Você está na página 1de 29

REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO SAÚDE
INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO ACÁCIAS RUBRAS

PROJECTO TECNOLÓGICO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO MÉDIO DE

ANALISES CLINICAS

ANEMIA FALCIFORME

INCIDENCIA DA ANEMIA FALCIFORME EM CRIANÇAS DOS 0 AOS 5 ANOS DE


IDADE ATENDIDAS NO CENTRO MATERNO INFANTIL KM/9A, EM MARÇO DE
2022
Incidencia da anemia falciforme em crianças dos 0 aos 5 anos de idade atendidas no
centro materno infantil km/9A, em março de 2022.

Elementos do grupo nº
Trabalho de conclusão do Curso para
1. Ana Lucas Isidro
2. Domingas De Oliveira obtenção do grau de Técnico Médio em
3. Eularia Hossi
analises clinicas, à Escola de Formação
4. Eva Caombo Garcia
5. Laurinda Jamba de Técnicos de Saúde de Luanda.
6. Manuela Adolfo
7. Marieth Sales
8. Pacildo Baptista
9. Paulo Ganga
10. Quedma Elias

Orientador

_________________________________________
Leonizio Cabral

Luanda, Março de 2021


1. INTRODUÇÃO
A anemia falciforme é uma doença hereditária causada por uma mutação, que ocorre nos
genes que codificam a hemoglobina. A forma comum da anemia falciforme (HbSS) acontece
quando uma criança herda um gene da hemoglobina falciforme da mãe ou do pai (ANVISA,
2009;RUIZ, 2017).

Hb Fetal (HbF), constitui a principal hemoglobina do feto e do recém-nascido. No fim do


período fetal, diminui progressivamente sua síntese. Assim sendo, a partir do 1º - 2º ano de
vida, a HbF corresponde a apenas 2% da hemoglobina total (ANVISA, 2009;FIGUEIREDO,
2016).

Segundo Caldas(2010), o organismo das pessoas afectadas passa a sintetizar uma


hemoglobina defeituosa, denominada hemoglobina S, ao invés da A. A Doença Falciforme é
uma doença hereditária do sangue, que afeta 3 milhões de crianças em todo mundo.

Em Angola fala-se que 20% da população é afectada pela anemia falciforme, uma doença
congénita, para qual não há cura, apenas tratamento. Combinando com a taxa de natalidade
em Angola, é de prever que nasçam anualmente mais de 15000 novos casos das doenças das
células falciformes (OMS; 2021).

Algumas complicações da Doença Falciforme podem afetar a criança, tornando, então,


necessário por parte dos pais a atenção máxima de modo a prevenila. Os sintomas relativos à
doença costumam surgir após os seis meses de idade (BACKES et al, 2014;MOUSINHO et
al, 2017).

Os sinais de alerta da doença quando reconhecidos, indicam à emergência


para poder levar a criança em uma unidade hospitalar.Neste caso, quando se
trata de crianças, há ainda outras complicações devido ao menor calibre de
seus vasos facilitarem o seu entupimento, podendo causar complicações
como crise de infarto ósseo, síndrome torácica aguda, acidente vascular
encefálico, entre outras (OMS, 2021).

A infecção em crianças com DF, geralmente apresentam com gripe, resfriado ou febre,
corresponde a um fator que pode provocar dores, além de agravar a anemia. Por isso, o a
criança com Doença Falciforme deve fazer uso de antibiótico, com o objetivo de prevenir os
episódios infecciosos, a partir dos primeiros meses de idade, até os 5 anos (DINIZ, GUEDES,
2018).
Nas crianças pequenas as crises de dor podem ocorrer nos pequenos vasos das mãos e dos pés
causando inchação, dor e vermelhidão no local. A Crianças com Doença Falciforme podem
crescer e se desenvolver mais lentamente que crianças normais (CALDAS,. 2010).

Geralmente, na idade adulta, sua estatura é normal, embora, na maioria das vezes,
permaneçam magras. O desenvolvimento sexual é normal e a puberdade ocorre por volta dos
17 anos (BACKES et al, 2014).

1.1. Problemática

A organização mundial da saúde (OMS, 2021), afirma que no mundo cerca de 600mil pessoas
nascem com anemia falciforme. Destas, 500 mil nascem no continente africano, com uma
expectativa de vida de 8 anos, e uma taxa de mortalidade de 80% até aos 2 anos de idade.

O diagnóstico e o tratamento é específico para o problema de cada paciente, sendo que, no


caso das dores gerais, são realizados tratamentos de hidratação e a aplicação de analgésicos
(FIGUEIREDO, 2016).

Quando se fala em reconhecimento da dor em crianças com anemia falciforme, podemos


destacar algumas dificuldades para os cuidadores (pais e técnicos de saúde), justificando a
procura por atendimento de emergência e admissão hospitalar (FIGUEIREDO, 2016;DINIZ,
GUEDES, 2018).

Assim coloca-nos em atenção como futuros técnicos de saúde, a tarefa de diagnosticar e


passar a informação e orientações de tal modo que a população conheça.Diante desse exposto,
o grupo levantou a seguinte pergunta de partida: Qual é a incidência da anemia falciforme em
crianças dos 0 aos 5 anos atendidos nocentro Materno Infantil Km 9A, no em Março de
2022?

