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5 July, 2022 | created using PDF Newspaper from FiveFilters.org

Agregador de pesquisas:
Projeção mostra Lula à frente
em 16 Estados; Bolsonaro
lidera em 8 — Política —
Estadão
May 31, 2022 06:57PM

O conjunto das mais recentes pesquisas eleitorais indica que Luiz


Inácio Lula da Silva (PT) está à frente na corrida presidencial em
16 Estados, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera em
oito. Nos últimos 45 dias, houve três mudanças: Rio de Janeiro e
Goiás saíram da classificação de “indefinidos” e, respectivamente,
passaram a mostrar o ex-presidente e o atual na ponta. E já não há
segurança para afirmar que Bolsonaro vence no Paraná.

A projeção dos cenários estaduais foi feita pelo Estadão Dados com
base em dados do agregador de pesquisas eleitorais do
Estadão, lançado nesta semana, e também em resultados de
votações para presidente no passado.

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Agregador de pesquisas
O conjunto das pesquisas indica que o petista está à frente em
O atual mapa eleitoral de Lula é um arco que sai do Sudeste, todos os Estados do Nordeste, região que concentra cerca de 27%
engloba todo o Nordeste e avança pelos maiores Estados da dos eleitores do País.
Amazônia. Já os redutos de Bolsonaro basicamente coincidem com
Já Bolsonaro deve estar na liderança em toda a região
a geografia do agronegócio.
Centro-Oeste. As projeções do Estadão indicam que ampliou a
Em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, a distância entre os pequena vantagem que tinha em Goiás e agora já pode ser dado
dois é pequena, o que impede que se aponte um favorito claro no como líder isolado no Estado. Cerca de 7,5% dos eleitores do País
momento. estão no Centro-Oeste.

A votação do PT em disputas presidenciais segue um padrão desde


2006, quando Lula se reelegeu. O partido se sai melhor no Norte,
no Nordeste e na parte “de cima” da região Sudeste, enquanto os
adversários se destacam em São Paulo, no Sul e no Centro-Oeste.

O atual mapa eleitoral de Lula é um arco que sai do Sudeste,


engloba todo o Nordeste e avança pelos maiores Estados da
Amazônia. Foto: Nelson Almeira/AFP

1
Na região Sul, que concentra 15% do eleitorado, a vantagem é de
Bolsonaro, mas ela tem diminuído. O presidente está na frente em
Santa Catarina, onde teve sua maior vitória em 2018, mas não há
um favorito claro no Paraná e no Rio Grande do Sul, de acordo
com o modelo do Estadão Dados.

No Sudeste, Lula aparece como favorito em Minas Gerais, Espírito


Santo e Rio de Janeiro. Nesse último Estado o quadro não estava
muito definido até a metade de abril, mas uma pesquisa recente do
Ipec (antigo Ibope) mostrou o petista com 46%, contra 31% do
principal adversário. O Sudeste concentra praticamente o mesmo
número de eleitores que a soma de Nordeste, Norte e
Centro-Oeste. Tem quase 43% dos votantes.

Metodologia

Para desenhar o mapa eleitoral dos Estados, o Estadão Dados se


baseou na média de todas as pesquisas nacionais recentes que
informam como está a distribuição das intenções de voto em cada
região do País. O cálculo da média é importante porque há muitas
variações nos resultados regionais. Isso se explica em parte pelo
fato de a margem de erro em cada região ser bem maior do que a
nacional, já que a amostra de eleitores é menor. Uma pesquisa
com 2 mil entrevistas, por exemplo, tem margem de erro de dois
pontos porcentuais. Nesse levantamento, cerca de 300 pessoas são
ouvidas na região Sul. Quando a amostra é desse tamanho, a
margem de erro salta para seis pontos.

Depois de estimar quantos eleitores os candidatos têm em média


em cada região, foi preciso projetar a distribuição desses votos
pelos Estados. Se Lula tem 55% no Nordeste, por exemplo, isso
não significa que ele terá 55% em todos os Estados da região. O
retrospecto desde 2006 mostra que o partido sempre tem
porcentagens maiores no Piauí do que em Alagoas, por exemplo. A
projeção de 2022 foi feita com base na proporção média de cada
Estado no voto petista em cada região do País, considerando os
resultados das últimas quatro eleições.

No caso de Bolsonaro, o modelo supõe que a distribuição de seus


votos dentro de cada região seguirá padrão similar ao de 2018.

Os redutos de Bolsonaro basicamente coincidem com a geografia


do agronegócio. Foto: Sergio Lima/AFP

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