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Resumo: A reflexão deste trabalho busca discutir as características da

concepção docente como uma espécie de espelho de compreensão de saberes


e actuação, bem como  analisar as implicações da concepção docente e dos
gestores das escolas públicas no processo do ensino/aprendizagem. As razões
do fracasso escolar principalmente no ensino primário têm diversas causas,
começando pelas condições físicas e psicológicas da criança, passando pelas
condições da escola «a forma de gerir e organizar a escola, isto para os
directores e a organização comportamental dos docentes, principalmente as
irregularidades na pontualidade e na assiduidade», culminando com o que é
talvés, a mais fundamental de todas, as precárias condições em que vive a
maioria das pessoas do país. Sendo um estudo de caso baseado numa
pesquisa descritiva e qualitativa realizada na escola primária nº5017, onde se
verifica a falta de pontualidade e assiduidade sob o olhar impune da direção
da escola. Por isso nesta pesquisa questiona-se a situação da formação
profissional daqueles professores e o seu enquadramento na carreira docente.
É sabido que nas comunidades sem as menores condições fundamentais para
a sobrevivência pensam oferecer um preparo adequado para suas crianças,
mas contrariamente a estes desejos, os pais encontram os resultados de
aprendizagem de seus filhos muito fora das suas vontades “fracasso escolar”.
Por estas razões o estudo teórico levantado esta pesquisa possibilitará reunir
um maior número de concepções para uma melhor compreensão do
fenómeno “ausências e atrasos”, para poder-se entender as causas e possíveis
interações para se solucionar o problema; problemas que a comunidade
escolar não tem como solucioná-las sozinha é necessário que haja uma
articulação-interação entre os gestores e/ou supervisores educacionais do
município de Viana com a comunidade escolar para se corrigir os erros
técnico-pedagógicos e administrativos a nível daquela instituição de ensino
primário para poder-se alcançar uma educação de qualidade e um processo de
ensino/aprendizagem saudável.

Palavras-Chaves: Pontualidade e assiduidade, Fracasso escola,


Competência na gestão, Formação de professores.

I. Introdução

Partindo do pressuposto de que a educação é um processo dinâmico


para a formação de novas gerações, implica a necessidade da existência de
infraestruturas e factor Recursos humanos em condições que a sociedade
espera acolher nas futuras gerações, sendo a pontualidade e assiduidade às
qualidades organizadas e motivadas indispensáveis ao docente para chegar a
hora marcada, para cumprir horários, assumir compromissos e realizar com
exactidão deveres no prazo combinado, pois hoje em dia, os professores não
são mais vistos como sujeitos que já dominam todos os conhecimentos
necessários para exercerem incondicionalmente sua profissão; Eles
encontram-se inseridos numa sociedade na qual a gama de conhecimentos
científicos  e tecnológicos aumenta inenterruptamente, são desafiados, a todo
o momento, a responder às situações dos problemas da prática educativa nas
escolas que exigem instrumentalização didáctico-pedagógica e
conhecimentos actualizados. Desse, modo também são considerados
simultaneamente produtores de conhecimentos sobre a sua prática e eternos
aprendizes, mesmo em uma dimensão e nível diferente dos alunos.

A escola além de ter por finalidade o ensino, é também um potente


meio educador e de orientação à criança, adolescente e jovens, servindo-se
para isso dos seus meios, métodos e programas adaptados às condições sócio-
culturais de cada povo, religião, etc, necessita para o efeito, do concurso de
todas as forças vivas de todos actores a fim de apontar a responsabilidade do
professor quanto à pontualidade e assiduidade como grande motivação para a
melhoria e eficácia do processso ensino/aprendizagem, ao mesmo tempo
comparar as causas do insucesso escolar com as ausências e atrasos dos
professores na sala de aulas; Sublinhar o controle da pontualidade e
assiduidade dos docentes como tarefa exclusiva da entidade gestora da
escola, estes que devem demonstrar o controlo, corrigir e orientar as
diferentes formas que possam facilitar a aprendizagem e identificar possíveis
causas e consequências dos constantes atrasos e das ausências de professores
durante o exercício das actividades lectivas na escola nº5017.

Por estas e outras diversas razões o autor questiona o porquê dos


permanentes maus resultados dos alunos em finais de cada ano lectivo; que
medidas devem ser tomadas por parte da entidade gestora da escola para a
melhoria do rendimento escolar e dizer qual a finalidade que se espera as
crianças e adolescentes formados naquela instituição de formação primária.

A pesquisa deste trabalho foi motivada pela melhoria da convivência


sadia dos autores com trabalhadores impontuais e não assíduos, partindo-se
do princípio que, através da compreensão das possíveis causas desse padrão
de manifestação, é possível a convivência em clima de maior harmonia.
II. Problemática

Por isso, vai se analisar e discutir as características da concepção


docente como uma espécie de espelho de compreensão de saberes e actuação,
bem como analisar as implicações dessas concepções no processo de
ensino/aprendizagem. Identificando assim o problema, perante essas diversas
situações, dicidimos conduzir um estudo sobre a Pontualidade e Assiduidade
como factor de sucesso no ensino e na aprendizagem, para isso, a principal
questão consiste, a saber, o porquê dos constantes maus resultados para a
maioria dos alunos da escola 5017 em todos os anos lectivos.

III. Hipóteses

Para responder essa  questão  organizou-se  a  reflexão  à  volta  das   


seguintes

hipóteses:

 Um professor que não é pontual nem assíduo não consegue realizar em


condições as tarefas lectivas, afecta no cumprimento do programa curricular e
produz os maus resultados para os alunos;
 A falta do controlo, da censura dos infractores pode afectar o sucesso do aluno
e consequentemente o fracasso da instituição;
 A pontualidade e assiduidade são condições preliminares para o desempenho
do docente e influenciam no resultado final do processo de
ensino/aprendizagem;

IV. Delimitação

Quanto a sua delimitação espaço-temporal, este trabalho é um estudo


de caso sobre os professores da escola nº 5017 localizada no Bairro da
Estalagem, Município de Viana província de Luanda e vai do ano de 2008 –
2014.

V. Objectivos

Com a base neste detalhe, o presente trabalho tem os


seguintes objectivos:
a) Geral: Apontar a responsabilidade do professor quanto à
pontualidade e assiduidade para a melhoria e eficácia do processo de
ensino/aprendizagem.

b) Específicos:

 Descrever as finalidades da escola como um meio de educar e orientar a


criança, adolescentes e jovens, sem distinguir as suas origens ou condições
sócio culturais;
 Comparar as causas do insucesso escolar dos alunos com as faltas e atrazos dos
respectivos professores nas salas de aula;
 Sublinhar o impacto de monitoração cuidadosa e do controlo da pontualidade e
assiduidade do docente por parte da entidade gestora da escola;
 Identificar possíveis causas e consequências das ausências e/ou atrazos do
professor no exercício da sua tarefa lectiva;

VI. Justificação

Esta pesquisa justifica-se pela importância que o processo de avaliação


da conduta docente representa para que a gestão e organização escolar se
fundamentem na busca pela melhoria da qualidade do processo de
ensino/aprendizagem que gera uma evolução interna qualitativa das
instituições educacionais públicas.

VII. Metodologia

A pontualidade e assiduidade são hábitos saudáveis que devem ser


buscados no dia a dia, como manifestação de responsabilidade e respeito da
personagem central de uma escola “o professor”. Por isso, nossa metodologia
fundamentar-se-á no funcionalismo e na interacção de uma pesquisa
descritiva que leva a expôr características do fenómeno em estudo e a
pesquisa intervencionista para interpor a realidade estudada e a fim de
modificá-la; e quanto aos Meios, nossa pesquisa constitui um estudo de caso
que nos leva utilizar as seguintes técnicas: Observação; técnica bibliográfica
ou documental; Entrevista; Análise de documentos técnico-pedagógicos.

Capítulo I – Conceitos
A partir dos corredores duma escola, se discute o papel do professor e
suas características ou saberes, que o fazem “bom” profissional no exercer do
seu ofício. A necessidade de ouvir o próprio professor dizer às características
que o tornam “bom”, vem nos possibilitar dados para compreender a sua
auto-imagem e assim analisar ocorrências e incoerrências com o que
acontece na realidade. Reflectir sobre essa problemática é interesse de todos
os profissionais de educação, afinal compreender como seus pares concebem
seu trabalho é também analisar o que o momento histórico anseia por sua
actuação, enquanto sujeito e o que o próprio professor contribui para tal
pensamento.

1.1 – Definição de Termos e Conceitos Chaves

1.1.1 – Conceito de Docente (Professor)

A palavra professor é entendida e pode ser explicada tendo em conta


os  momentos em que foi passando a educação no desenvolvimento das
sociedades. Para Alfredo Sebastião (2009, p.6) na idade média século VI e XI
os monges eram os professores que administravam o ensino religioso, isto é,
aqueles que se dedicavam ao ensino da Bíblia. A história mundial da
educação, segundo JEAN VIAL e GASTON MIALARET, citados por Pedro
Lukizody Júnior (2010, p. 7), a palavra professor “recebeu outro significado
a partir das origens da pedagogia grega e romana, onde as pessoas (cidadãos)
aprendiam técnicas selvagens”.

Em termos modernos, os investigadores, procuram encontrar uma linha


criteriosa para definir o professor. Segundo PAUL B. HOSTON e CHESTER
L. HUNT (1981, p. 144 – 155), citados por Alfredo Sebastião (2009, p. 6), “o
professor é a pessoa que desempenha um papel muito importante na
sociedade e, sobretudo na sala de aulas”. Do ponto de vista sociológico,
pode-se dizer que o professor é a personagem central da escola.

1.1.2 – Conceitos de Pontualidade, de Assiduidade e de Escola

A pontualidade e assiduidade são obrigações funcionais do funcionário


(o professor), decorrente no contrato de trabalho mantido com o empregador.
São condições preliminares para o desempenho de qualquer relação de
emprego. [01]
Consultando o dicionário, deparou-se com a definição de que a
pontualidade é a qualidade de pontual; exactidão no cumprimento dos
deveres ou compromissos; rigor, donde pontual é o que parte ou cumpre as
obrigações à hora marcada. Enquanto a assiduidade é a qualidade ou carácter
de assíduo; e assíduo é o que comparece com regularidade e exactidão ao
lugar onde tem de desempenhar seus deveres ou função.

De acordo com CELSO FIOR (2008, p. 289), a impontualidade é a


falta de cumprimento de uma determinada acção com data de vencimento e
hora aplicada, por inobservância, desleixo e auto-desorganização nos
compromissos profissionais; sendo a falta de assiduidade é uma
autoindisciplina e desorganização.

[...] a pontualidade é uma qualidade objectiva do hábito da indisciplina, da metodização,


da ordem, para que tudo seja feito com espontânea naturalidade. É profilaxia contra a
autodesorganização (CELSO FIOR, 2008, p. 298) [...]
A escola significa casa ou estabelecimento onde se realiza o processo
bilateral ensino/aprendizagem, para a formação da índole, do espírito, da
pessoa como tal; sendo o objectivo da escola é a pessoa, o homem, pois é
apenas a este a quem se dirige o processo de educação e ensino.

