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INTRODUÇÃO

O daltonismo é um distúrbio na visão caraterizada por reduzir


parcialmente ou completamente a capacidade de distinguir algumas cores.
Tal perturbação atinge 8% da população masculina e 0,5% da população
feminina. Esta parcela da população enfrenta diversas dificuldades em
realizar tarefas simples do dia a dia, como ver mapas gráficos e tabelas
onde são utilizadas as cores em suas legendas.

Com o Mundo da tecnologia evoluindo constantemente percebemos que


algumas dificuldades podem ser amenizadas e soluções de acessibilidade
encontradas para aqueles que possuem algum tipo de distúrbio. Analisando
o universo da mobilidade, os dispositivos móveis capazes de processar
informações estão sendo inseridos cada vez mais no dia a dia das pessoas.
Utilizando esses dispositivos como ferramentas de acessibilidade é possível
melhorar a qualidade visual de imagens de pessoas que tenham algum nível
de daltonismo.

“O daltonismo é um defeito que faz com que pelo menos um dos três
tipos de cones, que são os receptores das cores existentes na retina, não
funcione corretamente” (ARAÚJO 2002).

O Daltonismo não é uma deficiência mundialmente reconhecida,


passando despercebida por milhares de pessoas, justamente por não ser tão
enfatizada e por não apresentar caraterísticas físicas visíveis.

Um grande exemplo onde está doença passa totalmente despercebida


é o Brasil, onde se encontra uma grande porcentagem de pessoas que é
atingida e os recursos quase não existem, se tiver um Estado em todo o
Brasil que inclua os portadores dessa deficiência já é considerado muito.
Mesmo sendo um país que possua materiais e verbas para investir na
acessibilidade dos portadores dessa deficiência. Já no Mundo alguns países,
como Portugal, onde surgiu sistema COLORADD, já está implantado nas
estações do metrô de Porto.

A intervenção começa pelo teste de ISHIHARA para identificação da


deficiência, o painel COLORADD também será trabalhado com os alunos,
levando para eles na sala de aula o jogo Twister adaptado para daltônicos.

AUTORES UTILIZADOS NA INTERVENÇÃO:

MIGUEL NEIVA – CRIADOR DO COLORADD

KEYCIANE SANTOS ARAUJO

BRUNO JOSE BARCELLOS FONTANELLA.

JOHN DALTON.

JEAN PIAGET.

DEBORA GUSMÃO MELO.

JOSÉ EDUARDO VITORINO GALON


DECLARAÇÃO DE SALAMANCA:

“Educação Especial incorpora os mais do que comprovados princípios


de uma forte pedagogia da qual todas as crianças possam se beneficiar.
Ela assume que as diferenças humanas são normais e que, em
consonância com a aprendizagem de ser adaptada ás necessidades da
criança, a o invés de se adaptar a criança ás assunções pré-concebidas a
respeito do ritmo e da natureza do processo de aprendizagem. Uma
pedagogia centrada na criança é beneficial a todos os estudantes e ,
consequentemente , á sociedade como um todo. A experiencia tem
demonstrado que tal pedagogia pode consideravelmente reduzir a taxa de
desistências e repetência escolar (que são tão características de tantos
sistemas educacionais) e ao mesmo tempo garantir índices médios mais
altos de rendimento escolar. Uma pedagogia centrada na criança pode
impedir o desperdício de recursos e o enfraquecimento de esperanças, tão
frequentemente consequências de uma instrução de baixa qualidade e de
uma mentalidade educacional baseada na ideia de que “um tamanho
serve a todos”. Escolas centradas nas crianças são além do mais a base do
treino para uma sociedade baseada no povo, que respeita tanto as
diferenças quanto a dignidade de todos os seres humanos. Uma mudança
de perspectiva social é imperativa. Por um tempo demasiadamente longo
os problemas das pessoas portadores de deficiência têm sido compostos
por uma sociedade que inabilita, que tem prestado mais atenção aos
impedimentos do que aos potenciais de tais pessoas.
(SALAMANCA,1994, P.15)
REFERENCIAL TEÓRICO.

Segundo ARAUJO (2002.p.08).

