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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA - ITABIRA

GRUPO ÂNIMA EDUCAÇÃO

DAIANE ALMEIDA DA MOTA


FLÁVIA THAIANE FERNANDES
PATRÍCIA DE FÁTIMA AVELINO

ENTEROPARASITOSES INTESTINAIS NA INFÂNCIA E SEU IMPACTO NO


DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Orientador: Profa. Dra. Cristina Alves de Oliveira Ramos

Itabira-MG
2022
ENTEROPARASITOSES INTESTINAIS NA INFÂNCIA E SEU IMPACTO NO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL

INTESTINAL ENTEROPARASITOSES IN CHILDHOOD AND ITS IMPACT ON

CHILD DEVELOPMENT

Daiane Almeida Da Mota 1

Flávia Thaiane Fernandes 1

Patrícia De Fátima Avelino 1

RESUMO

As enteroparasitoses são doenças prevalentes em países subdesenvolvidos e em


desenvolvimento. Diversos estudos realizados em diferentes regiões do país atestam a
ocorrência dessa patologia que afeta principalmente as crianças, acarretando atraso no seu
desenvolvimento físico e intelectual. O objetivo deste trabalho foi descrever através de uma
revisão de literatura as principais enteroparasitoses intestinais presentes na infância e seu
impacto no desenvolvimento infantil. A metodologia baseou-se em uma revisão de literatura
integrativa com pesquisa em periódicos nos bancos de dados do Scielo e Pubmed, os critérios
de inclusão foram artigos que abordassem a temática das enteroparasitoses intestinais na
infância e seu impacto no desenvolvimento infantil, juntamente relacionado com as condições
de saneamento básico e higiene individual, foram utilizadas as seguintes palavras-chaves:
enteroparasitoses intestinais; parasitologia; helmintos; desenvolvimento infantil, foram
utilizados 20 periódicos com publicações entre 2017 e 2022. Concluiu-se que as principais
enteroparasitoses são: Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale/Necator americanus,
Endolimax nana, Entamoeba coli, Entamoeba histolytica, Enterobius vermiculares, Giardia

1
Acadêmico do curso de Biomedicina, da Instituição de Ensino Superior UNA Itabira, da rede Ânima Educação.
Autoras do Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Graduação em Biomedicina,
da Instituição de Ensino Superior UNA Itabira, da rede Ânima Educação. 2022. Orientador: Prof. Cristina Alves
de Oliveira Ramos, Professora Universitária, e-mail: cristina.ramos@prof.una.br.
lamblia, Strongyloides stercoralis, já em relação ao seu impacto observou-se que indivíduos
doentes poderiam apresentar casos de anemia, desnutrição, baixo rendimento escolar, diarreia
e baixo crescimento pondero estatural.
Palavras-chave: enteroparasitoses intestinais, parasitologia, helmintos,
desenvolvimento infantil.

ABSTRACT

Enteroparasitoses are prevalent diseases in underdeveloped and developing countries.


Several studies carried out in different regions of the country attest to the occurrence
of this pathology, which mainly affects children, causing a delay in their physical and
intellectual development. The objective of this work was to describe, through a
literature review, the main intestinal parasites present in childhood and their impact on
child development. The methodology was based on an integrative literature review
with research in journals in the Scielo and Pubmed databases, the inclusion criteria
were articles that addressed the theme of intestinal parasitosis in childhood and its
impact on child development, together with the related conditions of basic sanitation
and individual hygiene, the following keywords were used: intestinal parasites;
parasitology; helminths; child development, 20 journals with publications between
2017 and 2022 were used. It was concluded that the main intestinal parasites are:
Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale/Necator americanus, Endolimax nana,
Entamoeba coli, Entamoeba histolytica, Enterobius vermicularis, Giardia lamblia,
Strongyloides stercoralis, in relation to its impact, it was observed that sick individuals
could present cases of anemia, malnutrition, low school performance, diarrhea and low
height weight growth.
Keywords: intestinal parasites, parasitology, helminths, child development

1. INTRODUÇÃO

As enteroparasitoses são infecções causadas por parasitas intestinais da classe dos


helmintos e protozoários que se manifestam no intestino, acarretando assim uma série de
patologias como anemia, desnutrição, baixo rendimento escolar, diarreia e baixo crescimento
pondero estatural. Essas doenças podem ser atribuídas principalmente por causa das altas
cargas parasitárias do indivíduo assim como também em consequência das constantes
reinfecções. As enteroparasitoses são consideradas um problema socioeconômico que acabam
afetando principalmente regiões subdesenvolvidas e em desenvolvimento, podendo estar
relacionadas à falta de saneamento básico e higiene pessoal de qualidade, contribuindo assim
com a disseminação dos enteroparasitas entre a população e sua manutenção de ciclo
biológico (SIQUEIRA, 2019; SILVA et al., 2018).

