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NOTURNO O/ I 17 / 18

Stephanie Jung

CONTEXTO
Em uma e ra de otimis mo, s e rá que e s tamos
ignorando os be ne f ícios do pe s s imis mo
s audáve l?

O tema Noturno explora os resultados positivos e

as soluções criativas que emergem quando
abraçamos a escuridão, resolvemos os problemas
e aceitamos a melancolia. É uma temática com
uma beleza agridoce, em que a noite se
transforma em um espaço para a atividade, o sono
funciona como uma porta de entrada para os
misteriosos estados oníricos e a morte deixa de
F e r n a n do O r e l l a n a
ser um tabu. Nela, os limites entre o dia e a noite E Wha L im

se confundem, trazendo um olhar drasticamente

diferente para a>estação.
Futuras tendências Outono/Inverno 17/18 > A Visão
 NOTURNO O/ I 17 / 18

PONTOS PRINCIPAIS
Os consumidores e as corporações enfrentarão
seus medos e se voltarão para as questões mais
sombrias que têm evitado, inibindo a falsa sensação
de otimismo e explorando o poder que um grau
saudável de pessimismo pode trazer.

Os momentos de solidão e melancolia serão vistos,

gradativamente, sob um ângulo positivo, e serão
reconhecidos por sua habilidade de promover
novas ideias e sensações profundas.

À medida que vivemos mais tempo, tanto física

como digitalmente, também seremos capazes de
discutir e até mesmo projetar a morte de uma forma
mais humana e até mesmo mais bela.

A noite será cada vez mais vista como um momento

ativo, como nos esportes, ou mentalmente ativo
nos sonhos profundos e estados alterados de
consciência.

O design será focado em transições fluidas,

transcendendo os limites entre a noite e o dia, o
despojado e o formal, e aprimorando as trocas entre
os cinco sentidos.

B r i gi t t e Ni e de r ma i r

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 NOTURNO O/ I 17 / 18

“
QU E POSSAMOS V ER
QU E A ESCU RID Ã O
NATU RAL É METAD E
DE UMA VIDA
H U MANA, METAD E
D A V ID A NA TERRA
E METAD E D E CAD A
U M D E NÓS.
– Paul B ogard, author of The End of N ight:
Se arching f or N atural D arkne s s in an Age
of Artif icial Light

Ga br i e l Isa k

”
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E N C A R E SE US SE N T IM E N T O S
CONSUMIDOR
"O otimismo se tornou quase um culto", afirma
o psicólogo social Aaron Sackett. Há uma
quantidade esmagadora de compartilhamentos
virais, desde vídeos de gatos (mais de dois
milhões no Youtube) aos feriados inventados
(Dia Nacional do Cupcake), além do surgimento
dos 'influenciadores de pensamento' do
Instagram, que só postam citações
motivacionais. No entanto, estudos recentes
descobriram que isso pode criar uma falsa
sensação de otimismo, que está dissuadindo
as pessoas de processarem as emoções mais
sombrias. "Isso chegou a um ponto em que as
pessoas se sentem pressionadas a pensarem
e falarem de forma otimista", explica B. Cade
Massey, professor da Universidade da
Pensilvânia.
O antídoto para isso é uma abordagem com
equilíbrio estratégico, em que as pessoas
encaram seus medos. Amu Rees Anderson,
fundadora da organização de apoio ao
empreendedorismo REES Capital, afirma: "Ao
exercitarmos, em nossas mentes, o modo de
lidar com os piores cenários, conseguimos
mudar mentalmente o nosso pensamento de
'Não consigo lidar com isso' para 'Vou superar
isso'."
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NOTURNO O/ I 17 / 18
A Volkswagen oferece um caso interessante
para análise, observado após a explosão global
do escândalo de seus testes de emissão de
diesel. "Há uma chance real de que a VW irá
tirar algo positivo do fiasco do diesel", diz
Stefan Bratzel, diretor do centro de gestão
automotiva da Alemanha. "A canalização de
mais recursos para a mobilidade elétrica
confere a eles uma perspectiva crível para o
futuro, a fim de superar essa crise".
Embora a positividade não deva ser inibida, os
pesquisadores defendem uma abordagem
mais balanceada. O Laboratório de Otimismo-
Pessimismo da Universidade do Michigan Er w i n O l a f
sugere que uma quantia razoável de
pessimismo é boa para os negócios. "Ao
termos sucesso no passado e seguimos com
expectativas realistas de atingir o sucesso
novamente, podemos acabar acomodados na
preguiça e no excesso de confiança", afirma o
diretor do laboratório, Edward Chang. "O
pessimismo pode nos dar o impulso
necessário para nos superarmos."
1 8+