“O daltonismo é um transtorno hereditário (herança recessiva


ligada ao sexo). A visão de cores e formas é um fenômeno
complexo, que envolve células fotos sensíveis especiais, os
cones. Na retina humana, existem aproximadamente 5 milhões
de cones e cada um possui um tipo específico de fotopsina:
vermelho, verde ou azul. A fotopsina e é a proteína
responsável por converter o sinal luminoso em sinal elétrico,
que é conduzido pelo nervo óptico até Cortez cerebral, onde a
visão cromática interpretada. Cada fotopsina é sensível a luz
com um comprimento de onda distinto. Em humanos, um
mecanismo de visão de cores é fundamentalmente tricomático,
pois as diferentes proporções de estimulações dos três tipos
específicos de cones explicam todas as outras cores.
(ARAUJO.2002)

Segundo PIAGET (2010).

“A partir dos sete anos, durante o estágio de operações


concretas, a criança descobre as relações de cor e cor-objeto,
que passam então a ser explicitadas nos seus desenhos. Antes
disso, o uso de cores nos desenhos infantis depende do
interesse emocional e não guarda relação com a realidade
(PIAGEt, 2010). Apesar da importância das cores nos
processos de ensino- aprendizagem, não há qualquer evidencia
de associação entre nível educacional e discromatopsia, tendo
um grande estudo britânico de coorte chegado a essa
conclusão.”

Segundo MELO,GALLON E FONTENELLA o termo discromatopcia


congênita (Daltonismo) caracterizando os defeitos de visão cromática, cujo
a taxa de predominância entre homens e de 06% á 10%. Este estudo
investigou as percepções de discromatopcia quanto a diagnostico, seus
obstáculos e mecanismos de confrontação de problema.

Breve explicação sobre o Daltonismo.

O primeiro caso de daltonismo foi descrito ao final do século XVIII pelo


químico John Dalton, que era daltônico. Dalton é mais conhecido por
desenvolver a teoria atômica, mas o primeiro estudo que publicou foi sobre
seu daltonismo e o de seu irmão. Sua pesquisa deu o pontapé inicial dessa
condição na comunidade médica que, hoje, chama-se Daltonismo em
homenagem ao seu primeiro estudo.

Descoberta do gene da acromatopsia- O daltonismo completo, chamado


de acromatopsia,é a completa incapacidade de ver cores. De acordo com a
enciclopédia de saúde infantil de Gale, o gene que causa essa condição foi
descoberto no cromossomo dois em 1997.

Com essa condição, ambos os pais carregam o gene, mais nenhum


apresente o fenótipo. Seus filhos têm 25% de chances de desenvolver
acromatopsia se for o caso, é bem como 50% de chances de carregar o gene
e passa-lo aos seus futuros filhos.

Desde que foi descrito ao final de 1700, vários tipos de daltonismo foram
descobertos e classificados. Junto com a acromatopsia, paciente podem ter
Protanopia, Deuteranopia ou Triatanopia.
Embora a maioria das pessoas associem a deficiência da visão de cores a
hereditariedade, existem outras causas, que médicos encontraram depois de
estudar a condição durante as ultimas décadas. A visão de cores pode
mudar, com certas condições médicas.

O que é Daltonismo?

O daltonismo é um tipo de deficiência visual em que o indivíduo não é


capaz de reconhecer e diferenciar algumas cores específicas. O distúrbio
recebeu este nome em homenagem ao químico inglês John Dalton, que foi
o primeiro estudar as características do daltonismo.

Protanopia

Este tipo de daltonismo é o mais comum de todos e é caracterizado,


principalmente, pela diminuição ou ausência total do pigmento vermelho.
No lugar dele, o indivíduo com o distúrbio pode enxergar tons de marrom,
verde ou cinza, mas, em geral, varia de acordo com a quantidade de
pigmentos que o objeto possui. Neste tipo, o verde tende a parecer
semelhante ao vermelho.

Deuteranopia
Uma pessoa com este tipo de daltonismo não é capaz de distinguir a
cor verde. Mas, da mesma forma que ocorre com a protanopia, os tons
vistos geralmente são puxados para o marrom. Assim, quando ela observa
uma árvore, enxerga tudo em apenas uma cor, com uma pequena diferença
de tonalidade entre tronco e folhas.

Tritanopia

A tritanopia é o tipo mais raro de daltonismo. Ela interfere na distinção e


reconhecimento das cores azul e amarelo. Uma pessoa com este tipo de
visão não perde totalmente a noção do azul, a enxerga em tonalidades
diferentes. Já o amarelo vira um rosa-claro. Pessoas com tritanopia não
enxergam a cor laranja

Daltonismo Acromático
O Daltonismo Acromático ou Monocromático, é o tipo de daltonismo mais
raro. A criança, jovem ou adulto apenas vê preto, branco e cinzento, sendo
totalmente cegos no que diz respeito às cores.

