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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE

CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS – CESA


MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO DE NEGÓCIOS TURÍSTICOS–MPGNT

PEDRO PAULO MOTA RIBEIRO

IMPACTO ECONÔMICO/FINANCEIRO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA


ATIVIDADE TURÍSTICA DO CEARÁ: MAPEAMENTO DA ARRECADAÇÃO DE
ICMS DO SETOR HOTELEIRO

FORTALEZA – CEARÁ
NOVEMBRO 2021
PEDRO PAULO MOTA RIBEIRO

IMPACTO ECONÔMICO/FINANCEIRO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA


ATIVIDADE TURÍSTICA DO CEARÁ: MAPEAMENTO DA ARRECADAÇÃO DE
ICMS DO SETOR HOTELEIRO

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado


Profissional em Gestão de Negócios Turísticos do
Centro de Estudos Sociais Aplicados, da
Universidade Estadual do Ceará, como requisito
parcial à obtenção do grau de Mestre em Gestão de
Negócios Turísticos. Área de Concentração: Gestão
dos Negócios e dos Territórios Turísticos.
Orientação: Profa. Dra. Thiciane Mary Carvalho
Teixeira

FORTALEZA – CEARÁ
NOVEMBRO 2021
AGRADECIMENTOS

Aos Professores e colegas da Turma XV do Mestrado Profissional em Gestão de Negócios Turísticos


pela disponibilidade e companheirismo durante as aulas.
À Professora Thiciane Mary Carvalho Teixeira, pela acolhida e orientação nos meandros acadêmicos.
À Secretaria da Fazenda e à Secretaria de Turismo do Ceará por prontamente atenderem às
solicitações de importantes informações que subsidiaram à composição do trabalho.
Aos Professores componentes da Banca examinadora: Laura Mary Marques Fernandes e Gil Célio de
Castro Cardoso, que gentilmente aceitaram participar do exame e promoveram ricas contribuições à
dissertação.
À minha família (clã), aos meus pais que sempre estiveram comigo nas batalhas da vida e ao meu
amado filho, pela motivação de buscar a Mestria íntima.
“Toda ciência deve basear-se em fatos, mas os
fatos, por si sós, não constituem a ciência; ela
nasce da coordenação e da dedução lógica dos
fatos: é o conjunto de leis que os regem.”
(Revista Espírita, 1858)
RESUMO

A importância do turismo como atividade dinamizadora da economia e a arrecadação de


impostos como atividade essencial para o desenvolvimento da sociedade, justificam a
necessidade de mapeamento dos recursos obtidos sobre consumo na cadeia turística pelo
Estado do Ceará, frente ao panorama de pandemia iniciado no ano de 2020. A fim de prover
um conhecimento maior da realidade turística no Estado do Ceará pela importância
econômica nos territórios, o objeto desta dissertação é a arrecadação de ICMS - Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços - no setor hoteleiro cearense, com o mapeamento por
município e regiões turísticas, com informações específicas da atividade hoteleira, oriundas de
séries históricas de arrecadação do setor. A realidade estudada volta-se para hotéis, pousadas e
alojamentos, onde práticas de lazer e turismo associam-se ao consumo de produtos, que geram
arrecadação tributária para o Estado do Ceará, com o recolhimento do ICMS, tendo como
objetivos: mapear, mensurar e comparar historicamente a arrecadação de estabelecimentos
receptores, apresentar ranking dos municípios por região turística; analise da correlação de
variáveis de arrecadação do ICMS com a taxa de ocupação e demanda hoteleira. Expõem-se,
de forma crítica, os dados obtidos pela pesquisa documental aplicada, com abordagem
quantitativa, integrando, de forma descritiva, assuntos envolvidos no problema inicial, com os
resultados da pesquisa exploratória, observando-se a sazonalidade turística e contingências
econômicas, desde 2016, porém com foco no impacto sofrido a partir de 2020 pela atividade,
fruto do contexto pandêmico.

Palavras Chave: Arrecadação de ICMS – Setor Hoteleiro


Políticas Públicas – Economia do Turismo – Impacto Econômico
LISTA DE QUADROS E FIGURAS

Quadro 1 - Grupamentos do Índice de Atividades Turísticas – IATUR 23


Figura 1 - Correspondência da classificação de atividades econômicas nacional
e internacional 27
Figura 2 – Estrutura CNAE 2.0 e descrição CNAE 5510-8/01 29
Figura 3 – Fases da retomada gradual das atividades econômicas 43
Figura 4 – Fase de transição da retomada gradual das atividades econômicas 43
Figura 5 – Fase 1 da retomada gradual das atividades econômicas 44
Figura 6 – Fase 2 da retomada gradual das atividades econômicas 44
Figura 7 – Fase 3 da retomada gradual das atividades econômicas 45
Figura 8 – Fase 4 da retomada gradual das atividades econômicas 45
Figura 9 – Cadastro de contribuintes do ICMS 52
Figura 10 – Acesso ao sistema Receita / SEFAZ 54
Figura 11 – Data Mining 55
Figura 12 – Exemplo de extração de dados Receita - Arrecadação hotéis em
Aquiraz 56
Figura 13 – Requerimento de informações 57
Figura 14 - Comunicado interno/CI 21/2021 da Sefaz/CE 57
Figura 15 – Ofício 3000/2021 58
Figura 16 – Relatórios disponibilizados via sistema TRAMITA 59
Figura 17 - Mapa das regiões turísticas do Ceará – MTUR 72
Figura 18 – Mapeamento do impacto% e participação% por região 2020 75

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Arrecadação total ICMS do estado Ceará 2020 / 2019 64


Gráfico 2 - Arrecadação do Estado Ceará em hotéis CNAE 55.1080-1 (2020/2019) 66
Gráfico 3 - Arrecadação total ICMS Ceará 2016 a 2020 (R$) 68
Gráfico 4 - Arrecadação ICMS hotéis Ceará 2016 a 2020 70
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Arrecadação total de ICMS do Estado Ceará 2020 / 2019 63


Tabela 2 - Arrecadação do Estado Ceará em hotéis CNAE 55.1080-1 2020 / 2019 65
Tabela 3 - Arrecadação total ICMS Ceará 2016 a 2020 (R$) 67
Tabela 4 - Arrecadação ICMS hotéis Ceará 2016 a 2020 69
Tabela 5 - Correlação ICMS total x ICMS hotéis 2016 a 2020 70
Tabela 6 - Ranking 10 municípios com maior ICMS Hotéis 2016 A 2020 73
Tabela 7 – Participação % e Impacto por Região 74
Tabela 8 - Taxa de ocupação mensal da rede hoteleira 2016/2020 76
Tabela 9 - Correlação taxa ocupação / arrecadação hotéis ceará 77

LISTA DE APÊNDICES
APÊNDICE A - Decretos do governo do Ceará com ações contra o coronavírus 88
APÊNDICE B – Arrecadação ICMS hotéis por Município de 2016 a 2020 (R$) 95
APÊNDICE C - Ranking Municípios ICMS hotéis 2016 a 2020 97

APÊNDICE D - Participação percentual e valor absoluto conforme Ranking


Municípios ICMS hotéis 2016 a 2020 99
LISTA DE ABREVIATURAS E SILGAS

ACT Atividades Características do Turismo


BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CGF Cadastro Geral da Fazenda
CIIU Clasificación Industrial Internacional Uniforme de todas las Actividades
Económicas
CIUAT Clasificación Internacional Uniforme de Actividades Turísticas
CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas
CONCLA Comissão Nacional de Classificação
COVID-19 Corona Virus Disease 2019 (Doença do Coronavírus 2019)
CST Conta Satélite do Turismo
FUNGETUR Fundo Geral do Turismo
IATUR Índice de Atividades Turísticas
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços
IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
IPECE Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará
ISIC International Standard Industrial Classification
LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA Lei Orçamentária Anual
MTUR Ministério do Turismo
OMT Organização Mundial do Turismo
PEAC Programa Emergencial de Acesso ao Crédito
PIB Produto Interno Bruto
PPA Plano Plurianual
REFIS Programa Especial de Parcelamento de Dívidas Tributárias do Governo do
Estado
SEFAZ/CE Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará
SETUR Secretaria do Turismo do Ceará
VPN Virtual Private Network
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 12
2 A ECONOMIA DO TURISMO E O CONTEXTO PANDÊMICO 18
2.1 Turismo como atividade econômica e arrecadação de ICMS no setor hoteleiro
no Ceará 20
2.1.1 Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços – ICMS
- Definição e fato gerador 25
2.2 Setor hoteleiro na classificação nacional de atividades econômicas - CNAE 26
3 POLÍTICAS PÚBLICAS 30
3.1 Políticas Públicas em Turismo 32
3.2 Planejamento do turismo no contexto do federalismo fiscal brasileiro 34
3.3 Tributos, incentivo fiscal e políticas públicas de auxílio à atividade turística 39
3.4 Políticas Públicas no período pandêmico no Ceará 41
4 METODOLOGIA 48
4.1 Procedimentos metodológicos 49
4.2 Conceitos fundantes 51
4.2.1 Base de dados 51
4.2.2 Correlação de Pearson 53
4.3 Os passos da pesquisa 54
5 RESULTADOS DA PESQUISA 62
5.1 Evidências do impacto econômico na atividade turística do Ceará, em 2020 62
5.2 Correlação da arrecadação de ICMS total x ICMS hotéis no Ceará 67
5.3 Mapeamento das regiões turísticas e ranking dos municípios pela
arrecadação de ICMS no setor hoteleiro 71
5.4 Correlação entre taxa de ocupação e arrecadação do setor hoteleiro 76
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 78
REFERÊNCIAS 83
APÊNDICES 88
12

INTRODUÇÃO
No contexto de amplo impacto na economia mundial, sendo inegável o panorama
pandêmico que persiste, desde o início de 2020, com necessidade de mudanças repentinas e
transformadoras, quiça permanentes, das relações humanas e geopolíticas, afetando
fortemente atividades de, principalmente, deslocamento e interação presencial de pessoas, a
exemplo característico, o fenômeno turístico, mais especificamente, setor de hotelaria e
alojamento, a reverberar nas demais ‘Atividades Características do Turismo’, atividades
codependentes na cadeia econômica do turismo.
O objeto da dissertação é a arrecadação de ICMS – Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços - no setor hoteleiro do estado do Ceará, com mapeamento por
município e respectivas regiões turísticas, visando contribuir com informações específicas da
atividade, oriundas de séries históricas de arrecadação do setor, possibilitando que políticas
públicas e trabalhos técnicos pertinentes às Atividades Características do Turismo – ACT
tenham indicadores assertivos do fluxo de movimentação de recursos vinculados à essência
do turismo: deslocamento e hospedagem; observando-se impactos de sazonalidade e
contingências econômicas, principalmente com o advento do contexto pandêmico, a partir de
2020.
A realidade estudada volta-se para hotéis, pousadas e alojamentos, onde práticas de
lazer e turismo estão associadas ao consumo de produtos, que geram arrecadação tributária
com recolhimento do ICMS. Neste trabalho tem-se o objeto de estudo estrito ao setor
hoteleiro, único que, supostamente, envolve circulação de mercadorias consumidas pelos
turistas propriamente ditos, por realizarem deslocamento e pernoite em locais diversos de
residências.
O exame investigativo do fenômeno turístico envolve gradiente complexo de
atividades e inter-relações, razão por que, sua compreensão requer integração multidisciplinar.
Porém, na busca investigativa, a aplicação do aforismo ‘follow the money’1 não serve apenas
para prova de fraudes corporativas praticadas; analogamente, a arrecadação tributária
vinculada ao consumo se mostra termômetro efetivo da movimentação de recursos
financeiros, podendo servir de parâmetro confiável do fluxo financeiro/econômico,
sintetizando, de forma simples, a realidade de qualquer setor da economia, desde que, para a
análise, se disponha de base de dados robusta, fidedigna, e se utilizem filtros e ferramentas
adequados à extração e tratamento dos dados.

1 Bordão em língua inglesa; a expressão sugere que o dinheiro deixa rastros.


13

A taxa de ocupação pela demanda hoteleira também é um indicativo importante de


mensuração da movimentação econômica da atividade, por refletir efetivamente o fluxo de
turistas que se deslocam e visitam destinos turísticos, com ocupação de unidades
habitacionais, utilizável como variável de checagem e referência, na verificação da relação
com o objeto, formando elo estatístico significativo a ser analisado.
Políticas públicas de turismo são responsáveis pela aplicação de recursos públicos,
destinados ao desenvolvimento e atendimento das necessidades da atividade, como
investimento, infraestrutura, tudo que envolva o poder público. Porém, pela dificuldade de
obtenção de dados e informações de cunho econômico, em localidades específicas, é que
somente dados consolidados se publicam pelos órgãos responsáveis pela transparência e
divulgação de informações de recursos públicos. São políticas baseadas em análises técnicas e
indicadores específicos da atividade para a tomada de decisão. A exemplo do ‘ICMS
Turismo’, em Minas Gerais (LAZARONI, 2016), onde se aplicam índices específicos de fator
de distribuição de recursos entre os municípios, como política pública de incentivo à
regionalização da atividade turística no Estado, tendo por base indicadores de tais municípios.
Souza (2006, p.32) aponta três mecanismos de alternativa ao reconhecimento da
necessidade de criação de política pública:
i Divulgação de indicadores que desnudam a dimensão do problema;
ii Eventos tais como desastres ou repetição continuada do mesmo problema;
iii Feedback ou informações que mostram falhas da política atual ou resultados
medíocres.
Inicialmente, questiona-se: qual o impacto econômico/financeiro na arrecadação de
ICMS, no setor hoteleiro, do Ceará com o advento da Pandemia de 2020 ?
Como a análise dos dados de arrecadação de ICMS, na pandemia de 2020, pode
influenciar as decisões de políticas públicas de turismo?
Pretende-se contribuir com mecanismos apontados na elaboração de políticas públicas,
ligadas ao turismo, visto que, na pesquisa, ter-se-ão obtidos indicadores da realidade do
segmento hoteleiro, em todo o Estado, e municípios participantes das regiões turísticas, assim
como informações com indicativo de desempenho e impacto mais significativo, num contexto
amplamente problemático, com panorama pandêmico instalado. Tais indicadores revelam os
impactos e participação, por município e regiões turísticas, na arrecadação do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços do setor hoteleiro.
Assim, para compreensão econômica ampla da realidade, elaboram-se os seguintes
questionamentos:
14

 Qual a relação entre a arrecadação total de ICMS do Ceará e a do setor hoteleiro?


