Você está na página 1de 56

CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IGUAÇU

CURSO SUPERIOR DE BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

JOSÉ ORACI RODRIGUES PEIXOTO NETO

O PAPEL DA TECNOLOGIA NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DE


PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

UNIÃO DA VITÓRIA – PR
2020
JOSÉ ORACI RODRIGUES PEIXOTO NETO

O PAPEL DA TECNOLOGIA NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DE


PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Sistemas de Informação, Área das
Ciências Exatas do Centro Universitário Vale
do Iguaçu - Uniguaçu, como requisito à
obtenção de grau de Bacharel em Sistemas de
Informação.
Professor Orientador: Roberto Consentins
Torma.

UNIÃO DA VITÓRIA – PR
2020
TERMO DE APROVAÇÃO

COMO A TECNOLOGIA PODE MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DAS


PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

JOSÉ ORACI RODRIGUES PEIXOTO NETO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Sistemas de Informação


do Centro Universitário do Vale do Iguaçu - Uniguaçu, como requisito para obtenção
do Grau de Bacharel em Sistemas de Informação, considerado aprovado pela banca
examinadora e avaliado como nota:________ em sua defesa pública.

___________________________________________________________________
Orientador: Prof. Roberto Consentins Torma
Centro Universitário Vale do Iguaçu

___________________________________________________________________
Membro da banca: Prof. Leonel de Castro Filho
Centro Universitário Vale do Iguaçu

___________________________________________________________________
Membro da Banca: Prof. Cleverson Bussolo Klettenberg
Centro Universitário Vale do Iguaçu

União da Vitória – PR, _____ de novembro de 2020.


AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a Deus por ter a oportunidade de cursar o ensino


superior em Sistemas de Informação no Centro Universitário Vale do Iguaçu.
Gratidão aos meus pais, por todo o apoio e incentivo para estudar com afinco
sendo útil ao maior número possível de pessoas podendo contribuir para sociedade,
principalmente contribuir com o desenvolvimento do país na área de tecnologia.
Agradeço também aos meus amigos de turma de Sistemas de Informação por
toda ajuda nos momentos difíceis, companheirismo, dedicação nos estudos
adquirindo conhecimentos e compartilhando conhecimento através das experiências
nas aulas no laboratório de informática.
Aos professores da faculdade tenho uma imensa gratidão por transmitir seus
conhecimentos, experiência e empenho para aprender da melhor maneira possível
para ser um profissional de sucesso.
Agradeço ao professor Roberto Consenstins Torma de uma sabedoria impar
soube orientar de forma brilhante, tirando dúvidas e aperfeiçoando as ideias no
decorrer das orientações.
“Pensamos em demasia e sentimos bem
pouco. Mais do que de máquinas,
precisamos de humanidade.
Mais do que de inteligência, precisamos de
afeição e doçura. Sem essas virtudes, a
vida será de violência e tudo será perdido.”
(Charles Chaplin)
PEIXOTO NETO, José Oraci Rodrigues. O papel da tecnologia na melhoria da
qualidade de vida de pessoas com deficiência. 2019. 56 f. TCC (Graduação) –
Curso de Sistemas de Informação, Centro Universitário Vale do Iguaçu Uniguaçu,
União da Vitória, 2020.

RESUMO

As Tecnologias Assistivas estão aplicadas na área da educação, no ambiente de


trabalho nas empresas, órgãos públicos, saúde e nas Associações de Pais e Amigos
dos Excepcionais (APAES) para pessoas com deficiência terem oportunidades iguais
aos outros para também serem reconhecidas como pessoas capazes de realizar
tarefas do cotidiano e trabalhar em empresas. Sendo assim, é possível promover a
inclusão social de jovens e adultos que tem a necessidade da utilização de objetos ou
dispositivos tecnológicos adaptados afins de auxiliar as atividades das pessoas com
deficiência física. Com o avanço da tecnologia é possível que pessoas hoje tenham
acesso ao conhecimento através dos computadores adaptados e softwares que
contribuem no aprendizado. A automação residencial é bastante útil para pessoas
com deficiência poderem ter melhor qualidade de vida, assim contribuindo para uma
sociedade mais justa com oportunidade para todos. É de conhecimento de todas as
novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) vem se tornando cada vez
mais crescente, sendo importantes ferramentas para um meio concreto de inclusão e
interação no mundo atual. São considerados recursos de Tecnologia Assistiva desde
artefatos simples, como uma caneta adaptada para poder escrever ou uma colher
para facilitar na alimentação até sofisticados sistemas computadorizados, utilizados
com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa
com deficiência.

Palavras-chave: Tecnologia Assistiva. Assistentes de voz. Pessoas com Deficiência.


Inclusão Social. Automação Residencial. Qualidade de Vida. Domótica.
PEIXOTO NETO, José Oraci Rodrigues. The role of technology in improving the
quality of life of people with disabilities. 2019. 56 f. TCC (Graduation) – Course.
Information Systems, Centro Universitário Vale do Iguaçu - Uniguaçu, União da Vitória,
2020.

ABSTRACT

Assistive Technologies are applied in the area of education, in the work environment
in companies, public agencies, health and in the Associations of Parents and Friends
of the Exceptional (APAES) for people with disabilities to have equal opportunities to
others to also be recognized as people capable of performing everyday tasks and
working in companies. Thus, it is possible to promote the social inclusion of young
people and adults who need the use of objects or technological devices adapted in
order to assist the activities of people with physical disabilities. With the advancement
of technology, it is possible that people today have access to knowledge through
adapted computers and software that contribute to learning. The residential automation
is a very useful for people with disabilities to have better quality of life, thus contributing
to a fairer society with opportunity for all. It is aware of all the new Information and
Communication Technologies (ICT) is becoming increasingly growing, being important
tools for a concrete means of inclusion and interaction in today's world. Assistive
Technology resources are considered from simple artifacts, such as a pen adapted to
be able to write or a spoon to facilitate the feeding of even sophisticated computerized
systems, used with the purpose of providing greater independence and autonomy to
people with disabilities.

Keywords: Assistive Technology. Voice Assistants. People with Disabilities. Social


Inclusion. Residential Automation. Quality of Life. Home automation.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Intellikeys Keyboard .................................................................................. 20


Figura 2 - Mouse TrackBall ....................................................................................... 21
Figura 3 - Aula com computador adaptado para aluna com deficiência .................... 22
Figura 4 - Tecnologias assistivas das Fábricas de Cultura ....................................... 26
Figura 5 - Aplicação do Livox .................................................................................... 29
Figura 6 - Tecnologias Assistivas vestiveis para as pessoas com deficiência físicas30
Figura 7 - Tecnologia Assistiva vestivel para as pessoas com deficiencia visual ...... 31
Figura 8 - Tecnologia Assistiva vestivel para as pessoas com deficiencia auditiva .. 32
Figura 9 - Conceito da automação residencial .......................................................... 37
Figura 10 - Aparelho fonador..................................................................................... 42
Figura 11 - Pregas vocais.......................................................................................... 43
Figura 12 - Interação Humano-Assistente ................................................................. 47
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Compreensão da tecnologia assistiva ...................................................... 14


Tabela 2 - Aplicativos para automação residencial ................................................... 46
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
1.1 Justificativa .......................................................................................................... 12
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 13
1.2.1 Objetivo Geral................................................................................................... 13
1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 14
2.1 Tecnologia Assistiva ............................................................................................ 14
2.3 Equipamentos para Tecnologia Assistiva ............................................................ 19
2.4 Software Especiais de Acessibilidade ................................................................. 23
2.4.1 Exemplos de softwares Especiais .................................................................... 24
2.6 Produtos de Tecnologia Assistiva Vestiveis ........................................................ 29
2.7 Origens da Tecnologia Assistiva ......................................................................... 32
2.8 Acessibilidade ..................................................................................................... 33
2.8.1 Domótica .......................................................................................................... 35
2.8.2 O mercado da automação residencial .............................................................. 35
2.9 Automação Residencial ......................................... Error! Bookmark not defined.
2.9.1 Definição de Automação Residencial ............................................................... 36
2.9.2 Automação residencial no Brasil ...................................................................... 39
3 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 41
3.1 Tipo de pesquisa ................................................................................................. 41
3.2 Ambiente de Desenvolvimento ............................................................................ 41
4. RECONHECIMENTO DE FALA ............................................................................ 42
4.1 A voz e a fala como formas de interação ............................................................ 44
4.2 Assistente de Voz e Virtuais ................................................................................ 45
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 49
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50
11

1 INTRODUÇÃO

Por vezes as pessoas com deficiência ainda estão sendo desassistidas pelos
projetos sociais do governo e pela sociedade. Elas estão impedidas de ter seu
desenvolvimento pleno por falta de acesso a produtos e serviços adaptados às suas
necessidades. Por isso é necessário que os estudantes de tecnologia sugiram
projetos ou protótipos para que a tecnologia possa auxiliar o desenvolvimento das
pessoas com necessidades especiais.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
apontam que 24% da população brasileira têm algum tipo de deficiência e
representam um mercado potencial de 45,5 milhões de pessoas. No mundo, segundo
a Organização das Nações Unidas (ONU), a cada sete habitantes do planeta, um vive
com algum tipo de deficiência.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, com dados de 2011, 1 bilhão de
pessoas vivem com alguma deficiência – isso significa uma em cada sete pessoas no
mundo. A falta de estatísticas sobre pessoas com deficiência contribui para a
invisibilidade dessas pessoas. Isso representa um obstáculo para planejar e
implementar políticas de desenvolvimento que melhoram as vidas das pessoas com
deficiência.
A ONU alerta ainda que 80% das pessoas que vivem com alguma deficiência
residem nos países em desenvolvimento. No total, 150 milhões de crianças (com
menos de 18 anos de idade) tem alguma deficiência, segundo o UNICEF.
No mundo desenvolvido, um levantamento realizado nos Estados Unidos em
2004 descobriu que apenas 35% das pessoas economicamente ativas portadoras de
deficiência estão em atividade de fato – em comparação com 78% das pessoas sem
deficiência. Em um estudo realizado em 2003 pela Universidade de Rutgers (EUA),
uns terços dos empregadores entrevistados disseram que acreditam que pessoas
com deficiência não podem efetivamente realizar as tarefas do trabalho exigido. O
segundo motivo mais comum para a não contratação de pessoas com deficiência foi
o medo do custo de instalações especiais.
A questão-problema da pesquisa é: Qual a contribuição das tecnologias
assistivas para a humanidade? As tecnologias assistivas são para pessoas que com
algum tipo de necessidades especiais auxiliam nas tarefas do cotidiano. Com a
evolução da tecnologia torna-se mais fácil inserir pessoas com deficiência na
12

sociedade para poderem trabalhar, estudar ou simplesmente fazer tarefas no


cotidiano.
As assistentes de voz podem auxiliar a vida das pessoas com deficiência
através do celular ou de um relógio fazendo uma interação com palavras simples e
automatizadas por comandos de voz que servem para realizar tarefas que auxiliam no
cotidiano como, por exemplo, um deficiente visual ir ao mercado e com ajuda de um
assistente de voz saber o preço dos produtos na prateleira ou saber a categoria de
produtos em cada corredor.
Hoje em dia existem projetos para tecnologia assistiva que usam a plataforma
com protoboards de baixo custo que auxiliam pessoas com necessidades especiais.
Apesar de toda a evolução tecnológica que temos hoje ainda existem áreas a serem
exploradas e desenvolvidas.

1.1 Justificativa

Em uma sociedade onde as pessoas que tem necessidades especiais são


esquecidas tem-se a necessidade de criar soluções para proporcionar ou ampliar
habilidades funcionais das mesmas, consequentemente promover uma vida
independente e a inclusão social. Atualmente a IOT Internet das Coisas facilita a vida
de muitas pessoas em tarefas básicas do cotidiano como acender uma lâmpada, ligar
a TV da sala ou até mesmo controlar o ar-condicionado através de dispositivos
eletrônicos que fazem interação com residências inteligentes proporcionando maior
qualidade de vida para pessoas incapazes de fazerem tarefas sozinhas por conta de
algum tipo de deficiência.
Dispositivos inteligentes são tema central na construção de ambientes e
residências autônomas e acessíveis. Qualquer equipamento que tenha autonomia
para desenvolver uma tarefa básica, efetuar troca de informações com outros
dispositivos, possibilitar comando remoto e ter capacidade de tomada de decisão pode
ser considerado um dispositivo inteligente (BOLZANI, 2004).
O comando de voz para automação residencial é uma área de pesquisa
emergente, devido ao surgimento de diversas plataformas embarcadas, simples e de
baixo custo, com alto poder de processamento e tamanho reduzido. Estas plataformas
podem ser facilmente adaptadas e incorporadas aos sistemas já existentes, podendo
ser empregadas como ferramentas de auxílio ao controle do ambiente doméstico
13

(Domótica) (PIMENTEL, 2014).


