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Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia

Licenciatura em Engenharia Civil

Projecto de Sistema de Drenagem de Águas Pluviais

(Local de Estudo: Bairro Natite)

Galbo Omar Cabiça

José Mecupa

Docente:

Tomas Jesus, Engo

Pemba, Abril de 2022


Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia

Licenciatura em Engenharia Civil

Projecto de Sistema de Drenagem de Águas Pluviais

(Local de Estudo: Bairro Natite)

Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Engenharia


Civil da Universidade Lúrio como cumprimento do requisito
obrigatório de avaliação a ser entregue na disciplina de
Hidrologia e Recursos Hídricos, 3° Ano, 2° Semestre, orientado
por: Tomas de Jesus, Engo

Pemba, Abril de 2022


Índice
1. Introdução................................................................................................................................ 1

2. Justificativa.............................................................................................................................. 2

3. Objectivos................................................................................................................................ 3

3.1. Objectivos gerais:................................................................................................................. 3

3.2. Objectivos específicos: ........................................................................................................ 3

4. METODOLOGIA.................................................................................................................... 4

5. Perfil topográfico da área de estudo ........................................................................................ 5

6. Descrição geral do sistema de drenagem................................................................................. 6

6.1. Tipos de sistemas de drenagem................................................................................................ 7

6.1.1. Sistemas unitários............................................................................................................. 7

6.1.2. Sistemas separativos......................................................................................................... 7

6.2. Velocidade ........................................................................................................................... 7

6.3. Sistema de drenagem para o projecto .................................................................................. 7

6.3.1. Elementos do sistema de drenagem ................................................................................. 7

7. Material usado para o projecto ................................................................................................ 8

8. Dimensões do projecto ............................................................................................................ 8

8.1. Dimensionamento das sarjetas............................................................................................. 9

8.2. Dimensionamento de Sistemas Separativos Pluviais......................................................... 12

8.2.1. Águas Pluviais................................................................................................................ 12

Dimensionamento ......................................................................................................................... 13

9. Localização das valas no Bairro ............................................................................................ 17

Peças Desenhadas ......................................................................................................................... 19

Orçamento..................................................................................................................................... 22

Conclusão...................................................................................................................................... 26
Índice de Figuras
Figura 1: Perfil longitudinal topográfico (Bairro de Natite)……………………… ………….…..5
Figura 2: Delimitação da área de estudo (Bairro de Natite) ………………………………………6
Figura 3: Secção de escoamento de uma sarjeta trapezoidal ………………….…………………..9
Figura 4: Área de influência e o seu perímetro ……………………………..……………..…….13
Figura 5: Localização das valas no Bairro Natite ……………………..………………………...16
Figura 6 : Planta do sistema de drenagem ………………..……………………………………..18
Figura 7: Secção transversal ……………………..…………………...…………………………19
Índice de Tabelas
Tabela 1: Curva, Frequência e Intensidade da Precipitação ……………………………….…..10
1. Introdução

Inundações e enchentes são fenómenos naturais que ocorrem com frequência nos cursos de água,
geralmente deflagrados por chuvas fortes e rápidas ou chuvas de longa duração. Estes fenómenos
naturais têm sido intensificados, principalmente nas áreas urbanas, por alterações antrópicas.
Desastres relacionados às enchentes e inundações são muito significativos em âmbito mundial,
pois, segundo Cristo (2002, p. 211), muitas cidades desenvolveram suas malhas urbanas ao longo
dos leitos dos rios colocando em risco populações que periodicamente, em consequência de chuvas
intensas e concentradas, sofremproblemas com as inundações e/ou com acúmulo de águas pluviais
nas vias urbanas.

O problema de enchente de água em zonas onde se regista maior precipitação em Moçambique,


origina inundações, cheias, entre outros, através de tipo de solo e escoamentos superficiais que se
verificam na área de drenagem das zonas habitáveis.

Diversas cidades sofrem com problemas de inundações, que ocorrem principalmente devido à
ocupação urbana não planejada, como se verifica naProvíncia de Cabo Delgado, cidade de Pemba,
no bairro de Natite, como se ira perceber no desenrolar do Projecto.

O estudo tem a finalidade de apontar a problemática em torno da insuficiência do sistema de


drenagem, concluiu-se que o sistema de drenagem local é ineficiente em caso de extrema
precipitação, diante do nível de impermeabilização do solo e da expansão urbana acelerada.

