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NAVEGAÇÃO (Laís)

Tipos de LDP

✔ Retas de alinhamento

✔ Retas de marcação

✔ Circunferência de igual distância

✔ Circunferência de segmento capaz

✔ Linhas de igual profundidade

Uma só linha de posição contém a posição do navio, mas não determina sua posição, para isso
é necessário cruzar duas ou mais LDP. E elas devem ser obtidas por observações de pontos de
terra bem definidos.

Podem ser observações:

● Simultâneas de 2 ou mais pontos( normalmente em navio de guerra, um cara no radar,


um cara fora do navio e um na carta)
● Sucessivas de um mesmo ponto ou pontos distintos (usadas em navios mercantes)

Métodos para determinar a posição do navio pode ser determinada pelo cruzamento de:

● Duas ou mais marcações visuais


as LDP não precisam ser identificadas na carta
A posição do navio é assinalada na carta com registro da hora em que foi obtida a
posição e a leitura correspondente do odômetro( na marinha mercante normalmente
não é feita)
● Alinhamento e marcação visual
Bastante usada em navegação costeira e em águas restritas, tem boa precisão, o
alinhamento é observado sem instrumento.
● Marcação e distância de um mesmo objeto
Produz bom resultado pois as LDP cortam-se em um ângulo de 90°e é indicada quando
combinam-se marcação visual e distância radar
● Marcação de um obejto e distância de outro
As LDP não são perpendiculares, é menos precisa
Obs: mesmo sendo pouco preciso é necessário marcar na carta para efeito de
inspeção.
● Três distâncias
A posição por 2 LDP gera ambiguidade, deve-se então traçar uma terceira linha de
posição. A posição do navio será dentro do triângulo de incerteza, quanto menor o
triângulo mais preciso.
Como eliminar a ambiguidade? Usar uma terceira LDP
● Marcação e profundidade(método mais impreciso)
Escolher a isobattimétrica da carta, ver pelo ecobatímetro(mostra a profundidade
abaixo da quilha), não precisa marcar na carta, é só para ter uma ideia de onde vc está.

A escolha do método depende de:

● dos meios de que o navio dispõe


● da precisão requerida( em função da distância da costa ou perigo mais próximo)
● a quantidade de pontos notáveis(conspícuos) disponíveis na carta

OBS: Bandalho de navegação- caderno de rascunho antes de registrar no diário.

Diário de navegação- onde irá fazer o registro

Navegação costeira
Sequência de operações:
1° fase: planejamento e traçado da derrota
É feito no porto, seleção das cartas que serão utilizadas, estudo da área
Traçar a derrota nas cartas, determinar e registrar o SOA e ETA
2° FASE: Execução da derrota costeira
Determinar a posição por interseção de 2 ou mais LDP visuais ou eletrônicas
Posição plotada de 10 a 30 min
Previsão da posição futura pela navegação estimada
Confronto pontos observado/estimado para determinar o rumo/ intensidade da
corrente
OBS: as cartas gerais/grandes não são usadas para marcar pontos da derrota, pois não
são precisas
Cuidados:
● Evitar pontos distantes
● Selecionar os pontos de modo a obter um ângulo de cruzamento favorável:
Â(ideal)= 180°/n n: n° de LDP
EX: 2 pontos 180°/2=90° evite Â<30° OU Â >150°
Ex: 3 pontos mesmo bordo- 180°/3=60°
Ex: 3 pontos dois bordos- 360°/3= 120°
● Para evitar erros ao marcar um novo ponto deve-se cruzá-lo com 2 outros já
marcados.
● Um cruzamento de apenas 2 LDP não inspira confiança, trace a 3 LDP.
Procedimentos com triângulo de incerteza:
● Triângulo pequeno: adoto a posição no centro
● Triângulo com perigo: escolho vértice mais próximo do perigo
● Triângulo grande e quadrilátero: abandono a posição e determino outra.
Navegação estimada
● Determina a posição provável do navio, a partir de uma posição conhecida
● Não considera os efeitos da corrente
● Deve-se plotar na carta sempre
● Independe de meios exteriores
● Aplica-se D=VxT
● Não se ajusta uma plotagem estimada com uma única LDP
● Uma LDP cruzando uma linha de rumo não constitui uma posição
● Uma linha de rumo não é uma LDP
● OBS: Em navios mercantes a cada mudança de rumo se faz uma posição verdadeira,
não uma estimada. E sobre a mudança de velocidade, normalmente em navios
mercantes não se altera a velocidade em viagem.

