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Física I

Prof. Salviano A. Leão

Instituto de Física
Universidade Federal de Goiás
Turmas

IFI0076 FÍSICA I 2022.1 - Turma C
Horário: 46T12 - Sala 304 CAE
Curso: Engenharia Ambiental e Sanitária

IFI0080 FÍSICA I 2022.1 - Turma B
Horário: 46T34 - Sala 305 CAE
Curso: Engenharia Civil

IFI0203 FÍSICA I 2022.1 - Turma G
Horário: 46T56 - Sala 105 CAE
Curso: Engenharia Elétrica
Ementa

Unidades, grandezas físicas e vetores.

Cinemática da partícula.

Leis de Newton do movimento.

Trabalho e energia cinética.

Energia potencial e conservação da energia.

Momento linear, impulso e colisões.

Cinemática da rotação.

Dinâmica da rotação de corpos rígidos.

Equilíbrio e Elasticidade.
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Provas

Prova 1 - 08/07/2022

Prova 2 – 09/09/2022

10 Testes Online durante o semestre.

Nota Final
N Final =0.4×N Média dos testes online +0.6×N Média das provas presenciais
Capítulo 1 – Unidades, Grandezas
Físicas e Vetores
Introdução
• Por que estudar Física?
• A mais fundamental das ciências
Sonho de “Suponha-se uma inteligência
Laplace que pudesse conhecer todas as
forças pelas quais a natureza é
animada e o estado em um
instante de todos os objetos -
uma inteligência
suficientemente grande que
pudesse submeter todos esses
dados à análise -, ela englobaria
na mesma fórmula os
movimentos dos maiores corpos
Laplace do universo e
(1749-1827) também dos menores átomos:
nada lhe seria incerto e o
futuro, assim como o passado,
estaria presente ante os seus
Universo olhos.”
determinístico
Introdução
• Por que estudar Física?
• A mais fundamental das ciências
• A base de toda engenharia e tecnologia

“desde uma pequena ratoeira a uma grande


espaçonave”
Exemplo 1: Transistor e computadores
Bardeen, Shockley e Brattain

Nobel de Física– 1956

1o transistor (1947)
Jack Kilby

Ano 2000: Pentium 4


42 milhões de
transistores !!!

Nobel de Física– 2000


1 “chip” (1958)
o
Exemplo 2: GPS (“global positioning system”)

Albert Einstein

Efeitos relativísticos na
marcação do tempo
Física Básica e
Física Aplicada

Michael Faraday

Ao ser perguntado para que servia sua recente descoberta da


indução eletromagnética, respondeu:

“Para que serve um bebê recém-nascido?”

Importância da ciência básica, sem compromisso com aplicações


imediatas
Introdução
• Por que estudar Física?
• A mais fundamental das ciências
• A base de toda engenharia e tecnologia
• Por prazer!

• De entender e participar de uma das maiores


aventuras do intelecto e do engenho humano
• De apreciar a beleza contida na ordem e na
regularidade da natureza
1.1 – A natureza da Física

A Física é uma ciência experimental: A “resposta” da Natureza é o


veredito supremo de uma teoria física.

Oposto ao idealismo de Hegel, que na sua dissertação de


1801, "As Órbitas dos Planetas", demonstrava que não
podia existir mais do que sete planetas; e, se isso
contrariasse os fatos, pior para os fatos...

A “arte” da Física está em:


1. O que e como perguntar à Natureza (experimento)?
2. Como interpretar suas respostas (teoria)?

O diálogo entre teoria e experimento é coordenado pelo


MÉTODO CIENTÍFICO
O MÉTODO CIENTÍFICO

OBSERVAÇÃO

EXPERIMENTAÇÃO

MODELAGEM

PREVISÃO

Quando as previsões não são confirmadas pelas novas


observações, a teoria está incorreta ou então as
observações foram feitas fora de seu domínio de validade

Exemplo: Mecânica Clássica não é válida para objetos com


velocidades próximas à da luz (Relatividade) ou na escala
atômica (Mecânica Quântica)
Limites da Mecânica
A Matemática é a linguagem da Física

“A ciência está escrita neste grande livro


colocado sempre diante de nossos olhos –
o Universo – mas não podemos lê-lo sem
apreender a linguagem e entender os
símbolos em termos dos quais está escrito.
Este livro está escrito na linguagem
matemática.”

Galileu Galilei (1564-1642)


1.2 – Solução de problemas de Física
Entendo os conceitos, mas
não consigo resolver os
problemas...