1
2. Justificativa

O bairro de Natite, localizado no centro da cidade de Pemba, tem apresentado diversas cheias ao
longo de seu percurso nos últimos anos, ocasionando prejuízos para moradores. A enchente mais
recente ocorreu em abril de 2019 (Ciclone Kenneth), onde foram registados diversos transtornos à
população, como deslizamentos de terra, alagamentos e interdição de rodovias.
Os estudos que serão apresentados mostram que a ocupação desordenada sem nenhum critério de
ocupação de espaço poderá gerar prejuízos ainda maiores dos que já foram registados.
O impacto directo deste processo de urbanização é a aceleração dos processos erosivos,
considerado um dosfactores principais para a ocorrênciados alagamentos. O aumento da produção
de sedimentos, originados de fontes diversas, como por exemplo, do uso e ocupação inadequa da
dos solos, e da crescente urbanização, tem ligação directa com o sistema de drenagem local e
agrava os efeitos das inundações.
Será aproveitada a oportunidade par de se proceder acorrecção geral dos traçados dos arruamentos,
tendo em consideração aos condicionantes locais (como abastecimento de água, fornecimento de
energia eléctrica, linhas telefónicas, entre outras), as apresentadas neste projecto correspondem a
solução base duma e única hipótese, dum sistema unitário de pluvial, donde será realizada a
avaliação da segurança hidráulica funcional e bem como questões voltadas aaspectos económicos.

2
3. Objectivos

3.1. Objectivos gerais:

✓ Melhoria e implementação de novos sistemas de drenagem de águas pluviais em Natite

3.2. Objectivos específicos:

✓ Implementação de novas valas


✓ Caracterização da geologia e a topografia da área do projecto pois ela esta associada a
drenagem das águas;
✓ Propor um sistema de limpeza das valas;

3
4. METODOLOGIA

Para a realização do projecto recorreu-se:


• As aulas leccionadas pélo docente, relacionadas a drenagem durante o semestre;
• A pesquisa a internet com vista ao enriquecimento das matérias;
• O uso dos softwares Google Earth, Qgis, Archicad, Word e Excel.

Através das competências adquiridas o autor deverá analisar elementos fornecidos, de modo a
idealizar uma solução de drenagem capaz de satisfazer as necessidades da resolução do projecto,
apresentando os cálculos justificativos das opções tomadas e as respectivas peças desenhadas.
Pretende conceber-se uma solução de drenagem que vise os seguintes objectivos:
• Quantificação de caudais;
• Dimensionamento de órgãos de drenagem transversais e longitudinais;
• Representação de peças desenhadas.

4
5. Perfil topográfico da área de estudo

Apesar do perfil topográfico apresentar uma boa declividade, em relação ao escoamento


superficial, existem locais onde essa declividade drena para depressões existentes no bairro (sub-
bacias), que acabam originado enchente e alagamentos na zona. Por esse motivo adoptou-se a
implantação de canais de drenagem que por sua vez escoam de forma uniforme.

Figura 1: Perfil longitudinal topográfico (Bairro de Natite)

Detalhes do perfil:
• Secção longitudinal: 1,38 km
• Elevação máxima: 36 m
• Elevação mínima: 8 m
• Elevação media: 20 m
• Declive máximo: 0,6%
• Declive médio: 0.2%
5
6. Descrição geral do sistema de drenagem

A drenagem de águas pluviais tem em consideração a topografia dos arruamentos da zona em


estudo.
O levantamento de dados, foi possível devido ao software Google Earth, onde procurou-se
explorar no máximo cada uma das ferramentas que este dispõe, contundo, extraiu-se
comprimentos de condutas, áreas das sub-bacias, cotas topográficas do terreno, e respectiva
delimitação da área de estudo cujas coordenadas geográficas são: latitudes de 10° 29’ norte e
14° 01’ sul e as longitudes de 35° 58’ oeste e 40° 35’ este.

Figura 2: Delimitação da área de estudo (Bairro de Natite)

6
6.1. Tipos de sistemas de drenagem

Os sistemas de drenagem pública de águas residuais podem ser:

6.1.1. Sistemas unitários

São aqueles constituídos por uma única rede de colectores onde são admitidas conjuntamente as
águas residuais domésticas, industriais e pluviais

6.1.2. Sistemas separativos

São aqueles constituídos por duas redes de colectores distintos, uma destinada as águas residuais
domésticas e industriais e outra a drenagem das águas pluviais ou similares.

