...]”
(CORREIO DA MANHÃ, 12.dez.1947, p.1)161; algumas gotas das “lágrimas ouropretanas162”,
aliás, podem ser vistas escorrendo pelo mapa a seguir:

Figura 30 - As lágrimas de uma capital que se esvai

Fonte: Acervo da Pesquisa (2020) – Elaboração do autor



161 “Nas aulas de Geografia, projetava-se que em breve “os mineirinhos estariam a repetir, na aula de geografia:
'A primeira capital do Estado foi Ribeirão do Carmo – hoje Mariana; a segunda [...] foi Vila Rica – hoje Ouro
Preto; a terceira e ultima e eterna foi Belo Horizonte – antigamente Curral d'el-Rey'” (CORREIO DA MANHÃ,
12.dez.1947, p.1).
162
Expressão que alude ao livro “As lágrimas do Rio. O Último dia de uma Capital”: VIDAL, Laurent. Les
larmes de Rio. Le dernier jour d´une capitale (20 avril 1960). Paris: Éditions Flammarion, 2009, 254p. N’O
Estado de Minas Geraes, por sua vez, registrava-se a efervescência causada pela mudança: “Grande parte dos
funcionarios publicos já tem seguido com suas familias para Bello Horizonte e ha cerca de um mez aqui se nota
em toda a cidade um grande movimento de preparativos de mudança” (O ESTADO DE MINAS GERAES,
18.nov.1897, p.1).

166



Diante de esse vale de lágrimas, sublinhamos que embora nosso trabalho não focalize
a espera imanente aos deslocamentos, não podemos ignorar que a mudança da capital
engrossou o fluxo de pessoas que saíam não apenas de Ouro Preto, mas de todas as regiões do
estado, do Brasil e do mundo. Esse fluxo se dava de maneira forçada no caso de quem se
mudava para seguir ocupando cargos nas repartições que migraram para Belo Horizonte; mas
também de forma espontânea, como era o caso das pessoas em busca dos novos horizontes
que a cidade poderia ofertar163. Em relação aos funcionários do estado, o choro tornava-se
menos amargo diante da comodidade de receber lotes do governo para a construção de casas –
todas aqueles que esperam são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros.
Acresça ainda outra camada da espera: a perda da condição de capital inflamava entre
os cidadãos ouro-pretenses a expectativa por melhorias para evitar que a cidade caísse em
decadência. Severiano de Rezende164 alertava que a velha Ouro Preto estava guardando “como
um deposito” promessas que asseguravam garantir “recursos e elementos de vida e de
prosperidade, depois de ter ella perdido os fóros de Capital [...]. “Espera, portanto, a
população daquella legendaria cidade, arca de tradições gloriosos, que não sejam essas
promessas, especie de fiche de consolation, simples palavras de banal conforto” (MINAS
GERAES, 30.jul.1898, p.3).
A expectativa frustrada alimentava ainda uma torrente de críticas direcionadas a nova
capital. Havia quem insistisse no bócio e imputasse pecha artificial à nova cidade, chamando-
a de res nullius (coisa de ninguém). A crítica principal incidia na presença de imigrantes: “Os
operarios do Bello Horisonte são estrangeiros: a população, que vae alli ser posta por base, é
francesa e italiana, como nos affirmam telegramma á respeito; e os proprios materiais serão
importados do exterior da Republica165” (O PHAROL, 11.ago.1895, p.1). Diante de essas


163
Vidal (2019), em “Brasil, pais da espera”, pontua como novas cidades e descobertas provocam grandes
deslocamentos populacionais.
164
Poeta, escritor, jornalista e padre. Nasceu em Mariana (MG), passou sua infância em São João del-Rei (MG)
e, na sua adolescência, estudou no Liceu Mineiro de Ouro Preto. “Concluídos os estudos preparatórios dirigiu-se
para São Paulo, em 1889, para cursar Direito. Em 1890, quando era aluno do segundo ano, participou do
incidente envolvendo o Dr. Justino de Andrade, reconhecido mestre que acabou jubilado por suas simpatias pela
monarquia. Severiano defendeu o mestre e envolveu-se em célebre polêmica. Desgostoso com a perseguição ao
mestre pelas autoridades da República, deixou Santos e voltou para Minas Gerais. Matriculou-se na Academia
Livre de Ouro Preto, porém em março de 1894, com 23 anos de idade, ingressou no Seminário de Mariana.
Ordenou-se em 18 de dezembro de 1897 e trabalhou, primeiramente, em Ouro Preto e Mariana” (CENTRO DE
DOCUMENTAÇÃO DO PENSAMENTO BRASILEIRO).
165
Tinha-se a criação de um “horizonte de expectativas” cuja expressão pode ser vista, também, nas acusações,
advindas d'O Pharol, sobre políticos estarem adquirindo terrenos nas imediações do Curral Del-Rei
167



especificidades, lamentava-se: “[...] assim teremos uma cidade preparada no estrangeiro para
estrangeiros; mas á custa do nosso suor! Sim, os capitaes mineiros têm de ser exportados em
paga dos capitaes que vão ser anniquilados na zona antiga da velha cidade!!” (O PHAROL,
11.ago.1895, p.1).
Havia, portanto, uma saraivada de críticas endereçadas às vultuosas somas dispendidas
na nova cidade – segundo o Annuario de Minas Gerais “Bello Horizonte, cidade edificada
com rapidez e audacia yankes, dignas do nobre e energico povo Mineiro, custou ao Thesouro
do Estado rs. 33.073:000$000” (ANNUARIO DE MINAS GERAES, 1906, p.131 ). Em
matéria embebida de raiva e intitulada “Começa o Desgosto!”, veiculada n’O Pharol,
vociferava-se que as verbas gastas na construção de Belo Horizonte – a “maldita Baylonia” –
sufocariam o desenvolvimento dos demais municípios, sobretudo no que diz respeito à
instalação de estradas de ferro. A consequência de essa situação, depreendia-se, era de que as
estradas de ferro ficariam paralisadas, o que traria severos prejuízos à cada uma das regiões
do mosaico mineiro e poderia culminar na desagregação do território.
O diplomata, poeta e jornalista uruguaio Manuel Bernárdez escrevera em seu livro “El
Brasil: sua vida, su trabajo, su futuro” reflexão166 em que compara a orografia serpenteante de
Ouro Preto aos tristes destinos que a cidade seguiu. O autor é enfático ao conclamar uma
intervenção da União a fim de dar à antiga capital todas honrarias que ela mereceria:
–¡ Cómo seria grato y bueno socorrer á Ouro Preto! No es posible dejar morir así á
una ciudade que es carne de tu carne, fuerza de tu fuerza y gloria de tu gloria! ¡ Por
qué no hacer de ella tu taller, tu usina cerebral, tu Coimbra, tu ciudad del ideal, tu
huerto de futuro! Donde floreció tu vieja opulencia, por qué no plantar la flor
preciosa de tu nueva cultura! ¡ Por qué no llenar ese cuace donde rodaron ríos de
oro, con raudales inagotables de pensamiento, de civismo docente, de ciencia, de
moral, de porvernir! Entre las tumbas glorisoas y las cunas libres hay una
indstructible correlación! Ouro Preto, yo lo veo, yo que soy un transeunte, veo que
entierra suas raíces en en corazón mismo del pasado brasileño, y essas raíces no
pueden secarse sin que sufra una pérdida de savia el corazón donde estaban
prendidas. La tradición es como una amorosa noriza que nutre el alma con energías
inagotables, y son muy felices los publos que pueden mamar en sus pezones
maternales abnegaciones ekemplares, bravuras, poesía, leyendas de heroísmo,
lecciones de fé! Ouro Preto, que sabe de grandeza y de infortunio, que ha subido y

vislumbrando a possibilidade de auferirem dividendos por intermédio de especulação imobiliária. Essa
possibilidade já era denunciada pelo padre José Joaquim Correia de Almeida; em um de seus sonetos “Mudança
da Capital de Minas” alertava para as vantagens que um conjunto de empreiteiras (tratadas como sindicatos)
poderiam obter – propunha-se, aliás, que a capital se chamasse Syndicatopolis (O JORNAL DE MINAS,
5.nov.1891, p.1). Tema este, vale lembrar, também denunciado no romance A Capital de Antônio Avelino
Fóscolo (1903). N’O Pharol noticiava-se que o ex-presidente Bias Fortes teria adquirido terrenos em Belo
Horizonte: “aproveitando uma occasião de fazer negocio da China, que o enriquecerá em pouco tempo” (O
PHAROL, 21.mar.1891, p.1).
166
Tal reflexão fora replicada por Ruy de Oliveira Barbosa – então senador e candidato à Presidência da
República –, quando de sua excursão em Minas Gerais no ano de 1910 (GAZETA DE NOTÍCIAS, 20.fev.1910,
p.1).
168



bajado todas las duras curvas de la suerte, como si sua orografía bella y atormentada
fuera el diagrama de sua destino, puede ser el magnífico escenario de un gran
florecimiento académico, artístico, científico – puede ser un punto de concentración
de culturas y de irradiación de aptitudes técnicas y de fuerzas morales, armadas para
todas las nobles conquistas! Belo Horizonte y Ouro Preto no se excluyen – se
completan, formando la cadena ideal que une lo que ha sido con lo que está siendo y
con lo que será. Minas no puede, sin duda, dar vida y progresso á dos metrópolis -
pero la Unión tiene ahí un deber y un honor que tomar y hacer suyo – porque si
Ouro Preto acabase esa vida que hoy se le va extinguiendo entre cenizas de leyenda,
no iba á ser sólo Minas la enlutada – el Brasil entero había de sentir la ansiedade de
un dolor y la brusca evidente una pérdia! 167 (BERNÁRDEZ, 1908, 79).

Tais retóricas da espera, nascidas no contexto de sonhos e esperanças poentes,


externavam variegados anseios ante a transposição da sede do governo; decisão que,
conforme vimos, alimentava “valores, crenças, novas expectativas, interesses e necessidades
reais ou presumidas” (VISCARDI, 2007, p.1) e envolvia múltiplos agentes, como
idealizadores, políticos, construtores, moradores, defensores e opositores.
Ao final das contas, a escolha pode ser vista como uma “obra de equilíbrio político168,
pela qual conservadores renitentes foram vencidos sem que, entretanto, a capital fosse
deslocada para as zonas economicamente dinâmicas” (DULCI, 1984, p.40). Se laços com o
passado eram reforçados com a localização relativamente próxima à antiga capital, os ares
modernizantes ganhavam vida na ideia de planejar uma cidade afinada aos ideais de progresso
das elites brasileiras (DULCI, 1984). É nesse sentido que Bilac, em artigo “A Coragem de
Minas” (1903), defendera que a tradição não seria incompatível com o amor ao progresso: “O
homem pode amar o presente e ansiar pelo futuro sem amaldiçoar ou desprezar o passado. (...)