Alguns estudos apontam que as enteroparasitoses na infância impedem o


desenvolvimento normal das crianças fisicamente e intelectualmente, já que durante o período
de contaminação ou evolução da doença, essas crianças tendem a ficar em casa por um
período prolongado, até sua recuperação. A prevalência das enteroparasitoses se apresenta
comum na pré-escola e ensino fundamental, sendo que nesses locais as crianças tendem a não
praticar uma higiene correta das mãos, fazendo assim com que a transmissão seja constante
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).

Além de sua transmissão através das escolas, podemos ressaltar a contaminação por
poeira, água ou qualquer outro agente dispersor, já que os enteroparasitas estabelecem seus
ovos, larvas ou cistos nas fezes humanas e de animais contaminando dessa forma o meio
ambiente (MUNARETO et al., 2021).

A infecção por enteroparasitas gera a anemia, a qual é uma doença que pode
comprometer os indivíduos, principalmente em países subdesenvolvidos. A anemia é um dos
impactos das enteroparasitoses que causa a diminuição da quantidade de hemoglobina no
sangue, o principal tipo de anemia associada à enteroparasitoses é a anemia ferropriva. A
anemia ferropriva apresenta causas como, uma alimentação pobre de ferro por escolha ou pela
condição financeira baixa, a falta de saneamento básico, entre outras. Outra anemia que pode
ocorrer devido absorção de nutrientes pelos parasitas, é a anemia megaloblástica que resulta
na falta de vitamina B12 (PEREIRA E MORAIS, 2020; SOUZA E JUNIOR, 2021; MORAES
et al., 2020; MONTEIRO et al, 2019).

O estudo das enteroparasitoses apresenta-se de suma importância para a


identificação dos processos de desenvolvimento das epidemias e a coleta de dados auxilia para
avaliação da incidência das mesmas pelo Brasil, resultando assim em melhores métodos de
profilaxia e políticas públicas. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi descrever as
principais enteroparasitoses intestinais presentes na infância e o impacto no seu
desenvolvimento.

2. METODOLOGIA

O desenvolvimento deste trabalho baseou-se em uma revisão de literatura integrativa


com pesquisa em periódicos nos bancos de dados do Scielo e Pubmed, os critérios de inclusão
foram artigos que abordassem a temática das enteroparasitoses intestinais na infância e seu
impacto no desenvolvimento infantil, juntamente relacionado com as condições de
saneamento básico e higiene individual, foram utilizadas as seguintes palavras-chaves:
enteroparasitoses intestinais; parasitologia; helmintos; desenvolvimento infantil, foram
utilizados 20 periódicos com publicações entre 2017 e 2022.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 ENTEROPARASITOSES INTESTINAIS

As enteroparasitoses são causadas por agentes infecciosos como os helmintos e


protozoários que entram no corpo do hospedeiro e prejudicam sua saúde, já que sua principal
forma de sobrevivência no organismo é através de escoriações constantes no trato intestinal
do indivíduo, dessa forma torna o hospedeiro um ambiente com os nutrientes e condições
fisiológicas necessárias para sua sobrevivência e reprodução. Após infectado o indivíduo
começa a manifestar sintomas como: anemia, diarreia, desnutrição, e em alguns casos
prejudicando também seu desenvolvimento cognitivo (MUNARETO et al., 2021).

Segundo Munareto et al. (2021) os principais helmintos e protozoários que


apresentam maior prevalência em relação ao parasitismo no organismo humano são: Ascaris
lumbricoides, Ancylostoma duodenale/Necator americanus, Endolimax nana, Entamoeba coli,
Entamoeba histolytica, Enterobius vermiculares, Giardia lamblia, Strongyloides stercoralis.
3.1.1 HELMINTOS

Os helmintos são classificados como vermes de vida livre ou parasitária, que se


subdividem em dois filos, Platelmintos e Nematelmintos. Destacam-se nesse grupo os
seguintes vermes: Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale e Necator americanus,
Enterobius vermiculares, Strongyloides stercoralis. Pode-se ressaltar que as principais formas
de infecção desses vermes são através de ingestão de água e alimentos contaminados, contato
entre as mãos infectadas e a via oral e por penetração na pele.

