Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
sociodemográficas na
mobilidade urbana
1
ITDP BRASIL Sensibilidade de variáveis
sociodemográficas na mobilidade urbana
Direção executiva
Clarisse Cunha Linke Coordenação
Letícia Bortolon
Equipe de programas e comunicação
Ana Nassar Equipe técnica
Beatriz Rodrigues Ana Nassar
Bernardo Serra Bernardo Serra
Danielle Hoppe Clarisse Cunha Linke
Giulia Milesi Glaucia Pereira
Iuri Moura Letícia Bortolon
João Pedro M. Rocha Lorena Freitas
Juan Melo
Letícia Bortolon Colaboração
Lorena Freitas Jaqueline David
Mariana Brito Marina Harkot (In memoriam)
Letícia Birchal Domingues
Equipe administrativa e financeira
Célia Regina Alves de Souza Fotografia
Roselene Paulino Vieira Uirá Lourenço
Realização
Financiamento
Este trabalho está licenciado sob licença Creative Para referenciar este trabalho
Commons Atribuição-Compartilha Igual 3.0 Brasil. ITDP, MULTIPLICIDADE MOBILIDADE.
Para visualizar uma cópia desta licença, visite
Sensibilidade de variáveis
http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
br/ ou mande uma carta para Creative Commons, sociodemográficas na mobilidade
PO Box 1366, Mountain View, CA 94042, USA. urbana, 2020. Versão 1.0 em português.
Em memória de Marina, querida amiga e colaboradora, que tanto lutou e
pesquisou para trazer luz à questão das desigualdades de gênero, raça e renda
nos debates sobre mobilidade urbana e direito à cidade.
5 INTRODUÇÃO
7 METODOLOGIA
12 RESULTADOS E DISCUSSÃO
17 CONCLUSÃO
18 ANEXO
19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SENSIBILIDADE DE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS NA MOBILIDADE URBANA
1
INTRODUÇÃO
A Política Nacional de Mobilidade Urbana é o instrumento legal que orienta a
agenda de mobilidade nos municípios brasileiros. Um dos seus objetivos é reduzir as
desigualdades, promover a inclusão social e o acesso aos serviços básicos
e equipamentos sociais, ou seja, promover políticas, planos e ações em mobilidade
urbana para além do desempenho dos modos de transporte.
PNT
Mensura o percentual da população de
uma cidade ou região metropolitana
que reside em até 1 km de distância de
uma estação de transporte público de
alta e média capacidade.
PNB
Mensura o percentual da população de
uma cidade que reside em até 300
metros de distância da infraestrutura
cicloviária (ciclovias e ciclofaixas)
5
Destaques de menções aos indicadores nas publicações do ITDP e parceiros
Com este trabalho, o ITDP Brasil, em parceria com a Multiplicidade Mobilidade, buscou:
i) analisar a sensibilidade dos recortes de sexo, raça/cor e renda utilizados até então
nos indicadores da MobiliDADOS, ii) estudar outros recortes que poderiam aprimorar
e enriquecer as análises do PNT e PNB e iii) agregar dados do Censo relevantes para
mobilidade urbana das capitais, Distrito Federal e regiões metropolitanas do país.
6
SENSIBILIDADE DE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS NA MOBILIDADE URBANA
2
METODOLOGIA
Além da mensuração da cobertura da população pela infraestrutura de transportes
sustentáveis, o PNT e o PNB têm potencial para serem entendidos como formas de
comparar o entorno dessa infraestrutura com o que acontece na cidade. Podemos
avaliar os dois indicadores sob recortes sociodemográficos para saber se o perfil das
pessoas residentes no entorno da infraestrutura de transportes diferem, de alguma
forma, do perfil das pessoas residentes na cidade. Vale ressaltar que o estudo tem
foco nas pessoas residentes, como são as bases disponíveis pelo IBGE por setor
censitário. Portanto, não estão contemplados outros usos ao redor da infraestrutura
de transporte como, por exemplo, pessoas que trabalham no entorno.