167
Tradução: “Como seria grato e bom acudir a Ouro Preto! Não será possível deixares experar assim uma
cidade, carne da tua carne, força da tua força e gloria da tua gloria. Por que não fazeres della a tua officina
intellectual, a tua Coimbra, a tua cidade do ideal, o horizonte do teu porvir? Onde floresceu a tua antiga
opulencia, por que não semeares a flor preciosa da tua nova cultura? Por que não encheres esse álveo, onde
correram rios de oiro, com inesgotaveis caudaes de pensamento, ensino, civismo, sciencia, moral e progresso?
Entre os tumulos gloriosos e os berços livres ha uma correlação indestructivel. Ouro Preto enterra as suas raizes
no proprio coração do passado brasileiro, essas raizes não se podem mirrar, sem que soffra uma perda de seiva o
coração, onde profundaram. A tradição é uma amorosa nutriz, que alimenta alma de energias inexhauriveis.
Ditosos os povos que lhe podem beber nos seios maternaes exemplos de abnegação, arrojos, poesia, lendas de
heroismo, lições de fé. Ouro Preto, que provou a grandeza e o infortunio, que tem subido e descido todas as
duras curvas da sorte, como si a bella e atormentada orographia traçasse o diagramma do seu destino, pode ser o
scenario magnifico de um grande florescimento academico, artistico, scientifico, um ponto de concentração de
culturas, irradiação de aptidões technicas e forças moraes, armadas para todas as conquistas nobres. Bello
Horizonte e Ouro Preto não se excluem: completam-se formando a cadeia ideal de união do que foi com o que
está sendo, e com o que ha de ser. Minas não poderá dar vida e desenvolvimento a duas metrópoles. Porém, a
União tem ahi um dever e uma honra, que assumir e fazer seus; porque, si Ouro Preto acabasse essa vida, que se
lhe vai extinguindo entre cinzas de lenda, não seria só de Minas o luto: O Brasil inteiro havia de passar pelas
ancias de uma dor, e amargar a evidencia de uma perda” (GAZETA DE NOTÍCIAS, 20.fev.1910, p.1).
168 Viscardi (2007, p.40) assinala: “venceu o tertius, lugar-comum, em se tratando de decisões políticas que se

polarizam”.
169



Em Minas e no coração dos mineiros haverá sempre lugar para o passado e para o futuro” (...)
(BILAC, 1996, p.29).

170



Bello Horizonte é hoje um contraste de velharias e novidades: ao pé de uma cafua de


barro, coberta de capim ou zinco, eleva-se um edifício elegante e solido; ao lado de
um edifico velho do Curral d’El Rei, surge um primoroso palacete da nova
capital; – junto de uma estreita e pobre rua, formada de casas e choupanas de todos
os tons e cathegorias, que attestam a modéstia ou a pobreza dos antigos habitantes
do Curral, estira-se, desafrontada, larga e extensa rua da nova cidade. Mas essas
cafuas, essas velhas casas e essas ruas irregulares do Curral vão desapparecendo,
pouco a pouco, ao que, como por encanto, surgem outras novas. Não diria mal quem
comparasse o Bello Horizonte actual com o firmamento semeado de miudas
estrellas, que vão se apagando e desapparecendo ante o brilho das de maior
grandeza, que vão se manifestando (DIAS, 1897, p. 105).
171



4.2. Como que ao toque miraculoso de uma vara mágica invisível, vai surgindo essa nova
cidade, essa encantadora Minas

Eil-a que emerge, risonha e esplendida, do solo fecundado pelo trabalho, essa nova
cidade, essa encantadora Minas, futuro prazo dado de tudo quanto de selecto em
talento, em formosura e em riqueza houver espalhado por este immenso territorio
mineiro.
Os que de lá vêm, desse magico Bello Horisonte, contam maravilhas do modo por
que se vae transformando o humilde logarejo em cidade elegante, de ruas
amplamente abertas e cheias de casas construidas com todo o apuro da architectura
moderna. A doce quiete que, durante mais de um seculo, pairou somnolentamente
sobre a ignorada e mansa aldeia que se chamou Curral-d'El-Rei foi substituida pelo
borborinho do formigueiro humano a se agitar esbaforido e incansavel, eternamente
impellido pelo acerado aguilhão da necessidade.
Aos poucos, mas continuamente, como que ao toque miraculoso de uma vara magica
invisivel, vae surgindo essa nova cidade, essa encantadora Minas.
Entretanto (doloroso contraste!), na mesma proporção em que a nova capital começa
a pompear o seu esplendor, vae o Ouro Preto entrando em declinio rapido, e,
cansado, exhaurido, vae-se mergulhando no coma pavoroso que precede a morte.
Ha uma pagina belissima de Thomaz Ribeiro, na qual conta o poeta a historia de um
velho castello desamparado, em cujas ruinas gastas brotou, tenaz e viçosa, a hera,
filha do muro. Prendendo uma raiz a cada canto, ageitando uma vergontea entre cada
fenda, enroscando-se em deredor de cada muro, convertendo os rebentões
melindrosos em braços possantes, levantou as paredes que se achavam penduradas
sobre o abysmo, amparou as barbacans, aprumou as torres desconjunctadas e com os
nós intrincados as hastes entrelaçadas ligou pilares abatidos e meio desabados (O
ESTADO DE MINAS, 15.jun.1896, p.1).

“É uma viagem que cansa” (MINAS GERAES, 25.dez.1894, p.4). Essas são palavras
escolhidas pelo jornalista italiano Carlos Fabricatore para narrar os perrengues da viagem que
fizera de Sabará a Belo Horizonte. Apesar de penoso trajeto, haveria um bálsamo, pois,
“quando começam a apparecer as primeiras casas do territorio destinado á nova Capital, o
panorama apresenta-se esplendido e os pulmões saciam-se de ar purissimo. Vale bem o
esforço de lá ter chegado. Um horisonte maravilhoso” (MINAS GERAES, 25.dez.1894, p.4).
Fabricatore complementa que “os caipiras do logar acharam um nome digno desse paraíso:
bello horizonte” (MINAS GERAES, 25.dez.1894, p.4). Tal fatia do território, descrita como
“verdadeiro pedaço do paraíso169”, revelaria proeminente beleza em virtude de um governo
que, diuturnamente, não pouparia ações na direção do progresso:


169
Original: “La fondazione, quindi, di una capitale, con intendimenti tanto grandiosi, varrà a gettare il seme del
progresso in una regione inesplorata, aprendo per mezzo della ferrovia nuovi varchi di civilizzazione nei punti
lontanissimi di questo Stato, dove sono ricchezze naturali abbondanti, che la mancanza di comunicazioni
mantiene sconosciute; la mano dell’ uomo dovra creare nuovi mondi là dove i rettili hanno vecchi nidi e le belve
spaventose tane” (LO STATO DI MINAS, 1895, p.59). Tradução nossa: A fundação, portanto, de uma capital,
com tais intenções grandiosas, será capaz de lançar a semente do progresso em uma região inexplorada, abrindo
novas avenidas de civilização através da ferrovia nos pontos mais distantes deste Estado, onde abundam riquezas
naturais, falta de comunicação continua desconhecida; a mão do homem terá que criar novos mundos onde os
répteis tenham ninhos velhos e ferozes feras.
172



É certo que o governo do Estado de Minas attende louvavelmente ao


desenvolvimento deste grande territorio.
As estradas de ferro, dia a dia, abrem novos caminhos para o progresso das terras
quasi ermas e desconhecidas por causa das grandes distancias.
A mão do homem cria novos mundos lá onde os reptis têm os seus velhos ninhos e
as féras espantosos covis.
Aquelles, que nestas regiões inexploradas passam vida quasi primitiva, fugirão
talvez espantados pelo apito da locomotiva; porem, as gerações futuras alegrar-se-
hão ao achar, no paraiso que pela natureza lhes foi concedido, o que faltou aos seus
antepassados: a civilisação.
(MINAS GERAES, 25.dez.1894, p.4).

Os esforços empreendidos por Fabricatore no percurso Sabará-Belo Horizonte


emulariam batalhas de um governo que lutava para vencer as intempéries da natureza e ver
desabrochar as flores do progresso. Tais batalhas seriam válidas, argumentava-se, por
trazerem a recompensa mais dadivosa de todas: o direito a um paraíso não mais letárgico ou
domado por feras e ervas daninhas, mas um paraíso civilizado e aquinhoado pelas benesses
modernizantes. Diante de todo seu esplendor, a capital era vendida como grande triunfo dos
mineiros: “Foi a vitória do progresso contra a rotina; da razão contra o preconceito; da
inteligência contra a obsecação; dos que procuravam alargar os horizontes da pátria mineira
contra os que tentavam conservá-los adstritos às montanhas que cercam a vetusta Ouro Preto”
(A CAPITAL, 21.dez.1897, p.1).
A antiga Vila Rica, cidade símbolo dos tempos da Colônia e do Império nas Gerais,
era destronada enquanto um antigo curral – que aludia o Rei em seu nome – passava por uma
metamorfose e deixava de ser ambiente rural para dar lugar à nova sede do governo (A
UNIÃO, 5.abril.1925, p.3; JULIÃO, 2011).
No contexto latino-americano esse afã por progresso e modernização reverberou não
apenas na Cidade de Minas (1894-1897), mas também em La Plata (1882-1884); experiências
cujas concepções espaciais guardam graus de parecença, uma vez que as inspirações foram as
mesmas: cidades europeias e americanas, a exemplo do projeto de Washington e das reformas
de Georges-Eugène Hausmann em Paris 170 . Em ambos casos, estamos falando de


170
Em 1882, n’O Arauto de Minas, de São João D’el Rey, assinalava-se: “Entre nós falla-se sempre em mudança
da Capital da Provincia, e sempre a essa ideia morre ante a tibiesa e temor d'aquelles a quem cumpria dar esse
passo em bem da prosperidade e engrandecimento de Minas. Os argentinos, mais emprehendedores do que nós
acabam de lançar a primeira pedra para levantamento da nova Capital da rica provincia de Buenos Ayres. Porque
não os macaqueamos nisto?” (O ARAUTO DE MINAS, 16.dez.1882, p.2). Sobre La Plata, ver: Paula (1987),
Arrais (2009), Arruda (2011, 2012) e Lopes (2013). Sobre Haussmann: Benchimol (1992).
173



empreendimentos de modernização assentados em bases urbanas (ROMERO, 2004;


