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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA-A POLITECNICA

Instituto Superior de Humanidades e Tecnologias


Instituto Superior
Universitario de Tete -
ISUTE

Análise de fugas de água em sistemas de redes de abastecimento de água, no período


entre Janeiro e Julho de 2023, caso de estudo da " AdRC (Águas da Região do Centro,
delegação de Moatize)" (1 semestre de 2023)

"

Roldão Zeca Notice

Tete

2023
Roldão Zeca Notice

Análise de fugas de água em sistemas de redes de abastecimento de água, no período


entre Janeiro e Julho de 2023,, caso de estudo da " AdRC (Águas da Região do Centro,
delegação de Moatize)" (1 semestre de 2023)

Projecto apresentado à
Universidade Politécnica, Instituto
Superior Universitário de Tete
como requisito parcial para a
obtenção do Grau de Licenciado
em Engenharia Civil.

Tutor: Lic. Paulino Jequcene Jequecene


Manuel

Tete

2023
Tutor: Lic. Paulino Jequecene Manuel

Parecer do Tutor:

Eu, Paulino Jequecene Manuel, orientador do estudante Roldão Zeca Notice, n° ………,
finalista do curso de Engenharia Civil, turno Pós-Laboral, declaro que o projecto foi por
mim orientado e está em condições para ser submetido para constituir o espelho para o
trabalho do final do curso.
Por ser verdade, esta vai por mim assinada como garantia de que o projecto foi da
autoria do estudante e obedeceu aos preceitos científicos para a elaboração e conclusão
do mesmo.

Tete, Setembro de 2023

_______________________________________

( Eng° Paulino Jequecene Manuel)


Dedicatória….

O presente trabalho é dedicado a minha


família, meus pais, meus irmãos, e meus
amigos, e em especial ao meu tio Cesar
Notice Ntundumula, que me encorajou a
fazer a licenciatura em engenharia civil.
Agradecimentos

Em primeiro lugar agradeço a Deus pela protecção durante os 4 anos de batalha. Aos
docentes que me acompanharam durante esta caminhada, e aos demais funcionários da
instituição que contribuíram para que a minha formação fosse possível me ajudando a
crescer profissionalmente e me incentivando a ultrapassar dificuldades, aos meus
colegas que foram como irmãos, em especial a minha esposa e meus filhos.

E, por fim, agradeço de forma especial ao exemplar tutor e sempre disponível o eng.
Paulino Jequecene Manuel, sem suas orientações esse trabalho não teria sido possível de
ser realizado. Muito obrigado!
Resumo

A necessidade de atingir taxas elevadas de cobertura dos consumidores em


abastecimento de água, leva os gestores de sistemas de água a lutarem de forma
incansável em combater as perdas de água em sistemas de redes de abastecimento de
água. Por outro lado, tem se verificado que um dos maiores desafios em abastecimento
de água é conseguir abastecer água aos consumidores com qualidade e quantidade
suficiente, dai que o problema de perdas de água em sistemas de abastecimento de água,
contribui para a redução significativa da maior taxa possível em cobertura dos
consumidores. Essas perdas de água em tubagens de sistemas de água, podem derivar de
vários factores, tais como: erros na elaboração e execução de projectos, problemas
técnicos na manutenção de tais redes de água. Desta feita, este presente trabalho faz
uma profunda análise das roturas de tubagens verificadas em um sistema de
abastecimento de água com o nome da empresa: AdRC (Águas da Região do Centro)
delegação de Moatize como objecto de estudo.

Palavras-chaves: Analise, fugas, redes, abastecimento de água. perdas de agua


Abstract

The necessity on reaching high goals in water supply systems to consumers makes more
managers struggle a lot with the wastes of water on pipe networks. In the other hand can
be seen that the very challenge problem on water supply is to supply water in quality
and quantity enough to consumers that is why the waste of water on pipe networks
reduces too much the goal to reach more people on supplying water. The wastes of
water on pipe networks of water supply may be caused by several problems such as: a
wrong project planning and execution, and also technical problems on pipe networks
maintenance. There for, these report is to analyze the links of water on pipe networks at
the company AdRC (Águas da Região do Centro) delegação de Moatize which is
managing the water on Moatize Mucipality.

Keyword: Analyses, links, network, water supply


Lista de imagens

Figura 1 - Representação simplificada dos diferentes tipos de aquíferos ................................... 13