Ex: se o navio às 07:00h está no rumo 035° com velocidade 10 nós, às 08:00h estará na posição
estimada(sobre linha do rumo 035°) distante 10 MN da posição das 07h em razão de que terá
navegado a distância de 10 MN (10 nós x1h= 10 MN)

Corrente:
● Correntes marítimas ou de marés
● Efeito do vento
● Estado do mar (ação das vagas)
● Mau governo (timoneiro)
● Diferença de velocidade
● Banda e trim
● Erros da agulha, desvios(ou mal calculado)

Velocidade:

● Velocidade do navio: velocidade na superfície, velocidade de cruzeiro.


● Velocidade no fundo: é a distância percorrida pelo navio em 1 hora, em relação ao
fundo. (resultante da velocidade do navio e a vel. Da corrente)
● Velocidade da corrente: é o efeito provocado por fatres externos durante cada hora.
● Velocidade do odômetro: velocidade do navio caso o odômetro de fundo seja zero.

Rumos
● Rumo do navio: rumo que se ordena ao timoneiro para governar
● Rumo na superfície: é contado de 0° a 360° a partir do norte verdadeiro.
Abt: abatimento(ângulo)
O caimento é a distância em
milhas indicada pela linha
tracejada.
Posição estimada = posição
carteada
Posição estimada corrigida:
considera os efeitos da corrente,
mas é mens precisa do que uma
posição determinada, ela não leva em conta os diversos fatores externos.
Posição carteada: é uma posição estimada que foi continuada, é representada por um
pequeno traço cortando o rumo, com a indicação da hora. Você vai carteando a
posição.É útil como antecipação dos eventos que ocorrerão nas próximas horas para
alertar o pessoal de serviço.
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Determinação da Posição:
A determinação da posição por
transporte de LDP e LDP sucessivas utiliza
anv. Estimada, então não é 100%
verdadeira.
Quando não há pontos notáveis suficientes é
utilizado o método de Transporte de Retas. É
usado o paralelismo de retas.
Deve ser evitado o transporte de LDP com intervalos maiores que 30 min.
OBS: Nos casos de determinação da posição por marcações sucessivas(duas marcações de um
mesmo objeto e duas marcações de obejtos diferentes) usa-se a técnica de transporte de retas.

Sinalização náutica e balizamento


AUXÍLIO à navegação(AIDS to Navigation)
1. Visuais- natural contruído pelo homem
2. Sonoros- apito, sino, gongo, sirene ou buzina
3. Radioelétrico(ou eletrônico)- sistemas eletrônicos de bordo e os
externos.
OBS: sinalização náutica- é o conjunto de auxílio à navegação visuais, fixos
ou flutuantes, externos à embarcação, estabelecidos com o propósito de
garantir uma navegação segura.
4. Combinados
5. Especiais- ex: AIS SART(equipamento de busca e salvamento), AIS
AtoN(equipamento auxiliar para navegação
1.1 luminosos: faróis, faroletes, luzes de alinhamento, bóias luminosas e
barca-faróis
1.2 Cegos: bóias cegas e balizas

● Fixados ( no mar): bóias e barca- farol


● Fixos (em terra): faróis, faroletes, alinhamentos, balizas, aerofaróis,
faróis aeromarítimos
Faróis (Alcance luminoso noturno>10NM)
● Estrutura fixa -> resistente às intempéries, facilmente reconhecido
● Forma e cores distintas
● Equipamento luminoso -> fonte de luz, aparelho ótico, acessório
Quanto a finalidade do farol:
● Aterragem – reconhecimento e demanda de um porto, está localizado
em pontos salientes e alcance> 20 MN
● Cabotagem – posicionado no decorrer da linha de costa
● Principal do porto – principal auxílio à demanda do porot depois do
farol de aterragem, pois seu alcance é de 15MN
● Aerofaróis- destinados a navegação aérea, ocasionalmente usados na
navegação marítima, tem um alcance maior que os faróis comuns, os
faróis que podem ser avistados no mar constam na lista de faróis.
● Aeromarítimos – instalados e mantidos pela DHN, seu feixe luminoso é
deflexionado a um ângulo de 10° a 15° sobre o horizonte.
● Barcas- faróis- estrutura semelhante ao navio, podem possuir farol...
É empregada para assinalar um perigo isolado em alto mar ou sinal
de aterragem (região de arrecifes de Manoel Luís)
● Boia Lamby – substitui as barcas faróis, mas tem um custo alto
OBS: Foi arbitrado que, um sinal fixo com alcance luminoso
superior a 10 NM é um farol, porém, se igual ou inferior a 10
Milhas, é um FAROLETE.