6.2. Velocidade

As velocidades de escoamento foram consideradas menores em relação a aquilo que são as


máximas consideradas a partir do regulamento de águas em vigor em Moçambique, onde
podemos encontrar:
• Velocidade máxima = 3 m/s para colectores domésticos;
• Velocidade máxima = 5 m/s para colectores pluviais e unitários

6.3. Sistema de drenagem para o projecto

Será implantado um sistema de drenagem do tipo unitário, como será ilustrado na planta baixa,
onde as valas deverão garantir uma boa inclinação no sentido de escoamento, ou seja, em trecho a
jusante sempre que convier de caixa de visita. De forma geral, a rede constituída de valas simples
de secção trapezoidal, devendo estas serem responsáveis por escoar a água pluvial ate ao mar.

6.3.1. Elementos do sistema de drenagem

Para a drenagem de água do terreno em questão, foram previstos os seguintes dispositivos:

7
Caixas de visitas: As caixas de visita destinam-se fundamentalmente a facilitar o acesso aos
colectores para inspecção e operação de manutenção, e é obrigatória a sua implantação nas
cabeceiras de colectores; juncões de colectores; pontos de mudança de direcção, declive e de
diâmetros dos colectores; e nos alinhamentos rectos, para que o afastamento máximo entre camaras
de visita consecutivas, não ultrapassem 60m.

Sarjetas ou valetas: As sarjetas são dispositivos de drenagem construídos lateralmente as pistas


de rolamento, destinados a captar e conduzir longitudinalmente as águas precipitadas sobre a pista
de rolamento e áreas laterais a rodovia para bocas colectoras. Podem ser revestidas de betão ou
solo-cimento. Normalmente são construídas junto aos acostamentos, com secção transversal
triangular, trapezoidal ou semi-circular.

7. Material usado para o projecto

O material utilizado na rede de drenagem de águas residuais pluviais, será por meio de condutas
de betão.
Esse material possui um mérito para sua escolha que e:
Pode ser determinada pélo preço muito competitivo que e praticado no mercado, isto porque entre
os materiais alternativos, o betão e o que apresenta o preço reduzido. Alem disso esse material
possui inconvenientes: Consistem pouca resistência ao impacto, carência de protecção catódica e
ainda péla reduzida estanquicidade hidráulica.

8. Dimensões do projecto

As dimensões do projecto serão apresentadas na sequência dos cálculos que serão efectuados.
Ter-se-á em conta as dimensões admissíveis no Regulamento dos Sistemas Públicos de
Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais de Moçambique, bem como das
dimensões comerciais recomendadas para cada tipo de material usado, de acordo com as tabelas
técnicas.

8
8.1. Dimensionamento das sarjetas

Figura 3: Secção de escoamento de uma sarjeta trapezoidal

Formulas de recorrência para o dimensionamento


Obtém-se a inclinação do terreno através da seguinte formula:
∆𝐻
𝑖=
𝐿
Onde:
i - Inclinação do terreno
∆𝑯- Diferença entre as cotas
L – Comprimento da sarjeta

Obtém-se o caudal através da seguinte formula:


1 2
( )
𝑄= ∗ 𝑅 3 ∗ 𝐴 ∗ √𝑖
𝑛
Onde:
𝐴
𝐴 = (𝑏 + 𝑚 ∗ ℎ) ∗ ℎ; 𝑅= ;
𝑃

𝑃 = 𝑏 + 2 ∗ ℎ ∗ √1 + 𝑚2 ; 𝐵 = 𝑏 + 2 ∗ 𝑚 ∗ ℎ;

9
Q – Caudal;
A – área da secção;
P – Perímetro molhado;
n – Característica do material usado para o escoamento;
R – Raio hidráulico;
b – Largura do topo da sarjeta;
h – Altura de escoamento

Tendo velocidade de escoamento da seguinte forma:


𝑄
𝑉 = (m/s2)
𝐴
Caudal pluvial de escoamento, (Equação racional):
𝑄 =𝐶∗𝐼∗𝐴
Onde:
C – Coeficiente de escoamento;
I – Intensidade de precipitação (m/s);
A – Área (m2);