Figura 2 - Adutora de água da Cagece, Ceará ............................................................................. 14
Figura 3 - Fluxograma de tratamento convencional de água ...................................................... 16
Figura 4 - Posições dos reservatórios em relação ao terreno....................................................... 17
Figura 5 - Reservatório de Montante........................................................................................... 18
Figura 6 - Reservatório de Jusante .............................................................................................. 18
Figura 7 - Torre de pressão do sistema de abastecimento de agua de Tete. ................................ 19
Figura 8 - Casa de Bomba ........................................................................................................... 20
Figura 9 - Rede ramificada .......................................................................................................... 21
Figura 10 - Rede malhada ........................................................................................................... 22
Figura 11 - Principais tipos de materiais usados em redes de água............................................. 23
Índice
1.0 Introdução ............................................................................................................................. 10
3.0 Justificativa ........................................................................................................................... 11
1. Capitulo I: Referencial teórico ............................................................................................ 12
1.1 Definição de sistema de abastecimento de água ................................................................... 12
1.1.1. Manaciais de captação de água ......................................................................................... 12
1.1.2. Captação de águas de mananciais subterrâneos ................................................................ 13
1.1.3. Captação de águas de mananciais superficiais .................................................................. 14
1.1.4. Adutoras ............................................................................................................................ 14
1.1.5. Estacões de Tratamento de Agua (ETA) ........................................................................... 15
1.1.6. Reservatórios ..................................................................................................................... 16
1.1.7. Estacões de bombeamento de água ................................................................................... 19
1.1.8. Redes de distribuição ........................................................................................................ 20
1.1.9. Acessórios e Materiais ...................................................................................................... 23
2. Capitulo II: Objectivos ............................................................................................................ 25
2.1.1. Objectivo geral .............................................................................................................. 25
2.1.2. Objectivos específicos ................................................................................................... 25
2.2.1. Hipótese Alternativa .................................................................................................. 25
2.2.2. Hipótese Nula ............................................................................................................ 25
3. Capítulo III: Metodologia........................................................................................................ 26
3.1.1. Tipo de Estudo .............................................................................................................. 26
3.1.2. Técnicas e Instrumentos de Recolha de Dados ............................................................. 26
3.1.7. Cronograma da pesquisa ................................................................................................... 28
4. Capitulo IV: Conclusões e Recomendações ........................................................................ 30
4.1 Conclusões ............................................................................................................................ 30
4.2. Recomendações ................................................................................................................ 31
4.3. Referência ............................................................................................................................ 32
4.4. 0 Apêndice............................................................................................................................ 37
4.5. Anexos .................................................................................................................................. 38
1.0 Introdução

A água é fundamental para o desenvolvimento sustentável dos vários países, pelo que a
falta de água ou água sem qualidade diminuem a qualidade de vida das populações.
Calcula-se que cerca de 1000 milhões de pessoas não têm acesso á água
comprovadamente potável e 2400 milhões não dispõem de saneamento básico no
mundo (ROSC, 2013).

O acesso à água potável e ao saneamento seguro continua a ser um dos maiores desafios
em África e em Moçambique, em particular, aplicam-se esforços para que mais pessoas
tenham acesso á água potável. Embora seja encorajado, o seu progresso contínuo lento,
principalmente nas zonas rurais (COSTA, 1987).

Na zona rural, as principais fontes de água são os poços não protegidos, com 42% e
água da superfície, como por exemplo, rios e lagos. Por províncias, todas a região Sul,
incluindo Manica e Sofala, apresentam percentagens de fontes seguras de água para
beber acima de 60%, enquanto as províncias da região Norte, incluindo Zambézia e
Tete, apresentam percentagens de água proveniente de fontes seguras abaixo de 50%
(ROSC, 2013).

Desta maneira, a qualidade da água destinada ao consumo humano é questão de grande


importância e tem ocasionado preocupação no âmbito da saúde pública.

O consumo de água contaminada ou fora dos padrões mínimos de qualidade torna-se


factor de risco e agravos à saúde, devido à presença de seres patogénicos e ou elementos
e substâncias químicas prejudiciais (CAPUCCI et al, 2001).

As águas subterrâneas encontram-se protegidas por camadas de solo, rochas e ou suas


alterações. Assim, são menos propensas à contaminação do que as águas superficiais,
funcionando como reservatórios. Por outro lado, quando contaminadas, a sua
descontaminação torna-se difícil (FERNANDES, 2011).

10
2.0 Problema de investigação

A insatisfação pela taxa de cobertura de abastecimento de água através do sistema de


abastecimento de água no Município de Moatize, levou a uma análise profunda do
problema de fugas de água na rede de abastecimento de água, sendo que boa parte da
água captada não chega aos consumidores devido a perdas na tubagem por diversos
motivos.

3.0 Justificativa

As fugas de água em tubagens de sistemas de redes de abastecimento de água,


contribuem negativamente para o alcance da maior taxa possível de cobertura de
abastecimento de água em qualquer sistema de abastecimento de água para os
consumidores. Por outro lado, o problema de fugas nas tubagens, conduz a problemas
de perda de pressões na rede de abastecimento de água, sendo que, as mesmas fugas de
água nas redes, propiciam o aumento de perdas de carga.

Dependendo do modo como foi conduzido o projecto, podemos ter a situação de roturas
de tubagem a caracterizar tal situação, por exemplo, em caso de um projecto bem
elaborado e bem executado, com a observância de toda a especificação técnica,
podemos ter uma situação de poucas fugas, fugas essas que podem ser controláveis.