1.2. Justificativa

Segundo Angop (Apud OMS, 2021), o desafio do governo é de criar uma rede descentralizada
de ações e serviços, permeada pelo controlo social, respondendo às necessidades e aos
problemas da população.

Enfrentar esse desafio, mantendo os princípios do sistema, exige dos trabalhadores da saúde a
capacidade de operar coletivamente, levando em conta as condições concretas de
realidadesdiversas nas quais devem organizar arranjos e pactuações que propiciem a
constituição dessa rede (CALDAS, 2010;RUIZ, 2017).

O relato da criança e dos pais a respeito das suas próprias experiências vividas pode ser
utilizado para avaliar a intensidade ou a gravidade que as passam, uma vez que essas crises
podem levar a criança ao óbito (BACKES et al, 2014).

Produzir saúde é um objetivo a ser alcançado diretamente ligado a um modo de fazer definido
como humanizado. O diagnóstico da doença falciforme (DF), bem como das suas
manifestações clínicas, tem um sentido universal, generalizado, que descreve uma
regularidade (CALDAS, 2010).

A Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme tem como
objetivo mudar a história natural da DF em todo mundo, promovendo longevidade com
qualidade de vida, orientando as pessoas com traço e informando a população em geral.

Segundo a OMS (2021), os resultados do Programa Nacional de


Triagem Neonatal (PNTN) mostram que devem nascer em Angola,
em torno de 320 crianças/ano com traço falciforme. Essas crianças,
por não terem a DF, não necessitarão de atenção especializada. Às
famílias deverá ser oferecido serviço de informação sobre o que
significa ter traço falciforme.

Por isso, como futuros técnico de diagnóstico terapeuticos, estaremos preparados para
enfrentar o desafio em questão, quanto mais cedo possível aprimorar o nível de conhecimento
da população em geral a fim de ficarem atentos na condição genética do futuro parceiro e
possarem a decidir livremente sobre seu futuro reprodutivo.

1.3. Objectivos
1.3.1. Objetivo Geral:
 Calcular a incidência da a incidência da anemia falciforme em crianças dos 0 aos 5
anos atendidos no centro Materno Infantil Km 9A, no em Março de 2022
1.3.2. Objetivos específicos:
 Caracterizar as mães quanto a idade, o número de filhos e o conhecimento sobre a
doença;
 Descrever os sinais e sintomas, as complicações, possiveis cuidados dos pais a ter com
osrecém nascido com a DF;
 Identificar as amostras de acordo com os exames laboratoriais (Parafinação).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Definições de termos e conceitos

Sangue: é um tecido líquido de cor avermelhada do meio interno, que circula num espaço
fechado denominado Sistema Circulatório (CALDAS, 2010;RUIZ, 2017).

Genética: é a ciência que estuda a transmissão de caracteres hereditários (BACKES et al,


2014).

Hemoglobina: é um pigmento responsável pela coloração avermelhada do sangue (DINIZ,


GUEDES, 2018).

Gene: é uma unidade funcional da hereditariedade, onde estão presentes os ácidos nucleicos,
responsável pela formação genética que proporcionam diversidade dos indivíduos (CALDAS,
2010).

Hemácias: são células sanguíneas bicôncavas, responsáveis pelo transporte de gases


(BACKES, 2014).

Anemia: é uma doença, caracterizada pela redução da hemoglobina nas hemácias(ANVISA,


2009).

Falciforme:São células em forma de foice(DINIZ, GUEDES, 2018).

Anemia falciforme: é uma doença hematológica hereditária causada por uma mutação,
provocando uma mudança na hemoglobina normal (A) agora chamada de hemoglobina S
(BACKES et al, 2014).

Artérias:são vasos sanguíneos que contém uma parede espessa formada por uma camada de
tecido mucular e elástico que suporta a pressão sanguínea (BACKES et al, 2014)

Veias:são vasos sanguíneos de espessura mais finas em relação as artérias onde circulam o
sangue venoso(BACKES et al, 2014).

Crianças:É toda pessoa que se encontra na sua primeira fases de existência entre o
nascimento e a puberdade (RUIZ, 2017).

Hospital: é um estabecimento de saúde destinado a prestar assistência médico-sanitária à


uma determinada população (CALDAS, 2010).
2.2. História da Anemia falciforme

Segundo Silva, Ramalho e Cassorla (2009 apud DINIZ, GUEDES, 2018), a mutação no gene
beta globina, que produz a hemoglobina S, teve origem no continente africano e pode,
actualmente, ser encontrada em populações de diversas partes do mundo.A ocorrência de
migrações, sejam elas espontânea ou pelo tráfico de escravos africanos até o século XIX,
aumentou a frequência desses genes mutantes no continente.

Mas foi só em 1910, que hemácias em forma de foice foram descritas pela primeira vez, por
Herrick, no esfregaço sanguíneo de um negro de 20 anos portador de anemia grave (DINIZ,
GUEDES, 2018).

Em 1953, Itano introduziu o teste de solubilidade para determinar a quantidade de


hemoglobina S em amostras de sangue, atualmente chamado de teste da mancha, com os
reagentes ditionito de sódio e tampão de fosfatos (SILVA;RAMALHO;CASSORLA, 2009).

