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Projeto de Eletivas
TEMA DA PROPOSTA:” Eu e o mundo Conectados”
As chamadas fake News são um exemplo de mau uso da internet, pois difundem
informações falsas, muitas vezes com o objetivo de prejudicar pessoas e instituições ou
até mesmo de aumentar o alcance de uma publicação.
A internet pode ser usada em benefício de boas causas, até mesmo para combater Fake News.
Este Projeto tem como foco o alcance das informações na era digital e os conhecimentos
produzidos e disponibilizados sobre a região Amazônica.
Nesse percurso, serão produzidos materiais em mídias diversas – como podcasts, infográficos,
infomapas e vídeo –, que, ao final, serão compartilhados em um site, blog ou página em rede
social, espaço criado exclusivamente para este Projeto, com o objetivo de mobilizar a
sociedade em favor de um desenvolvimento socioeconômico justo e ambientalmente
equilibrado para a Amazônia.
TEXTO I
Um famoso jogador de futebol português publicou, em agosto de 2019, em uma rede social,
a imagem abaixo junto de um texto em inglês, traduzido aqui: “A Floresta Amazônica produz
mais de 20% do oxigênio do mundo e está queimando nas últimas 3 semanas. É nossa
responsabilidade ajudar a salvar o nosso planeta”.
Imagem de incêndio na Estação Ecológica do Taim, Rio Grande do Sul, 2013. A imagem foi publicada em rede social como se fosse
da Amazônia, em 2019.
TEXTO II
Esclarecimento: a Amazônia não é o pulmão do mundo A manutenção da floresta é
fundamental para o clima, mas a floresta consome quase todo o oxigênio que produz. O
pulmão do mundo são as algas marinhas. Defender a Amazônia é uma necessidade. Mas
nada justifica mentira e desinformação. A Amazônia não produz 20% do oxigênio do mundo.
O fato é que todas as selvas e bosques do planeta, juntos, produzem 24%. E tem um detalhe:
a floresta consome praticamente tudo. Logo, essa história de “pulmão do mundo” não
confere. Na verdade, são as algas marinhas que fazem a maior parte desse trabalho – elas
jogam na atmosfera quase 55% de todo o oxigênio produzido no planeta. E mais: florestas
como a Amazônia, segundo os cientistas, são ambientes em clímax ecológico. Isso quer dizer
que elas consomem todo – ou quase todo – o oxigênio que produzem.
As estimativas variam, mas todas indicam que a parcela de oxigênio excedente fornecida
pela Amazônia para o mundo é bem pequena. É que, além de produzir oxigênio na
fotossíntese (enquanto sequestram gás carbônico da atmosfera e o transformam em
matéria-prima para galhos e folhas), as árvores também respiram – consumindo oxigênio e
liberando gás carbônico. No fim, a relação entre produção e consumo tende a ficar no
empate. Isso não significa, contudo, que derrubar a floresta não impactaria o clima do
planeta. Ao contrário: quando não alimentam a indústria legal ou ilegal de madeira, árvores
derrubadas se decompõem, liberando gás carbônico e agravando o problema do
aquecimento global. Além disso, já se sabe que, de várias maneiras, a Amazônia produz sua
própria chuva e influencia o regime pluviométrico de outras regiões. Segundo os cientistas,
ela lança na atmosfera uma quantidade inimaginável de partículas de origem biológica – de
pedacinhos de plantas a fungos e moléculas orgânicas. Levadas pelo vento, essas partículas
acabam virando núcleos de condensação de nuvens (em torno dos quais o vapor de água se
transforma em gotículas ou cristais de gelo). É por isso, entre outros fatores, que as chuvas
são tão abundantes na Amazônia. Quanto mais o desmatamento avança, mais elas tendem a
rarear – colocando em risco o delicado equilíbrio da floresta.
LOPES, Reinaldo José. Esclarecimento: a Amazônia não é o pulmão do mundo. Superinteressante, 26 ago. 2019. Disponível em:
https://super.abril.com.br/ciencia/a-amazonia-nao-e-o-pulmao-do-mundo/. Acesso em: 6 fev. 2020.