Existem situações de sistemas de abastecimento de água, cujos seus projectos foram mal
elaborados, e mal executados, para esses precisos casos, temos situações de fugas
constantes na rede, exemplo, redes de tubagens quase expostas a superfície sofrendo
constantes impactos de agentes externos, como é o caso de pessoas, viaturas e ou
animais em circulação. Podemos ter também situações de mão dimensionamento de
diâmetros das tubagens das redes, resultando em roturas devido a altas pressões

De um modo geral, o presente tema: Análise de fugas de água em sistemas de redes de


abastecimento de água, caso de estudo do " Sistema de abastecimento de água do
Município de Moatize", irá responder satisfatoriamente a questão em análise, e
possibilitará com que haja futuras melhorias em dimensionamentos de sistemas de
abastecimento de água.

11
1. Capitulo I: Referencial teórico

No referencial teórico deste presente projecto, serão abordados conceitos tais como:
definição de sistemas de abastecimento de água e sua composição, desde a captação até
a distribuição, e será abordado também a manutenção de redes de abastecimento de
água.

1.1 Definição de sistema de abastecimento de água

De acordo com Tsutiya (2006), um sistema de abastecimento de água, consiste no


conjunto de componentes necessários para captar, de um manancial, fornecer ao
usuário, com qualidade, quantidade e pressão adequados, água potável. O conjunto
de obras, equipamentos e serviços destinados ao abastecimento de água potável é
normalizado pela ABNT (1992), por meio da NBR 12211. Esta norma fornece
directrizes para estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de
água. As características desses sistemas dependem das condições topográficas
encontradas, da população a ser atendida e outras condições locais, por outro lado,
normalmente são constituídos por : manancial e captação de água, adutoras, estações
de tratamento de água, estações de bombeamento, reservatórios e redes de
distribuição. Os itens subsequentes detalham os componentes supracitados.

1.1.1. Manaciais de captação de água

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), manancial é a fonte de água doce


que tem a função de suprir as necessidades humanas e o desenvolvimento das
actividades econômicas (BRASIL, 2012). Azevedo Netto e Fernandez (2015),
subdivide os mananciais em dois grandes grupos: mananciais Subterrâneos ou
aquíferos, onde a água provém dos interstícios do subsolo, e mananciais superficiais,
onde a água está disponível na forma de rios, lagos e lagunas.
O conjunto de procedimentos necessários para retirar a água bruta de um manancial
e destiná-la ao sistema de abastecimento é, de acordo com Tsutiya (2006),
denominado de captação. Este processo depende directamente do tipo de manancial,
conforme abordado nos itens 2.1.1 e 2.1.2.

12
1.1.2. Captação de águas de mananciais subterrâneos

No Brasil, as recomendações e exigências de projecto para captação de água de


mananciais subterrâneos são estabelecidos pela ABNT (2017) NBR 12212. Feitosa
et al. (2008) define dois tipos principais de aquíferos: confinados e livres, conforme
Figura 1.

Figura 1 - Representação simplificada dos diferentes tipos de aquíferos

(fonte: Adaptado de Fitts, 2013)

Aquíferos livres, encontram-se sob acção da pressão atmosférica, como exemplo, o


Aquífero 1 da Figura 1 (FEITOSA et al., 2008). Os aquíferos confinados, segundo
Fitts (2013) caracterizam-se pela pressão interior ser maior que a pressão
atmosférica, sendo dispostos entre duas camadas limítrofes, uma superior e uma
inferior, representados, na Figura 1, pelos aquíferos 2 e 3, perfurados pelos poços B
e C, respectivamente. A captação de água de aquíferos confinados é feita através da
perfuração de poços e instalação de sistemas de bombeamento.
Feitosa et al. (2008) recomenda a implantação de programas de manutenção
preventivas em poços artesianos e bombas, através da análise constante de suas
condições físicas, químicas e operacionais, possibilitando a tomada de medidas para

13
adequar o poço quando necessário. Dessa forma, segundo o autor, evitam-se falhas
na operação do poço, e consequentemente, falta de água.

1.1.3. Captação de águas de mananciais superficiais

A captação de águas superficiais, deve atender às exigências e recomendações para a


elaboração de projecto para abastecimento público no Brasil da ABNT (1992) pela
norma de número 12213.

É importante citar que mananciais superficiais estão susceptíveis no que tange à


qualidade de água. Tsutiya (2006) afirma que os factores que mais influenciam na
qualidade da água são: urbanização, erosão do solo, resíduos e até mesmo
precipitações.

Para a escolha dos mananciais superficiais, Azevedo Netto e Fernandez (2015)


recomenda uma série de estudos hidrológicos, fluviométricos e físico-químicos da
bacia. Além disso, a escolha do local de implantação do sistema de captação deve
ser feita de maneira criteriosa, considerando os custos com desapropriação, consumo
energético, entre outros.