Diggs e seus colaboradores em 1968 desenvolveram um teste de solubilidade em tubo de


ensaio, de execução simples e rápida, com leitura a olho nu, que teve uma enorme aceitação

Na década de 70, graças aos disponíveis testes de solubilidade, simples, rápidos e pouco
onerosos, a presença da hemoglobina S foi considerada um problema de saúde pública e o
aconselhamento genético como a medida de prevenção maiseficaz (Diggs, 1972) (SILVA;
RAMALHO; CASSORLA, 2009;BACKES et al, 2014).

Atualmente o teste da mancha e a eletroforese são os testes mais utilizados para a


identificação do traço falciforme (presença de hemoglobina S).

2.3. Epidemiologia

Em Angola, com mais de 30 milhões de habitantes, estima-se que 20% da população padece
de falciormação, (OMS, 2021). A doença falciforme trata-se de um grupo de anemias hemolíticas
hereditárias que se caracterizam pela presença de hemoglobina S nos indivíduos afetados, doença
hereditária com maior prevalência no mundo.

De acordo com os números recentes da Organização Mundial da saúde (OMS, 2021),


indicado na tabela abaixo em relação ao padecimento desta doença, afirma-se que:
Quadro nº 1 – Dados de resgistos de DF em 2018 à 2021

Meses de resgisto Províncias Mortalidade menores de 5 anos

Julho de 2018 Luanda: 323 e 930 (17, 91%)

Setembro 2021 Cabinda: 748 (8,39%) Na ordem dos 80 a 90%.

Fonte: Registo piodico de casos de AF (OMS, 2021)


2.4. Causas e factores de risco
A anemia falciforme é causada por uma alteração genética que leva pessoas a produzirem
outro tipo de hemoglobina, a hemoglobina S no lugar da A (MOUSINHO et al, 2017).

A diferença entre elas é que, em vez do formato côncavo típico de hemácias com da
hemoglobina A, as células vermelhas com hemoglobina S apresentam um formato de foice
que dificulta o transporte de oxigénio.

Segundo Ruiz (2017),existem alguns fatores desencadeantes, que são: Diminuição dos níveis
de oxigênio no sangue (hipóxia); Infecções; Febre; Desidratação; Perda de temperatura
corporal; Exposição prolongada ao frio; Atividade física extenuante; Estresse emocional.
Estase vascular;Acidose;Concentração de hemoglobina S e etc,.
2.5. Fisiopatologia – Fatores desencadeantes

Quanto mais hemoglobina fetal existir dentro da hemácia, mais o oxigênio estará retido dentro
da célula e, logo, menores serão os efeitos da baixa de oxigênio na hemácia falciforme.
Assim, o aumento da HbF reduz a polimerização da HbS resultando em curso clínico mais
brando (BACKES et al, 2014).

Ainda durante os três primeiros meses de vida, esta característica citada acima consegue ser
mantida. Entretanto, por volta dos seis meses o padrão de extração de oxigênio é semelhante
ao de um adulto e ao oitavo mês este se torna idêntico (CALDAS, 2010;DINIZ, GUEDES,
2018).

As hemácias sofre um déficit no transporte de oxigénio para as regiões do corpo. A


molécula de hemoglobina S tem características físico-químicas
peculiares, que facilitam o estabelecimento de contatos
intermoleculares no seu estado desoxigenado (desoxiHbS). Os contatos
intermoleculares dão origem a um pequeno agregado de hemoglobina
polimerizada (BANDEIRA et al , 2013 ).
A polimerização progride, com adição de moléculas sucessivas de HbS à medida que a
porcentagem de saturação de oxigênio diminui. Portanto, o principal fator desencadeante do
processo de falcização é a hipóxia ((MOUSINHO et al, 2017).

2.6. Processo de transmissão

Segundo Diniz e Guedes (2018), gene que determina as características das nossas
hemáciassão determinadas pela combinação dos cromossomos herdados da mãe e do pai,
como, a cor dos nossos cabelos, o formato do nariz, a cor dos olhos e, a chance de ter
determinadas doenças.

Para Caldas (2010 apud MOUSINHO et al,2017), ser uma pessoa saudável, ser traço forme
ou portador da doença, é preciso que o gene alterado (cromossomo 11) que provoca a
deformação dos glóbulos vermelhos seja transmitido dos pais aos filho,podendo ocorre da
seguinte forma:

a) Mãe saudável e Pai portador de traço, neste caso:

 Como o pai só tem um alelo defeituoso(AS), ele obrigatoriamente transmitirá um


para os seus filhos;
 Mãe é saudável, tem os dois alelos normais (AA), ela sempre transmitirá um alelo
normal para seu filho;

Resultado:50% dos seus filhos serão portadores do traço e 50% terão genes
normais.Conforme o quadro abaixo (BANDEIRA et al , 2013).
Quadro nº 2: Resultdo de combinação de Mãe saudável e Pai portador de traço

Alelos ou Gene Resultado da combinação


AA = gene normal AA AS
AS= um gene defeituoso AA AS
Chances dos filhos 50% normal 50% traço falciforme
Fonte: Bandeira et al., (2013)
b) Mãe saudável e Pai com anemia falciforme, neste caso:
 O pai tem anemia falciforme, ou seja, possui dois alelos defeituosos (SS), ele
obrigatoriamente transmitirá um para os seus filhos;
 A mãe é saudável, tem os dois alelos normais (AA), ela sempre transmitirá um
alelo normal para seu filho;

Resultado: Todos os filhos serão portadores do traço falciforme, pois terão um alelo
defeituoso vindo do pai e um alelo saudável vindo da mãe. Conforme o quadro abaixo.