O FIM DA A USÊ N C IA
CONSUMIDOR
Estamos vivendo mais e, pela primeira vez na
história, estamos redefinindo um dos maiores
tabus: a morte. Em todo o mundo, os cientistas e
tecnólogos estão numa missa para 'decifrar o
código da vida' e estender a expectativa de vida
humana para mais de 120 anos. Alguns até estão
tentando tornar os humanos imortais por meio da
tecnologia. A ETER9 é uma rede social que afirma
adquirir conhecimento sobre a personalidade do
usuário por meio da inteligência artificial (IA) e
posta atualizações em seu nome após a morte
dos mesmos, transformando os usuários em
'seres eternos'. Quem funciona de forma
semelhante é o Bina 48, um robô senciente e
consciente, modelado a partir da mente de um
ser humano vivo. Os inventores afirmam que o
robô, atualmente em seu estágio de
desenvolvimento, fala e está aprendendo a tomar
decisões cognitivas.
A vida digital após a morte não é para todos, mas
a modernização de funerais tradicionais e a
discussão aberta sobre a morte está acontecendo
mundialmente. A urbanização em massa está
gerando preços diferenciados para lotes
funerários em cidades como São Paulo, Tel Aviv e
Tóquio, onde o preço de um lote pode chegar a
100 mil dólares.
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Cemitérios verticais de alta tecnologia
(contando com bancos de memória digital e
vidros de LED) no Japão são alternativas
inteligentes e de baixo custo. Outras formas
emergentes de preservar a memória incluem
prensar as cinzas do falecido em discos de vinil
ou utilizá-las para restaurar bancos de corai,
além de urnas funerárias que se transformam
em árvores com o passar do tempo.
À medida que as questões relacionadas às leis
do ' Direito à Morte' se tornam mais
proeminentes em toda a América e na Europa,
as pessoas estão discutindo a morte mais
abertamente do que nunca. Um exemplo disso Nor i k o Ha ya sh i
é o movimento Death Cafe (Café da Morte), que
busca aumentar a conscientização em relação à
De a t h C a f é , B r ook l yn
morte, a fim de estimular as pessoas a viverem
suas vidas ao máximo. Há mais de dois mil
Death Cafes em todo o mundo, porém estes
não são grupos de apoio ou reuniões macabras.
De acordo com o fundador do Death Cafe de
Londres, Jon Underwood, esses espaços são
'apenas ambientes onde falar sobre a morte e
sobre os mortos, ou dos medos a respeito da
mortalidade e das formas de morrer são bem-
vindos abertamente, e não são silenciados,
higienizados ou ignorados."
B l a ck Mi r r or