 Quais municípios arrecadam mais ICMS, no setor hoteleiro, e dentro de suas
respectivas regiões turísticas?
 Qual a relação entre sazonalidade da taxa de ocupação hoteleira e arrecadação do
setor?
Atividade de alto efeito multiplicador, na economia, trata-se aqui o turismo pela ótica
do setor público, adstrito ao prisma econômico, e influência na arrecadação, o que se dá por
meio do comportamento do fluxo de gastos e indicadores da distribuição na movimentação de
recursos pelos turistas propriamente ditos, que são os que se deslocam e se hospedam em
alojamentos, ou seja, hotéis, pousadas e similares.
Assim, identificando-se quais municípios e regiões concentram mais arrecadação no
setor, infere-se o grau de participação da atividade turística no território/local, de forma
assertiva, sem influência do consumo ou distorções por parte de residentes, correlacionada
com variáveis de demanda e taxa de ocupação hoteleira.
Dessa forma, contribui-se com diminuir a escassez de informações técnicas e
indicadores estatísticos específicos do setor/localidade, que podem subsidiar políticas públicas
e privadas e/ou trabalhos pertinentes. Ainda dentro da problemática, tendo o Estado
necessidade de obtenção de recursos e combate à sonegação, com tais informações, pode o
Fisco investigar, pelo cruzamento dos dados entre taxa de ocupação hoteleira e arrecadação
do setor, se há evidências de elisão, elusão ou evasão fiscal, ou até mesmo concessão de
benefício fiscal como isenção, anistia ou remissão de tributos para mitigação da realidade do
impacto pandêmico.
A fim de prover de conhecimento melhor da realidade turística, no Estado do Ceará,
procura-se inovar mapeamento e composição de ranking municipal de arrecadação de ICMS
do segmento hoteleiro, com distribuição por regiões turísticas, pois, dentro do universo
estatístico, informações econômicas que relatem, em grau detalhado, as movimentações de
recursos de forma específica são insipientes, com a arrecadação de tributos, fato gerador pelo
consumo de evidência clara, que espelha, de forma confiável e tempestiva, a realidade do
fluxo financeiro e econômico da renda familiar.
Assim, tal ‘ranqueamento’, subsidia análises de localidades com alto potencial
turístico, pouco exploradas, e de quais tipos de turismo e serviços ligados à atividade
favoráveis, em determinada região, ou, até mesmo, elencar setores específicos onde se devem
investir recursos de forma assertiva, como projetar a viabilidade e retorno esperado de
investimento e políticas públicas; não obstante podendo servir ao fisco como cabedal de
15

informações, no combate à sonegação na atividade, ou, até mesmo, lastro de incentivo fiscal,
possível pelo acesso à base de dados da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, que possui
dados precisos e séries históricas robustas da realidade econômica.
Pelo grau de relevância do setor hoteleiro da atividade turística, foi elencado o CNAE
5510-8/01 - Hotéis, na Classificação Nacional de Atividades Econômicas, sendo no CGF -
Cadastro Geral da Fazenda, atribuído à atividade, podendo-se assim fazer leitura específica do
segmento, chave para a realização de tal atividade. Justifica-se a análise com estabelecimentos
assim agrupados, pois contribuem com a arrecadação tributária estadual, como receptores e
alojamentos da demanda turística do Estado com cadastro ativo, na base de dados manancial
deste estudo.
A base de dados, oficialmente disponibilizada pela Secretaria da Fazenda, referente ao
período de 2016 a 2020, contempla, com maior lastro de informações, o foco no período
pandêmico (2020/2019). Assim, em análises de objetivos específicos, em que se busca
entendimento amplo da realidade econômica do turismo, no Ceará, utiliza-se o universo total
de dados disponibilizados quando necessário, garantindo lastro comparativo em análises, o
que serviu de paramêtro para compreensão ampla do contexto econômico.
Assim, análise e cruzamento de dados e informações, volume de arrecadação do setor
hoteleiro em série histórica, entre 2016 até 2020, por localidade, bem como levantamento de
possíveis fatores que impactam, na economia e podem trazer esclarecimentos valorosos da
tomada de decisão pelo poder público, na formulação de políticas públicas, como também
pelo capital privado, na identificação de oportunidades contribuindo para o desenvolvimento
econômico.
Com base em argumentos levantados e questionamentos efetuados, a dissertação tem
os seguintes objetivos:

Objetivo Geral:
 Mensurar o impacto econômico/financeiro da pandemia na arrecadação de ICMS do
setor hoteleiro, comparando ano de 2020 com 2019.
Específicos:
 Verificar estatisticamente grau de dependência, entre arrecadação total de ICMS do
Ceará e arrecadação do setor hoteleiro, entre 2016 e 2020;
 Mapear municípios/regiões, com maior participação na arrecadação de ICMS, no setor
hoteleiro, e possíveis fatores que contribuem para tais proporções, entre 2016 e 2020;
16

 Entender a correlação da sazonalidade da taxa de ocupação hoteleira e a arrecadação


de ICMS do setor hoteleiro;
O objetivo geral tem foco específico no período pandêmico, por fazer análise
comparativa, entre 2020 e 2019, no entanto, nos objetivos específicos, utilizam-se dados
disponibilizados, desde 2016, é que se busca entendimento refinado da realidade turística e
relação com variáveis de cunho econômico, por importante dispor de panorama amplo, a
fundamentar melhor análises em comparativo temporal.
Esta dissertação compõe-se inicialmente de introdução, onde se relatam o objeto e
contexto, dentro da problemática levantada, justificativa do tema e aspectos relevantes
alinhados, com respeito a questionamentos propostos e objetivos (geral e específico) que se
almejam no trabalho de pesquisa; contextualizando-se no desenvolvimento da dissertação:
políticas públicas e importância do planejamento de políticas de turismo, no panorama do
federalismo fiscal; turismo como atividade econômica e arrecadação do setor hoteleiro, na
perspectiva da economia do turismo; assim como se versa sobre tributos e incentivo fiscal,
como política pública de auxílio à atividade turística no cenário pandêmico.
Na sequência, apresentação de conceitos fundantes, inerentes à pesquisa, em que se
fazem esclarecimentos relativos aos procedimentos metodológicos, explicando termos e
aspectos técnicos e científicos de análise e extração de dados, assim como discorre-se sobre
passos da pesquisa.
Posteriormente, expõem-se resultados, de acordo com os objetivos; para tanto,
utilizam-se dados relativos à arrecadação de hotéis, disponibilizados pela Secretaria da
Fazenda do Estado, onde se têm evidências de impacto econômico na atividade turística, em
2020/2019; análise, mapeamento e agrupamento de séries históricas dos dados obtidos,
definindo-se ranking dos municípios mapeados por região turística; verificação de correlação
das variáveis de arrecadação do ICMS, taxa de ocupação da demanda hoteleira pelo método
estatístico de Pearson. Analisar-se-ão, estatisticamente, de forma descritiva, dados da
arrecadação, pelo ICMS de pessoa jurídica com CNAE 5510-8/01, na Classificação Nacional
de Atividades Econômicas, extraído da base de dados do CGF - Cadastro Geral da Fazenda.
Na pesquisa, levantam-se informações específicas de arrecadação, oriundas de uma
base de dados real, fidedigna, porém rudimentar, com opção da utilização de métodos
estatísticos simples e adequados para tratamento de dados primários (agrupamento, tabulação,
média, correlação), em análise comparativa e relacional com inferências lógicas, não obstante
poder fomentar contas ou cálculos de modelos econométricos, na ótica do turismo como
atividade econômica interdisciplinar, à luz da chamada “Economia do Turismo”, porém, sem
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adentrar a complexidade de cálculos avançados de métodos econométricos, cujo objetivo é


distinto, ou seja, mensuração da produção turística.
Nas considerações finais, respostas às questões levantadas e resultados de objetivos
definidos, a integrar de forma direta assuntos do problema inicial com resultados da pesquisa
exploratória, apura-se o resultado da pesquisa sobre tema e objetivos propostos alinhados;
por fim, com base na síntese e contribuições do trabalho, suscita-se viabilidade e
tempestividade de política pública de incentivo fiscal e recuperação do segmento, em respeito
à sustentabilidade fiscal do Estado do Ceará.
18

2 A ECONOMIA DO TURISMO E O CONTEXTO PANDÊMICO


O turismo é importante vetor dinamizador da economia, assim como a arrecadação de
impostos é essencial ao desenvolvimento da sociedade, no entanto são atividades fortemente
impactadas, frente ao panorama de pandemia de COVID-19, que descamba, desde o início do
ano de 2020.
Com a necessidade de isolamento social, restrições de convívio e deslocamento,
devido ao cenário pandêmico, desencadeou-se crise sanitária global, que reverbera em todas
as nuances que envolvem o poder econômico e suas relações na geopolítica internacional.
Entre as atividades fortemente atingidas, em grau mundial, está o fenômeno do turismo,
atividade, com alta representatividade econômica no Ceará, Estado receptor pelo conhecido
“Turismo de Sol e Mar”, chegando ao país, à conta de 8,1% do PIB (FOLHA, 2020),
respondendo por quase 10% da renda mundial e por mais de 230 milhões de empregos no
planeta. (SANTOS, 2012, p.13)
O fenômeno turístico envolve gradiente complexo de atividades e inter-relações, por
isso, sua compreensão requer integração multidisciplinar. Entendido o turismo como mera
atividade econômica, sua análise passa a vir recheada de índices estatísticos, projeções de
crescimento, planos e projetos, em nível macro e micro, estudo de demandas, viabilidade
econômica de investimento, custo-benefício, entre produção e consumo, limitando-se à
análise aparente, sem propriedade, ou seja, relatando apenas realidade superficial do
fenômeno (MOESCH, 2002, p.12).
Para Beni (2001a, p.35), “o fenômeno turístico é tão grande e complexo que é
praticamente impossível expressá-lo corretamente; e por isso, muitos autores preferem
observar invariavelmente aspectos parciais ou, pelo menos, algumas de suas realidades
isoladas”. Assim, deve-se examinar o fenômeno do turismo de forma integral,
multidisciplinar.
Busca-se aqui, contextualizar o turismo adstrito ao prisma econômico e sua influência
na arrecadação estadual, porém, sem negar os impactos positivos e/ou negativos mensurados,
por áreas da Ciência, como na discussão ampla do binômio sustentabilidade versus
desenvolvimento, onde, conforme Magalhães (2012), turismo é muito ligado à
sustentabilidade:
O desenvolvimento turístico pode exercer ação grandemente predatória em
relação ao meio ambiente, perturbar seriamente o meio de vida de populações
tradicionais (tipicamente agricultores) e modificar profundamente a
economia de cidades. A sustentabilidade tem também o lado cultural:
costumes e tradições precisam ser preservados. (MAGALHÃES, 2013, p.2)
19

Por um lado, o turismo constitui-se atividade que possibilita a captação de divisas,


gerando renda e empregos, diretos e indiretos, por isso, importante motriz de mercados dos
territórios turísticos, porém visão estritamente funcionalista desconsidera outro lado, de
impactos socioambientais de corporações turísticas, que baseados na concepção distorcida de
desenvolvimento sustentável, operam seguindo a lógica do capital e, por assim dizer, não se
baseiam nos preceitos do ecodesenvolvimento2 legítimo (ROCHA, 2006, p.89).
Diante disso, também sob a ótica do Turismo como ramo da ciência, tem-se a
necessidade de entender a chamada Economia do Turismo, que trata-se da área de estudo do
turismo onde se analisam impactos da atividade turística, sob abordagem econômica, ou seja,
busca compreender impactos turísticos, em localidade, região ou país, mediante teorias e
conhecimentos provenientes de ciências econômicas. Cálculo e mensuração de impactos
tornam-se desafiantes a pesquisadores, uma vez que, além da falta de informações que
perpassa todo o setor de serviços, de forma geral, a atividade turística é constituída de
diversos setores, o que faz necessária definição de atividades que compõem o segmento,
chamadas Atividades Características do Turismo (ACTs). (GONÇALVES, 2020)
A natureza econômica do fenômeno e impactos são tratados na economia do turismo,
em que se examinam, com abrangência, conceitos econômicos fundamentais e diversas
aplicações práticas e específicas da economia, no turismo, visando compreender, de fato,
múltiplas relações e influências recíprocas. (SANTOS, 2012)
É válido ressaltar que, segundo Gonçalves (2020), existem diferentes abordagens de
mensuração de impacto, na economia do turismo, sendo principais as encontradas na
literatura: modelo insumo-produto, matriz de contabilidade social, modelos de equilíbrio geral
computável e conta satélite do turismo.
Os modelos buscam integração de contas econômicas nacionais do turismo ou
realizam cálculos econométricos, macroeconômicos, complexos, conforme Santos (2012,
p.428) explica:
A economia de um país é composta por uma complexa rede de relações
entre os diferentes agentes, atividades e mercados. Uma alteração em um
ponto específico da rede gera efeitos sobre todo o sistema econômico.
Assim sendo, o aumento da demanda turística causa impactos econômicos
sobre a economia inteira, e não apenas sobre empresas diretamente
envolvidas. Explicar o funcionamento da totalidade da economia é uma
tarefa complexa e que exige técnicas sofisticadas.

Por exemplo, no modelo insumo-produto, a ideia central é:


A representação sistematizada do volume de transações realizadas, entre as
diferentes atividades e agentes econômicos do país. O principal

2 Vertente da economia que se importa com a preservação dos recursos e do meio ambiente.
20
instrumento do modelo é uma tabela conhecida como matriz de insumo-
produto. As colunas da matriz registram despesas das atividades e dos
agentes econômicos, enquanto as linhas mostram as receitas de atividades
e dos referidos agentes. (SANTOS, 2012, p. 428).

Porém, o modelo insumo-produto apresenta restrições, assim, em decorrência,


economistas criaram modelos de equilíbrio geral computável – CGE (em inglês), onde
modelos partem de uma estrutura parecida com a da matriz de insumo-produto, mas incluem
uma série de variáveis e relações, portanto de mais complexidade ainda (SANTOS, 2012,
p.443).
A respeito da Conta Satélite do Turismo – CST, Santos (2012, p.376) esclarece:
Por sua natureza transversal, a mensuração da produção econômica do
turismo requer procedimentos especiais. Para tanto, é preciso reorganizar
as informações de cada setor e atividade da economia, de forma a
discriminar a participação do turismo em cada uma delas. O procedimento
para isso envolve um trabalho parecido com o do levantamento do PIB,
normalmente feito pelos institutos de estatística.[...] A CST é uma
estimativa do PIB do turismo que não contradiz a estimativa original do
PIB setorial do país, mas apenas reordena as informações de modo a
apresentar dados específicos sobre a atividade turística. (SANTOS, 2012,
p.376)

Santos (2012, p.449) afirma que “medidas apresentadas pelas CSTs não são suficientes
para embasamento de tomada de decisão pública, sobre um projeto qualquer”. Acontece que
desenvolvimento, na maior parte dos países, é incipiente. No Brasil, apesar de haver
discussões, na busca de viabilização da CST, apenas a versão piloto de análise foi realizada
em 2002, ou seja, sem uso efetivo.