Quadro nº 3: Resultado de combinação de Mãe saudável e Pai com anemia falciforme

Alelos ou Gene Resultado da combinação


AA = gene normal AS AS
SS= gene defeituoso AS AS
Chances dos flhos 100% Traço Falciforme
Fonte: Bandeira et al., (2013)

c) Pai e Mãe portadores de traço falciforme, nessa situação:

 Como os pais são portadores de traço falciforme, ou seja, cada um possui um alelo
defeituoso (AS), eles obrigatoriamente transmitirão um de cada para os seus
filhos;

Resultado:Existe 50% de chance dos filhos terem traço, 25% de terem anemia falciforme
e 25% de terem genes normais (BACKES et al, 2014; RUIZ, 2017).

Quadro nº 4: Resultado de combinação de Pai e Mãe portadores de traço falciforme.

Alelos ou Gene Resultado da Combinação


AS = gene defeituoso AS SS AA
AS= gene defeituoso AS
50% Traço 25% Anemia 25% Normal
Chances dos flhos Falciforme Falciforme
Fonte:Backes et al., (2014) eRuiz (2017).

d) Mãe com traço falciforme e Pai com doença falciforme, neste casos:
 Como a mãe só tem um alelo defeituoso(AS), ele obrigatoriamente transmitirá um
para os seus filhos
 O pai tem anemia falciforme, ou seja, possui dois alelos defeituosos (SS), ele
obrigatoriamente transmitirá um para os seus filhos;
Resultado:50% dos filhos serão portadores de traço falciforme, receberão um alelo
normal e um defeituoso, e 50% terão a doença, pois receberão um alelo defeituoso de
cada progenitor. Conforme o quadro abaixo:
Quadro nº 5: Resultado de combinação de Mãe com traço falciforme e Pai com doença
falciforme.
Alelos ou Gene Resultado da combinação
AS = gene normal AS SS
SS= gene defeituoso AS SS
Chances dos flhos 50% Traço falciforme 50% Anemia Falciforme
Fonte:Backes et al., (2014) e Ruiz (2017).

2.6.1. Hemoglobina normal e Anormal

No caso da hemoglobina A (Hb A), considerada normal, os genes que codificam as frações
beta da hemoglobina, herdados dos pais, estão em homozigose e resultam no padrão Hb
ACALDAS, 2010;RUIZ, 2017).

Em quanto que, o fenômeno de afoiçamento das hemácias é responsável por todo o quadro
fisiopatológico apresentado pelas pessoas com DF. As hemácias afoiçadas apresentam maior
rigidez, vivem menos que o tempo médio de 120 dias na circulação sanguínea, estando mais
sujeitas à destruição.

Figura nº 2- Hemoglobina normale Anormal

Fonte:Adaptado por – DF, (CALDAS, 2010;RUIZ, 2017)


2.7. Crescimento e desenvolvimento das crianças com Doença
Falciforme

Segundo Bandeira (2013 apud MOUSINHO et al, 2016), crianças com Doença Falciforme
podem crescer e se desenvolver mais lentamente que crianças normais. Para tal, as crianças
podem ou devem:

 Ser alimentado como qualquer outra criança;


 Receber leite materno até os seis meses, pois esterepresenta a principal fonte de
nutrientes para o crescimento adequado.

Após os seis meses, a alimentação deve ser semelhante à de qualquer criança, ou seja, rica em
frutas, legumes, verduras e proteínas de origem animal.

2.7.1. Capacidade de aprendizado na escola


Crianças com Doença Falciforme não apresentam qualquer deficiência no aprendizado. No
entanto, algumas vezes, pode ser necessário um reforço no conteúdo escolar, para recuperar
possíveis faltas às aulas devido a internações hospitalares ou crises de dor, (MOUSINHO et
al, 2014).

2.7.2. Dentição da criança com anemia falciforme

O desenvolvimento dental na Doença Falciforme énormal. Os cuidados especiais estão


indicados na prevenção da cáries dentária. Todos devem escovar os dentes após ingestão de
qualquer tipo de alimento, principalmente os ricos em açúcar. É importante ressaltar que o uso
continuado deantibióticos, nos primeiros 5 anos de vida, não causa qualquer pdano à dentição
do seu bebé (BANDEIRA et al, 2013;RUIZ, 2017).

2.7.3. Calendário de vacinação

Os pais devem seguir o calendário de vacinação realizado pelos postos de saúde, bem como
participar de todas as campanhas públicas de vacinação. Além disso, ele deve receber algumas
vacinas especiais(CALDAS, 2010;MOUSINHO et al, 2016).
Quadro nº2: Calendário de vacinação

Hepatite B
1 Mês
2 Meses Tríplice
Antipólio orall
Anti- Hemófilo do tipo B

4 Meses Tríplice
Antipólio orall
Anti- Hemófilo do tipo B

6 Meses Tríplice
Antipólio oral
Anti- Hemófilo do tipo B
Hepatite
9 Meses Anti- Sarampo
15 Meses Reforço Tríplice
Antipólio oral
MMR
Reforço anti- Hemófilo do tipo B
2 Anos Anti- Pneumocócica
4 à 6 Anos Reforço Tríplice e antipólio oral
5 Anos Reforço anti- Pneumocócica
6 Anos Dupla tipo adulto a cada 10 anos
Fonte: Adaptado por (CALDAS, 2010;MOUSINHO et al, 2016)

2.8. Sinais e sintomas


Uma das principais características da anemia falciforme em relação à sintomatologia é sua
grande variabilidade clínica, com um espectro que vai de pacientes apresentando graves
quadros clínicos, graves complicações e constantes hospitalizações (CALDAS, 2010; OMS,
2020).

