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ISSN 2317-3793 Volume 9 Número 4 (2020)

RELAÇÕES ENTRE SUPORTE FAMILIAR, EXERCÍCIO FÍSICO E


SINTOMAS ANSIOSOS EM ADOLESCENTES
RELATIONSHIP BETWEEN FAMILY SUPPORT, PHYSICAL EXERCISE AND ANXIOUS
SYMPTOMS IN ADOLESCENTS
Paula Barbosa Berlim Cavalcanti1
Luís Sérgio Sardinha2
Valdir de Aquino Lemos3

RESUMO
A adolescência é um momento de profundas transformações, tanto fisiológicas quanto psicológicas, por conta disso é
necessário o apoio familiar para os jovens que enfrentam profundas mudanças e tendem a desenvolver sintomas
ansiosos. Além disso, sabe-se que o estilo de vida saudável também pode contribuir para o bom equilíbrio mental.
Assim, estudos mostram que além do suporte familiar adequado contribuir na melhora de sintomas ansiosos
o exercício físico quando praticado regularmente também pode ser uma estratégia útil nos casos de ansiedade. A
ansiedade constitui uma das condições psiquiátricas mais comuns em jovens o que pode ser disfuncional se os níveis de
experiências forem desproporcionais em relação à ameaça real, ou se causarem alterações significativas no
comportamento. Assim, o objetivo do presente estudo é descrever e discutir sobre as relações entre exercício físico,
suporte familiar e sintomas de ansiedade em adolescentes. Para a construção do embasamento teórico da presente
revisão integrativa da literatura, foram utilizados 11 livros e 21 artigos científicos, totalizando 32 referências,
publicadas no período de 1973 até 2014. Com base nos resultados do presente estudo, conclui-se que, o suporte familiar
adequado e associado a prática regular do exercício físico podem ser aliados ao tratamento coadjuvante na melhora de
sintomas ansiosos em adolescentes. Assim, sugere-se que, que adolescentes recebam bom suporte familiar e pratiquem
exercício físico regularmente como estratégia não farmacológica e importante para tratar quadros ansiosos.
Palavras-Chave: Adolescência, Ansiedade, Suporte familiar, Exercício Físico.

ABSTRACT
Adolescence is a time of profound changes, both physiological and psychological, because of this, family support is
needed for young people who face profound changes and tend to develop anxious symptoms. In addition, it is known
that a healthy lifestyle can also contribute to good mental balance. Thus, studies show that in addition to adequate
family support contributing to the improvement of anxiety symptoms, physical exercise when practiced regularly can
also be a useful strategy in cases of anxiety. Anxiety is one of the most common psychiatric conditions in young people,
which can be dysfunctional if the levels of experience are disproportionate to the real threat, or if they cause significant
changes in behavior. Thus, the aim of the present study is to describe and discuss the relationship between physical
exercise, family support and anxious symptoms in adolescents. For the construction of the theoretical basis of this
integrative literature review, 11 books and 21 scientific articles were used, totaling 32 references, published between
1973 and 2014. Based on the results of this study, it is concluded that family support adequate and associated with
regular physical exercise can be combined with adjunctive treatment to improve anxiety symptoms in adolescents.
Thus, it is suggested that adolescents receive good family support and exercise regularly as a non-pharmacological
strategy and important to treat anxious conditions.
Keywords:Adolescence, Anxiety, Family support, Physical Exercise.

1 Graduação em Psicologia pelo Centro Universitário Brazcubas


2 Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo, Brasil(2011).
Coordenador e Docente do curso de Psicologia da Braz Cubas – Centro Universitário/ Mogi das Cruzes/ SP.
Docente junto à Universidade do Grande ABC, UniABC, Santo André.
E-mail: sergiolss@ymail.com
3 Doutorado em Psicobiologia pela Universidade Federal de São Paulo, Brasil (2016). Pesquisador do Comitê
Paraolímpico Brasileiro. Docente do curso de Psicologia da Braz Cubas – Centro Universitário/ Mogi das Cruzes/
SP.
E-mail: aquino.lemos@terra.com.br
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INTRODUÇÃO