Percebe-se, assim, a importância do papel do educador, o mérito da paz


com que viva a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não  apenas
ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo. Aí a
impossibilidade de vir a tornar-se um professor crítico se, mecanicamente
memorizador, é muito mais um repetidor cadenciado de frases e de ideias
inertes do que um desafiador (Ir. IGNEZ STIEVE, 2000). [02]

1.1.3 – O Significado de Aprender e Ensinar

Ensinar não é transmitir dogmaticamente conhecimentos, mas dirigir e


incentivar com novo método, a actividade espontânea e criadora do
educando. Nessas condições, o ensino compreende todas as  operações e
processos que favorecem e estimulam o curso vivo e dinâmico da
aprendizagem (Santos 1961).
Segundo MARCETTO (1985) existem alguns princípios importantes a
serem considerados por todos os que se preocupam com a aprendizagem do
aluno, que são:

 A aprendizagem deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto,


para que realmente aconteça;
 A aprendizagem é pessoal, pois envolve mudanças individuais;
 Objectivos reais devem ser estabelecidos para que a aprendizagem possa ser
significativa para os alunos;
 Como a aprendizagem se faz um processo contínuo, ela precisa ser 
acompanhada de feedback visando fornecer os dados para eventuais
correcções;
 Como a aprendizagem envolve todos os elementos do sistema, o bom
relacionamento interpessoal é fundamental.

No entanto, na realidade das escolas, quando se procura descodificar o


significado de ensinar, as ideias definem o professor como agente principal e
responsável pelo ensino, sendo as actividades centralizadas em suas
qualidades e habilidades; aprender também relaciona um único agente
principal responsável, o aprendiz (aluno), estando as actividades centradas
em suas capacidades, possibilidades e condições para que  aprenda.

Segundo FREIRE (1987, p. 27), “ninguém educa ninguém, ninguém


educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”,
ou seja, a educação problematizadora é como prática de liberdade; exige de
seus personagens uma nova concepção de comportamento. Ambos são
educadores e educandos, aprendendo e ensinando em conjunto, mediatizados
pelo mundo.

1.2 – A População Escolar

Desde que a guerra terminou em 2002 determinou uma nova


organização e as mudanças necessárias para a melhoria e expansão do Plano
Nacional de  Educação dentro da reconstrução nacional. A maior parte da
população angolana encontra-se refugiada nas zonas urbanas, a nossa
semelhança em Viana, à procura de melhores condições de vida; a inserção
social dos ex-militares e desmobilizados de guerra, que hoje seus filhos têm
20 – 40% de chances para serem alfabetizados e a vida vai conhecendo
alguma normalidade até a data presente, isto é, depois dos doze anos de
Angola em paz. Portanto o papel da escola na vida destas crianças é crucial
como problema da nossa densidade populacional da região “município de
Viana”.

Contudo, quando a população é subescolarizada e 79% encontram-se


abaixo da linha da miséria e/ou pobreza, a acção de creches e pré-escolas não
é complementar e carece ainda da sua realização total. Os mais necessitados
de atendimento, porém, são os menos beneficiados: entre os filhos de
famílias com renda até ao salário baixo mínimo, entre os quais apenas 4%
vão a creches e 50% a pré-escolas, contra 30% e 90%,  respectivamente, dos
filhos de famílias com renda maior que dez salários. Por outro, o processo de
paz em vigor no país, está beneficiar em todos os municípios que compõem a
província de Luanda, 90% tem ao menos um estabelecimento para educação
infantil (50% possuem creches e 70%, pré-escolas). Infelizmente, grande
parte faz esquemas no tempo ao que se reflecte em espaços inadequados para
actividades recreativas, sociais e pedagógicas do pessoal pouco apropriado e
não capacitado. [03]

Em África, a UNICEF, propos Angola como primeiro país para a


elaboração do índice de Desenvolvimento Infantil e concluiu que 42% dos
nossos municípios prestam assistência deficiente à população entre zero e
seis anos e dos sete aos doze anos; assim nosso trabalho é de mera
fiscalização para que nessa comunidade com um passado muito atormentado,
os professores obedeçam aos padrões mínimos de qualidade fixados pelo
Ministério da Educação e cuidar para que contenha com um grupo de
professores, directores e assistentes sociais bem preparados e motivados. É
preciso, enfim, que se tornem as escolas em centros de assistência e inserção
integral à infância, altamente conectado a comunidade em que actuam nos
quais poderemos começar a combater, com sucesso as causas do fracasso do
processo de ensino/aprendizagem no ensino público. [04] Como afirma
FREIRE: Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos. «Por isso
mesmo pensar certo coloca ao professor ou, mais amplamente, à escola, o
dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os
das classes populares, chegam a ela - saberes socialmente construídos na
prática comunitária - mas também, como há mais de trinta anos venho
sugerindo, discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes
em relação com o ensino dos conteúdos. Porque não aproveitar a
experiência que tem os alunos de viver em áreas da cidade descuidadas pelo
poder público para discutir, por exemplo, a poluição dos riachos e dos
córregos e os baixos níveis de bem estar das populações, os grandes focos
de lixo e os riscos que oferecem à saúde das pessoas. Porque não há lixões
no coração dos bairros rios e mesmo puramente  remediados  dos  centros 
urbanos?  “Esta  pergunta  é  considerada em  si demagógica e renovada da
má vontade de quem a faz» (Paulo Freire, 1996, p. 16). [05]

1.3 Método e Campo de atuação da Psicologia Escolar

A psicologia escolar (ou psicopedagogia) nasceu da necessidade de se


compreender melhor o processo de aprendizagem em todo o seu alcance e
ajudar a superação dos limites e dificuldades que atalham o desenvolvimento
do aprendizado, trazendo consequências dolorosas para os que fracassam e
que podem comprometer definitivamente o processo de
ensino/aprendizagem.

[...] A psicologia escolar nasceu de uma falta e é essa falta, enquanto paradoxo, que a
mobiliza no sentido de buscar as possíveis tentativas para compreender o sujeito da
aprendizagem nos diferentes contextos sócioculturais (ROBINSTEIN; CASTANHO;
NOFFS, 2004, p. 231).
De forma bastante resumida um consagrado dicionário da língua
portuguesa define sumariamente a psicologia escolar como “aplicação da
psicologia experimental  à pedagogia, sendo essa uma área de
conhecimentos relativamente nova no conjunto das ciências”.

[...] A função do psicopedagogo na área educativa é cooperar para diminuir o fracasso


escolar, seja este  da instituição, seja do sujeito ou, o que é mais frequente de ambos [...]
(BOSSA, 2000, p. 42).
Não existem fórmulas mágicas, prontas para se vencer as dificuldades
de aprendizagem dos alunos; não existe atuação psicopedagógica na escola
sem a postura do ouvir, do falar e do propor. As dificuldades muitas vezes
são sintomas de que algo não vai bem, podendo ser identificado com o apoio
do psicopedagogo; a intervenção do psicólogo escolar está na regra do seu
saber, da sua criatividade, da sua perspicácia,  para que tenha condições de
adaptar o trabalho a que se propõe, de acordo com as necessidades e
possibilidades do contexto educacional em que está atuando.

O psicólogo escolar trabalha de forma preventiva para que sejam


detectadas as dificuldades de aprendizagem, bem como, na elaboração do
diagnóstico e trabalho conjunto com a família frente às ocorrências
provenientes das dificuldades no processo de aprender; no entanto, não se
pode falar em aprendizagem desconsiderando-se os aspectos relevantes de
quem ensina “o professor”, pois a tentativa de sanar o sintoma sem
compreender suas causas não surte efeito desejado. FERNANDEZ ressalta
que: “[...] precisam utilizar os conhecimentos e a atitude clínica para
situarem-se em outro lugar, diferente ao que têm no consultório. A
experiência de consultório pode servi-lhes muitíssimo para situarem-se diante
de professores, alunos e de si mesmo como alguém que propicia espaços de
autoria de pensamento. [...] o psicopedagogo é alguém que convoca todos a
reflectirem sobre sua actividade, a reconhecerem-se   como autores, a
desfrutarem o que têm para dar. Alguém que ajuda o sujeito a descobrir o que
ele pensa,  embora permaneça muito sepultado, no fundo de cada aluno e de
cada professor. Alguém que permita ao professor ou à professora recordar-se
de quando era menino ou menina. Alguém que permita a cada habitante da
escola sentir a alegria de aprender para além das exigências de currículos e
notas”.

O profissional psicólogo escolar na instituição escolar tem, entre


outras, a tarefa de ajudar na superação das lacunas e na solução dos conflitos
presentes no processo de ensino/aprendizagem, considerando o aluno, sujeito
aprendente, em todos os seus aspectos – cognitivo afectivo-social e corporal
– portador de significados, valores, hábitos e linguagem de uma cultura; e da
mesma forma o professor, como sujeito ensinante (MASINI, 2004).

1.3.1 – Indicadores do Critério Pontualidade e Assiduidade

É certo que a psicologia escolar não consegue resolver todos os


problemas que envolvem a delicada relação ensino/aprendizagem, nem tão
pouco tem respostas para todas as questões que lhe são postas pelo ambiente
institucional da escola, contudo, a prática psicopedagógica, com sua natureza
interdisciplinar, pode contribuir grandemente no ambiente escolar, na solução
de conflitos, no encaminhamento das procuras afectivo- intelectuais, na
ressignação dos papeis dos agentes envolvidoas na educação e das práticas
pedagógicas desenvolvidas na escola. Segundo Manuel Sampaio de Amaral,
Director da Educação na província do Huambo, durante a sessão de abertura
do Iº conselho pedagógico/científico naquela província “[...] o professor por
ser a bússola de qualquer sociedade deve, fundamentalmente, pautar pela
ética e deontologia profissional, melhorando, deste modo, a sua
responsabilidade e o compromisso com arte de ensinar; – Vamos mostrar
que não encaramos o nosso trabalho como um fardo pesado, mas como um
privilégio, uma grande oportunidade de mostrarmos ao mundo aquilo que
podemos fazer com perfeição, de modo a permitir que o sector da Educação
continue a ser uma realidade para os angolanos, enfatizou Sampaio do
Amaral, faltas muito frequentes por parte dos professores podem criar
entraves no aprendizado”.

Em suma o bom professor é aquele que consegue ser exemplo no seu


dia-a-dia e que deixa marca para sempre; coerente na informação que ensina
ser até um pouco exigente, que cumpra o horário, não falte e nem chegue
atrasado.