Determinação da intensidade de precipitação


𝑏
𝐼(𝑚𝑚) = 𝑎 ∗ 𝑡𝑚𝑖𝑛

Onde: a e b - são parâmetros a dimensionais onde são obtidos na tabela de períodos de retorno.
Na tabela abaixo:
T(anos) 2 5 10 20 25 50
A 534.04 694.504 797.384 896.575 930.882 1026.69
B -0.6075 -0.5938 -0.5869 -0.582 -0.5812 -0.5775
Tabela 1: Curva, Frequência e Intensidade da Precipitação

10
A determinação de tempo de concentração foi com base na fórmula de Kirpich:
57∗𝐿1.155
𝑡𝑐 = (min)
∆𝐻 0.385

Inclinações máximas e mínimas


As inclinações máximas e mínimas foram adoptadas e obedecidas consoante o que preconiza o
regulamento nacional das águas, onde dita que tem que variar de 0,3% a 15%.

Classificação do tipo de escoamento


Com vista a classificar o tipo de escoamento, foi possível adoptar a seguinte fórmula:
𝑉
𝐹𝑟 =
√ℎ ∗ 𝑔
Onde:
Fr – número de Froud;
V – Velocidade de escoamento;
h – Altura de escoamento;
g – Gravidade

O número de froud dita que:


𝐹𝑟 = 1 → 𝑅𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑜
N⁰ de Froude: { 𝐹𝑟 < 1 → 𝑅𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑙𝑒𝑛𝑡𝑜
𝐹𝑟 > 1 → 𝑅𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑟𝑎𝑝𝑖𝑑𝑜

11
8.2. Dimensionamento de Sistemas Separativos Pluviais

8.2.1. Águas Pluviais

Considerações Gerais
O estudo da precipitação pluvial visa obter dados para o projecto de meios de colecta e condução
das águas de chuva o mais rápido possível aos cursos de água, lagos ou oceano, com o objectivo
de evitar inundações em edificações, espaços públicos ou outras áreas.

Regime pluviométrico
Na elaboração de estudos relativos a drenagem de águas pluviais deve recorrer-se as curvas,
intensidade- duração- frequência, que fornecem valores das intensidades medias, máximas das
precipitações para varias durações e diferentes período de retorno.
As durações a considerar são equivalentes ao tempo de concentração que é a soma de tempo inicial
com o tempo de percurso, as curvas são apresentadas no anexo 11 do Regulamento RSPDADAR
decreto n⁰ 30/2003

12
Dimensionamento
(com auxílio do Regulamento dos sistemas de distribuição de água e de drenagem de águas
residuais e Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado)

13
Para o dimensionamento:
1⁰) Extrair a área molhada (área que irá colectar toda água precipitada para vala) e o perímetro:

Figura 4: Área de influência e o seu perímetro

Dados:
Área molhada= 376278 m2 ≈ 380000 m2
Perímetro= 3036 m2 ≈ 3200 m2

2⁰) Determinar a intensidade de precipitação através das curvas I-D-F.

Trata-se da medida quantitativa de chuva precipitada sobre uma determinada área num certo
período de tempo.

a) Determinar o tempo de concertação (tempo de duração da chuva)


Dados: Formula\Resolução:
57∗𝐿1.155
L=1,38 km 𝑡𝑐 =
∆𝐻 0.385
57∗1,381.155
∆𝐻= 36 m- 8m = 28m 𝑡𝑐 =
280.385

𝑡𝑐 = 22,92 𝑚𝑖𝑛
14
b) Determinar a intensidade em 5 anos
Onde: Formula\ Resolução:

𝑏
a=694,504 𝐼(𝑚𝑚) = 𝑎 ∗ 𝑡𝑚𝑖𝑛

b= -0.5938 𝐼(𝑚𝑚) = 694.504 ∗ 𝑡𝑐−0.5938


𝐼(𝑚𝑚) = 108,14 𝑚𝑚/ℎ


3⁰) Cálculo do caudal

𝑄 =𝐶∗𝐼∗𝐴

a) Coeficiente de escoamento

O coeficiente de escoamento superficial, também denominado por Run-Off e a r e l a ção entre


volumes escoados e precipitados.
Neste projecto foi adoptado um coeficiente de 40%.