Bóias – são corpos flutuantes fundeados por amarras e ferros(ou poitas)


em locais previamente determinados a fim de indicar os limites de um
canal navegável, indicar a existência de águas seguras...
Podem ser cegas ou luminosas
⮚ Estrutura da bóia:
● Mangrulho
● Corpo flutuante
● Contrapeso
● Dispositivos
Luzes , sonoros, marcas de tope, refletores radar(pode ser vista em
radar), racon(reforça os ecos)
● Equipamento de fundeio
RECOMENDAÇÕES
● Não se deve confiar na posição das bóias
● Não se deve navegar pelas bóias
● As bóias não são referência para se obter uma LDP
● Não manobre colado às bóias
● As bóias de sinalização não podem sob nenhum pretexto, serem
usadas como bóias de amarração

Balizas – são sinais visuais cegos, constituídos por hastes de ferro,


concreto ou madeira, fixadas, normalmente fixadas sobre pedras isoladas,
bancos ou recifes.
● Possuem marcas de tope e refletor radar
● Na sinalização fluvial podem receber placas indicando a
quilometragem, bifurcação de canais e existência de perigo isolado,
para a navegação fluvial.
Baliza articulada- mistura de bóia e farolete
● (HASTE fixa + POITA)
● Canal estreiro estreiro ou área de manobra restrita
● Possui equipamento luminoso
Alinhamentos- sinais fixos usados aos pares para assinalar a direção de um
canal ou entrada de um porto. Chamados também de Luzes de
alinhamento, pois são constituídos de 2 faroletes. O posterior é mais alto
que o anterior. INDICA UM RUMO NO FUNDO. (importante na entrada de
canais)
● Auxílio diurno e noturno
● As formas das estruturas e suas pinturas devem ser iguais ou se
completarem
● As luzes devem ter a mesma cor
● Para alinhar deve ser calculada a sensibilidade lateral (função da
largura e comprimento do canal e distância entre os sinais) que é
medida pela rapidez que os sinais se afastam lateralmente.
● É usado para checar se um navio está aproado a esse alinhamento à
esquerda ou à direita da derrota.
Identificação dos sinais de auxílio à navegação
Durante o dia:
● Pela forma e cor de sua estrutura
● Pela forma e cor da marca de tope
● Pelo som ou sinal radioelétrico
● Se for fixo: se identifica pela forma, cor de sua estrutura e pela marca de tope.
● Se for flutuante: pela cor, pela forma que apresenta ao navegante, pela marca
de tope e pela numeração na estrutura se houver.
Durante à noite:
● Pelas luzes
● Pelo som ou sinal radioelétrico
● Se forem fixos ou flutuantes é identificado pela característica luminosa.

LUZES:
● Fixa (F)- contínua e uniforme
● Ocultação (Oc)- curto intervalo escuro(eclipse) e longo intervalo brilhante
● Isofásica (Iso)- intervalos de mesma duração
● Lampejo (Lp)- longo intervalo escuro e curto intervalo brilhante.
● Alternada (Alt)- Exibe diferentes cores alternadamente ex: Alt B V E
● Grupos- exemplo: Lp ou Oc, eles se apresentam em períodos repetidos em
intervalos regulares.

Formato das bóias ( 5 formatos) Marcas de Tope

Cilíndrica Cilindro
Cônica Cone
Pilar 2 cones
Charuto Esfera ou 2 esferas
Esféricas Xis

