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DISCIPLINA:
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MODERNA E CONTEMPORÂNEA
DOCENTE:
PROFESSOR DR. JORGE LUIS MIALHE
DISCENTES:
BEATRIZ FONTE
JÚLIA JORDÃO
MARÍLIA BOLDT
TAÍS HARUME
RIO CLARO
2020
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SUMÁRIO
1. RESUMO - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
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2. INTRODUÇÃO - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
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3. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
4. OS TERMINAIS RODOVIÁRIOS - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
1. RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo comparar e analisar o surgimento e a situação atual
do Terminal Rodoviário do município de São Pedro, interior do Estado de São Paulo, a partir
da coleta de dados, visitas e iconografias, para, assim, entender a dinâmica do local e
compreender a importância e a influência da mobilidade urbana e da acessibilidade na vida
dos cidadãos.
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2. INTRODUÇÃO
A cidade é cortada pela SP-304 e pela SP-191, que fazem ligação com Piracicaba e
Charqueada, respectivamente. Outro gerador de fluxos é o deslocamento diário que ocorre
entre as cidades de São Pedro, Águas de São Pedro e Piracicaba. Muitas pessoas
trabalham/estudam fora de sua cidade, sendo impelidas a fazer essas viagens diariamente.
O termo mobilidade começou a ser utilizado, gradualmente, nos últimos anos, por causa
da instituição da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), e, também, pela
necessidade da elaboração dos Planos de Mobilidade Urbana.
Assim sendo, os terminais rodoviários não têm a função de apenas abrigar os usuários
ou ser mais um local de partida e chegada, mas sim vários fatores juntos que se transformam
em serviços que atendem a diversos públicos, tornando-se uma atividade que tem influência
direta no contexto do seu entorno.
3. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE
Os termos acessibilidade e mobilidade têm significados muito próximos, porém não são
iguais. Mobilidade, em suma, é a capacidade de deslocamento de pessoas e cargas nas cidades
tendo em vista a realização de suas necessidades. Já a acessibilidade, segundo o Icetran, é a
possibilidade que as pessoas têm de atingir os destinos desejados.
Este conceito ampliou-se e tem sido utilizado para qualificar o sistema de transporte e
os meios de comunicação, além do ambiente físico. Dessa maneira, pode-se também entender
a acessibilidade como o processo de obter igualdade de participação plena e oportunidades em
todas as esferas da sociedade e no desenvolvimento social e econômico do país.
Para que a mobilidade realmente aconteça e para que seja eficaz, o poder público
precisa se comprometer oferecendo à população um plano de mobilidade urbana que trace
diretrizes (e as coloque em prática) e mire um espaço público no futuro com muito mais
qualidade de vida. Porém, não é o que acontece na maioria das cidades brasileiras.
Assim sendo, comparando a área pública utilizada por veículos motorizados individuais
em relação à da utilizada pelo transporte público coletivo, a segunda ocupa um menor espaço
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das vias, transportando muito mais pessoas e também reduzindo emissões de gases na
atmosfera com custos individual e coletivo menores.
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Segundo Côrrea (2012), o movimento rotineiro/diário traz como causa uma crescente
separação entre lugares de atividades e das residências. Paralelamente a isso, os avanços e
mudanças no setor de transportes têm proporcionado um maior fluxo de pessoas e uma
intensificação da urbanização.
A ligação casa-trabalho pode ser entendida como uma atividade pela qual as pessoas
podem participar de um mercado de trabalho, suprindo suas necessidades vitais. As pessoas
têm possibilidades e condições para viver onde desejam, enquanto ainda existe capacidade de
se envolver em uma vida ativa, incluindo o movimento pendular de longa distância (STAMM;
STADUTO, 2008, apud CÔRREA, 2012, p. 21).
tempo a distância entre origem e destino têm aumentado, o que está diretamente relacionado
com o aumento das aglomerações urbanas (MOURA; CASTELLO BRANCO; FIRKOWSKI,
2005).
Segundo Cunha; Pessini (2008), a mobilidade pendular pode ser considerada como um
indicativo do nível de integração e complementaridade de atividades num dado território,
porém o deslocamento pendular não é efetuado por grupos homogêneos de pessoas, mas pelo
contrário, está condicionado às diversidades socioeconômicas encontradas no espaço
metropolitano.
4. OS TERMINAIS RODOVIÁRIOS
Até os anos de 1921 e 1922 não existiam no país edifícios para dar suporte aos
passageiros nos embarques e desembarques das viagens intermunicipais. Foi nesse período
que surgiram as primeiras obras nesse sentido, ao Longo do Caminho do Mar, que ligava São
Paulo a Santos na época. Eram construções que objetivavam proporcionar maior conforto aos
passageiros que viajavam ao longo dessa estrada, contudo não se caracterizam como terminais
rodoviários com as características que conhecemos atualmente (NEVES, 2014).
Um desses pontos de parada era o Pouso de Paranapiacaba (Figura 1) que foi utilizado
até o início da década de 50, quando o Caminho do Mar foi substituído pela Via Anchieta. O
segundo edifício de destaque que possuía características de terminal rodoviário foi o Rancho
da Maioridade (Figura 2), feito de pedras, localizado na descida da serra, com a mesma
finalidade do primeiro.