Dados: Formula/Resolução:
C=0.4 𝑄 =𝐶∗𝐼∗𝐴
0.4∗108.14
I=108,14 mm/h 𝑄 = 1000∗3600 ∗ 380000

A=380000 m2 𝑄 = 4,57 𝑚3 /𝑠

4⁰) Determinação das dimensões da vala

a) Determinação da inclinação da vala

15
Dados: Formula/Resolução:

∆𝐻
∆𝐻= 28 m 𝑖= 𝐿
28
𝐿= 1.38 km 𝑖 = 1380

𝑖 =0.0203 = 2.03%

Dados: Formula/Resolução:

2
1 ( )
Adoptou-se h= 1m e b=0,5 m 𝑄 = ∗𝑅 3 ∗ 𝐴 ∗ √𝑖
𝑛
2
1 (𝑏+𝑚.ℎ).ℎ
𝑄 = 4,57 𝑚3 /𝑠 4.57𝑚3 /𝑠 = ∗( 2
)3 ∗ (𝑏 + 𝑚. ℎ). ℎ ∗ √𝑖
0.013 𝑏+2ℎ√1+𝑚
2
1 (0.5+𝑚)
nbetão=0.013 4.57𝑚3 /𝑠 = ∗( 2
)3 ∗ (0.5 + 𝑚) ∗ √0.0203
0.013 0.5+2√1+𝑚

m = 0.372 m ≈ 0.38 m

Logo:

B=b+2mh

B=0.5+2*0.38*1

B=1,26 m

5⁰) Velocidade de escoamento

𝑄
𝑉=
𝐴
4.57𝑚3 /𝑠
𝑉=
(0.5 + 0.38 ∗ 1) ∗ 1
𝑉 = 5.19 m/s

16
6⁰) Classificação de escoamento

𝑉
𝐹𝑟 =
√ℎ ∗ 𝑔
5.19
𝐹𝑟 =
√1 ∗ 9.81
𝐹𝑟 = 1.66 > 1 𝑅𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑟𝑎𝑝𝑖𝑑𝑜!

Nb: Em princípio, convém sempre revestir as valetas, sendo isso obrigatório quando elas forem
abertas em terreno permeável, para evitar que a infiltração provoque instabilidade no talude do
corte.
O revestimento será de concreto este devera ter espessura mínima de 0,08 m. e resistência Fck /
15Mpa para 28 dias. Quando do revestimento em pedra, esta devera ser rejuntada com argamassa
de cimento-areia no traço 1:4. Quanto ao processo construtivo e demais especificações, devem ser
obedecidas as Especificações do REBAP.

9. Localização das valas no Bairro

As valas estão localizadas em zonas depressivas, como ilustra afigura abaixo.

Figura 5: Localização das valas no Bairro Natite


17
Peças Desenhadas

19
→Valas de drenagem

→ Condutas que
agua para as valas

→ Condutas que
agua para as valas

20

Fig. 6 Planta do Sistema de Drenagem 1:75


sion 0.13.100.100
Localização das Valas

As valas estão alocadas em zonas depressivas , isto


para facilitar o escoamento das águas pluviais das
zonas mais altas para as valas.

1.00
0.38 0.50 0.38

21
Orçamento

22
PLANILHA DE SERVIÇOS E PREÇOS PARA CONSTRUCAO E REABILITACAO DA VALA DE
DRENEGEM DE AGUAS PLUVIAIS NO BAIRRO NATITE

ITENS SERVICOS UNID. QUANT. P. UNIT. P. TOTAL


1 SERVICOS PRELIMINARES
PLACA DE OBRA EM CHAPA DE ACO
1.1 GALVANIZADO m2 3.75 2,500.00 9,375.00

PLACA DE SINALIZACAO PREVENTIVA


PARA OBRA NA VIA
PUBLICA,DEACORDO COM A RESOLUCAO
DO MUNICIPIO,
1.2 COMPREENDENDO FORNECIMENTO E un. 30.00 1,210.00 36,300.00
PINTURA DA PLACA E DOS
SUPORTES DE MADEIRA.FORNECIMENTO E
` COLOCACAO

CERCA PROTETORA DE BORDA DE


VALA,CONSTRUIDA COM MONTANTES
DE3"X3" DE MADEIRA DE 3ª,COM 1,50M DE
COMPRIMENTO,FICANDO 0,50M
1.3 ENTERRADO,COM INTERVALO DE 2,00M E 2 m 4 1,200.00 4,800.00
TABUAS DE MADEIRA
DE1"X12",HORIZONTAIS,COM 40CM DE
SEPARACAO,COM APROVEITAMENTODE 3
VEZES DA MADEIRA