A utilização de sistemas de automação controlados por voz é indiscutivelmente
interessante às pessoas portadoras de necessidades especiais e idosas, nas quais a
fala pode substituir algumas ações motoras. A voz carrega informações únicas de
cada indivíduo, podendo ser empregada para realizar o controle de dispositivos, a
exemplos de controle de cadeira de rodas (BORGES, 2015).

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Estudar tecnologias assistivas para auxiliar as pessoas com deficiência para


facilitar tarefas do cotidiano contribuindo com a acessibilidade e a inclusão social,
abordando a importância da tecnologia para auxiliar as pessoas com deficiência nos
dias de hoje e elucidar o papel da tecnologia através das casas inteligentes,
assistentes virtuais e a domótica que pode melhorar a qualidade de vida das pessoas
com deficiência.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Estudar acerca do papel da tecnologia no contexto de acessibilidade


para pessoas com deficiência;
 Efetuar estudo sobre tecnologias assistivas existentes atualmente e
como podem contribuir para o desenvolvimento de pessoas com
deficiência;
 Apresentar as diferentes soluções para melhorar a qualidade de vida de
pessoas com deficiência através das assistentes virtuais, casas
automatizadas e a domótica.
14

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Tecnologia Assistiva

O conceito de tecnologia assistiva, diferente do que se imagina, não é uma


ideia nova, é uma ideia que vem sendo estudada e desenvolvida a anos atrás
pensando nas pessoas com deficiência que hoje em dia podem realizar suas
atividades e tarefas com o auxílio de recursos tecnológicos adaptados.
A tecnologia assistiva possibilita uma abordagem interdisciplinar, ou seja, uma
aplicação dessa tecnologia como método, estrategia, serviços, etc., com um objetivo
em comum em auxiliar as pessoas com deficiência, para uma maior qualidade de vida
ao proporcionar independência e inclusão social (BRASIL, 2009).
Segundo Ferreira et al., (2017), a tecnologia assistiva facilita o dia-a-dia das
pessoas com deficiência, pois, possibilita a autonomia perante suas limitações,
ocasionando em efeitos significativos para a vivência humana.
Para a compreensão da funcionalidade da tecnologia assistiva, a tabela 1
apresenta a definição dessa tecnologia de acordo com diferentes autores:

Tabela 1 - Compreensão da tecnologia assistiva


Autor/Ano Conceito
A Tecnologia Assistiva tem o intuito de
proporcionar independência, qualidade
Lopes e Marchi (2015)
de vida e inclusão social aos portadores
de deficiência ou necessidades
especiais, ampliando suas formas de
comunicação e mobilidade no dia a dia.
A Tecnologia Assistiva consiste em uma
área do conhecimento, de característica
multidisciplinar, que tem por finalidade
Borges e Tartuci (2017) eliminar as barreiras à plena participação
e à vida funcional para as pessoas com
deficiência, incapacidades e mobilidade
reduzida, objetivando uma maior
autonomia e qualidade de vida.
Calheiros, Mendes e Lourenço (2018) A Tecnologia Assistiva tem sido
considerada como uma área promissora
e de grande relevância social.
A tecnologia foi reconhecida como
Távora et al., (2020) uma ferramenta inteligente com o
objetivo em facilitar a vida da
15

população, os diferentes lugares que


desenvolveram as wearables assistivas,
compreende a necessidade em auxiliar
as PcD.
Tecnologia Assistiva é um termo ainda
novo, utilizado para identificar todo o
Sales (2020)
arsenal de Recursos e Serviços que
contribuem para proporcionar ou ampliar
habilidades funcionais de pessoas com
deficiência e consequentemente
promover Vida Independente e Inclusão.
Fonte: elaborado pelo autor com os dados dos autores.

A tecnologia assistiva possibilita uma abordagem ampla com o objetivo de


auxiliar as pessoas com deficiência, a utilização dessa tecnologia está vinculado em
compensar as limitações das pessoas (VERZA et al., 2006).
Para Ligia Pereira dos Santos, Robson Pequeno (2011) em decorrência da
necessidade de construção da sociedade inclusiva, é pertinente lembrarmos que por
iniciativa, do Conselho Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência- CONADE-
aconteceu, no período de 12 a 15 de maio de 2006, na cidade de Brasília, a l
Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, com o tema -
Acessibilidade: você também tem compromisso conforme publicação no Boletim
Informativo do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa
das Pessoas Portadoras de deficiência e dos Idosos- CAO PPDI, que comunica: “Na
oportunidade, o país estará debatendo os direitos da Pessoa com deficiência, com
enfoque na cidadania com liberdade em todas as áreas, e reforçando o compromisso
do trabalho, com ênfase na inserção das P.P.D. com cidadania e dignidade” (I
CONFERENCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA,
2006).
O desenvolvimento de recursos e outros elementos de Tecnologia Assistiva
têm propiciado a valorização, integração e inclusão dessas pessoas, promovendo
seus direitos humanos. Por essa razão, o tema tem assumido um espaço importante
nas ações desenvolvidas pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da
Presidência da República, segundo Galvão Filho et al. (2009, p. 26):
É uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba
produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que
objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação
de pessoas com deficiência, incapacidade ou mobilidade reduzida, visando
sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.
16

Para Hazard (2007) teoricamente, as pessoas com deficiência usufruem dos


mesmos direitos que os demais cidadãos e cidadãs. Mas a discriminação por elas
enfrentada é resultado de longo processo, histórico, de exclusão, que faz desse grupo
da população um dos mais vulneráveis da sociedade atual. Avanços significativos
foram registrados nas últimas décadas no Brasil e no mundo, e são revelados, por
exemplo, por textos legislativos adotados nacional e internacionalmente.
Segundo Harzard; Damien (2007, p.12): “[...] no caso das pessoas com
deficiência, isto significa que o indivíduo não deve ser mais visto como alguém
dependente de cuidados ou que precisa permanentemente de assistência, mas como
uma pessoa com voz e vontade próprias [...]”.
A tecnologia está é utilizada para o desenvolvimento de jovens e adultos com
necessidades especiais, de acordo com Lucia Spelta (2009, p.12): “[...] A Tecnologia
Assistiva é fruto da aplicação de avanços tecnológicos em áreas já estabelecidas. É
uma disciplina de domínio de profissionais de várias áreas do conhecimento, que
interagem para restaurar a função humana. [...]”.
Através da Tecnologia Assistiva auxilia o desempenho humano, desde tarefas
básicas do cotidiano até atividades profissionais. Como Barbosa; Elza Maria Ferraz
(2009, p.16) descreve:
O termo recurso de TA significa qualquer item, peça de equipamento ou um
sistema de produto, quer seja adquirido comercialmente, modificado ou
customizado que é usado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades
funcionais de indivíduos com deficiências. O termo serviço de TA significa
qualquer serviço que diretamente assiste um indivíduo com uma deficiência
na seleção, aquisição ou uso de recursos.

Na educação também são utilizadas as tecnologias assistivas para auxiliar os


jovens que querem ser alfabetizados em escolas públicas ou privas com apoio da
tecnologia com produtos adaptados para pessoas com deficiência.
Bastos da Silva; Érica (2009, p.43), “A partir da Constituição Federal,
promulgada em 1988, o governo brasileiro assumiu, formalmente, o compromisso do
oferecimento da educação para todos (capítulo III, artigo 208)”, assim, as tecnologias
assistivas possibilita a inclusão educacional e social.
Goffredo (1999), aponta que a inclusão está vinculado a Constituição Federal
de 1988 a respeito da cidadania, onde todos devem ser tratado e respeitados
igualmente.
17

Segundo Fernando Santos; Antônio (2009, p.41), “a palavra inclusão (1999)


vem do latim, do verbo includere e significa “colocar algo ou alguém dentro de outro
espaço”, “entrar num lugar até então fechado”. É a junção do prefixo in (dentro) com
o verbo cludo (cludere), que significa “encerrar, fechar, clausurar”. O termo, cada vez
mais, é aplicado não apenas para questões das necessidades especiais, como
também para construir discursos de acessibilidade a quaisquer indivíduos que estão
excluídos de determinados espaços e situações, fala-se, por exemplo, em inclusão
digital, econômica, entre outras.
As tecnologias assistivas no âmbito escolar, permite que o aluno atue de forma
participativa com o desenvolvimento do ensino-aprendizado, além de auxiliar na
interação entre colegas e professores, essa tecnologia é um requisito essencial para
o cotidiano normal das pessoas (CONTE, OURIQUE e BASEGIO, 2017).
O uso das tecnologias assistivas possibilita o desenvolvimento de interação,
comunicação, autonomia, autoestima, habilidades, competências, etc., no âmbito
escolar e fora dele (BITTENCOURT, CHERAID e GASPARETTO, 2016).
Segundo Alves, Pereira e Viana (2017) a tecnologia assistiva contribui para a
inclusão educacional, no entanto, cabe ao professor uma constante atualização no
currículo para a prática e orientação dos alunos com deficiência para o uso de
recursos tecnológicos assistivos, o professor proporcionará essas ferramentas de
tecnologia assistiva para auxiliar o processo pedagógico dos alunos com limitações,
tornando-se a educação com acessibilidade.
O Ministério da Educação, Brasil (2006) aponta que a educação inclusiva
precisa proporcionar técnicas e a tecnologia assistiva para a promoção da inclusão
didatica, assim, as instituições escolas precisam apresentar estrutura para auxiliar
essas pessoas.
Assim, a tecnologia assistiva é um auxílio essencial para as pessoas com
deficiência, em diferentes contextos diário, essa tecnologia apresenta importância
devido suas possibilidades de desenvolvimento pessoal e profissional da pessoa.

2.2 Acessibilidade e Desenho Universal

A aprovação do decreto federal nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, foi um


grande avanço na garantia de acessibilidade em todos os âmbitos. Ele define, em seu
artigo 8º, o que é acessibilidade, ajudas técnicas e desenho universal.
18

Portanto, como lembra Sassaki (2004, p. 24):


A crescente consciência social e os dispositivos legais referentes à inclusão
das pessoas com deficiência em nossa sociedade não têm sido
acompanhados de soluções criativas e eficazes que dêem conta dos grandes
problemas e obstáculos para a efetivação dessa inclusão, na imensa maioria
dos casos. Ainda é percebida uma ampla carência de iniciativas e soluções
que façam a ponte entre essa sociedade ainda excludente, mesmo com toda
a nova consciência e suas leis, e as pessoas com deficiência, mesmo com a
sua visibilidade atual. Todas essas dificuldades, os preconceitos vivenciados
e as exclusões sofridas, tornam urgente a construção de novas possibilidades
e caminhos para a redução das desigualdades sociais. Os progressos da
ciência, os novos estudos e descobertas, por outro lado, oferecem pistas e
luzes para a busca de soluções.

Atualmente, o conceito de acessibilidade foi ampliado, associando-se ao


compromisso de melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas. Para que a escola
e a sociedade sejam inclusivas, elas devem atender às seis dimensões de
acessibilidade (CAPELLI, 2013).
A acessibilidade é uma forma de inclusão, onde promove meios de auxiliar o
cidadão com suas limitações, as tecnologias assistivas são equipamento de
acessibilidade, possibilitando a mobilidade (VITAL e QUEIROZ, 2008).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas — ABNT — (2004), explica que a
acessibilidade permite segurança, mobilidade, independência, etc., diante de seus
recursos, sendo vinculado a tecnologia, pois, a tecnologia promove meios de inclusão
e acessibilidade.
Acessibilidade é descrita por Oliveira e Mill (2016), como um termo de
qualidade de acesso, ou seja, recursos que permitam o auxílio para tal objetivo, a
acessibilidade está vinculado a sociedade e evolução tecnológica.
Torres, Mazzoni e Alves (2002), a acessibilidade envolve a sociedade e
tecnologia, principalmente ao desenvolvimento de ambos meios, pois, proporciona
funcionalidade para idosos, pessoas com deficiências, etc.
A acessibilidade com o digital vinculam com a inclusão digital, uma vez que a
tecnologia e sua evolução buscam promover equipamentos e recursos para auxiliar e
facilitar o cotidiano da sociedade (SANTOS e PEQUENO, 2011).