2.1 TURISMO COMO ATIVIDADE ECONÔMICA E A ARRECADAÇÃO DE ICMS


NO SETOR HOTELEIRO NO CEARÁ
Historicamente, “a primeira ciência a estudar o fenômeno turístico foi a Economia,
seguida de ciências sociais (Sociologia e Antropologia) e da Geografia” (Barretto, 2000,
p.85), coadunando com Bonald (1984, p.47), que diz que “o turismo é um conjunto de
aspectos sociais, econômicos e culturais que provocam e integram o deslocamento de pessoas
do local de residência a outro, sem o objetivo de permanência, com a finalidade de fruição”.
Para o IBGE (2008), turismo é:
uma atividade que tem crescido substancialmente durante os últimos anos
como um fenômeno econômico e social. Por esse motivo, as tradicionais
descrições do turismo, baseadas nas características dos visitantes, nas
condições que levaram a cabo suas viagens e estadas, o motivo de sua visita,
21
etc., têm sido complementadas por uma perspectiva de caráter econômico.
(IBGE, 2008, p. 8)
No tocante à geração de valor sobre economia que o turismo tem potencial de
dinamização, de forma direta, indireta ou induzida, há crescente consciência sobre seu papel.
A análise econômica do turismo se faz, principalmente, pela mensuração dos produtos e
serviços consumidos pelos visitantes, durante viagens, e, sob influência que a oferta de
produtos exerce sobre variáveis macroeconômicas e inter-relação com as demais atividades da
economia. (IBGE, 2008)
A Organização Mundial do Turismo conceitua-o como: “conjunto de atividades de
pessoas que viajam para lugares afastados de seu ambiente usual, e que nele permaneçam por
menos de um ano a lazer, a negócios ou por outro motivo.” (OMT, 2003, p.20). Sendo o
turismo atividade econômica que movimenta recursos, em níveis globais, aquecendo
mercados e gerando renda em países, estados e municípios.
O turismo, analisado como atividade econômica é:
definido a partir da perspectiva da demanda, ou seja, como o resultado
econômico do consumo dos visitantes. A diversidade de perfis e das
motivações dos visitantes para as suas viagens, das condições naturais e
econômicas do local visitado, dentre outras condicionantes da demanda
turística implicam um conjunto significativamente heterogêneo de
produtos consumidos. Assim sendo, não se pode afirmar a existência de
um processo de produção comum, que possibilite determinar o turismo
como uma atividade econômica singular, isto é, caracterizada por uma

função de produção própria. (IBGE, 2008, p.9)


Apesar de definições da literatura, o turismo não é uma atividade de fácil trato
econômico. Para Santos (2012, p.24), “é uma atividade econômica bastante peculiar. Em
comparação com atividades ditas tradicionais, agricultura e indústria, o produto turístico
apresenta diversas particularidades. Muitas características específicas exigem conceitos e
análise diferenciadas dentro do estudo da economia.”
Na comparação econômica do turismo com atividades, ele se mostra como atividade
‘especial’, pelo fato de não ser facilmente identificado pelas próprias características, ou seja,
classificação do produto como sendo turístico acontece pela condição de ‘turista’ de quem
consume tal produto, assim o turismo é uma atividade econômica definida pelo lado da
demanda, e não da oferta. (SANTOS, 2012)
O Estado do Ceará vem consolidando-se como destino turístico importante, onde
existem ACTs bem assentadas, há, pelo menos, três décadas, segundo Lima (2017), Fortaleza
e o litoral mostraram crescimento no turismo e tornam-se destinação turística, sendo os
22

espaços modificados gradativamente para atendimento ao turismo, com a dinâmica que a


atividade oferece. Sobretudo o litoral, deixa de ser visto como espaço de pobreza e
subdesenvolvimento, assolado pelas secas, ao se tornar território turístico. Políticas públicas e
planos de turismo, com ferramentas mercadológicas de divulgação, fazem ver que o estado é
lugar de praias ensolaradas que permitem o desfrute de inúmeras opções de diversão. Assim,
o litoral ganha projeção e passa a ser mercadoria valorizada, transformado em espaço para
lazer e turismo, atendendo demanda crescente de visitantes.
Para realização de viagem, essencial a prática turística, precisa-se de estrutura
direcionada à recepção do turista, meios de hospedagem, alimentação,
eventos, entretenimento, entre outros. Para tanto são necessárias
infraestruturas urbanas e turísticas, aeroportos, rodovias, marinas, redes de
esgoto, instalações de tratamento de água, restauração de monumentos
históricos, museus e centros de preservação ambiental, que beneficiam
turistas e a população residente. O Estado funciona como intermediário entre
escalas internacionais e nacionais, o que é fundamental para manutenção do
sistema capitalista, por fornecer infraestruturas e incentivos fiscais para as
empresas instalarem-se em determinadas regiões (FREIRE, 2015, p. 50).

Assim, para destino turístico capaz de atrair fluxo constante de visitantes e geração de
emprego e renda, além de atrativos, é preciso infraestrutura planejamento e estratégia, para o
funcionamento da cadeia produtiva do turismo, desde a promoção do destino, hospedagem,
alimentação e serviços de setores impactados pelo turismo.
A importância do turismo traduz-se pela dinamização de diversos setores da
economia. Podem-se enumerar as atividades integrantes da cadeia produtiva do turismo que
absorvem diretamente os efeitos multiplicadores, por exemplo: alojamento, alimentação,
transporte, entretenimento, agenciamento, locação de veículos, câmbio de moedas, aquisição
de produtos de conveniência e souvenirs, recepção, organização de eventos, intérprete e
tradução simultânea, serviço de guia, informações turísticas, planejamento e consultoria
turística, entre outros. Observa-se, assim, imensa a malha multissetorial do setor turístico,
contando, inclusive, com a movimentação de grande número de pequenas e médias empresas,
formais e informais. (SETUR, 2017)
Conforme detalhamento das Atividades Econômicas, de acordo com a CNAE 2.0 (ver
METODOLOGIA), por grupamentos do Índice de Atividades Turísticas – IATUR, as
atividades turísticas englobam (IPECE, 2019):
23

QUADRO 1 - Grupamentos do Índice de Atividades Turísticas – IATUR

Descrição CNAE 2.0

Hotéis e Similares; Tipos de Alojamento Não Especificados


Anteriormente; Restaurantes e Estabelecimentos de Serviços de
Alojamento e Alimentação Alimentação e Bebidas; Restaurantes e Estabelecimentos de Serviços
de Alimentação e Bebidas; Serviços Ambulantes de Alimentação;
Serviços de Catering, Bufê e Serviços de Comida Preparada.

Cênicas, Espetáculos e Atividades Complementares; Criação


Artística; Gestão de Espaços para Artes Cênicas, Espetáculos
Atividades Culturais e de
Atividades Artísticas; Atividades de Exploração de Jogos de Azar e
Recreação e Lazer Artes
Apostas; Parques de Diversão e Parques Temáticos; Atividades de
Recreação e Lazer Não Especificadas Anteriormente.

Trens Turísticos, Teleféricos e


Trens Turísticos, Teleféricos e Similares.
Similares

Transporte por Navegação


Transporte por Navegação de Travessia.
Interior de Passageiros

Transporte Aéreo de Transporte Aéreo de Passageiros Regular; Transporte Aéreo de


Passageiros Passageiros Não Regular

Transporte por Navegação de


Transporte por Navegação de Travessia
Travessia

Transportes Aquaviários Não


Transportes Aquaviários Não Especificados Anteriormente.
Especificados

Locação de Automóveis Sem


Locação de Automóveis Sem Condutor.
Condutor

Agências de Viagens e Agências de Viagens, Operadores Turísticos e Serviços de Reservas


Operadoras Turísticas e Outros Serviços de Turismo Não Especificados Anteriormente

Transporte Rodoviário de Transporte Rodoviário Coletivo de Passageiros, sob Regime de


Passageiros Intermunicipal, Fretamento e Outros Transportes Rodoviários Não Especificados
Interestadual e Internacional Anteriormente

FONTE PMS/IBGE. Elaboração IPECE.


Nota-se, em grupamentos do IATUR, entre as atividades da cadeia turística, que
caracteriza relação em que há fato gerador de consumo propriamente dito (alimentos e
bebidas) concentra-se na atividade de Alojamentos e alimentação, segundo a CNAE 2.0
(IBGE), tendo as demais relação de prestação de serviços como fato gerador de tributos, não
sendo objeto deste trabalho.
Entre as atividades da cadeia econômica do turismo, o setor hoteleiro, inclusive
pousadas, com CNAE específico, é o único que, supostamente, envolve a circulação de
24

mercadoria consumida pelos turistas propriamente ditos. São realizadores de deslocamento e


pernoite, em locais diversos de residências, fenômeno que, conforme Coriolano (2006),
caracteriza-se como cerne do turismo.
Segundo Coriolano (2006), a atividade turística é forma de lazer e constitui uma das
formas de utilização de tempo livre. O lazer se relaciona a tempo livre, ao não trabalho, ao
ócio. O turismo é a forma de lazer induzida pelo capitalismo, sendo viagens e deslocamentos
das pessoas, e cerne do turismo. Assim, as atividades de alojamentos e alimentação destacam-
se pela fundamental importância de inerentes à natureza do turismo.
Pela dinâmica capitalista de mercado, turismo e lazer são frutos do ócio laboral, porém
remunerado, em que turistas em férias ou ‘folga’ demandam bens e serviços, dentro da cadeia
produtiva. À visita a barracas, hotéis e pousadas, turistas e residentes consomem alimentos e
bebidas em restaurantes, compram “lembranças” de viagem e utilizam serviços ofertados no
local, assim efetuam gastos gerando renda para integrantes das ACT´s e impostos indiretos
são recolhidos ao Estado contribuindo para o crescimento da arrecadação tributária.
Conforme estudo de Gonçalves (2020, p.98), na mensuração do peso das atividades
características, no Brasil, entre 2010 e 2015, destaca-se que a parte turística da atividade de
alojamento e alimentação é bastante significativa, média de 81,10% no período, seguido pela
parte relativa às artes, cultura, esportes e lazer (média de 28,94% no período), na sequência o
transporte (média de 15,59% no período).
Segundo Santos (2012, p.375), a produção econômica do turismo inserido, em
atividades, como:
transporte de passageiros, alojamento, alimentação e comércio. A
participação do turismo em cada atividade é variável. Boa parte da
produção das atividades de transporte de passageiros e alojamentos é
consumida por turistas. Já no serviço de alimentação, a parcela do produto
consumida por turistas pode ser bastante diferente entre localidades.[...]O
turismo é, portanto, um segmento transversal que permeia cada atividade
da economia de maneira diferente.

Apesar da incidência de ICMS, pelo consumo, por parte do turista, dentro da cadeia de
atividades que compõe a atividade turística de forma ampla, a exemplo de bares e
restaurantes, contudo não se classificam como alojamentos, e percebem maior parte de
faturamento anual por parte de residentes, ou em trânsito, ou seja, os turistas são responsáveis
somente por parte do consumo no segmento de bares, restaurantes e similares em destinos
turísticos, considerado aspecto sazonal do turismo.
Turistas utilizam infraestrutura de estabelecimento, consomem produtos e serviços e
estimulam o crescimento dos empreendimentos. Hotéis, pousadas, barracas e restaurantes são
25

estabelecimentos comerciais cadastrados na Secretaria da Fazenda que recolhem impostos


incidentes sobre os produtos que vendem. Justifica-se então a análise destes estabelecimentos,
pois são importantes equipamentos turísticos e contribuem com a arrecadação tributária
estadual, recursos financeiros essenciais ao atendimento das demandas da coletividade.

2.1.1 IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS -


DEFINIÇÃO E FATO GERADOR
Faz-se necessário entender a sistemática de incidência e competência da cobrança do
ICMS, por isso cita-se a lei Kandir (Lei Complementar 87/96), que dispõe sobre o imposto
dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação
(ICMS), e dá outras providências:
“Art. 1º. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o imposto sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda
que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Art. 2º. O imposto incide sobre:
I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento
de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos
similares;..” (LC 87/96)

Assim, obrigação tributária do ICMS, surge, em diferentes situações, onde,


basicamente, exista comercialização de produtos, ou seja, quando ocorre fato gerador, que,
segundo o Art. 12, da Lei Kandir, considera-se ocorrido tal fato gerador do imposto:
I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para
outro estabelecimento do mesmo titular;
II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por
qualquer estabelecimento; (LC 87/96)

Com tais previsões legais e fatos geradores, a Secretaria da Fazenda do Estado -


SEFAZ/CE, órgão governamental responsável pela cobrança, arrecadação e recolhimento do
ICMS, do setor hoteleiro, compõe objeto desta pesquisa.
Há Fato gerador de ICMS pelo consumo, por parte do turista, de forma ampla, dentro
do “hall” de atividades da cadeia turística, a exemplo de bares e restaurantes, não
classificados como alojamentos, por sua vez, podem incluir tal atividade como secundária,
sendo o CNAE 55108/01, que, por definição, compreende as atividades de hotéis e pousadas,
combinadas ou não com serviço de alimentação (CONCLA, 2021), ideal para qualificação de
objeto e composição do objetivo geral da pesquisa.
O turismo é atividade geradora de crescimento econômico, capaz de alavancar entrada
de divisas e proporcionar captação de receita tributária, com ampliação da arrecadação de
26

impostos, em especial Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, que


incide sobre a circulação de produtos. A atividade turística ganha, cada vez mais, importância,
por desempenhar papel decisivo no desenvolvimento de metrópoles e cidades, visto que são
polos receptores de turismo, por cujo potencial dinamizador, a atividade recebe tratamento
especial de agentes públicos que, ao longo das últimas décadas, no Ceará, implantam políticas
públicas para projeção da metrópole Fortaleza, litoral, serra e sertões, em roteiros do turismo
nacional e internacional (LIMA, 2017).

