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Escola Estadual “VILA TUPI”

TÍTULO: ”Eu e o mundo Conectados” Ensino Médio: 1ºD

Professora: Elizabeth Ramos Ribeiro

Projeto de Eletivas
TEMA DA PROPOSTA:” Eu e o mundo Conectados”

Tema Integrador-Educação midiática

Projeto: A socialização na era digital: a Amazônia


ESTE MUNDO!
Atualmente, por meio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), é possível
ao ser humano se comunicar cada vez com mais pessoas e com mais rapidez. Esse
processo, no entanto, não envolve somente aspectos construtivos de nossa
capacidade de socialização, fazendo com que seja importante exercitar a consciência
crítica para identificar comportamentos nocivos, buscando soluções para não
reproduzir certos usos indevidos das ferramentas tecnológicas.

As chamadas fake News são um exemplo de mau uso da internet, pois difundem
informações falsas, muitas vezes com o objetivo de prejudicar pessoas e instituições ou
até mesmo de aumentar o alcance de uma publicação.

A internet pode ser usada em benefício de boas causas, até mesmo para combater Fake News.
Este Projeto tem como foco o alcance das informações na era digital e os conhecimentos
produzidos e disponibilizados sobre a região Amazônica.

Inicialmente discutiremos a produção e a veiculação de dados na internet, buscando identificar


e combater Fake News.

Utilizaremos a internet para aprofundar nossos estudos sobre a região e possibilitar o


conhecimento e a difusão de práticas e saberes tradicionais dos povos amazônicos.
Esta será uma oportunidade também de desfazer estereótipos, caso existam, e fortalecer as
culturas locais, tendo a Amazônia como ponto de partida para pesquisar outras realidades.

Nesse percurso, serão produzidos materiais em mídias diversas – como podcasts, infográficos,
infomapas e vídeo –, que, ao final, serão compartilhados em um site, blog ou página em rede
social, espaço criado exclusivamente para este Projeto, com o objetivo de mobilizar a
sociedade em favor de um desenvolvimento socioeconômico justo e ambientalmente
equilibrado para a Amazônia.

Leituras deste nosso lugar


Na internet são veiculadas muitas informações a todo momento. Nem todas, no entanto, são
verdadeiras. Você já ouviu dizer, por exemplo, que a Amazônia é o “pulmão do mundo”? Essa
informação já foi bastante divulgada nas redes sociais e em sites diversos, mas será que ela
tem base científica? Observe as postagens a seguir.

TEXTO I
Um famoso jogador de futebol português publicou, em agosto de 2019, em uma rede social,
a imagem abaixo junto de um texto em inglês, traduzido aqui: “A Floresta Amazônica produz
mais de 20% do oxigênio do mundo e está queimando nas últimas 3 semanas. É nossa
responsabilidade ajudar a salvar o nosso planeta”.

Imagem de incêndio na Estação Ecológica do Taim, Rio Grande do Sul, 2013. A imagem foi publicada em rede social como se fosse
da Amazônia, em 2019.

TEXTO II
Esclarecimento: a Amazônia não é o pulmão do mundo A manutenção da floresta é
fundamental para o clima, mas a floresta consome quase todo o oxigênio que produz. O
pulmão do mundo são as algas marinhas. Defender a Amazônia é uma necessidade. Mas
nada justifica mentira e desinformação. A Amazônia não produz 20% do oxigênio do mundo.
O fato é que todas as selvas e bosques do planeta, juntos, produzem 24%. E tem um detalhe:
a floresta consome praticamente tudo. Logo, essa história de “pulmão do mundo” não
confere. Na verdade, são as algas marinhas que fazem a maior parte desse trabalho – elas
jogam na atmosfera quase 55% de todo o oxigênio produzido no planeta. E mais: florestas
como a Amazônia, segundo os cientistas, são ambientes em clímax ecológico. Isso quer dizer
que elas consomem todo – ou quase todo – o oxigênio que produzem.

As estimativas variam, mas todas indicam que a parcela de oxigênio excedente fornecida
pela Amazônia para o mundo é bem pequena. É que, além de produzir oxigênio na
fotossíntese (enquanto sequestram gás carbônico da atmosfera e o transformam em
matéria-prima para galhos e folhas), as árvores também respiram – consumindo oxigênio e
liberando gás carbônico. No fim, a relação entre produção e consumo tende a ficar no
empate. Isso não significa, contudo, que derrubar a floresta não impactaria o clima do
planeta. Ao contrário: quando não alimentam a indústria legal ou ilegal de madeira, árvores
derrubadas se decompõem, liberando gás carbônico e agravando o problema do
aquecimento global. Além disso, já se sabe que, de várias maneiras, a Amazônia produz sua
própria chuva e influencia o regime pluviométrico de outras regiões. Segundo os cientistas,
ela lança na atmosfera uma quantidade inimaginável de partículas de origem biológica – de
pedacinhos de plantas a fungos e moléculas orgânicas. Levadas pelo vento, essas partículas
acabam virando núcleos de condensação de nuvens (em torno dos quais o vapor de água se
transforma em gotículas ou cristais de gelo). É por isso, entre outros fatores, que as chuvas
são tão abundantes na Amazônia. Quanto mais o desmatamento avança, mais elas tendem a
rarear – colocando em risco o delicado equilíbrio da floresta.

LOPES, Reinaldo José. Esclarecimento: a Amazônia não é o pulmão do mundo. Superinteressante, 26 ago. 2019. Disponível em:
https://super.abril.com.br/ciencia/a-amazonia-nao-e-o-pulmao-do-mundo/. Acesso em: 6 fev. 2020.

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