Para orientar essa busca partimos de uma pergunta norteadora seguida da definição
dos conceitos relacionados à ela, conforme explicitamos abaixo:
Infraestrutura
Entornos
O PNT e PNB foram elaborados com uso de algoritmos3 para definição dos entornos,
primeiramente usando raios de 1 km para as estações de TMA e 300 m da infraestrutura
cicloviária e depois, a partir de 2019, considerando a rede viária, ou seja, os caminhos
e distâncias reais de 1 km e 300 m para PNT e PNB respectivamente. A nova forma de
cálculo é de grande importância metodológica para os modos ativos, pois pedestres
e ciclistas usam a própria energia para se locomover, de forma que mensurar a distância
real traz precisão à análise dos sistemas.
Variáveis de comparação
2 O ITDP Brasil utiliza a nomenclatura TMA como tradução do conceito de Rapid Transit, definido segundo as condicionantes
compiladas no infográfico Transporte de Média e Alta Capacidade.
3 Todo o trabalho de escrita de códigos e organização de bases de dados já havia sido feito em formato aberto, em linguagem R e
disponibilizado no GitHub do projeto MobiliDADOS.
4 HIRANO, L. F. K.; ACUNA, M.; MACHADO, B. F. Marcadores sociais das diferenças: fluxos, trânsitos e intersecções. Goiânia: Imprensa
Universitária, 2019.
7
SENSIBILIDADE DE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS NA MOBILIDADE URBANA
“Raça, gênero, sexo, idade e classe são entendidos como marcadores sociais
da diferença articulados em sistemas classificatórios, regulados em e por
convenções e normas - mas igualmente pelo Estado através da concessão de
direitos - e materializados em corpos, coletividades e relações, categorias de
raça/etnia, gênero, sexo, idade e classe não adquirem seu sentido e eficácia
isoladamente, mas por meio da íntima conexão entre si - o que não quer dizer
que possam ser redutíveis umas às outras. Além disso, as hierarquias sociais
às quais estão associadas não apenas se superpõem ou se reforçam, mas
operam com frequência de modo tensos, ambíguos e contraditórios”5
7 BAIRROS, L. Nossos Feminismos Revisitados. Revista de Estudos Feministas, vol. 3, no 2. Florianópolis, 1995.
8
SENSIBILIDADE DE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS NA MOBILIDADE URBANA
8 LEMOS, L.; et al. Mulheres, por que não pedalam? Por que há menos mulheres do que homens usando bicicleta em São Paulo,
Brasil? Revista Transporte y Territorio, no 16, 2017.
9
SENSIBILIDADE DE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS NA MOBILIDADE URBANA
É necessário escolher qual é a unidade amostral para aplicar o teste, isto é, sobre
quais áreas vamos analisar as variáveis. A opção de se olhar regiões metropolitanas
foi descartada porque a amostra é baixa (há somente nove regiões metropolitanas
mapeadas pelo PNT). Assim, optou-se por analisar o entorno da infraestrutura
cicloviária em 25 capitais mapeadas na MobiliDADOS, o que resulta em um teste
estatístico robusto.
0
µ X
Exemplo de intervalo
de confiança para teste Diferença do
t-student. percentual entre o
entorno e fora do entorno
9 Por exemplo, em um experimento de uma medicação com grupo teste e um grupo placebo seria errado ter pessoas do grupo
placebo dentro do grupo teste, já que os grupos precisam ser independentes para a comparação.
10 Isto significa que, se sorteássemos de forma aleatória uma cidade, em 90% das vezes, o resultado da diferença entre entorno
e fora do entorno estaria no intervalo entre os limites inferior e superior construídos. Como referência, foi usado o livro "Estatísti-
ca Aplicada à Administração'', de William Stevenson, 2004. Há diversas fontes online para estudos da distribuição t-student, como
o site Minitab.