O Ascaris lumbricoides (Figura 1) é um verme pertencente ao filo Nematoda que


acomete a população desde a pré-história, fato evidente por estudos arqueológicos. É o maior
causador de óbitos quando o indivíduo evolui para uma forma patológica mais grave (MELO
E BARROS, 2017; SADOVSKY et al., 2020).

No ciclo biológico (Figura 2) do Ascaris lumbricoides as larvas eclodem no organismo


humano, mas antes o ovo passa pela fase L1 e L2 e se torna infectante na fase L3. Depois de
eclodirem, as larvas vão para os vasos linfáticos da mucosa intestinal, em seguida migram
para a veia mesentérica superior do fígado e seguem para os pulmões, passando pelo átrio
direito após 2 a 3 dias. Ocorre uma diferenciação nas larvas mudando para fase L4, saindo dos
alvéolos para a árvore brônquica. Chegam ao intestino delgado por meio da deglutição e
mudam para fase L5, a partir desse estágio ocorre à cópula, logo depois a fêmea do Ascaris
bota cerca de 200.000 nas fezes, estas são eliminas e o ciclo se reinicia (EVANGELISTA,
2020; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

O helminto Ascaris lumbricoides pode ocasionar a síndrome de Loeffler (pneumonia


eosinofílica) que representa o comprometimento das vias respiratórias, encontrados por
alterações em radiografias. Dessa forma, a doença é bastante frequente, uma vez que os
parasitas, principalmente do filo Nematoda, são os patógenos mais encontrados em seres
humanos. Esta síndrome pode ocorrer em diversas idades, geralmente em crianças tendo
como sintomas: tosse, bronquite, febre e aumento do valor dos eosinófilos. Pode-se também
ter broncopneumonia ou pneumonia difusa e asma, quadro que pode ser fatal (LUZ et al,
2017).
Figura 1 - Dois vermes machos Ascaris lumbricoides

Fonte: SANTOS (2022). Disponível em: https://cursoenemgratuito.com.br/ascaridiase/

Figura 2 - Ciclo biológico do Ascaris lumbricoides

Fonte: ALVES (2014). Disponível em: https://www.infoescola.com/doencas/ascaridiase-lombriga/

A Ancilostomose é uma doença conhecida popularmente como "amarelão" causada


pelo Ancylostoma duodenale e Necator americanus (Figura 3), se apresentam semelhantes em
relação ao corpo e a cor, a diferença está na superfície da boca, enquanto o A. duodenale
possui estruturas de fixação semelhante a dentes, o N. Americanus possui uma lâmina afiada.
O ciclo biológico (Figura 4) e transmissão ocorre quando no ambiente contém a presença de
fezes com ovos contaminados, depois que estes eclodem dão origem a larvas que sofrem
mudas, rabditoide (L2), filarioide (L3) que é a forma infectante. Após esse processo elas
penetram na pele, nesse momento o indivíduo pode sentir coceira, inchaço no local entre
outros sintomas e logo após se deslocam para os vasos sanguíneos, atingem o coração, vão
para os alvéolos, depois traqueia e esôfago podem ser expelidas ou engolidas. Quando
deglutidas vão para o intestino delgado, fixam-se nas paredes onde fazem a absorção dos
nutrientes. Após isso, vermes adultos fazem cópula, a fêmea libera seus ovos e o ciclo se
reinicia (EVANGELISTA, 2020).

Figura 3 - Diferença entre Ancylostoma duodenale e Necator americanus

Fonte: ADMIN (2019). Disponível em: https://beduka.com/blog/materias/biologia/o-que-ancilostomose/

Figura 4 - Ciclo de Ancylostoma duodenale e Necator americanus

Fonte: LEMOS (2020). Disponível em: https://www.tuasaude.com/ancilostomiase/

O Enterobius vermiculares é o verme responsável pela coceira perianal, que é


popularmente conhecido como oxiúro, apresenta-se em três tipos principais de transmissão: a
autoinfecção, a retroinfecção e a heteroinfecção. A autoinfecção apresenta-se através do
contato anus e boca pelas mãos mal higienizadas, no ato de colocar a mão contaminada na via
oral, sendo mais comum entre as crianças; já a retroinfecção ocorre quando os ovos (Figura 5)
amadurecem na região anal, as larvas após saírem dos ovos vão viver e desenvolver no
intestino grosso; e a heteroinfecção acontece quando a poeira e os alimentos contaminados
entram em contato com um outro indivíduo e o contamina. Nesse processo de autoinfecção e
heteroinfecção (Figura 6) os ovos depois de ingeridos eclodem no intestino delgado, onde as
larvas alimentam-se, desenvolvem-se e migram para o intestino grosso, no ceco. Nessa região
ocorre a cópula, logo em seguida a morte do macho. A fêmea quando chega o momento da
oviposição migra para o orifício retal, e é nesse momento que o indivíduo sente o prurido
anal, devido essa locomoção do verme (NETO, 2020).