V IA JA N T E SO LIT Á R IO
CONSUMIDOR
"Aqui nas Ilhas Faroe, vivemos próximos da
natureza. No topo das montanhas, em meio à
névoa, nada pode te machucar", afirma Eydun
Dal-Christiansen, artista e escultor em pedra que
vive nas Ilhas Faroe.
Conforme foi destacado na matéria A Visão
P/V17: Encontro de Culturas, o crescimento das
viagens pelo globo está impactando a maneira
como enxergamos o mundo e como somos
influenciados por ele. Pelo que se prevê, isso
transformará as férias rápidas e imersivas em
viagens mais lentas e mais contemplativas. O
consumidor desejará ficar a sós com seus
pensamentos e espairecer a mente, devendo
procurar países onde o tempo praticamente
permanece parado. A bela atmosfera das Ilhas
Faroe e do extremo norte (a Lapland da
Finlândia, o Alaska, o Norte do Canadá e a
Noruega) trazem o cenário perfeito para essa
solidão, que será uma das principais prioridades
do consumidor em 2018.
O número de viajantes solitários está em
constante crescimento. O Estudo de Intenções
de Visto Global de viagens de 2015 constatou
que 24% das pessoas estavam viajando
sozinhas, em países estrangeiros em
suas últimas férias,
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NOTURNO O/ I 17 / 18
o que significa um crescimento de 15% desde 2013.
Além disso, o turismo solo é ainda mais comum entre
os marinheiros de primeira viagem ao exterior,
aumentando para 37% em relação aos 16% de 2013. Os
analistas acreditam que o crescimento dos viajantes
solo será parcialmente responsável pelo aumento nas
reservas de viagens em dispositivos móveis em 2018,
já que as pessoas não precisarão consultar os grupos
de amigos, a família e/ou os cônjuges para fazerem
suas reservas. É esperado que a participação de
mercado das reservas em dispositivos móveis atinja
37% em 2018, levando o total de vendas mundiais
online a US$ 180 bilhões para APAC, US$ 26,14
Mor t e n Ge r mu n d
bilhões nos EUA e US$ 17,72 bilhões no Brasil.
As empresas de cruzeiros, incluindo a Holland
America e The Majestic Line, estão começando a
investir nesse grupo de consumidores, reduzindo as
taxas adicionais para solteiros e acrescentando mais
cabines com vista para o mar, que são dedicadas a
viajantes sozinhos, no lugar dos quartos normais
abaixo do convés. É provável que até 2018, outros
setores do turismo também venham a oferecer
serviços voltados para os viajantes solo, incluindo o
aumento de guias turísticos, reservas em
restaurantes e pacotes de viagens para uma só
pessoa.
Ki n f ol k Te r e sa F r e i t a s
 NOTURNO O/ I 17 / 18

ESPORTES NOTURNOS
CONSUMIDOR

Os skatistas, surfistas e praticantes de para os aventureiros. Mundialmente, os esportes

mountain bike estão bem familiarizados com a
superação dos medos – cada manobra, onda e
obstáculo traz consigo um elemento de perigo
– mas basta acrescentar a escuridão para a
experiência se tornar ainda mais desafiadora.
Para os skatistas, os passeios noturnos
permitem a exploração de ruas secundárias, e
a aventura em becos e propriedades para
testar novas manobras (barras de ferro e
rampas). No entanto, o aumento de
atropelamentos está incentivando algumas
cidades a abrirem parques noturnos, incluindo
Liverpool, na Inglaterra, que possui uma pista
com estrutura que brilha no escuro. Essa
instalação híbrida de arte e esporte é uma
como o surfe, o ciclismo e o motocross estão sendo
mais praticados à noite e alguns esportistas mais
experientes estão acrescentando um novo nível de
perigo: condições climáticas difíceis. O surfe
noturno em temperaturas baixas e sem o uso de
roupas especiais, os percursos de mountain-bike à
meia-noite e em condições de chuva, e o 'skate na
neve' (a aventura de andar de skate durante
tempestades) provavelmente não se tornarão
populares, porém indicam uma nova geração de
pessoas em busca de adrenalina, prestes a crescer
no futuro.
Koo Je on g A

estrutura permanente projetada pela artist K​oo

Jeong A, que, estranhamente, se inspirou na
cultura coreana da morte. "Considero o
trabalho como vestir os mortos em luz, ou algo
assim", afirma. 'É uma ideia do país onde nasci,
em que quando uma pessoa morre, todos
vestem o corpo dos mortos com roupa,
enquanto nós vestimos os mortos com luz".

O skate não é o único esporte que se torna

cada vez mais extremo para os atletas e

Moon r i de r s Ni gh t Su r f i n g a t W a ve ga r de n

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MELANCOLIA MAGNÍFICA
CRIATIVO

