O MORADOR DA CASA MALUCA

MAXS PORTES
Ilustrações de CARTI

Coleção Surpresa - Volume 3

Capa. Uma escada sai de dentro de um grande armário de portas abertas

O MORADOR DA CASA MALUCA

Uma janela aberta com três vasos de plantas.

© Copyright by Maximiano Maxs de Figueiredo Portes - 2002
Editor: Rafael Borges de Andrade
Assessoria Editorial: Glória Borges
Projeto Gráfico: Maxs Portes
Ilustrações: Carti
Produção Gráfica: Leonardo Paiva Pacheco

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Ficha Catalográfica
Portes, Maximiano Maxs de Figueiredo
O morador da casa maluca/Maximiano Maxs de Figueiredo Portes;
ilustrações de Carti. - Belo Horizonte: RHJ, 2002.
16 p.: il.: Carti (Coleção Surpresa, 3)

1. Literatura infanto-juvenil. I. Título.

CDD: 808.899282
CDU: 869.0(81)-93

Bibliotecária responsável: Maria Aparecida Costa Duarte CRB/6 - 047

ISBN 85-7153-157-9
4a Edição

Para Marcela Martins Soares Diniz

O MORADOR DA CASA MALUCA
MAXS PORTES
Ilustrações de CARTI
RHJ

Uma escada sai de dentro de um grande armário de portas abertas.

TODOS TÊM ONDE MORAR, NÃO IMPORTA ONDE SEJA.
CASA É SEMPRE ALGUM LUGAR.
A MINHA, NÃO HÁ QUEM VEJA...

Três casas na montanha ao lado de um prédio enorme.

SEM AO MENOS DEMONSTRAR SURPRESA E ADMIRAÇÃO, MINHA CASA É
SINGULAR.
NÃO TROCO POR OUTRA, NÃO.

Uma janela com três vasos dentro de uma nuvem em forma de coração,
onde se lê: Lar doce lar.
MINHA CASA É DIFERENTE.
NÃO SE FAZ ARRUMAÇÃO.
E, CÁ PRA NÓS, SIMPLESMENTE NEM SE PAGA PRESTAÇÃO

Uma tesoura cortando a asa de uma cédula.

MINHA CASA É SEM TELHADO.
SEM PORTAS E TARAMELAS.
SEM PAREDES, SEM CADEADO.
SEM CORTINAS, SEM JANELAS.

A fachada de uma casa. A porta está fechada e na janela aberta uma

cortina azul.
NUNCA TEVE UMA COZINHA.
MUITO MENOS UM FOGÃO.
SEQUER UMA VASILHINHA.
E, GELADEIRA, TEM NÃO.

Um fogão, uma geladeira aberta, uma cadeira, um sofá. Ao fundo uma

estante cheia de livros e uma mesinha com telefone. Uma enorme
borracha verde apaga a cadeira e o sofá.
NÃO TEM CADEIRA E SOFÁ.
NEM TELEFONE A TOCAR.
SE NÃO HÁ LIVROS POR LÁ, NÃO HÁ LUGAR PRA ESTUDAR.
MINHA CASA É SEM QUINTAL.
E, TAMBÉM, NÃO É MURADA.
NÃO TEM ROUPAS NO VARAL.
NEM VARANDA... NÃO TEM NADA.

Um varal cheio de roupas sobre algumas casas num dia de ventania.

JAMAIS TEVE CAMPAINHA.
NÃO HÁ JARDIM NEM PORTÃO.
TEM É UMA CASA VIZINHA AONDE NUNCA FUI, NÃO.
E QUANDO SAIO DE CASA, LUZ NÃO HÁ PARA APAGAR.
NADA ME IMPEDE OU ATRASA PRA CASA PODER VOLTAR.

Uma lâmpada acesa. Imagens de pessoas em uma jarra.

NÃO IMPORTA QUAL A HORA, A TUDO PRESTO ATENÇÃO.
COM A CABEÇA DE FORA ASSISTO À TELEVISÃO.

A televisão transmite um jogo de futebol. Sobre a mesa uma garrafa de

refrigerante, um copo e uma tigela de pipocas. Na parede uma bandeira do
Brasil e o relógio marca 11:25 h.
VEJO RUAS E PESSOAS.
E, OLHANDO POR OLHAR, VEJO COISAS RUINS E BOAS; ALÉM DO TEMPO A
PASSAR.

Várias pessoas e ao fundo a cidade adormecida.

MINHA CASA NÃO FOI FEITA DE CIMENTO OU DE MADEIRA.
QUEM A FEZ E, BEM DIREITA, FOI A DONA COSTUREIRA.

Uma máquina de costura.

MINHA CASA É UM BARATO!
SEM ESPAÇO FOLGADÃO, MEDE O TAMANHO EXATO PRA MIM... QUE SOU O
BOTÃO!

Um botão entrando na sua casa.

CONTRA CAPA

TODA HORA E SEMPRE AGORA Vol. 1

COM OS PÉS NA CABEÇA Vol. 2
O MORADOR DA CASA MALUCA Vol. 3
PASSA... PASSA... PASSARA!? Vol. 4

COLEÇÃO SURPRESA