Isto acontece porque os cones do olho não funcionam bem e a única fonte
de informação visual são os bastões que apenas diferenciam luz de
escuridão. Neste tipo de daltonismo pode existir pobre acuidade visual e
aversão à luz brilhante.

Daltonismo Dicromático
A criança, jovem ou adulto com Daltonismo Dicromático não tem todos os
receptores de cor e por isso não consegue identificar uma das três cores.

Se o problema for no cone vermelho o daltónico terá dificuldades em


identificar a cor vermelha (protanopia), se for no cone verde, não
conseguirá perceber a cor verde (deuteranopia) e se o cone azul apresentar
uma deficiência (tritanopia) não é possível distinguir a cor azul.

Daltonismo Tricomático
O Daltonismo Tricomático é o tipo mais comum. O daltónico tem todos os
receptores de cores, mas um deles não funciona corretamente.

Se existir uma deficiência parcial no receptor vermelho (protanomalia),


existirá dificuldades com os tons de vermelho; se a deficiência for no
receptor verde (deuteranomalia) terá problemas de identificação da cor
verde e se o receptor azul (tritanomalia) não funcionar perfeitamente,
identificar os tons azuis será uma tarefa complicada.

Identificação do daltonismo (características, sintomas, causas,


dificuldades e suas implicações).

Os sinais de daltonismo costumam variar de intensidade conforme a


pessoa e de acordo com o tipo do distúrbio. Em geral, os sinais mais
comuns podem incluir: Dificuldade para enxergar cores e suas diferentes
tonalidades e brilhos de maneira normal, também a incapacidade de
distinguir a diferença entre as tonalidades de cores iguais ou semelhantes.
Sendo assim muitas vezes, os sintomas podem ser tão leves que algumas
pessoas podem nem perceber que são daltônicas. Mas é muito comum que
os pais notem sinais de daltonismo quando uma criança está aprendendo a
diferenciar as cores

A maioria das crianças na educação infantil não manifestam


comportamentos incomuns até o começo da educação formal. Nesse ponto,
o problema pode ser confundido com outros que afetam a alfabetização. É
por isso que discutir o daltonismo na educação infantil é tão importante
para que os pequenos sejam corretamente educados. Em geral, as crianças
dão alguns sinais: problemas para distinguir cores, dificuldade em enxergar
algumas palavras em fundo colorido, problemas com exercícios, etc. Esses
são os principais sinais da manifestação do daltonismo na educação
infantil. As crianças podem passar por testes com oftalmologistas para
confirmar, mas com a observação dos professores, através das atividades
aplicadas em sala de aula, analisando a dificuldade do aluno, o professor
pode comunicar aos pais para que procurem auxílio médico.

Profissionais envolvidos no tratamento do Daltonismo.

 Clínico Geral
 Oftalmologista.
 Pediatra
 Neurologista

O daltonismo pode ser uma condição adquirida a partir de alguma


doença ou lesão à sua retina, como: Traumas ópticos; Lesões
neurológicas; Tumores cerebrais; Traumas; Diabete; Doença de
Alzheimer; Doença Parkinson; Leucemia ;Anemia; Falciforme;
outras doenças do olho como glaucoma e degeneração muscular,
também podem contribuir para a deficiência.
Diagnóstico de Daltonismo

O exame de fundo de olho não é capaz de denunciar quaisquer tipos


de anormalidades nos olhos, por isso o diagnóstico para daltonismo deve
ser feito a partir de duas abordagens distintas, mas que, unidas, garantem
um diagnóstico muito mais rápido e preciso. O diagnóstico pode ser feito
tanto por meio de um questionamento rápido envolvendo o histórico clínico
e familiar do paciente ou, ainda, por meio de exames simples.

 Teste de Ishihara. o teste é um dos mais utilizados no mundo


para detecção da doença. O método é composto de um conjunto
de 38 placas com pontos coloridos em intensidades diferentes.

 Eletrorretinografia- é o exame que avalia a função da retina


por meio de eletrodos que captam a atividade elétrica em
resposta a estímulos luminosos. Essa pode ser uma opção para
o diagnóstico de daltonismo

Profissionais envolvidos no acompanhamento.

 Pedagogo.
 Psicopedagogo.
 E os profissionais citados anteriormente.