10
SENSIBILIDADE DE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS NA MOBILIDADE URBANA
11
SENSIBILIDADE DE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS NA MOBILIDADE URBANA
3
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para renda, o resultado do teste para pessoas com renda até 2 salários mínimos
e acima de 2 salários mínimos se mostrou ligeiramente mais sensível em
comparação ao resultado para pessoas com renda até 1 salário mínimo e acima de
1 salário mínimo. Entretanto, para a escolha das variáveis de renda, consideramos
que, em 2019, os 50% mais pobres da população brasileira viviam com renda
média per capita menor que a metade do salário mínimo vigente à época11. Além
disso, embora tenhamos testado possíveis proxy de renda disponíveis no Censo
que pudessem ser sensíveis ao estudo, concluímos que as análises para domicílio
alugado, quantidade de banheiros, domicílios com apenas um morador e faixas
de renda dos responsáveis por domicílios não devem ser adotadas agora, embora
possam ser úteis em estudos futuros. Para tal, será preciso abrir discussões mais
amplas sobre as tendências do mercado imobiliário em cada cidade e dinâmicas
sociais sobre gênero, como as que envolvem a escolha do responsável pelo
domicílio. As variáveis de idade por faixas etárias não apresentaram sensibilidade.
Deste modo, as variáveis escolhidas para serem apresentadas foram sexo (mulher
e homem), raça/cor (negros e não negros) e renda da pessoa (até 1 salário mínimo e mais
de um salário mínimo), com as intersecções possíveis pela base do Censo, cruzando sexo
e raça/cor, e sexo e renda.
12
SENSIBILIDADE DAS VARIÁVEIS - MÉDIA BRASIL
-8,3% 8,2%
NEGROS NÃO NEGROS
-4,7% 3,4%
HOMENS NEGROS HOMENS NÃO NEGROS
-3,6% 4,8%
MULHERES NEGRAS MULHERES NÃO NEGRAS
-3,4% 3,5%
HOMENS COM RENDA ATÉ 1 SM HOMENS COM RENDA 1 SM OU MAIS
-3,4% 6,0%
MULHERES COM RENDA ATÉ 1 SM MULHERES COM RENDA 1 SM OU MAIS
GRUPOS DESVIO PADRÃO CONTAGEM MÍNIMA MÁXIMA MÉDIA LIMITE INFERIOR LIMITE SUPERIOR
PESSOAS COM RENDA ATÉ 1 SM 0,041 25 -19,4% -2% -6,8% -7,2% -6,4%
PESSOAS COM RENDA DE 1 SM OU MAIS 0,050 25 1,9% 27% 9,5% 9,0% 10,0%
HOMENS COM RENDA ATÉ 1 SM 0,021 25 -10,4% -1% -3,4% -3,6% -3,2%
HOMENS COM RENDA 1 SM OU MAIS 0,023 25 1,0% 13% 3,5% 3,3% 3,8%
MULHERES COM RENDA ATÉ 1 SM 0,021 25 -8,9% 0% -3,4% -3,6% -3,2%
MULHERES COM RENDA 1 SM OU MAIS 0,028 25 0,9% 14% 6,0% 5,7% 6,3%
*NEGROS: PRETOS E PARDOS FONTE: MULTIPLICIDADE, COM BASE EM DADOS DO CENSO 2010.
**NÃO NEGROS: BRANCOS, AMARELOS E INDÍGENAS
13
SENSIBILIDADE DE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS NA MOBILIDADE URBANA
No resultado para raça, por exemplo, há no entorno menos 8,3% de população negra
quando comparado com o restante da cidade (fora do entorno). Nas 25 capitais
analisadas para o teste, o desvio-padrão foi de 0,04, variando entre -15,1% e -2,0%. Pelo
modelo teste-t 90%, o intervalo de confiança fica entre -8,7% e -7,9%, isto é, é possível
afirmar com 90% de confiança que nas capitais dos estados brasileiros há menos negros
no entorno da infraestrutura cicloviária, com estimação entre -8,7% e -7,9%.