Figura 5 - Ovo de Enterobius vermiculares

Fonte: Glaucia Souza/Biomédica (2022). Fotografia.

Figura 6 - Ciclo biológico Enterobius vermiculares

Fonte: SANTOS. Disponível em: https://www.biologianet.com/doencas/enterobiose.htm

A Estrongiloidíase é causada pelo Strongyloides stercoralis (Figura 7), ela pode afetar
os humanos, gatos, macacos (primatas) e cães. É uma doença oportunista, pois afeta o sistema
imunológico. O ciclo biológico (Figura 8) se inicia com a penetração da(s) larva(s) infectante
na pele, ou boca, seguindo para o intestino delgado, depois pelos vasos sanguíneos logo após
ao coração e pulmões, depois podem ser engolidas ou expelidas. Quando engolidas, vão para
o intestino delgado e depois disso liberam ovos sem fecundação, que dão origem a outras
larvas rabditoides, estas são expelidas nas fezes, mas também se tornando infectante no
próprio organismo acarretando assim a autoinfecção no indivíduo pela penetração na parede
do intestino. Quando estão no ambiente presentes nas fezes, essas larvas podem ser de vida
livre ou parasitária (EVANGELISTA, 2020).

Figura 7 - Strongyloides stercoralis

Fonte: ATMOJO (2019). Disponível em: https://medlab.id/strongyloides-stercoralis/

Figura 8 - Ciclo do Strongyloides stercoralis

Fonte: MANUAL MSD (2022). Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/multimedia/image/ciclo-de-vida-


do-strongyloides-nem%C3%A1todo

3.1.2 PROTOZOÁRIOS

Os protozoários têm um modo de vida livre e são encontrados em ambientes


úmidos e aquáticos, sua contaminação se dá através de alimentos e água contaminados com
cistos ou contaminação fecal-oral. Destacam-se nesse grupo: Endolimax nana, Entamoeba
coli, Entamoeba histolytica e Giardia lamblia.
A Entamoeba histolytica (Figura 9) é um protozoário causador da amebíase, que é a
segunda causa de mortalidade por ano no mundo, em torno de 100.000 óbitos. Já a Entamoeba
coli (Figura 10) é um protozoário comensal, há relevância em sua identificação para
averiguação sanitária (SILVA, 2018; GUERRA, 2020).

A Entamoeba coli se alimenta e se move por meio de pseudópodes. Os cistos


possuem de quatro a oito núcleos com o cariossoma excêntrico (Figura 10). Já a Entamoeba
histolytica o cisto possui de um a quatro núcleos com o cariossoma central (Figura 9), o que
pode ser confundido em lâmina e necessita de muita cautela. O que facilita em sua
diferenciação é o cariossoma central da Entamoeba histolytica e o excêntrico da Entamoeba
coli (SILVA, 2018; GUERRA, 2020; CAXIAS, 2022).

Figura 9 - Cisto de Entamoeba histolytica

Fonte: Atlas de Parasitologia Clínica e Doenças Infecciosas. Associadas ao Sistema Digestivo.


Disponível em: https://parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/fotografias/cistos-ehysto/

Figura 10 - Cisto de Entamoeba coli

Fonte: Atlas de Parasitologia Clínica e Doenças Infecciosas. Associadas ao Sistema Digestivo.


Disponível em: https://parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/fotografias/cistos-ecoli/

O ciclo biológico é monoxênico (Figura 11), ou seja, infecta somente um hospedeiro,


não necessita de hospedeiros intermediários para cumprir seu ciclo de vida. Depois de
ingeridos os cistos de Entamoeba histolytica, por meio de água e alimentos contaminados
atingem o intestino delgado em sua parte final e se tornam trofozoítos. Estes migram para o
intestino grosso, colonizam a área penetrando na parede intestinal causando pequenas feridas
ou podem se locomover para os pulmões, coração, rins, fígado ou cérebro (raro) ou podem dar
origem a cistos que saem nas fezes e o ciclo se reinicia (SILVA, 2018).