Fazer Física é resolver problemas!

Estratégia:

1. IDENTIFICAR os conceitos relevantes: modelagem


2. PREPARAR o problema: escolha das equações
3. EXECUTAR a solução: matemática
4. AVALIAR se a resposta faz sentido
Modelo: versão simplificada de um sistema físico,
contendo apenas os ingredientes essenciais para a
solução de um determinado problema
Exemplo: Planeta Terra
1. Geofísica:
Terra não-esférica

2. Estudo da rotação:
Terra esférica

3. Estudo da translação:
Terra como “partícula”
Medir

Medir é o procedimento
experimental através do qual o
valor momentâneo de uma
grandeza física (mensurando) é
determinado como um múltiplo e/ou
uma fração de uma unidade,
estabelecida por um padrão, e
reconhecida internacionalmente.
1.3 – Padrões e unidades
Grandeza Física: “Propriedade de um fenômeno, corpo ou
substância que pode ser expressa sob a forma de um número
e uma referência (padrão)”. (VIM – Vocabulário Internacional
de Termos Gerais e Fundamentais de Metrologia)

Exemplo: altura = 1,73


m

Valor
Unidade (definida
através de um padrão)

Sistema de unidades: “Sistema Internacional (SI)”


Importância do SI

Clareza de entendimentos internacionais
(técnica, científica) ...

Transações comerciais ...

Garantia de coerência ao longo dos
anos ...

Coerência entre unidades simplificam
equações da física ...
Grandezas e Unidades Fundamentais do S.I.
Grandeza unidade símbolo

Comprimento metro m

Massa quilograma kg

Tempo segundo s

Corrente elétrica ampere A

Temperatura kelvin K

Intensidade luminosa candela cd

Quantidade de matéria mol mol

Demais unidades podem ser obtidas a partir das unidades


fundamentais

Exemplo: newton: N = kg.m/s2


Novo SI

No sistema em vigor até 19 maio de 2019, os valores das constantes
fundamentais eram determinados a partir de experimentos.

As constantes fundamentais são propriedades físicas invariantes,
como a velocidade da luz ou a carga de um elétron.

As pesquisas para relacionar constantes fundamentais e unidades de
base do SI iniciaram pela definição do metro e do segundo.

O segundo é relacionado a um número exato de oscilações na
camada eletrônica do átomo de césio (relógio atômico), e a definição
do metro utiliza a velocidade da luz.

A diferenciação em unidades de base e unidades derivadas, por
exemplo, não é mais necessária. Todas as unidades são "derivadas"
das constantes fundamentais, desse ponto de vista, são todas
equivalentes. Mas, por questões históricas podem continuar sendo
adotadas.
Novo SI
Tabela do Novo SI – Inmetro
Grandeza Unidade Como é definida Constante Símbol Valor
de base definidora o
(símbolo)
Usando-se o valor numérico fixado da frequência do césio ΔνCs Frequência da
, que é a frequência da transição hiperfina do estado transição hiperfina do
segundo
Tempo fundamental não perturbado do átomo de césio 133, igual a 9 estado fundamental Δν Cs 9 192 631 770 Hz
(s)
192 631 770 quando expresso na unidade Hz, a qual é igual a não perturbado do
s −1 . átomo de césio 133

Usando-se o valor numérico fixado da velocidade da luz no


vácuo c, igual a 299 792 458 quando expresso na unidade m s Velocidade da luz no
Comprimento metro (m) c 299 792 458 m/s
−1
, onde o segundo é definido em termos da frequência do vácuo
césio Δν Cs .

kilograma Usando-se o valor numérico fixado da constante de Planck h,


ou igual a 6,626 070 15 × 10−34 quando expresso na unidade J s, a 6,626 070 15 × 10−34
Massa qual é igual a kg m2 s−1 , onde o metro e o segundo são Constante de Planck h
quilograma Js
(kg) definidos em termos de c e ΔνCs.

Usando-se o valor numérico fixado da carga elementar e, igual


Corrente a 1,602 176 634 × 10−19 quando expresso na unidade C, a qual 1,602 176 634 ×
ampere (A) Carga elementar e
elétrica é igual a A s, onde o segundo é definido em termos de ΔνCs . 10−19 C

Usando-se o valor numérico fixado da constante de Boltzmann


Temperatura k, igual a 1,380 649 × 10−23 , quando expresso na unidade J K−1 Constante de
termodinâmic kelvin (K) , a qual é igual a kg m2 s−2 K−1 , onde o kilograma, o metro e o k 1,380 649 × 10−23 J/K
Boltzmann
a segundo são definidos em termos de h, c e ΔνCs .

