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10/3/2016

ESTRUTURAS TUBULARES
E
FLAMBAGEM DE
COLUNAS

PROF. LUCIANO R. ORNELAS DE LIMA


lucianolimauerj@gmail.com

2
SUMÁRIO

Introdução
Características Geométricas
Processos de Fabricação
Ensaios em Laboratório
Perspectivas para o Futuro
Ferramentas Computacionais
Conclusões

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INTRODUÇÃO
Durante muitos anos  perfis em aço foram
desenvolvidos para a máxima eficiência
Seções I foram geradas de forma que elementos
comprimidos e tracionados fossem alocados apenas
onde necessário
Vigas I laminadas a quente
Vigas I soldadas
Resistência a compressão muito maior em um
determinado eixo  pouca eficácia para colunas

4
INTRODUÇÃO

Para resistências semelhantes em relação aos dois


eixos principais da seção colunas e componentes
comprimidos de treliças de grandes vãos
Seções ideais  tubulares

ovais
elípticas

circulares quadradas retangulres

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INTRODUÇÃO

Tubos → excelentes propriedades mecânicas e


estruturais
Produção industrial somente foi iniciada no início dos
anos 60 na Inglaterra
Alguns exemplos na natureza evidenciam as
excelentes propriedades geométricas destes perfis
como elemento resistente à compressão, tração,
flexão e, principalmente, torção

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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

Além do seu excelente comportamento estrutural,


suas formas tornam este tipo de concepção bastante
atrativa do ponto de vista arquitetônico e visual

Estação Metrô
Cidade Nova

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INTRODUÇÃO

Vila Nova de Gaia, Portugal Ripshorster Bridge, Alemanha

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INTRODUÇÃO

Allianz Arena -
Alemanha

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INTRODUÇÃO

Fortaleza
Brasília

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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

Bangcok

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INTRODUÇÃO

Santos Dumont

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Offshore
INTRODUÇÃO

Habitações

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INTRODUÇÃO

Shopping Bosque dos Ipês


Mato Grosso do Sul

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INTRODUÇÃO

Torres Eólicas
http://www.renewableuk.com/

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CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS
 Curvas tensão versus
massa
 Elevada resistência e
baixo peso próprio
 Soluções leves →
maior resistência →
torção, cargas axiais
e efeitos combinados
→ maior economia

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CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS

Além disso, a maior resistência a flambagem das


barras possibilita o uso de maiores vãos livres com
significativa redução do número de pilares e
contraventamentos

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CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS

Maiores vãos livres

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CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS

• Tubo x Seção Aberta


 Seções tubulares
 menor área superficial
 menores custos de pintura e proteção
contra o fogo
 Facilitando os serviços de manutenção
 Menor coeficiente de arrasto quando
exposto à ação do vento e da água

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
Em 1886 → os irmãos
Mannesmann desenvolveram
uma técnica de fabricação de
seções tubulares espessas sem
costura
Esta técnica, aliada ao processo
desenvolvido por Pilger anos mais
tarde, tornou possível a obtenção
de seções tubulares de paredes
finas sem costura

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

Laminação Contínua (sem costura)


Aquecimento de um lingote de aço bruto
Laminador perfurador para ser moldada na forma
tubular → mandril perfurador é inserido no centro do
lingote através do seu eixo longitudinal

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
 Solda → indução a alta frequência
 A corrente de alta frequência é induzida para o tubo com a costura aberta
através de uma bobina de indução localizada a frente do ponto de solda
formando um V aberto, cujo vértice está à frente deste ponto, não havendo
contato entre a bobina e o tubo
 A bobina age como o primário de um transformador de alta frequência e o
tubo com a costura aberta como um secundário de uma volta
 Os rolos de soldagem forçam a união das bordas completando a soldagem

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PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

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ENSAIOS DE COLUNAS EM LABORATÓRIO x
• Estruturas em Aço Carbono
1200
110x80x6,3mm
1059kN
1000
936kN

800
839kN

Load (kN)
600

400 TR03

TR02
200
TR06

0
0 5 10 15 20
Displacement (mm)