14
A diferença 0% é a média da cidade, ou seja, o
DIFERENÇA ENTRE CIDADE percentual esperado de pessoas de cada grupo
que moraria no entorno caso não existissem
E ENTORNO DA INFRAESTRUTURA desigualdades socioespaciais na ocupação da
cidade. À esquerda da média da cidade estão os
CICLOVIÁRIA PARA SEXO E RAÇA/COR grupos que têm um percentual menor do que a
média de pessoas morando no entorno e à
direita estão os recortes com percentual maior do
FONTE: MULTIPLICIDADE, COM BASE NOS DADOS DO CENSO 2010, IBGE.
que a média de pessoas residentes no entorno.
GOIÂNIA
MACEIÓ
NATAL
RIO DE JANEIRO
MACAPÁ
SÃO LUÍS
JOÃO PESSOA
RECIFE
SÃO PAULO
SALVADOR
FLORIANOPÓLIS
CUIABÁ
MANAUS
PORTO ALEGRE
CURITIBA
BELO HORIZONTE
TERESINA
RIO BRANCO
PORTO VELHO
FORTALEZA
CAMPO GRANDE
ARACAJU
BELÉM
BOA VISTA
PALMAS
MULHERES NEGRAS HOMENS NEGROS MULHERES NÃO NEGRAS HOMENS NÃO NEGROS
E ENTORNO DA INFRAESTRUTURA
que moraria no entorno caso não existissem
desigualdades socioespaciais na ocupação da
cidade. À esquerda da média da cidade estão os
CICLOVIÁRIA PARA SEXO E RENDA grupos que têm um percentual menor do que a
média de pessoas morando no entorno e à
direita estão os recortes com percentual maior do
FONTE: MULTIPLICIDADE, COM BASE NOS DADOS DO CENSO 2010, IBGE.
que a média de pessoas residentes no entorno.
MACAPÁ
MACEIÓ
NATAL
RECIFE
PORTO VELHO
RIO DE JANEIRO
GOIÂNIA
JOÃO PESSOA
PORTO ALEGRE
SÃO LUÍS
SALVADOR
SÃO PAULO
FLORIANÓPOLIS
RIO BRANCO
CURITIBA
MANAUS
FORTALEZA
TERESINA
BELÉM
ARACAJU
BOA VISTA
BELO HORIZONTE
CAMPO GRANDE
CUIABÁ
PALMAS
16
SENSIBILIDADE DE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS NA MOBILIDADE URBANA
4
CONCLUSÃO
A questão das desigualdades de raça/cor e renda se repete no tema da mobilidade
nas capitais brasileiras quando olhamos para o entorno da infraestrutura cicloviária.
Em geral, há menos pessoas negras e pessoas com renda até um salário mínimo
morando no entorno de ciclovias e ciclofaixas do que o percentual dessas pessoas
na cidade como um todo.
Mesmo que em algumas cidades a sensibilidade para as variáveis de renda seja maior
do que para raça/cor, os dados aos quais temos acesso para este tipo de estudo, que
considera os setores censitários para cálculo da população e seus recortes, limitam
o entendimento mais profundo sobre a raça/cor de quem está na base da pirâmide das
desigualdades de renda.
Por outro lado, resultados como os encontrados para Macapá, Maceió e Natal, as capitais
mais desiguais em termos de renda de mulheres até 1 salário mínimo e que também
figuram entre as cinco primeiras mais desiguais para as mulheres negras, nos permite
avançar no entendimento da raça/cor como o principal fator que amplia ou limita o
acesso das pessoas, sobretudo mulheres, à cidade e todas as suas oportunidades.