Um mol contém exatamente 6,022 140 76 × 1023 entidades


elementares. Este número é o valor numérico fixado da
constante de Avogadro, NA , quando expresso na unidade mol-1
Quantidade e é chamado de número de Avogadro. A quantidade de Constante de 6,022 140 76 × 1023
mol (mol) substância, símbolo n, de um sistema, é uma medida do NA
de substância Avogadro mol−1
número de entidades elementares específicas. Uma entidade
elementar pode ser um átomo, uma molécula, um íon, um
elétron, ou qualquer outra partícula ou grupo específico de
partículas.
Usando-se o valor numérico fixado da eficácia luminosa da Eficácia luminosa da
radiação monocromática de frequência 540 × 1012 Hz, Kcd , radiação
Intensidade candela
igual a 683, quando expresso na unidade lm W−1 , a qual é monocromática de Kcd 683 lm/W
luminosa (cd)
igual a cd sr W−1 ou cd sr kg−1 m−2 s3 , onde o kilograma, o frequência 540 × 1012
metro e o segundo são definidos em termos de h, c e ΔνCs . Hz
Novo SI
Padrão do tempo
• Até 1956, 1 s =1/86400 do dia solar médio (média sobre o
ano de um dia)
• 1967: 1s = 9.162.631.770 períodos da radiação de uma
transição atômica do Césio 133 (definição a partir do
relógio atômico). International Atomic Time
Relógio Atômico: evolução da precisão

NIST-F1: precisão de 1s em
27 milhões de anos!

NIST-F1
Escalas de
Tempo
Padrão do comprimento
1791- 1 metro = 10 -7 da distância do polo norte ao equador
(meridiano de Paris)
1797- Barra de platina
1960- 1.650.763,73 comprimentos de onda de uma emissão
do Kr
1983- Distância percorrida pela luz no vácuo em
1/299.792.458 de segundo.

A velocidade da luz é definida como c = 299.792.458 m/s.


Escalas de Comprimento
Padrão da massa - Quilograma


Definido em 20 de maio de 2019, uma data muito simbólica: o Dia Mundial
da Metrologia, o aniversário da Convenção do Metro.

Essa decisão foi aprovada na 26a Conferência Geral sobre Pesos e Medidas
(CGPM), ocorrida no mês de novembro de 2018.

Houve uma disputa entre dois experimentos concebidos com princípios
diferentes e que tinham o objetivo de produzir resultado de medições
estáveis.
1) O experimento vencedor da disputa, chamado “experimento da
balança de watt” trabalha com o equilíbrio entre a força da
gravidade compensada por uma força eletromagnética, com
medições utilizando fenômenos quânticos, e relacionou o
kilograma à constante de Planck h.
2) O outro experimento relacionava uma massa macroscópica com a
massa de um átomo e foi chamado de “experiência de Avogadro”.
Escalas de Massa
Prefixos SI
1.4 – Coerência e conversão de unidades
Toda equação deve ter coerência dimensional e de
unidades
d vt
Exemplo: … então vt deve
ser expresso em
metros também.
Se d está
expresso em
metros…
 m
10 m  2   5s 
 s
Dica: Ao colocar os valores numéricos das grandezas
físicas em uma equação, inclua sempre as unidades
correspondentes!
Conversão de unidades

Exemplo 1.1 (Y&F) – O recorde mundial de velocidade no


solo é de 1228 km/h. Expresse esta velocidade em m/s.

km
v 1228,0 Sabemos que: 1 km 103 m e 1 h 3600 s
h

103 m
Então: v 1228,0  341,11 m/s
3600 s
Exemplo 1.2 (Y&F) – O maior diamante do mundo tem
volume de 1,84 polegadas cúbicas. Qual é o seu volume em
centímetros cúbicos? E em metros cúbicos?

V 1,84 pol3 Sabemos que: 1 pol 2,54 cm

3 3 3 3
Então: V 1,84  2,54 cm 1,84  2,54 cm 30,2 cm

-2
Em metros cúbicos: Sabemos que 1 cm 10 m

Então:

3
V 30,2 cm 3
30,210 2
m 30,2 10  6 m 3 3,02 10  5 m 3
1.5 – Incerteza e algarismos significativos
Toda medida física tem
uma incerteza associada
e o resultado só pode ser
expresso até o último
algarismo significativo.