AGUIAR, 2006)171.
Como dissera o poeta Artur Azevedo ao visitar a cidade mineira em 1901, estava-se
diante de “formoso sonho de progresso arrogante, universal, fecundo” (JORNAL DO
BRASIL, 11.dez.1966, p.75). Essa construção grandiosa em tempo apequenado era vendida
como eloquente recado para o resto do Brasil. Era a prova de que o progresso integrava a
equação da mineiridade: “O povo mineiro deu ao Brasil inteiro um exemplo salutar de
progresso, de energia, de actividade e de trabalho. Até então os filhos de Minas passavam
injustamente aos olhos dos seus patricios como espiritos retrogados e indolentes” (JORNAL
DO COMMERCIO, 12.dez.1913).
O nascimento da capital era documentado e propagandeando através de diferentes
materiais. Um deles era o Album de vistas locaes e das obras projectadas para a nova cidade,
elaborado para publicizar detalhes da construção da sede. Com tiragem de 5.000 exemplares
esperava-se impulsionar a venda de lotes na cidade. O álbum continha três fotografias do
arraial, 22 lâminas (com detalhes de oito projetos arquitetônicos) e duas plantas (ARRUDA,
2011). Ele cumpriria, assim, o papel de através de texto e imagens registrar a transformação
da “barbárie à civilização, da natureza ao construído, do antigo ao moderno” (ARRUDA,
2011, p.235).
Outro desses materiais era a Revista Geral dos Trabalhos através da qual todo
processo de construção da cidade era registrado. Através de seu tom relatorial, ela reunia “o
historico da decretação da nova Capital, uma noticia sobre o arraial do Bello Horizonte, as
observações meteorologicas e climatericas”, plantas e fotografias das construções existentes e
das que seriam levantadas, destacava trabalhos técnicos e administrativos, contratos
assinados, despesas, entre outros congêneres172. Constituindo-se, assim, em uma publicação
“escripta e graphica da futura Capital Mineira” (O PHAROL, 20.set.1894, p.1). Dois números


171
Outro aspecto que irmana os dois projetos é o volume expressivo de representações elaboradas – fotografias,
álbuns fotográficos e impressos – no planejamento e nas propagandas sobre as cidades. Esses materiais
contribuíram para alimentar o imaginário acerca da modernidade (ARRUDA, 2011). “A apresentação fotográfica
e descritiva de um espaço concebido como uma ‘opção civilizada’ tem algo de utópico, e a propaganda torna-se,
portanto, um importante meio de garantir o sucesso do empreendimento” (SALGUEIRO, 2007, p.47).
172
“[...] é correto afirmar que a Revista tem um caráter de prestação de contas; no entanto, ela é muito mais que
isto. Em sua época ela representou uma maneira de dar publicidade aos procedimentos em torno da construção
da nova capital; foi uma forma de instituir um discurso oficial sobre o arraial e sobre aqueles eventos, além de ter
proporcionado a divulgação dos saberes e das técnicas então dominados e mobilizados para que a empreitada
civilizatória entrasse em marcha. A demonstração de domínio de um conhecimento técnico e científico é um dos
grandes eixos da Revista” (ARRUDA, 2011, p. 228).
174



foram editados, em abril e agosto de 1895173, para distribuição junto às Câmaras Municipais,
Repartições Estaduais, jornais, associações literárias e científicas em Minas Gerais e outros
pontos do Brasil e no exterior (O PHAROL, 20.set.1894, p.1).
Ao manusear a Revista vemos que Ouro Preto era retratada como “vetusta”, uma
cidade que se apinacultava “tristonha, nos beiraes do calderão formado pelos serros do
Itacolomy, sem horisontes, sem luz, sem espaço, nem ar para a acanhada população, que se
atrophia[va] naquelles ladeiraes quasi inaccesiveis (REVISTA GERAL DOS
TRABALHOS..., 1895, p.9). O arraial, por sua vez, é descrito com palavras lisonjeiras que
tentam convencer o leitor de que a cidade amealharia esplêndidos horizontes não apenas ao
plano paisagístico, mas também nas projeções de dias alvissareiros.
A Comissão Construtora da Nova Capital criou também um Gabinete Photographico
que objetivava fornecer “grande numero de provas positivas” de vistas do arraial e de suas
habitações atuais, para que servissem “de recordação d'este arraial, quando transformado em
cidade moderna” (REVISTA GERAL DOS TRABALHOS, 1895, p.9).
O Gabinete, a Revista e o Album constituíam-se em meios de narrar a vitória do
homem que sepultava paisagem desordenada para edificar, com suas técnicas modernas,
paisagem esquadrinhada, higienizada e controlada. Essas representações desempenhariam não
apenas o papel de registrar os acontecimentos, mas também de propagá-los; elas se
configurariam, simultaneamente, como “lugares de memória” e “peças de propaganda”
(ARRUDA, 2011, p. 213). Tais materiais são, por extensão, documentos da espera na medida
em que testemunham expectativas em torno da nova cidade que aos poucos ficava de pé.
Aliás, não esqueçamos que a partir da divulgação de tais documentos esperava-se, entre
outros objetivos, impulsionar a venda de lotes e atrair imigrantes. As imagens de Belo
Horizonte concorriam para cimentar a ideia da capital como cidade moderna. Uma cidade que
se destinaria não aos ignorantes, mas àqueles que pudessem viver em um meio urbano
aquinhoado por benesses sofisticadas (AGUIAR, 2006, p. 394). A paisagem curralista –
marcada pela tradição rural, composta por sítios, fazendas e roças – cedia lugar à ordem e à


173
A publicação desse segundo número só ocorreu em 1896. Mesmo antes da inauguração da nova cidade, já
havia alguns jornais como o periódico A Capital, que circulou de 28 de janeiro de 1896 a 4 de agosto de 1898,
com tiragem de mil exemplares); o literário Aurora que circulou entre 15 de novembro de 1896 a 1o de agosto de
1897, com tiragem de 300 exemplares. Houve ainda o Tiradentes (com apenas três edições) e o Bohemio (4 de
julho de 1897 a 22 de agosto de 1897) de tom humorístico (MENDES, 2005).
175



razão científica. Tratava-se, em síntese, de uma “cidade simetrica até a monotonia, regular
como um jogo de damas” (CORREIO DA MANHÃ, 6.dez.1925, p.1)174.

Figura 31 - Revista Geral dos Trabalhos (1895)

Fonte: Revista Geral dos Trabalhos (1895)


174
Exemplo emblemático é lido em nota sobre o Parque Municipal Américo Renné Giannetti174 (Figura 36),
construído em Belo Horizonte, do qual se dizia de maneira jubilosa: “Não é mais aquelle pedaço de terreno
rudemente cultivado [...] Os aspectos desordenados da natureza desapparecem a pouco e pouco [...]” (MINAS
GERAES, 23.out.1897. p.5). De acordo com informações do sítio eletrônico da Prefeitura de Belo Horizonte, o
parque criado em setembro de 1897 e concebido “para ser o maior e mais bonito parque urbano da América
Latina” teve inspiração nos parques franceses da Belle Époque. Não por acaso, o projeto ficou à cargo de Paul
Villon, arquiteto e paisagista francês.
176



Figura 32 - Panorama Geral do Arraial I (1894)

Fonte: Revista Geral dos Trabalhos (1895, p.13)

Figura 33 - Parque Municipal Américo Renné Giannetti

Edição: Higor Mozart (2020).


Fonte: MINAS GERAES. Commissão Constructora da Nova Capital. Planta geral da Cidade de
Minas, organizada sobre a planta geodesica, topographica e cadastral do Bello Horisonte. Rio de
Janeiro, 1895. Escala 1:10.000. 111x75cm. Acervo da Comissão Construtora da Nova Capital.

Entre os documentos da espera, destacamos ainda os seguintes livros-propaganda e


álbuns que: a) Guia do Emigrante Portuguez para Minas Geraes (1894), de autoria atribuída
177



ao português Antonio Gomes da Silva Sanches; b) Nel Brasile: Lo Stato di Minas Geraes –
La nuova Capitale (1895), do jornalista italiano Carlos Fabricatore175; c) Lo Stato di Minas
Geraes – Informazioni utili agli emigranti, operai e capitalisti176 (1896), redigido por David
Campista; d) Bello Orizzonte (1897) escrito pelo publicista Alessandro d’Atri 177 ; e) o
opúsculo Traços historicos e descriptivos de Bello Horizonte (1897) em que Francisco
Martins Dias, pároco do arraial do antigo curral, registrou as transformações do povoado em
face da instalação da nova cidade; f) o livro A Capital, publicado em 1903 pela Typhografia
Universal, da Cidade do Porto (Portugal), no qual o escritor Antônio Avelino apresenta
romance em que a recém inaugurada cidade é o mote da história178; g) o Album de Minas179
(1906) de Francisco Soucasaux e Augusto Soucasaux180; e, por fim, h) Lo Stato di Minas
Geraes (1911) de autoria atribuída a Felippo Grossi181.
Nesses materiais parecemos chegar ao paraíso. Ou, melhor, chegamos ao paraíso como
sonhava-se que ele deveria ser. O território era pintado a partir de seus ângulos mais
generosos (SANTOS, 2016)182. Mais que uma tela a retratar situação ideal, os opúsculos
permitem captar ações tomadas para tornar o território cada vez mais fluído, isto é, mais perto
do “esperado”. Não ao acaso, tais materiais davam destaque às obras em desenvolvimento