Além disso, o estudo também abre portas para aprofundamentos futuros em análises de
sensibilidade de variáveis, visando a proposição de indicadores de mobilidade
e desenvolvimento urbano que possam apoiar o monitoramento do alcance do objetivo
de redução das desigualdades, promoção da inclusão social e do acesso aos serviços
básicos e equipamentos sociais, previsto na Política Nacional de Mobilidade Urbana.
17
SENSIBILIDADE DE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS NA MOBILIDADE URBANA
5
ANEXO
PERCENTUAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO AS VARIÁVEIS
DE SEXO E RAÇA/COR – CAPITAIS
MULHERES NEGRAS HOMENS NEGROS MULHERES NÃO NEGRAS HOMENS NÃO NEGROS
CAPITAL ENTORNO CIDADE DIFERENÇA ENTORNO CIDADE DIFERENÇA ENTORNO CIDADE DIFERENÇA ENTORNO CIDADE DIFERENÇA
ARACAJU 33,9% 35,0% -1,1% 29,6% 31,3% -1,7% 20,2% 18,5% 1,7% 16,4% 15,2% 1,2%
BELÉM 36,3% 37,3% -1,0% 32,7% 34,5% -1,9% 17,2% 15,5% 1,7% 14,0% 12,8% 1,2%
BELO HORIZONTE 25,1% 27,1% -2,0% 22,7% 25,0% -2,3% 28,9% 26,1% 2,8% 23,8% 22,0% 1,8%
BOA VISTA 34,8% 35,6% -0,7% 33,6% 35,8% -2,2% 16,9% 15,0% 1,9% 14,9% 13,9% 1,1%
CAMPO GRANDE 22,3% 23,7% -1,3% 21,7% 23,5% -1,8% 30,1% 28,2% 1,8% 26,3% 25,3% 1,0%
CUIABÁ 30,2% 33,0% -2,8% 29,4% 32,4% -3,1% 21,2% 18,4% 2,8% 19,4% 16,6% 2,8%
CURITIBA 7,2% 9,7% -2,5% 7,4% 10,0% -2,6% 46,2% 42,8% 3,4% 39,8% 37,9% 1,9%
DISTRITO FEDERAL 26,2% 28,8% -2,6% 24,2% 27,5% -3,3% 26,9% 23,7% 3,2% 23,0% 20,6% 2,4%
FLORIANÓPOLIS 4,4% 7,3% -2,8% 4,5% 7,4% -2,9% 49,2% 44,7% 4,6% 42,5% 40,9% 1,6%
FORTALEZA 30,8% 32,3% -1,5% 27,8% 29,6% -1,8% 23,0% 21,0% 2,0% 18,7% 17,4% 1,3%
GOIÂNIA 18,8% 25,7% -6,9% 17,2% 24,6% -7,5% 35,5% 26,7% 8,8% 28,6% 23,2% 5,5%
JOÃO PESSOA 24,1% 28,3% -4,2% 20,6% 25,9% -5,3% 31,1% 25,3% 5,8% 24,7% 21,0% 3,7%
MACAPÁ 30,3% 36,4% -6,1% 29,3% 36,3% -7,0% 21,9% 14,7% 7,1% 18,6% 13,0% 5,5%
MACEIÓ 25,6% 32,4% -6,8% 22,6% 29,5% -6,9% 28,3% 20,9% 7,4% 23,0% 17,3% 5,7%
MANAUS 33,6% 36,4% -2,8% 29,7% 35,7% -6,0% 20,1% 14,9% 5,3% 17,2% 13,1% 4,1%
NATAL 21,7% 27,9% -6,2% 19,1% 26,1% -7,0% 32,7% 25,1% 7,6% 25,9% 20,9% 5,0%
PALMAS 32,9% 32,6% 0,3% 30,2% 32,6% -2,4% 19,3% 18,3% 0,9% 18,1% 17,2% 0,9%
PORTO ALEGRE 7,9% 10,6% -2,7% 6,9% 9,8% -2,9% 48,0% 43,4% 4,6% 38,2% 37,0% 1,2%