1.1.4. Adutoras

Uma adutora, Figura 2, é definida por Azevedo Netto e Fernandez (2015) como a
parte do sistema de distribuição de água que efectua o transporte de água entre as
unidades operacionais do sistema, tais como captação, tratamento e reservatórios. No
Brasil, os requisitos para elaboração do projecto de redes adutoras são fixados
através da ABNT (2017) NBR 12215.

Figura 2 - Adutora de água da Cagece, Ceará

14
Fonte: Taillade,(2015)

Tsutiya (2006), classifica as redes adutoras de acordo com a natureza da água e de


acordo com a energia para a movimentação da água. De acordo com a natureza da
água, o autor classifica as adutoras em:
 Adutoras de água bruta: são aquelas que transportam água não tratada.
Localizam-se entre a captação e a estação de tratamento.
 Adutoras de água tratada: são aquelas que transportam a água após o
tratamento. Podem se localizar entre a estação de tratamento e o reservatório
ou entre a estação de tratamento e a rede de distribuição, variando conforme
a posição do reservatório em relação à rede de distribuição.
O autor classifica, ainda, as adutoras segundo a energia para a movimentação da
água:
 Adutora por gravidade: transportam a água entre os pontos da rede através da
força da gravidade. Os condutos para adutoras por gravidade podem ser
livres ou forçados;
 Adutoras por recalque: transportam a água entre dois pontos através de
estações elevatórias;
 Adutoras mistas: são compostas por trechos onde a água é movimentada por
gravidade, e trechos onde a água é movimentada através de estações
elevatórias.

1.1.5. Estacões de Tratamento de Agua (ETA)

O tratamento de água, conforme Libânio (2016), consiste na sucessão de etapas que


objectivam a remoção de partículas em suspensão, matéria orgânica e
microrganismos presentes nas águas naturais, com vistas à atender a Portaria
2914/2011 do Ministério da Saúde. Esta sucessão de etapas pode variar de acordo
com as características específicas de cada manancial, mas Libânio (2016) aponta o
processo mais convencional de tratamento de água conforme o esquema da Figura

15
Figura 3 - Fluxograma de tratamento convencional de água

Coagulação: Floculação: Decantação / Flotação:


• Processo químico de • Aglutinação das particulas • Processo de separação dos
desestabilização das desestabilizadas formando flocos da massa líquida
partículas coloidais presentes flocos
na água.

Filtração: Desinfecção: Fluoretação:


• Consiste na remoção das • Processo de inativação dos • Adição de flúor como forma
partículas que conferem cor microorganismos presnetes de prevenção à cárie dentária
e turbidez à água, através de na água
um meio poroso

Além disso, a ABNT (1992c) NBR 12216, classifica os principais tipos de água para
o abastecimento público, e recomenda seu tratamento mínimo da seguinte forma:
Tipo A: águas subterrâneas ou superficiais, provenientes de bacias sanitariamente
protegidas. Seu tratamento mínimo se dá através da desinfecção e correcção do pH;
 Tipo B: águas subterrâneas ou superficiais, provenientes de bacias não-
protegidas. Seu tratamento mínimo se dá através da desinfecção e correcção
do pH, além de filtração e decantação quando necessário;
 Tipo C: águas superficiais provenientes de bacias não-protegidas. Seu
tratamento mínimo é feito através de: coagulação, decantação quando
necessário, filtração, desinfecção e correcção do pH;
 Tipo D: águas superficiais provenientes de bacias não protegidas,
susceptíveis a fontes de poluição. Seu tratamento mínimo é o mesmo
tratamento mínimo do Tipo C, além de tratamento complementar quando
necessário.

1.1.6. Reservatórios

São unidades destinadas ao armazenamento de água para absorver as variações de


consumo, manter a pressão na rede adequada na rede de distribuição, promover a
continuidade do abastecimento em caso de paralisação na produção de água tratada e
também para garantir o consumo em casos emergenciais (TSUTIYA, 2006);
HELLER E PÁDUA, 2016). As condições para a elaboração de projetos de
reservatórios de distribuição de água são fixadas através da ABNT (1994) NBR
12217.

16
Os reservatórios podem ser classificados de acordo com sua posição em relação ao
solo e de acordo com sua posição na rede de distribuição.

Tsutiya (2006) classifica os reservatórios de acordo com sua posição em relação ao


terreno da seguinte forma:
 Reservatório enterrado: situa-se totalmente abaixo do nível do terreno. Tem
alto custo de execução e difícil descarga.
 Reservatório semienterrado: ao menos um terço de sua altura situa-se abaixo
do nível do terreno.
 Reservatório apoiado: no máximo um terço de sua atura situa-se abaixo do
nível do terreno. Assim como o reservatório semienterrado, são os mais
fáceis de construir, e na maior parte dos casos necessitam de isolamento
térmico.
 Reservatório elevado: a cota de fundo do reservatório situa-se acima do nível
do terreno. São os mais caros, e por isso só são utilizados quando os demais
tipos não atendem os requisitos locais.
As diferentes posições dos reservatórios em relação ao terreno estão ilustradas na
Figura 4.