175
A obra apresenta as seguintes seções: Apontamentos históricos; limites; Divisão do território; montes, rios,
estradas de ferro; As cidades de Ouro Preto, Juiz de Fora, Barbacena; Outras cidades importantes; Agricultura e
industria pastoril; Outras industrias; Prosperidade financeira; Instrução Publica; Minas de ouro e fontes
mineraes; A nova capital; Agitação pela mudança da capital; Bello Horizonte; Clima e fertilidade do solo; O
plano da nova cidade; Ruas, praças, edificios; Productos naturaes do território; Regulamento para a construção
da nova Capital na parte referente à aquisição dos lotes. Aos 11 de março de 1895, informava-se no Minas
Geraes, numa sessão destinada à Secretaria da Agricultura, que a representação de Carlo Fabricatore “proponto-
se publicar em italiano um opusculo para propaganda na Europa, sobre a nova Capital” ligação entre Fabricatore
e o Governo de Minas Geraes, (MINAS GERAES, 10.ago.2018. p.1). Ademais, no Minas Geraes há menções
lisonjeiras a respeito do jornalista e da publicação do livro.
176
O subtítulo do livro era Informações úteis aos emigrantes, operários e capitalistas.
177
Livro redigido na língua do autor e destinado a divulgar as etapas da construção da cidade. Isso sem
mencionar a existência de outros materiais propagandísticos que também utilizavam a capital como elemento
para atrair imigrantes ao estado (REVISTA INDUSTRIAL DE MINAS GERAES, 20.abril.1897, p.299).
178 Ver: Fóscolo (1903), Gazeta de Paraopeba (1948) e Nascimento (1998).
179
SOUCASAUX, Augusto (Org.) Álbum de Minas. Rio de Janeiro: Léon de Rennes, 1906. (Fotografias de
Francisco e Augusto Soucasaux).
180 “Em sua concepção inicial, o álbum havia sido pensado como o primeiro fascículo de uma série que iria levar

ao público fotografias das diversas cidades do estado, bem como informações sobre história, economia e
sociedade mineira. Ele foi idealizado pelo fotógrafo português Francisco Soucasaux (1856-1904), mas, diante
de sua morte inesperada em 1904, foi publicado por seu irmão, Augusto Soucasaux (1871-1962), com
adaptações em relação ao projeto original. Tratou-se de um projeto de grande envergadura, que levou os irmãos
Soucasaux a publicar jornais promocionais para fazer a propaganda da proposta e auferir recursos para o
empreendimento. Entre 1902 e 1905, o álbum foi divulgado em todo o estado por meio da publicação de
notícias sobre seu andamento, fazendo da imprensa uma forte aliada na estratégia de propaganda” (ARRUDA,
2018, p.4). Ver também: Correio da Manhã (31.ago.1903, p.2).
181 GROSSI, Felippo. Lo Stato di Minas Geraes. Editores: S. Nesi e F. Grossi, 1911.
182
Ver: Santos (2016; 2018).
178



como construção de prédios ou ampliação da malha ferroviária. Em muitos deles, inclusive,


ou a capital aparecia como temática central ou era mencionada com regozijo (Figura 36).
Assim, podemos dizer que o discurso propagandístico apresenta Tântalo alcançando os frutos
ou, em certos momentos, projetando próteses capazes de alargar os braços seus.

Figura 34 - Guia do Emigrante (1894) de Antonio Gomes da Silva Sanches

Fonte: Minas Geraes (1894)

Figura 35 - Lo Stato di Minas (1896) de David Campista

Fonte: Minas Geraes (1896)

179



Figura 36 - O velho e o novo: Ouro Preto e Belo Horizonte

Fonte: Stato di Minas (1896, p.42-43)

180



Figura 37 - Página reservada à Belo Horizonte

Fonte: Stato di Minas (1896, p.43)

Figura 38 - Página reservada à Belo Horizonte (II)

Fonte: Stato di Minas (1896, p.44)


181



Figura 39 - Nel Brasile : Lo Stato di Minas Geraes – La Nuova Capitale (1895) de Carlo Fabricatore

Fonte: Nel Brasile: Lo Stato di Minas Geraes – La Nuova Capitale

Figura 40 - Página do Album de Minas - Belo Horizonte - Vista parcial do parque e da Cidade

Fonte: Acervo da Biblioteca Mário de Andrade

182



Figura 41 - Traços historicos e descriptivos de Bello Horizonte (1897) de autoria de Francisco Martins Dias

Fonte: Arquivo Público Mineiro – DIAS, Francisco Martins. Traços historicos e descriptivos de Bello Horizonte.
Belo Horizonte: [Arquivo Público Mineiro, 1997]. 108 p.

Figura 42 - Lo Stato di Minas Geraes (1911) Felippo Grossi

Fonte: Lo Stato di Minas (1911)


***

183



A tão propagandeada nova capital, vista como centro polarizador da vida política,
social e econômica do estado, tinha a missão de atender três principais anseios das elites: i)
combater o atraso das Gerais em relação ao Rio de Janeiro e, sobretudo, São Paulo183: ii.)
solucionar o descompasso entre poder político (concentrado na “velha, esteril e inaccesivel
cidade de Ouro Preto”) e poder econômico (espacializado nas florescentes áreas cafeeiras do
Sul e da Mata) – desencontro esse que impedia que as áreas mais ricas do estado
participassem de forma contundente das decisões sobre os rumos das Gerais (GAZETA DE
OURO FINO, 25.dez.1892, p.1); iii.) aumentar a coesão entre as diferentes peças do mosaico
mineiro, posto que a desarticulação territorial era vista como uma das causas do atraso
econômico e sua justificativa era depositada no incipiente poder de articulação da cidade
ouropretense (AGUIAR, 2011).
A mudança da capital é, assim, fruto do acalentado ideal de progresso e modernização
regional na qual, em todas suas as etapas o Estado assumiu papel protagônico, articulou
negociações com as elites mineiras e restringia a participação de setores
subalternos 184 (AGUIAR, 2006; DULCI, 1999; ARRUDA, 2011). Tal modernização, no
alvorecer da República, buscava promover o desenvolvimento regional ao fomentar tanto o
setor agropecuário quanto o industrial. Destarte, a própria mudança da capital simbolizaria o
caráter bifronte de essa empreitada e isso fica escancarado quando conhecemos o projeto de
cidade de Minas: no plano original, formulado por Aarão Reis, previa-se a existência de uma
zona urbana, uma zona rural e, na transição entre essas, de forma a articulá-las, uma zona
suburbana (Figuras 46 e 47). No entanto, nos anos de 1898 a 1898, a zona suburbana foi
convertida em uma zona colonial – o que adicionou, também, dimensão agrária ao plano de
desenvolvimento mineiro185 (AGUIAR, 2011).


183
Afinal, embora o Sul e a Mata se integrassem ao setor agroexportador cafeeiro e exibissem pujança, o
diagnóstico era de que a economia regional crescia de forma morosa.
184
Na visão de Mello, o discurso republicano que embasa e exalta a construção da capital mineira não demarca
mero embate “novo/velho, moderno/antigo, mas uma recomposição do tempo histórico dentro de uma
legitimação da justaposição tradição/futuro. E a República trabalhou isso muito bem” (MELLO, 1996, p.13).
185
Contemplando a dimensão agrária, três propostas saltam aos olhos: a criação de um campo prático de
demonstração na nova capital – mais especificamente na região então reservada para a zona suburbana – com o
intuito de formar mão-de-obra qualificada e disseminar técnicas agrícolas. Era um movimento que se somava aos
esforços do governo em distribuir campos práticos ao longo do território a fim de diversificar os produtos
cultivados. Outras duas estratégias envolvem a criação de colônias agrícolas: a de Barreiro (1885) e, além disso,
a criação da referida zona colonial onde haveria cinco núcleos coloniais a partir de 1898. Nesses dois casos,
esperava-se que a produção das colônias pudesse abastecer a capital e que os imigrantes disseminassem práticas
184




agrícolas e atuassem como mão-de-obra qualificada nas produções do estado. Inaugurada em 1896 e dirigida
pelo engenheiro Arthur Thiré, a Colônia do Barreiro – que tomamos como ilustração do ideal modernizante do
governo – estava localizada em uma fazenda, distante 15km da nova capital, que era a mais cara das
propriedades rurais desapropriadas pela Comissão Construtora da Nova Capital. A intenção foi garantir a posse
de mananciais considerados indispensáveis ao provimento de água à nova cidade quando ela alcançasse 200.000
habitantes. Mas, além disso, as terras disponíveis deram continuidade ao projeto de imigração, colonização e
povoamento em curso, desde 1892, sob a coordenação da Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
A experiência, no entanto, não logrou êxito: os lotes foram demarcados e os imigrantes até chegaram a ocupá-
los, mas não foi possível concretizar alguns planos como a montagem de engenho de mandioca e cana que
serviria para processar a produção da colônia e de propriedades circunvizinhas. Resultado: após dois anos de sua
implantação, a colônia foi extinta (AGUIAR, 2006, p.47). Apesar de esse fracasso, interessa-nos assinalar que a
Colônia de Barreiro, representava também um modelo que o governo gostaria de ver irradiado pelo resto do
estado. Esses traços ficam nítidos na inauguração da colônia quando, além de cerimônias religiosas, música, hino
nacional, presença de bandeiras de várias nacionalidades e festas – iniciadas a partir de salvas de tiros de
dinamite –, houve também uma “sessão agrícola” destinada a testar e apresentar “machinismos e instrumentos
aratorios”, como as charruas e a grade. Testes que se estenderam ao longo de uma hora e teriam produzidos
resultados que impressionam os presentes: “Muitas das pessoas presentes já tinham ouvido falar em charruas,
mas não sabiam que consistiam. Outros, mais incrédulos das vantagens dos instrumentos agrícolas,
reconheceram afinal os beneficios da sua applicação na lavoura, vendo-os trabalharem” (REVISTA
INDUSTRIAL DE MINAS GERAES, 15 jun e 15 jul. 1896, p. 176).
185



Figura 43 - Planta Geral da Cidade de Minas

Fonte: Museu Histórico Abílio Barreto S/D. Legenda de equipamentos urbanos e de vinte edificações
(sem condições para consulta – ver CCDt06 008] A planta apresenta delimitações das áreas urbanas e
suburbanas com as respectivas subdivisões e loteamentos).