PORTO VELHO 32,3% 33,8% -1,5% 29,4% 36,3% -6,9% 19,7% 16,3% 3,4% 18,8% 15,4% 3,4%
RECIFE 26,2% 30,4% -4,2% 22,6% 27,3% -4,7% 28,8% 23,7% 5,1% 22,8% 19,1% 3,7%
RIO BRANCO 34,7% 36,4% -1,7% 31,4% 35,6% -4,2% 18,4% 15,3% 3,1% 16,0% 13,4% 2,6%
RIO DE JANEIRO 19,0% 25,1% -6,1% 17,0% 23,1% -6,1% 35,3% 28,4% 6,9% 28,9% 23,9% 5,0%
SALVADOR 38,6% 42,2% -3,6% 33,5% 37,6% -4,1% 15,7% 11,4% 4,4% 12,5% 9,3% 3,3%
SÃO LUÍS 31,2% 36,7% -5,5% 26,6% 33,1% -6,4% 23,0% 16,7% 6,4% 19,3% 13,8% 5,5%
SÃO PAULO 14,9% 19,0% -4,1% 14,1% 18,1% -4,1% 38,5% 33,8% 4,7% 33,3% 29,4% 3,9%
TERESINA 35,5% 37,4% -2,0% 30,1% 33,7% -3,5% 19,2% 15,9% 3,3% 15,4% 13,1% 2,3%
VITÓRIA 22,1% 26,9% -4,8% 20,3% 24,9% -4,6% 31,4% 26,3% 5,1% 26,3% 22,2% 4,1%
CAPITAL ENTORNO CIDADE DIFERENÇA ENTORNO CIDADE DIFERENÇA ENTORNO CIDADE DIFERENÇA ENTORNO CIDADE DIFERENÇA
ARACAJU 31,9% 33,1% -1,2% 20,5% 22,2% -1,8% 15,9% 13,5% 2,4% 19,0% 17,0% 2,0%
BELÉM 33,3% 34,6% -1,3% 22,3% 24,1% -1,8% 13,8% 11,0% 2,8% 17,6% 15,7% 1,9%
BELO HORIZONTE 26,6% 27,7% -1,1% 15,6% 16,7% -1,1% 22,3% 19,7% 2,6% 25,6% 24,3% 1,3%
BOA VISTA 28,7% 30,0% -1,2% 22,0% 24,2% -2,2% 15,0% 11,2% 3,8% 18,1% 15,6% 2,5%
CAMPO GRANDE 27,5% 28,6% -1,0% 16,7% 18,1% -1,4% 18,3% 16,2% 2,1% 24,4% 23,3% 1,2%
CUIABÁ 27,1% 27,8% -0,6% 17,5% 18,5% -1,0% 17,3% 16,4% 0,9% 24,0% 23,0% 1,0%
CURITIBA 21,1% 23,1% -2,0% 12,0% 13,1% -1,0% 27,1% 23,2% 3,9% 29,8% 28,4% 1,4%
DISTRITO FEDERAL 24,2% 26,2% -2,0% 15,0% 17,1% -2,1% 22,1% 18,7% 3,4% 25,2% 23,2% 2,0%
FLORIANÓPOLIS 18,4% 20,6% -2,2% 11,0% 12,8% -1,8% 30,8% 25,8% 5,0% 31,6% 29,9% 1,7%
FORTALEZA 33,8% 35,2% -1,3% 23,5% 25,0% -1,5% 13,6% 11,2% 2,3% 16,2% 14,8% 1,5%
GOIÂNIA 23,1% 27,5% -4,4% 13,5% 16,6% -3,1% 26,3% 18,4% 7,9% 27,1% 24,5% 2,7%
JOÃO PESSOA 29,4% 33,5% -4,2% 18,9% 23,3% -4,4% 19,8% 13,0% 6,8% 20,5% 16,4% 4,1%
MACAPÁ 21,5% 30,4% -8,9% 14,0% 24,4% -10,4% 24,9% 10,9% 14,0% 27,2% 14,7% 12,5%
MACEIÓ 28,5% 35,1% -6,6% 18,3% 24,7% -6,3% 19,4% 10,4% 9,0% 21,0% 14,1% 6,9%
MANAUS 29,1% 31,4% -2,4% 18,9% 22,0% -3,1% 17,6% 10,9% 6,7% 21,0% 17,5% 3,5%
NATAL 28,0% 33,4% -5,4% 17,9% 23,0% -5,1% 21,9% 13,0% 8,9% 22,3% 17,2% 5,1%
PALMAS 27,6% 27,9% -0,3% 17,4% 19,2% -1,8% 17,9% 14,5% 3,5% 23,7% 21,6% 2,1%