Ao nascimento, o neonato é protegido pela elevada quantidade de HbF até por volta de oito a
dez semanas de vida. A partir deste período ocorre uma considerável queda na quantidade de
HbF, com aumento expressivo da HbS (RUIZ, 2017).

Devido a este fato ou deste período se iniciam as manifestações hematológicas características


da AF, uns têm apenas alguns sintomas leves, outros apresentam um ou mais sinais ou
sintomas, variam com a idade e, sobretudo, com os cuidados que se têm para preveni-los, que
são:Irritação;Choro contínuo;Cansaço;Desânimo;Sono excessivo e etc (MOUSINHO,
2014;MOUSINHO et al, 2017).

2.9. Complicações da Anemia Falciforme

Para Mousinho et al (2017), muitos pacientes toleram níveis de hemoglobina entre 5 e 7 g/dL.
Além dos episódios agudos detectáveis clinicamente, a vasoclusão que ocorre em qualquer
topografia em que exista fluxo sanguíneo pode acontecer de forma assintomática na
microcirculação, várias vezes ao dia.

Segundo Ruiz(2017),a doença falciforme é, por conseguinte, uma doença crônica com curso
clínico pontuado por episódios agudos, e a criança pode apresentar as seguintes crises:

 Crises de dor:é um dos sintomas mais frequentes da doença falciforme causado pela
obstrução de pequenos vasos pelos glóbulos vermelhos em foice. A dor é mas
frequentes nos ossos e nas articulações, podendo atingir qualquer parte do corpo.essas
crises têm duração variável e podem ocorrer várias vezes ao ano. Geralmente são
associadas ao tempo frio, infecções, ou á desidratação;
 Icterícia:é um sinal mais frequente da doença.O quadro não é contagioso e não deve
ser confundido com hepatite.Quando o glóbulo vermelho se rompe, aparece um
pigmento amarelo no sangue que se chama bilirrubina, fazendo com que o branco dos
olhos e a pele fiquem amarelos;
 Sequestro de sangue no baço: Éum órgão que filtra o sangue .Em crianças com
anemias falciformes , o baço pode aumentar rapidamente por sequestrar Todo sangue e
isso pode levar rapidamente á morte por falta de sangue para os outros órgão,como o
cérebro e o coração. É uma complicação da doença que envolve riscos de vida e
tratamento emergencial (MOUSINHO et al, 2017).
 Úlceras:Ocorre mas frequemente próximo ao tornozelos, a partir da dolecência.As
úlceras podem levar anos para a cicatrização completa ,se não forem bem cuidada no
início doseu aparecimento.Para prevenir o aparecimento das úlceras os pacientes
devem usar meias grossas esapatos;
 Infecções:As pessoas com doenças falciforme têm mair propensão a infeções e,
principalmente as crianças podem ter mas pneumonia e meningites. Por isso elas
devem receberer vacinas especiais para prevenir estás complicações.Ao primeiro sinal
de febre deve se procurar o hospital onde é feito o acompanhamento da doença.Isto
certamente fará com a infeção seja controlada com mais facilidade.
 Síndrome mão-pé: Nas crianças pinchaequenas as crises de dor pode ocorrer nos
pequenos vasos sanguíneos das mãos e dos pés causando inchaço,dor e vermelhidão
no local.
2.10. Diagnóstico Laboratorial

Existem diversos métodos utilizados para a pesquisa diagnóstica de alguma


hemoglobinopatiaCrianças, jovens e adultos que ainda não fizeram exame para detecção da
doença ou do traço podem realizar a eletroforese de hemoglobina. Dentre os métodos
utilizados para triagem de hemoglobinas anormais, destacam-se: Texte de hemograma,Teste
de solubilidade, Eletroforese e teste de pezinho (CALDAS, 2010;DINIZ; GUEDES, 2018).

a) Texte de hemograma

O hemograma é o primeiro passo do diagnóstico laboratorial, pois é possível visualizar as


hemácias falciformes presentes, através do esfregaço sanguíneo, o número de leucócitos
elevado. A heterozigose de HbS-Beta-Talassemia apresenta VCM e CHCM baixos devido à
diminuição nos níveis de hemoglobinas em razão da fagocitação eritrocitária das células
falciformes(DINIZ; GUEDES, 2018).

O teste de falcização consiste em observar a presença de drepanócitos (células em foice)


durante a leitura. É um exame para pré-diagnóstico, pois há muitas variáveis que podem
interferir no resultado (falsos positivos e falsos negativos); dentre elas, a execução correta da
técnica, a experiência na interpretação dos resultados, conservação do reagente, etc.

b) Teste de solubilidade

O teste de solubilidade consiste em avaliar a solubilidade da hemoglobina. A HbS é insolúvel


e neste teste é visualizada através da opacidade que confere ao filtro de papel. Este exame não
é recomendado para neonatos, pois pode apresentar um falso negativo .

c) Eletroforese

O método mais indicado para o diagnóstico da Anemia falciforme é a eletroforese de


hemoglobina, que separa as hemoglobinas normais. O indivíduo que possuir um nível de HbS
superior a 80% é definido como portador da doença.
d) O teste de pezinho

O teste de pezinho consiste em obter e analisar uma amostra de sangue do recém-nascido, a


fim de detetar doenças metabólicas, infeciosas, congénita s e genéticas. Deve ser feito após
48h do nascimento, para que não seja influenciado pelo metabolismo da mãe. Além disso, o
bebê precisa se alimentar antes, garantindo resultados mais precisos (DINIZ, GUEDES,
2018).