1.3.2 A Formação Adequada do Professor

Para que a aprendizagem escolar seja uma experiência intelectualmente


e socialmente relevante, é indispensável à mediação de professores com boa
cultura geral e domínio dos conhecimentos que devem ensinar e dos meios
para fazê-lo com eficácia. A situação de formação profissional do professor é
inversamente simétrica à situação de seu exercício profissional; quando se
prepara para ser professor, ele vive o papel de aluno; o mesmo papel, com as
devidas diferenças etárias, que seu aluno viverá tendo-o como professor. Por
essa razão, tão simples e óbvia, quanto difícil de levar as últimas
consequências, a formação do professor precisa tomar como ponto de
referência, a partir

do qual orientará a organização institucional e pedagógica das aulas, a


simetria invetida entre a situação de preparação profissional e o exercício
futuro da profissão. [06]

Segundo o Director da Escola de Formação de Professores Garcia


Neto, citado pelo Jornal de Angola Online: «Nem sempre nos concursos
públicos do Ministério da Educação aparecem pessoas formadas nas áreas de
que se necessita, isto é, sem falar dos casos de candidatos falsos”. Por isso a
ideia é de indicar os bons estudantes das escolas de formação para
participarem no concurso público para que possam cooperar, cada vez mais,
na melhoria do ensino». Os modelos ou instituições de formação docente que
interessam ao país são portanto, aqueles que propiciam ou facilitam a
constituição de um perfil de profissionais adequados a essa tarefa (Lei de
Base do Sistema de Educação, Capítulo III, Secção I, artigo 10, nº3).

[...] Ninguém facilita o desenvolvimento daquilo que não teve


oportunidade de aprimorar em si mesmo; ninguém promove a aprendizagem
de conteúdos que não domina a constituição de significados que não
compreende nem a autonomia que não pode construir. É imprescindível que
o professor que se prepare para lecionar na educação básica, demonstra que
desenvolveu ou tenha oportunidade de desenvolver, de modo sólido e pleno,
as competências previstas para o enquadramento, tal como estabelecidos no
artigo 10 secção I do capítulo III da Lei de Base do Sistema de Educação, e
nas diretrizes curriculares nacionais do Ministério da Educação; isso é
condição indispensável para qualificá-lo como capaz de lecionar no ensino
primário, no Iº e no IIº ciclo [...] [07]

O desempenho humano, na perspectiva de MARRAS (2000) é o acto


de cumprir ou executar determinada missão ou meta previamente traçada. O
desempenho é directamente proporcional a duas condições do ser humano: O
“querer fazer”, que explicita o desejo endógeno de realizar – a motivação – e
o “saber fazer”, isto é, a condição cognitiva e de experiência que possibilita
ao indivíduo realizar algo com eficiência e eficácia.

1.4 O Desenvolvimento da Criança e o Processo de Ensino/aprendizagem

O desenvolvimento do indivíduo inicia-se no periodo intrauterino e vai


até a idade adulta. PIAGET diz que a embriologia humana evolui também
após o nascimento, criando estruturas cada vez mais complexas. A
construção da inteligência dá-se, portanto em etapas sucessivas, com
complexidades crescentes, encadeadas umas às outras. A isto PIAGET
chamou de “construtivismo sequencial”, a compreensão deste processo é
fundamental para que os professores possam também compreender com
quem estão trabalhando e possam oferecer estímulos adequados a um maior
desenvolvimento do indivíduo.

A criança tem família como mediadora entre ele e a sociedade, e o


primeiro espaço colectivo a que aprende a imitar a se referir, elas imitam
parões de comportamento, hábitos, usos, valores, costumes, atitude e
linguagem; tudo isso é emitido no âmbito familiar, nesse grupo as bases da
subjectividade, da personalidade e da identidade serão desenvolvidas através
das interações.

Muitas vezes a escola acusa a família pelo fracasso escolar da criança,


considerando-a, desestruturada, negligente quando se trata de assuntos
escolares. Mas deve considerar factores estressantes que acontecem na vida
da criança como depressão, como o professor motiva esse aluno a participar
da aula, o incentivo familiar, etc.

[...] O trabalho do psicólogo só vai funcionar se a escola como


instituição e a família trabalharem juntos para o melhor desenvolvimento da
criança (Commet & Rainners, 1991) [...]

1.4.1 A Participação dos Pais na Vida Escolar dos Filhos

A educação não pode ser entendida dentro de uma história isolada, mas
como aqueleas que constitui uma parte do todo social (GIAQUETO; PINTO
apud SOUSA; JOSÉ FILHO, 2008, p. 1), a parceria entre família e escola é
essencial para o crescimento da pessoa, pois essas duas instituições são
responsáveis por preparar o indivíduo para actuar na sociedade.

De acordo com Rocha e Macedo (2002), o envolvimento dos pais nas


escolas  gera efeitos positivos nos pais e nos professores, nas escolas e na
sociedade. Os pais que contribuem frequentemente com a escola
permanecem mais motivados para se submergirem nos processos de
actualização profissional e assim, aperfeiçoam a sua autoestima como pais. A
participação de pais na vida escolar dos filhos é reconhecida por muitos
professores como um factor importante para o rendimento do aluno em sala
de aula, influenciando, portanto no desempenho das actividades educativas.
Para Bastos (2001, p. 66), a escola apresenta a preocupação de levar o
conhecimento científico no aluno, dando continuidade e complementando a
educação familiar. Contudo, sabe-se  que muitas famílias não participam
efectivamente do quotidiano escolar dos filhos e, consequentemente,
influenciam negativamente no desenvolvimento do aluno em sala de aula. Os
educadores buscam estratégias para que os pais se envolvam mais no
processo de aprendizagem através de reuniões, que são utilizadas para relatar
o que acontece na escola e com o aluno e/ou promovem actividades de
integração entre pais e filhos.
[...] planejado como parte complementar do processo
ensino/aprendizagem, o dever de casa não somente afecta o trabnalho do
docente, mas a vida dos estudantes fora da escola e sua rotina familiar, uma
vez que a conexão entre as actividades de sala de aula e de casa promovem a
aproximação familiar, em apoio à actividades escolares. Portanto, como
fundamental componente da interacção familia-escola, o dever de casa ocorre
através de uma política simples, ampliada por famílias e escolas, a uma
política formal que profere os esforços educativos destas instituições
(Carvalho, 2004).

Entende-se a família como sendo uma estrutura protetora, que


desempenha a tarefa de orientar a criança ou adolescente, de forma a
favorecer o seu crescimento e aprendizagem no contexto social. Por outro
lado, a escola é colocada como auxiliadora da família na construção de
conhecimento e formação social. Percebe-se, hoje, que a família e a escola
têm uma tarefa complicada devido às transformações que a sociedade vem
sofrendo ao longo tempo; como consequência, observam-se pais e
professores queixarem-se em relação à tarefa de educar.

Capítulo II – Fundamentos Teóricos

As razões do fracasso escolar, principalmente nas escolas do ensino


primário, podem ser como diversas causas, começando pelas próprias
condições físicas e psicológicas da criança, passando pelas condições da
escola e dos profissionais que nela atuam e culminando com a que é talvés, a
mais profundamente de todas; as precárias condições, em que vivem a
maioria das pessoasno país.

As causas para o fracasso escolar são inúmeras e muitas delas já


bastante conhecidas. Este estudo visa fazer um apanhado de uma dessas
causas e, ir um pouco além, procurando avaliar as causas específicas do
baixo rendimento nos alunos da  escola do ensino primário nº 5017,
localizada na Estalagem municipio de Viana. Um dos motivos é a falta de
pontualidade e assiduidade no seio de alguns docentes daquela instituição
escolar, tornando uma grande preocupação da comunidade educativa.

2.1 – A Pontualidade e Assiduidade, seus Benefícios Evolutivos


O respeito ao tempo é uma questão de cultura, é preciso estabelecê-lo
desde o início e mantê-lo permanentemente, é um hábito que se reafirma no
quotidiano. Por mais óbvias que sejam as normas, o que acontece com os
professores da escola primária nº 5017, é uma cultura de desrespeito aos
horários estabelecidos pela entidade gestora  da instituição. A pontualidade e
a assiduidade são questões básicas de um docente, visto que as faltas e os
atrasos são considerados como infrações graves, como um descumprimento
ao contrato de trabalho estabelecido por todo e qualquer funcionário público
ou privado. Um profissional pontual e assíduo, demonstra controlo sobre o
próprio tempo, sugere responsabilidade e capacidade de cumprir o que
promete; além disso, toda a vez que alguém chega atrasado passa a
mensagem de que a outra pessoa não está no topo de suas prioridades.

A pontualidade e a assiduidade demonstram estabilidade: estar


sempre a tempo no local de serviço diz às outras pessoas que você está cima
dos pequenos problemas e atrasos, saber predizer o incoveniente, saber
mudar os planos e se adaptar a  dificuldades.   Por   outro   lado,  
comparecer   compulsivamente   atrasado   a  qualquer comprimisso, deixa a
imagem de irresponsabilidade ou eterna vítima dos pequenos problemas, isto
é, por falta de carácter ou sorte torna-se uma pessoa dificil de confiar.

A pontualidade e a assiduidade demonstram integridade: uma


extensão natural do respeito ao tempo alheio demonstra que a pontualiade e
assiduidade são valores morais. Quando se marca um compromisso, faz-se
uma promessa de se estar num determinado local, num certo dia, em uma
determinada hora; as promessas quebradas, ainda que pequenas, ferem a
imagem profissional. A única maneira que um professor deve construir um
circulo consistente de confiança na sua profissão é cumprir rigorosamente
seus compromissos assumidos, e isso começa obedecendo pontualmente sua
agenda.

A pontualidade e assiduidade demonstram valor ao próprio


professor: a pontualidade e assiduidade indicam que o docente respeita e
valoriza seu próprio tempo; professores pontuais e assíduos valorizam a
propria profissão e transmitem uma mensagem muito directa principalmente
aos alunos que esperam um processo de aprendizagem na qual o mestre deve
mostrar as competências, habilidades, conhecimento ou valores.
A pontualidade e assiduidade demonstram que o professor valoriza
as outras pessoas: segundo (RONCA e GONÇALVES, 1988, p. 32), na sua
lógica, a pessoa mais importante não deve esperar por outras menos
importantes, por isso chega por último; eles atrasam para exibir sua
importância pessoal, gerando uma expectativa colectiva pela sua presença.
Essa lógica não convém aos professores, pois que “nenhum educador cresce
se não reflecte sobre o seu desempenho enquanto profissional e se não
reflecte sobre a acção que foi desenvolvida”.

2.1.1– As Ausências e os Atrasos, suas Consequências no Processo de Ensino-aprendizagem

Segundo SENA (1999, p. 35), “deslocando a questão do aluno que não


aprende para a escola que não ensina”, seguidores dessa abordagem
propõem modificações na estrutura e organização da escola, afim de que essa
instituição cumpra seu papel social.

Os professores no início do ano criam expectativas positivas ou


negativas sobre  os alunos e acaba por influenciar o seu desempenho escolar,
embora não são os professores a inventar os bons e os maus alunos, as
investigações de ROSENTHAL e JACOBSON, demonstraram que os
preconceitos destes são muitas vezes inconscientes, prejudicando muitas
vezes os alunos sem que os professores se apercebam. Uma coisa parece
certa, os alunos de baixa expectativa são mais prejudicados do que são
favorecidos, os altamente expectados. Também acontece que os alunos de
estatuto sócio-cultural mais baixo são os mais negativamente considerados,
tornando-se as principais vítimas das expectativas negativas ou baixas. Os
alunos mais baixamente expectados são em geral mais mal tratados pelos
professores.