Com a inauguração da Rodovia Presidente Dutra, em 1951, que ligou o Rio de Janeiro a
São Paulo, o cenário do transporte rodoviário brasileiro começou a mudar. A partir dessa
implantação, novas demandas de instalações adequadas para os passageiros se tornaram
necessárias, o que impulsionou a construção de outras edificações rodoviárias no Rio de
Janeiro, Londrina e no interior do Estado de São Paulo.
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Depois de Marília, a cidade de Caconde, interior do estado de São Paulo, inaugurou seu
terminal rodoviário de passageiros, em 1954, o qual, segundo Neves (2014), era um edifício
relativamente simples, que contava com apenas algumas instalações de apoio como
bilheterias, sanitários e lojas.
Algumas das rodoviárias construídas nessa época no estado estão listadas a seguir:
A cidade de São Pedro está localizada a 191 quilômetros da capital paulista e possui
uma área territorial de 609.091 km², sendo 18.032 km² de perímetro urbano.
São Pedro tem uma população estimada em 35.318 pessoas, e de acordo com os dados
do último censo (2010) sua população era de 31.662 pessoas.
Por volta de 1725, na região de São Pedro, passava o Picadão, uma trilha que vinha de
São Paulo rumo às minas de Cuiabá. A trilha atravessava a selva, onde viviam diversas tribos
indígenas, que costumavam atacar e até dizimar caravanas dos viajantes. Em razão dos
perigos existentes o governo da Província determinou que se providenciassem pousos pela
trilha do Picadão. No local onde se situa o centro histórico de São Pedro, ficava um pouso
conhecido como Pouso do Picadão.
Pouco tempo depois, o local virou um povoado, com o nome Capela do Picadão. O
povoado foi crescendo e em 1881 veio a emancipação, São Pedro desligou-se de Piracicaba.
O período de 1890 a 1895 foi marcado pela imigração. Em 1893 um ramal de estrada de ferro
chegou à cidade.
Dentro dessa linha histórica do município, por volta de 1960, a “primeira rodoviária”
da cidade era em um local improvisado (Figura 5), e segundo relatos, os passes eram vendidos
em um bar localizado ao lado de onde os ônibus chegavam (não havia um ponto físico).
Algum tempo depois o ponto foi transferido para outro local, próximo do antigo, que tinha
apenas uma cobertura e que depois se transformou em ponto de táxi.
Figura 6 - Primeiro edifício construído para ser terminal rodoviário, meados de 1970.
Figura 8 - Vista aérea da cidade, no centro o Parque Maria Angélica e, ao seu lado, o Terminal.
Além disso a empresa possui dois ônibus para percorrer as rotas existentes, que,
segundo a Prefeitura da cidade, são cinco:
São Pedro faz divisa com outros seis municípios, os quais: Brotas, Charqueada,
Itirapina, Piracicaba, Santa Maria da Serra e Torrinha, além de Águas de São Pedro, que está
inserida totalmente no centro do perímetro de São Pedro. Como já exposto anteriormente, a
dimensão territorial e a força econômica de Piracicaba, justificam sua influência sobre os
demais municípios. Além de São Pedro, Brotas, Itirapina, Santa Maria da Serra e Torrinha,
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são destinos de quem busca turismo de aventura, já o município de Águas de São Pedro é
conhecido pelas suas águas hidrominerais de valor medicinal.
Mapa 4 - Rodovias importantes considerando a Aglomeração Urbana de Piracicaba e cidades vizinhas do município
de São Pedro.
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Tabela 1 - Destinos e frequência de viagens de linhas intermunicipais com partida do município de São Pedro.
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De acordo com os dados acima, o número médio de partidas diárias do Terminal Pedro
Bragagnolo é de 84, dado que o destino Águas de São Pedro está incluso no trajeto São
Pedro-Piracicaba, portanto as partidas para esses destinos não serão consideradas como
independentes. Porém, apenas na empresa Piracema há 3 partidas que tem como destino final
Águas de São Pedro, as quais foram inclusas na contagem do número médio de partidas
diárias.
Figura 9 - Acessos.
A Avenida dos Imigrantes, destacada na Figura 42 como via principal, dá acesso direto
ao portal da cidade e às rodovias SP-304 e SP-191. Os acessos de pedestres encontram-se
precários, uma vez que a escada está com sua estrutura deteriorada (Figura 10) e a rampa de
acessibilidade não atende à NBR 9050 (Figura 11).
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Figura 25 - Lanchonete.
Figura 26 - Guichês.
Figura 27 - Loja.
Figura 28 - Loja.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. RFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/uploads/1310575448BrasilAcessivelCaderno05.p
df.
VILLAÇA, F. Espaço intra-urbano no Brasil. Disponível em:
https://pt.scribd.com/document/345247520/Espaco-Intra-urbano-no-Brasil-Villaca-Flavio.
WRI BRASIL. Mobilidade não é sinônimo de transporte. Disponível em:
https://www.archdaily.com.br/br/902115/mobilidade-nao-e-sinonimo-de-transporte.