186



Figura 44 - Descrição da Planta Geral da Cidade de Minas realizada, em 1895, por Aarão Reis (engenheiro chefe da Commissão Constructora da Nova Capital)

187



Essa cidade que articulava as zonas urbana e rural e – posteriormente uma zona e
colonial – cumpriria a função de ser, a um só tempo, “centro político unificador” e “centro
intelectual” de onde se produziria um “caldo cultural” destinado a atuar como a “síntese de
toda uma região” (BOMENY, 2002, p.212). Tratava-se de uma tentativa de propagar a voz
mineira por todo o território e, não é por acaso que em 1903 João Pinheiro iria dizer com
júbilo186: “A nossa nova capital, a mais formosa cidade brasileira, conquistou-nos o coração.
Dir-se-ia a noiva da trabalho anciando pela realização de seus destinos, ponto de convergência
que deve ser de nossos esforços, centro de impulsão que será de nossa actividade...” (O
PHAROL, 21.mai.1903, p.1). A mineiridade, antes confinada às “cercas do provincialismo
regional”, adquiria foros universais alimentados por um “ideário urbano moderno próprio dos
centros difusores de cultura e política” (BOMENY, 2012, p.213).
A ideia de Minas Gerais como síntese do Brasil estava entranhada em sua capital, “na
medida em que nomes de Estados e grandes rios do Brasil, dos vultos notaveis da Historia
Patria Brasileira, das tribus indigenas, das cidades e villas, dos metaes e mineraes, das datas
celebres dos filhos ilustres de Minas Geraes, foram dados às ruas, praças e avenidas de Bello
Horizonte” (ANNUARIO DE MINAS GERAES, 1906, p. 134). Já ideia de Belo Horizonte
enquanto síntese do estado é revelado no próprio nome da nova capital que escancara não se
tratar de cidade qualquer, mas da Cidade de Minas; designação, porém, que não durou muito:
“Era um titulo official, muito vago e muito rebarbativo, tanto assim que o povo continuou a
chamar de Bello Horizonte ao antigo Curral d'el-Rey, e quem ja ahi esteve, ha de reconhecer
que, realmente, é soberbo o horizonte da terra...” (O PHAROL, 4.jul.1901, p.1)187.


186
Pinheiro iria vincular-se à construção da nova capital ao fornecer tanto materiais, de sua indústria, e
entusiasmados argumentos sobre a necessidade de tal mudança. Em sua análise, a transposição da capital para
uma cidade moderna seria capaz de trazer a lógica republicana para o mundo do trabalho e possibilitaria costurar
as regiões do estado (REVISTA INDUSTRIAL DE MINAS GERAIS, 15.jun/jul, 1896, p.156; BARBOSA,
2012).
187
A lei n.302 de 1o de julho 1901 determinava em seu artigo primeiro: Fica denominada – Belo Horizonte – A
capital do Estado.
188



Figura 45 - Aspectos do extinto Curral D’El-Rey

Fonte: Página do Álbum de Minas (de autoria de Francisco Soucasaux) reproduzido no álbum
de Minas. Coleção Linhares (UFMG)

189



***

À essa altura, como lembra Olavo Bilac, certos aspectos da paisagem do antigo Curral
D’el-Rei habitavam apenas a parede da memória:

Uma Photographia
Ainda ha pouco, folheiando um album de velhas photografias, parei diante de
uma, que tem a data de 20 de janeiro de 1894.
Ao fundo, a fachada feia e acanhada de uma egreja, um tufo escuro de
arvores á esquerda; mais para a frente, um alto cruzeiro tosco; e, ao pé do cruzeiro,
em grupo, cinco pessoas. A egreja é a velha matriz de Bello Horizonte. Ficava no
centro de um largo, de onde partia para a serra do Curral uma rua tortuosa, que, se a
memoria me não atroiçôa, tinha o nome de rua do Capão.
[...]
E tenho passado toda esta amanhã de fim de dezembro a lembrar-me da linda
tarde em que foi tirada essa photographia. E nitidas, evocadas pela saudade
ressurgem todas as impressões dessa apartada épocha...
[...]
Talvez seja uma mau vicio de temperamento descabelladamente romantico
este meu doentio amor das cousas apagadas e mortas. Não consegui nunca amar os
meus amigos vivos como amo os que desappareceram.
[...]
É por isso que, entre todas as minhas velhas photographia, – sorte de
ementario das minhas saudades, – a que mais estimo é talvez esta do arraial de Bello
Horizonte, – fraca, apagada, mal impressa, apanhada pela machina de um amador
inexperiente. É que ninguem nunca mais verá aquella praça mal tratada, aquella
pobre egreja de paredes ennegrecidas junto de cujas portas crescia o matto, aquella
immensa cruz de madeira suja, aquellas arvores, aquelle conjunto de cousas do
passado.
Onde havia um arraial, há uma cidade.
No valle outr'ora coberto de um pasto farto onde se armavam os
abarracamentos dos boiadores da era colonial, encurralando-o gado para a engorda –
cruzam-se as ruas, levanta-se os palacios, agita-se e rumoreja a civilização.
[...]
Onde se vae o tempo em que certa vez a noite, depois da novena na matriz,
trocando pernas pelo arraial, quedei espantado, ouvindo a voz fanhosa de um piano,
e mal ousando crêr na existencia d'essa tortura da civilização na plena ingenuidade
primitiva de um povoado?
E, emfim, quando pensei eu que, passados apenas quatro annos, a minha
prosa futil teria de apparecer n'um jornal escripto, composto, impresso, distribuido e
lido em Bello Horizonte?
Rio, 29 de dezembro 98.
Olavo Bilac
(DIARIO DE MINAS, 5.jan.1899, p.1).

“Onde havia um arraial, há uma cidade” e até um jornal (DIARIO DE MINAS,


5.jan.1899, p.1) e as cores das vivências dos antigos moradores ou se apagaram por completo
ou esmaeceram feito fotografia.

***
190



Figura 46 - Curral D'el Rey – Uma face do largo da matriz

Fonte: Kósmos (mar,1904, p.10).

Figura 47 - Curral D'el Rey - Casa da Rua da Boa Vista

Fonte: Kósmos (mar,1904, p.11)188.


188
Segundo informado na Revista Kosmos, as fotografias reproduzidas são de autoria de Francisco Soucasaux,
retiradas de seu Album do Estado de Minas.
191



Como afirmamos, não foi nosso objetivo refletir sobre as repercussões decorrentes dos
projetos territoriais sonhados pelos governantes, mas compreender como uma ambiência de
espera criou condições para tais projetos. Mesmo assim, é interessante pontuar que na
percepção dos políticos, embora consideráveis “progressos” tenham sido alcançados, ainda
restava sede por mais. Essa sensação é captada por Penido (201, p.11) em estudo realizado
sobre “A retórica do progresso nos discursos dos políticos mineiros nos projetos de instalação
de ferrovias (1891-1906)”:
a ferrovia gerou o progresso por onde passou, mas este progresso esteve
muito aquém das expectativas mantidas pelos políticos mineiros. A modernidade
não surgiu como uma ruptura com a realidade anterior; ou seja, o progresso e a
modernização mineira não corresponderam aos anseios dos senadores nem à
imagem projetada pela retórica de seus discursos. Estes descortinaram suas
decepções e preocupações com os rumos que a organização da rede ferroviária
mineira seguiria [...].

Esse progresso, aquém do esperado, também se verificou em relação a outros


elementos sonhados pelos políticos. Afinal, embora tenham promovido profundas alterações,
os variados investimentos – introdução de imigrantes, instalação de ferrovias, incentivo ao
ensino agrícola, transposição da nova capital, etc – não foram, nem de perto, capazes de
cessar as lamúrias e a sensação de atraso. A permanência de tal sensação alimentaria outras
tantas iniciativas, como a do I Congresso Agrícola, Comercial e Industrial de Minas Gerais
realizado, em Belo Horizonte (1903) – que buscou soluções para promover o progresso e
driblar a crise econômica instalada, sobretudo, em virtude da depreciação do café189.
Ou seja, ainda que alguns discursos insinuassem que mediante as próteses adequadas
Tântalo finalmente alcançaria saborosos frutos, em termos práticos o néctar parecia seguir à
léguas de distância. Era preciso mais! Era esperado muito mais. Diante de essa constante
busca por atingir o progresso, é inevitável não lembrarmos de Moraes (2000, p.140) para
quem a periferia a modernidade não decorre de uma vivência comum, previamente instaurada;
ela converte-se em um projeto para a sociedade difundido por discursos que sustentam e
propulsionam ondas modernizantes: “de expressão e experiência, a modernidade vira
proposição e objetivo. Do tempo presente, migra para o futuro”.


189
O evento realizado durante o governo de Francisco Sales, sob o comando de João Pinheiro, contou com a
participação das classes produtoras de diferentes áreas do estado. Os quase quatro meses de estudos
empreendidos podem ser consideramos um marco na política econômica mineira, mas as decisões apresentadas
foram caracterizadas por apequenado grau de inovação, na medida em que os esforços foram direcionados a
sistematizar o que já se praticava de forma tímida (BARBOSA, 2012, p.15).

192



Se no grego antigo e no latim as palavras “projeto” e “problema” comungam


semânticas equivalentes, significando algo como “jogar adiante”, podemos considerar que o
nascimento de um projeto está enlaçado à existência de um problema (BOUTINET, 2002).
No caso mineiro, o atraso eram tratado como magna questão que se sonhava solucionar.
Dessa feita, a história de Belo Horizonte é mais um exemplo de como os sonhos são
catalisadores percucientes na mobilidade das capitais (VIDAL, 2011).

193



Figura 48 - Inauguração da Cidade de Minas

Fonte: Fon Fon (9.mai.1925, p.51)

Figura 49 - Vista da Cidade de Bello Horizonte, Capital do Estado de Minas

(O MALHO, 17.nov.1906, p. 21)

194



Figura 50 - De Ouro Preto à Belo Horizonte: a velha e a nova capital de Minas Gerais

Fonte: Acervo da Pesquisa (2020) – Elaboração do autor



Quantos annos correram de 1894 até hoje? Contem bem pelos dedos: um, dois, tres,
quatro, cinco, seis, sete, outo, nove...Nove annos, sómente! e nesses nove annos,
creou-se, como por milagre, no meio de um rude sertão, uma bella cidade moderna,
com avenidas immensas, com palacios formosos, com admiraveis parques! Pelas
ruas largas e arborizadas, rodam bondes electricos; lampadas electricas fulguram
entre os predios elegantes e hygienicos; motores electricos põem em acção, nas
fabricas, as grandes machinas cujo rom rom continuo entôa os hymnos do trabalho e
da paz.
Onde se operou esse milagre? onde se fez esse assombro? onde se creou essa
maravilha? Foi na America do Norte, onde as cidades brotam do sólo por encanto, –
como do fundo de um chapéu saem, ao toque da varinha do prestigidiador,
bandeiras, fitas, flores e aves? Foi na Australia ou na Africa do Sul, onde o genio
inglez se expande victorioso, construindo estradas de ferro em dias e povoando
leguas e leguas de terra em semanas?
Não! esse assombro, essa maravilha, esse milagre foram feitos no Brasil, – na pacata
e conservadora Minas...