ALUGUEL DE CONTAINER TIPO


ESCRITORIO,MEDINDO 2,20M
LARGURA,6,20M COMPRIMENTO E 2,50M
ALTURA,COMPOSTO DE CHAPAS DE ACO
C/NERVURAS TRAPEZOIDAIS,ISOLAMENTO
1.4 un. 4.00 1000.00 40,000.00
TERMO ACUSTICO NO FORRO,CHASSIS
REFORCADO E PISO EM COMPENSADO
NAVAL, INCLUINDO INSTALACOES
ELETRICAS,EXCLUSIVE TRANSPORTE E
CARGA E DESCARGA

SERVIÇOS DE ESCRITÓRIO, LABORATÓRIO E


2
CAMPO
LOCAÇÃO E NIVELAMENTO DE REDE DE
2.1 DRENAGEM m 4,140.00 2,500.00 10,350,000.00

23
MAO-DE-OBRA DE ARQUITETO OU
ENGENHEIRO PLENO,PARA SERVICOS DE
2.2 CONSULTORIA DE ENGENHARIA E H 1800 1300 2,340,000.00
ARQUITETURA,INCLUSIVE
ENCARGOSSOCIAIS
3 LIMPEZA
3.1 LIMPEZA DE VALA DE DRENAGEM m 1,320.00 120 158,400.00
LIMPEZA MANUAL DO TERRENO (C/
3.2 RASPAGEM SUPERFICIAL) m 3,200.00 150 480,000.00

4 SERVIÇOS EM TERRA
ATERRO MECANIZADO DE VALA COM
ESCAVADEIRA HIDRÁULICA (CAPACIDADE
4.1 DA CAÇAMBA: 0,8 M³ / POTÊNCIA: 111 HP), m3 1,321.00 110.00 145,310.00
LARGURA DE 1,5 A 2,5 M, PROFUNDIDADE
ATÉ 1,5 M, COM SOLO ARGILO-ARENOSO.

ESCAVACAO MECANICA CAMPO ABERTO


4.2 EM SOLO EXCETO ROCHA ATE 1.5M m3 462 320.00 147,840.00
PROFUNDIDADE
PREPARO DE FUNDO DE VALA (LASTRO)
COM LARGURA MENOR QUE 1,5 M, COM
4.3 CAMADA DE AREIA, LANÇAMENTO m2 1,380.00 3,029.00 4,180,020.00
MECANIZADO,
REATERRO MECANIZADO DE VALA COM
ESCAVADEIRA HIDRÁULICA (CAPACIDADE
DA CAÇAMBA: 0,8 M³ / POTÊNCIA: 111 HP),
4.4 LARGURA DE 1,5 A 2,5 M, PROFUNDIDADE m3 650.00 910.00 591,500.00
ATÉ 1,5 M, COM SOLO (SEM SUBSTITUIÇÃO)
DE 1ª CATEGORIA EM LOCAIS COM BAIXO
NÍVEL DE INTERFERÊNCIA

REGULARIZACAO E COMPACTACAO
4.5 m2 2,984.00 620.00 1,850,080.00
MANUAL DE TERRENO COM SOQUETE
ESCAVACAO MANUAL DE VALAS EM TERRA
4.6 COMPACTA, PROF. DE 0 M < H <= 1 M m3 530.00 510.00 270,300.00

SERVIÇOS DE CARGA, DESCARGA E


5
TRANSPORTE LOCAL
CARGA MANUAL DE ENTULHO EM
5.1 un. 3 9000 27,000.00
CAMINHAO BASCULANTE 6 M3
CARGA E DESCARGA MECANIZADAS DE
5.2 ENTULHO EM CAMINHAO BASCULANTE 6 un. 3 9000 27,000.00
M3
TRANSPORTE DE ENTULHO COM
5.3 CAMINHÃO BASCULANTE 6 M3, RODOVIA un. 2 9000 18,000.00
PAVIMENTADA, DMT ATE 0,5 KM