Figura 4 - Posições dos reservatórios em relação ao terreno

(fonte: Tsutiya, 2006)

Os reservatórios de montante, representados pela Figura 5, são caracterizados por


sempre fornecer água à rede de distribuição (ABNT, 1994). Segundo Heller e Pádua
(2016), esse tipo de reservatório é o mais utilizado no país, porém, em redes

17
extensas, pode provocar acentuadas variações de carga piezométrica nas
extremidades da rede.
Os reservatórios de jusante, esquematizado na Figura 6, são instalados a jusante da
rede de distribuição e podem fornecer ou receber água da rede, de acordo com a
demanda da rede. (HELLER; PÁDUA, 2016).

Figura 5 - Reservatório de Montante

(fonte: Tsutiya, 2006)

Figura 6 - Reservatório de Jusante

Fonte: Tsutiya, (2006)

Os reservatórios podem, ainda, ser classificados, conforme Tsutiya (2006), de


acordo com seu material. Segundo o autor os principais tipos de materiais
empregados na construção de reservatórios são: concreto armado, concreto

18
protendido, chapas metálicas, materiais poliméricos reforçados com fibra de vidro,
alvenaria, entre outros.

A ABNT (1994) NBR 12217, recomenda que a escolha do material do reservatório


deve ser realizada após estudo técnico e econômico, considerando fatores como:
condições de fundação, disponibilidade do material, agressividade da água a ser
armazenada e do ar atmosférico da região.

Figura 7 - Torre de pressão do sistema de abastecimento de agua de Tete.

Fonte: Autor (2023)

1.1.7. Estacões de bombeamento de água

A estação elevatória é o conjunto de tubulações, acessórios, bombas e motores


necessários para transportar água de uma cota topográfica inferior para outra cota
topográfica superior e também para suprir as perdas de carga devido ao movimento
do fluido e ao contacto com as paredes da tubulação (TSUTIYA, 2006).

A maior parte dos sistemas de abastecimento de água, de acordo com Azevedo Netto
e Fernandez (2015), necessita o auxílio de dispositivos mecânicos para transportar a
água. A energia necessária para o transporte provém de uma máquina hidráulica,
geralmente de bombas centrífugas e boosters.

Tsutiya (2006) lista os principais componentes de uma estação elevatória, ilustrados


na Figura 8:
 Equipamentos eletromecânicos:

Bomba; o Motor; Tubulações: o Sucção; o Recalque;

 Construção Civil: o Poço de Sucção;


Casa de Bomba.

19
Figura 8 - Casa de Bomba

Fonte: Jones e Sanks, 1998, apud Tsutiya, (2006)

1.1.8. Redes de distribuição

Heller e Pádua (2016) definem redes de distribuição como a unidade do sistema de


abastecimento de água, composta por tubulações e acessórios, que tem por objetivo
de distribuir água a múltiplos consumidores de forma contínua, com qualidade,
quantidade e pressão adequadas. No Brasil, as condições para a elaboração de
projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público são fixadas
através da ABNT (1994) NBR 12218.

Segundo Heller e Pádua (2016) o termo “rede de distribuição” provém do modo que
as canalizações são instaladas e ligadas entre si, possibilitando derivações e
distribuindo a água potável com maior efectividade. Tsutiya (2006), define dois tipos
de canalizações que formam uma rede de distribuição de água. São elas:

20
 Canalização Principal: possuem maior diâmetro, e destinam-se a abastecer as
canalizações secundárias;
 Canalização Secundária: possuem menor diâmetro e destinam-se a abastecer
diretamente os pontos de consumo.
Quanto ao traçado, as redes de distribuição estão subdivididas em dois tipos: rede
ramificada ou “espinha de peixe e rede malhada.

As redes ramificadas segundo Heller e Pádua (2016), são mais comuns em locais
com desenvolvimento linear. Nas redes ramificadas, a distribuição de água parte de
um reservatório e é conduzida através da rede principal e distribuída aos pontos de
consumo através da rede secundária, como pode-se observar na Figura 9.

Figura 9 - Rede ramificada

Fonte: Tsutiya, ( 2006)

A principal característica deste tipo de rede segundo Tsutiya (2006) é o sentido


único do escoamento e as pontas secas, isto é, possuem vazão nula em sua
extremidade. O autor também recomenda o uso desse tipo de rede apenas em locais
cujas condições não permitam o uso da rede malhada, pois nesse tipo de traçado um
acidente que interrompa o escoamento, pode comprometer o abastecimento de todos
os locais que estão a jusante do ponto de interrupção.

As redes malhadas são “tubulações interligadas em circuitos fechados” (ABNT,


2017), formando anéis ou malhas, conforme ilustrado pela Figura 10. De acordo com
Tsutiya (2006), esse tipo de traçado permite que um ponto da rede seja abastecido
por mais de um caminho, evitando interrupções no abastecimento de água em casos
de acidentes na rede de distribuição.