Estação de trem de Rio Grande da


Serra (SP): Altitude com precisão de
milímetros!
Maneiras distintas de expressar a incerteza:
a. 56,47 ± 0,02  valor real entre 56,45 e 56,49
b. 1,6454(21) = 1,6454 ± 0,0021
c. Fracionária ou percentual: 47 ± 10% = 47 ± 5
d. Implícita: 2,91 = 2,91 ± 0,01 (incerteza no último
significativo)
Operações matemáticas com algarismos
significativos

Operações de multiplicação ou divisão: Número de A.S. do


resultado é igual ao menor número de A.S. entre os fatores
Exemplos: (0,745 2,2) / 3,885 0,42
(1,32578 107 ) (4,11 10 3 ) 5,45 104

Operações de soma ou subtração: Número de A.S. do


resultado é determinado pela casa decimal com maior
incerteza entre os termos da operação
Exemplo: 123,62  8,9 132,5
1.6 – Estimativas e ordens de grandeza
(leitura do estudante)

1.7 – Vetores e soma vetorial

Grandezas escalares: Especificadas por um único número


(com unidade).
Exemplos: massa, trabalho, energia, temperatura, carga
elétrica

Grandezas vetoriais: Especificadas por um módulo, direção


e sentido (com unidades também).
Exemplos: deslocamento, velocidade, força, momento
linear, torque, momento angular.
Vetor Deslocamento

Posição final P2 P2

 
r Deslocamento r

P1
Posição inicial
P1
Deslocamento depende apenas das
posições inicial e final – não da
trajetória

Vetores paralelos: mesma direção e A 
sentido B

A 
Vetores antiparalelos: mesma direção e sentido C
oposto

Vetores idênticos: mesmo módulo, A  
direção e sentido A  A

Vetor negativo: mesmo módulo e  Diz-se que o


A  
direção, porém sentido contrário B  A vetor B é o
negativo do
 vetor A
Módulo de um vetor (notação): A ou A
    
Soma de dois vetores: C  A  B B  A

Comutativa
Soma gráfica:   
     C A  B
 B C B  A A
A 
  
 A 
C A  B B
B
         
 
Soma de vários vetores: R  A  B  C  A  B  C  A  B  C  
 Associativa
C 
   R
B A
A 
 C
B
  
Subtração de vetores:  
A  B A   B
  
A 
 B  A   B


   A
  B  A B   
A A B B
Soma independe da ordem
 
Multiplicação de um vetor por um escalar: F ma
(Exemplo: ) 
A

2A

 0,5 A
1.8 – Componentes de vetores
y
  
  A  Ax  Ay
Ay A 
 Vetores componentes de A
O
 x
Ax

Ax  A cos  
Componentes de A (escalares, podem ser
Ay  A sen negativos)
y

 By
B
 Bx B cos   0

Bx O x
Cálculos de vetores usando componentes
y
1. Módulo e direção

  
A  A  Ax2  Ay2 Ay A

Ay Ay O  x
tg     arctg Ax
Ax Ax
y
Cuidado! Ambiguidade: 2 135
valores possíveis de θ para um Ax 2 m
dado valor de tg θ – Analisar x
sinais das componentes 315

Exemplo: Ay  2 m 
A
Ax 2 m, Ay  2 m
 
2. Multiplicação por um escalar D cA  Dx cAx , D y cAy

  
3. Soma vetorial: R A  B  Rx  Ax  Bx , R y  Ay  B y


By R 
Ry B
Ay 
A
O x
Ax Bx

Rx
Exemplo 1.8 (Y&F) – SOMA DE VETORES EM 3D – Depois da
decolagem, um avião viaja 10,4 km do leste para oeste, 8,7
km do sul para norte e 2,1 km de baixo para cima. Qual é a
sua distância ao ponto de partida?

altura

2,1 km S

10,4 km
L O
8,7 km

N
A  Ax2  Ay2  Az2
2 2 2
 10,4 km    8,7 km    2,1 km 
13,7 km
1.9 – Vetores unitários
y
• Têm módulo igual a 1 
Ay 
• Não possuem unidade A
• Indicam uma direção e sentido ĵ
O ˆ  x
 i Ax
Ax  Ax iˆ

Ay  Ay ˆj y
  
A  Ax  Ay  Ax iˆ  Ay ˆj


Em 3D:
 k̂ iˆ
A  Ax iˆ  Ay ˆj  Az kˆ
z x
Soma usando vetores
unitários:

A  Ax iˆ  Ay ˆj

B Bx iˆ  B y ˆj
  
R A  B
  
 Ax iˆ  Ay ˆj  Bx iˆ  B y ˆj 
 Ax  Bx iˆ   Ay  B y  ˆj
Rx iˆ  R y ˆj
1.10 – Produtos de vetores

Produto escalar

B
     
Definição: A B  A B cos    A B cos 
A
B cos 
 
De maneira equivalente: A B B A cos  

A cos  
B
 
A
Casos particulares:

B
  
Se 0    90 , A B  0, porque cos   0.
  