2.11. Tratamento

O tratamento da doença falciforme necessita de uma abordagem multidisciplinar, sempre com


auxílio da família. As pessoas recebem líquido pela veia (via intravenosa) e medicamentos
para aliviar a dor (BANDEIRA et al, 2013;DINIZ, GUEDES, 2018).

Segundo Figueiredo (2016), é muito utilizada:

 A penicilina V oral ou a penicilina G benzatina a cada 21 dias;


 Em caso de alergia à penicilina, utilizar a eritromicina 20mg/kg, via oral, 12/12hs.

Recomenda-se que a profilaxia seja iniciada nas crianças diagnosticadas na triagem


neonatal a partir dos 2 meses até no máximo 4 meses de idade, no seguinte esquema:

Penicilina - V - Oral:

a) 125 mg – 2 vezes ao dia até os 3 anos de idade ou peso até 15 kg

b) 250 mg – 2 vezes ao dia dos 3 a 6 anos de idade ou peso entre 15-25 kg

c) 500 mg – 2 vezes ao dia crianças com peso > 25 kg ou penicilina benzatina na


tentativa de se obter melhor aderência, devendo ser administrada, a cada 21
dias (dose 50.000U/kg):

d) 300.000 U para crianças com peso superior a 6 kg e inferior a 10 kg, via IM

(intramuscular)
e) 600.000 U para crianças com peso entre 10-25 kg, via IM (intramuscular)

f) 1.200.000U para > 25kg de peso, via IM (intramuscular).

A criança com doença falciforme, além de receber todas as vacinas recomendadas


no calendário de vacinação, requer outras adicionais, como a vacina contra o pneumococo,
meningite e vírus influenza (RUIZ, 2017).
2.12. Prevenção
A limitada eficácia dos tratamentos atuais para a anemia falciforme enfatiza a importância de
se preveni-la, o que pode ser realizado por meio de aconselhamento genético e diagnóstico
pré-natal. Entre as medidas preventivas estão (FIGUEIREDO, 2016; DINIZ; GUEDES,
2018):

a) Estado nutrcional

O recém-nacido para além do leite materno que a criança de receber até os seis meses.A
alimentação deve ser semelhante à de qualquer criança, sendo rica em frutas, legumes,
verduras e proteínas de origem animal, de modo a fortalecer o seu sistema imunológico.

b) Prevenção das crises de dores

Pode-se ajudar a prevenir as crises de dores procedendo do seguinte modo (BACKES et al,
2014; MOUSINHO et al, 2017).

 Dando a criança muitos líquidos, para que ela não sinta sede; Vestir a criança com
várias camadas de roupa antes de sair de casa no inverno.
 Entregar à criança uma camisola e meias;Reconhecer a febre como um sinal de
infeção e levar imediatamente a criança ao médico.
 Evitar a prática de exercício intenso, sem períodos de pausa, e ingerir bastantes
líquidos, principalmente durante os dias quentes.
2.13. A Orientação genética
A informação de herança genética em DF tem grande importância no processo de
sensibilização e educação das famílias e cuidadores para realizarem nos recém-nascidos o
teste de triagem neonatal.A orientação genética deve se feito para (ANVISA,
2009;FIGUEIREDO, 2016):
 A realização do exame laboratorial do cônjuge (ou do futuro cônjuge) e dos filhos é
uma dessas decisões;
 Se um casal é formado por dois heterozigotos poderá decidir sobre ter filhos ou não,
sendo que estarão conscientes do risco de 25% de nascer uma criança homozigota, e
saberão da importância da realização do exame laboratorial precoce.
 Garantir o diagnóstico correto dos casos com DF, do traço falciforme e das outras
possíveis intercorrências.
3. Metodologia

3.1. Tipo de estudo: Foi realizado um estudo descritivo transversal com abordagem
qualitativa.
3.2. Local de estudo: O estudo foi realizado Centro Materno Infantil km-9A, no distrito
do Kilamba Kiaxi.
3.3. Amostra: Foi extraída uma amostra de 25 pacientes , com a técnica de amostragem
probabilística aleatória simples.
3.4. Critérios de inclusão: Foram incluídos os pais das crianças dos 0 aos 5 anos que
aceitaram e preencheram o questionário.
3.5. Critérios de exclusão: Foram excluídos os pais das crianças dos 0 aos 5 anos que
não aceitaram participar e não preencheram o questionário.
3.6. Procedimentos éticos: As participantes assinaram um termo de consentimento livre e
esclarecido, as mesmas foram comunicadas sobre os procedimentos e finalidades da
resolução do estudo, bem como as manobras de recolha de dados. As informações
colhidas foram utilizadas para o uso restrito e exclusivo do nosso estudo e não foram
referidos os dados de identificação das participantes.
3.7. Procedimentos de recolha de dados: Foi feito um esclarecimento sobre o problema
em estudo, onde os pais que frequentaram o centro materno infantil km/9A no dia da
recolha,responderam a entrevista feita pelos estudantes com um formulário
previamente elaborado de perguntas fechadas.
3.8. Processamentos de dados: A recolha de dados foi feita no centro materno infantil
Km/9A.Os dados foram processados a partir dos programas Microsoft Word 2013 e
analisadas com auxilio de uma calculadora. A tabelas processadas no programa
Micosoft Excel 2013.
3.9. Variáveis em estudo :Idade, nível académico e conhecimento sobre a Anémia
Facilforme