21
Figura 10 - Rede malhada

Fonte: Adaptado de Porto (2006)

As redes ramificadas e malhadas podem ser associadas, formando redes mistas


(TSUTIYA, 2006).

É importante salientar que, as redes de distribuição, seja ela malhada ou não, tem um
custo elevado frente às demais unidades do Sistema de abastecimento de água.
Segundo Tsutiya (2006), o custo compreende de 50% a 70% do custo total de um
sistema de abastecimento de água,

Além disso, o acesso às redes de abastecimento exige grande complexidade, uma


vez que localizam-se enterradas sob a via pública. Deste modo, qualquer
comprometimento em sua estrutura pode ocasionar problemas sérios com a
qualidade e com perdas de água.

Além das recomendações já citadas, o traçado da rede deve seguir seguintes


recomendações:
 Estar localizados em vias ou áreas públicas (ABNT, 2017c; TSUTIYA,
2006);
 Estar dispostas em ambos os lados da via pública, sob o passeio, evitando
ligações em travessia (SANEPAR, 2019a);
 A distância do alinhamento predial deverá ser de 0,75 m, com um mínimo de
0,40 m quando necessário (SANEPAR, 2019a);
 Evitar, sempre que possível, evitar extremidades mortas (ABNT,

22
2017c; TSUTIYA, 2006);

 As tubulações de água devem possuir recobrimento mínimo de 0,65 m em


passeios, e, sob ruas, recobrimento de 0,90 m e envelopamento com areia até
0,10 m acima do tubo (SANEPAR, 2012).

1.1.9. Acessórios e Materiais

As redes de distribuição de água são constituídas por tubos e acessórios, os quais


tem como objectivo, além de transportar a água, resistir as variações de pressão
interna, esforços externos e controlar as pressões de operação (TSUTIYA, 2006). O
autor recomenda, para a escolha dos materiais, a durabilidade, rugosidade, custo de
implantação e manutenção, peso das tubulações, entre outros.

Heller e Pádua (2016) classificam os materiais utilizados nas redes de abastecimento


em metálicos e não metálicos, esquematizados na Figura 11. Segundo os autores, nos
condutos forçados por gravidade, são utilizados em maior escala materiais
poliméricos, tais como PVC. Já em redes, com a presença do sistema de recalque,
tubos de ferro dúctil ou aço, por sua alta resistência às variações bruscas de pressão e
golpes de aríete, são os mais utilizados.

Figura 11 - Principais tipos de materiais usados em redes de água

Aço -carbono

Tubos metálicos Ferro fundido cinzento


( fora de fabricação )
Cloreto de polivinil -PVC

Ferro fundido dúctil

Polietileno - PE

Material plástico

Polipropileno - PP
Cimento amianto (fora
de fabricação
Polímeros reforçados com
Tubos não metálicos fibra de vidro (RPVC,
PRFV)
Concreto

Concreto Armado

(fonte: Adaptado de Alambert Jr, 1997 apud Heller e Pádua, 2016)

23
Segundo Mays (2000) a grande variedade de materiais disponível e as diferentes
condições encontradas dificultam a escolha do material para as redes de distribuição.
Segundo o autor, com um bom design e o atendimento às situações de projeto, a
maioria dos materiais funcionará de forma satisfatória. O histórico de uso e a
facilidade de manutenção são fatores decisivos para a definição do tipo de material a
ser utilizado.

Dentre os acessórios, maior destaque merecem as válvulas de manobra, válvulas de


descarga, válvulas mantenedoras e redutoras de pressão e as ventosas. Tsutiya
(2006) caracteriza tais acessórios por:
 Válvula de manobra: tem o objectivo de delimitar as áreas de
desabastecimento em eventuais acidentes ou reparos na rede;
 Válvula de descarga: instaladas nos pontos mais baixos da rede, tem o
objectivo de esvaziar a canalização quando necessário, remover sólidos que,
se decantados nos pontos baixos reduzem a secção de escoamento.
 Válvula redutora de pressão: tem o objectivo de diminuir a pressão da rede,
em casos de terrenos com topografia muito acentuada,
 Válvula sustentadora de pressão: utilizada para adequar a pressão mínima a
montante da rede em casos de demandas imprevistas;

24
2. Capitulo II: Objectivos

2.1.1. Objectivo geral


Cidade de
rede
Analisar as fugas de água do sistema de abastecimento de água de Moatize, propondo
soluções as suas mitigações, para o alcance de melhores taxas de coberturas em sistemas
de abastecimento de água.

2.1.2. Objectivos específicos

- Contribuir com ideias visando a melhoria das técnicas de reparação de tubagens, em


Estudar diferentes tipos de sistema de rede de abastecimento de agua
redes de abastecimento de água.
Identificar as causas de fugas de agua em sistema rede de abastecimento de agua
- Deixar recomendações acerca das falhas identificadas.
Propor solucoes para a mitigacao de fugas em redes de abastecimento de agua
- Realçar de forma suscita a ideia da melhoria contínua.