Figura 11 - Ciclo biológico Entamoeba histolytica

Fonte: PROJETO JOVEM DOUTOR ONLINE (2012). Disponível em:


https://projetojovemdoutoronline.wordpress.com/2012/06/13/ciclo-entamoeba/

O ciclo biológico da E. coli (Figura 12) é igual às demais amebas. Por mais que a
Entamoeba coli seja comensal é relevante sua identificação no exame parasitológico de fezes
para que não haja um futuro contágio e dessa forma serem adotadas medidas higiênicas
(SILVA, 2018; GUERRA, 2020).

Figura 12 – Ciclo biológico Entamoeba coli

Fonte: K-ale-gm GT (2022). Disponível: https://www.docsity.com/es/ciclo-de-la-entamoeba-coli/8356703/


A Endolimax nana (Figura 13) é um protozoário de característica não patogênica,
mas tem grande importância no exame de fezes, pois serve para sinalizar o estado da água, as
condições sanitárias e de higiene. Apresenta-se de fácil identificação em lâmina por ter um
tamanho menor comparado aos outros cistos dos protozoários. O ciclo biológico é idêntico ao
das outras amebas (Figura 14), estes vivem no cólon, mas também podem residir no apêndice
devido sua locomoção (SILVA, 2018; GUERRA, 2020).

Figura 13 - Cisto de Endolimax nana

Fonte: Atlas de Parasitologia Clínica e Doenças Infecciosas. Associadas ao Sistema Digestivo. Disponível
em: https://parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/fotografias/cistos-enana/

Figura 14 - Ciclo biológico Endolimax nana

Fonte: ORTEGA, YR; EBERHARD, ML (2008). Disponível em:


https://www.sciencedirect.com/topics/immunology-and-microbiology/endolimax-nana

A Giardia lamblia (Figura 15) é um protozoário flagelado que causa a Giardíase,


uma doença que acomete pessoas do mundo inteiro. A contaminação se dá por meio de água e
alimentos com cistos da G. lamblia onde são ingeridos (Figura 16). Após a ingestão devido ao
ácido gástrico são liberados os trofozoítos no trato gastrointestinal, em seguida estes residem
no jejuno e duodeno, que se multiplicam e aderem na mucosa. O ceco é o principal local onde
ocorre a transformação dos trofozoítos em cistos, depois são liberados no ambiente. Quando
um indivíduo tem diarreia há liberação da G. Lamblia em forma de trofozoíto, já os cistos
aparecem mais em fezes sólidas (SILVA, 2018; GUERRA, 2020).

Figura 15 - Trofozoíto de Giardia lamblia

Fonte: (CORRÊA). Prova Prática de Parasitologia. Disponível em:


https://www.google.com/amp/s/slideplayer.com.br/amp/3517752/

Figura 16 - Ciclo biológico Giardia lamblia

Fonte: SANAR (2021). Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-de-giardiase-epidemiologia-


fisiopatologia-diagnostico-e-tratamento

Diante dos enteroparasitas apresentados acima observou-se que todos ocorrem pela
falta de saneamento básico de qualidade, higiene pessoal correta e alimentação devidamente
higienizada, servindo assim de fator de alerta para os órgãos públicos em relação às altas
taxas de contaminação, ressaltando a importância de que toda a população tenha acesso a um
serviço de saneamento de qualidade, além da importância da realização do exame
parasitológico de fezes que é feito por meio da análise de uma a três amostras (Método de
H.P.J) do paciente devendo ser coletada de acordo com as instruções do local do exame. São
utilizados diferentes métodos para análise e rastreio dos enteroparasitas, pode-se ressaltar o
método de concentração por flutuação onde o material fecal passa por uma lavagem e logo
após a centrifugação, rastreando enteroparasitas como Schistosoma, larva de Strongyloides e
cistos dos protozoários, outro método que se destaca no rastreamento dos enteroparasitas, é o
de contagem de ovos nas fezes onde a contagem de ovos irão avaliar a intensidade da infecção
e na verificação do sucesso ou não do tratamento.

3.2 PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES NA INFÂNCIA

A prevalência das enteroparasitoses sofre diferentes tipos de variações em cada


parte do território brasileiro, isso se deve às diferentes condições climáticas e
socioeconômicas de cada estado apresentando assim diferentes prevalências conforme a idade
e agente causador.