Quando um professor não vai ao trabalho não é algo que diz respeito
somente à consciência do profissional que sabe, o seu gesto de “faltar” ou
“atrasar”, afecta mais de seis dezenas de criança por professor, no caso
concreto da escola nº 5017 onde se pode verificar mais de três ausências por
semana enquanto os presentes às vezes não chegam na hora.

Segundo (NEVES, M. & ALMEIDA S., 2003, p. 83), não querendo


responsabilizar o professor “cada um sabe de si e dos seus motivos para
faltar”, mas sim a própria escola, que no meu entender deve ter um plano
para a supervisão ou inspecção das irregularidades:

[...] oxalá, estivessem todos em sala de aula todos os dias. O que só


seria possível num mundo ideial, sem idas ao médico, ao dentista, sem faltas
de empregada, sem filho doente, sem cursos, sem atrasos, sem pneu
furado. [08]

Entretanto, uma leitura adequada do processo de ocorrência de faltas e


atrasos de um docente deve ser feita pela continuidade enquanto a anomalia
ocorre. Pois que na relação de trabalho existem diversas ocorrências no
contrato com obrigações e deveres, seja por parte dos gestores ou o professor,
tem algumas formalidades, tais com doença, maternidade, infelicidade e
férias. Porém duas ervas dadinhas sufocam a boa relação de trabalho,
causando diversos prejuizos de ordem moral, criando desconfiança,
instabilidade, insegurança, mau exemplo, etc.

Faltar ou atrasa à escola é um facto que deve ser evitado a qualquer


custo pelo professor, não importa a justificação da falta ou do atraso, visto
que os argumentos de problemas com o trânsito na via, chuva no meu bairro,
veículo avariou, etc, são provas que podem ser inclusas para se apoiar e para
se entender as causas do fracasso escolar, onde a primeira dá-se sempre ao
aluno.

No entanto, a escola deve sempre estar atenta a real condição do


educador e do educando, o professor “o espelho da sociedade” como
representante do papel que lhe é socialmente atribuido, ou seja, ensinar, ele
depara-se com vários dilemas seus que se misturam com o papel da profissão
que ocupa. Sempre que a escola falha na assistência e na formação do aluno
por falha de seus profissionais quebra-se um elo no rítmo  natural de um
desenvolvimento potencial de conquistas, estabelecendo a desordem,
desordem que pode levar a vida do aluno a uma desordem na aprendizagem,
que se reflecte na desestruturação da sociedade.

2.1.2– As Ausências e Atrasos e o Fracasso Escolar Diante a Psicologia Escolar

Este trabalho buscou fundamentação teórica que mostra e justifica


muitas razões para o fracasso escolar na escola do ensino primário nº 5017
em Viana, mas fica ressalvado que, muitas das constatações citadas foram
feitas no local, embora não sejam necessáriamente demonstráveis através de
números estatísticos por razões éticos e deontológicos. É necessário que se
desmistifique as “famosas” causas externas do baixo rendimento escolar
naquela instituição, pela articulação àquelas existentes no próprio âmbito
escolar, e que se tenha clareza dos factores que as determinam e as
articulam.  No decorrer deste estudo de campo, o que tem se ouvido e
observado nas escolas visitadas que circundam à que está em estudo, reforça
a afirmação (...) de que se imputa o baixo rendimento escolar das crianças,
oriundas das classes trabalhadoras, são vítimas de todos os vícios e distorções
do sistema social verificada muitas vezes nas escolas de periferia da cidade
de Luanda, protagonizado pelos professores que tentam encontrar ao lado das
crianças o bode espiatório que seriam as causas orgânicas ou
sócioeconómicas, inerentes a elas, que justifique o seu mau rendimento na
escola.

BOSSA (2007, p. 21-22) tras a seguinte contribuição: o objecto de


estudo da Psicologia-escolar deve ser entendido a partir de dois enfoques
“preventivo e terapêutico”. O enfoque preventivo considera o objecto de
estudo que o ser humano em desenvolvimento, enquanto educável, não se
restringe a uma só agência como a escola, mas ir também à família e a
comunidade, isto é, esclarecendo de forma mais ou menos sistemática, a
professores, pais e directores sobre as características das diferentes etapas do
desenvolvimento, sobre o progresso no processo de ensino-aprendizagem.
Enquanto o enfoque terapêutico considera o objecto de estudo, a
identificação, análise, elaboração de uma metodologia de diagnóstico e
tratamento das actividades de aprendizagem.

Segundo Fernández (1990) o fracasso escolar responde a duas ordens


de causas que se encontram imbicadas na história do aluno próprios da
estrutura familiar e individual daquele que fracassa em aprender e próprios
do sistema escolar, como o caso das ausências e atrasos no local de trabalho
por parte do corpo docente, pois o professor é considerado ter uma visão
privilegiada sobre a influência da família no  comportamento escolar,
detendo importantes informações para melhor compreender as relações dessa
dinâmica e sua influência no processo de ensino-aprendizagem.

No entanto, são somente nas tramas do fazer e do viver o pedagógico


quotidianamente nas escolas, que se podem perceber as reais razões do
fracasso escolar das crianças advindas dos meios sócio-culturais mais pobres.
Neste ponto ninguém se acha inteiramente culpado, o que em certo sentido é
mesmo verdade. A grande dificuldade destas análises reside na
impossibilidade de se isolar as causas que são determinantes em todo o
processo.

2.2 – A Gestão Escolar e o Controlo de Pontualidade e Assiduidade dos


Docentes

A sociedade hoje espera ter uma escola que busca qualidade, e para
isso vem tentando desenvolver metodologias que auxiliem na gestão,
trazendo para sua estrutura  a participação mais activa da comunidade,
estabelecendo uma parceria para tentar haver uma coordenação de acções,
visando melhorar a própria estrutura da entidade. A participação dos gestores
é a colaboração na tomada de decisões objectivas que possibilitam a
realização do processo administrativo. É sabido que os gestores precisam se
adequar, actualizar e procurar modificar sua postura, frente ao trabalho
pedagógico ralizado na escola, na qual dentre inúmeras funções deve
prevalecer à qualidade do processo de ensino-aprendizagem.

Para que o ensino realmente se faça e a aprendizagem se realize, é


necessário agir com competência, onde a construção do diálogo, do
companherismo ético, seja construido pelos profissionais que nela actuam. O
gestor educacional caracteriza-se como um administrador da comunidade
escolar, orienta seus colaboradores nas tarefas da escola, deve atender as
diferenças, desenvolvendo senso de responsabilidades e crítica, abrindo-se
para o diálogo e estimulando o espírito de colaboração, actua em conjunto.

Segundo NÓVOA (1995), citado no livro de Gestão Educacional e


Organização do trabalho pedagógico (IESDE p. 55, 2003): “a escola tem de
ser encarrada como uma comunidade educativa, permitindo mobilizar o
conjunto dos actores sociais e dos grupos profissionais em torno de um
projecto comum. Para tal, é preciso realizar um esforço de demarcação dos
espaços próprios de acção, pois só na classificação destes limites se alicerça
uma colaboração efectiva”.

O funcionamento da organização escolar é fruto de um compromisso


de  interações e da participação de todos, pois a escola é de todos, é aberta a
todos. Quanto maior a participação, maior será a aproximação entre os
membros da escola formando uma coletividade actuante. Nessa ideia MOTTI
e BETEGA (2004) afirmam que:

[..] “para a tomada de decisão é preciso uma pitada final de emoção,


representada pelos condimentos: gostar de, apaixonar-se por, para decidir-
se por algo. Cumprir sua vontade. Este é o requisito para que qualquer
decisão que se leva a sério”. Então, neste sentido temos uma gestão
participativa associada a  um grupo de pessoas que buscam alcançar os
objectivos propostos, tomando decisões, agindo em conjunto e tendo em
mente que o êxito de uma organização depende da acção construtiva de seus
componentes orientados por uma vontade colectiva. (MOTTI e BETEGA,
2004, p. 63)

Para desenvolver a gestão escolar, a direcção como elemento


responsável directo pelas   directrizes   desenvolvidas   da   escola,  
influência   no   ambiente,   no controlo, desenvolvendo comprometimento e
clima escolar, desempenho no pessoal e a qualidade do processo de ensino-
aprendizagem.

A organização escolar pode contribuir de diferentes formas para o


insucesso dos alunos, frequentemente esquece-se esta dimensão do problema,
como se vê alguns casos típicos: o estilo de liderança do director, onde todos
os professores convivem e conhecem as fraquezas do corpo directivo com
deficiência de gestão de pessoas, não se consegue travar as irregularidades
cometidas pelos subordinados.

ALONSO (1981, p. 140), descreve que: “os melhores dirigentes são os


que capitalizam o que os membros da organização podem oferecer. Isto cria
uma equipa ou grupo mais produtivo na medida em que este cresce
envolvimento cria motivações superiores, frequentemente motivando
produtividade mais elevada”. Assim o administrador deve ser capaz de
compreender a organização à sua realidade, adaptá-las as novas exigências,
decidir de modo racional juntamente com sua equipa objectivando a
qualidade do ensino [...]. Essa é uma etapa importante que o director precisa
enfrentar, na qual é fundamental equilibrar a compreensão dos problemas
sem se tornar cúmplice sobre as ausências e atrasos dos docentes.
Os gestores escolares precisam criar espaços de decisão conjunta,
identificar situações de dificuldades e avanços, prioridades, definindo
estratégias e acções que devem punir os irregulares ou irresponsáveis,
buscando resultados positivos como exemplo aos professores pontuais e
assíduos da escola, tendo como objectivo principal  o sucesso do aluno e a
formação integral do cidadão. Para que surjam efeitos positivos,  o director
deve cumprir com as seguintes considerações: - procurar não ser agressivo e
ter atitude compreensiva; - demonstrar também que está sempre atento deve
relatar ocasiões em que observou a ausência do professor; - estar disponível
para ajudar; - pedir explicações sobre os atrasos e faltas; - encontrar em
parceria com o docente, alternativas para cessar as faltas ou minimizá-las e
caminhos para que ele possa se sentir novamente motivado a trabalhar.

Em casos mais graves, quando as faltas são constantes e sem


justificação, o gestor pode recorrer a instrumentos legais.

2.2.1 – Aprendizagem de Qualidade Resulta do Gestor e de Professores Competentes

Enquanto ao professor cabe ser o mediador do educando levando-o a


aprender em todos os aspectos, ou seja, na aquisição e desenvolvimento de
conhecimentos, habilidades, habitos, atitudes, valores, ideias ou qualquer tipo
de aprendizagem necessária para o educador. FREIRE (1997, p. 39) afirma
que: é preciso que o educador não se restrinja ao âmbito da sala de aula, da
estrutura interna na escola, aos problemas de legislação escolar, volte-se para
assuntos mais importantes dentro do contexto social e político em que
vivemos”.