2.2 SETOR HOTELEIRO NA CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES


ECONÔMICAS – CNAE
Na Economia do Turismo, para classificação de atividade econômica como
característica de turismo, utiliza-se a identificação de produtos definidos. A Organização
Mundial do Turismo (OMT) desenvolveu a Classificação Internacional Uniforme das
Atividades Turísticas (Clasificación Internacional Uniforme de Actividades Turísticas –
CIUAT), para criação de uniformidade em comparações estatísticas, em nível internacional.
No Brasil, a classificação de atividade econômica é adotada pelo Sistema Estatístico
Nacional, pelos cadastros e registros da Administração Pública: é a Classificação Nacional de
Atividades Econômicas - CNAE. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,
2012), em estudo sobre o turismo no Brasil, compatibiliza as Atividades Características do
Turismo – ACT com a CNAE, na versão recente (2.0). (GONÇALVES, 2020)
As atividades econômicas características do turismo se definem como as em que,
unidades econômicas e empresas, produzem, pelo menos, produto característico. Em geral, as
classificações de atividades econômicas se constroem para organização de informações das
unidades de produção e institucionais, com o objetivo de produzir estatísticas de fenômeno
derivado da participação das unidades, no processo econômico. O ordenamento de
informações se baseia na identificação de segmentos homogêneos, quanto à similaridade de
processo de produção, características de bens e de serviços e finalidade, para a qual são
produzidos. A classificação de atividade econômica, como característica de turismo, se faz
pela identificação, em produção principal, de produtos classificados como característicos do
turismo, isto é, produtos bastante sensíveis ao consumo de visitante. (IBGE, 2008, p.11)
Conforme IBGE (2008), no Brasil, a classificação de atividades econômicas,
oficialmente adotada pelo Sistema Estatístico Nacional e pelos cadastros e registros da
Administração Pública, é a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE.
Novas séries do Sistema de Contas Nacionais e Regionais do IBGE passaram a utilizar a
27

Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 2.0 como referência, tendo o ano
de 2010 como base, que permite maior desagregação das atividades turísticas, em nível de
subclasse, como também possibilidade de trabalho com fonte de informações, utilizadas pelas
CNAE's, Ministério do Turismo e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
(GONÇALVES, 2020).
A CNAE guarda compatibilidade com a International Standard Industrial
Classification – ISIC, o que permite garantir a comparabilidade internacional das estatísticas
produzidas no País. A OMT, por sua vez, desenvolve a Classificação Internacional Uniforme
das Atividades Turísticas (Clasificación Internacional Uniforme de Actividades Turísticas –
CIUAT), compatível com a revisão da International Standard Industrial Classification - ISIC,
elaborada pelas Nações Unidas, utilizando integralmente a mesma estrutura, garantindo,
assim, compatibilidade internacional de estatísticas de turismo, de acordo com a Comissão
Nacional de Classificação – CONCLA, criada em 1994, para monitoramento, definição de
normas de utilização e padronização das classificações estatísticas nacionais, conforme Figura
a seguir:
FIGURA 1 - CORRESPONDÊNCIA DA CLASSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES
ECONÔMICAS NACIONAL E INTERNACIONAL

Fonte: CONCLA / IBGE 2021


28

A CNAE é a classificação oficialmente adotada pelo Sistema Estatístico Nacional, na


produção de estatísticas por tipo de atividade econômica, e pela Administração Pública, na
identificação da atividade econômica, em cadastros e registros de pessoa jurídica. Ao prover a
base padronizada, para coleta, análise e disseminação das estatísticas, relativas à atividade, a
CNAE permite ampliação de comparabilidade, entre estatísticas econômicas provenientes de
distintas fontes nacionais, e de estatísticas do País, no plano internacional. A revisão da
CNAE, que resultou na versão 2.0, teve por objetivo dotar o País com classificação de
atividades econômicas atualizadas, com mudanças de estrutura e composição da economia
brasileira sincronizada com as alterações introduzidas, na versão 4 da Clasificación Industrial
Internacional Uniforme de todas las Actividades Económicas– CIIU/ISIC 1. A CNAE 2.0
substitui versão anterior, CNAE 1.0, com tal compatibilização, torna-se possível mensurar a
dimensão do turismo na economia e trabalhar fontes de informações, utilizadas pela CNAE
anteriormente.
Na estrutura concebida na CNAE 2.0, extraída da CONCLA (2021), observa-se que o
CNAE 5510-8/01 contempla o setor de alojamento ligado à atividade turística, ou seja, todos
os tipos de hotéis, pousadas, spas, combinados ou não com serviço de alimentação, conforme
hierarquia e descrição na Figura (a seguir):
29

FIGURA 2 – ESTRUTURA CNAE 2.0 E DESCRIÇÃO CNAE 5510-8/01

Fonte: CONCLA / IBGE 2021


Assim, da Classificação Nacional de Atividades Econômicas, CNAE 5510-8/01 –
Hotéis, com subclasse (/01), compreendem-se: - as atividades de hotéis e pousadas,
combinadas, ou não, com serviço de alimentação (IBGE, 2020), para composição do objeto e
objetivo geral da pesquisa.
A arrecadação pelo consumo em alojamentos turísticos, indica com clareza a
movimentação financeira, no cerne do turismo, sendo “termômetro” econômico da atividade,
portanto delineado o objeto de estudo estrito ao setor hoteleiro, com o código de CNAE 5510-
8/01 específico, por visto como único, envolvida a circulação de mercadoria e consumo pelos
turistas, ou seja, na ótica econômica, pelo lado da demanda da cadeia turística.
30

3 POLÍTICAS PUBLICAS
Na política pública estudada em épocas históricas, de acordo com fatores espaciais e
mudanças condizentes até o presente, dispõe de novas tecnologias, valores e culturas
diversificadas, em face do eterno princípio aristotélico: “políticas públicas devem buscar o
bem comum, o interesse da coletividade”. (CARVALHO, 2009, p.14)
No entanto, apesar do valor atemporal da simples definição de Aristóteles, políticas
públicas envolvem arcabouço complexo de interesses, pois pelo próprio conceito de
“política” e “público”, nota-se a amplitude do termo conjugado, como Teixeira (2002, p.2)
defende:
As políticas públicas traduzem, no seu processo de elaboração e
implantação e, sobretudo, em seus resultados, formas de exercício do
poder político, envolvendo a distribuição e redistribuição de poder, o papel
do conflito social nos processos de decisão, a repartição de custos e
benefícios sociais. Como o poder é uma relação social que envolve vários
atores com projetos e interesses diferenciados e até contraditórios, há
necessidade de mediações sociais e institucionais, para que se possa obter
um mínimo de consenso e, assim, as políticas públicas possam ser
legitimadas e obter eficácia.

Porém, em abordagem pragmática, Jenkins (1978) conceitua política pública conjunto


de decisões inter-relacionadas, tomadas pelo ator político ou grupo de atores, sobre seleção de
metas e meios de atingi-las, em situações específicas, com capacidade de poder em tomada de
decisões.
No intuito de adotar definição de ‘políticas públicas’ que contemple, de forma ampla,
aspectos, sem esgotá-los, cita-se Teixeira (2002, p. 2):
’Políticas públicas’ são diretrizes, princípios norteadores de ação do poder
público; regras e procedimentos para as relações entre poder público e
sociedade, mediações entre atores da sociedade [mercado, sociedade,
transnacional e subnacional e do Estado. São nesse caso, políticas
explicitadas, sistematizadas ou formuladas em documentos (leis,
programas, linhas de financiamentos) que orientam ações que
normalmente envolvem aplicações de recursos públicos. Nem sempre
porém, há compatibilidade entre as intervenções e declarações de vontade
e as ações desenvolvidas. Devem ser consideradas também as ‘não-ações’,
as omissões, como formas de manifestação de politicas, pois representam
opções e orientações dos que ocupam cargos[...] Elaborar uma política
pública significa definir quem decide o quê, quando, com que
consequências e pra quem.

De maneira geral, verifica-se que políticas públicas são desenvolvidas pelo governo,
que, por sua vez, define estratégias e diretrizes, na gerência de recursos e pessoas,
providenciando soluções e melhorias, de acordo com necessidades e interesses coletivos.
Henz (2009) complementa e afirma que os governos atuam diante de diferentes influências
31

territoriais que interferem no planejamento e criação de políticas específicas de cada área


demandada.
Assumem a forma de plano, programa, projeto, sistema de informação, de pesquisa e
base de dados, resultado de propósito, objetivo e meta de governos, produzindo ações e
mudanças na sociedade, na efetivação de políticas de formulação, regulamentação,
monitoramento ou avaliação. (Henz, 2009, p.38)
Ressalta-se o fato de políticas públicas tratarem também de recursos públicos, seja de
forma direta, por meio de renúncia fiscal (isenções) ou da regulação de relações de interesse
público, com recursos oriundos da arrecadação de tributos. (EDRA, 2016)
Portanto na busca de relacionar Estado, com o poder de tributar e aplicar recursos,
tendo turismo como atividade econômica, conceituam-se políticas tributárias, políticas
públicas tributárias e políticas públicas de turismo de forma distinta, porém integrada.
De acordo com Ribeiro (2008, p.178), “a política tributária é o ponto crucial de
definição da estrutura da sociedade”; assim, o poder público estimula o crescimento da
atividade, como alternativa de desenvolvimento econômico, admitindo que a atividade tem
potencial para geração de impostos que incidem sobre o consumo de turistas e residentes.
Atividades de lazer e turismo, na ótica mercadológica, exercem papel relevante na economia,
pela geração de renda para empresas e indivíduos e também por contribuírem com a
arrecadação tributária. O aumento de receitas públicas permite investimento público, em
infraestrutura, segurança, saúde e atividades sociais. E o que beneficia a cidade, beneficia
residente e turista.
Políticas públicas tributárias são responsáveis pela concessão de incentivos fiscais à
sociedade, aos contribuintes em geral ou setores específicos, com o intuito do
desenvolvimento econômico, cuja efetividade ocorre mediante ações de governo que ponha
em prática medidas em benefícios da população.
Segundo Cruz (2000, p. 9), “à política de turismo cabe o estabelecimento de metas e
diretrizes que orientam o desenvolvimento socioespacial da atividade, tanto no que tange à
esfera pública como no que se refere à iniciativa privada”, assim, política pública de turismo é
o conjunto de intenções, diretrizes e estratégias estabelecidas e/ou ações deliberadas, no
âmbito do poder público, em virtude de o objetivo geral alcançar e/ou dar continuidade ao
pleno desenvolvimento da atividade turística, em dado território.
Por isso, cabe ressaltar a importância e necessidade de políticas públicas tributárias de
incentivo e fomento à atividade turística, reconhecendo-as como mecanismo de atuação por
32

parte de entes, no panorama federativo, que devem descambar como resultado de plano de
turismo governamental.
3.1 POLÍTICAS PÚBLICAS EM TURISMO
O turismo é promoção de políticas, especialmente públicas. O Estado atua como
incentivador, dota os lugares, potencialmente turísticos, de infraestrutura básica e estabelece
parcerias com empresários, que instalam hotéis, restaurantes e equipamentos turísticos
(LIMA, 2017).
De acordo com Beni (2001), “a política de turismo é a espinha dorsal do formular
(planejamento), do pensar (plano), do fazer (projetos, programas), do executar (preservação,
conservação, utilização e ressignificação do patrimônio natural e cultural e sua
sustentabilidade), do reprogramar (estratégia) e do fomentar (investimentos e vendas) o
desenvolvimento turístico do país ou de região e seus produtos naturais”. E complementa:
deve-se entender por política de turismo o conjunto de fatores
condicionantes e de diretrizes básicas que expressam os caminhos par
atingir os objetivos globais para o turismo do país; determinam as
prioridades da ação executiva, supletiva ou assistencial do Estado; e
facilitam o planejamento das empresas do setor quanto aos
empreendimentos e atividades mais suscetíveis de receberem apoio estatal.
(BENI, 2001, p.178)

Políticas de turismo são metas estabelecidas de acordo com objetivos traçados para
desenvolvimento do turismo e, por meio delas, denominam-se responsabilidades do setor
público e demais articuladores envolvidos no desenvolvimento da atividade. Para que se
determine a linha a ser seguida na implantação e/ou desenvolvimento do turismo, as políticas
públicas devem ser instituídas e asseguradas por lei(s). E dois princípios devem norteá-las:
1. a preocupação concomitante com o turismo interno e receptivo, pois as
direções adotadas para a política deve estar voltada para o povo de
determinada nação;
2. a visão de que uma política de turismo trata de investimento no campo
da saúde, da educação, da cultura e do social, visto que a atividade só
existe em razão direta das outras áreas. (EDRA, 2016, p.119)

Goeldner, Ritchie e McIntosh (2002, p.294) colocam que a política de turismo se


refere ao grupamento de regulamentações, regras, diretrizes, objetivos e estratégias que
permitem a tomada de decisões para o desenvolvimento e promoção de atividades, em
destinos turísticos. Segundo os autores, as políticas públicas em turismo possuem a função de:
▪ definir os termos nos quais as operações turísticas devem funcionar;
▪ estabelecer atividades e condutas aceitáveis;
▪ fornecer direção e orientação aos interesses em turismo de
determinado destino;
▪ facilitar o consenso das estratégias e objetivos específicos do
destino;
33
▪ fornecer estrutura para discussões públicas e privadas sobre as
contribuições do setor turístico para a economia e sociedade;
▪ permitir o estabelecimento de interfaces entre o turismo e demais
setores. (GOELDNER; RITCHIE; MCINTOSH. 2002, p.295)

Portanto as políticas públicas, em turismo, definem ‘regras de jogo’ estabelecendo


atividades e comportamentos adequados, orientando e direcionando todos os interessados no
turismo, facilitando, assim, o consenso em torno de estratégias e objetivos específicos para
uma destinação, além de propiciar organização para discussões públicas e privadas sobre o
papel e as contribuições do setor turístico, para demais setores econômicos e para a sociedade
em geral, estabelecendo integração entre entes e atores de políticas, de forma mais eficaz.
Sobre a importância das políticas públicas em turismo, Edra (2013, p. 119) elenca
motivos que as tornam necessárias:
 organizam o desenvolvimento do turismo;
 garantem metas a serem cumpridas em determinado período;
 requerem a criação de infraestruturas que auxiliem, também no
estímulo ao comércio e indústria;
 contribuem para diversificar a economia;
 proporcionam instalações turísticas e recreativas para que a
população local possa utilizar;
 oferecem à demanda turística a oportunidade de levar uma boa
impressão em relação ao destino.