Olavo Bilac
(O PHAROL, 29.mai.1903, p.1).
196



Figura 51 - Velhas árvores e novos prédios

(JORNAL DO BRASIL, 11.dez.1966, p.75)

197



4.3. Novos horizontes vem abrir ao progresso do Estado, em todas as suas manifestações
a mudança da capital

Nova Capital
Estão sendo applicados na construção do parque da nova capital de Minas,
para o transporte de arvores, os carros Durey-Sohy.
Cremos ser primeira vez que no Brasil se experimenta esse systema de
transportar grandes arvores que, sem soffrer o menor abalo, continuam a florescer
como no lugar donde foram tiradas.
No parque do Bello Horizonte já estão plantadas algumas arvores por esse
systema e, como diz o nosso colegga A Capital, poder-se-á conseguir alli uma cousa
rara: – um parque moderno todo arborizado com arvores antigas (O ESTADO
DE MINAS, 10.jun.1896, p.1, grifos nossos).

Este inocente trecho, que pinta a existência de moderno parque formado por árvores
antigas, não poderia ofertar simbolismo mais visceral. Intencionava-se criar metrópole
moderna que acomodasse diferentes vozes do mosaico mineiro, mas, ao fim e ao cabo,
edificou-se cidade para onde foram transplantados laços pessoais, vínculos familiares e
antigas redes de poder (BOMENY, 1994). Ambicionava-se superar o velho, mas não se
reservou espaço para que novas árvores – quase íamos adjetivando genealógicas – vissem a
luz do sol e compartilhassem o banquete que brota da seiva mineira. A paisagem do
progresso, portanto, era composta por árvores com suas raízes bem profundas e já conhecidas.
Em outras palavras: a paisagem do progresso possuía pouca melanina.
Quiçá, devêssemos versar não apenas em um solitário Tântalo, mas em uma infinidade
deles; tendo em mente que os Tântalos eram os pobres brancos e, sobretudo, indígenas e
negros. Triste exemplo é o da senhora conhecida como a última moradora do Curral D’El-Rey
(Figura 55): mulher, pobre e negra190 desterritorializada para a construção do Palácio da
Liberdade. O entendimento das elites é o de que pobres e liberdade não combinam. Pobres
negros e liberdade, ainda menos. As elites, elas sim, sabiam muito bem os caminhos para
colher os suculentos frutos do Tártaro Mineiro191; muitas vezes, aliás, explorando os braços
dessas minorias.


190
Chamada, pejorativamente, em virtude do bócio, de Maria Papuda.
191
Sobre a Mata Mineira, o historiador Luiz Fernando Saraiva pontua: “Apesar de a Mata mineira ser a região
mais rica de Minas Gerais ao longo do século XIX, isto não se traduziu no controle da província e, ao final do
período, a região perdeu a “disputa” pela alocação da capital de Minas Gerais (que ocorreu na passagem do
Império para a República, entre 1889 e 1893, para ser mais exato). A criação de Belo Horizonte foi uma
conquista das regiões mais antigas de Minas Gerais – principalmente o “centro minerador” – em detrimento de
vários outros projetos de capital que disputaram sediar o governo mineiro. A partir daí, a “nova capital”
canalizou recursos econômicos e centralizou politicamente a antiga província das Minas, o que, em parte, explica
a decadência da Mata mineira no século XX (ALVARENGA e MANTUANO, 2018, p. 286).
198



Figura 52 - Mulher e seu casebre

Fonte: Pró-Memória – Câmara Municipal de Belo Horizonte

Figura 53 - O barraco vai ao chão e o Palácio da Liberdade fica de pé

Fonte: Acervo da Pesquisa (2020) – Elaboração do autor

Não esqueçamos que antes do nascimento da nova capital a vida pulsava no Curral
d’El Rey, como lembrara Olavo Bilac ao visitar a cidade: “Suppunha eu encontrar em Bello
Horizonte uma ou duas duzias de casas rusticas, n'um arraial quasi morto, mergulhado n'um
silencio melancólico”. Mas, no lugar disso, achou “uma área povoada de mais de dous mil
metros quadrados, em que se levantam talvez duzentas casas – commercio animado, lavoura,
199



costumes, igrejas, dous hoteis, população alegre, sadia, affavel, obsequiadora sem aborrecer,
discreta sem matutice...” (DIARIO DE MANAOS, 28.fev.1894, p.2). Todo esse arranjo fora
desfeito para dar lugar a uma cidade dita moderna:
[...] noto que em Bello Horisonte não ha povo. Os festejos – não sei se a população
concorreu directamente para elles – têm um caracter accentuadamente official. Fora
dessa esphera não ha enthusiasmo; haverá, quando muito, curiosidade.
Poucos typos brasileiros, – a physionomia geral é italiana. Tal como as casas. Não se
sente a palpitação da alma popular. Não se sente a palpitação da alma popular, não
se sente pulsar o coração mineiro, não se vêem os costumes mineiros. Tudo alli é
novo e inedito. Tudo está em formação. Só nas extremidades da povoação, no que
ainda resta do antigo Curral d'El-Rei, algo se pode ver da velha provincia.
A rotina de que accusam o povo de Minas estalou aqui por completo. A cidade
respira audacia, a audacia dos seus inventores e dos seus constructores; assiste-se ao
momento de febre, ao minuto de delirio em que o commettimento arrojado foi
concebido e posto em pratica, sem reflexão nem calculo.
É uma aventura do americanismo triumphante, em que as caracteristicas de um povo
foram eliminadas, as tradições rotas, o <<modo de ser>> esquecido. Se não vier a
ser, pelo esforço titanico dos governantes, uma grande cidade industrial, Bello
Horisonte será, talvez, um enorme desastre. Em todo o caso – um bello desastre
(JORNAL MINEIRO, 19.abril.1899, p.3).

A vida dos pobres, como se vê, pouco importava. É nessa linha que o apelo de Vasco
Azevedo – representante da 5a circunscrição eleitoral do Estado – a respeito da necessidade de
prestar atendimentos aos pobres torna-se revelador. Dizia ele que a “formosa Capital, creada
como uma necessidade reclamada por todo Estado de Minas” era espécie de “complexo de
bellezas naturaes, de bellezas de engenharia, de conforto e de hygiene”. Em contrapartida,
Azevedo alegava que a cidade se ressentia da falta de um estabelecimento de caridade que
pudesse “abrigar o pobre a quem a enfermidade tortura e a quem faltam os recursos
necessarios para debela-la”. Adiante, acrescenta emblemática conclusão: “os poderes do
Estado, organizando os differentes serviços da nova cidade, deixaram comtudo de tratar do
socorro publico...” (MINAS GERAES, 23.jul.1899, p.6). Por tudo isso, defendia a
necessidade da fundação de um hospital para que, assim, o visitante que chegasse à “formosa
cidade”, extasiado “ante as maravilhas de belleza, de hygiene e de conforto que ela não tem”,
não censurasse o governo dizendo que em Belo Horizonte “se cogitou de tudo, menos da
pobreza enferma” (MINAS GERAES, 23.jul.1899, p.6).
Diríamos nós, que no maravilhoso éden mineiro, se cogitou de tudo, menos da
pobreza, dos ex-escravizados, dos pretos, dos indígenas. Não se trata, afinal, apenas de pensar
nestes sujeitos marginalizados em situações de doenças. Trata-se de pensar neles enquanto
totalidade humana, no lazer, na moradia, na política. Mais que um desleixo ou esquecimento,
tratava-se de um projeto.

200



Figura 54 - Residência da última moradora do Curral d’El Rey

Autor: Raimundo Alves Pinto


Data provável: Entre 7 de agosto de 1894 e 11 de novembro de1896
Fonte: Comissão Construtora da Nova Capital

A imagem abaixo, de data imprecisa, retirada da Revista de Semana de 1948,


apresenta legenda que capta uma das esperas mais dilacerantes da mudança da capital:

Figura 55 - Palhoças

Revista da Semana (1948, n.6, p.9)

201



A nossa provincia é um thesouro immenso do futuro, suas grandes


riquezas hão de assombrar todo o orbe: disto será testemunha a geração que respirar daqui a um ou
dous seculos, si nós imprudentemente não retadarmos essa epoca (DIARIO DE MINAS, 4.jul.1874,p.1).

Nossa lavoura que, como já tive a honra de dizer em occasião identica, é a fonte quasi que exclusiva
de nossas rendas e a poderosa alavanca de nosso progresso definha e morre inanida, por
falta de braços (A PROVINCIA DE MINAS, 9. out.1881, p. 4).

a) [...] tudo está estacionário, porque não ha recursos, porque a renda da provincia não chega
para concorrer ás nossas mais palpitantes necessidades (LIBERAL MINEIRO, 4.set.1883, p.1).

É tempo de sahirmos deste lethargo que a situação de Minas e mesmo nossa


indole nos tem feito por tantos annos supporta (A ORDEM, 18. jan. 1890, p.1).

O Estado de Minas, excepcionalmente fadado pela natureza, que caprichosamente grupou em


seu vasto territorio riquezas variadas e enormissimas, destinado a occupar a
vanguarda do progresso, está infelizmente, forçoso é confessal-o, atravessando
uma crise má, em que a tradicional energia de seus filhos está se deixando perniciosamente avassalar

por imperdoavel
apathia (MINAS GERAES, 18. set.1892, p.882)




“Sendo tão dotado de riquezas naturaes, o Estado de Minas só espera... (A CIDADE DO
TURVO, 16. ago. 1891, p.1) .

A lavoura actual definha por falta de braços e á ella precisamos acudir (O ESTADO DE MINAS, 20.
nov. 1891, p.1)

“Encerram [...] os nossos sertões virgens incalculaveis riquezas que só esperam...”


(MINAS GERAES, MENSAGEM, 1894, p.14).