Ainda, LUCKESI (2002, P. 28) salienta que “o professor é a figura


central na formação dos educandos. É ele quem forma no aluno o gosto ou o
desgosto pela escola, a motivação ou não pelos estudos; o entendimento da
significância ou insignificância  das áreas e objectos de estudo; a percepção
de sua capacidade de aprender, de seu valor como pessoa...”. O professor
deverá ser competente para que possa atuar em ambientes diversos e conviver
com a pluridade, encontrando alternativas para que os alunos permaneçam na
escola, alcançando bons resultados na aprendizagem. Também precisa
privilegiar a aprendizagem, a qual tenha significado para a vida do aluno, e
que nasce da sua realidade no processo de construção do conhecimento,
havendo muito diálogo para  a promoção de um ambiente escolar mais
significativo.
Identificar-se como professor é conhecer e valorizar a sua própria
formação, não ser quebra cabeça da direcção, mas sim, realizar um trabalho
crítico-reflexivo, aceitar os

desafios da educação, ser pontual e assíduo, saber ser e fazer, conhecer


o trabalho social da profissão, produzir conhecimentos, evidenciar a
necessidade de rever e analisar a própria história da vida, como pessoa e
profissional.

SILVA JÚNIOR (1993) cita que: “Um administrador competente é


como um  fruto da autonomia”. A autonomia é conquista colectiva defendida
por todos e  envolvida no grupo, afirmando compromisso com qualidade de
ensino.

[“O administrador é assim alguém a serviço do serviço que os


professores prestam a seus alunos. Será um dirigente, ou não será um
administrador da educação”. Administrar uma escola é algo que supõe
domínio técnico de procedimentos tanto quanto qualquer outro
empreendimento social. É dar abertura para novas ideias, usar da fraqueza,
receber opiniões, reflectir sobre diferentes pontos. A troca de ideia deve
ocorrer de um clima positivo alargando o envolvimento de todos nos
processos de mudanças necessárias] (Silva Júnior, 1993, p. 70-78).

Nesse contexto, colaborando com as ideias de ANÍSIO TEXEIRA


(1968, p. 17) citado por Silva Júnior [...], a escola primária nº 5017, necessita
de uma liderança com capacidades de trabalhar e facilitar os problemas onde
todos possam trabalhar juntos e uniformemente. A tarefa do corpo diretivo
escolar é de aplicar as normas pedagógicas e administrativas agindo
directamente com os professores e com toda a comunidade escolar, devendo
aplicar estratégias de aproximação afectiva junto aos professores irregulares.
A atuação do director deverá ser através de uma participação compartilhada,
com capacidade de liderança, sendo um coordenador que assume
responsabilidades. Também o director não poderá se considerar como
detentor de todo o conhecimento, podendo estabelecer um ambiente propício
para criar a motivação com competências dentro do grupo, auxiliar no
desenvolvimento de um espírito de compromisso fundamental para que a
escola possa ter maior elo com os docentes, com os alunos e com a
comunidade.
[“Somente o educador ou o professor pode fazer administração escolar”
para ao final concluir que “se alguma vez a função de direcção faz-se uma
função de serviço e não de mando, esse é o caso da administração escolar”. A
administração deve servir a própria educação. Se o administrador não se
identifica como educador, suas decisões não serão inspiradas pela prática da
educação, ocorrendo o fracasso da administração da escola]. (SILVA
JÚNIOR, 1993, p. 73).

2.3 – Contexto Social e Desempenho da Instituição Escolar

O contexto sóciocultural é um parâmetro indispensável à compreensão


do que se passa com as famílias de onde vêm os nossos alunos, factores
sociais como o de desemprego, a corrupção e a violência atingem todos os
sectores da sociedade, principalmente a família; à medida que os filhos
crescem a família gradativamente abre- se para o mundo externo,
representado principalmente pela escola. Os cuidados de  filhos em idade
escolar exigem da família grande coesão e organização; a escola funciona
como verdadeira vitrina da família, mostrando o que está indo bem e o que 
está indo mal. Por isso, é natural que seja a escola quem tome frequentemente
iniciativa de encaminhar a criança para a aprendizagem.

O fracasso escolar e suas manifestações podem estar associados aos


problemas que, involuntariamente, impedem o aluno no processo de
aquisição de conhecimentos, levando-o a apresentarem dificuldades ou
transtornos emocionais, problemas complexos que advêm de influências
familiares. [09] [...], se a família e a escola formassem uma parceria, já nos
primeiros anos escolares, todos teriam a lucrar; afinal, a criança que estiver
bem vai melhorar e aquela que estiver com dificuldades receberá ajuda tanto
da escola quanto dos pais para superá-las.

Acredita-se que a família e a instituição escolar compartilham a mesma


função educacional, embora uma não possa fazer o serviço da outra. Nos
tempos actuais, o desempenho dos pais deixa muito a desejar,
principalmente, nos modelos de ensino- aprendizagem, pois isto exige
prática, acompanhamento e sustentação emocional, já que a criança ou
adolescente não apresenta maturidade suficiente para enfrentar suas
dificuldades sem a presença e os limites colocados pelo adulto.
Enquanto a escola poder contribuir para as diferentes trajectórias de
desenvolvimento, no sentido, pelo acesso a educação primária, a criança pode
alcançar estágios cognitivos mais elevados; essa condição lhe possibilita
melhores oportunidades profissionais para o futuro. Por outro lado estará à
família disfuncional que não responde às exigências internas e externas de
convivência entre os seus membros, possuindo papeis pouco descriminados e
modelos de comportamentos inadequados.

2.3.1– Os Problemas Familiares e as Dificuldades de Apendizagem na Criança

As dificuldades de aprendizagem é um assunto vivenciado diariamente


por educadores em sala de aula. Segundo a autora Juliane Fischer, “as
crianças com problemas de aprendizagem constituem um desafio em matéria
de diagnóstico e educação”. Também salienta que problemas de
aprendizagem sempre existirão, e que isso é maravilhoso, porque por trás do
erro de um aluno, está à oportunidade de descobrimos como ele organiza seu
pensamento. Aquele aluno que decora não aprende com real significado, mas
aquele que erra, nos mostra que esta pensando, elaborando  seu
conhecimento, construindo seu saber. O professor ao defrontar com os erros
de seus alunos precisa questionar o porquê daquela resposta e então começar
entender como eles pensam. [10]

WHITE (1990, p.17) “É no lar que a educação da criança deve


iniciar-se. Ali está a sua primeira escola. Ali, tendo seus pais como
instrutores, terá a criança de aprender as lições que a devem guiar por toda
a vida, lições de respeito, obediência, reverência, domínio próprio”.

A família e a escola têm função em comum: mediar à criança para


desenvolver-se nos aspectos social, intelectual, moral, físico e religioso. A
criança vai adquirir e alimentar a sua autoestima positiva, no decorrer do seu
crescimento. A criança se sentindo segura perceberá que é capaz de aprender,
passará a ter confiança em si mesma e carregará sentimento no decorrer de
toda a sua vida, sempre acreditando que  é possível vencer os obstáculos
encontrados. Quando as aprendizagens familiares são eficazes e prazerosas, a
criança transfere o prazer de aprender também para as aprendizagens
escolares. A participação da família no processo de aprendizagem é
fundamental para a convivência com os seus semelhantes. Família e escola
têm função em comum: auxiliar a criança no desenvolvimento de todos os
aspectos essenciais para  o sucesso na aprendizagem, futuros cidadãos.
KIGUEL, ao analisar a normalidade e a patologia no processo de
aprendizagem escolar nos mostra como a compreensão do processo de
aprendizagem humana tem sido reformulada desde o ponto de vista da
psicopedagogia. Nessa perspectiva o meio (família, escola, sociedade) teria,
então, influência no desenvolvimento da aprendizagem  da  criança.  Assim,
os  percalços  escolares  de  muitos  alunos  são compreendidos não como
patologias dos mesmos, mas como resultados de uma complexidade de
fatores relacionados inclusive ao contexto sócio-político-cultural. A
psicopedagogia tenta entender como esses fatores (socioeconômicos, escola,
e professores) são assimilados pela criança gerando determinadas condições
internas que irão favorecer ou prejudicar a aprendizage. [11] Aqui se pode
entender que as orientações que os pais dão aos filhos, desde o início de sua
vida são fundamentais para o seu progresso social e pessoal, pois aprendem a
serem pessoas humildes e solícitas. A aprendizagem da criança se dá em
primeiro lugar dentro do contexto familiar, onde há um primeiro contato,
onde são aprendidos as primeiras lições e exemplos que perduram por toda a
vida. É na família que ocorre o processo de humanização - a criança aprende
valores, a ter respeito e a relacionar-se de forma saudável com outros.

VIGOTSKY (1988, p. 97-101) “Ao considerar a aprendizagem como


profundamente social, afirma que quando os pais ajudam e orientam a
criança desde o início de sua vida, dão a ela uma atenção social mediada, e
assim desenvolvem um tipo de atenção voluntária e mais independente, que
ela utilizará na classificação e organização de seu ambiente”. A
aprendizagem da criança está relacionada ao sistema familiar, educacional e
social, em que a criança está inserida. O que nos dá a entender que estes três
constituintes devem complementar um ao outro; e que quando são detectadas
as dificuldades de aprendizagem a culpa não é de um só indivíduo, mas de
todos os envolvidos que devem fazer intervenções.

o Quando os pais brigam, crises e conflitos ocorrem com frequência. Os


pais às vezes resolvem não se separar para manter uma boa aparência
perante a sociedade e principalmente perante os filhos, tendem a pensar
que os filhos ficaram bem;  no entanto esse comportamento só vai
dificultar a vida pessoal do filho, desencadeando desordens antissociais.
Nesse caso a família (os pais) tem que optar por uma decisão consciente
e inteligente, que não prejudiquem os seus filhos, deixando- os neutros
diante do relacionamento conjugal;
o Para o professor por sua vez, enfantiza muito a importância do
conhecimento dos conteúdos por ele lecionados, esquecendo de que é
professor e, no final do ano esquece-se das suas irregularidades “os
atrasos e as ausências” cometidas pelo professor, é por fim, as crianças
que não entendem o ambiente escolar e suas actividades acabam por
incorporar o rótulo de dificuldades de aprendizagem. Nessa perspectiva
o fracasso escolar fica na responsabilidade da criança que não aprende e
a escola deve ter essa responsabilidade no fracasso do desempenho
escolar.

Entretanto, pode-se concluir que o bom relacionamento entre escola e


família deve começar muito antes do ato da matrícula. É dever dos pais
preparar o “pequeno” reforçando que a escola será um lugar prazeroso, de
convívio com crianças de sua idade, onde serão desenvolvidas diversas
atividades além de brincar, conhecerão novos amigos, irão aprender muitas
coisas importantes para a vida. Este estímulo deve continuar com a atenção
diária dos pais no acompanhamento da vida escolar de seu  filho seja na
escola ou em casa. Nas dificuldades de aprendizagem, tanto    pais como os
professores têm de buscar novos conhecimentos para trabalharem com as
crianças. Os professores devem ser pontuais e assíduos para o exercício das
suas funções, visto que os maus hábitos “as faltas e atrasos” são contagiosos,
principalmente, para as crianças que aprendem com tudo que o seu mestre
faz. O professor que chega cedo e não falta ao trabalho, não só educará pelo
seu exemplo, como não deixará dúvidas sobre a profissão, o respeito aos
compromissos e às obrigações, pois assim estarão contribuindo para o
sucesso do processo de ensino-aprendizagem.

