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FACULDADE RATIO

CURSO DE OPTOMETRIA – TURMA 118


DISCIPLINA : INCAPACIDADE VISUAL
PROFESSOR: PAULO FAVARO

VISÃO EM CORES

KEILA GOMES SANTOS ANTUNES

PRISCILLA FREIRE BRANDÃO SOUTO

RODRIGO TORRES ANTUNES

FORTALEZA, 2022.1
O olho é o órgão responsável pela captação da luz refletida pelos objetos. Porém, enquanto
a visão é um processo complicado, o olho apenas recebe a luz.

A luz refletida penetra pela córnea, que faz a focalização da imagem, passando
pela íris, que regula a quantidade de luz através da pupila, e pelo cristalino até
convergir na retina, que a transforma em impulsos elétricos que chegam ao cérebro através
do nervo óptico. Como a imagem formada na retina é invertida, cabe ao cérebro decodificar esta
imagem e revertê-la a forma original.

Na retina, mais precisamente na área chamada fóvea central, existem milhões de células
fotossensíveis capazes de transformar a luz em impulsos eletroquímicos. São os cones e
os bastonetes. Os bastonetes não possuem nenhuma informação cromática, sendo responsáveis
apenas pelas informações de intensidade luminosa dos objetos, não distinguindo diferenças finas
entre forma e cor.

Já os cones são capazes de fornecer imagens mais nítidas e detalhadas, proporcionando as


impressões de cor. Existem três tipos de cones e cada um é responsável pela informação de um
matiz diferente: vermelho, verde e azul. É a interação dos cones e dos bastonetes que o ser
humano é capaz de perceber todo o espectro cromático.

O olho sofre uma acomodação toda vez que tenta visualizar uma área de cor diferente, já que cada
onda de cor converge para pontos diferentes da retina. Por isso é necessário que o cristalino sofra
alterações, através de pequenos músculos, para focalizar corretamente a imagem do objeto
visualizado, ficando mais convexo ao focalizar os tons vermelhos e mais relaxado ao focar os
azuis.

Existe, também, um mecanismo fisiológico capaz de equilibrar as cores devido a um forte


estimulo visual. Ao interromper o movimento dos olhos, a sensibilidade dos cones é reduzida,
criando as chamadas pós-imagens, onde uma cor é equilibrada com sua complementar.

Observe a figura abaixo durante 30 segundos e desloque o olho para uma superfície branca. Você
verá a formação de suas complementares.
Isso acontece porque diante de um estimulo forte a uma determinada cor, a resposta dos
cones responsáveis por ela é suprimida temporariamente, enquanto os outros respondem
normalmente.

Tudo que enxergamos é colorido, pois a luz branca é a mistura de várias cores. Quando
vemos uma rosa, por exemplo, visualizamos o vermelho e não o azul. Isso acontece porque
a cor não está no objeto, mas é refletida quando ele é iluminado por uma luz branca que absorve
todas as cores, expondo somente o vermelho.

Segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF,2003) visão de cores é


definida como a função visual relacionada com a diferenciação e combinação de cores.
• Diferenças na percepção das cores

O processo de percepção cromática é variável, sendo dependente de fatores como sistema


visual, assimilação cerebral e até mesmo deficiência nas células da retina. Esses fatores fazem
com que cada ser humano possa interpretar o conceito das cores de uma forma diferente.

Quando o sistema cones/bastonetes presentes na retina não está em conformidade, produz-


se uma série de irregularidades na captação das cores, causando a discromatopsia.

Existem três grupos de discromatospia: monocromacias, dicromacias e tricromacias


anômalas
Monocromacia — Visão em preto, branco e tonalidades de cinza. Existem as
monocromacias de bastonetes e de cones.
Dicromacia — É caracterizada pela ausência de um grupo especifico de cones,
apresentando-se sob a forma de protanopia (ausência de cones vermelhos), deuteranopia,
(ausência de cones verdes) e tritanopia (ausência de cones azuis).

PROTANOPIA

DEUTERANOPIA
TRITANOPIA

Tricromacia anômala — Causada por uma mutação no pigmento dos cones, manifestando-se
sob as formas de protanomalia, (sensibilidade menor aos vermelhos), deuteranomalia (menor
sensibilidade ao verde) e tritanomalia, (menor percepção dos azuis e amarelos)

PROTANOMALIA
DEUTERANOMALIA

TRITANOMALIA
As discromatopsia podem ser classificadas em congênitas (hereditárias) e/ou adquiridas.