A inclusão digital é mais importante para as pessoas com deficiência do que


para as demais. Porém, o acesso não deve estar limitado somente à rede de
informações, mas deve incluir a eliminação de barriras arquitetônicas,
equipamentos e programas adequados, além da apresentação de conteúdos
em formatos alternativos que permitam a compreensão por pessoas com
deficiência (SANTOS e PEQUENO, 2011, p.79).
19

A inclusão social, aspectos tecnológicos com a acessibilidade para as pessoas


com deficiência, são requisitos essenciais para o contexto social, assim, sendo um
processo de transformações nos paradigmas da exclusão e interações sociais
(RAMIREZ e MASUTTI, 2009).
A acessibilidade é um espaço de inclusão, respeito e igualdade,
proporcionando meios para o tratamento igual, a amplas ações do espaço acessível
surgiu a expressão de Universal Design, o arquiteto Ron Mace criou a expressão para
as mudanças na arquitetura e design de forma que projetos sejam projetados e
utilizados por todos naquela espaço, independendo de limitações, conhecido como
Desenho Universal (DISCHINGER e BING ELY, 2006; CAMBIAGHI, 2007).
O Desenho Universal analisa a falta de estruturas e projetos que não tem
adaptações necessárias para as pessoas, como, por exemplo, as rampas, o desenho
é fundamental para o processo de inclusão, no qual os projetos são pensados,
planejados e construídos no intuito de atender todas as pessoas, igualmente
(OLIVEIRA et al., 2019), as tecnologias assistivas precisam estar adaptadas no âmbito
do Desenho Universal.
Roosmalen e Ohnabe (2006) apontam que projetos e tecnologias assistivas
com as diretrizes do Desenho Universal, busca atender a necessidades de todos os
seus usuários, promovendo a inclusão social.
A aplicação das tecnologias assistivas, acessibilidade e Desenho Universal
proporciona auxilio para diferentes deficiências, como física, auditiva e visual, a lei nº
10.098/2000 exige que o âmbito urbano precisa proporcionar “corrimãos, rampas,
calçadas regulares, sanitários adaptados, altura de mobiliário, como lixeiras, telefones
públicos e bancadas” para deficiência física, as pessoas com deficiência visual precisa
de sinalizadores, como: “piso tátil e sinais sonoros”, a deficiência auditiva necessita
de “mapa tátil e comunicação direcionada (braile)” (OLIVEIRA et al., 2019, p.3).
As tecnologias assistivas precisam respeitar os objetivos da acessibilidade e
Desenho Universal, assim possibilitando que todas as pessoas consigam manusear a
tecnologia para seu objetivo pessoal.

2.3 Equipamentos para Tecnologia Assistiva

Para tornar um computador acessível para pessoas com deficiência com


limitações visuais e auditivas é necessário incluir dispositivos de entrada como
20

mouses e teclados adaptados como Bersch; Rita (2017, p.06) os apresenta:


São exemplos de dispositivos de entrada os teclados modificados, os
teclados virtuais com varredura, mouses especiais e acionadores diversos,
softwares de reconhecimento de voz, dispositivos apontadores que valorizam
movimento de cabeça, movimentam de olhos, ondas cerebrais (pensamento),
órteses e ponteiras para digitação, entre outros.

Os teclados para comunicação alternativa podem seguir várias linhas de


acionamento de suas teclas. Existem teclados de comunicação alternativa com
acionamento mecânico semelhante ao teclado do computador convencional.
Geralmente, esse tipo de teclado possui suas teclas ampliadas, além de letras
também ampliadas para facilitar a visualização das mesmas, por portadores de
deficiências visuais (WEBSTER et al., 1985).

Figura 1 - Intellikeys Keyboard

Fonte: NANOPAC, Inc. 2018

Nos dias de hoje a utilização do computador se tornou indispensável, já que


facilita a comunicação e obtenção de informações ou até mesmo para os estudos de
ensino à distância. O uso da tecnologia vem crescendo com o passar dos anos
ganhando mais usuários sendo que está disponível uma gama enorme de
equipamentos de informática. Segundo Pedretti; Lorraine (2004):
O computador permite que independentemente das limitações físicas ou de
desempenho que uma pessoa venha apresentar, ela poderá participar de
atividades que de outra forma exigiriam muito esforço. O computador, aliado
a Tecnologia Assistiva, mostra-se então um instrumento eficaz ao se falar em
inclusão.
21

Existem vários modelos de teclado de comunicação alternativa


comercializados. Dentre eles, está o teclado IntelliKeys da Intellitools (2008),
representado na Figura 1. Esse teclado pode ser conectado a qualquer
microcomputador que contenha conexão USB. Uma facilidade desse equipamento é
permitir que o teclado e o mouse convencional permanecem funcionando em paralelo,
sem alterações. Existem sete tipos de lâminas que podem ser alternadas. Esse
equipamento pode ser adquirido no mercado nacional por cerca de R$2.200,00 (CLIK,
2008).
Com o avanço tecnológico, outra forma de teclado está se tornando muito
popular na área de comunicação alternativa. É o teclado virtual que emula na tela do
computador as teclas do computador convencional. O acionamento dessas teclas
ocorre através de apenas uma tecla do teclado convencional, enquanto o teclado
virtual funciona a partir do processo de varredura das teclas, ou mesmo o acionamento
das teclas virtuais pode ocorrer através de alguma chave especial adaptada ao
computador. O projeto “Teclado Virtual com Predição de Palavras”, representado na
Figura 1, é um exemplo do referido tipo de teclado. Para o projeto, foi desenvolvido
um software que emula na tela do computador um teclado virtual com predição de
palavras (MATIAS e NOHAMA, 2003).
A figura 2 apresentará uma segunda ferramenta de tecnologia assistiva
comportada para computadores:

Figura 2 - Mouse TrackBall


22

Fonte: Shopping do Braille

A Figura 2 apresenta um mouse adaptado para atender as necessidades de


pessoas com deficiência, sendo uma tecnologia assistiva essencial para o controle e
realizações de atividade no computador.
O mouse se tornou atrativo pela forma em que é utilizado, com o braço e a mão
descansando sobre a mesa enquanto utiliza o mesmo, além de proporcionar um
apontamento preciso (SHNEIDERMAN, 1992). Desenvolvido por volta de 1964 por
Douglas Engelbart, originalmente possuía duas rodas para mover seu cursor nas 10
coordenadas x e y (DIX et al., 1998). Foram desenvolvidos vários modelos de mouses,
com vários botões, tamanhos e pesos, fazendo com que o usuário pudesse escolher
o que melhor se adaptasse às suas tarefas (SHNEIDERMAN, 1992). Dentre os
dispositivos de apontamento indireto é o de maior sucesso e o mais utilizado em
computadores (DIX,1998).
Trackball: a trackball fica imóvel na mesa, como o teclado, ou seja, diferente do
mouse, não precisa de um espaço maior para sua manipulação (DIX,1998). Possui
uma bola em sua superfície, que ao ser manipulada faz com que o cursor da tela se
mova (SHNEIDERMAN, 1992). Usuários com deficiência motora ou problemas de
lesão por esforço repetitivo – LER – costumam adotar a trackball ao invés do mouse,
pelo menor índice de movimento necessário para operá-la. A maior dificuldade quanto
à usabilidade da trackball é para desenhar ou fazer movimentos longos (DIX,1998).

Figura 3 - Aula com computador adaptado para aluna com deficiência

Fonte: infoeducasempre, 2012


23

A figura 3 apresenta um exemplo de professor instruindo o aluno sobre a


tecnologia assistiva da figura 1, orientando e instruindo o aluno para a utilização da
tecnologia e sua forma de aplicação para o funcionamento da aula.
A figura apresenta a importância dos docentes para a usabilidade do software,
pois, por meio do professor os alunos conseguira entender e utilizar a ferramenta
acessível.

2.4 Software Especiais de Acessibilidade

No sistema operacional Windows da Microsoft está disponível alguns recursos


para auxiliar as pessoas com deficiência sendo acessível em “Opções de
Acessibilidade” (iniciar – Configurações – Painel de controle – Opções de
Acessibilidade). Sendo assim Galvão Filho (2008, p.16) define estes como:
[...] Através desses recursos, diversas modificações podem ser feitas nas
configurações do computador, adaptando-o a diferentes necessidades dos
alunos. Por exemplo, um aluno que, por dificuldades de coordenação motora,
não consegue utilizar o mouse, mas pode digitar no teclado (o que ocorre
com muita frequência), tem a solução de configurar o computador, através
das opções de Acessibilidade, para que a parte numérica à direita do teclado
realize todos os mesmos comandos na seta do mouse que podem ser
realizados pelo mouse [...].

Segundo Fucushima, Marques e Parrão (2020), o software é a forma de


funcionamento das tecnologias assistivas, assim, o usuário consegue a usabilidade
sem dificuldade, ocorrendo a interação maquina-humano pela interface, portanto, é
essencial criar estratégias de um sistema com base na necessidade que ele objetiva
auxiliar.
O mesmo aponta os pontos essenciais que um planejamento e estrategia
precisa avaliar para a construção de um software acessível, sendo eles:
[...] a disponibilidade de atalhos para a navegação, disponibilidade na
descrição de imagens, mensagens de erros e como solucioná-los de modo
eficaz, evitar usar cores muito fortes no layout e entre outros cuidados que o
desenvolvedor deve pensar durante o desenvolvimento da programação e
até mesmo em aparelhos físicos (FUCUSHIMA, MARQUES e PARRÃO,
2020, p.10).

Medeiros e Queiroz (2018) descreve que os softwares para atendimento de


deficiências não aborda todas as deficiências, tornando-se o mercado de produtos
acessíveis amplo, com diferentes variedades e preços.
24

O desenvolvimento do software dependendo do planejamento, estrutura,


objetivo e meta para compreender e realizar uma tecnologia assistiva funcional para
determinada deficiência, assim, possibilitando complementar no cotidiano dessas
pessoas.

2.4.1 Exemplos de softwares Especiais

Para facilitar a vida de pessoas com deficiência foram desenvolvidos softwares


especiais para acessibilidade que são simuladores de teclado e os simuladores de
mouse para serem utilizados no computador. De acordo com Galvão Filho (2008,
p.16):
A Tecnologia Assistiva, é entendida como qualquer recurso, produto ou
serviço que favoreça a autonomia, a atividade e a participação de pessoas
com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, tem possibilitado,
nos dias de hoje, que alunos – inclusive com graves comprometimentos –
comecem a poder realizar atividades ou desempenhar tarefas que, até bem
recentemente, lhes eram inalcançáveis. Tais como adaptações de teclado,
de mouse e software especiais.

Assim o objetivo da Tecnologia Assistiva é proporcionar à pessoa portadora de


deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da
ampliação, da comunicação, mobilidade, controle do seu ambiente, habilidades de seu
aprendizado, competição, trabalho, e integração com a família, amigos e sociedade.
Podem variar de um par de óculos ou uma simples bengala a um complexo sistema
computadorizado. (SARTORETTO; MARCIA, 2020).
Essas adaptações podem ser de diferentes ordens, Magalhães et al., (2020)
descreve como:
[...] adaptações especiais, como tela sensível ao toque, ou ao sopro, detector
de ruídos, mouse alavancado a parte do corpo que possui movimento
voluntário e varredura automática de itens em velocidade ajustável, permitem
seu uso por virtualmente todo portador de paralisia cerebral qualquer que seja
o grau de seu comprometimento motor.