As conotações negativas associadas à O aplicativo foi criado por um profissional

melancolia estão desaparecendo à medida que talentoso, que descobriu a força da melancolia
os designers reconhecem a necessidade de durante um período de depressão, e oferece
explorar esse estado pensativo, e sua relaxamento na ponta dos seus dedos, com o
habilidade de impulsionar mudanças positivas. intuito de induzir a mudança mental positiva.
O projeto de Nel Verbeke, "Embrace
Fora de casa, nos ambientes urbanos, o foco
Melancholy" (Abrace a Melancolia) leva a ideia
muda para o espaço da solidão. A fotógrafa
de que a melancolia deveria ter tanto espaço
Lynn Saville captura o romantismo sombrio e Ni gh t A n d Th e Sou l
em nossa vida quanto a positividade e a
poético de quem se explora um lugar à noite,
consciência, podendo ser igualmente útil para
sozinho, em sua série Dark City. Ao
o autoconhecimento. O projeto conceitual tem
documentar a América urbana enquanto
o intuito de dar à melancolia um papel dentro
dorme, ela evoca os momentos mais solitários
da casa e inclui um espelho com os dizeres
que se apresentam as pessoas durante a noite.
"memento mori" e um disco metálico, para
momentos de contemplação ativa. Nas palavras
de Verbeke: "A melancolia é um tema antigo e
complexo, inerente ao ser humano. Durante a
maior parte da história Ocidental, era uma Pa u se A bl e

condição desejável, buscada para atingir a

doçura amarga... Hoje em dia... com o excesso
de ênfase na felicidade, o tema parece ser o
oposto daquilo que esperamos de nós
mesmos. E, no meio disso tudo, algo
fundamentalmente humano se perde no
caminho."

O novo aplicativo móvel Pause também é

projetado para ajudar os usuários a se
desestressarem e recuperarem o foco.
L yn n Sa vi l l e Ne l V e r be k e

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T R A N SIÇ Õ E S P R O JE T A DA S
CRIATIVO

O design está cada vez mais focado nas
transições – entre os sentidos, entre os espaços,
entre os planetas, entre as eras e até mesmo
entre a vida e a morte.
A os sentidos, o Tate Britain trabalhou este ano
com engenheiros de som, chocolateiros e
perfumistas para criar uma exposição na qual os
visitantes podiam cheirar, saborear, tocar e
escutar as pinturas. Essa mostra oferece uma
nova abordagem à experiência com a arte e
explora as transições sentidas quando todos os
cinco sentidos são estimulados de uma só vez.
O designer Arnout Meijer experimentou com a
transição espacial e criou um corredor durante a
Semana de Design Alemã, onde os visitantes se
moviam fisicamente de laranja para o azul,
ultrapassando os aspectos sensoriais do espaço.
A Artista Amy Friend examina a transição
entre o passado e o presente em Dare
Alla Luce (em italiano, "trazer à luz"), onde
ela perfura fotografias antigas com pinos
de luz, explorando a relação entre a
presença e a ausência.
A respeito da transição entre a vida e a
morte, o médico BJ Miller e a firma de
design Ideo estão redefinindo a maneira
como morrermos através do Zen
Hospice. O intuito é servir à dor e à morte
com acolhimento e beleza, ajudando a
criar uma experiência melhor para todos.
Ta t e Se n sor i u m A r n ou t Me i j e r | DDW 20 1 5
Miller explica: "O envelhecimento e a
morte podem se tornar um processo
crescente, até o final".

Os designers também estão começando a

abordar a transição entre a vida na Terra e,
possivelmente, a vida em Marte. Feita de água
congelada, a Ice House foi recentemente
premiada como vencedora do desafio de habitat
impresso em 3D da Nasa. A criação propõe como
seria a nossa casa em Marte.

A my F r i e n d Ma r s Ice Hou se

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 NOTURNO O/I 17/18

O R E IN O DO S SO N HO S
CRi ATIVO

O sono é um momento de fantasia e os Projetadas nas fachadas dos

criativos estão cada vez mais atraídos pela prédios, essas imagens pacíficas – em
exploração desse reino de sonhos meio à agitação e à correria da cidade –
desconhecido. O compositor britânico, nos remetem às virtudes profundas e
nascido na Alemanha, Max Ritcher, é fascinado restauradoras do sono.
pelo estado mágico do sono, e escreveu um
álbum de oito horas de sono. Criado para ser
tocado durante a noite, enquanto dormimos, o
álbum busca explorar o que acontece quando
a música e nossas mentes adormecidas e
inconscientes se conectam.
Ma x Ri ch t e r
A revista Sand & Such é outro
empreendimento criativo que explora o
estado do sono. Ela enfoca o dormir e tudo o
que gira em torno desse ato. A revista também
fala sobre viajar a outros reinos durante o sono
e descreve as pessoas em termos de como
dorme, e o tipo de vida que levam nos
sonhos.