Assim, políticas públicas de turismo desenvolve-no de forma estruturada; mensuram


objetivos a serem realizados em prazo definido; são responsáveis pela aplicação de recursos
públicos que se destinem ao desenvolvimento e atendimento das necessidades da atividade,
como investimento, infraestrutura, fomentando a atividade econômica, no comércio e
indústria, e tudo que envolva o poder público para que ela aconteça; podem propiciar
melhoria experiências vivenciadas pelos turistas e na qualidade de vida dos residentes. No
entanto, tais políticas devem estar atentas à importância de nuances indiretas da atuação do
poder público, em áreas “secundárias” ao turismo e impactos.
Conforme Dias (2008, p. 126), “a política de turismo, de um modo geral, está inserida
na política econômica mais ampla de um país, com seus desdobramentos regionais e locais”,
Para o autor, processos pragmáticos da criação à implantação de projetos e ações de governo,
pelas de políticas públicas devem ocorrer em vários níveis de organização da federação, ou
seja, federal, estadual e municipal, assim definidas políticas públicas, na área de turismo, pela
União, Estados e Municípios.
Segundo Beni (2001a, p.102), “a função específica dos órgãos institucionais públicos
de turismo deverá ser a determinação de prioridades, a criação de normas e a administração de
recursos e estímulos. O governo dará as diretrizes e proverá as facilidades”. Assim, para que a
34

atividade turística se desenvolva de forma adequada, com primordial importância, à


sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental, torna-se indispensável a atuação dos
governos federal, estadual e municipal, principalmente, no sentido de fomentar a atividade.
(ROCHA, 2006, p.37)
Entretanto atrativos cearenses não teriam visibilidade, caso a imagem não fosse
modificada. A visão de abertura do Ceará para o Turismo começa no fim da década de 1980,
com ascensão de grupo de empresários ao Governo do Estado, com o foco de políticas de
desenvolvimento voltado para a modernização do território, com ênfase na industrialização e
setor de serviços, com destaque para o turismo. De forma que as políticas públicas tiveram
que trabalhar em duas linhas: criação de uma infraestrutura disponível e acolhedora, para que
investidores tivessem, assim, interesse no Ceará, e, por meio de “endomarketing3”, nova visão
da população, ou seja, sensibilização, transformando-a em possibilidades de crescimento
socioeconômico, criando assim, a disponibilidade do Ceará para o Turismo. (SETUR, 2017)
A capital metropolitana e cidades litorâneas investem na atividade turística, sobretudo
contempladas com políticas públicas para melhoramento da infraestrutura, a fim de receber
fluxos turísticos e novos investimentos. Fortaleza e região metropolitana recebem
investimentos, reorganizam territórios e se projetam como núcleos receptores de turismo,
fazendo-se porta de entrada oficial para turistas. Cidades do litoral, exemplo, Aquiraz, atraem
investimento de capital estrangeiro e se tornam núcleos receptores de turistas.

3.2 PLANEJAMENTO DO TURISMO NO CONTEXTO DO FEDERALISMO FISCAL


BRASILEIRO
Sobre políticas públicas e governo, faz-se necessário trazer contexto do Federalismo
Brasileiro, pois, no caso do Brasil, vive-se em sociedade, sob a égide do pacto federativo,
conforme Constituição de 1988, de que decorre poder tributante do Estado, de onde surgem
em grande parte, recursos a serem aplicados pelo governo pelas políticas públicas: assim,
tributação é instrumento de entes federados para controle, regulação, principalmente,
consecução de receitas necessárias à implantação e manutenção de políticas públicas.
De acordo com Conti (2004, p. 28), a Constituição Federal de 1988 desenha um
federalismo fiscal de forma rígida, com amparo em:
• Competências tributárias exclusivas para todas as pessoas jurídicas de
direito público interno;
• Transferências constitucionais mandatórias (conforme os art. 157 a 162
da Constituição Federal, que disciplinam o mecanismo de transferências
fiscais);

3 Estratégias de marketing voltadas para ações e relacionamentos internos.


35
• Transferências verticais voluntárias para os fins mais diversos, a exemplo
dos fundos de desenvolvimento regional;
• Determinações a priori de destinações orçamentárias por todos os entes,
a exemplo do que ocorre com a educação;
• Autonomia financeira e orçamentária para os entes federativos,
relativizada com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Segundo Bijos (2012), no que se refere à repartição de competências e encargos, entre


os entes da Federação, a Constituição de 1988 é autoexplicativa em relação às atribuições da
União, Estados, Distrito Federal e dos Municípios, no sistema tributário, estabelecendo, ainda,
mecanismos de distribuição da receita. Porém não se verifica a mesma clareza na distribuição
de encargos e responsabilidades, sobre Políticas Públicas, gerando competências conjuntas e
concorrentes.
A Constituição estabelece a competência político-administrativa de entes, fundamental
que tenham recursos suficientes para atendimento às finalidades. Por isso a importância da
Constituição em distinguir impostos pertencentes à União, aos Estados, Distrito Federal e
Municípios. Assim, sistema tributário dividido entre os três entes federativos com
competências distintas. Em tese, cada unidade federada possui disponibilidade de recursos
próprios, para exercício de atividades tributárias, contando, ainda, com repasse de recursos, de
entes maiores para menores, previsto constitucionalmente. (ENAP, 2017)
No entanto, de acordo com a ENAP (2017), no que tange à captação de recursos, via
tributação, no Brasil, existe cenário de forte desequilíbrio, entre geração de receitas e
responsabilidades de Estados e Municípios, na esfera administrativa. De um lado, excessiva
centralização reguladora e arrecadatória, de outro, tem-se excessiva descentralização político-
administrativa. Nesse cenário, coerente a observação de Reverbel (2011, p. 133):
“O modelo de federalismo brasileiro que pretendia ser um misto de
federalismo cooperativo e federalismo dual (competitivo), acaba, na
prática, engessando tanto os mecanismos de competição, quanto os
mecanismos de cooperação entre os Estados. O que se pretendia
federalizar com a Constituição de 1988, acabou, em verdade, se
unitarizando, ou descentralizando aos municípios: o verdadeiro nome sem
a realidade.”

No tocante ao federalismo brasileiro, segundo Bachur (2005), há uma prática fiscal


competitiva incentivada em arcabouço constitucionalmente propenso à coordenação, mas
institucionalmente indefinido. A federação mantém-se travada, por não viabilizar dinâmica
institucional capaz de conjugar esforços nacionais para superar disparidades regionais. Isso se
deve a hibridismo institucional, inclusive constitucional, que compromete a dinâmica
federativa do país, em função de interstícios não regulamentados, não sendo possível articular
36

a cooperação, onde prevalece competição que, por não contar com balizas constitucionais
bem definidas, degenera em relações predatórias.
Sobre funcionamento competitivo do pacto federativo, Rezende e Afonso (2002)
também colocam que:
[...] a competição entre os estados-membros de uma federação é considerada, por
alguns, benéfica do ponto de vista da eficiência. Dessa perspectiva, se os governos
estaduais e municipais usam recursos públicos para criar um ambiente econômico e
social melhor para pessoas e negócios, a competição promoverá a eficiência
econômica e a satisfação social. Evidentemente, isso implica que as autoridades
subnacionais tenham autonomia para decidir a alocação de seus recursos, sejam eles
compostos de receitas próprias ou transferências. Mas essa condição não existe
plenamente na federação brasileira, o que significa que a competição provoca
distorções econômicas e injustiça social.

Assim, na busca de equilíbrio fiscal e com autonomia para estabelecimento de


alíquotas e liberdade para dispoção de receitas, estados competem, entre si, para atrair
investimentos privados e qualidade dos serviços públicos oferecidos. No entanto, competição
justa não exclui a necessidade de cooperação. A fim de evitar aumento de disparidades
regionais e antagonismos, é necessária a cooperação intergovernamental para redução de
distâncias internas, em infraestrutura, recursos humanos e capacidade tecnológica, entre entes
do pacto federativo. (REZENDE; AFONSO, 2002).
Em síntese, no panorama histórico das finanças públicas, conforme citações, existe
contenda fiscal, por meio do sistema tributário e incentivos fiscais, na busca por recursos e
investimentos, de forma ampla, por vezes com mecanismos de predação. Fica, assim, o Brasil
entre modelo pouco cooperativo e prática competitiva permitida pelas lacunas institucionais,
sendo necessária reforma tributária de correção às distorções econômicas e promoção da
justiça social.
Visto que, como não se pode tratar de federalismo sem discorrer sobre tributação, no
âmbito da administração pública, não se pode tratar sobre políticas públicas sem
planejamento, e, para Piscitelli (2004, p.42): “A ação planejada do Estado, quer na
manutenção de suas atividades, quer na execução de seus projetos, materializa-se através do
orçamento público, que é o instrumento que dispõe o Poder Público para expressar, em
determinado período, seu programa de atuação, discriminando origem e montante dos
recursos a serem obtidos, bem como natureza e montante dos dispêndios a serem efetuados”.
Conforme Novo e Silva (2010), quando se pensa planejamento, costuma-se fazer
vinculação como área da ciência da Administração, é que se tem um de quatro elementos do
ciclo administrativo: planejamento, organização, direção e controle. Na administração
37

pública, não é diferente, sendo planejamento algo fundamental para sobrevivência das pessoas
e organizações.
Segundo Piscitelli (2004, p. 62), “o orçamento é um instrumento que expressa a
alocação dos recursos públicos, sendo operacionalizado por meio de diversos programas que
consistem a integração do plano plurianual com o orçamento”. Assim, pode-se conceituar
orçamento, na esfera governamental, instrumento de que dispõe o Poder Público para
expressão, em determinado período de tempo, do programa de atuação, discriminando origem
dos recursos e despesas a serem efetuadas. É a materialização da ação planejada do Estado, na
manutenção de atividades e na execução de projetos, objetivando assegurar o cumprimento
dos fins a que se propõem, atendendo, assim, interesses, ou seja, objetivos de políticas
públicas.
Planejamento, na ótica governamental, dá-se através do ciclo orçamentário e
materializa-se em peças orçamentárias: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). Na elaboração desses instrumentos,
desenvolvem-se esforços para identificação e ordenação de prioridades, pela composição de
esquema integrado, viável e cíclico, que busca equilíbrio na distribuição de recursos, para
atendimento de carências apontadas pelos programas e projetos, já que ao sistema de
planejamento, execução e controle orçamentário-financeiro cabe a tarefa de formulação de
programas de governo, execução e controle. Ao sistema compete também a tarefa de avaliar a
execução dos planos e realizar ajustes necessários, com fim do cumprimento foi planejado.
(SANTOS, 2021)
O Plano Plurianual determina, em quais programas ou projetos de duração continuada,
o governo deve aplicar os recursos recolhidos, conforme o que preconiza a Constituição da
República Federativa do Brasil, de 1988, no parágrafo 1º do artigo 165: “A lei que instituir o
plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.”.
PPA é peça fundamental, no planejamento de longo prazo, no âmbito da administração
pública, durante quatro anos. Ou seja, o gestor determina em que investir, como direcionar os
recursos para áreas a desenvolver, nos próximos quatro anos, estabelecendo, de forma
regionalizada, diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública. Sucintamente traz
Oliveira (2008, p.367) “o plano plurianual define o planejamento das atividades
governamentais”.
38

Em síntese, o planejamento, no setor público, envolve elaboração da proposta


orçamentária, ou seja, estabelecimento de planos e objetivos que se pretende alcançar,
mediante PPA, norteada pelas diretrizes, pela LDO que define a forma de execução do plano.
Segue-se a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) que, após discussão, votação e
aprovação, será implementada. Ou seja, parte-se para a prática. (SANTOS, 2021)
Planejar, em sentido amplo, implica identificação de série de variáveis, com o objetivo
de adoção de rumo de ação que, baseado em análises científicas, permite alcançar objetivos e
metas, na previsão de acontecimentos, em processo contínuo de tomada de decisões coerentes,
com os objetivos propostos; assim, é um processo sistemático e flexível, cujo único fim
consiste na garantia de consecução dos objetivos que, sem o processo, dificilmente poderiam
ser alcançados (MOLINA E RODRÍGUEZ, 2001).
Assim destaca-se a necessidade de entes da federação, em dispor, dentro do
planejamento de médio e longo prazo, em peças orçamentárias (PPA´s - Plano Plurianual),
alinhamento com Planos de Turismo para lidar com a retomada e recuperação de setores
inerentes ao turismo, bem como com contingências que escapam ao controle social. E mais:
destacar-se competitivamente, no cenário turístico nacional e internacional, por meio de
estratégias e ações de planos, visto que estudiosos de finanças públicas têm a “guerra”, em
curso, no federalismo fiscal brasileiro, desde o advento da constituição de 1988. (ENAP,
2017).
Portanto, em cenário pandêmico incerto e de vigente “guerra fiscal” por recursos, os
Estados necessitam de planejamento e de ferramenta de gestão; e o turismo diz-se
engrenagem econômica importante para garantia de desenvolvimento, faz-se necessária
implicação de políticas públicas que abracem Plano de Turismo bem elaborado, alinhado e
aplicado pelo ente federado.
Visto que, no contexto histórico das finanças públicas, após advento da Constituição
de 1988, a ciência econômica contribui com a constatação da suposta contenda fiscal, por
meio do sistema tributário e incentivos fiscais, na busca por recursos e investimentos, de
forma ampla, por ser o turismo atividade de alto grau correlato com o aquecimento
econômico, assim como potencial de alavancar recursos de forma sustentável, planejamento,
especificamente, plano de turismo indispensável à gestão da atividade, em nível
governamental e êxito como engrenagem de desenvolvimento econômico de qualquer ente.
Por fim, admitida correlação íntima, entre turismo e atividade econômica, entende-se
analogamente que, assim como no aspecto de disputa por divisas, no contexto do federalismo
fiscal, na atividade turística, há também concorrência entre entes federados na atração de
39

destino turístico, porém, no panorama federativo, os Estados são atores que competem entre
si, no entanto cooperam com municípios. Porém o governo federal tem por dever dirimir
distorções econômicas e promover integração turística entre os entes do pacto federativo,
mediante políticas públicas que tratem o Plano de Turismo Nacional como política de Estado
e não de governo.