A comunicação alternativa envolve o uso de gestos manuais, expressões


faciais e corporais, gravuras desenhos. Objetos e dispositivos tecnológicos com voz
digitalizada dentre outros, como meio de efetuar a comunicação face-a-face de
indivíduos incapazes de usar a linguagem oral.
Em uma coleção de sites web de notícias sobre softwares que promovem a
acessibilidade, destinados para as pessoas com diferentes deficiências, será
25

abordado esses produtos conforme a cronologia. Borges (2002) apresenta DOSVOX,


um sistema para computadores para as pessoas com deficiência visual, no qual
comunica e realiza as tarefas com a síntese de voz.
Carvalho et al., (2003) descreve o software BR Braile, destinado para a
educação das pessoas com deficiência visual, onde o professor consegue entender o
que a pessoa sabe e ensinar pelo programa, pois, ele transcreve os textos em braile
para a língua portuguesa, promovendo a interação e ensino entre professor-aluno.
A Associação de Deficientes Visuais e Amigos (ADEVA) (2004) descreve os
três softwares da empresa Voice Systems no Brasil para as pessoas com deficiência
visual, onde esse software realiza a função de conversão de textos escritos em síntese
de voz, sendo apresentados os três de acordo com a ADEVA:
1. O TextVOICE Speak 3 é caracterizado como um sistema de leitura;
2. PocketVOICE possibilita a organização da agenda pessoal com o e-mail
(endereço eletrônico) Microsoft Outlook, assim, o usuário tem a
possibilidade de compreender suas tarefas e realizar interações;
3. O Text To File transforma os textos escritos em áudios, formato MP3 ou
Wave.
Cunha (2010), apresenta o Window-Eye, um software para o SO Windows, no
qual o usuário controla o que ouve e como ouvir os dados do computador, a ORCA é
um software do SO Linux que permite o controle de atividades na internet, Visual
Vision é um leitor de tela do computador, permitindo a interação humano-maquina,
Braile Fácil é um programa que cria impressão em Braile.
O software Somar foi elaborado pela Universidade de Brasília (UnB), no intuito
de auxiliar as pessoas com deficiência intelectual ou síndrome de Down a realizaram
as tarefas matemáticas do cotidiano, como o troco de compra, contagem de produto,
etc. (BOTELHO, 2016).
Fernandes (2017) apresenta o software livre de código aberto, o NonVisual
Desktop Access (NVDA), utilizado para o sistema operacional (SO) da Microsoft
Windows, como um software de leitor de tela de 20 idiomas.
O Xulia é um software de reconhecimento de voz, assim, as pessoas com
deficiência física podem acessar e utilizar o computador por meio de comandos de
voz, localizado no Instituto Novo Ser (Núcleo de Computação Eletrônica da
Universidade Federal do Rio de Janeiro) (R7, 2017), promovendo a inclusão social e
promovendo uma aprendizagem acessível.
26

A pesquisa de Stoll (2018) realizada nas Fábricas de Cultura na cidade de São


Paulo, apresenta que há equipamentos de tecnologias assistivas, como: Index Braille
Everest V4 (impressora de braille), Readable 3 (sistema de virar as paginas por
controle remoto), Sara CE (Scanner por OCR e saída de voz), Esys 40 (linhas de
brailler, promovendo a escrita e leitura de braille), Topaz XL HD (amplia a mesa),
Victor Leitor Stratus (audiolivros), BIGTrack (mouse) e Vig Keys (teclado), igura 4
apresentado respectivamente as tecnologias, da esquerda para direita:

Figura 4 - Tecnologias assistivas das Fábricas de Cultura

Index Braille Everest V4 Readable 3 Sara CE

Esys 40 Topaz XL HD Victor Leitor Stratus

BIGTrack Vig Keys


Fonte: Stoll (2018).
27

A Figura 4 apresenta softwares em produtos físicos para a utilização de


crianças e adolescentes durante seu processo de aprendizagem nas instituições de
Fábricas de Cultura em São Paulo, sendo ambientes de inclusão digital, social e
educacional.
A respeito de aplicativos para Android de smartphones que contribuem para o
cotidiano e estudo, Scola (2018) aponta 5 opções, sendo elas: Google BrailleBack
(apresentação em braile com falas para a descrição da tela); Be My Eyes (auxiliam os
usuários são identificar itens por uma chamada de video, pessoas com baixa
visualização); CPqD Alcance+ (mudança de interface para atender as dificuldades de
visão da pessoa); Eye-D (promove informações locais para as pessoas com
deficiência visual se localizar na cidade); Android Acessibility Suite (utilizando o
TalkBack, o Android consegue compreender seu destino no smartphone, facilitando
as tarefas com a tecnologia).
Para as pessoas com deficiência intelectual, a Universidade de Brasília (UnB)
elaborou o software intitulado Organizar, no qual apresenta uma agenda eletrônica
para organizar o cotidiano dessas pessoas, assim, possibilitando que não perca seus
compromissos com a escola, terapia, esporte, estudo, etc., além de promover o
ensino-aprendizado básico sobre o calendário, seu funcionamento e organização de
dia, semana, mês e ano (RAKOSKI, 2019).
Gonçalves (2019) apresenta 3 softwares que auxiliam as pessoas com
deficiência física, o Motriz foi desenvolvido na Universidade Federal do Rio de Janeiro,
permitindo que consigam acessar a internet pelo comando de fala no microfone, o
Plugga pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná apresenta um mouse
acionado para língua com teclado virtual, e o Teclado Amigo desenvolvido pelo Núcleo
de Computação Eletrônica da UFRJ, precisando de que a pessoa possa mover um
dedo, os olhos ou assoprar para conduzir o teclado no computador.
Aplicativos para Android e IOS (marca Apple), Rodrigues (2019) apresenta 4
opções, são: o Guia de Rodas para analisar os locais de fácil acesso para as pessoas
com deficiência física; Hand Talk para traduzir informações para a modalidade Libras;
Biomob realiza o mapeamento da cidade para detectar e apresentar as avaliações
dos teatros, museus, praças, hotéis, etc.; e Wheelmap busca e apresenta locais que
promovam acessibilidade para as pessoas com deficiência física.
Segundo a UNIVATES (2020) descreve alguns programas que contribuem para
a acessibilidade, como o SO Windows que proporciona:
28

 O Narrador do Windows (efetua a leitura da tela);


 Lupa do Windows (ampliação do conteúdo da tela);
 Teclado Virtual do Windows (inserir o texto por toque no mouse ou tecla);
 HeadMouse (disponibilizada pelo Governo Federal, permite manusear o
computador pelo movimento da cabeça, olhos e expressões faciais) e
 VLibras (traduzir texto em português para a Língua Brasileira de Sinais).
O Google Chrome, um navegador de internet, disponibiliza o Zoom para ampliar
o conteúdo no site; Change Colors amplia o contraste da página para a leitura; Font
Size Increase amplia o texto da página; Morpheon Dark atribui um alto contraste da
página; e ChromeVox permite que as pessoas escutem a leitura da página web, o
navegador Mozzila proporciona ferramentas semelhantes, como a Fonte Size
(ampliação de texto da página) e Zoom Page (ampliação do tamanho do conteúdo da
página) (UNIVATES, 2020).
Para a interação entre as pessoas com deficiência auditiva e pessoas sem
deficiência, o Centro de Tecnologia de Software criou o Torpedo Rybená, no qual
permite que a mensagem de texto entre essas pessoas seja em forma de libras, uma
animação no celular (LIMA et al., 2020).
Na Universidade Federal do Ceará, a Secretaria de Acessibilidade (2020),
apresenta dois programas de computadores, sendo eles o Jaws, no qual é focado em
atender as pessoas com deficiência visual para a utilização no computador,
possibilitando o acesso à internet, o programa ZoomText permite a ampliação dos
conteúdos em 60 vezes para as pessoas com baixa visão, além de promover o leitor
em voz de texto.
O Livox (2020) apresenta sua tecnologia assistiva “Livox” para a comunicação,
utilizando a Inteligência Artificial, o usuário é estimulado a praticar a comunicação de
objetos, imagens etc., e desenvolve atividades do cotidiano por palavras, vídeos e
áudios, figura 5:
29

Figura 5 - Aplicação do Livox

Fonte: Livox (2020).

Avaliação funciona para determinar qual as palavras que o individuo sabe,


assim, estabelecer outras palavras para o aprendizado da comunicação (LIVOX,
2020), no intuito de desenvolver as habilidades de interação as pessoas com
deficiência auditiva.
Os softwares apresentados são importantes para o fortalecimento da Educação
Inclusiva, sendo recomendados para o âmbito escolar, devido à necessidade das
crianças no âmbito escolar, sendo uma influência para o seu desenvolvimento pessoal
e social.

2.6 Produtos de Tecnologia Assistiva Vestiveis

Diferentes países realizam a produção de produtos para atender as pessoas


com deficiência, como China, Japão, Brasil, Índia e Alemanha, proporcionando a
acessibilidade para o cotidiano humano, devido às tecnologias assistivas: joelho
inteligente; traje robótico; cadeira de rodas guiada pelo sopro e movimento da cabeça;
tênis e palmilha inteligente; colar emite som na altura ideal para uma pessoa com
deficiência auditiva.
A Figura 6 apresentará imagens visuais sobre os produtos de tecnologias
assistivas vestíveis destinadas para as pessoas com deficiência física:
30

Figura 6 - Tecnologias Assistivas vestiveis para as pessoas com deficiência físicas

Joelho Inteligente Traje Robotico

Cadeira de rodas movida ao sopro e movimento da cabeça


Fonte: Amaral (2012) e Gimenes (2014).

O joelho inteligente desenvolvido na China composto por um software que


coleta informações do usuários para determinar as condições de movimentação,
possibilitando realizar qualquer atividade considerada humana, como caminhar, subir,
descer, pular e correr, sendo controlada pelo Bluetooth (AMARAL, 2012).
O traje robótico do Japão possibilita a movimentação do caminhar, ficar em pé
e carregar objetos, sustentando o peso do individuo, possibilitando uma segunda
chance de vida normal para a pessoa (AMARAL, 2012).
Segundo Gimenes (2014), no Brasil, a Universidade Estadual de Londrina
(UEL) criou e desenvolveu a cadeira de rodas movida a sopro e movimento da cabeça,
31

sendo testado por pessoas com deficiência física na universidade, sendo


caracterizado pelo funcionamento sem motor, utilizando uma bateria elétrica.
Os produtos tênis e palmilha inteligente; colar emite som na altura ideal para
uma pessoa com deficiência auditiva, são destinados a pessoas com deficiência visual
e auditiva, Figura 7:

Figura 7 - Tecnologia Assistiva vestivel para as pessoas com deficiencia visual

Fonte: Presse (2014).

A Figura 7 apresenta o tênis e palmilha inteligente, elaborado na Índia,


permitem que os sapatos e as palmilhas por meio do GPS e Bluetooth indicam os
locais que uma pessoa com deficiência visual deve virar as ruas, utilizando o Google
Maps como orientação, emite uma vibração para o usuário indicando a hora de virar
para a esquerda e direita do trajeto estabelecido (PRESSE, 2014).
A Figura 8 trata uma tecnologia assistiva para as pessoas com deficiência
auditiva, o colar possibilita a audição de sons durante o cotidiano para o usuário:
32

Figura 8 - Tecnologia Assistiva vestivel para as pessoas com deficiencia


auditiva

Fonte: Munhoz (2015).

O colar foi planejado na Alemanha, é considerado um fone de ouvido particular


para as pessoas com deficiência auditiva, pois, transmitem o áudio de aparelhos como
smartphones e televisão para o sujeito na frequência de volume adequado para cada
um, assim, sem precisar interferir no volume original, a mudança do volume ocorre via
Bluetooth (MUNHOZ, 2015), sendo um processo de inclusão com adaptações.
Há países que realizam a tarefa de promover e desenvolver produtos para a
inclusão social das pessoas com deficiência, demonstrando a importância de
pesquisadores criarem protótipos para a contribuição com a sociedade.

2.7 Origens da Tecnologia Assistiva

As tecnologias assistivas surgiram com a evolução das Tecnologias de


Informação Comunicação (TIC’s), o qual disponibilizou diferentes ferramentas para a
humanidade, uma delas é a tecnologia de forma acessibilidade e flexibilidade,
promovendo a inclusão para as pessoas com deficiência (TAVORA et al., 2020).
Sales (2020) aponta que a tecnologia tem apresentado transformações no
cotidiano, tornando-se uma facilidade, beneficio para as pessoas com deficiência. A
expressão Tecnologia Assistiva, porém, surge pela primeira vez em 1988:

O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva,


foi criado oficialmente em 1988 como importante elemento jurídico dentro da
legislação norte-americana, conhecida como Public Law 100-407, que
compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act. Este
conjunto de leis regula os direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA,
além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos
que estes necessitam. Houve a necessidade de regulamentação legal deste
tipo de tecnologia, a TA, e, a partir desta definição e do suporte legal, a
população norte-americana, de pessoas com deficiência, passa a ter
33

garantido pelo seu governo o benefício de serviços especializados e o acesso


a todo o arsenal de recursos que necessitam e que venham favorecer uma
vida mais independente, produtiva e incluída no contexto social geral.
(BERSCH, 2005)

Essa legislação norte-americana que estabelece os critérios e bases legais que


regulamentam a concessão de verbas públicas e subsídios para a aquisição desse
material, entende Assistive Technology como Recursos e Serviços. Recursos, no
texto da ADA - American With desabilities Act, é “todo e qualquer item, equipamento
ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida, utilizado para
aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com
deficiência”. Serviços são “aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com
deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos” (BERSCH,
2005).
Baseados nos critérios do ADA, Cook e Hussey definem Tecnologia Assistiva
(TA) como “uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas
concebidas e aplicadas para minorar os problemas funcionais encontrados pelos
indivíduos com deficiência” (COOK e HUSSEY, 1995).