O coletivo artístico Dawn of Man também

aborda o conceito do sono com o Projection
Napping, que trouxe imagens de pessoas em
grande escala dormindo por Nova York – a
cidade que nunca dorme.

Da w n of Ma n Sa n d a n d Su ch

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SO N O P R O FUN DO
CRIATIVO

Com o aumento do número de estados dos EUA
favoráveis a leis menos severas para o uso da
maconha, esperamos ver um maior interesse
nos estados alterados da mente, além de
criativos dispostos a simular esse efeito.
O dispositivo, quando acoplado atrás da
orelha, é projetado para estimular a
criatividade, ou melhorar a meditação ou
produzir sonhos lúcidos quando
posicionado na testa.

O designer húngaro Bence Agoston criou

óculos que simulam o efeito do LSD. As lentes
podem ser trocadas para criar ilusões de ótica,
similares a alucinações psicodélicas. Ainda
melhores quando combinados a músicas
Googl e De e p Dr e a m
psicodélicas, os óculos criam uma experiência
rica e intensa.

O DeepDream da Google também cria efeitos

oníricos e alucinógenos. O software encontra e
destaca padronagens em imagens por meio de
algoritmos, resultando em imagens com
distorções hipnóticas e estranhamente surreais.
Do ponto de vista visual, isso representa uma
nova forma de psicodelia digital.

O designer Lucas Teixeira também está

buscando sondar nossas habilidades mentais e
induzir estados alterados de consciência, com
um conceito para ser usado, que pode aprimorar
a forma como pensamos.

B e n ce A gost on L u ca s Te i xe i r a

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DO DIA
ESTILO

PARA A NOITE
O design se torna mais adaptável a transições e os limites
entre o dia e a noite se apagam, criando um estilo de 'meia-
noite ao meio-dia', para moda e decoração. Os produtos e
cenários com ambientação noturna são transformados para
Da a n Spa n j e r s
uso diurno. Os materiais montam o cenário para a experiência
sensorial, com objetos e superfícies emitindo cores
atmosféricas e que filtram a luz, explorando novos níveis de
opacidade e reflexão. Para o vestuário, um estilo formal
despojado traz silhuetas refinadas, porém fluidas, aprimoradas
pelos tecidos noturnos discretamente sensuais.

3 . 1 Ph i l l i p L i m

Eu ge n i a A n t on i ou Na t a l i e O l e n h e i m

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SO N HO E SC UR O
ESTILO

O romantismo desconcertante prevalece para essa

temática de estilo poética e misteriosa, com uma
qualidade onírica corroborada por um toque elegante
e dramático. A profundidade de textura e visual é
essencial, com cores, superfícies e padrões se
fundindo através de estilização sobreposta, tecidos
dimensionais esculpidos, estampas sombreadas e Pi n k Di a mon d
texturas encapsuladas. A decoração adota um
caminho mais divino, com pedras semipreciosas e
florais escuros hipnóticos criando uma mistura
intoxicante de glamour e cores crepusculares
escuras.

Te ssa Koot E Wha L im Pa ol o Rove r si

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V IG ILÂ N C IA N O T UR N A
ESTILO

Os cantos escuros misteriosos das cidades construídas

trazem espaço e abrigo, com uma oportunidade de ser o
dono da luz. Essa anonimidade e liberdade oferece abertura
para formas positivas de autoexpressão. Uma temática
prática de estilo 'utilitário noir' emerge do escuro,
combinando a moda casual com a elegante e com a moda
de alto desempenho, fundamentada no etos do esporte
cool e na moda das ruas. Os produtos, roupas e tecidos de
alta visibilidade parecem banhados pelo brilho noturno ou
refletem uma iridescência escura.