3.3 TRIBUTOS, INCENTIVO FISCAL E POLÍTICAS PÚBLICAS DE AUXÍLIO À


ATIVIDADE TURÍSTICA
Entes tributantes atuam, ora para impulsionar livre exercício da atividade econômica,
ora para extrair de empreendedores tributos, que são recursos necessários à manutenção da
máquina pública e novos investimentos. Assim, o papel do Estado é fundamental para
impulsionar a economia para o desenvolvimento da sociedade. No exercício de funções
estatais, o Estado arrecada tributos, que ajudam a mover a máquina pública e promover os
serviços públicos essenciais à sociedade. (LIMA, 2017)
O poder público estimula o crescimento da atividade turística como alternativa de
desenvolvimento econômico, ao admitir que a atividade tem potencial para gerar impostos
que incidem sobre o consumo realizado por turistas e residentes. As atividades vinculadas a
lazer e turismo, na ótica mercadológica, exercem papel relevante na economia, pela geração
de renda para empresas e indivíduos e também pela contribuição com a arrecadação tributária.
Aumento de receitas públicas permite investimento público, em infraestrutura, segurança,
saúde e atividades sociais. E o que beneficia a cidade, beneficia residente e turista.
(RIBEIRO, 2008)
Na ótica governamental (IPECE, 2007), o turismo tem importância pela capacidade de
geração de impostos que incidem sobre venda de mercadorias e serviços, é atividade
econômica realizada sob lógica do mercado. Empresários e trabalhadores ofertam bens e
serviços. As pessoas buscam lazer e consumo, levando o Estado à regulação da atividade e
propícia infraestrutura necessária, dependendo de recursos financeiros obtidos, entre outros
meios, via arrecadação de impostos.
Políticas públicas de incentivo fiscal se indicam devido à expressiva queda na
atividade turística. Souza (2006, p.32) aponta três mecanismos como alternativa para
reconhecimento da necessidade de criação de política:
◦ divulgação de indicadores que desnudam a dimensão do problema;
◦ eventos tais como desastres ou repetição continuada do mesmo
problema;
◦ feedback ou informações que mostram as falhas da política atual ou
resultados medíocres;
40

Assim, é tempestiva política pública de incentivo fiscal combinando-se mecanismos


apontados por Souza e exemplo do ‘ICMS Turismo’, política pública de turismo aliada a
incentivo fiscal repassado pelo Estado de Minas Gerais, grande conquista de municípios
mineiros, com inclusão do critério “turismo” na distribuição de parcela de arrecadação do
ICMS estadual, nos termos da Lei n.º 18.030/2009 desse Estado.
Informa a SECULT (2021) que Minas Gerais é o único da federação que repassa
incentivos financeiros aos municípios para que possam trabalhar a gestão turística, nos termos
da legislação federal e estadual. Ao longo dos últimos anos, repasses trouxeram e continuam
trazendo grandes avanços no planejamento e desenvolvimento da política pública de turismo
de municípios mineiros. O turismo ganha destaque por democrático instrumento de
distribuição de renda, tendo em vista que a atividade permite a todos os setores da economia
grande benefício, com substancial desenvolvimento econômico, cultural e social.
ICMS Turismo atua como motivador e catalisador de ações, visando ao estímulo de
formatação/implantação, por parte dos municípios, de programas e projetos voltados para o
desenvolvimento sustentável, em especial, aos relacionados com políticas para turismo de
governos estadual e federal. (SECULT, 2021)
O percentual do ICMS Turismo a ser repassado aos municípios, é definido com base
no cálculo do índice de investimento em turismo do município e o somatório dos índices de
investimento em turismo de todos os municípios habilitados a receber o incentivo (fórmula
matemática estabelecida pela Lei nº 18.030/09) .
O Estado arrecada impostos, mas tem que fazê-lo de forma a não impedir o
desenvolvimento das atividades econômicas, inclusive incentivando setores específicos, em
momentos de crise e, principalmente, no contexto pandêmico vivenciado desde 2020, porém
de forma tempestiva e com planejamento adequado.
Desta forma, o poder público do Estado do Ceará, por meio de políticas públicas de
tributação, ‘intervém’ na atividade turística, por meio de incentivos fiscais, a exemplo do
ICMS Turismo (LAZARONI, 2016), implantado no estado de Minas Gerais, política
tributária e fiscal de redistribuição da arrecadação de imposto para o desenvolvimento do
turismo, que se mostra como opção de política pública de turismo viável e oportuna para
estímulo e desenvolvimento da economia, em locais turísticos pós-crise, porém, necessário
garantir anterior equilíbrio e sustentabilidade das finanças do Estado, prioritariamente.
41

3.4 POLÍTICAS PÚBLICAS NO PERÍODO PANDÊMICO NO ESTADO DO CEARÁ


Sobre impacto econômico da pandemia, constatam-se fortes evidências, por meio de
portais de notícias confiáveis, folha de s. Paulo (FOLHA, 2020) e Diário do Nordeste
(DIÁRIO, 2020).
Segundo Secretária da Fazenda do Estado do Ceará (DIÁRIO, 2020), com a queda
expressiva de arrecadação tributária, devido ao impacto na economia, em virtude da pandemia
de COVID-19, inicialmente, constatam-se perdas de 30% do montante do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal fonte da receita tributária do estado.
Em 11/05/2020, o governo federal, pelo então ministro do turismo, Marcelo Álvaro,
em série de entrevistas liberadas pelo Centro de Coordenação de Operações (CCOP/Casa
Civil), afirma que o setor do turismo, primeiro abalado pelo coronavírus. Segundo o ministro,
a rede hoteleira, termômetro do turismo, conta atualmente com apenas 5% a 10% da taxa de
ocupação. “O impacto no setor já passa de R$ 12 bilhões. Então, percebemos que houve um
impacto muito grande, brutal. O Governo Federal está trabalhando de forma rápida e eficiente
para garantir o socorro das empresas de todo Brasil, incluindo o setor do turismo”, disse o
ministro. Para exemplificação da atuação, Marcelo Álvaro cita a MP 936, que institui o
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas
trabalhistas complementares. “Essa medida garante a não perda de mais de seis milhões de
empregos só no setor do turismo.” Ação citada pelo ministro, MP 948, trata do cancelamento
de serviços, reservas e eventos e garante a relação entre empresas e consumidores. “Muitas
pessoas contratam pacotes turísticos, compraram ingressos para shows e teatros e essa MP
permite que as empresas, tanto de entretenimento quanto do turismo, possam ser desobrigadas
de fazerem o reembolso imediato”, explicou. (CASA CIVIL, 2020).
Além das medidas, houve também lançamento de linhas de crédito para garantia do
não desmonte do setor; estímulo ao turismo interno, no pós-pandemia; e apoio de hotéis, no
enfrentamento ao coronavírus. A retomada do setor, após a pandemia, conta com
planejamento do Ministério do Turismo. “Vou dar como exemplo uma grande campanha
nacional de conscientização de todos para que, assim que vencermos a pandemia, os
brasileiros façam turismo interno. Isso ajudará e muito o retorno do setor e certamente a
geração de emprego e renda no Brasil”, exemplifica Marcelo Álvaro.
O MTur organiza disponibilização de quartos de hotéis para abrigo de profissionais de
saúde, envolvidos no combate à pandemia, a fim de preservar familiares de riscos.
“Elaboramos um projeto para que consigamos abrigar os profissionais de saúde nos hotéis
visando dois pontos. Além de preservar as famílias daqueles que estão na linha de frente do
42

combate, essa medida melhorará a logística do ir e vir destes profissionais.” (CASA CIVIL,
2020)
O Governo do Ceará, desde 16/03/2020 adota medidas restritivas e sanitárias,
necessárias a contenção em seu território, da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) que
tem atingido milhares de pessoas, em todo o mundo. As medidas estão publicadas em
decretos, conforme QUADRO DE DECRETOS no APÊNDICE A.
Em 2020 não se adotaram políticas específicas de auxílio à atividade turística, no
entanto, políticas restritivas de circulação, paradoxalmente, não suspenderam o
funcionamento do setor hoteleiro, inclusive liberando serviços de alimentação, nos
estabelecimentos, mesmo em períodos críticos de “lockdown”4, conforme Decreto Nº33.519,
de 19 de março de 2020, que “INTENSIFICA AS MEDIDAS PARA ENFRENTAMENTO
DA INFECÇÃO HUMANA PELO NOVO CORONAVÍRUS”, e dispõe:
§ 3° A suspensão de atividades a que se refere o inciso I, do
“caput”, deste artigo, não se aplica a bares, restaurantes,
lanchonetes e estabelecimentos congêneres que funcionem no
interior de hotéis, pousadas e similares, desde que os serviços sejam
prestados exclusivamente a hóspedes.

No entanto, a atividade hoteleira sofreu ‘diretamente’, na raiz dos seus negócios com
restrições de deslocamento, o que ocasionou grande diminuição de taxas de ocupação, tendo
que diminuir a força laboral para redução de custos fixos, ou na opção de preservar emprego,
adesão à redução de jornada e salários, permitida pelas medidas provisórias (MPs 927/2020 e
936/2020) publicadas pelo Governo Federal no início da crise, que levaram à criação do
Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Nesse contexto surge a Lei nº
14.020/2020, que permite redução da jornada de trabalho e de salário. durante a pandemia.

Em 28/05/2020, o governo cearense apresentou ‘plano de retomada responsável’ das


atividades econômicas e comportamentais com cronograma de liberação de atividades por
fases (CEARÁ, 2020b).

4 Isolamento ou restrição de acesso imposto como uma medida de segurança.


43

FIGURA 3 – FASES DA RETOMADA GRADUAL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS

Fonte: CEARA (2020b)


No plano, explica-se definição de estratégias de fases da retomada responsável de
atividades econômicas e comportamentais eleitas com base em indicadores e critérios
envolvendo aspectos econômicos e sociais baseados em riscos sanitários e epidemiológicos.

FIGURA 4 – FASE DE TRANSIÇÃO DA RETOMADA GRADUAL DAS ATIVIDADES


ECONÔMICAS

Fonte: CEARA (2020b)


44

Conforme o plano, em 01/06/2020, deu-se a fase de transição do período, decretado,


em meados de março de 2020, para início da retomada gradual das atividades econômicas.
FIGURA 5 – FASE 1 DA RETOMADA GRADUAL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS

Fonte: CEARA (2020b)

A fase 1 prioriza abertura de atividades da indústria, comércio e serviços, em


atendimento de critérios específicos e limitação do trabalho presencial a 40%.

FIGURA 6 – FASE 2 DA RETOMADA GRADUAL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS

Fonte: CEARA (2020b)


45

A fase 2 aumenta para 100% o trabalho presencial de atividades já liberadas e amplia a


liberação de Cadeias de atividades econômicas, de acordo com a essencialidade e critérios
sanitários.
FIGURA 7 – FASE 3 DA RETOMADA GRADUAL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS

Fonte: CEARA (2020b)


A fase 3 dá continuidade ao processo gradual de liberação de 100% do trabalho, em
cadeias anteriores, de atividades sem aglomeração e de alta vulnerabilidade, porém segmento
de restaurantes e barracas de praia com limitação de 50%.

FIGURA 8 – FASE 4 DA RETOMADA GRADUAL DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS

Fonte: CEARA (2020b)


46

Assim, atividades com maior afinidade com turismo, ‘alimentação fora do lar’ e
‘barracas de praia’, foram contempladas a partir da FASE 3 e algumas ACTSs, FASE 4 do
plano, conforme FIGURAS 7 e 8.

Em 30/06/2020, pelo decreto nº33.640, o governador, no uso das atribuições que lhe
confere o inciso IV, do art. 88, da constituição estadual, considerando a necessidade de
flexibilização de cumprimento da obrigação tributária principal, relativa ao ICMS devido por
contribuintes enquadrados, em segmentos econômicos cujo volume de operações foi
diretamente afetado pelo período de isolamento social, decorrente da situação de emergência
em saúde pública, reconhecida pelo decreto estadual n.º 33.510, de 16 de março de 2020,
causada pela pandemia, notadamente nos meses de abril e maio de 2020, que resulta em forte
queda de arrecadação; considerando as disposições do convênio ICMS 181/17, com adesão do
estado do ceará dada pelo convênio ICMS 18/19, ratificado e incorporado à legislação
tributária estadual por meio do decreto n.º 33.083, de 24 de maio de 2019, decreta:
art. 1.º Os contribuintes inscritos no Cadastro Geral da Fazenda (CGF) com
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE-Fiscal) principal
relacionada no Anexo Único deste Decreto poderão recolher em até 3 (três)
parcelas mensais, iguais e sucessivas o Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) referente aos fatos
geradores ocorridos em junho e julho de 2020. (APÊNDICE A)

Assim, a CNAE 55108/01 – Hotéis - inscrita em anexo do decreto citado, contempla o


setor hoteleiro com fim de parcelar débitos fiscais com fato gerador, no período de retorno
gradual às atividades.

No âmbito federal, BNDES e Ministério do Turismo facilitam financiamento de


empresa do setor, conforme mudança do FUNGETUR, com possibilidade de operações, com
garantia do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC). Empresas do setor turístico
obtêm financiamento do Fundo Geral do Turismo (FUNGETUR), com garantia do Programa
Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC), operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). A norma do Ministério do Turismo (MTur) substitui INPC
pela taxa Selic como índice de atualização de operações do FUNGETUR. A mudança para
taxa de mercado permite que garantias do PEAC possam ser utilizadas nos financiamentos.
Assim, em 8 de setembro 2020, foi publicada no Diário Oficial da União, a Lei 14.051/2020,
que prevê crédito de R$ 5 bilhões para auxílio em empreendimentos turísticos, por meio do
47

FUNGETUR. “O recurso, que representa o maior repasse financeiro da história do setor, se


destina a prestadores de serviços inscritos no Cadastur e pode ser usado em projetos, capital
de giro e na aquisição de máquinas e equipamentos.” BNDES (2020)
48

4 METODOLOGIA

Conceituação de pesquisa científica adotada por Barros e Lehfeld (2003, p.30) “é a


exploração, é a inquirição e é o procedimento sistemático e intensivo que têm por objetivo
descobrir, explicar e compreender os fatos que estão inseridos ou que compõem uma
determinada realidade”. Para a realização da pesquisa, apresentam-se os seguintes
pressupostos como norte da pesquisa, em relação ao tema, problema, hipótese e objetivos
(geral e específico). Para melhor entendimento do item, menciona-se o conceito de método
definido por Lakatos e Marconi (2003):
Método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior
segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e
verdadeiros – traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e
auxiliando as decisões do cientista (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 83).