2.2. Hipóteses

2.2.1. Hipótese Alternativa

A Análise de fugas de água em sistemas de redes de abastecimento de água, caso de


estudo do " Sistema de abastecimento de água do Município de Moatize" possibilitará
encontrar soluções eficazes para recuperar a degradação do edifício e garantir a sua
adequada funcionalidade.
o abastecimento de agua aos consumidores em qualidade e quantidades sufucientes

2.2.2. Hipótese Nula

A Análise de fugas de água em sistemas de redes de abastecimento de água, caso de


estudo do " Sistema de abastecimento de água do Município de Moatize" não
possibilitará encontrar soluções eficazes para recuperar a degradação do edifício e
garantir a sua adequada funcionalidade.
o abastecimento de agua aos consumidores em qualidade e quantidades sufucientes

25
3. Capítulo III: Metodologia

A metodologia desenvolvida para recolha de dados e realização deste trabalho consistiu


em fazer, primeiramente, uma pesquisa bibliográfica onde foi feita a consulta de
manuais, regulamentos e artigos de toda informação que tem a ver com o tema em
seguida fez-se a pesquisa de campo.

Já na pesquisa de campo baseou-se nos levantamentos das anomalias patológicas em


uma determinada edificação, e com base da pesquisa bibliográfica será possível propor
soluções para sana-las.

3.1.1. Tipo de Estudo

A metodologia da pesquisa quanto á forma de abordagem ao tema foi de estratégia


qualitativa. Para melhor aprofundamento do tema recorreu-se a um tipo de pesquisa
descritiva, bibliográfica exploratória e explicativa.

3.1.2. Técnicas e Instrumentos de Recolha de Dados

Os estudos dos problemas patológicos se baseiam em colecta de dados, projectos e


estudos para compreensão do fenómeno ocorrido. Para facilitar a obtenção de um
diagnóstico Norberto B. Lichtenstein, em 1986, elaborou um fluxograma deforma a
nortear as etapas de obtenção do diagnóstico de patologias. O fluxograma apresenta as
seguintes etapas:

1. Vistoria do local: utilização dos sentidos humanos e/ou de instrumentos para


caracterização das patologias;
2. Anamnese: entrevista e/ou colecta de informações formalizadas;
3. Pesquisa: procurar em bibliografias, inovações na tecnologia tecnológica e/ou
científica que auxiliem o entendimento do processo patológico;
4. Diagnóstico: determinação das causas e mecanismos de ocorrências da
patologia;
5. Conduta recomendada: determinação da intervenção.

26
Para verificar se um edifício apresenta algum problema relacionado às manifestações
patológicas deve-se realizar uma vistoria cuidadosa e detalhada, para que seja
determinada qual a real condição de uso da estrutura. Esta etapa visa avaliar as
anomalias existentes, identificando suas causas, providências e a escolha dos melhores
métodos para o reforço ou recuperação da estrutura (SOUZA; RIPPER, 1998).

3.1.3. Participantes

Para a escolha dos participantes desta pesquisa, escolheu-se as pessoas que participam
no trabalho de combate a fugas de água tendo sido identificados: um chefe de produção
que orienta os canalizadores que fazem as manutenções das redes de abastecimento de
agua, e três canalizadores. E que de acordo com a informação por eles prestada, foi
suficiente para apurar o mínimo de dados necessários.

Houve também uma entrevista ao delegado da AdRC delegação de Moatize, o qual


referiu ter acompanhado o processo de construção apenas na fase da conclusão, tendo
referenciado que o director cessante fez o acompanhamento da maior parte do processo
da construção, neste caso a partir da elaboração do projecto.

3.1.4. Instrumentos

Os instrumentos usados para a realização da pesquisa foram:

a) Internet usada para fazer buscas de conteúdo electrónico, manuais baixados, artigos
dissertações, livros e outras informações com conteúdo em relação ao tema

b) Computador Para digitação do trabalho e investigação de conteúdos virados ao tema;

c) Manuais: Artigos técnicos; dissertações; Regulamentos ou Normas de execução; com


conteúdo relação ao tema da pesquisa;

d) Conjunto de normas técnicas ABNT, EUROCODIGOS, ASTM,

27
3.1.5. Procedimentos

OS procedimentos de normas usadas, foram as normas NBRs, REBAP, NEUFERT e


EUROCODIGOS. Para realização da pesquisa é necessária a utilização de alguns
procedimentos que auxiliem neste processo de pesquisa. Portanto os procedimentos
serão:

a) Definição do tema de pesquisa; e a posterior foi feita a realização da pesquisa


bibliográfica.

b) A pesquisa realizada foi um estudo de caso a ser analisado;

3.1.6. Resultados esperados

Este trabalho está baseado no estudo de fugas de água em sistemas de redes de


abastecimento de água, caso de estudo do "AdRC (Aguas da Região do Centro,
delegação de Moatize), empresa gestora do sistema de abastecimento de água do
Município de Moatize".