“tudo estacionou” (MINAS GERAES, 1894, 5 ago, p.5)

A natureza tambem sorriu a este sólo, porque, entre as ilimitadas rochas, que escondem infinitas
pedreiras e minas, apparecem terrenos, cuja vegetação natural é soberba, alimentada pelas aguas, que
irrompem e cruzam por toda a parte: – terrenos, que só esperam ...(MINAS GERAES, 16.jul.1895.p.11)

Por toda parte pois encontram-se elementos de variadas producções, que só esperam...
(MINAS GERAES, 12. set.1895)

Precisa, assim, recuperar o tempo perdido ...(MINAS GERAES, 12. set.1895)

202



CODA À MODA MINEIRA

Ha junto do Parnaso um profundo logar, construido pela natureza, sem que a


arte lhe prestasse o menor socorro.
Proximo está um campo vasto e esteril, onde jámais assomou o arado ou outro
instrumento da lavoura.
Em logar de douradas espigas produz esta terra unicamente moitas e espinhos.
Reina ahi uma lugubre tranquilidade; o silencio não é interrompido pelo canto
das aves.
Apenas sóa a voz do mais vil dos quadrupedes, para annunciar aos habitantes,
sepultados em profundo somno, que o sol chegou ao meio de seu curso.
No fundo da caverna está uma cama de selva cercada de dormideira; é onde
languidamente repousa a deusa da indolencia, chamada Preguiça, muito
querida dos meninos e dos jovens, e até de alguns adultos.
A inerte deidade sae algumas vezes de sua sombria habitação, mas indo apoiada
em um páu; póde apenas dar alguns passos indecisos; semelhante á tartaruga,
mais se arrasta do que anda.
Debaldo quer abrir os olhos á luz o somno lhe fecha logo as palpebras e a
cabeça, impellida por seu proprio peso, vem ferir-lhe o peito.
As forças lhe faltam, antes de concluido o pequeno passeio; e vai assentar-se em
uma cadeira preparada pela molleza.
Tem junto de si sua filha, a Ignorancia, que é facil conhecer pela faixa negra
que lhe cobre os olhos.
Eis a fiel imagem da preguiça, ou antes a imagem natural de um typo
preguiçoso.
(JORNAL DE MINAS, 1.abril.1891.p1).

Nosso trabalho discutiu como a noção de “espera” – atrelada à busca por próteses
técnicas – contribuiu para cristalizar a imagem de uma Minas Gerais decadente e dar forma à
projetos territoriais com vistas à superação de tal condição. Ancorados no manejo de fontes
primárias e na produção de materiais cartográficos, verificamos que as retóricas da espera
encontravam na paisagem importante lastro para a construção de argumentações que
rechaçavam um tempo e espaço dormentes e incitavam medidas de cunho desenvolvimentista
que teve na construção de Belo Horizonte, importante marco.97, p.5)
Enxergando o território mormente a partir de seu acento fisiográfico – como se fosse
ele um receptáculo a abrigar um manancial de riquezas – esculpia-se imagem paradisíaca de
um território que acenava com toda sorte de possibilidades e escancarava alvissareiro futuro.
Denunciava-se, malgrado, que um conjunto de carências, a maioria delas enlaçadas à técnica,
impedia que os potenciais fossem devidamente aproveitados. Tal diagnóstico dava nascimento
à ideia de um território à espera do progresso que faria todo seu vigor desabrochar. Não é por
acaso, portanto, que os dois parágrafos primeiros do excerto abrem esse tópico reclamem da

203



ausência da arte (técnica) e denunciem a letargia que incidiria, principalmente, na


produtividade agrícola.
Também não são fortuitas as lamúrias sobre a falta do arado ou de quaisquer outros
instrumentos que pudessem mudar a situação dos classificados vastos e estéreis campos
mineiros. É, portanto, da espera por benesses capazes de incrementar a produtividade,
“diminuir as distancias pelo vapor, de communicar os pensamentos pela electricidade” (O
LIBERAL DE MINAS, 1.ago.1868, p.2), a que nos referimos neste trabalho. Tratava-se,
como depreendemos a partir de Vidal (2019), de um compasso de espera vinculado à noção
de ritmo. De um lado, o ritmo do progresso metrificado pela velocidade, prontidão, pressa e
continuidade. Na outra margem, o arcaísmo cujo ritmo era registrado através de metáforas
sobre lentidão, espera e sonolência.
O desejo de superar atraso era noticiado a partir de discursos nos quais os políticos
buscavam contrapor o antigo ao moderno; a atrofia ao movimento; a abundância à escassez; a
rotina à novidade; o negro/indígena/nacional ao imigrante branco. O paradoxo entre as
riquezas potenciais e o estágio inercial era ainda inflamado a partir de evocações aos tempos
de pujança do período aurífero e das comparações frente ao progresso paulista. Somado a
isso, a existência de forte sentimento de perda de prestígio e de importância frente às demais
províncias do Brasil.
Embora as vozes não fossem uníssonas, o afã pela transformação das paisagens
selvagens em paisagens do progresso culminou na instituição de leis para introdução de
imigrantes, construção de estradas de ferro, escolas, hospedarias, núcleos coloniais e uma
miríade de objetos geográficos. Eram medidas que objetivam densificar o território mineiro
tornando-o (ainda mais) útil à soma da riqueza das elites. Dessa forma, depreendemos que o
(proto) desenvolvimentismo em Minas Gerais é exemplo de projeto territorial encampado por
diferentes líderes mineiros com o intuito de galgar a sonhada modernização.
No que diz respeito, especificamente à fundação de Belo Horizonte, percebemos a
força da espera quando contrapomos, por exemplo, as expectativas de políticos quanto à
valorização de terrenos (decorrente da mudança da capital) ao temor que moradores do antigo
Curral sentiram de serem desalojados de suas casas 192 . Os interesses mercadológicos


192
O Padre Dias (1897, p.85), em seu Traços Históricos e Descriptivos de Bello Horizonte, ainda que sem
problematizar com profundidade desapropriações, registrara o movimento de expulsão da população ao destacar
“as dificuldades com que lutavam os pobres, para de novo se estabelecerem”. Tratava-se, dizia ele, de “uma cena
triste e comovedora essa da emigração da maioria dos habitantes para outras paragens mais recônditas e
solitárias de seu querido Curral D’El-Rei!”.
204



contribuíram para a invisibilização e expulsão dos pobres193; – sobretudo negros e pardos, que
constituíam cerca 2/3 da população de Curral d’El Rey (CENSO, 1872); o que nos leva a
versar em segregação racial e na existência de esperas negras. O estado é, assim, o agente que
distribui as peças ao longo do tabuleiro e busca controlar os corpos de negros, indígenas e
brancos pobres194, imputando-lhes, amiúde, a pecha de vagabundos e lhes reservando áreas
consideradas menos nobres. Havia, afinal, quem até falasse abertamente sobre o desejo de
“fundar uma cidade onde ha de se reunir a gemma, e elite do Estado de Minas” (MINAS
GERAES,10.jan.1894, p.2).
As insistentes referências espaço-temporais tatuadas nos discursos sobre o atraso
mineiro nos apontam que de forma enlaçada à “história social da espera” (VIDAL, 2005,
2010) poderíamos versar também em geografias das esperas. Isso pode ser percebido quando
concebemos que a Geografia, por ser uma forma original de organizar o pensamento – ao
“interpretar as razões pelas quais coisas diversas estão situadas em posições diferentes ou
porque as situações espaciais diversas podem explicar qualidades diferentes de objetos,
coisas, pessoas e fenômenos (GOMES, 2017, p.20) – contribuiu alimentar diferentes
pensamentos e projetos vinculados ao território mineiro.
Santos (2013, p. 408), ao pesquisar questões vinculadas ao imaginário político,
identidade e decadência no período imperial em Minas Gerais, versa sobra uma “potência
mobilizadora” que nasceria percepção da crise e teria notório poder de reestruturação social.
Em nossa dicção, essa “potência mobilizadora” é justamente a dimensão esperançosa que
reside na espera. É o ato de identificar a inércia/estagnação e incitar o movimento. É ato de
perceber o estágio de dormência para acelerar o desenvolvimento da semente. É a percepção
do sono profundo para possibilitar o despertar. É, enfim, a transformação da espera (enquanto
tempo morto) em esperança e movimento.
Ao fim e ao cabo, ao plano discursivo, ao espaço era títere manipulado para
“confessar” o que integrantes da burguesia mineira desejavam. Ele assumia papel tão
proeminente nas argumentações ao ponto de existir quem, após acionar raciocínios espaciais,

193
Os ricos, novamente, rumam para as melhores áreas; os pobres para as áreas periféricas como aquelas que
redundariam em favelas belorizontinas. A classe trabalhadora foi “convidada a construir mas não a residir com
plena cidadania, ocupou o espaço urbano nas favelas entre os palácios em construção (LE VEN, 1977, p.159).
Os painéis instalados na exposição “NDÉ! Trajetórias Afro-brasileiras em Belo Horizonte”, no Museu Abílio
Barreto (abril/2019), versam em “institucionalização do racismo no ordenamento e na expansão urbana”.
Menciona-se também remoções com indenização e outras sem, como foi o caso de moradores de cafuas – que
tinham inspiração em técnicas africanas o que, mais uma vez, evidencia o esmaecimento da melanina da
paisagem. Ver também: Pereira (2019), Oliveira (2020) e Costa (2020).
194
Essa discussão necessita também ser visualizada a partir de recorte de gênero, como propõe Veiga (2009).
205



simplesmente concluísse: “Não precisamos de mais citações: ahi está a Geographia” (A


ORDEM, 6.jun.1890, p.1). Nós, sem dispensar outras citações e, sobretudo, outros muitos
aprofundamentos necessários, diríamos: “aqui estão algumas Geografias da Esperas”. Afinal,
imersas em gradientes de mineiridade e regionalismo propriísimos de estado descrito como
um mosaico de zonas, as insistentes referencias espaço-temporais, reveladoras de táticas
geográficas e noções de ritmo, demonstram que a ideia de “espera” é preciosa chave de leitura
no entendimento da Geografia Histórica das Gerais. Mais que isso: o entrelaçamento entre
espera e território, entre tempo e espaço, indicam, que enlaçada à “história social da espera”
(VIDAL, 2005, 2010), poderíamos pensar também em geografias das esperas.