2.8 Acessibilidade

Segundo Bieler (2003) todas as pessoas deveriam ter acesso aos serviços
primários de saúde e à educação básica, e menciona [...] “aproximadamente quatro
quintos das pessoas com deficiência existentes no mundo vivem em países em
desenvolvimento. A pobreza cria condições para a deficiência e a deficiência reforça
a pobreza”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a Classificação
Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens como:
 Deficiência: toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função
psicológica ou anatômica;
 Incapacidade: toda restrição ou falta – devida a uma deficiência – da
capacidade de realizar uma atividade na forma ou na medida em que se
considera normal a um ser humano;
 Desvantagem: uma situação prejudicial para determinado indivíduo, em
consequência de uma deficiência ou uma incapacidade, que limita ou
impede o desempenho de um papel que é normal em seu caso (em
34

função da idade, sexo e fatores sociais e culturais).


O Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000
apontou que 24,5 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de deficiência, isto
equivale a 14,5% da nossa população. E a ONU, em suas pesquisas, apontou que no
mundo existem 500 milhões de pessoas com deficiência.
Podemos entender por “acessibilidade” o conjunto de esforços que se realiza
em diferentes âmbitos da atividade humana para facilitar o acesso a meios e recursos
sociais, culturais, educacionais, etc., com o objetivo de reduzir o efeito de uma
limitação do meio ambiente e assim proporcionar uma maior igualdade às pessoas
com necessidades especiais. As barreiras de acessibilidade atingem a todos, pois em
muitos casos, as pessoas podem ter dificuldades em utilizar as TIC, devido às
características específicas próprias ou do ambiente onde se encontram e por este
motivo, há uma estreita relação entre os conceitos de “acessibilidade” e “desenho
universal”.
O desenho universal não abrange apenas as pessoas com necessidades
especiais; leva em consideração as múltiplas diferenças existentes entre o maior
número de pessoas. A idéia é evitar a necessidade de ambientes e produtos especiais
adaptados para pessoas com “deficiência”, buscando garantir a acessibilidade a todos
os componentes do ambiente e a todos os produtos concebidos no decorrer do
desenvolvimento de um projeto, para que sejam utilizados por todas as pessoas com
diferentes capacidades, o maior tempo possível, sem a necessidade de adaptações.
A palavra “acessibilidade” pode ser encarada não apenas como o acesso à
rede de informações, mas também como o rompimento das barreiras de comunicação,
equipamentos e software adequados às diferentes necessidades especiais, bem
como conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos, ou seja,
garantia de mobilidade e usabilidade de recursos computacionais.
Segundo a UNIVERSIDADE DE TRÁS-DOSMONTES E ALTO DOURO, 2002,
o conceito de “acessibilidade” pode ser definido em três enfoques:
 Sujeito (PNEE): significa que nenhum obstáculo é imposto ao sujeito em
face das suas capacidades sensoriais, funcionais e cognitivas;
 Situação: significa que o sistema é acessível e utilizável em diversas
situações, independentemente do software, comunicações ou
equipamento;
 Ambiente: significa que o acesso não é condicionado pelo ambiente
35

físico envolvente, exterior ou interior.

2.8.1 Domótica

Domótica é uma tecnologia recente que permite a gestão de todos os recursos


habitacionais. O termo “Domótica” resulta da junção da palavra latina “Domus” (casa)
com “Robótica” (controle automatizado) (CHAVES, 2015, online).
Conforme Teza (2002), a automação residencial vincula a casas, apartamentos
e escritórios com a tecnologia, conhecido como: Automação Doméstica,
Automatização Residencial ou Domótica. O conceito de domótica segundo Bolzani:
É a ciência moderna de engenharia das instalações em sistemas prediais. A
Domótica é uma ciência multidisciplinar que estuda a relação entre homem e
casa. A imersão de pessoas em ambientes computacionalmente ativos
revelou a necessidade do uso de técnicas mais sutis que gerenciassem a
complexidade e o dinamismo das interações 27 dos moderadores com o
ambiente residencial saturado de diminutos dispositivos eletrônicos
interligados a rede. (BOLZANI, 2010, p. 31).

Segundo Tonidandel, Takiuchi e Melo (2004), a Domótica são dados a respeito


da casa, os quais são analisados e adaptados para uma automatização do ambiente
e promover conforto aos habitantes.
Domótica envolve inteiramente a tecnologia, sendo um fator essencial para a
qualidade de vida, pois, o objetivo central é minimizar o trabalho doméstico e
assegurar o bem-estar, por meio de um computador para a realização das tarefas
(ANGEL, 1993).
A automação residencial, assim como a predial, é derivada da automação
industrial, porém, com tecnologias adequadas para a realidade de uma residência,
onde na maioria das vezes não há espaço suficiente para grandes centrais de controle
e pesados sistemas de cabeamento (SENA, 2005).

2.8.2 O mercado da automação residencial

O mercado de automação residencial vem atravessando um momento agitado,


pois o seu crescimento físico, divulgação do tema e aumento da concorrência fazem
com que novos produtos sejam lançados no mercado frequentemente. Para o ano de
2015, a AURESIDE projeta números positivos em relação a 2014 com crescimento de
30% e faturamento superior a R$ 3,7 bilhões em 2014. (ISC..., 2015, online)
36

No Brasil a automação residencial merece um destaque, pois o número de


fabricantes no mercado teve um rápido crescimento nos últimos anos.

O número de fornecedores triplicou em menos de cinco anos e embora se


trate de um crescimento considerável, ainda vivemos a infância deste
mercado, portanto alguns ajustes são inevitáveis entre os personagens que
dele participam e isto é natural em qualquer mercado emergente. Canais de
distribuição, políticas comerciais e de suporte, entre outras atividades,
passam no momento por uma estruturação que, em médio prazo, deverá
consolidar bases definitivas para sustentar o seu inevitável crescimento.
(MURATORI, 2015, online).

Conforme foi visto acima, o crescimento constante deste mercado promove o


surgimento de oportunidade para quem quer entrar neste novo e promissor mercado
da automação residencial. As oportunidades variam desde o projeto até a instalação
dos sistemas, assim como também, pela programação e fornecimento dos
equipamentos. Apesar de bastante promissor, este mercado ainda encara o desafio
da falta profissionais qualificados.

Levantamentos realizados pela AURESIDE demonstram o tamanho deste


desafio, pois o Brasil teria hoje pelo menos 1,8 milhões de residências com
potencial para utilizar sistemas automatizados, para um número de, no
máximo, 300 mil residências. Ou seja, já existe um déficit de pelo menos 1,5
milhão de residências que precisariam ser atendidas imediatamente, porém,
dispomos de apenas 15% do contingente de profissionais para suprir esta
demanda. (MATUORI, 2015, online)

De acordo com pesquisas da Associação Brasileira de Automação Residencial,


a busca por soluções de automação está em diferentes estágios nas regiões do Brasil.
Em São Paulo, por exemplo, os interessados já não são mais os entusiastas ou
visionários, mas também os pragmáticos e cidadãos comuns de classe média
(TURUEL, 2008).

2.9.1 Definição de Automação Residencial

Segundo Prudente (2013), a automação residencial (em inglês, home


automation) define-se como a tecnologia que estuda a automação de um prédio ou
habitação, sendo domótica, que deriva do neologismo francês “domotique”, o termo
que a identifica, significando literalmente “casa automática”.
37

A Automação Residencial inicialmente é referenciada como uma novidade


que as vezes causa perplexidade pelo seu alto grau tecnológico e pela alusão
ao futurismo, ao mesmo tempo que pode ser compreendida como um símbolo
de status e modernidade. Numa visão realista e austera, a Automação
Residencial proporciona o conforto e a conveniência que qualquer ser
humano deseja, talvez seja o maior e melhor dos sonhos de consumo
almejados. E por fim, o que parece inacreditável analisando sob alguns
enfoques, tornará a ser uma necessidade vital a qualquer morador e um
excelente fator de economia, tal qual foi a evolução da telefonia celular nos
anos 90 que parecia coisa de filme de ficção científica, como cavalgar em sua
fazenda e falar num telefone com sua mãe a talvez centenas de quilômetros
(TEZA, 2002, p.24).

A automação residencial é um ramo da automação predial que tem como


objetivo o controle de processos no universo doméstico, com isso reduzindo a
necessidade de intervenção humana no gerenciamento de equipamentos
eletroeletrônicos através de sistemas de controle (Figura 9). Informações sobre o
ambiente são coletadas por sensores e analisadas para a tomada de decisão segundo
um programa predeterminado. Essas decisões podem disparar ações que podem
alterar o estado de atuadores modificando as condições do ambiente (BOLZANI,
2004; BOLZANI, 2010).

Figura 9 - Conceito da automação residencial

Fonte: Soluções Industriais, 2011


38

A automação residencial possibilitar controlar as ferramentas de uma casa,


como apresenta a figura 9, Bolzani (2004) explica que é uma casa inteligente, no
intuito de promover o conforto, assim, uma casa tecnológica promove a acessibilidade
e ferramentas de fácil manuseio, proporcionando auxilio para o cotidiano.

O sistema desenvolvido tem as seguintes funcionalidades: interconectar todo


o sistema de iluminação de uma residência para que possa ser controlado,
que vai desde um simples ligar ou desligar uma lâmpada remotamente à
dimerização das luzes de determinados ambientes; monitoramento da
temperatura de um dos cômodos da casa; e implementação de sistema de
alarme que se comunica com o smartphone do usuário, visando a segurança
residencial. Todos os módulos do sistema apresentados neste projeto visam
à facilidade e dinamismo no acesso a determinadas funcionalidades para
usuários deficientes ou não. Salienta-se que o projeto do sistema de controle
e automação através de conjunto de ferramentas e dispositivos possui estas
funcionalidades, mas se sabe que pode ser expandido para inúmeros
processos ou “coisas” a controlar através de outros sensores e atuadores
(WANZELER, FULBER e MERLIN, 2016, p.1).

A automação residencial é proveniente da domótica, conforme Bolzani (2004),


latim domus que significa casa, sendo uma técnica moderna de engenharia dos
sistemas prediais e de seus equipamentos. Com estas novas tecnologias pretendem-
se criar sistemas que possuem características de automatizar os processos
repetitivos, tornando as residências inteligentes.
Podem ser consideradas ainda um conjunto de serviços com sistemas
integrados, que buscam satisfazer necessidades básicas de conforto, segurança e
praticidade de uma residência através de equipamentos capazes de se comunicar
entre si, seguindo uma programação pré-estabelecida pelo proprietário do imóvel,
conforme sua vontade.
A automação residencial possibilita uma conexão entre as ferramentas da casa,
assim, contribuindo para a flexibilização de informações e auxílio, a Tecnologia
Asssistiva são tecnologias que contribuem para o cotidiano de pessoas com
deficiências, a automação residencial é um exemplo importante de tecnologia, devido
às dificuldades que as pessoas têm com suas limitações (SARTORETO e BERSCH,
2020).
Há a atuação do Desenho Universal de acessibilidade no projeto de automação
residencial, pois, permite que qualquer pessoa usufruem das funcionalidades que uma
casa proporciona para a humanidade, o objetivo principal pode ser atender as pessoas
com deficiências, mas a casa torna um fator de auxílio para todas as pessoas, sem
39

exclusão social (PILOTI, 2014).


Dessa forma, obtendo uma melhor qualidade de vida, proporcionando bem-
estar, segurança e redução de serviços domésticos. Nesse contexto, com a domótica,
a informação fornecida por algum sensor estará à disposição através de uma rede
interna, podendo ser modificada conforme vontade do usuário a qualquer momento.