PORTO ALEGRE 19,2% 23,2% -4,0% 11,8% 14,7% -2,9% 32,6% 25,1% 7,5% 29,0% 26,1% 2,9%
PORTO VELHO 23,3% 28,4% -5,1% 14,4% 20,0% -5,6% 21,0% 13,3% 7,7% 26,4% 23,0% 3,4%
Fonte: Multiplicidade,
RECIFE 30,6% 34,6% -4,0% 19,7% 23,8% -4,1% 18,6% 13,0% 5,6% 19,7% 15,8% 3,9%
com base em dados do
RIO BRANCO 28,6% 31,1% -2,5% 20,6% 23,7% -3,1% 16,7% 11,4% 5,3% 19,0% 15,8% 3,2%
Censo 2010. 19,6% 5,8% 26,4% 23,6% 2,8%
RIO DE JANEIRO 23,9% 28,0% -4,0% 14,4% 17,3% -2,9% 25,4%
SALVADOR 31,2% 34,6% -3,3% 20,5% 23,4% -2,9% 17,5% 12,6% 4,9% 19,9% 16,9% 3,0%
Obs. O total de cada cidade SÃO LUÍS 31,0% 35,4% -4,4% 20,5% 24,0% -3,6% 17,1% 10,6% 6,5% 18,9% 15,2% 3,8%
não soma 100% por valores SÃO PAULO 23,9% 26,1% -2,2% 14,1% 15,7% -1,6% 24,0% 20,3% 3,6% 27,4% 25,2% 2,2%
faltantes de raça e gênero TERESINA 33,6% 35,5% -1,8% 22,6% 25,2% -2,7% 15,2% 10,6% 4,6% 17,1% 14,0% 3,1%
na base do Censo 2010. VITÓRIA 22,8% 25,3% -2,5% 13,4% 15,6% -2,2% 25,6% 22,0% 3,6% 28,0% 25,4% 2,6%
18
SENSIBILIDADE DE VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS NA MOBILIDADE URBANA
6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAIRROS, L. Nossos Feminismos Revisitados. Revista de Estudos Feministas, vol. 3,
no 2. Florianópolis, 1995. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/
article/view/16462/15034>. Acesso em: 4 nov. 2020.
BRASIL. Política Nacional de Mobilidade Urbana. Lei Federal 12.587/2012. [S.l.]. 2012.
LEMOS, L.; et al. Mulheres, por que não pedalam? Por que há menos mulheres
do que homens usando bicicleta em São Paulo, Brasil? Revista Transporte y
Territorio/16, 2017. Disponível em: <http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/
rtt/article/view/3603>. Acesso em: 4 nov. 2020.
IBGE. PNAD Contínua: Rendimento de todas as fontes, 2020. Disponível em: <https://
biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101709_informativo.pdf> Acessado em:
03 dez. 2020.
IPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça 1995 - 2015, 2017. Disponível
em: <https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/170306_retrato_das_
desigualdades_de_genero_raca.pdf>. Acesso em: 4 nov. 2020.
19
REALIZAÇÃO
APOIO