A

B
  
Se 90    180 , A B  0, porque cos   0.
 

A

  B
Se  90 , A B 0, porque cos 90 0.


vetores ortogonais A
 
Se  0 , A B  AB, porque cos 0 1.


B 
vetores paralelos A
  180 
Se  180 , A B  AB, porque cos 180  1.

 A
vetores antiparalelos B
Produto escalar usando componentes

Produto escalar entre os vetores unitários:

iˆ iˆ  ˆj ˆj kˆ kˆ (1)(1) cos 0 1


iˆ ˆj  ˆj kˆ iˆ kˆ (1)(1) cos 90 0

Assim:
 
 
A B  Ax iˆ  Ay ˆj  Az kˆ  Bx iˆ  B y ˆj  Bz kˆ 
 Ax iˆ Bx iˆ  Ax iˆ B y ˆj  Ax iˆ Bz kˆ
 Ay ˆj Bx iˆ  Ay ˆj B y ˆj  Ay ˆj Bz kˆ
 Az kˆ Bx iˆ  Az kˆ B y ˆj  Az kˆ Bz kˆ
 
A B  Ax Bx  Ay B y  Az Bz
Aplicação: Uso do produto escalar para calcular ângulos
entre vetores

Problema 1.90 (Y&F): Ângulo entre ligações químicas no


metano (ou no diamante, ou no silício…)

Dados: Uma das ligações está ao longo da direção iˆ  ˆj  kˆ ,


enquanto que outra está ao longo de iˆ  ˆj  kˆ .
  
A B  AB cos   A iˆ  ˆj  kˆ
  
cos  
A B  B i  ˆj  kˆ
AB

A  A  (1) 2  (1) 2  (1) 2  3
Calculando os módulos:

B  B  (1) 2  ( 1) 2  ( 1) 2  3

Calculando o produto escalar:


 
A B (1)(1)  (1)( 1)  (1)( 1) 1  1  1  1
1 1
Podemos então calcular o ângulo: cos   
3 3 3
 1
 arc cos   109,47 
 3
Produto vetorial
  
C  A B
Módulo: C  AB sen

Direção: Ortogonal a ambos


os fatores do produto.
Sentido: Determinado pela
regra da mão direita

Note que o produto vetorial


não é uma operação
comutativa:
   
A B  B A
Interpretação geométrica

 C  AB sen
B Bsen
 
 Produto do módulo de A pela
A 
componente de B na direção

Casos particulares ortogonal a A

  B
Se  90 , A B  AB, porque sen 90 1.

vetores ortogonais A
 
Se  0 , A B 0, porque sen 0 0.


B 
vetores paralelos A
  180 
Se  180 , A B 0, porque sen 180 0.

 A
vetores antiparalelos B
Interpretação geométrica
Produto vetorial usando componentes

Produto vetorial entre os vetores unitários:

y
iˆ iˆ  ˆj  ˆj kˆ kˆ 0

Pela regra da mão direita obtemos:



iˆ  ˆj  ˆj iˆ kˆ k̂ iˆ
ˆj kˆ  kˆ  ˆj iˆ
z x
kˆ iˆ  iˆ kˆ  ˆj

Lembre-se: permutações cíclicas iˆ  ˆj  k  iˆ  ˆj...
Assim:
 
  
A B  Ax iˆ  Ay ˆj  Az kˆ  Bx iˆ  B y ˆj  Bz kˆ 
 Ax iˆ Bx iˆ  Ax iˆ B y ˆj  Ax iˆ Bz kˆ
 Ay ˆj Bx iˆ  Ay ˆj B y ˆj  Ay ˆj Bz kˆ
 Az kˆ Bx iˆ  Az kˆ B y ˆj  Az kˆ Bz kˆ

 
A B  Ay Bz  Az B y iˆ   Az Bx  Ax Bz  ˆj   Ax B y  Ay Bx kˆ

iˆ ˆj kˆ
 
Ou na forma de um determinante: A B  Ax Ay Az
Bx By Bz

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