Flambagem global
Mostrar vídeo – Coluna_Longa.mov

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ENSAIOS DE COLUNAS EM LABORATÓRIO
• Estruturas em Aço Carbono
1000 (in kN)
1.26

900 103.34
200.25
800 300.14
400.75
700 500.34
600.69
Height (mm)

600 699.34
800.87
500 962.34
937.54
400 912.51
887.28
300 862.85
837.76
200 812.78
787.90
100 747.97
705.52
0
0 5 10 15 20 25 30
Lateral Displacement (mm)

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ENSAIOS DE COLUNAS EM LABORATÓRIO
• Estruturas em Aço Carbono
1400

1200

1000

Load (kN)
800

600
TR09_A
TR07_A
400
TR08_A_C
TR10_A_C
200
TR11_A_C_B
TR12_A_C_B
0
0 10 20 30 40 50
Displacement (mm)

y y
x Flambagem local
x

Mostrar vídeo – Coluna_Curta.mov

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ENSAIOS DE COLUNAS EM LABORATÓRIO
• Estruturas em Aço Carbono

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ENSAIOS DE COLUNAS EM LABORATÓRIO
• Estruturas em Aço Carbono
1200 1200

1000 1000

800 800

Load (kN)
Load (kN)

600 600

400 400
Strain-2 Strain-1

Strain-4 200 Strain-3 200

0 0
-13000 -11000 -9000 -7000 -5000 -3000 -1000 1000 -30000 -20000 -10000 0 10000
Strain () Strain ()

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ENSAIOS DE COLUNAS EM LABORATÓRIO
• Estruturas em Aço Carbono
1200 1200

1000 1000

800 800
Load (kN)

Load (kN)

600 600

400 400
Strain-1 Strain-2
Strain-3 200 Strain-4 200

0 0
-25000 -15000 -5000 5000 -25000 -15000 -5000 5000

Strain () Strain ()

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DIMENSIONAMENTO Nb = ( c x Ag x fy ) / a1
• Estruturas em Aço Carbono
1.2
Eurocode 3 - curva a
Eurocode 3 - curva c
1
NBR8800
NBR8800 com ga1=1,1
0.8
NBR16239
NBR16239 com ga1=1,1
c 0.6

0.4

0.2

0
0 0.5 1 1.5 2 2.5
l0

Curvas de flambagem

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DIMENSIONAMENTO Nb = ( c x Ag x fy ) / a1
• Estruturas em Aço Carbono

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PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
• Estruturas em Aço Inoxidável
 Colunas Mistas
 Resultados Experimentais
 Resultados Numéricos
 Análise Paramétrica

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PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
• Estruturas em Aço Inoxidável
 Colunas Mistas

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PERSPECTIVAS PARA O FUTURO y

• Estruturas em Aço Inoxidável x


 Colunas em cantoneiras L 64x64x6,4mm

300

250

200

Carga [kN]
150

100
L_1000
50
L_500
0
0 2 4 6 8
Deslocamento [mm]

38
PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
• Estruturas
Flambagemem Aço Inoxidável
local Flambagem global
 Colunas em cantoneiras L 64x64x6,4mm

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PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
• EstruturasFlambagem local
em Aço Inoxidável
 Colunas em cantoneiras L 64x64x6,4mm

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PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
Flambagem
• Estruturas global
em Aço Inoxidável
 Colunas em cantoneiras L 64x64x6,4mm

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PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
• Estruturas em Aço Inoxidável
 Colunas em tubos 50x50x2mm

140

120

100

EC3
80
Nef [kN]

ANSYS
500 mm

60 700 mm
1000 mm
1500 mm
40
1800 mm

20

0
0 0.5 1 1.5 2
Esbeltez Normalizada λ

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DIMENSIONAMENTO

Modelos Estruturais

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DIMENSIONAMENTO

Cooperação com Prof. A. Bussbaumer e L.