24
CAMINHAO BASCULANTE,NO
5.4 TOCO,CAPACIDADE DE 7,00M3,INCLUSIVE un. 2 1000 2,000.00
MOTORISTA
GRUPO GERADOR,ESTACIONARIO,COM
5.6 ALTERNADOR DE 125/145KVA,EXCLUSIVE un. 2 9541 19,082.00
OPERADOR
ESCAVADEIRA SOBRE ESTEIRAS,VERSAO
DRAGLINE OU
5.7 CLAM SHELL,COMCACAMBA DE 0,76M3 un. 3 25000 75,000.00
(1JD3),INCLUSIVE OPERADOR E AUXILIAR

CORTE COM DISCO DIAMANTADO EM


5.8 ELEMENTO DE CONCRETO COM MAKITA un. 2 8550 17,100.00

6 OBRAS CIVIS
CONCRETO FCK=15MPA, PREPARO COM
6.1 m3 280 1000 280,000.00
BETONEIRA, SEM LANCAMENTO
CONCRETO SIMPLES USINADO FCK=15MPA,
6.2 BOMBEADO, LANÇADO E ADENSADO m3 132 6000 792,000.00

CONCRETO SIMPLES USINADO FCK=25MPA,


6.3 BOMBEADO, LANÇADO E ADENSADO m3 182 1000 182,000.00

FORMA TABUA PARA CONCRETO EM


6.4 FUNDACAO C/ REAPROVEITAMENTO 5X m 1380 300 414,000.00

LANCAMENTO/APLICACAO MANUAL DE
6.5 CONCRETO EM FUNDACOES m2 452 6000 2,712,000.00

7 SERVIÇOS DIVERSOS
SINALIZAÇÃO COM CAVALETE PLÁSTICO
7.1 m 1380 350 483,000.00
DESMONTÁVEL
8 MAO DE OBRA
MAO-DE-OBRA DE MESTRE DE OBRA "A",
8.1 H 720 1000 720,000.00
INCLUSIVE ENCARGOS SOCIAIS
MAO-DE-OBRA DE TECNICO DE SEGURANCA
8.2 DO TRABALHO, INCLUSIVE ENCARGOS H 720 300 216,000.00
SOCIAIS
MAO-DE-OBRA DE VIGIA, INCLUSIVE
8.3 ENCARGOS SOCIAIS COM ADICIONAL H 720 150 108,000.00
NOTURNO
Total 26,656,123.00
iva 17% 4,531,540.91
Total Geral 31,187,663.91

25
Cronograma Fisico Financeiro
Semanas
Actividades Valor
1 2 3 4 5 6 7 8

SERVICOS PRELIMINARES 90,475.00


SERVIÇOS DE ESCRITÓRIO,
LABORATÓRIO E CAMPO 12,690,000.00
LIMPEZA 638,400.00
SERVIÇOS EM TERRA 7,185,050.00
SERVIÇOS DE CARGA, DESCARGA E
TRANSPORTE LOCAL 185,192.00
OBRAS CIVIS 4,380,000.00
SERVIÇOS DIVERSOS 483,000.00

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Conclusão

O sistema de drenagem proposto visa melhorar o problema ou a falta de sistema de drenagem que
se vive no bairro de Natite, sendo esse um dos bairros da cidade de Pemba e que está interligado
com outros bairros e o problema de sistema de drenagem que se vive nele têm um impacto muito
negativo para os bairros vizinhos.

O projecto em questão trás consigo grandes melhorias para o sistema de drenagem do bairro Natite,
resolvendo dessa forma os problemas que se fazem sentir no bairro em questão e é de realçar que
para a elaboração do projecto em questão recorreu-se a vários softwares tais como: Archicad,
Google earth e outros, o que ajudou muito na obtenção dos resultados satisfatoríssimos que foram
obtidos e para os próximos projectos aconselha-se a fazer um estudo relacionado com o tratamento
das águas que serão drenadas pelo sistema de drenagem que foi projectado.

Aconselha-se ao investidor do projecto, a criar um plano de limpeza das valas de modo que as
aguas pluviais escoem da melhor forma, deste modo empregando a comunidade usuária da mesma.

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Referencias Bibliográficas

Regulamento dos sistemas de Distribuição de água e de Drenagem de Águas Residuais 2003/30

Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado

Organização e Gestão de Obras, A. Correia dos Reis 2013

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Fotos e Ilustração do Projecto
anexado do CD

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