Espera-se que os resultados obtidos no trabalho realizado possam contribuir e estender-


se a outros órgãos públicos ligados a sistemas de abastecimento de água, enfatizando a
importância da construção de sistemas resilientes e de boa qualidade.

3.1.7. Cronograma da pesquisa

Quadro 1 - Representação detalhada do cronograma da pesquisa

Actividade Julho Agosto Setembro Outubro Novembro


2023 2023 2023 2023 2023

Elaboração e 31 a 05
submissão do tema
de monografia

Realização do 07 a 11
projecto do fim do
curso

Fonte: Autor (2023)

28
3.1.8. Orçamento
O orçamento abaixo descrito no quadro, é referente ao custo de todas as actividades
desenvolvidas durante o projecto.

Quadro 2 - Quadro do custo das actividades

Item Descrição das Un Quant. P. Unitário P. Total


actividades (mt) (mt)
1 Deslocações de visita a un 4 100,00 400,00
obra
2 Reprodução de algumas 20 4,00 80,00
páginas do projecto da
obra
3 Refeições tomadas 4 100,00 400,00
durante a visita da obra
4 Reprodução do projecto 500,00
(copias e encadernação)
5 Deslocações para a 2 100,00 200,00
faculdade
6 Outras despesas 500,00
Valor global das actividades = 2080,00

Fonte: Autor (2023)

29
4. Capitulo IV: Conclusões e Recomendações

4.1 Conclusões

De modo a contribuir com a melhoria dos sistemas de abastecimento de água,


alcançando maiores taxas de cobertura, foram abordadas neste estudo de caso,
problemas de fugas de água em sistemas de redes de abastecimento de água, durante o
período de Janeiro a Julho de 2023. Neste trabalho, foram investigados os problemas
reincidentes de fugas de água em sistemas de redes de tubagens de abastecimento de
água, suas manifestações e suas possíveis causas, elaborando-se: Diagnóstico,
Prognóstico e medidas Preventivas. Foi proposto procedimentos para a sua recuperação
e procedimentos para evitar a sua reincidência.

Os problemas de fugas de água mais graves, foram localizadas nas zonas baixas das
redes de tubagens de abastecimento de água, devido a pressões altas. Com o
desenvolvimento deste estudo de caso, fica evidente, que houve causas Intrínsecas e
Extrínsecas para a manifestação das anomalias apresentadas. Pode-se citar como causas
e consequências: falhas de projecto, pois houve utilização indevida da estrutura,
derivando numa degradação acelerada da estrutura e falhas de construção, pois a
edificação não foi totalmente concluída. Acrescenta-se, ainda, anomalias classificadas
como adquiridas, que são aqueles problemas provenientes da acção de elementos
externos, sobrecargas, e vibrações excessivas provocadas pelo uso indevido da
estrutura, estes descuidos resultaram no desenvolvimento de uma degradação acelerada
da estrutura e o comprometimento do uso da obra.

Os resultados obtidos nas análises e nas soluções dos problemas adquiridos, mostram a
importância de se trabalhar com sucesso todas as etapas desenvolvidas em uma obra.
Com uma significativa melhoria nas edificações, o Ministério das Obras Públicas,
executaria com maior eficiência o seu trabalho, conseguindo oferecer a comunidade
edificações mais seguras, acessíveis e que promovam bem-estar aos seus usuários.

30
4.2. Recomendações

Para melhorar a qualidade dos sistemas de abastecimento de água e mitigar o impacto


das fugas em redes de sistemas de água no geral, é imperioso que os órgãos ligados ao
abastecimento de água, definam bons projectos executivos para a implantação de
sistemas de abastecimento de água, e por sua vez, façam uma fiscalização mais apurada,
a partir da realização dos projectos até a execução das obras.

Quanto a falhas devido à realização de obras por profissionais não devidamente


qualificados, sugere-se que as instituições competentes, exijam para cada obra que se
pretenda erguer, um projecto da mesma, que exijam também os requisitos de
qualificação para o pessoal que ira executar a obra em causa, caso não haja informação
suficiente, sugere-se ainda que se faça uma interdição da mesma até que sejam reunidas
todas as condições necessárias.

Por fim, recomenda-se que todos os interessados em executar qualquer tipo de


edificação, por mais pequena que for, sigam os procedimentos recomendados que
passam por procurar informações nas instituições legais destinadas para tais fins, de
forma a evitar caminhos rápidos que depois levam a becos sem saída. E também,
recomenda-se á realização de mais estudos voltados a problemas de anomalias
decorrentes do processo construtivo às futuras obras de construção, reabilitação e
restauração, garantindo uma maior durabilidade dos serviços executados.

31
4.3. Referência Rever o uso das referencias bibliograficas

ABNT. NBR 9649: Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário. Rio de Janeiro,
1986. Refazer tudo

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36
4.4. 0 Apêndice
Deve constar toda a documentação produzida pelo próprio.

37
4.5. Anexos

Deve constar a restante documentação

38

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