Segundo o estudo Prevalence of intestinal parasitic infections in Brazil: a systematic review


realizado pelos pesquisadores de Sergipe, identificaram uma prevalência de parasitoses
intestinais de 46% em todo o território brasileiro, com diferentes grupos de pessoas:
indígenas, catadores de lixo, presidiários, entre outros. Nas diferentes faixas etárias crianças,
adolescentes, adultos e idosos das cinco regiões brasileiras. Foram realizados 40 estudos pela
coleta de fezes com análise dos seguintes exames: Hoffman-Pons-Janner (75%), seguido da
técnica de Kato-Katz (22,5%), e do método de Faust e Cols (20%). Os resultados de
positividade nas regiões foram: região Norte 58%, região Centro-Oeste 41%, região Sudeste
37%, região Nordeste 50%, região Sul 51% (CASTRO, 2021).

Em relação a adolescentes e crianças abaixo de 18 anos os resultados foram 48% de


positividade. Região Norte 58%, região Sul 65%, região Nordeste 53%, região Sudeste 37%,
região Centro-Oeste 65% (CASTRO, 2021).

Em um estudo realizado por Siqueira (2019), no município de Alto Paraíso, capital


de Rondônia, em uma população de faixa etária de 0 a 12 anos, através de laudos contidos no
sistema Wises Lab do laboratório de Análises de Alto Paraíso-RO. Os critérios utilizados por
Siqueira (2019) foram crianças que estivessem na faixa etária de 0 a 12 anos, ter indicação
clínica para a realização de um exame parasitológico de fezes, ter os dados completos no
sistema e por último ser residente do município ou zona rural. A interpretação dos dados
levantados foram compilados em planilhas, separados por resultado do exame parasitológico,
idade e sexo. Esses dados foram analisados no período de 3 de maio de 2019 a 13 de julho de
2019, foram levantados 352 formulários. Observou-se que 47% (152) das crianças possuíam
cistos, larvas ou ovos, de pelo menos uma espécie de parasita intestinal, e 53% (173) não
apresentaram nenhum tipo de infecção intestinal.

Em relação à faixa etária, Siqueira (2019) fez a distribuição em três grupos: o


primeiro grupo tem de 0 a 4 anos (44,7%), o segundo 5 a 8 anos (35,5%) e já o último de 9 a
12 anos (19.8%). Em relação a localização dessas crianças observou-se que 64% (97)
residiam na área urbana e 36% (55) residiam em área rural. Já em relação às amostras 43%
foram positivas para helmintos e/ou protozoários, os parasitas mais frequentes foram o
Ascaris lumbricoides com uma porcentagem de 54,6% dos casos, e a Giardia lamblia com
uma porcentagem de 17,3% dos casos.

Segundo Santiago et al. (2020) em seu estudo sobre a prevalência de


enteroparasitoses na população atendida pelo Instituto Miguel Fernandes Torres, em Ouro
Branco, estado de Minas Gerais, observou-se uma população de crianças e adolescentes da
faixa etária de 7 a 14 anos, a maioria residente em distritos ou em áreas rurais pertencentes ao
município de Ouro Branco-MG. Participaram do estudo 45 alunos de 7 a 14 anos, deste total
91% não apresentavam contaminação, já 9% estavam contaminados. Desse total de amostras
positivas, 6,7% (3) continham cistos de Entamoeba histolytica e 2,2% (1) estava contaminada
por cisto de Giardia lamblia, estavam presentes nas faixas etárias de 7, 8 e 12 anos. Apontou-
se que os meios de contaminação mais frequentes foram a mão suja na boca, água
contaminada e alimentos contaminados.

Já em um estudo realizado por Zardeto-Sabec et al. (2020) no laboratório de análises


clínicas da cidade de Umuarama no estado do Paraná, foram analisados 3.333 laudos de
exames parasitológicos no período de janeiro a dezembro de 2018, avaliando a positividade, o
agente etiológico, sexo e idade que estava variando da faixa etária de 0 a 91 anos. Mas a faixa
mais relevante para este artigo foi a de 0 a 10 anos, com uma prevalência de 47,2% de
contaminação por parasitas. O verme que mais acometeu essa faixa foi a Giardia lamblia,
apresentando uma porcentagem de 37,50%.

Diante desses estudos podemos observar que o parasita que se apresentou mais
frequente foi a Giardia lamblia, verme de grande importância de saúde pública, pois serve
como indicador das condições sanitárias, pois indicam contaminação fecal de origem humana
na água. Os altos níveis de contaminação podem ser explicados pela falta de saneamento
básico de qualidade e uma boa orientação às crianças em relação à lavagem adequada das
mãos, fatores esses que podem ser reduzidos através de orientações profiláticas tanto nas
escolas, como em postos de saúde e mídias sociais.