Para Ceberio (2006) a família se constitui como um dos principais pilares da


vida psíquica das pessoas, pois é base da construção de um modelo relacional que
permite criar outras relações, desde as laborais, de amizade, de parentesco, até a
construção de uma nova família. Pautas, normas, funções, mandatos são assimilados em
cada um de seus membros que, por oposição ou similaridade, se identificam com seu
grupo familiar. Tais identificações não implicam somente na construção cognitiva e de
personalidade, também reproduzem pautas de interação, jogos relacionais e formas de
manifestar afetos e emoções. O principal efeito do suporte se dá na proporção em que o
receptor percebe esse apoio como satisfatório, sentindo-se amado, valorizado,
compreendido, reconhecido, acolhido, protegido e cuidado e ainda, participando de uma
rede de recursos e informações. Portanto, as relações familiares constituem-se em um
dos fatores relevantes para o desenvolvimento psicoemocional do adolescente
(SCHENKER; MINAYO, 2005).
A adolescência é uma fase da vida em que se desenvolve um conjunto de
mudanças evolutivas na maturação física e biológica, ajustamento psicológico e social
do indivíduo. São grandes as adaptações que os jovens têm que fazer durante o seu
desenvolvimento. Nesse processo eles enfrentam realidades diferentes das que já
enfrentaram e diante disso, reagem e sentem-se ansiosos achando difícil se adaptar a
essa nova fase. No entanto, a ansiedade não ocorre apenas em adolescentes, ela pode
ocorrer em qualquer faixa etária e em diversas situações. (BATISTA, MARCOS
ANTONIO; OLIVEIRA, SANDRA MARIA DA SILVA SALES, 2005). Por ser um
período de remodelação, o cérebro dos adolescentes é mais vulnerável as agressões
externas e transtornos psiquiátricos (CREWS; VETRENO, 2011).
A Perturbação da Ansiedade, segundo a APA (2014) caracteriza-se por
ansiedade e preocupação persistentes e excessivas relacionadas com vários contextos e
situações, e podem manifestar-se através de sintomas físicos tais como agitação
psicomotora, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e perturbações
do sono o que representam uma das condições psiquiátricas mais comuns em jovens
(ESSAU; GABBIDON, 2013) e com sérias implicações no seio das relações entre
familiares (GINSBURG; SCHLOSSBRG, 2002).
Diante deste contexto, além do suporte familiar ser importante para minimizar
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sintomas de ansiedade, uma outra estratégia já estabelecida pela literatura científica é a


prática regular de exercício físico que atua tanto na melhora de aspectos físicos e
mentais (DUNN, TRIVEDI E O'NEAL, 2001). Neste sentido, acredita-se que o suporte
familiar adequado e associado a prática regular de exercício físico pode atenuar a
sintomatologia ansiosa em adolescentes. Assim, o objetivo do presente estudo é
descrever e discutir sobre as relações entre exercício físico, suporte familiar e sintomas
de ansiedade em adolescentes.

MÉTODO
Para a construção do embasamento teórico da presente revisão integrativa da
literatura, foram utilizados 11 livros e 21 artigos científicos, totalizando 32 referências.
Todas as obras foram escritas na Língua Portuguesa e Inglesa, publicadas no período de
1986 até 2014. Quanto à procedência dos recursos utilizados, encontram-se disponíveis
nas bases de dados de sites como: Google Acadêmico, Pubmed, Redalyc, Pepsic e
Scielo. Foram realizadas buscas por materiais concernentes a temática, por meio dos
termos: “Adolescência”, “Exercício físico”, “Suporte familiar”, “Ansiedade”.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diante da complexidade dos transtornos ansiosos em adolescentes dá-se a
importância do suporte familiar e a prática regular de exercício físico como forma de
tratamento aos jovens que sofrem de tais sintomas. Desta forma, sabe-se que, tanto o
suporte familiar adequado quanto a prática regular de exercício físico, prescrito
adequadamente por profissionais da Educação Física e Psicólogos do Esporte são
importantes para melhorar os sintomas de ansiedade.
Os transtornos de ansiedade são reconhecidos como um dos mais prevalentes em
adolescentes, mediante das mudanças que enfrentam nessa fase. Goodyer e Cooper
(1993) destacam que os transtornos depressivos em adolescentes, em 40% dos casos,
associam-se às comorbidades como transtornos de ansiedade e, em 15% dos casos, com
transtornos de conduta. Estima-se que 75% dos adolescentes com a presença de
psicopatologia clínica apresentam sintomas significativos de ansiedade ou depressão
(GARBER; WEERSING, 2010).
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No Brasil, em um estudo multicêntrico realizado em quatro capitais, com