Capítulo III – Apresentação, Análise e Interpretação dos


Resultados

Segundo Paul B. Hoston e Chester L. Hunt (1981, p. 144 – 155),


citados por Alfredo Sebastião na sua Monografia (2009 p. 6):

[O professor é a pessoa que desempenha um papel muito importante na sociedade e,


sobretudo na sala de aulas. Sem professores a altura da sua profissão, as escolas não
funcionam e se funcionam, então funcionam mal].
Não é possível alcançar resultados pretendidos numa pesquisa
científica sem ter  em conta um conjunto de técnicas muito bem definidas.
Por isso, a metodologia fundamentar-se-á no funcionalismo e na interacção
convista a demonstrar as causas dos maus resultados no rendimento escolar
dos alunos da escola nº 5017, por iregularidade dos professores e sem
repreensão pela entidade gestora da instituição; quanto aos Fins optou-se
numa pesquisa descritiva que leva a expôr características do fenómeno em
estudo e a pesquisa intervencionista para interpor-se a realidade estudada e a
fim de modificá-la. Quanto aos Meios, a pesquisa utilizou as seguintes
técnicas: Observação; técnica Bibliográfica ou documental; Entrevista;
Análise de documentos técnico- pedagógicos.

Este trabalho foi uma pesquisa descritiva e qualitativa de natureza


fenomenológica, por ser um estudo de caso onde não se quantificou os dados,
embora apareçam alguns gráficos demonstrando dados que reflectem em
atitudes, sentimentos, hábitos, comportamentos, expectativas entre outros por
pertencerem a diferentes  pessoas contactadas e/ou entrevistadas.

3.1 – Caracterização do Campo de Investigação

Este estudo está centrado para a escola pública do ensino primário nº


5017, mas a pesquisa estendeu-se para as escolas circunvizinhas,
numeradamente: 5020 5034, 5051C, e 5060, ambas localizadas no bairro da
Estalagem no Município de Viana. A escola em análise é dirigida por um
director geral, um subdirector pedagógico que controlam um total de 19
professores, 3 funcionários para serviços administrativos, 13 funcionários
para os serviços auxiliares (segurança e limpeza); a estrutura contém 8 salas
de aula que fuem dois turnos.

Percebe-se que através desta pesquisa foi possível ter uma visão da
totalidade de avaliação sob a pontualidade e assiduidade dos professores e
também do corpo directivo da escola nº 5017. Em primeiro lugar buscou-se
conhecer a realidade de cada uma das instituições escolares contactadas, isto
é, procurando na diversidade compreender os factores que interferem no
objecto deste estudo, tal como o perfil dos professores, a localização da
escola, o envolvimento da comunidade, a gestão e a avaliação institucional de
cada uma; visto que, o propósito é despertar nos dirigentes da educação a
repensar na avaliação docente e dar continuidade no processo de avaliação da
gestão institucional  nas  escolas,  de  modo  que  possa  trazer  mudanças 
significativas  para a
categoria da escola em estudo, que venha atender as necessidades da
comunidade educativa melhorando os resultados dos alunos no final de cada
ano lectivo.

3.1.1 – O Tipo de Pesquisa e os Componentes da Amostra

Para poder-se alcançar os objectivos desejados nesta pesquisa recorreu-


se a um conjunto de instrumentos orientadores, tais como (a observação, o
questionário, a entrevista), que permitiram a recolha de informações e
opiniões válidas dos interlocutores, também a fundamentação teórica que
vem complementar as lacunas anotadas na observação do fenómeno em
estudo. A abordagem metodológica foi uma descrição qualitativa que visa
compreender a fenomenologia social em termos de pontualidade e
assiduidade no seio dos professores daquela instituição de ensino público e
para que seja possivel o estancamento das faltas e atrasos e a melhor
supervisão dos gestores locais.

Participaram da pesquisa, gestores das escolas acima numeradas,


professores, especialistas em educação afectos a Repartição Municipal da
Educação, pais e/ou encarregados de educação e alguns alunos selecionados
da 5ª e 6ª classes da escola  5017. Procurou-se preservar o anonimato dos
envolvidos, em virtude de carácter ético e compromisso com a neutralidade;
a seleção dos sujeitos por parte dos pais foi feita em parceria com a direção
da escola que autorizou numa das reuniões trimestral de apresentação de
resultados sobre o aproveitamento do 1º trimestre de 2014, de onde se
conseguiu contactar um total de 17 elementos inquiridos.

Para a colecta dos dados foram respondidos questionários (entrevista),


que num total de Cinquenta e três (53) que se subdividem entre Sete (7)
gestores (o Chefe de Repartição da Educação de Viana, os directores das
Cinco escolas, o subdirector pedagógico da escola em estudo), Três (3)
técnicos e/ou especialistas da educação (da Área dos Recursos Humanos, da
Área do Ensino Geral, da Área de Inspenção Escolar), Dez (10) professores,
Dezassete (17) pais e/ou encarregados de educação e Onze (11) alunos. O
dado recolhido baseou-se na descrição estatística e na selecção dos conteúdos
por categorias hierárquicas para as questões abertas e/ou de escolha múltipla;
assim o perfil do professor e do gestor, sendo a maioria dos interlocutores
apresentou-se com habilitações correspondentes nas áreas onde trabalha, isto
facilitou para se elaborar as análises gráficas que se fizeram necessárias. Sem
sombra de dúvida este inquérito confirma que os professores da escola nº
5017 têm como hábito enraizado de faltar e/ou chegar atrasados, o que se
torna problemático em reuniões que envolvem o corpo directivo que, em
lugar de combater o mau hábito, decide conviver com ele.

3.2 – A População e os Resultados da Amostra

Uma grande amostra deu a oportunidade para investigar possíveis


correlações entre as respostas e a dimensão da população inquirida; embora o
foco do estudo seja o total das respostas às perguntas do questionário.

 A primeira afirmação do questionário dirigido aos pais e alunos, 


“Genericamente os professores da escola nº 5017 são pontuais e assíduos”,
solicitou a resposta mais negativa de todas. Apenas 5,4% consideram que os
professores  daquela  escola  são  habitualmente  ou  sempre  pontuais;     
metade

(50,1%) admite que os professores sejam raramente, ou nunca,


pontuais. Enquanto os 44,5% oxilam em: algumas vezes. Conforme se vê no
gráfico 1:

Gráfico 1: Se os professores são pontuais ou assíduo na opinião dos


pais e alunos.

Embora esta negatividade seja reflectida na maioria das outras


respostas, vê-se que a avaliação dos inquiridos, bem com a visão sobre a
necessidade de acção para combater a falta de pontualidade e assiduidade,
sem falar do enorme interesse demonstrado neste estudo, surge que a “piada”
já não faz rir e que os docentes estarão cada vez mais conscientes para incluir
maior vigor no cumprimento de horários de ir ou chegar à escola.

 A afirmação dirigida aos directores das escolas, “A pontualidade e assiduidade


é uma preocupação na escola que Eu dirijo”, apesar de serem conceitos pouco
praticados na escola nº 5017, começa a consolidar-se a percepção de que este
facto representa um defeito importante e que as direcções escolares têm de
combater o problema: - Assim, quase dois terços (63,2%) dos gestores
questionados afirmaram que a pontualidade e assiduidade são uma preocupação
nas instituições escolares e apenas 12,1% reportam que raramente ou nunca
entrou no plano de acção sobre a falta deles porque não acontece nas suas
escolas; e pouco mais de um terço (35,9%) respondeu que as suas escolas têm
iniciativas de um plano de acção para melhorar o desempenho dos seus 
docentes, como mostra o gráfico 2.
 Ao nível individual, a afirmação “Considero-me uma pessoa pontual e assíduo
na vida profissional e pessoal”, os professores inquiridos, têm opiniões muito
mais favoráveis, aliás, de todas as respostas, o desempenho pessoal dos
questionados traduz os resultados mais positivos de todos. Seja qual for a 
opinião sobre aquela escola e sobre o resto dos professores, esta amostra é,
aparentemente, exemplar no seu comportamento pontual e assíduo: 86,8% dos
questionados consideram-se professores pontuais e assíduos e 37,2% afirmam
que são sempre pontuais e assíduos, conforme o gráfico 2.

Gráfico 2: A pontualidade e assiduidade como preocupação na escola


na opinião dos directores. Se os professores se consideram pontuais e
assíduos, autoavaliação.
o Quanto aos aspectos técnicos, pedagógicos e administrativos, analisou-
se a qualidade do ensino que resulta nos maus resultados das crianças, a
distribuição das respostas sobre a avaliação e autoavaliação
fenomenológica do comportamento dos professores da escola nº 5017
está enfatizada na tabela 1, tambem segue a avaliação da gestão
institucional da mesma escola na visão dos técnicos da Repartição da
Educação e de alguns professores inquiridos, esta presente na tabela 2.

o .

Comportamentodo professor Opinião dos inquiridos

Direcção da Professores Alunos Pais e/ou


escola encarreg educ

Pontual e assíduo na escola Suficiente Suficiente Irregular Irregular

Pontual e assíduo na sala de Suficiente Suficiente Irregular Irregular


aula

Cumprimento do programa Suficiente Regular Irregular Irregular

Capacidade de transmissão Suficiente Regular Suficiente -


de conhecimentos aos
alunos

Adequação da carga horária Irregular Suficiente - -


aos conteúdos

Tabela 1: Avaliação e autoavaliação do comportamento técnico


profissional dos docentes da escola 5017.
Gráfico 3: Corresponde com a tabela 1, sobre a avaliação e
autoavaliação do comportamento técnico profissional do docente na opinião
dos directores, pais, alunos e os próprios professores.

Para esta análise a correspondência da tabela para o gráfico demonstra


70% assinalam o comportamento Regular; 40% assinalam o Suficiente; e 5%
para o comprtamento Irregular. Ainda sobre a questão da carga horária os
pais e os alunos não assinalaram, por ser uma questão meramente
pedagógica.

Tabela 2: Avaliação da Direcção da escola 5017 e seu relacionamento


com professores e com as entidades gestoras da educação no município de
Viana.

Fenómeno de gestão da Opinião dos inquiridos


pontualidade e assiduidade
Técn. R.H. Técn. E. G. Inspector Professores

Controlo de presenças e Suficiente Suficiente Irregular Regular


atrasos do professor

Sanções aos infractores Irregular Irregular Irregular Suficiente


Relação com os professores Regular Regular Suficiente Regular

Relação com a Repartição Suficiente Suficiente Irregular Suficiente


Municipal da Educação

Gráfico 4: Correspondência com a tabela 2, sobre a valiação da gestão


institucional no ponto de vista dos técnicos da Repartição Municipal da
Educação de Viana e pelos professores da mesma escola.