2.9.2 Automação residencial no Brasil

A terminologia predominante usada no Brasil é automação residencial,


traduzida do termo americano home automation, entretanto, o termo não é tão
abrangente quanto o termo domótica. A adesão a novas tecnologias tem crescido
exponencialmente no Brasil. Contudo, o mercado da construção civil não acompanha
o crescimento tecnológico nas mesmas escalas. Guardada as proporções, veículos
contem mais tecnologias embarcadas do que as residências. Porém os preços no
âmbito residencial são muito mais elevados (MURATORI; DAL BÓ, 2011).
Roveri (2012) diz que existe grande deficiência de profissionais qualificados e
capacitados, no mercado nacional, para construir, programar, projetar e instalar os
dispositivos. Sendo o completo oposto de países mais desenvolvidos, onde os
profissionais montam equipes especializadas em partes específicas do projeto, com
isso, tendo resultados mais satisfatórios.
O Brasil sofre retrocesso em questão de implementação de tecnologias no
cotidiano humano, tornando-se um espaço amplo para estudo e evolução da
automação residencial brasileira, de 2003 a 2015, houve uma evolução nos sistemas
de controle de uma resistência, como: cabeamento estruturado; monitoramento de
segurança; multiroom e áudio; home theater; controle de iluminação; automação
integrada e gerenciamento de energia (RIBEIRO, 2018), tornando-se um incentivo
para os estudos no Brasil e fortalecimento no crescimento do setor de domotica.
A automação residencial precisa adotar medidas que contribuem para o
Desenho Universal de acessibilidade, Santos et al., (2020) explica que a casa
inteligencia assume tarefas conforme a programação, para o âmbito das pessoas com
deficiência física, o sistema precisa ser acionado pelo comando de voz, necessitando
das áreas de assistentes de voz e virtual.
No Brasil, o início de produção de tecnologias assistivas foi demonstrado com
a invenção da cadeira de rodas guiada pelo sopro e movimento da cabeça pela
Universidade Estadual de Londrina (UEL), possibilitando compreender que os
40

pesquisadores têm capacidade em adotar sistemas de reconhecimento para a


realização de uma tarefa, assim, como a automação residencial.
41

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Tipo de pesquisa

Este trabalho de conclusão de curso trata-se de uma pesquisa bibliográfica,


tem por objetivo mostrar a sociedade o quanto a tecnologia pode contribuir e facilitar
a vida de pessoas com deficiência física podendo oferecer maior qualidade de vida.
Quanto à abordagem, trata-se de uma pesquisa bibliográfica que visa mostrar os
diferentes aspectos das tecnologias assistivas e como podem transformar a vida
cotidiana de pessoas que tem algum tipo de deficiência.

3.2 Ambiente de Desenvolvimento

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que aborda a importância da tecnologia


atualmente para pessoas com deficiência física para demonstrar ser possível utilizar
as assistentes virtuais para o uso da voz para utilizar recursos da automação
residencial com baixo investimento de forma simples, através da instalação de
equipamentos e dispositivos sendo amplamente usados através da conexão com a
internet, sendo assim é possível aumentar a capacidade de realizar tarefas
proporcionando melhor qualidade de vida as pessoas com algum tipo de deficiência.
Podemos observar ser grande o número de pessoas que tem a necessidade de ter
uma residência automatizada para facilitar a realização de tarefas rotineiras sem
dificuldades ou perder tempo fazendo essas tarefas manualmente quando podem ser
realizadas de forma automática por meio da automação residencial e a domótica.
A automação residencial é uma tendência mundial e no Brasil ainda são poucas
as residências que utilizam essa tecnologia por desconhecimento e por não ter
afinidade com esse tipo de tecnologia, sendo de suma importância a sua utilização
para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
42

4. RECONHECIMENTO DE FALA

A voz é uma ferramenta de grande complexidade e possui inúmeros fatores


envolvidos na sua produção. As estruturas anatômicas e os processos fisiológicos
envolvidos no sistema de produção da fala são responsáveis pelos diversos fonemas
emitidos e, consequentemente, carregam informações sobre suas formas, fisiologia
e dinâmica (BEHLAU, 2001).
Segundo Behlau (2004), a voz é uma das ferramentas primárias e mais
imediata que o ser humano dispõe para interagir com a sociedade. O aparelho
fonador, representado na Figura 10, é o conjunto de órgãos responsáveis pela
fonação humana, ou seja, pela geração da voz. A voz é produzida na laringe, onde
se localiza as cordas vocais ou pregas vocais.
A produção da voz está relacionada a fatores biológicos e genéticos, mas
também culturais e psicossociais. Também tem relação com a personalidade, o
estado emocional e a forma de expressar emoções (GOULART e COOPER, 2002).

Figura 10 - Aparelho fonador

Fonte: Fonticaarticulatria

A voz é produzida na laringe, onde se encontram as pregas vocais, que no ato


da fala se aproximam suavemente e realizam um movimento de vibração, por conta
da passagem do ar que vem dos pulmões durante o ato de expiração, sendo
produzido o som. Este som é ampliado e modificado pelas cavidades ressonantes
(faringe, cavidade bucal, cavidade nasal e seios perinasais) e pelos órgãos de
articulação (lábios, dentes, maxilares, língua, palato duro e mole) que cooperam na
43

articulação de consoantes e vogais.


As pregas vocais (Figura 11) são duas faixas de tecido elástico, localizadas
lado a lado na laringe, um pouco acima da traqueia. Quando se permanece em
silêncio, as pregas mantem-se abertas, criando assim uma via através da qual se
respira. Quando se emite som, o ar que sai dos pulmões é forçado através das
pregas vocais, fazendo com que elas vibrem. Quando vibram mais rápido, produzem
sons de intensidade inferior, ao vibrarem, o som é emitido (MONTEIRO e
FERREIRA, 2011).

Figura 11 - Pregas vocais

Fonte: hmsportugal, 2015

As pregas vocais em mulheres tendem a ser menores do que a dos homens.


Sendo assim, as mulheres tendem a ter uma voz mais aguda. Também com relação
ao tamanho das mesmas, quanto menor mais vibram. Normalmente as pregas vocais
das mulheres vibram 220 vezes por segundo (220 Hz) enquanto as pregas vocais
dos homens vibram 110 vezes por segundo (110 Hz) (GOULART e COOPER, 2002).
Cada indivíduo, assim, possui uma voz única como uma impressão digital,
tornando essa característica genética, que pode ser empregada para a
automatização de sistemas controlados por comandos de voz. Este recurso está
sendo utilizado inclusive em controle de acesso para segurança, controle de
ambientes, ou mesmo itens pessoais como uma cadeira de rodas, como na proposta
de Chiele e Zerbetto (2010) e Suresh e Rao (2015).
Os sistemas de reconhecimento automático de fala (RAF), implementado para
automação, passam por alguns processos necessários envolvendo dispositivos de
44

hardware e software, para o reconhecimento da voz e posteriormente a realização


de ações pré-determinadas. Para que um sistema computacional reconheça a fala e
juntamente a fonética da palavra dita, são seguidos alguns passos.
Primeiramente, o som da voz precisa passar por um processo de filtragem
para eliminar a maior parte do ruído e interferências possível, proveniente do
ambiente. Depois essas ondas sonoras são transformadas em dados digitais através
de um conversor analógicodigital.
Esses filtros e conversores podem estar já inseridos em um único chip no
próprio microfone. Após, é aplicado uma medida para cada uma dessas ondas
capturadas, então são computadas as características espectrais contidas na voz e
sincronizadas com modelos de som já armazenadas na memória do classificador.
Essa digitalização é separada em sons fonéticos de uma sílaba, que são
comparadas com sons de fonemas já conhecidos presente no banco de dados, de
acordo com o idioma escolhido.

4.1 A voz e a fala como formas de interação

Segundo Gomes (2007), a comunicação "não é um aspecto acidental da vida


humana, mas sim algo essencial e natural". Ela é o processo no qual ocorre a troca
de informações, e o compartilhamento de experiências ou de sentimentos, por meio
de uma mensagem que é passada de um emissor para um receptor através de um
sistema de signos (palavras, gestos, sons, imagens, etc).
Quando as pessoas se engajam em uma conversa, elas transmitem mais que
o significado das palavras emitidas. O discurso também passa o estado emocional e
os aspectos da personalidade do locutor. A interação cara a cara permite ainda a
transmissão de significado nos comportamentos não-verbais, como expressão facial,
gestos e postura corporal. (MCTEAR; CALLEJAS; BARRES, 2016).
Ademais, a fala é o meio de comunicação humano fundamental. Mesmo
quando a escrita, as expressões faciais, a linguagem de sinais e outras formas de
comunicação são igualmente expressivas; as pessoas de todas as culturas (que
conseguem escutar) persuadem, informam e constroem relacionamentos
primariamente pela fala (NASS; BRAVE, 2007).
Para Grice (1975), o que foi comunicado não está, necessariamente, contido
no discurso da conversa, pois existem mensagens que podem ser subentendidas
45

dado um contexto. Isso se dá porque, mesmo tendo conhecimento da língua falada


47 pelo locutor, um ouvinte precisa conhecer as circunstâncias de uma frase para ser
capaz de interpretar de forma adequada o enunciado.
Segundo o mesmo, uma conversa não é composta por uma série de
constatações sem relação entre si. Até certo ponto elas partem de um esforço
cooperativo, onde cada participante reconhece um propósito comum ou, pelo menos,
onde ambos aceitam mutuamente uma direção. Esse objetivo ou direcionamento pode
ter sido estabelecido desde o início da conversa, ou pode ter evoluído durante a
mesma; pode ser um objetivo determinado, ou um indefinido como durante uma
conversa informal entre amigos.
Em todos os casos, algumas atitudes não são adequadas para uma conversa,
dado que o esperado é que cada pessoa faça sua contribuição no momento certo, e
de acordo com o propósito ou na direção da conversa que se está envolvido, Grice
(1975) chama esse fundamento de “Princípio Cooperativo".

4.2 ASSISTENTE DE VOZ E VIRTUAIS

Um assistente de voz possibilita a interação entre humano-computador, no qual


responde e proporciona conversa com o usuário, Borba (2019) aponta os modelos de
comunicação ZigBee ou Z-Wave como assistentes de voz, atuando em prol de atender
as rotinas de um ser humano.
Diante do senário de evolução das tecnologias, os assistentes virtuais
possibilitam uma comunicação com o usuário, reconhecendo a voz e respondendo
conforme sua lista de vocabulários.
Navarro (2012) aponta que os assistentes virtuais e voz são reconhecidos nos
smartphones, no qual são acionados pelo comando de voz por uma interface, os quais
produzem um limitado vocabulário de interação, por exemplo: o Google Assistente,
Siri da Apple, S Voice da Samsung, Cortana da Microsoft (SOUZA, 2016).
Santos et al., (2020) explica que o Google Assistente, atua semelhante as
demais ferramentas, permitindo verificar e-mails, configurar agenda, marcar lembretes
e realizar pesquisas, utilizando o banco de dados do Google, a Siri (Apple) responde
os usuários por meio de texto e voz, permitindo iniciar aplicativos, informar previsão
do tempo, lembrar de compromisso, digitar e-mails e tirar dúvidas com pesquisas na
internet.
46

Souza (2016) complementa que o S Voice reconhece o comando de voz para


realizar funções semelhantes às descritas pelas outras ferramentas, apresenta
dependência de comandos claros para a execução da tarefa, e o Cortana interpreta
linguagem natural apenas em inglês. Todos as assistentes apresentam semelhança,
apenas a Siri responde o comando de voz do usuário.
A funcionalidade desse assistente é auxiliar as tarefas de um ser humano,
possibilitando que o usuário solicite tarefas, como iniciar uma música, procurar por
palavras, marcar horas no relógio, etc. (VIGLIAROLO, 2017), essas são as atuais de
um assistentes virtuais e voz no smartphone, funções limitadas.
No âmbito da automação residencial, Freitas (2019) apresenta alguns sistemas
que funcionam pelo comando de voz, sendo aplicativos de Android com acesso por
meio do Bluetooth, tabela 2:

Tabela 2 - Aplicativos para automação residencial


EMPRESA PRODUTO PREÇO FUNCIONALIDADE
Amazon Echo Dot R$ 349,00 O usuário pode pedir música nos
Echo R$ 599,00 principais serviços de streaming de
Show música, pergunte sobre notícias e
Echo R$ 699,00 previsão meteorológica, controle
dispositivos de casas inteligentes, como
acender luzes, trancar fechadura, veja
câmeras de segurança e acione
eletrodomésticos inteligentes como smart
TVs, cafeteiras, geladeiras, micro-ondas e
demais dispositivos conectados
Apple HomeKit - O usuário pode pagar as luzes, acessar
câmeras de segurança; controlar
remotamente uma AppleTV, apenas
dispositivos desenvolvidos pela Apple,
não sendo compatível a outras marcas
Google Google R$ 349,00 O usuário pode consultar a previsão do
Nest Mini tempo ou ouvir notícias ou informações
personalizadas, como programação,
lembretes, acionar temporizadores,
alarmes, diminuir luz, ligar TV ou alterar a
temperatura do ambiente
Fonte: Freitas (2019, p.19-20).