Mas de acordo com o site da BRK (2020) uma das maiores empresas de saneamento
do Brasil, o acesso ao saneamento básico ainda não é uma realidade para toda a população. A
falta de saneamento adequado e higiene pessoal apropriada são fatores que possuem reflexo
direto na saúde do indivíduo, garantir o acesso a um sistema adequado é de extrema
importância para minimizar os efeitos adversos e de longa duração, como diarreia, febre,
anemia e as infecções parasitárias citadas acima. Ainda de acordo com o BRK, no país ainda
temos quase 35 milhões de pessoas sem acesso a água tratada, 100 milhões sem coleta de
esgoto (47,6%) e somente 46% dos esgotos produzidos no país.

3.3 IMPACTO DAS ENTEROPARASITOSES NA INFÂNCIA

O impacto das enteroparasitoses pode estar relacionado com alguns fatores como
saneamento básico, hábitos de higiene pessoal e as baixas condições socioeconômicas. Os
primeiros anos de vida da criança inicia-se o desenvolvimento da coordenação motora, nessa
fase elas irão começar a adquirir habilidades de pegar objetos, como forma principal de
exploração e reconhecimento, irão levar o objeto diretamente a boca, havendo assim grandes
chances de contaminação por algum enteroparasita (MUNARETO, 2021).

As principais consequências de uma criança infectada por parasitoses são a


desnutrição, anemia, diminuição no crescimento, déficit do desenvolvimento cognitivo,
irritabilidade, além de outras infecções que podem se desenvolver. Todos esses fatores são
importantes para analisar o desempenho escolar das crianças e se pensar na melhor forma de
tratamento para contribuir com o melhor desempenho e desenvolvimento cognitivo das
mesmas (PEREIRA E MORAIS, 2020).

Segundo Pereira e Morais (2020) a desnutrição na infância causadas por


enteroparasitoses, acontece num maior percentual devido às más condições sociais, pela
precariedade sanitária e pela falta de acesso há uma alimentação adequada, o que compromete
o sistema imunológico causando reinfecção e possíveis doenças imunossupressoras.

De acordo com Melo e Barros (2017) o parasita no trato gastrointestinal absorve os


nutrientes juntamente com o hospedeiro, podendo acarretar a desnutrição. O motivo que os
enteroparasitas causam a falta de nutrientes é devido suas modificações orgânicas pela
alteração do epitélio intestinal, o que reduz a função das enzimas digestivas, que interfere na
absorção, digestão e transporte de nutrientes, provocando várias etapas de desnutrição além de
consequências como baixo rendimento escolar, força física e crescimento. Pereira e Morais
(2020) também observaram o precário rendimento escolar devido à falta de nutrientes
provocada pelas enteroparasitoses.

Segundo Melo e Barros (2017) um estudo feito em animais mostra que a infecção por
Ascaris lumbricoides causa diminuição da alimentação, prejudica a absorção de proteínas,
gorduras e redução do crescimento. O autor destaca também uma pesquisa realizada em
Minas Gerais, tendo como alvo crianças, onde foram associados o parasita A. lumbricoides e o
crescimento. Esse estudo mostrou como anteriormente um déficit nutricional, essa desnutrição
comprometeu de forma direta o crescimento, assim como no estudo realizado em animais.
Além desse agravo, afeta a aprendizagem, inteligência, ou seja, um comprometimento
cognitivo que se agrava na medida da infecção.

De acordo com Melo e Barros (2017) a alta carga parasitária de Ascaris com 100 ou
mais helmintos ocorre um maior consumo de nutrientes, déficit de retardo do crescimento e
distensão do abdome, a conhecida barriga d’água (grande), o que acarreta nervosismo e
algumas crises de mau humor, ansiedade e agitação.
A anemia associada à enteroparasitoses é um problema de saúde mundial, a qual é uma
doença que pode comprometer os indivíduos, principalmente em países subdesenvolvidos. A
anemia ferropriva apresenta causas como, uma alimentação pobre de ferro por escolha ou pela
condição financeira baixa, a falta de saneamento básico, entre outras. Os parasitas também
contribuem para o agravamento da anemia, principalmente devido a uma maior quantidade
destes que alimentam dos nutrientes e/ou sangue do indivíduo, ferindo a mucosa e causando
pequenos sangramentos (PEREIRA E MORAIS, 2020; SOUZA E JUNIOR, 2021; MORAES
et al, 2020; Paula et al., 2020). A anemia, de acordo com Moraes et al. (2020) refere-se à
diminuição de quantidade de hemoglobina, o que interfere no transporte de oxigênio para o
corpo, tendo como consequências: sistema imunológico baixo, fraqueza, dispneia, fadiga,
queda na capacidade intelectual, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e mortalidade
que ocorre mais em crianças. Encontra-se também nesses casos sintomas como: impaciência,
cansaço físico, timidez e falta de concentração.