ADQUIRIDAS CONGENITAS ( HEREDITÁRIAS)


OCORRE FREQUENTE EM AMBOS OS OCORRE FRENQUENTIMENTE EM
SEXOS EM PESSOAS COM BAIXA VISÃO HOMENS, SÃO ALTERAÇÕES POR
FOTOPIGMENTAÇÃO DOS CONES
PODE SER UNILATERAL OU BILATERAL OCORRE BILATERAL EM (AO)
TRAÇOS SÃO MENOS DEFINIDOS E
PODEM ALTERAR MEDIANTE A TRAÇOS SÃO MAIS ESTÁVEIS
EVOLUÇÃO DA PATOLOGIA:
DEGENERAÇÃO, GLAUCOMA,
RETINOPATIA ENTRE OUTRAS..
OCORRE NOS EIXOS AZUL – AMARELO OCORRE NO EIXO VERMELHO - VERDE
OU VERDE – VERMELHO
AS RESPOSTAS SÃO VARIAVEIS AS AS RESPOSTAS AS CORES SÃO MENOS
CORES SÃO DE ACORDO COM O DEPENDE DO TAMANHO DO
TAMANHO E A LUMINOSIDADE DO ESTIMULO
ESTIMULO

Essas alterações cromáticas podem ser determinadas através de:


❖ METODO SUBJETIVOS:

✓ TESTES DE CORES DE ISHIHARA

É feito através da observação de cartões pontilhados de várias tonalidades diferentes, no qual


a pessoa deve referir qual o número que consegue observar. É mais preciso para detectar
deficiências no vermelho e verde. Observe a imagem abaixo para ver como o teste funciona na
prática:
TESTE FARNSWORTH MUNSELL 100:

É indicado para auxiliar no diagnostico adquirido e é feito utilizando quatro bandejas


plásticas, com cem capsulas em tons diferentes, que o observador deve organizar por cor, em 15
minutos. Esse teste proporciona detectar defeitos no vermelho, verde, azul e amarelo.

✓ TESTE FARNSWORTH D-15, D-28 e D-40:

Esse tem um conjunto de peças com diferentes cores para que o paciente ordene em
função de sua visão cromática. Também detecta defeitos das cores

❖ MÉTODO OBJETIVO

✓ POTENCIAL EVOCADO VISUAL

O exame de Potencial Evocado Visual (PEV) analisa as respostas obtidas no cérebro após
o estímulo realizado nas vias visuais (olhos), através de um padrão de imagens em um monitor
de TV ou utilizando óculos apropriados com flashes de luz (no caso de crianças e pacientes que
não colaboram). É um reflexo direto das capacidades funcionais da análise e de detecção de zonas
maculares ou perimaculares, utilizando o colírio midriatico.
Potencial Evocado Visual é usado para diagnosticar déficit visual devido a algum tipo de
lesão no nervo óptico e, usualmente, solicitado para pacientes pediátricos, com distúrbios
neurológicos, com suspeita de esclerose múltipla, Além disso, o PEV consegue fazer um
diagnóstico de lesões vasculares e outras patologias oculares.

❖ AVALIAÇÃO FUNCIONAL

A avaliação funcional em crianças ajuda no diagnóstico de uma discromatopsia

Observam-se informalmente a reação e o interesse da criança diante de dois objetos


similares de diferentes cores. Todos os testes cromáticos apresentam limitações. Tem sido
demonstrado ao longo dos anos que nenhum teste de visão de cores é autossuficiente. Para um
diagnóstico conclusivo de uma discromatopsia, recomenta-se a combinação de vários testes.

A LUZ

A luz visível é um conjunto de ondas eletromagnética que, ao penetrarem na retina, criam


a sensação de visão. O olho humano é capaz de perceber ondas, cujos comprimentos variam entre
400mm (extremo violeta) e 700mm (extremo vermelho)
❖ FILTROS DE TRATAMENTO

Algumas pessoas são mais sensíveis a determinadas faixas deste espectro, ocasionando
assim desconforto e perda de contraste visual. São devidas as colorações de altíssima precisão,
que impedem a chegada de determinadas partes do espectro ao olho, sendo que cada uma com
sai função especifica de impedimento da passagem de uma determinada porção do espectro.

E a função dos filtros é melhorar o conforto e contraste visual do indivíduo.

✓ FILTROS TERAPÊUTICOS PARA PACIENTES COM ALTERAÇÃO NA


VISÃO DE CORES - ACROMATOPSIA
✓ FILTRO 451

,
• PACIENTE PERDE TODA PERCEPÇÃO DE CORES
• SÓ DESTINGUE ENTRE DIFERENTES GRAUS DE BRILHO
• ACUIDADE VISUAL SOFRE REDUAÇÃO

✓ FILTRO 452

O efeito do excesso de claridade é consequência da superexposição dos bastonetes,


sendo assim a função dos filtros é reduzir o excesso de claridade e melhorar a sensibilidade ao
contrates e a acuidade visual ao entardecer.
✓ LENTES COLORIDAS

As lentes coloridas podem se de cores e tonalidades variadas e há uma com mais


indicada para cada situação. Essas lentes podem ser colocadas nas armações
convencionais dos óculos e não existe uma marca ou modelo exato.
BIBLIOGRAFIA

SAMPAIO, M; HADDAD, M. Baixa Visão: Manual para o Oftalmologista. Cultura médica, 1ª


edição. Brasil, 2008.

HADDAD, M. Baixa Visão E Cegueira - Os Caminhos Para A Reabilitação, A Educação E A


Inclusão. Guanabara Koogan, Brasil. 2009.

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