Em uma residência automática e acessível, o aplicativo deve funcionar


conforme o comando de voz, assim, realizar as tarefas solicitadas com eficiência,
contribuindo para o cotidiano das pessoas.
47

Para compreender a funcionalidade de um assistente de voz e virtual, Freitas


(2019) explica a forma como é a interação entre humano-computador, Figura 12:

Figura 12 - Interação Humano-Assistente

Fonte: adaptado de Freitas (2019, p.50).

A figura 12 apresenta o trajeto de interação entre o assistente de voz e virtual


para uma automação residencial, a iniciação da interação é semelhante ao de
aplicativo disponível nos smartphones, portanto, o usuário iniciará com “Oi” para o
começo da conversa, a partir desse reconhecimento de voz, o usuários terá a
possibilidade de solicitar comandos.

O usuário deve selecionar dentre esses equipamentos qual deseja controlar,


caso o que for reconhecido não esteja dentre as opções disponíveis, o
sistema informa que não entendeu e pede para selecionar novamente o
equipamento desejado; caso o usuário deseje cancelar a operação, se
retorna para a frase inicial; e, por fim, caso reconheça algum dos
equipamentos listados, será perguntado, dependendo do equipamento, o que
se quer que seja realizado (FREITAS, 2019, p.51).
48

A evolução tecnologia contribui significativamente para o cotidiano das pessoas


com deficiência, a assistência de voz e virtual possibilita a realizações de tarefas,
tornando-se essencial para dia-a-dia. As melhorias necessarias para a assistência de
voz e virtual, automatização residencial e domotica é o reconhecimento de libras para
a população com deficiencia auditiva e o desenvolvimento de pesquisas pratica no
Brasil, tornando a opção de assistência de voz e virtual, automatização residencial
acessivel para a população.
49

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa demonstrou que a evolução tecnologia contribui significativamente


para o cotidiano da humanidade, desde a comunicação, compras, vendas, etc., sendo
um setor de suma importância para a acessibilidade, ocasionando na inclusão social
das pessoas com deficiência.
As tecnologias assistivas são conjunto de ferramentas que visam auxiliar as
pessoas que apresentam limitações, pois, proporciona meios adaptados que
correspondem a dificuldade das pessoas, possibilitando contribuir para o desempenho
da mesma em um ambiente, como a educação e a realização de tarefas diárias.
As tecnologias assistivas possibilitou a criação de ferramentas para manuseio,
tecnologias de vestimenta, adaptações nas casas, acesso à informação no celular por
comando de voz, etc., a automação residencial é um setor tecnológico importante para
as pessoas com deficiência, pois, aborda o Desenho Universal e acessibilidade,
possibilitando que qualquer pessoa adquire tais recursos.
As funcionalidades do assistente de voz e virtual é uma contribuição
significativamente para a população, pois, um computador inteligente realiza a tarefa,
facilitando as responsabilidades. A aplicação da assistente de voz e virtual por um
aplicativo envolve diferentes meios de auxílio, desde executar comandos do celular
(ligação, verificação de mensagem, marcação de lembrete, etc.), até em uma casa
(apagar a luz, ligar a televisão, acionar alarmes, etc.).
A assistente de voz e virtual tem responsabilidade e relevância em diferentes
setores da tecnologia, envolvendo os smartphones, casas automatizadas e a
domótica, possibilitando uma ampla ajuda para as pessoas com deficiência.
50

REFERÊNCIAS

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR9050. Acessibilidade a


edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro; 2004.

ALVES, M.D.F. PEREIRA, G.V. VIANA, M.A.P. Tecnologia assistiva na perspectiva


de educação inclusiva: o ciberespaço como lócus de autonomia e autoria. Laplage
em Revista (Sorocaba), vol.3, n.2, mai.-ago. 2017, p.159-169. Disponível em: <
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6193637> Acesso em: 10 nov 2020.

AMARAL, Marcelo. Veja tecnologias para facilitar a vida de pessoas com


deficiência física. TechTudo, 2012. Disponível em: <
https://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/10/confira-tecnologias-favor-de-
pessoas-com-deficiencia-fisica.html> Acesso em: 11 nov 2020.

AMARAL, Marılia A.; BARRIVIERA, Rodolfo; COTRINTEIXEIRA, Eduardo.


Reconhecimento de Voz para Automação Residencial baseado em Agentes
Inteligentes. Janeiro de 2009. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/41908455_Reconhecimento_de_Voz_par
a_Automacao_Residencial_baseado_em_Agentes_Inteligentes>. Acesso em: 10 out.
2019.

ANGEL, P. M. Introducción a la domótica; Domótica: controle e automação. Escuela


Brasileño-Argentina de Informática. EBAI. 1993.

ASSOCIAÇÃO DE DEFICIENTES VISUAIS E AMIGOS. Softwares para deficientes


visuais. 2004. Disponível em:
<http://adeva.org.br/jornalconviva/artigo_detalhe.php?jornal=21&registro=567>
Acesso em: 11 nov 2020.

BITTENCOURT, Z.Z.L.C. CHERAID, D.C. GASPARETO, M.M.E.R.F.


EXPECTATIVAS QUANTO AO USO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA. Journal of
Research in Special Educational Needs, Volume 16, Number 1, 2016. Disponível em:
< https://nasenjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1111/1471-3802.12311>
Acesso em: 09 nov 2020.

BORBA, Vitor F.de. AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL DE BAIXO CUSTO. Trabalho de


Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Elétrica da Universidade
do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro
Eletricista. Palhoça, 2019.

BORGES, A. O que é o Dosvox. INTERVOZ, 2002. Disponível em: <


http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/intro.htm> Acesso em: 11 nov 2020.

BORGES, W.F. TARTUCI, D. Tecnologia Assistiva: Concepções de Professores e


as Problematizações Geradas pela Imprecisão Conceitual. Rev. bras. educ.
espec. vol.23 no.1 Marília Jan./Mar. 2017. Disponível em: <
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
65382017000100081&script=sci_arttext&tlng=pt> Acesso em: 09 nov 2020.
51

BOTELHO, P. Softwares ajudam na inclusão de pessoas com deficiência


intelectual. Correio Braziliense, 2016. Disponível em: <
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2016/10/18/interna_cidade
sdf,553639/softwares-ajudam-na-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia-
intelectual.shtml> Acesso em: 11 nov 2020.

BRASIL. LEI No 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000. Disponivel em: <


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm#:~:text=LEI%20No%2010.098%
2C%20DE%2019%20DE%20DEZEMBRO%20DE%202000.&text=Estabelece%20no
rmas%20gerais%20e%20crit%C3%A9rios,reduzida%2C%20e%20d%C3%A1%20ou
tras%20provid%C3%AAncias.> Acesso em: 10 nov 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Sala de


Recursos Multifuncionais: espaços para o Atendimento Educacional
Especializado. Brasília: MEC/SEESP, 2006.

BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Subsecretaria Nacional de


Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas.
Tecnologia Assistiva. Brasília: CORDE; 2009.

CALHEIROS, D.S. MENDES, E.G. LOURENÇO, G.F. Considerações acerca da


tecnologia assistiva no cenário educacional brasileiro. Revista Educação
Especial, v. 31, n. 60, p. 229-244, jan./mar. 2018.

CAMBIAGHI, S. S. Desenho universal: métodos e técnicas para arquitetos e


urbanistas. São Paulo: Editora Senac, 2007.

CARVALHO, Jose O.F. BEZERRA, C.M.C. BUTTON, V.L.S. DALTRINI, B.M. KAWAI,
A.K. BARROS, R.P. BR BRAILLE: um sistema de interface para facilitar a
comunicação entre o aluno deficiente visual e o professor vidente. ll Seminario ATIID
– Acessibilidade, TI e Inclusão Digital, São Paulo, 2003.

CONTE, E. OURIQUE, M.L.H. BASEGIO, A.C. TECNOLOGIA ASSISTIVA,


DIREITOS HUMANOS E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UMA NOVA SENSIBILIDADE.
Educ. rev. vol.33 Belo Horizonte 2017. Disponível em: <
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
46982017000100140&script=sci_arttext&tlng=pt> Acesso em: 09 nov 2020.

COSTA, L. Inclusão Digital: Espaço Possível para Pessoas com Necessidades


Educacionais Especiais. Revista do Centro de Educação. 2002, número 20.

CUNHA, Claudia V.S. As tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) como


ferramenta potencializadora de habilidades para pessoas com deficiência. Artigo
Monográfico de Especialização em Educação Especial. Santa Maria, 2010. Disponível
em: <
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1484/Cunha_Claudia_Viviane_Santana
.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: 11 nov 2020.

DISCHINGER, M. BING ELY, V. H. M. Promovendo acessibilidade nos edifícios


públicos: guia de avaliação e implementação de normas técnicas. Santa Catarina:
52

Ministério Público do Estado, 2006.

FERREIRA, R.S. SAMPAIO, P.Y.S. SAMPAIO, R.A.C. GUTIERREZ, G.L. ALMEIRA,


M.A.B. Tecnologia assistiva e suas relações com a qualidade de vida de pessoas
com deficiência. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. 2017 Disponível em: <
https://www.revistas.usp.br/rto/article/view/107567/129256> Acesso em: 09 nov 2020.

FREITAS, Pedro T.P. SISTEMA DE AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL PARA


DEFICIENTES VISUAIS BASEADO EM RECONHECIMENTO DE VOZ. Trabalho de
Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Elétrica do
Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial à
obtenção do grau de bacharel em Engenharia Elétrica. FORTALEZA, 2019.

FUCUSHIMA, A.A. MARQUES, A.P.A.Z. PARRÃO, J.A. REVISÃO DA LITERATURA


SOBRE USABILIDADE E ACESSIBILIDADE EM AMBIENTE WEB. Toledo,
Presidente Centre Universitário, Revolução na Ciência, Ciências e Profissões em
transformação, ETIC, 2020. Disponível em:
<http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ETIC/article/view/8604/67649912
> Acesso em: 10 nov 2020.

GALVÃO FILHO, Teófilo. A Tecnologia Assistiva: de que se trata?: educação,


comunicação, inclusão e interculturalidade. Redes Editora, p. 207-235, 2009b.
Disponível em: <www.galvaofilho.net/assistiva.pdf>. Acesso em: 17 out. 2019.

GIMENES, Erick. UEL cria cadeira de rodas que move paraplégicos por meio de
sopro. G1 GLOBO, 2014. Disponível em: < http://g1.globo.com/pr/norte-
noroeste/noticia/2014/02/uel-cria-cadeira-de-rodas-que-move-paraplegicos-por-
meio-de-sopro.html> Acesso em: 11 nov 2020.

GOFFREDO, V. L. F. S. A escola como espaço inclusivo. In: BRASIL. Ministério da


Educação - MEC. Secretaria de Educação a Distância - SEED. Salto para o futuro:
Educação Especial: tendências atuais. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 1999.
p. 67-72.

GONÇALVES, Darci. ETM – Software assistivo para portadores de necessidades


especiais. Monografia de Especialização em Inovação e Tecnologias na Educação.
Curitiba, 2019. Disponível em: <
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/15324/1/CT_INTEDUC_I_2019_1
4.pdf> Acesso em: 11 nov 2020.

LIMA, J.C. FANTINEL, P.F. DOMINGUES, C.F. BARCELLOS, C.M. AGNE, L.M.
Acessibilidade em Libras: site Projeto Mãos Livres/UFSM. 1º Seminário Luso-
Brasileiro de Educação Inclusiva: o ensino e aprendizagem em discussão. s.d.
Disponível em: < https://editora.pucrs.br/anais/i-seminario-luso-brasileiro-de-
educacao-inclusiva/assets/artigos/eixo-8/completo-4.pdf > Acesso em: 11 nov 2020.

LIVOX. Como a tecnologia assistiva pode auxiliar na comunicação? s.d.


Disponível em: <> Acesso em: 11 nov 2020.