pacientes atendidos na atenção primária da saúde pública e com o diagnóstico de algum
transtorno mental, mostrou cerca de que 38% tinham transtornos de ansiedade
(GONÇALVES et al., 2014). Ainda no Brasil, outro estudo encontrou índices de
ansiedade de 5,8% em adolescentes (FLEITLICH-BILYK; GOODMAN, 2004). Dessa
forma, a relevância da porcentagem de adolescentes com transtornos ansiosos
demonstram a importância do desenvolvimento de mais estudos sobre este assunto,
possibilitando assim evitar problemas futuros na fase adulta (ZARB, 1992; FESTER,
1973; CONGER, 1977 apud ZARB, 1992; BELSHER; WILKERS, 1994;
OLIVEIRA,2011). De acordo com a literatura científica, uma das formas de melhorar
os sintomas de ansiedade, pode ser por meio de suporte familiar adequado (TUPLING e
BROWN, 1979; OSÓRIO, 1996; TALLÓN; et al, 1999; SCABINI, 1992).
Sudbrack (2001) e Cerveny e Berthoud (2001) pontuam que problemas no
âmbito familiar podem afetar direta ou indiretamente os adolescentes. Por esse motivo
para Drummond e Drummond Filho (1998) informam que o diálogo nessa etapa do
desenvolvimento humano assume um papel ainda mais importante. No entanto, para
Krause, Liang e Yatomi (1989) as desordens psicológicas podem ser influenciadas por
insatisfação do indivíduo com o suporte fornecido pelo seu grupo social. Partindo desse
princípio, a função social da família, segundo Maluf (2010) e Baptista e Teodoro (2012)
consiste na proteção dos seus membros, fornecendo afeto e segurança e contribuindo
para o desenvolvimento comportamental. Além do suporte familiar adequado ser
importante para melhorar os sintomas de ansiedade em adolescentes, outras estratégias
não farmacológicas também são discutidas na literatura científica, bem como a prática
regular de exercício físico.
Atualmente estudos tem mostrado a eficácia do exercício físico no tratamento de
transtornos ansiosos. Barbosa (1991) destaca as seguintes vantagens do exercício físico:
incentiva a socialização, proporciona maior empenho na busca de objetivos, reforça a
autoestima, auxilia a equilibrar a ingestão e o gasto de calórico e melhora a saúde
mental significativamente. Para Barros (1993) o exercício físico é um importante
coadjuvante para o desenvolvimento do adolescente, tanto no âmbito fisiológico quanto
psicológico.
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Alguns estudos epidemiológicos propõem que a prática regular de exercício


físico estão associados a uma menor mortalidade e melhor qualidade de vida da
população (ACSM,1998; PAFFENBARGER,1994). Por outro lado, o sedentarismo e o
estresse são responsáveis por inúmeras doenças incluindo obesidade, cardiopatias,
diabetes, hipertensão arterial, osteoporose, arteriosclerose, entre outras (REJESKI et
al.,1996). Além do exercício físico melhorar aspectos fisiológicos também atua
positivamente na saúde mental, por meio da liberação de endorfinas, hormônios e
neurotransmissores responsáveis pela modulação de estados ansiosos (BOUCHARD et
al., 1990).

CONCLUSÕES
Com base nos resultados do presente estudo, conclui-se que, o suporte familiar
adequado e quando associado a prática regular do exercício físico podem ser potentes
aliados ao tratamento coadjuvante na melhora de sintomas ansiosos em adolescentes.
Assim, as possibilidades de uma intervenção com o atendimento aos
adolescentes com transtornos ansiosos, podem ser ampliadas as formas de tratamento
não limitando apenas ao medicamento, mas estendendo-se ao incentivo à prática do
exercício físico, já que os resultados são evidentes. Sugere-se que, que adolescentes
recebam bom suporte familiar e pratiquem exercício físico regularmente como
estratégia não farmacológica e importante para tratar quadros ansiosos.
Portanto, são importantes mais estudos sobre a temática ou com abordagens
mais específicas, no intuito de ampliar o conhecimento e sempre visando a melhoria da
qualidade no acompanhamento psicoterápico.

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