Conforme mostra o gráfico 4, a gestão institucional na escola em


estudo não é satisfatória consequentemente a direção da escola não pode ter
boas relações com a entidade gestora do município, pois colabora com os
maus hábitos dos seus professores. A Área da Inspeção Escolar é a mais
detestada aos diretores escolares, pois é que faz o policiamento nas escolas
levando as informações detalhadas para a Repartição e ate à Direção
Provincial da Educação de Luanda. Como indica o gráfico, os professores
sempre a favor da direção com 70% assinalado, as Áreas dos Recursos
humanos e do Ensino Geral assinalam 30% e a Inspeção Escolar com 10% de
relacionamento com a direção da escola; quantos as sanções para professores,
todas as áreas foram unânimes com 10% atribuído ao diretor e seu adjunto.

Em termos gerais a análise de correlações dos inquiridos demonstra


algumas diferenças importantes entre os vários grupos entrevistados ou
questionados, com a exceção das perguntas sobre o comportamento
individual de cada professor, onde em traços gerais todos se consideram
igualmente cumpridores. Analisando os gráficos e as tabelas acima, notou-se
que para os docentes, a gestão do tempo de uma maneira sistemática e
estruturada seria a ferramenta chave para uma melhor apreensão e aplicação
de uma atitude pontual e a utilização eficaz de planos de aula é muito
importante. Para o corpo diretivo, um dos efeitos mais perturbadores e
onerosos da falta de pontualidade e assiduidade no seio dos professores,
reside na falta de reuniões com todos os funcionários da instituição, uma
gestão que não agenda reuniões não consegue tomar decisões e aumenta
exponencialmente o efeito negativo por parte dos docentes.

3.3 – As Características dos Interlocutores e os Instrumentos da Pesquisa

Verifica-se no referencial teórico, que é papel dos dirigentes


educacionais executarem políticas públicas que podem reverter o quadro do
baixo rendimento dos alunos nas escolas, como aquelas denunciadas com
maior índice de reprovações nas crianças, para garantir a eficiência e a
eficácia do processo de ensino/aprendizagem. Neste contexto revela-se que a
formação dos docentes e o seu devido enquadramento onde deveriam
lecionar, é um fator preponderante quando quer se falar de qualidade de
ensino nas escolas. Nesse ponto, a avaliação dos professores e dos diretores
das escolas é importante, para que haja um compromisso pessoal de melhorar
o ensino público que vá de encontro com os anseios da comunidade que
busca nas escolas alternativas para mudar a vida das suas crianças.

3.3.1– As Opiniões do Chefe de Repartição Municipal da Educação de Viana

A direcção da educação está efetuar visitas periódicas nas instituições


escolares, contamos com a reciclagem formativa dos inspetores escolares que
já está na sua 3ª fase, a revitalização dos serviços da educação obriga a uma
mudança urgente de atitude dos docentes e dos respectivos gestores locais.

O facto de muitos professores não serem pontuais nem assíduos no


exercício das suas tarefas, esta direcção prevê um encontro na sede do
município de Viana com  todos os professores do ensino primário e do 1º
ciclo. A reunião terá como finalidade chamar  a atenção dos professores,
recordando-os dos seus deveres e direitos para que se obtenham resultados
positivos no final do ano letivo. É na escola que se dá o verdadeiro encontro
da busca de perspectivas de ascensão política, social, moral e ética dos
cidadãos; é na diversidade que se apropria dos bens tangíveis e intangíveis.

Hoje, mais do que nunca, o senário das políticas educacionais


demonstra preocupação em dar aos professores uma formação permanente,
criando espaços de discussão sobre os mais diversos assuntos que possam
contribuir para a melhoria da qualidade do ensino.

3.3.2 – As Opiniões do Técnico da Área de Recursos Humanos da Repartição da Educação de


Viana

Hoje as escolas precisam de professores e dirigentes prontos, tanto do


ponto de vista técnico quanto do comportamental, de forma que a sociedade
possa se preocupar apenas com a capacidade de aprendizagem de cada
criança em que as famílias possam almejar num bom rendimento no final do
ano. O gestor precisa de professores que tragam resultados aceitáveis e não
os que tragam problemas constantes. Diante dos factos comentados sobre a
escola nº 5017, faz-se necessário repensar na avaliação de desempenho, visto
que, na forma como hoje é realizada não traz contribuição para melhoria da
qualidade de ensino. É preciso fazer uma conscientização por parte da gestão
do papel que o professor exerce nas escolas, visto como exemplo, respeito,
ética, mediador do conhecimento, respeita a diversidade, transformador de
opiniões, ou melhor, ensina.

Desta forma, fica evidente que é preciso traçar novas estratégias


procurando refletir sobre os dados que a direcção da mesma escola poderá
nos fornecer, sabendo-se que a responsabilidade neste aspecto repercute
sobre o papel do gestor escolar em  dirigir com transparência, as acções
dentro da escola sendo fundamentalmente para efetividade do processo de
ensino/aprendizagem. No entanto, entre as inúmeras funções devem
prevalecer à qualidade do processo ensino/aprendizagem através de uma
participação mais liderança e motivação na gestão escolar: o trabalho
articulador dos diretores efetiva o corpo docente, trabalhando em conjunto
com a subdireção pedagógica. Os gestores precisam desenvolver
adequadamente o seu trabalho, proporcionando um clima de respeito onde
todos possam atingir uma ação pedagógica da escola com competência, bem
como motivar o grupo para o trabalho coletivo. Assim a avaliação deverá
tomar outra dimensão seja ela política, ética, democrática e participativa.
3.3.3 – As Opiniões do Técnico da Área do Ensino Geral da Repartição da Educação de
Viana

Para corrigir algumas insuficiências acarretadas ao longo da formação


académica e profissional e tendo em conta que muitos professores depois de
ingressarem para a função pública diminuem o grau de investigação, devia se
programar rigorosamente os pressupostos de professor eventual e professor
do quadro docente, onde o eventual se obtiver na sua avaliação duas
classificações negativas consecutivas lhe são instaurado um processo
disciplinar por incompetência profissional e consequente demissão.

Sobre os maus resultados na escola 5017, fala-se de atitudes e


incapacidades dos alunos, mas, quando faz referências ao professor o
enfoque muda. Ainda se produz modelos através da memorização e
repetição, e assim, o professor se respalda nas antigas teorias, sabe-se que
alguém deve sempre dar o primeiro passo rumo, as mudanças que hora virão.
Estamos plenamente convictos que uma atitude profissional relativamente ao
cumprimento de programas, compromissos com plano diário e outras tarefas
exigidas ao docente, resulta invariavelmente num comportamento  mais
produtivo e num melhor rendimento. Alguém que não tenha hábito cumprir
com seus compromissos a tempo e sempre, dificilmente conseguirá gerir seja
o que for com eficiência ou melhorar níveis de produtividade pessoal ou da
instituição.

Com certeza “fracasso escolar” é o professor não comprometer-se em


conhecer cada aluno, estar despreocupado com a sua essência. Se a educação
no país deixa a desejar na visão de alguns observadores anónimos, mas se o
governo não propicia e não faz, aquele que está na sala de aula tem por
obrigação fazer. Sabemos que os gestores precisam se adequar, atualizar e
procurar modificar sua postura, frente ao trabalho pedagógico realizado na
escola, de acordo com as constantes mudanças e avanços no setor
educacional, para tornar-se um elemento fundamental visando à
concretização de um ensino com mais criatividade.

3.3.4 – As Opiniões do Inspetor Escolar

Quando o professor não vai ao trabalho, ou seja, simplesmente atrasa


no seu horário habitual, não é algo que diz respeito somente à consciência
(ou inconsciência)  do docente que sabe a sua falta ou seu atraso, afeta
diretamente aos alunos. Claro que, como todo o profissional, ele tem direito a
faltar ou atrasar, desde que essas faltas ou atrasos sejam realmente
justificáveis, mas para muitos como no caso concreto dos da escola 5017,
infelizmente, abusam desse direito. Antigamente, nas escolas primárias havia
um professor substituto, mas por carência de pessoal, seria muito luxo ter
alguém só para cobrir as faltas. Atualmente seria de bom tom, que o próprio
professor passasse alguns exercícios ou cópias para o dia que não pudesse
estar presente na sala de aula. Sabemos que muitos o fazem. Mas geralmente
na escola 5017, encontramos os alunos são deixados no pátio sem nenhuma
orientação. Os que gostam jogar bola vão jogar, os mais tímidos se colam nas
paredes e ficam a olhar os demais, os que gostam de música ficam com seus
auriculares ligados ao telemóvel, e assim, literalmente vêm o tempo passar.

Quando um professor falta, uma escola responsável não deixa seus


alunos sem terem o que fazer! Se o professor não deixou nenhuma atividade,
por descuido das suas tarefas ou porque a falta foi pontual ou imprevista, a
escola deveria estar preparada para o plano B. Qual seria? Isso é para cada
instituição estabelecer. Porque a escola não é somente um espaço físico, mas
sim, é uma organização e como tal não pode simplesmente “deixar os alunos
por ali”. Falta o professor, as crianças ficam sem nada fazer? Então é falta da
escola!

Para que os gestores escolares efetivem um trabalho articulado com sua


equipa, devem ter como objetivo principal, criar um ambiente de
solidariedade humana e de responsabilidade mútua, sem paternalismo, sendo
justo e firme nas situações do quotidiano escolar, dividindo a autoridade
entre os vários sectores da escola para que a mesma ganha poder, confiança e
dignidade.

3.3.5 – As Opiniões dos Pais e/ou Encarregados de Educação

Tanto a escola como os professores devem reavaliar seus


comportamentos na proposição de renovações e modernização que possa
incentivar os nossos filhos a irem à escola e buscar o investimento que é a
sua formação, sem essa renovação continuaremos assistir, cada ano, a
repetição do fracasso escolar nesta instituição. Porque, o síndroma da
pontualidade e assiduidade ou a falta delas, surge normalmente associado
com a falta de planeamento que tanto caracteriza a atividade docente que, por
sua vez se relaciona com o assumir de responsabilidades. Por outro, a gestão
numa instituição escolar reflete sérias preocupações com a organização,
eficiência e produtividade do trabalho educativo. É certo que para o professor
dos nossos filhos, o equilíbrio entre a inovação e o hábito que tornou
tradição, é difícil. A mudança na maneira de ensinar tem de ser feita com
consistência e basear-se em práticas de outras gerações em termos de gestão
escolar. Digamos que nesta área nada se inventa, tudo se cria; o resgate das
experiências pessoais e coletivas buscadas a outros colegas de profissão de
outras escolas seria a única forma de corrigir os erros dos professores desta
escola e deve-se combater a mera reprodução de praticas de ensino, sem
espírito crítico no método de trabalho.