Balizamento: é o conjunto de balizas, bóias, barca-faróis, objetos naturais ou


artificiais, padronizadas ou não, que garantem a segurança da navegação em uma
região ou área perfeitamente definida.
Sinalização náutica de menor porte - Segurança da navegação
● Cego ou luminoso
● Fixo ou flutuante
● Marítimo ou fluvial
● Demarcando canais de acesso, bacias de evolução, áreas de manobra,
indicando perigos para a navegação
● IALA (Associação Internacional de Sinalização Náutica), adotam dois sistemas de
balizamento IALA A e o IALA B(adotado pelo Brasil)
● Direção convencional do balizamento: aquela assumida pelo navegante que,
VINDO DO MAR , demanda uma baía, enseada, porto, estuário, lagoa ou rio.
● Nos lagos a direção convencional do balizamento será no sentido NORTE/SUL
verdadeiro
● Nos rios não associados a uma baía, a direção será da foz para a nascente
● São 5 categorias básicas de Sinais Náuticos que compõem o sistema de
balizamento( VINDO DO MAR):
o Sinais laterais: indicam os lados de BE e BB dos canais, elas são
diferentes para a região A e B.
ex: temos uma embarcação vindo do mar e
entrando no porto com a luz de navegação verde
que não casa com o lado da bóia encarnada, essa
seria o caso ( ENTRA SOLTEIRO – SAI CASADO), pois
na hora de sair do porto a luz da embarcação verde
coincide com o lado da bóia também verde.

Região B – bóia de BB é verde E bóia de BE é encarnada


BB: Marca de tope: cilindro verde, LUZ da bóia no porto: verde e ritmo:
qualquer um exceto Lp(2+1)
BE: Marca de tope: Cone encarnado c/ vértice pra cima, LUZ: encarnada
e ritmo: qualquer um exceto Lp(2+1)

Boia de bombordo modificada: predominantemente verde com uma


listra encarnada em formato cilindrico, indica um
canal preferencial a BORESTE. Em relação à bóia de
bombordo só altera a cor da bóia e ritmo da luz que
será Lp(2+1) Verde.

Bóia de Boreste modificada: predominantemente


encarnada com uma listra verde em formato de cone,
indica um canal preferencial a BOMBORDO. Em
relação à boia de boreste só altera a cor da boia e o
ritmo da luz e ritmo será Lp(2+1) encarnado.
Balizamento encarnado- números ímpares
Blaizamento verde- números pares.

o Sinais cardinais –
O nome do sinal cardinal indica o nome do quadrante em que o
navegante deve se manter, ou seja águas seguras.

OBS: Gravar pela marca de tope


Formato: pilar ou charuto
Luz: Lp BRANCA

o Sinais de perigo isolado – indicam perigo junto ou sobre o sinal que


tenha águas seguras em toda a sua volta.( perigo no lugar da bóia)

Formato: Pilar ou charuto


Marca de tope: duas esferas pretas
Cor: preto e encarnado
Luz: BRANCA

o Sinais de águas seguras- indicam águas navegáveis em torno do sinal


ou meio do canal ou ponto de aterragem ou ponto de espera.
Formato: pilar, charuto ou esférica
Marca de tope: 1 esfera encarnada
Cor: encarnada e branca
Luz BRANCA

o Sinais especiais – indicam área ou característica especial(área de


exercício) mencionada em documentos náuticos
Formato: opcional
Tope: X amarelo
Cor: amarelo
Luz: amarela

o Novos perigos- indica qualquer obstrução à


navegação recentemente descoberta.
✔ Usa-se sinais cardinais duplicados.
✔ Pode ser sinalizado também por Racon
transmitindo a letra D em código morse.

Regras especiais para o balizamento fluvial e lacustre


“Direção convencional do balizamento” será o sentido de JUSANTE para MONTANTE
(da foz pra nascente).
Visibilidade no Mar
Fatores que afetam:
✔ Altitude
✔ Refração atmosférica
✔ Transparência
✔ Condições do objeto
✔ Capacidade visual
Alcances: é a maior distância que uma luz pode ser vista.
Alcance geográfico- leva em conta a altitude da fonte luminosa, a altura do olho do
observador, nível do mar, curvatura da Terra(D=1,93 raiz H) e a refração
atmosférica(inclinação dos raios luminosos, há uma defasagem na posição).
OBS: O efeito da refração terrestre é benéfico, tende a aumentar o alcance geográfico.
Há uma tabela de alcance geográfico – D = 2,03(raiz de H + raiz de h).
OBS2: a transparência da atmosfera é função do estado higrométrico do ar.
Há um fator de transparência atmosférica (T=Q’/Q) quantidade de luz recebida/
quantidade de luz emitida, após 1MN , sendo T sempre <1. T varia com a região,
umidade e poluição. Áreas tropicais no Brasil (T=0,85, ou seja absorção de 15% da atm)
OBS3: a visibilidade dtermina a aptidão de um observador ver e identificar objetos
notáveis. Há a visi

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