Materiais utilizados
 Luvas;
 Mascaras;
 Lâminas;
 Lamelas;
 Microscópio;
 Parafina;
 Algodão;
 Lancetas;
 Álcool;
4. Apresentação, Análise e Interpretação dos Resultados

Tabela n º1: Distribuição dos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno infantil
km 9A em Março de 2022 – distrito do Kilamba Kiaxi, quanto a idade.

Faixa Etária F %
20 - 33 17 68
33 – 43 8 32
Total 25 100
Fonte:Questionário aplicados aos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno
infantil km 9A em Março de 2022, distrito do Kilamba Kiaxi.

Interpretação: dos 25 responsáveis, 17 (68%) se encontram na faixa etária entre 20 à 33


anos, 8 ( 32%) têm idade comprendida entre 33 à 43 anos.

Tabela n º2:Distribuição dos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno infantil
km 9A em Março de 2022 – distrito do Kilamba Kiaxi, quanto ao Sexo.

Sexo F %
Masculino 1 4
Feminino 24 96
Total 25 100
Fonte:Questionário aplicados aos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno
infantil km 9A em Março de 2022, distrito do Kilamba Kiaxi.

Interpretação: Dos 25 Paisentrevistados, 1 (4%) é do sexo masculino e 24 (96%) são do sexo


feminino.
Tabela n º3:Distribuição dos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno infantil
km 9A em Março de 2022 – distrito do Kilamba Kiaxi, quanto a escolaridade.

Escolaridade F %
Ensino Básico 9 36
Médio 15 60
Superior 1 4
Total 25 100
Fonte:Questionário aplicados aos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno
infantil km 9A em Março de 2022, distrito do Kilamba Kiaxi.

Intepretação:A tabela acima afirma que 15(60%) frequentaram o ensino Médio, 9 (36%)
frequentaram o ensino Básico e, enquanto que 1 (4%) dos Pais frequentou o ensino superior.

Tabela nº 4:Distribuição dos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno infantil
km 9A em Março de 2022 – distrito do Kilamba Kiaxi, quanto ao número de filhos por Pais .

Número de Filhos F %
1- 5 24 96
>6 1 4
Total 25 100
Fonte:Questionário aplicados aos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno
infantil km 9A em Março de 2022, distrito do Kilamba Kiaxi.

Interpretação:Dos 25 Pais inquiridos, 24 (96%) deles têm entre 1 à 5 filhos e, 1(4%) tem
mais de 6 filho.
Tabela nº 5:Distribuição dos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno infantil
km 9A em Março de 2022 – distrito do Kilamba Kiaxi, quanto aos Pais que têm filhos
Falciforme.

Pais com criança Falciforme F %


Sim 1 4
Não 24 96
Total 100 100
Fonte:Questionário aplicados aos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno
Infantil km 9A em Março de 2022, distrito do Kilamba Kiaxi.

Interpretação:Em relação aos Pais com filhos Falciforme, 25 inquiridos, 24 (96%)


afirmamnão ter filho com AFe,1 (4%) afirma ter fiho com AF.

Tabela nº6:Distribuição dos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno infantil
km 9A em Março de 2022 – distrito do Kilamba Kiaxi, quanto a transmissão da AF.

Transmissão da AF F %
Sabem 22 88
Não sabem 3 12
Total 25 100
Fonte:Questionário aplicados aos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno
infantil km 9A em Março de 2022, distrito do Kilamba Kiaxi.

Interprtação:Dos 22 Pais (88%) sabem a forma de transmissão da AF e, enquanto que 3


(12%) não sabem a formade AF.
Tabela nº 7:Distribuição dos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno infantil
km 9A em Março de 2022 – distrito do Kilamba Kiaxi, quanto aos Sinais e Sintomas.

Sinais e sintomas F %
Sabem 22 88
Não sabem 3 12
Total 25 100
Fonte:Questionário aplicados aos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno
infantil km 9A em Março de 2022, distrito do Kilamba Kiaxi.

Interpretação: 22 Pais (88%) sabem os Sinais e Sintomas da AF e 3 (12%) deles não sabem.

Tabela nº 8:Distribuição dos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno infantil
km 9A em Março de 2022 – distrito do Kilamba Kiaxi,quanto aos cuidados com as crianças
com AF.

Cuidados com as crianças com AF F %


Sabem 20 80
Não sabem 5 20
Total 25 100
Fonte:Questionário aplicados aos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno
infantil km 9A em Março de 2022, distrito do Kilamba Kiaxi.

Interpretação:Dos 20(80%) sabem dos cuidados que devem ter com as crianças com AFe 5
(20%) deles não sabem sobre os cuidados.

Tabela nº 9:Distribuição das Crianças que frequentaram o Centro Materno Infantil km 9A em


Março de 2022 – distrito do Kilamba Kiaxi, quanto a Idade.
Idades das Crianças F %
<1 ano 9 36
2 à 5 anos 16 64
Total 25 100
Fonte: questionário aplicados aos Pais responsáveis que frequentaram o Centro Materno
infantil km 9A em Março de 2022, distrito do Kilamba Kiaxi.