Como disciplina fundamentada no estudo, compreensão e avaliação de métodos


disponíveis para realização de pesquisa científica, a metodologia tem significado na aplicação
de procedimentos e técnicas que devem ser analisados para construção do conhecimento,
visando comprovar validade e utilização em diversos segmentos da sociedade, ou seja,
método é o caminho, modo de pensamento e forma de questionamento quanto à abstração dos
fatos (LAKATOS; MARCONI, 2003).
A pesquisa científica é a realização de estudo planejado, com definição de
problemática a ser investigada. A finalidade é encontrar respostas para esclarecimento de
questões, mediante aplicação do rigor de método científico.
Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 15), a pesquisa pode ser considerada
procedimento formal, com método de pensamento reflexivo que requer tratamento científico e
se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.
Significa muito mais do que apenas procurar de verdade, mas descoberta de respostas para
perguntas ou soluções de problemas levantados pelo emprego de métodos científicos. Parte-se
de problema, de questionamento ou situação para o que o conhecimento não dispõe de
respostas adequadas.
Na identificação da problemática deste trabalho, inicialmente, questionou-se o impacto
econômico/financeiro da arrecadação de ICMS, do setor hoteleiro, com advento da Pandemia
de 2020 ? Como a análise dos dados de arrecadação de ICMS, no setor hoteleiro, a partir da
pandemia 2020, pode influenciar decisões de políticas públicas, no turismo?
Para aprofundamento e objetividade de entendimento da realidade, surgiram
questionamentos:
49

• Qual relação entre arrecadação total de ICMS e a arrecadação do setor hoteleiro no


Estado?
• Quais municípios arrecadam mais ICMS, dentro de suas respectivas regiões
turísticas?
• Qual relação, entre sazonalidade da taxa de ocupação hoteleira e a arrecadação do
setor?
Os questionamentos fundamentam os objetivos deste trabalho, isto é: respostas ao
´problema´ identificado na Introdução.
Entre os tipos de pesquisa disponíveis, no método científico, foram utilizados: método
bibliográfico e descritivo, com pesquisa documental e exploratória (base de dados) de forma
interdependente, pois, segundo Köche (1997, p. 122-125), o planejamento de uma pesquisa
depende tanto do problema a ser estudado, da sua natureza e situação espaço-temporal em que
se encontra, quanto da natureza e nível de conhecimento do pesquisador. Isso significa haver
tipos de pesquisa, com, além do núcleo comum de procedimentos, peculiaridades próprias,
muitas vezes, em pesquisa se utilizam tanto constatação quanto manipulação de variáveis
Buscou-se identificar escopo e variáveis, na mensuração do impacto
econômico/financeiro, na arrecadação tributária do Estado do Ceará, vinculada à atividade
turística, podendo subsidiar futuros trabalhos que visem à proposição de políticas públicas
pertinentes à atividade.
A base de dados disponibilizada possui séries históricas, desde 2016; quando se
identificaram variáveis de cunho quantitativo que expressam, com representatividade, a
atividade econômica no setor turístico do Estado, e fazem contraponto com elo estatístico,
junto ao volume de operações da cadeia produtiva, ligada ao parque turístico do Estado, tendo
o período pandêmico como referência. Entre variáveis utilizou-se PIB nacional, PIB do Ceará,
índices de inflação IPCA, arrecadação de ICMS total e por CNAE, além do período analisado
e territórios.

4.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS


Inicialmente fez-se levantamento, seleção e documentação de bibliografia publicada
pertinente. Qualquer tipo de pesquisa, em qualquer área de conhecimento, supõe e exige
pesquisa bibliográfica prévia, quer para levantamento da situação, quer para fundamentação
teórica ou para justificação de limites e contribuições da própria pesquisa (CERVO e
BERVIAN, 1976, p. 69).
Na pesquisa bibliográfica, principais referências usadas, por assunto:
50

• Economia do Turismo – Santos (2012), Moesch (2002), Magalhães (2012), Rocha


(2006), Gonçalves (2020);
• Turismo - Beni (2001), Barretto (2000), Bonald (1984), IBGE (2008), OMT (2003),
Lima (2017), SETUR (2017), Freire (2015), Coriolano (2006), (MTUR, 2019);
• Economia – IPECE (2007, 2019), IBGE (2020, 2021), Folha (2020), Diário (2020),
UOL (2017), CEARÁ (2020);
• Tributos e Federalismo - Carvalho (2009), Edra (2016), Conti (2004), Constituição
Federal (1988), Bijos (2012), ENAP (2017), Reverbel (2011), Bachur (2005), Rezende e
Afonso (2002), Ribeiro (2008), Lazaroni (2016);
• Planejamento e Políticas Públicas – Teixeira (2002), Jenkins (1978), Henz (2009),
Novo e Silva (2010), Molina e Rodríguez (2001), Cruz (2000), Goeldner, Ritchie, McIntosh
(2002), Dias (2008), Piscitelli (2004), Santos (2021), Oliveira (2008), Souza (2006),
SECULT (2021);
• Metodologia – Barros e Lehfeld (2003), Lakatos e Marconi (1987, 1996, 2003),
Köche (1997), Cervo e Bervian (1976), Almeida (1996), IBGE (2012, 2020), CONCLA
(2021), Lei Complementar 87 (1996), Machado (2000), Filho e Júnior (2009), Garson (2009),
Moore (2007), Cardoso (2008).
Concomitante, pesquisa exploratória, em portais de notícias pertinentes ao contexto
pandêmico estudado, assim como dados obtidos, especificamente, de hotéis, pousadas e
similares, onde práticas de lazer e turismo estão associadas ao consumo de produtos, de
arrecadação tributária do Estado, pelo recolhimento de ICMS. Fundamentou-se a importância
do tema, problema, objetivos e justificativa da dissertação.
Na pesquisa descritiva e documental, o objetivo é recolhimento, análise e interpretação
de informações, sobre determinado fato, assunto ou ideia. Conforme Lakatos e Marconi
(1996, p. 57), tais informações são provenientes de órgãos que as realizaram e englobam todo
o material escrito ou não, que pode servir de fonte de informação à pesquisa científica.
Encontram-se, em arquivos públicos e particulares, também em fontes estatísticas compiladas
pelos órgãos oficiais e particulares. A pesquisa deu-se na explanação e apresentação de
resultados e respostas aos questionamentos, objetivos finais deste trabalho.
Devido a característica complexamente dinâmica, pulverizada e heterogênea, não é
objetivo da pesquisa identificar ou mensurar o volume total da arrecadação da atividade
turística, em toda sua ampla cadeia econômica, e sim entender o comportamento do fluxo de
gastos e indicadores da distribuição, na movimentação de recursos pelos turistas propriamente
ditos, que são os que se deslocam e se hospedam em alojamentos turísticos, ou seja, hotéis,
51

pousadas e similares. Identificando-se quais municípios e regiões concentram arrecadação no


setor, infere-se o grau de participação da atividade no território, de forma assertiva, sem
influência do consumo ou distorções por parte de residentes, e correlacionar com variáveis de
demanda e taxa de ocupação, no escopo do trabalho alinhado aos objetivos.
Objetivos desta dissertação e investigação:
Objetivo Geral:
 Mensurar o impacto econômico/financeiro da pandemia na arrecadação de ICMS do
setor hoteleiro, comparado aos anos de 2020 e 2019.
Específicos:
 Verificar estatisticamente o grau de dependência entre a arrecadação total de ICMS do
Ceará e arrecadação do setor hoteleiro, entre 2016 e 2020;
 Mapear municípios/regiões com maior participação na arrecadação de ICMS e
possíveis fatores que contribuem para tais proporções, entre 2016 e 2020;
 Entender a correlação da sazonalidade da taxa de ocupação hoteleira e arrecadação de
ICMS.

Com objetivo de levantar informações específicas da arrecadação do setor, oriundas de


base de dados real, fidedigna, porém rudimentar, optou-se por utilizar métodos estatísticos
simples e adequados a tratamentos de dados primários (agrupamento, tabulação, médias,
correlação), em análise comparativa e relacional, não obstante poder fomentar contas ou
cálculos de métodos econométricos. Na ótica de turismo como atividade econômica
interdisciplinar, à luz da chamada “Economia do Turismo”, sem adentrar a complexidade de
cálculos avançados de tais métodos, o objetivo é distinto, ou seja, mensurar a produção
turística.

4.2 CONCEITOS FUNDANTES


Faz-se necessário levantamento e explicação de conceitos e procedimentos de
construção da pesquisa, que alicerçam a origem dos dados, métodos utilizados e resultados da
pesquisa.

4.2.1 BASE DE DADOS


A base de dados utilizada é o Cadastro Geral da Fazenda – CGF, com dados de
contribuintes de ICMS, contemplando a arrecadação histórica do setor hoteleiro, como mostra
a FIGURA 3, a seguir.
52

A base de dados, oficialmente disponibilizada pela Secretaria da Fazenda, do período


de 2016 a 2020, contempla, com folga, foco, no período pandêmico (2020/2019). Assim, em
análises de objetivos específicos, para entendimento amplo da realidade econômica do
turismo, no Ceará, utilizou-se o universo de dados disponibilizados quando necessário,
garantindo lastro comparativo em análises, o que serviu de paramêtro para entendimento
amplo do contexto econômico.
FIGURA 9 – CADASTRO DE CONTRIBUINTES DO ICMS

Fonte: VPN / SEFAZ

O banco de dados de servidores Data Warehouse, da Secretaria da Fazenda, em


sistema de plataforma baixa, ou seja, acesso se dá remotamente por terminal via virtual
private network – VPN, através do software SEFAZ – Entire Connection Terminal.
De acordo com Machado (2000), Data Warehouse é:
“um sistema de computação utilizado para armazenar informações relativas
às atividades de uma organização em bancos de dados, de forma consolidada.
São as chamadas séries históricas que possibilitam uma melhor análise de
eventos passados, oferecendo suporte às tomadas de decisões presentes e à
previsão de eventos futuros.
Data warehouse centraliza e consolida grandes quantidades de dados de várias fontes.
Os recursos analíticos permitem que organizações obtenham informações de negócios úteis de
dados para facilitar a tomada de decisões. Com o tempo, cria-se registro histórico, inestimável
para cientistas de dados e analistas de negócios. Devido a recursos, um data warehouse pode
ser considerado “única fonte verdadeira” da organização.
53

No Cadastro Geral da Fazenda - CGF, a CNAE específico (55.10.80.1) está atribuída


às empresas que desempenham atividade no ramo hoteleiro, incluindo pousadas e similares,
que possivelmente possuam CNAE´s que envolvam serviços de alimentação, bares e
restaurantes, pois necessitam do número no CGF para emissão de documentos fiscais
faturados pro consumo, incidindo recolhimento do ICMS.

4.2.2 CORRELAÇÃO DE PEARSON


Em análises quantitativas, optou-se por calcular o coeficiente de correlação de Pearson
(r), em que, segundo Filho e Júnior (2009), tal coeficiente é medida de associação linear entre
variáveis.
Garson (2009) tem correlação “uma medida de associação bivariada (força) do grau de
relacionamento entre duas variáveis”. Para Moore (2007), “a correlação mensura a direção e
o grau da relação linear entre duas variáveis quantitativas” (Moore, 2007, p.100).
Usou-se cálculo de correlação de Pearson, em objetivos específicos para verificação
estatística do grau de dependência, entre arrecadação total de ICMS e arrecadação do setor
hoteleiro; no Estado; e para entendimento de correlação da sazonalidade da taxa de ocupação
hoteleira e arrecadação de ICMS do setor hoteleiro;
O coeficiente de correlação de Pearson (r) ou coeficiente de correlação produto-
momento ou o r de Pearson mede o grau de correlação linear, entre variáveis quantitativas. É
índice adimensional, com valores entre -1,0 e 1.0, que reflete a intensidade de relação linear,
entre dois conjuntos de dados. Segundo Filho e Júnior (2009), quanto mais perto de 1
(independente do sinal) maior o grau de dependência estatística linear entre variáveis. Em
oposto, quanto mais próximo de zero, menor a força de relação. Onde:
r= 1 Significa correlação perfeita, positiva entre duas variáveis.
r= -1 Significa correlação negativa perfeita, entre duas variáveis - Isto é, se uma
aumenta, a outra sempre diminui.
r= 0 Significa que duas variáveis não dependem linearmente uma da outra.
No entanto, pode existir outra dependência, "não linear". Assim, o resultado r=0 deve
ser investigado por outros meios.
Com intervalo de dados selecionados, planilhas eletrônicas rapidamente fornecem o
coeficiente, pelo uso da fórmula PEARSON ou CORR.
54

4.3 OS PASSOS DA PESQUISA


Inicialmente, pesquisa, na base de dados do cadastro geral de contribuintes da
Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará – CGF, se deu com acesso pelo sistema RECEITA,
com dados extraídos, entre os meses de janeiro e abril de 2021, conforme FIGURA 10.

FIGURA 10 – ACESSO AO SISTEMA RECEITA / SEFAZ

FONTE: VPN SEFAZ/CE

"Data mining" (FIGURA 11), na base de dados da Secretaria da Fazenda, combinação


de filtros e variáveis (CNAE específico, ICMS arrecadado, região turística, município, taxa de
ocupação e demanda hoteleira) de estabelecimentos, trouxe esclarecimento fidedigno e
tempestivos sobre questionamentos elaborados, no início deste trabalho.
Segundo Cardoso (2008), Data mining, ou mineração de dados é:
“uma técnica que faz parte de uma das etapas da descoberta de conhecimento
em banco de dados. Ela é capaz de revelar, automaticamente, o conhecimento
que está implícito em grandes quantidades de informações armazenadas nos
bancos de dados de uma organização. Essa técnica pode fazer, entre outras,
uma análise antecipada dos eventos, possibilitando prever tendências e
comportamentos futuros, permitindo aos gestores a tomada de decisões
baseada em fatos e não em suposições.
55

FIGURA 11 – DATA MINING

FONTE: SISTEMA RECEITA / SEFAZ


Com intuito de prover informações necessárias para atendimento de objetivos
propostos, para tratamento dos dados, buscou-se mensurar, analisar e comparar historicamente
arrecadação do setor hoteleiro, na atividade turística por região, pela arrecadação de ICMS,
pelo consumo de pessoas jurídicas, com CNAE 5510-8/01, vinculada à circulação de
mercadorias, na Classificação Nacional de Atividades Econômicas e no CGF - Cadastro Geral
da Fazenda, entre anos de 2016 a 2020; posteriormente, verificou-se correlação de variáveis
de arrecadação do ICMS, taxa de ocupação e demanda hoteleira.
Com CNAE específico como filtro para amostra do universo de contribuintes, no
CGF, faz-se leitura incisiva e objetiva da realidade específica do segmento, chave para
realização da atividade turística, âncora de viabilização do fenômeno turístico, em essência.
Considerando que, na análise dos dados, houve tratamento analítico descritivo, com
constatação e comparação quantitativa de variáveis, por meio de planilhas eletrônicas
utilizadas para elaboração de gráficos e tabelas apresentadas.
56

FIGURA 12 – EXEMPLO DE EXTRAÇÃO DE DADOS RECEITA -


ARRECADAÇÃO HOTÉIS EM AQUIRAZ

FONTE: SISTEMA RECEITA / SEFAZ


Importante ressaltar que, entre dados extraídos, conforme FIGURA 12, nenhuma
parcela caracteriza quebra de sigilo fiscal ou desconformidade, visto que são dados filtrados
pela CNAE, sem exposição de qualquer contribuinte específico. Trata-se de dados agrupados
por setor econômico e atividade específica de recursos públicos do erário estadual, de acordo
com princípios constitucionais da publicidade e transparência.
Na categoria da CNAE de alojamentos, na pesquisa, não foram contabilizados apart-
hotéis, motéis, albergues, campings e pensões, visto que não envolvem consumo significativo
por partes dos turistas, ou tem representatividade mista, entre turistas e residentes.
De forma complementar e para checagem dos dados, foi necessário solicitar
formalmente relatórios à Secretaria da Fazenda.
57

FIGURA 13 – REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES

Fonte: Elaborado pelo autor e SEFAZ/CE


No dia 15/03/2021, foram formalmente solicitados à Coordenação de Arrecadação
Tributária/CATRI, por meio de Comunicado Interno/CI 21/2021, da SEFAZ/CE, dados
específicos da arrecadação de ICMS pela CNAE 551080/01, com segmentação por município,
entre os anos 2016 e 2020.