LOPES, B.G.; MARCHI, P.M. A tecnologia como meio de inclusão dos deficientes
53

visuais no transporte público, vol. 5, dezembro de 2015, São Paulo: Centro


Universitário Senac. Disponível em: <
http://www1.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistainiciacao/wp-
content/uploads/2016/02/120_IC_artigo_final.pdf > Acesso em: 09 nov 2020.

MAGALHÃES, L.N.A.P. MADEIRA, S. NUNES, D. NOGUEIRA, D. PASSOS, M.


MACEDO, E. SISTEMAS PICTOGRÁFICOS DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
PARA PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL. Informática Educativa, s.d.
Disponível em: < http://www.c5.cl/ieinvestiga/actas/ribie98/111.html > Acesso em: 10
nov 2020.

MEDEIROS, M.M. QUEIROZ, M.J. TICS NA EDUCAÇÃO: O USO DE SOFTWARE


LIVRE NA PROMOÇÃO DA ACESSIBILIDADE. Revista Brasileira da Educação
Profissional e Tecnologica, vol. 1, 2018. Disponível em:
<http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/RBEPT/article/view/6875/pdf> Acesso em: 10
nov 2020.

MUNHOZ, Vinicius. Conheça o easyTek, a tecnologia vestível que ajuda


deficientes auditivos. TECMUNDO, 2015. Disponível em: <
https://www.tecmundo.com.br/vestuario/71137-conheca-easytek-tecnologia-vestivel-
ajuda-deficientes-auditivos.htm> Acesso em: 11 nov 2020.

NAVARRO, Juliana Jobim. A inclusão social dos deficientes visuais e a


publicidade brasileira: um breve panorama. 2012. 62 f. TCC (Graduação) - Curso
de Publicidade e Propaganda, Audiovisuais e Publicidade, Faculdade de
Comunicação Social da Unb, Brasília, 2012.

OLIVEIRA, C.D. MILL, D. ACESSIBILIDADE, INCLUSÃO E TECNOLOGIA


ASSISTIVA: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO. RIAEE – Revista Ibero-Americana de
Estudos em Educação, v. 11, n. 3, p.1169-1183, 2016. Disponível em:
<https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/8194> Acesso em: 10
nov 2020.

OLIVEIRA, T.D.de. SOARES, I.N. ATKINSON, L.G.M. RODRIGUES, G.S. ROCHA,


M.M.da. O DESENHO UNIVERSAL PARA A GARANTIA DA ACESSIBILIDADE. Vll
Forum de Sustentabilidade, Corede Alto Jacui, 2019.

OSORIO, A. S. Automação Residencial. AURESIDE. Artigo disponível em:


<http://www.aureside.org.br/temastec/automacao_residencial_final.pdf>. Acesso em:
18 Outubro 2019.

PILOTI, Jason S. SISTEMA DE AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL: ACESSIBILIDADE


NO CONTROLE DOMÉSTICO. Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do
Grau de Bacharel em Tecnologias Digitais da Universidade de Caxias do Sul. CAXIAS
DO SUL, 2014. Disponível em: <
https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/handle/11338/1364/TCC%20Jason%20Scal
co%20Piloti.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: 15 nov 2020.

PRESSE, France. Startup lança tênis inteligente que se conecta a mapa e


dá direções. G1 GLOBO, 2014. Disponível em:
54

<http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/09/startup-lanca-tenis-inteligente-que-
se-conecta-mapa-e-da-direcoes.html> Acesso em: 11 nov 2020.

RAMIREZ, A. R. G.; MASUTTI, M. L. A educação de surdos em uma perspectiva


bilíngue: Uma experiência de elaboração de software e suas implicações
pedagógicas. Florianópolis: EdUFSC, 2009.

RAKOSKI, Louise. Softwares para pessoas com Autismo e Deficiência


Intelectual. Ensino Digital por UNINTESE, 2019. Disponível em: <
https://ensino.digital/blog/softwares-para-pessoas-com-autismo-e-deficiencia-
intelectual > Acesso em: 11 nov 2020.

RIBEIRO, Carlos E. DOMÓTICA: viabilidade da Automação Residencial. Trabalho de


Conclusão de Curso, apresentado ao curso de Engenharia Elétrica do Centro
Universitário do Sul de Minas como pré-requisito para obtenção do grau de bacharel,
sob a orientação do Prof. MSc. Eduardo Henrique Ferroni e coorientação do Prof.
MSc. Erick Akio Nagata. Varginha, 2018.

RODRIGUES, N. Acessibilidade: 5 aplicativos para pessoas com deficiência. Boa


Vontade, 2019. Disponível em: <
https://www.boavontade.com/pt/tecnologia/acessibilidade-5-aplicativos-para-
pessoas-com-deficiencia> Acesso em: 11 nov 2020.

ROOSMALEN, L.van. OHNABLE, H. Universal Design. Series in Medical Physics


and Biomedical Engineering. In: An Introduction to Rehabilitation Engineering. Edited
by Rory Cooper, Hisaichi Ohnabe and Douglas Hobson. University of Wisconsin-
Madison, USA. p. 47-65.

R7. Software de inclusão digital para deficientes físicos é lançado no Rio. 2017.
Disponível em: <https://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/software-de-inclusao-digital-
para-deficientes-fisicos-e-lancado-no-rio-10072017> Acesso em: 11 nov 2020.

SALES, E.A. TECNOLOGIA ASSISTIVA NA EDUCAÇÃO. Relatório apresentado ao


Curso Tecnólogo em Gestão da Tecnologia da Informação, da Universidade do Sul
de Santa Catarina, como requisito parcial à aprovação na unidade de aprendizagem
de Estudo de Caso. Palhoça 2020. Disponível em: <
https://riuni.unisul.br/bitstream/handle/12345/9688/Trabalho%20de%20conclus%c3%
a3o%20de%20curso.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em: 10 nov 2020.

SANTOS, Cristian. MARTINS, Guilherme. DIAS, Jailton. CARLOS, Renan. Projeto


Integrado em Inteligência Artificial: Automação Residencial. s.d. Disponível em: <
https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/63708952/Inteligencia_Artificial20200622-
84513-1dnoakm.pdf?1592857486=&response-content-
disposition=inline%3B+filename%3DProjeto_Integrado_em_Inteligencia_Artifi.pdf&E
xpires=1605504291&Signature=cJi0EHY0QbU2asYo1Q3AbRrxBdW4bcFkmfau9bc5
~W6D6klcR9cSEr83BnHyH0887Ma8ldQIQpFX4Yo0HywV79tFOq-
JD0pNh7E2ByysS~pdHHY3~iAGOw~cLzvUX3fIwjWiVtWROT43Yt5rJU-
gROuNYZ3iVH4d8axRL8NMXqWzB6BTj5SMvQywDZn3f4pvrNWczTCHwdz4BXjdxu
54PS1vx9xVA5GloaII1dLN-
4ZaKNXReJ6VsShL9g~9p85BphgZx3oFsfYiRSxSqAipHbCJtqHttBCJ7DwHj9hwO8Q
55

20vLrxodWFzGV2Vr0jtCELktim2TmmIHu-seN6TOobQ__&Key-Pair-
Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA> Acesso em: 15 nov 2020.

SANTOS, L.P. PEQUENO, R. Novas tecnologias e pessoas com deficiência: a


informática na construção da sociedade inclusiva? In: Sousa RP, Moita FMGSC,
Carvalho ABG, organizadores. Tecnologias digitais na educação. Campina Grande:
EDUEPB; 2011. p.75-103. Disponível em: <
http://books.scielo.org/id/6pdyn/pdf/sousa-9788578791247-04.pdf> Acesso em: 09
nov 2020.

SARTORETTO, Mara Lúcia; BERSCH, Rita. O que é Tecnologia Assistiva? s.d.


Disponível em: < https://www.assistiva.com.br/tassistiva.html> Acesso em: 15 nov
2020.

SCOLA, A. Os cinco melhores aplicativos do Android para pessoas com


deficiência visual. Olhar Digital, 2018. Disponível em: <
https://olhardigital.com.br/dicas_e_tutoriais/noticia/os-cinco-melhores-aplicativos-do-
android-para-pessoas-com-deficiencia-visual/79474> Acesso em: 11 nov 2020.

SECRETARIA DE ACESSIBILIDADE. Acesso gratuito a softwares para pessoas


com deficiência visual. Universidade Federal do Ceará, 2020. Disponível em: <
https://acessibilidade.ufc.br/pt/acesso-gratuito-a-softwares-para-deficientes-visuais/ >
Acesso em: 11 nov 2020.

SILVEIRA, Debora Pricila. O que é tecnologia assistiva?: Oficina da Net. 18 Outubro


2016. Disponível em: <https://www.oficinadanet.com.br/post/17558-o-que-e-
tecnologia-assistiva>. Acesso em: 02 ago. 2019.

SMAAL, Beatriz. Automação residencial: a tecnologia invade a sua casa. Maio


2011. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/casas/9907-automacao-
residencial-a-tecnologia-invade-a-sua-casa.htm>. Acesso em: 25 set. 2019.

SOUZA, Eli T.de. VOCAL: ASSISTENTE PARA O USO DE SMARTPHONES


OPERADO POR VOZ. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de
graduação em Ciência da Computação do Centro de Ciências Exatas e Naturais da
Universidade Regional de Blumenau como requisito parcial para a obtenção do grau
de Bacharel em Ciência da Computação. Blumenau, 2016.

TÁVORA, C.G. RIBEIRO, C.E.T. ALBINO, J.P. MORGADO, E.M. As tecnologias


vestíveis e assistivas: a inclusão das pessoas com deficiência no esporte
profissional. ANO XVI. N. 02. FEVEREIRO/2020. Disponível em: <
https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/tematica/article/view/50553/29492> Acesso
em: 09 nov 2020.

TEZA, Vanderlei Rabelo. ALGUNS ASPECTOS SOBRE A AUTOMAÇÃO


RESIDENCIAL - DOMÓTICA: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
CATARINAPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO.
2002. Disponível em:
<https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/83015/212312.pdf?sequence
=1&isAllowed=y>. Acesso em: 15 out. 2019.
56

THOMSEN, Adilson. Automação Residencial com Arduino: acenda lâmpadas pela


internet. 18 de Novembro de 2015. Disponível em:
<https://www.filipeflop.com/blog/automacao-residencial-com-arduino-acenda-
lampadas-pela-internet/>. Acesso em: 17 out. 2019.

TONIDANDEL, F; TAKIUCHI, M.; MELO, E. Domótica Inteligente: Automação


baseada em comportamento. Congresso Brasileiro de Automática. 2004.

TORRES, E. F.; MAZZONI, A. A.; ALVES, J. B. M. A acessibilidade à informação


no espaço digital. Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 3, Set. 2002, p. 83-91. Disponível em: <
https://www.scielo.br/pdf/ci/v31n3/a09v31n3.pdf > Acesso em: 10 nov 2020.

UNIVATES. Ferramentas de Apoio. s.d. Disponível em:


<https://www.univates.br/institucional/acessibilidade/ferramentas-de-apoio> Acesso
em: 11 nov 2020.

VERZA, R. LOPES CARVALHO, M. L. BATTAG, M.A. MESSMER UCCELLI, M. An


interdisciplinary approach toevaluating the need for assistive techno logy
reducesequipment abandonment. Multiple Sclerosis, v. 12, p.88–93. 2006.

VIGLIAROLO, Brandon. Amazon Alexa: The smart person's guide. [S.I.], 2017.
Disponível em: < https://www.techrepublic.com/article/amazon-alexa-the-smart-
persons-guide/ > Acesso em: 15 nov 2020.

VITAL, F.M.P. QUEIROZ, M.A. Acessibilidade. In: RESENDE, A.P.C. VITAL, F.M.P.
(Org.) A convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência – versão
comentada. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos; 2008.

WANZELER, Tiago. FULBER, Heleno. Merlin, Bruno. Desenvolvimento de um


sistema de automação residencial de baixo custo aliado ao conceito de Internet
das Coisas (IoT). XXXIV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TELECOMUNICAÇÕES,
2016, SANTARÉM, PA. Disponível em: <
https://www.researchgate.net/profile/Bruno_Merlin/publication/336003490_Desenvolv
imento_de_um_sistema_de_automacao_residencial_de_baixo_custo_aliado_ao_con
ceito_de_Internet_das_Coisas_IoT/links/5df79e4c4585159aa480c120/Desenvolvime
nto-de-um-sistema-de-automacao-residencial-de-baixo-custo-aliado-ao-conceito-de-
Internet-das-Coisas-IoT.pdf > Acesso em: 15 nov 2020.

Você também pode gostar