206



REFERÊNCIAS

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d'estatutos da Sociedade que se pretende crear nesta cidade com fins industriaes e litterarios,
pelo author do mesmo o cidadão Rodrigo José Ferreira Bretas. Ouro Preto, 12 de outubro de
1858. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/222747/2125>. Acesso em:
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CORREIO PAULISTANO

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Industrias pelo sr. dr. Theophilo Ribeiro, director da Receita da Secretaria das Finanças de
Minas Geraes e delegado mineiro ao Congresso e á Grande Exposição de Café. São Paulo 19
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DIÁRIO DA MANHÃ
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333



ANEXOS

334



ANEXO A

Presidentes do estado de Minas Gerais (1889-1902)

Presidente do Estado Partido Período do Mandato


(Governador)
Antônio Olinto dos Santos Pires Partido Republicano 17 de novembro de 24 de novembro de
Mineiro 1889 1889
Cesário Alvim Partido Republicano 24 de novembro de 10 de fevereiro de
Mineiro 1889 1890
João Pinheiro Partido Republicano 10 de fevereiro de
20 de julho de 1890
Mineiro 1890
Domingos José da Rocha Partido Republicano
20 de julho de 1890 23 de julho de 1890
Mineiro
Jacques Bias Fortes Partido Republicano
23 de julho de 1890 5 de agosto de 1890
Mineiro
Domingos José da Rocha Partido Republicano
5 de agosto de 1890 13 de agosto de 1890
Mineiro
Jacques Bias Fortes Partido Republicano
13 de agosto de 1890 3 de outubro de 1890
Mineiro
Domingos José da Rocha Partido Republicano 28 de dezembro de
3 de outubro de 1890
Mineiro 1890
Jacques Bias Fortes Partido Republicano 28 de dezembro de 27 de dezembro de
Mineiro 1890 1890
Frederico Augusto Álvares da Partido Republicano 27 de dezembro de
6 de janeiro de 1891
Silva Mineiro 1890
Jacques Bias Fortes Partido Republicano 12 de fevereiro de
6 de janeiro de 1891
Mineiro 1891
Frederico Augusto Álvares da Partido Republicano 12 de fevereiro de
18 de março de 1891
Silva Mineiro 1891
Augusto de LIMA Partido Republicano
18 de março de 1891 16 de junho de 1891
Mineiro
Cesário Alvim Partido Republicano 9 de fevereiro de
16 de junho de 1891
Mineiro 1892
Eduardo Ernesto da Gama Partido Republicano 9 de fevereiro de
13 de julho de 1892
Cerqueira Mineiro 1892
Afonso Pena Partido Republicano 7 de setembro de
14 de julho de 1892
Mineiro 1894
Jacques Bias Fortes Partido Republicano 7 de setembro de 7 de setembro de
Mineiro 1894 1898
Silviano Brandão Partido Republicano 7 de setembro de 21 de fevereiro de
Mineiro 1898 1902

Presidentes interinos nomeados pelo governo central


Vice-Presidentes em exercício
Presidentes Eleitos por votação direta

335



ANEXO B

Lei Nº 3 – Adicional à constituição do Estado

Fixa o lugar em que deve ser construída a Capital do Estado, e dá outras providências.

Nós, os representantes do povo mineiro, em Congresso Legislativo, decretamos e promulgamos a seguinte lei:

Art. 1º - Fica designado o Belo Horizonte para aí se construir a Capital do Estado.

Art. 2º - Fica o governo autorizado:

1º - a mandar organizar o plano definitivo da nova cidade sob as seguintes bases:

a) divisão do terreno em lotes destinados a edificações urbanas, a quintas ou chácaras, com determinação dos
preços de cada categoria, atendendo a sua colocação, proximidade do centro da cidade e outras condições que
possam influir no respectivo valor;

b) determinação dos terrenos que devem ser reservados para edifícios públicos do Estado, ou da União e
Municipalidade, praças, jardins, passeios públicos, mercados, estações de estradas de ferro “transways, casas de
caridade, hospitais, tempos e cemitérios;

2º - A proceder à desapropriação dos terrenos particulares compreendidos na planta que for aprovada.

3º - A estabelecer em regulamento os planos, condições higiênicas e arquitetônicas que devem presidir as


edificações, assim como o tempo e modo das concessões.

4º - A mandar proceder orçamento dos edifícios públicos necessários, que serão feito por administração ou
mediante concorrência pública, conforme julgar mais conveniente aos interesses do Estado.

5º - A conceder a particulares ou empresas favores para serviço de iluminação, abastecimento d’água, esgotos e
viação urbana, sujeitando-os à aprovação do Congresso, ou a realizar esse serviço por administração.

6º - A estipular, nas concessões que fizer, condições para promover construções de casas destinadas aos
empregados públicos de que trata o nº 7 do art. 2º, de modo a facilitar-lhes o pagamento em prestações que
poderão ser deduzidas de seus vencimentos, se o requerem.

Igualmente promoverá a construção de casas em condições higiênicas e de aluguel barato para operários.

7º - A conceder a título gratuito, aos atuais funcionários estaduais que por lei têm residência obrigatória na
Capital, e que o requererem, um lote de terreno para construção de casa ou chácara, antes de serem postos em
hasta pública, assim como transporte e ajuda de custo.

8º - A conceder a título gratuito, a cada um dos atuais proprietários de casas em Ouro Preto, situadas no
perímetro estabelecido para cobrança do imposto predial no exercício de 1900, um lote de terreno para
edificação.

Art. 3º - As concessões de lotes gratuitos que não poderão ser contíguos, terão a cláusula de fazerem os
concessionários as edificações dentro de dois anos depois de aprovação da planta da cidade, sob pena de
caducidade da concessão.

Parágrafo único – Essas concessões só poderão ser pedidas, no prazo de trinta dias depois de aprovada a planta,
ao governo, que fará a designação do lote.

336



Art. 4º - É lícito aos concessionários de lotes gratuitos cedê-los sob as mesmas condições com que os possuem.

Art. 5º - Para ocorrer às despesas com a execução desta lei, fica aberto ao governo desde já um crédito de cinco
mil contos de réis, podendo lançar mão dos saldos da receita, ou fazer as operações de crédito necessárias não
excedendo o juro de 6.1. ao ano.

Não sendo suficiente esse crédito, o Presidente do Estado solicitará do Congresso as providências que julgar
necessárias.

Art. 6º - Fica determinado o prazo máximo de (4) quatro anos para definitiva transferência do governo para a
nova Capital, podendo, porém, o Presidente do Estado transferir provisoriamente, desde já, a sede do governo
para qualquer ponto do Estado, se o interesse público o exigir.

Art. 7º - São declaradas sem efeito algum quaisquer concessões de terras ou preferências estipuladas para
edificações, feitas até esta data, que tenham relação com construção da nova Capital.

Art. 8º - A direção econômica e administrativa da Capital do Estado denominada – MINAS – ficará a cargo do
Presidente do Esteado, enquanto o Congresso não deliberar a respeito nos termos da Constituição.

Art. 9º - Ficam revogadas as disposições em contrário.

Mandamos, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução desta lei pertencerem, que a
executem e façam executar e observar fielmente como nela se contém.

Publique-se e cumpra-se em todo o território do Estado de Minas Gerais.

Paço do Congresso do Estado de Minas Gerais, em Barbacena, aos 17 de dezembro de 1893.

Chrispim Jacques Bias Fortes


Manoel Teixeira da Costa
João Gomes Rebello Horta

(MINAS GERAES, 21.dez.1893, p.1).

337



ANEXO C

Despesas relacionadas á construção da nova capital (1896)


Item Gastos
Juros e subvenções a empresas 2.015:766$930
Empréstimos a companhia de estrados de ferro 4.443:947$707
Construção da Nova Capital 5.331:991$319
Imigração e colonização 1.090.061$049
Construção da Alfandega de Juiz de Fora 460:499$990
Fonte: Mensagem dirigida pelo Presidente do Estado de Minas Geraes Dr. Chrispim Jacques
Bias Fortes ao Congresso Mineiro em sua segunda sessão ordinaria da segunda legislatura no
ano de 1896. Disponível em: <http://memoria.bn.br/DocReader/720429/255
>. Acesso em: 23.mar.2019.

338



ANEXO D

Imparcialidade aaronica

O engenhoso engenheiro nomeado


juiz da "capitalica" mudança,
lançou Juiz de Fora para um lado,
Barbacena excluiu da contradança!

No espaço de tres annos limitado,


cidade affiançou de tal chibança
que á America do Sul não será dado
possuir outra egual! Oh que esperança!

Nesta fina pilheria de bom gosto


a macheias parece que elle há posto
a mais grossa ou maior doze de sal!

E, por honra de nossa ingenuidade,


o centro descobriu de gravidade!

Barbacena, julho de 1893

(O PHAROL, 28.jul.1893, p.1).


Padre Correa de Almeida

339



ANEXO E

Uma Scena!

Sr. Gregorio!
Ás ordens de v.exc.
O sr. ha quantos annos mora em Ouro Preto?
Ha trinta e tantos, exm..
O seu bocio, creou-o aqui?
O bocio, não senhor, chama-se, o menino...

Que menino?
Meu filho; não é que v. exc. quer saber?
Qual filho...o seu papo...
Ah! Agora sim senhor, entendi...
este papo é o mesmo depois que estou aqui...

Então a água que o sr. bebe faz papos?


Não, senhor; nem lá em em casa, nem os visinhos têm disto.
Pois, como o senhor o tem?
É de familia, e no lugar em que nasci todos têm - aquillo tudo é papo até nas gallinhas..
Mas então onde nasceu?
Perto do Belo Horizonte...
Bom, bom, está bom, vá-se embora...
Ás ordens de v.exc
Vá-se embora! Ufa!
(O JORNAL DE MINAS, 13.abril.1891, p.1).

340



ANEXO D

Fotografias

A fazenda do Cercado

Fonte: Para Todos (23.fev.1929. p.27)

Parte de Maquete do Arraial de Curral Del Rei

Fonte: Arquivo Público Mineiro195


195
Disponível em: <http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/fotografico_docs/photo.php?lid=29411>.
Acesso em: 22.abril.2019.
341



Rua dos Caethés

Fonte: Museu Abílio Barreto (data provável: 1910)

342



Estação da Estrada de Ferro Central em Bello Horizonte

Brasil Magazine (1907, n.20, p.13)

343



Palácio do Governo

Brasil Magazine (1907, n.20, p.15)

Secretaria do Interior

Brasil Magazine (1907, n.20, p.17)

344



Secretaria de Agricultura

Brasil Magazine (1907, n.20, p.19)

Secretaria de Finanças

Brasil Magazine (1907, n.20, p.21)

345



Faculdade de Direito e Senado

Brasil Magazine (1907, n.20, p.23)

Tribunal da Justiça e Forum

Brasil Magazine (1907, n.20, p.25)

346



Jardins da Praça

Brasil Magazine (1907, n.20, p.27)

Avenida da Liberdade

Brasil Magazine (1907, n.20, p.29)

347



Ponte Rústica – Praça da Liberdade

Brasil Magazine (1907, n.20, p.31)

Rua dos Guajajaras

Brasil Magazine (1907, n.20, p.33)

348



Secretarias do Interior e das Finanças

Brasil Magazine (1907, n.20, p.41)

349



Resquícios do antigo Curral d’El Rey e Praça da Liberdade

(REVISTA DO BRASIL, 31.jan.1908, p.38)


350

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