Borges - Lausanne (Experimental +
Numérico)

Ensaios Experimentais

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DIMENSIONAMENTO

Modelos Numéricos

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DIMENSIONAMENTO

Modos de Falha - Ligações

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DIMENSIONAMENTO Cooperação com Prof. Choo - Singapore
(Experimental + Numérico)

Modos de Falha - Ligações

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DIMENSIONAMENTO

Tipos de Ligações

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DIMENSIONAMENTO

Modos de Falha - Ligações

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DIMENSIONAMENTO

Local buckling in compression brace Modos de


Falha -
Ligações

50
DIMENSIONAMENTO
300    900
d1
0, 2     1, 0
d0
d0
10  0   50
t0

di
10  i   50
ti

d0
  25
2t0
Local buckling in compression brace

Parâmetros de Geometria

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DIMENSIONAMENTO

Local buckling in compression brace

Resistência das Ligações

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DIMENSIONAMENTO

Local buckling in compression brace

Resistência das Ligações

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PESQUISA
Ligações Tubulares
 Avanços → Norma Brasileira
NBR16369
 Análises Numéricas → calibradas
com resultados experimentais
 Critério de Deformação Limite
 Análises Paramétricas
1400

1200

1000
Load (kN)

800

600 T1 - Lie et al. [10]


T1RA4Nx2MATWELDSOLID
T1RA4Nx2MATWELDOUT
400
T1RA4Nx2MATWELDSHELL
EC3
200 Deformation limit

0
0 5 10 15 20 25 30 35
Displacement (mm) Cooperação com Prof. Luis Neves – Coimbra

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PESQUISA

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PESQUISA
 Ligações RHS x CHS K
 Ligações RHS x CHS KT

Cooperação com Profa. Arlene – UFOP

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PESQUISA
 Ligações RHS x CHS K

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PESQUISA
 Ligações CHS x CHS T

58
PESQUISA
 Ligações CHS x CHS K

Ns = 1550kN Nu = 1650kN
2000

1600
Load (kN)

1200 1 - right diagonal


(compression)
800 2 - left diagonal (tension)

EC3 ultimate load


400
Lu et al - ultimate strength
0
Lu et al - serviciability
0 5 10 15 strength
20 25 30
Axial displacement (mm)

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PESQUISA
 Ligações CHS x Perfil I

Cb,ip/Sj,ini
2.5

1.5

0.5 Cb,ip/Sj,ini
C*b,ip/Sj,ini
0
0 20 40 60 80 100
Modelos

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PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
Estruturas c/ Aço Inoxidável

 Colunas
 Resultados numéricos
 Análise paramétrica

225

200
210kN RS1J500
175

150
Força (kN)

125

100
70kN
75

50 RT1L650
25

0
0 2 4 6 8 10
Deslocamento (mm)

Coluna Curta com Enrijecedor Coluna Curta sem Enrijecedor

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PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
•Ligações Tubulares Aço Inox
• Aço Inoxidável – Cooperação com Prof.
Ben Young - Hong Kong (Experimental)
 Avanços → Desenvolvimento de Norma
Brasileira
 Análises Numéicas → calibradas com
resultados experimentais 120

 Critério de Deformação Limite


100

 Análises Paramétricas
80
 Ligações T RHS x RHS
Carga [kN]

60

40

Numérico
20
Experimental
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Deslocamento [mm]

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PERSPECTIVAS PARA O FUTURO

Testes in loco, em Laboratório e Simulações MEF

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PRODUÇÃO BRASILEIRA DE AÇO POR SETOR

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FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS - SMARTHPONES

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FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS - COMPUTADORES

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CONCLUSÕES
Tubos  Natureza  Seções ideais  colunas e
componentes comprimidos de treliças de grandes vãos
Resistentes a compressão, tração, flexão e,
principalmente, torção
Normas  relativamente recentes
Muitas aplicações  mais variados tipos de estruturas
 Ligações tubulares soldadas  cuidados especiais 
dimensionamento e fabricação

Arquiteto Siegbert Zanettini

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OBRIGADO!!!!!!
PROF. LUCIANO RODRIGUES ORNELAS DE LIMA
lucianolimauerj@gmail.com

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