Entre os enteroparasitas que mais causam anemia ferropriva, destacam-se os


Ancilostomídeos, Trichuris Trichiura, Strongyloides Stercoralis, Entamoeba Histolytica,
Ascaris Lumbricoides e Giardia Lamblia, respectivamente. A infecção por Ancylostoma
duodenale no intestino e a anemia por deficiência de ferro possuem sintomas que levam à sua
associação. A alta carga parasitária de Ancilostoma em crianças ocasiona queda de
hemoglobina o que resulta na falta de oxigênio nos tecidos e gera como consequência fadiga,
taquicardia, déficit cognitivo, fraqueza, atraso no crescimento e desenvolvimento psicomotor
na infância (SOUZA E JUNIOR, 2021; PEREIRA E MORAIS, 2020; CUNHA et al., 2021).

Outra anemia que pode ser associada às enteroparasitoses é a anemia megaloblástica,


onde sua deficiência é muito frequente entre idosos, vegetarianos rigorosos e indivíduos que
adotam dieta com baixo conteúdo proteico ou apresentam problemas de absorção
gastrintestinal. A anemia megaloblástica representa a principal anemia macrocítica e resulta
da deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico. Esses dois nutrientes são muito importantes,
pois atuam como coenzimas em reações que ocorrem na síntese de DNA. Pelo fato dos
enteroparasitas absorverem os nutrientes do indivíduo essa é um tipo de anemia pode ser
causada, sendo que os nutrientes e vitaminas estão sendo absorvidos do organismo humano
para o parasita, e a falta de alguns desses nutrientes são a causa da anemia megaloblástica
(MONTEIRO et al., 2019).
Dentre os diversos autores observou-se que após o contágio do parasita, os
indivíduos contaminados seguem para um quadro de desnutrição e logo após as consequências
se ampliam, sendo elas anemia, déficit cognitivo, atraso no crescimento e tantas outras
citadas, que se não tratadas como relata Moraes et al. (2020) podem levar a óbito.

Diante dessas informações observou-se que a infecção por enteroparasitoses tem


como impacto mais frequente a desnutrição e a anemia, os quais quando em estados mais
graves causam retardo no crescimento, déficit de atenção, déficit cognitivo, entre outros
impactos que prejudicam a saúde infantil, em alguns casos mais graves podem levar até
mesmo a morte. Constatou-se também que algumas enteroparasitoses podem causar até
mesmo síndromes que atacam o sistema respiratório. Essas condições estão ligadas muitas
vezes pela falta de saneamento básico ou situação financeira da criança. Estudos sobre esse
assunto mostram que a ocorrência dessas parasitoses evoluem para casos mais graves se não
cuidados adequadamente, o que mostra a importância de haver estudos sobre esse assunto e
alertar a população sobre seus impactos na saúde infantil.

4 CONCLUSÃO

As enteroparasitoses representam um grave problema de saúde pública, pelo fato que


sua principal consequência seja a evolução patológica, que causa assim debilidade nas
crianças podendo afetar também o estado físico, mental e o desenvolvimento escolar, visando
que muitas vezes essas crianças fiquem dias longe da escola até realizarem o fim do
tratamento. Alguns fatores influenciam diretamente para o aumento desse número, como
maus hábitos de higiene pessoal, condições de saneamento básico e mau preparo dos
alimentos. Os pais, cuidadores e professores têm um papel fundamental na prevenção dessas
infecções em seus filhos, usando métodos profiláticos como: lavar as mãos antes das
refeições, tomar banho todos os dias, beber somente água filtrada, consumir alimentos
(verduras, frutas, leguminosas) bem lavadas, evitar colocar a mão na boca, cortar as unhas,
assim auxiliando na prevenção das parasitoses. Para uma melhor conscientização da
população em relação às medidas profiláticas e os cuidados para não contaminação, podemos
ressaltar as mídias sociais, panfletos e programas de televisão e teatros em escolas para
incentivar as crianças na lavagem correta das mãos.
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