Estratégia pedagógica.
Nossa estratégia seria o ensino do ColorAdd (código das cores),
ensinaremos os códigos fazendo a associação com os matérias que estão no
local e o que está no seu meio, como: mesas, cadeiras, lousa, armários e
etc...

Adaptação do material didático utilizado em sala de aula (lápis de cor,Giz


de cera, canetinha, ,também atividades para colorir (entregar em preto e
branco, contendo somente o símbolo do ColorAdd para assim eles
identificarem as cores).

Jogos adaptados, exemplo: Cubo Magico, Ludo e Uno.

Projeto de Intervenção

1. Teste de Ishihara- Um conjunto de números com pontos coloridos


em intensidades diferentes, quem não enxerga os números é
essencial procurar um especialista. Aplicaremos o teste com a sala.
2. Painel ColorADD – Sistema de identificação de cores para
Daltônicos, criado por Miguel Neiva, em Portugal.

Materiais Adptados:
3. DauTwister é um jogo de habilidade física, é jogado em um tapete de
plástico de grandes dimensões que se espalha pelo chão, é um jogo
de tabuleiro, possui 4 linhas de grandes círculos coloridos (que serão
adaptados para preto e branco contendo o símbolo do ColorADD no
começo e no fim de cada fileira, para a identificação quando for girar
a roleta). Finalidade dele é fazer com que todas crianças participem
do jogo sabendo usar o painel do ColorADD, com intuito da
interação entre ele, independente das cores..

“A distribuição de recursos às escolas deveria realisticamente


levar em consideração as diferenças em gastos no sentido de se
prover educação apropriada para todas as crianças que possuem
habilidades diferentes. Um começo realista poderia ser o apoiar
aquelas escolas que desejam promover uma educação inclusiva
e o lançamento de projetos-ploto em algumas áreas com vistas a
adquirir o conhecimento necessário para a expansão e
generalização progressivas. No processo de generalização da
educação inclusiva, o nível de suporte e de especialização
deverá corresponder á natureza da demanda.”
(SALAMANCA,1994, P.4.)

Se todas escolas tivessem recursos necessários para se fazer uma


pedagogia mais inclusiva teríamos assim um ensino de qualidade.

Justificativa da Declaração de Salamanca.

É necessária uma atenção maior para os Daltônicos já que é uma


deficiência que passa despercebido, por não ser fisicamente notável. Eles
sofrem bastante pois não há recursos adaptados para sua inclusão na
sociedade. Principalmente na aera da educação não consegue identificar os
sintomas por não saberem muito sobre o assunto, não sabendo também
fazer atividades que incluam esses alunos em suas atividades. Por isso a
educação assim como todas as outras áreas deveriam ser adaptadas para
pessoas que possuem essa deficiência.

Considerações Finais

Utilizamos essa parte da declaração de salamanca, pois foi onde baseamos


total nosso trabalho e assim como nela está relatando que o daltonismo
passa despercebido por não ser uma deficiência externa. Modificamos
alguns jogos para que incluam os portadores desse transtorno, mas a
inclusão irá servi para que todos os alunos sintam como é a realidade de um
daltônico, os jogos serão alterados de forma que não possuirá cores e sim
códigos do ColorAdd que iremos também aplicar. O intuito desta atividade
é mostra para eles como é se colocar no lugar do outro, mesmo que no
nosso trabalho a maioria dos objetos serão adaptados. Então concluímos
que o Daltonismo é uma deficiência séria e pouco valorizada, por isso ela
tem que ter uma atenção maior, pois em nosso país mesmo havendo
recursos eles não estão sendo utilizados para sanar as necessidades da
deficiência.
Apêndice

DalTwister 
O Twister é um jogo em que precisamos mesclar coordenação de mãos e
pés, porém usa-se e o corpo todo. 

Regras:
3 ou mais jogadores: Um jogador é eleito como “juiz”, que irá girar a roleta
e dizer os movimentos que cada jogador deverá fazer.
A cada rodada alterna-se o “juiz”.

Como jogar:
Os participantes precisam atender aos comandos da roleta e posicionar sua
mão ou pé em um dos círculos do tabuleiro o mais rápido possível.
Conforme as rodadas vão passando, é preciso fazer um verdadeiro
malabarismo para conseguir alcançar os círculos, literalmente atravessando
o caminho dos demais participantes. Quem consegue trabalhar a melhor
estratégia, acaba tendo sua vez facilitada.
Quem tirar a mão ou o pé do círculo ou cair no chão é eliminado. Vence
aquele que ficar por último no enrosco.

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