V i t o F e r n i col a f or NSS

Jor da n Söde r be r g Mi l l s C i r i l Ja zbe c W e n xi n Zh a n g

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PESQUISA E REFERÊNCIAS
CO NS U MIDO R

18+, Frieze Music e The Vinyl Factory Evertro, Koo Jeong A and Wheelscape Parks

Cemitérios japoneses, Noriko Hayashi Moonriders, Chris Mülhauser

And Vinyly Eydun Dal-​Christiansen

Eternal Reefs Viagens solitárias dos bretões

Burial Pods Estatística de vendas de viagens por

dispositivos móveis nos EUA em 2018
Death Café, Jon Underwood
Estudo de intenções de visto para viagem
Optimism​- Pessimism Lab
global de 2015

Estatística de vendas de viagens por

dispositivos móveis no Brasil em 2018

MÍDIA E T ECNO L O GIA

Hos, Lucas Teixeira Pause App, PauseAble

DeepDream, Google Artificial Night Surfing, Wavegarden

Mars Ice House, SEArch & Clouds AO

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PESQUISA E REFERÊNCIAS
AR TE E M ÚSI C A

Projection Napping, Dawn Of Man Wenxin Zhang

Tate Sensorium, Joe Humphrys/Tate Photography Tessa Koot

Night and the Soul, Jonayd Cherifi/Marin Troude Sleep, Max Richter

Berlin photography, Stephanie Jung Blues No. 4, Loren Connors

Dark City, Lynn Saville Sullen Fables, Monsoonsiren

Shadows, Fernando Orellana

Twilight Window, Olafur Eliasson

MO DA E DES IGN

Eclipse of Rainbow, E​u genia Antoniou MOOD, Bence Agoston

Flora Table, Marcin Rusak Dutch Invertuals, Arnout Meijer

Elsa, Natalie Olenheim Redesigning Death

Save the Dream, Vito Fernicola Distant Shores, Morten Germund

Söderberg Mills Embrace Melancholy, Nel Verbeke

Atmosphere, Daan Spanjers

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 VÍDEOS - A VISÃO (  EM BREVE )
O/I 17/18

​O GRANDE REC OMEÇ O ​D ESIGN SUBSTANC IAL ​V IDA TERRENA

​N OTURNO INFUSÃO

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 CRONOGRAMA DE FUTURAS TENDÊNCIAS O/I 17/18

A Visã o Cor es p or g êner o Pr ev isã o d e b eleza Ca lça d os e a cessór ios

MEIO DE DEZEMBRO MEIO DE JANEIRO MEIO A FIM DE MARÇO d e cour o e sintéticos
INÍCIO DE FEVEREIRO
Cor es mund ia is Sup er fícies e ma ter ia is Pr ev isã o p or ca teg or ia s
INÍCIO DE DEZEMBRO FIM DE JANEIRO MEIO DE JANEIRO A INÍCIO DE MAIO Ca lça d os e a cessór ios
d e ma ter ia is r íg id os
Cor es esp or tiv a s Ca lça d os e a cessór ios Pr incip a is itens
INÍCIO DE FEVEREIRO
INÍCIO DE DEZEMBRO Cor es b á sica s MEIO DE JANEIRO A FIM DE FEVEREIRO
INÍCIO DE FEVEREIRO Av ia mentos
Aná lise d e cor es Desenv olv imento d e d esig n e d eta lhes d e a cessór ios
INÍCIO DE DEZEMBRO Pr ev isã o d e tecid os INÍCIO DE ABRIL A MEIO DE MAIO MEIO DE FEVEREIRO
MEIO A FIM DE MARÇO
E v oluçã o d a s cor es Pr incip a is itens Ca lça d os
INÍCIO DE DEZEMBRO Pr ev isã o d e ma lha s d e ca lça d os esp or tiv os Av ia mentos e d eta lhes
INÍCIO DE MARÇO MEIO DE JANEIRO MEIO DE FEVEREIRO
Cor es p or r eg iã o
MEIO A FIM DE DEZEMBRO Pr ev isã o d e cor es T ecid os e ma ter ia is
d e b eleza d e ca lça d os esp or tiv os
INÍCIO DE FEVEREIRO INÍCIO DE MARÇO
*As datas estão sujeitas a mudanças

L A N Ç A ME N T O S Para ajudar com o seu planejamento de O/I 17/18, estamos mapeando as quatro tendências de Visão WGSN nos seis lançamentos principais da temporada (com
base no calendário do Hemisfério Norte). Isso vai dar uma noção clara de qual tendência da Visão será a mais relevante, e para qual parte da estação, a fim de que
D A T E MP OR AD A você possa desenvolver o seu produto com mais eficiência.

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