Interpretação: das 25 crianças que foram submetidas ao Exame 16 (64%) têm menos de 1
ano de idade e 9 (36%) estão no intervalo de 2 à 5 anos de idade.

Tabela nº 10: Distribuição dos Resultados dos Exames das crianças testadas no Centro
Materno infantil km 9A em Março de 2022 – distrito do Kilamba Kiaxi, quanto a AF.

Resultados dos Exames F %


Positivos 0 0
Negativos 25 100
Total 100 100
Fonte:Questionário aplicados aos municípes do bairro seis dos mulenvos de cima km 12b em
Março de 2022

Interpretação:Dentre as 25 crianças que visitaram o centro (100%) delas têm resultados


Negativo AF.

Conclusão
Após estudo feito, afirmamos que os Pais inquiridos a sua maioria se encontram:

Nafaixa etária entre 20 à 33 anos17 (68%), 24 (96 %) são do sexo feminino, a sua maioria 15
(60%) frequentaram o ensino Médio, 24 (96%) deles têm entre 1 à 5 filhos e, 1 (4%) tem mais
de 6 filho, 24 (96%) afirmam não ter filho com AF e, 1 (4%) afirma ter, 22 Pais (88%) sabem
a forma de transmissão da AF assim como os respectivos sinais e sintomas, em relaçção os
cuidados 20 (80%) sabem dos cuidados que devem ter com as crianças com AF.

No caso das crianças, virificou-se que:

 das 25 crianças que foram submetidas ao Exame 16 (64%) têm menos de 1 ano de
idade e 9 (36%) estão no intervalo de 2 à 5 anos de idade.
 Quanto os resultados, das 25 crianças que visitaram o centro (100%) delas têm
resultados Negativo AF.

Em fim, uma vez que DF tem aumenado bastante no nosso País, sentimo-nos satisfeito, pelos
resultados achados por parteda colaboração dos pais no concerne o conhecimento da doença e
que por outro lado, o centro não rgistou casos novos de AF durante a semanano periodo de 4 à
8 do mês deAbrilcomincidência 0.

Sugestões
Diante dos caso novos que o nosso pais tem registado anualmente, o Ministério da saúde de
Angola(MINSSA) tem levado em conta esta situação e que com a falta de informação no seio
da familia ou na comunidade, sugerimos ao (MINSSA) o seguinte:

 Que se reforçes o programa de educação sexual em casos de redução de casos novos


de AF no nosso País.

Quanto ao centro Materno Infantil Km 9A:

 Sugerimos que abrem sempre as portas para a recolha de dados.

Para o instituto – IMPAR:

 Relize sempre as jornadas cientificas diante da comunidade a fim de dispertar sobre os


problemas que afectam a saúde do indivíduo e da própria familia.

Para os Pais e futuros casais:

 Familiras e casais fiquem atentos com as suas crianças que têm AF de modo a tmar os
cuidados antes e nos momentos de crises.
 Par os futuros casais, apesar dor amor e pelo o amor irem fazer o teste da AF para
conhecer o estado prévio do parceiro, de modo a viverem tranquilos em relação com
custos e evitar futuros problemas dentro do lar e do seio familiar.

Referências Bibliográficas

1. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de diagnóstico e tratamento


de doença falciforme. Brasília, 2009.
2. BACKES, C. E., MALLMANN, F. G., DASSI T., BAZZO M. L., SANTOS-SILVA M.
C. Triagem neonatal como um problema de saúde pública. Revista Brasileira de
Hematologia e Hemoterapia, 2014.
3. BANDEIRA FMGC, Santos MNN, Bezerra MAM, Gomes YM, Araújo AS, Braga MC,
et al . Triagem familiar para o gene HBB*S e detecção de novos casos de traço
falciforme em Pernambuco. Rev. Saúde Pública. 2013.
4. CALDAS, P.; BOA-SORTE, N.; AMORIN, T.; FREITAS, M.; RIBEIRO, R.;
FONSECA, S.F. Eventos clínicos e fatores associados em uma coorte de crianças com
doença falciforme. Gazeta Médica Bahia, 2010
5. DINIZ D, Guedes C. Anemia Falciforme: Um Problema nosso. uma abordagem bioética
sobre a nova genética. Cad. Saúde Pública. 2018
6. FIGUEIREDO MS. Fatores moduladores da gravidade da evolução clínica da anemia
falciforme. Rev. Bras. Hematol. Hemoter, Agencia N. (Angop). 2016
7. MOUSINHO R, Rita C, Cardoso G L, Sousa IEL, Martins PKC. Importância da
avaliação da hemoglobina fetal na clínica da anemia falciforme. Rev. Bras. Hematol.
Hemoter. 2017
8. Organização Mundial da Saúde (OMS). Diagnóstico laboratorial de hemoglobinopatias
em populações diferenciadas. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2020
9. RUIZ MA. Anemia falciforme: objetivos e resultados no tratamento de uma doença de
saúde pública no Brasil. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2017
10. SILVA RBP, Ramalho AS, Cassorla RMS. A anemia falciforme como problema de

Saúde Pública no Brasil. Rev. Saúde Pública. 2009

Você também pode gostar