3.3.6 – As Opiniões dos Professores da Escola nº 5017

BECKER nos alerta de que a formação docente precisa incluir, cada


vez mais, a crítica epistemológica  em suas práticas profissionais, a fim de
pensar o seu papel na escola contemporânea e a sua ação  enquanto agente
social ativo. Também Paulo Freire deixou clara a necessidade de o professor
pensar e reconsiderar, costumeiramente, as suas metodologias, pois uma das
qualidades mais importantes do homem novo e da mulher nova é a certeza
que têm de que não podem parar de caminhar e a certeza de que cedo novo
fica velho se não se renovar. (FREIRE, 2001)

Ainda que as entrevistas nos apontem a conscientização sobre a


drástica situação da nossa escola, sobre a persistência da incoerência e
ineficácia do certo e do errado que obstrui o aprendizado e o efetivo
desempenho dos nossos diretores. Analisando as respostas dentre os colegas
inquiridos, a totalidade mostra-se receptivos a ideia de mudanças em que
reconhecemos que o ensino nesta instituição de ensino primário não pode
permanecer como está. Percebemos que novas práticas, novo comportamento
e metodologias estarão semeados nas acções e no discurso desses educadores,
visto que recuperar a significância e a função da escola é recuperar o próprio
sentido do papel do professor.

Sabe-se que a escola não deve figurar um fim em si mesmo, deve antes
figurar o começo do crescimento contínuo do aluno, um processo que deve
ultrapassar os muros da escola; assim, nós professores, não temos o direito de
mutilar nossos alunos com as nossas práticas descontextualizadas. Ao
contrário o novo professor desta instituição terá o dever de instrumentar o
aluno para que alcance autonomia intelectual e capacidade crítica,
vislumbrando a sua competência para significar o mundo em que vive; mas
sem antes certificarmo-nos de que tais competências “a pontualidade e
assiduidade” estejam em nós, edificadas.

3.3.7 – Os Resultados da Análise dos Documentos Técnico Pedagógicos

Analisados os documentos técnico-pedagógicos em relação ao


comportamento inadequado que se verifica no seio dos professores da escola
primária nº5017, a chave da questão está na fase de recrutamento, seleção e o
enquadramento de professores na carreira docente. Esta pesquisa considera
que os elementos que compõem as comissões de seleção e enquadramento de
professores desconhecem ou então ignoram o exposto  no Decreto-lei nº
05/02 que, nos seus artigos 8º, 11º, 13º e 23º dão os detalhes sobre o perfil de
um professor primário, do ensino secundário 1º ciclo e também do 2º ciclo.
Os candidatos sem agregação pedagógica não devem ser colocados como
professor no ensino primário, sendo o alicerce da formação básica das
crianças, somente seriam os elementos provenientes nos Magistérios
Primários ou nas Escolas de Formação de Professores incluindo os que
provêm dos Institutos Superiores na área da Educação. Alguns professores
colocados na escola em estudo não reúnem os requisitos as condições exposta
nos pontos 1 e 6 do artigo 24º do estatuto da carreira docente.

Seria fundamental para o recrutamento e selecção de professores,


basear-se numa avaliação de conhecimentos técnicos e morais porque um
bom professor deve saber fazer, saber ser e que, por meio de documentação
não é possível mensurar estas qualidades que são indispensáveis a um
docente. Por tanto os critérios de recrutamentos baseados na selecção
documental têm como consequência em alguns casos, o apuramento de
professores com algumas insuficiências em termo de competências
profissionais, daí vem à decadência na qualidade do processo de
ensino/aprendizagem.

4. Conclusão

A escola tem sido objeto de estudo da Educação, da Psicologia e, além


de ser um espaço físico projetado para educar crianças e adolescentes,
constitui-se também um espaço de relações humanas. Por essa razão deve-se
compreendê-la, visando  sistematizar os aspectos que permeiam as relações
que ali se constroem. Este estudo teórico buscou explicar o processo de
desenvolvimento da escola do ensino primário nº 5017 e, especificamente, a
questão da falta de pontualidade e assiduidade também à motivação e
estimulação para manter o interesse dos alunos pela mesma. Na evolução
histórica da educação, a pontualidade e assiduidade educacional constituem
ferramentas fundamentais de gestão necessária às instituições de ensino,
sejam elas públicas ou privadas. Neste trabalho que se propõe reflectir, onde
os professores apresentam muita insuficiência em termos de pontualidade e
assiduidade durante o ano lectivo e, a  situação tornou permanente na
instituição por falta de controlo serrado nem repreensão por parte das
entidades gestoras da mesma. Entre muitas possibilidades de abordar este
tema, preferiu-se sublinhar as medidas de intervenção que possam evitar o
baixo rendimento das crianças e também dos próprios professores; Deve
existir um diálogo permanente entre as entidades gestoras com professores,
alunos e encarregados de educação; A direcção escolar deve criar métodos
rigorosos de controlar as ausências e atrazos enquadrando os docentes
infractores a compreender os factores de natuteza legal, institucional e
organizacional que contextualizam as práticas educativas na escola; A
pesquisa limitou a conhecer e identificar como ocorre a realidade dos factos
naquela instituição escolar, sendo para as nossas crianças e adolecentes
memorizam que existe uma relação de dependência social com base na qual
se estrutura a sua formação e o seu desenvolvimento que busca apartir do seu
mestre actualizado, o professor. Quanto aos fatores que influenciam a
competência do professor foram identificados quatro aspectos: influências
positivas e negativas que receberam ao longo de sua própria trajectoria
escolar, sua experiência profissional e reflexão sobre a docência; a formação 
pedagógica; e sua prática social mais ampla, ou seja, seu envolvimento
social.   

Pode-setambém falar das dificuldades enfrentadas no exercício da


função. A pontualidade e assiduidade são obrigações funcionais do
funcionário decorrente do contrato de trabalho mantido com o empregador.
São condições preliminares para o desempenho de quaisquer relações de
emprego, Assim, não deveriam ser tratadas pela avaliação de desempenho. A
pesar de toda controvérsia quando o assunto se refere às dificuldades de
aprendizagem das crianças, a prática aponta para dois factos inegáveis: esses
problemas devem-se a diferentes fatores isolados ou associados entre si, e
somente a avaliação e a intervenção precoce das dificuldades, pode levar ao
sucesso na aprendizagem escolar. O papel da escola nesse e em muitos outros
sentidos na vida das crianças, ultrapassa o âmbito pessoal e se reflete no
crescimento da sociedade como um todo. Escola, família  e sociedade são
responsáveis não só pela transmissão de conhecimentos, valores, cultura e,
também pela formação da personalidade social dos indivíduos. As
dificuldades e os transtornos de aprendizagem que se apresentam na infância
tem sempre forte impacto sobre a vida da criança, de sua família e sobre o
seu entorno.

5. Recomendações

Segundo FREIRE «Ensinar exige segurança, competência


profissional e generosidade: A segurança com que a autoridade docente se
move implica outra, a que se funda na sua competência profissional”.
Nenhuma autoridade docente se exerce ausente desta competência. O
professor que não leve a sério sua formação, que não estuda que não se
esforce para estar à altura de sua tarefa não tem força moral para
coordenar as atividades de sua classe. Isto não significa, porém, que a
opção e a prática democrática do professor ou da professora sejam
determinadas por sua competência científica. Há professoras cientificamente
preparadas, mas autoritários a toda prova. O que quero dizer é que a
incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor. Outra
qualidade indispensável à autoridade em suas relações com a liberdade é a
generosidade. “Não há nada mais que inferiorize mais a tarefa formadora
da autoridade do à mesquinhez com que se comporte». (Freire, 1996, p. 56).
Para isso recomenda-se o seguinte:

 Se as escolas são estabelecimentos para implementar o currículo nacional da


Educação, é importante que cada instituição de ensino faça uso adequado e
eficaz dos recursos disponíveis para além de monitorar cuidadosamente a
pontualidade e assiduidade dos professores e dos alunos, garantindo assim as
melhores condições do proceso de ensino/aprendizagem.
 O respeito aos horários de entrada e saida é primordial para o bom andamento
da vida escolar, sendo o atraso na chegada causa perdas pedagógicas, dificulta
a organização do professor/turma/aluno e, é uma das causas de desconforto e
tumulto na sala de aula.
 Se o director permite que um ou dois professores não sejam assíduos ou
pontuais, logo o mau hábito vai disseminar-se, fazendo escola entre os demais.
Um diretor não pode ser conivente com o problema, ele deve ter uma prontidão
para enfrentar educacionalmente os faltosos e os atrasados, sendo o respeito ao
tempo é uma questão de cultura e é um hábito que se reafirma no quotidiano;
 No âmbito do quotidiano das escolas, as propostas de gestão escolar devem
admitir que a organização escolar fosse marcada por uma pluralidade de
orientações e práticas que dificilmente se esgotam nas disposições
formais/legais.
 Sendo a trama organizativa da escola – «tão pouco visível e pouco questionada
como “natural”» - é um componente essencial da gestão pedagógica. Ainda que
tradicionalmente  localizada  no  campo  administrativo,  não  pode  ser
pensado como uma “forma” independente de seu conteúdo, visto que a
estruturação e a conformação institucionais das escolas constituem o primeiro
condicionante do trabalho educativo.
 Uma selecção, enquadramento e gestão de Recursos Humanos capaz, eficiente
e também, pontual e/ou assíduo, podem contribuir para a melhoria e eficácia do
processo de ensino/aprendizagem e consequentemente na execução do
programa curricular da escola.

6. Sugestões

 Que a Direção Provincial da Educação, crie uma base de dados, em


colaboração com as escolas de formação de professores, que, todos os anos
devem enviar a essa direção uma relação nominal de todos os alunos que
terminam o curso.
 Que a Direção Provincial da Educação, crie critérios adequados na seleção de
professores que permitam apurar dentro dos milhares de candidatos com
agregação pedagógica, os melhores de forma objetiva, principalmente para o
ensino primário.
 Que as comissões de seleção e recrutamento de professores, para além dos
documentos, deveriam dar um teste de conhecimentos técnico-científico, uma
entrevista e um estágio supervisionado de pelo menos 30 dias antes do final de
cada ano letivo.
 Os directores escolares devem promover seminários de superação e/ou
capacitação, agrupando os recém-ingressados com os professores mais
experientes.
 Os directores devem informar às Repartições Municipais os casos de
professores com dificuldades acentuadas e irregulares em termos de
pontualidade e assiduidade, com vista a sua superação ou repreensão.
 Os diretores das escolas devem avaliar continuamente o corpo docente com
lisura nos aspectos tecnico-pedagógicos.
 Para poder agir, o gestor precisa criar hábito de motivar seu grupo,
despertando  o desempenho com qualidade em actividades escolares, pessoais e
sociais.
 As Repartições Municipais de Educação devem manter uma relação mais 
estreita com as escolas e tomar medidas aos diretores tolerantes em questões
técnico-pedagógicos e administrativos.
 Para os professores, devem aprofundar mais seus conhecimentos, pautando
pela formação contínua, isto é, actualização e experimentar novas técnicas e
métodos de ensinar nas áreas especiais, conhecer mais conteúdos da prática
pedagógica, seus conceitos e forma de realização.
 Os professores devem conhecer-se, e saber utilizar as suas capacidades, seu
comportamento e os seus recursos, também ter consciência dos efeitos da sua
actuação na sala de aula e na escola.

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 Portalangop.co.ao: conferênciarecrutamento 1ª edição em


Luanda&selecção 2013Π 2 Workshops Práticos sobre R&SΠ Painel
Interactivo: Visão de Directores de  4 Casos práticos sobre realidade
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