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Quem o diz é a Autoridade Tributária (AT), expectante que entre junho e julho de 2019
esgotem as sequências possíveis de gama 2. Este ano marca, assim, uma viragem, passando
a existir números de contribuinte iniciados pelo algarismo 3.
A informação foi divulgada em jeito de “nota informativa” no próprio site da AT, para que as entidades
interessadas possam efetuar eventuais adaptações necessárias aos respetivos sistemas informáticos. Na prática, a
única coisa que muda é o facto de os novos números de contribuinte atribuídos a pessoas singulares (cidadãos
nacionais ou estrangeiros) ou empresários em nome individual poderem passar a começar em “trezentos e” (em vez
de “cento e” ou “duzentos e”).
A justificação é simples e o raciocínio exatamente o mesmo que existe para as matrículas dos carros. A
combinação de números e letras, associada às matrículas portuguesas, esgotou no passado mês de fevereiro e a
solução passou pela inclusão de mais letras (quatro em vez de duas) às chapas de matrícula. Com os números de
contribuinte a situação, em termos de lógica, é idêntica, com o esgotamento das sequências possíveis dos NIF de
gama 2 a exigir a entrada em vigor dos NIF de gama 3.
Originariamente instituído e regulado pelo Decreto-Lei n.º 463/79, o número de identificação fiscal,
abreviadamente designado por NIF, é um número sequencial destinado exclusivamente ao tratamento de
informação de índole fiscal e aduaneira, obrigatório para as pessoas singulares e coletivas ou entidades legalmente
equiparadas que, nos termos da lei, se encontrem sujeitas ao cumprimento de obrigações ou pretendam exercer os
seus direitos junto da AT.
O NIF atribuído às pessoas singulares é um número composto por nove dígitos – os primeiros oito sequenciais e o
último (nono) de controlo –, sendo que o primeiro pode variar entre os algarismos 1 e 4 (como já referimos,
brevemente terão início os começados por 3). E é precisamente esse primeiro número o elemento identificador do
tipo de contribuinte. Assim, para além das gamas 1, 2 (e brevemente 3) atribuídas a pessoas singulares ou
empresários em nome individual, existem outras, das quais destacamos algumas a título exemplificativo:
5 – Pessoa coletiva;
6 – Organismos da Administração Pública Central, Regional ou Local;
45 – Pessoa singular não residente com rendimentos sujeitos a retenção na fonte;
70, 74 e 75 – Heranças indivisas cujo autor da sucessão não era ENI;;
90 e 91 – condomínios, sociedade irregulares ou heranças indivisas cujo autor da sucessão era empresário
individual.;
98 – Não residentes e sem estabelecimento estável;
99 – Sociedades civis sem personalidade jurídica.
SABIA QUE…
O nono dígito do NIF é um algarismo de controle, ou seja, um mecanismo de autentificação para verificar a
validade e a autenticidade de um determinado valor, para evitar fraudes ou erros de transmissão ou digitação. Se
um dia destes se deparar com um número de contribuinte começado por 3, não estranhe. É muito possível que as
sequências possíveis iniciadas por 2 esgotem já agora no mês de maio
https://phcgo.net/blog/nif-por-3-vai-ser-realidade/ 1/1