FIGURA 14 - COMUNICADO INTERNO/CI 21/2021 DA SEFAZ/CE

Fonte: Elaborado pelo autor e SEFAZ/CE


58

No dia 17/03/2021, disponibilizaram-se os relatórios solicitados à Coordenação de


Arrecadação Tributária/CATRI, através de Comunicado Interno/CI.
No dia 22/04/2021, formalmente solicitados à Coordenação de Arrecadação
Tributária/CATRI, mediante Sistema TRAMITA da SEFAZ/CE, dados específicos da
arrecadação de ICMS TOTAL e pela CNAE 551080/01, entre os anos 2016 e 2020.

FIGURA 15 – OFÍCIO 3000/2021

Fonte: SEFAZ/CE

Em 26/04/2021, OFÍCIO 3000/2021 atende às solicitações e corrobora formalmente a


oficialidade dos dados solicitados à Coordenação de Arrecadação Tributária/CATRI.
59

FIGURA 16 – RELATÓRIOS DISPONIBILIZADOS VIA SISTEMA TRAMITA

Fonte: SEFAZ/CE
Os relatórios solicitados à Coordenação de Arrecadação Tributária/CATRI foram
disponibilizados pelo Sistema TRAMITA da SEFAZ/CE em formato PDF5.

Fonte: SEFAZ/CE

5 Portable Document Format (Formato Portátil de Documento),


60

A Figura acima mostra Relatório em PDF com dados da arrecadação de ICMS, em


Hotéis, no período de 2016 a 2020, com timbre oficial do Governo do Estado do Ceará.

Fonte: SEFAZ/CE
Figura acima mostra Relatório em PDF com dados da arrecadação total de ICMS com
especifidade em todos os CNAE´s, no período de 2016 a 2020.

Fonte: Elaborado pelo autor e SEFAZ/CE


Expõe-se planilha eletrônica, filtrados e tratados dados disponibilizados,
confeccionadas tabelas e gráficos, com agrupamentos e cálculos do coeficiente de Pearson.
61

Fonte: Elaborado pelo autor e SEFAZ/CE

Disponibilizada a base de dados, procedeu-se tratamento de dados, agrupamento,


tabulação, média, correlação com análise comparativa e relacional de variáveis por meio de
planilha eletrônica, na elaboração de gráficos e tabelas, com ferramentas do programa
LibreOffice versão 7.0.5.2 (x64).
62

5 RESULTADOS DA PESQUISA
À análise estatísca de dados da arrecadação, no setor hoteleiro, pela arrecadação de
ICMS pelo consumo, de pessoas jurídicas, com CNAE 5510-8/01, na Classificação Nacional
de Atividades Econômicas, extraídos da base de dados do CGF - Cadastro Geral da Fazenda,
disponibilizados entre 2016 e 2020, observando-se sazonalidade turística e contingências
econômicas, desde 2016, com foco no impacto sofrido, a partir de 2020 pela atividade, fruto
do contexto pandêmico.
O objetivo geral tem foco específico no período pandêmico, com análise comparativa,
entre 2020 e 2019, no entanto, nos objetivos específicos, utilizaram-se os dados
disponibilizados, desde 2016, é que se busca entendimento refinado da realidade turística e
relação com variáveis de cunho econômico, sendo importante dispor de panorama amplo,
fundamentando melhor análises, em comparativo temporal.

5.1 EVIDÊNCIAS DE IMPACTO ECONÔMICO NA ATIVIDADE TURÍSTICA DO


CEARÁ EM 2020
Segundo Secretária da Fazenda do Estado do Ceará (DIÁRIO, 2020), com a queda
expressiva da arrecadação tributária, devido ao impacto da economia, em virtude da pandemia
de COVID-19, inicialmente, constatam-se perdas de 30% do montante do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal fonte da receita tributária do estado.
63

TABELA 1 - ARRECADAÇÃO TOTAL DE ICMS DO ESTADO CEARÁ 2020 / 2019


ICMS 2019 2020 % 2020/2019
JAN 1.116.110.114,54 1.252.891.775,43 12,26%
FEV 1.015.490.607,73 1.044.627.340,76 2,87%
MAR 974.355.608,00 983.883.590,70 0,98%
ABR 1.026.387.076,33 778.904.629,56 -24,11%
MAI 1.025.656.435,56 641.686.258,76 -37,44%
JUN 1.009.514.884,35 845.614.222,54 -16,24%
JUL 1.164.626.077,79 1.039.286.781,05 -10,76%
AGO 1.079.901.347,66 1.217.550.035,59 12,75%
SET 1.202.075.189,25 1.298.776.979,89 8,04%
OUT 1.126.080.643,59 1.296.522.670,28 15,14%
NOV 1.197.346.963,83 1.362.885.426,03 13,83%
DEZ 1.214.312.646,02 1.466.048.337,07 20,73%
TOTAL 13.151.859.613,65 13.228.680.067,66 0,58%
FONTE: BASE DE DADOS SEFAZ/CE

Visto que tal afirmação deu-se em meados de abril de 2020, corrobora com dados
apurados considerando a arrecadação total do ICMS, chegando ao ápice, no mês de maio, e
queda de 37,44% considerando o mesmo mês de 2019, conforme TABELA 1.
64

GRÁFICO 1 - ARRECADAÇÃO TOTAL ICMS DO ESTADO CEARÁ 2020 / 2019

FONTE: BASE DE DADOS SEFAZ/CE


No entanto, conforme GRÁFICO 1, observa-se expressiva recuperação de arrecadação
de todas as CNAEs após mês de julho de 2020, acompanhando provável reaquecimento
econômico, fruto de possíveis esforços de arrecadação e/ou adesão ampla dos contribuintes ao
REFIS (Programa Especial de Parcelamento de Dívidas Tributárias do Governo do Estado)
(CEARÁ, 2020), com crescimento nominal de 0,58%, no comparativo total anual, entre 2020
e 2019.
Porém, na análise da arrecadação vinculada à atividade turística, o impacto é grave,
como se tem a seguir.
65

TABELA 2 - ARRECADAÇÃO DO ESTADO CEARÁ EM HOTÉIS CNAE 55.1080-1


2020 / 2019
MÊS/ANO 2019 2020 % 2020/2019
JAN 926.585,11 1.084.386,18 17,03%
FEV 831.783,27 853.681,47 2,63%
MAR 776.270,97 372.649,03 -51,99%
ABR 628.554,43 131.678,32 -79,05%
MAI 560.901,36 36.579,62 -93,48%
JUN 470.188,54 24.093,19 -94,88%
JUL 812.389,36 78.471,55 -90,34%
AGO 837.987,63 377.135,81 -55,00%
SET 746.818,33 290.032,32 -61,16%
OUT 752.515,95 596.833,13 -20,69%
NOV 804.441,83 612.960,51 -23,80%
DEZ 946.183,58 686.622,27 -27,43%
TOTAL R$ 9.094.620,36 R$ 5.147.143,40 -43,40%
FONTE: RECEITA SEFAZ/CE

Conforme TABELA 2, verifica-se impacto em evidência na arrecadação tributária


estadual do ICMS, no ano de 2020, em contraste com 2019, no setor de hotelaria (CNAE
55.1080-1). Constata-se acentuada queda na arrecadação do segmento, aproximadamente 43%
em valores nominais.
Identificam-se quedas proporcionais acima de 90% no comparativo dos meses de maio
a julho de 2020 e de 2019, período crítico do panorama da pandemia em 2020.
66

GRÁFICO 2 - ARRECADAÇÃO DO ESTADO CEARÁ EM HOTÉIS CNAE 55.1080-1


2020 / 2019

FONTE: RECEITA SEFAZ/CE

Pelo GRÁFICO 2, o PICO da pandemia reverbera queda acentuada de valores


arrecadados, a partir de março de 2020, quando isolamento social, assim como restrições de
circulação de indivíduos impactam demanda e ocupação hoteleira, consequentemente, na
queda de arrecadação por estabelecimento vinculado à atividade turística.
Contudo, apesar de queda expressiva, o comportamento da arrecadação de 2020 segue
linha de sazonalidade, observada também em anos anteriores e em visível relação com a taxa
de ocupação hoteleira, confome publica a SETUR (2017).
Apesar de diminuição em níveis de perda, no comparativo com 2019, nos meses finais
do ano de 2020, inferindo algum reaquecimento no setor hoteleiro, alinhado com o
arrefecimento de níveis de restrição de circulação de impostos, entre os meses de março e
setembro de 2020; no entanto, com base na arrecadação, a atividade turística não se recupera
em mesmo grau que a atividade econômica, de modo geral, como observado na recuperação
de arrecadação total de ICMS, no segundo semestre de 2020.
67

5.2 CORRELAÇÃO DA ARRECADAÇÃO DE ICMS TOTAL x ICMS HOTÉIS NO


CEARÁ
A arrecadação de ICMS TOTAL engloba todas as atividades econômicas, ou seja, são
valores que expressam a totalidade de recursos recolhidos ao Tesouro Estadual, referente ao
Imposto sobre circulação de mercadoria em todas as CNAEs. Segue TABELA 3, com valores
nominais (em reais), de 2016 a 2020, mês a mês, respectivamente: (tal seleção de escopo
temporal, que engloba período ‘pré-pandêmico’, se deu como forma de garantir maior lastro
comparativo em análises, o que serviu como paramêtro para melhor entendimento do contexto
econômico.)
TABELA 3 - ARRECADAÇÃO TOTAL ICMS CEARÁ 2016 a 2020 (R$)

MÊS/ANO 2016 2017 2018 2019 2020

JAN 866.185.793,36 956.206.876,05 1.077.504.084,74 1.116.110.114,54 1.252.891.775,43

FEV 830.362.158,38 820.242.335,50 920.136.509,29 1.015.490.607,73 1.044.627.340,76

MAR 806.627.987,70 828.483.965,44 852.081.936,45 974.355.608,00 983.883.590,70

ABR 841.214.891,00 850.943.592,65 964.028.707,41 1.026.387.076,33 778.904.629,56

MAI 825.345.997,53 831.763.639,26 928.067.001,18 1.025.656.435,56 641.686.258,76

JUN 841.738.682,42 1.048.788.026,00 861.326.271,33 1.009.514.884,35 845.614.222,54

JUL 864.702.993,62 963.753.777,30 975.031.646,06 1.164.626.077,79 1.039.286.781,05

AGO 901.755.876,02 950.998.490,51 1.076.776.704,36 1.079.901.347,66 1.217.550.035,59

SET 913.146.809,71 971.294.212,97 1.051.456.992,24 1.202.075.189,25 1.298.776.979,89

OUT 898.854.126,42 995.466.219,10 1.044.426.577,56 1.126.080.643,59 1.296.522.670,28

NOV 908.188.092,09 1.050.054.261,97 1.071.379.282,84 1.197.346.963,83 1.362.885.426,03

DEZ 938.026.539,00 1.085.935.514,48 1.156.746.736,71 1.214.312.646,02 1.466.048.337,07

TOTAL 10.436.151.963,25 11.353.932.928,23 11.978.964.468,17 13.151.859.613,65 13.228.680.067,66

Cresc % 5,85% 8,79% 5,50% 9,79% 0,58%

IPCA 6,29% 2,95% 3,75% 4,31% 4,52%

PIB Ceará -4,08% 1,49% 1,45% 2,11 -3,56

PIB Nac. -3,28% 1,32% 1,32% 1,14% -4,1%

FONTE: BASE DE DADOS SEFAZ/CE e IBGE e IPECE. Nota: Crescimento PIB em volume (variação real) do
Produto Interno Bruto. Crescimento anual em relação ao ano anterior.
68

Observou-se crescimento nominal constante da arrecadação geral de ICMS há, pelo


menos, uma década, porém, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) (IBGE, 2021b), os anos de 2016 e 2020 não registraram crescimento real,
devido à inflação do período, em contexto de economia recessiva (UOL, 2017).

GRÁFICO 3 - ARRECADAÇÃO TOTAL ICMS CEARÁ 2016 a 2020 (R$)

FONTE: BASE DE DADOS SEFAZ/CE e IBGE

Pelo gráfico 3, observa-se que, no auge do período pandêmico em 2020, a arrecadação


de ICMS total tombou um nível aquém do ano de 2016, com forte recuperação, porém no
segundo semestre.
A arrecadação de ICMS HOTEIS engloba apenas a atividade econômica do segmento
hoteleiro, dados filtrados pela CNAE 5510801, ou seja, valores que expressam recursos
recolhidos ao Tesouro Estadual, referente ao Imposto sobre circulação de mercadoria somente
de estabelecimentos classificados com tal atividade. Segue TABELA 4, com valores de 2016
a 2020, mês a mês:
69

TABELA 4 - ARRECADAÇÃO ICMS HOTÉIS CEARÁ 2016 a 2020


MÊS/
ANO 2016 2017 2018 2019 2020
JAN 681.968,33 693.418,05 724.376,83 926.585,11 1.084.386,18
FEV 806.095,43 824.978,62 747.416,26 831.783,27 853.681,47
MAR 687.788,29 500.836,31 608.878,97 776.270,97 372.649,03
ABR 422.090,88 448.804,55 482.100,40 628.554,43 131.678,32
MAI 705.342,16 470.535,04 547.899,32 560.901,36 36.579,62
JUN 561.567,87 455.591,04 484.073,32 470.188,54 24.093,19
JUL 510.405,77 715.722,03 693.908,04 812.389,36 78.471,55
AGO 936.231,27 884.736,79 957.320,12 837.987,63 377.135,81
SET 727.983,61 684.362,73 712.309,59 746.818,33 290.032,32
OUT 494.950,84 604.262,42 681.867,39 752.515,95 596.833,13
NOV 658.185,67 654.652,01 834.638,63 804.441,83 612.960,51
DEZ 667.251,25 738.806,04 1.061.796,87 946.183,58 686.622,27

TOTAL 7.859.861,37 7.676.705,63 8.536.585,74 9.094.620,36 5.147.143,40

Cresc % 15,26%% -2,33% 11,20% 6,54% -43,40%

IPCA 6,29% 2,95% 3,75% 4,31% 4,52%

PIB Ceará -4,08% 1,49% 1,45% 2,11 -3,56%

PIB Nac. -3,28% 1,32% 1,32% 1,14% -4,1%

FONTE: BASE DE DADOS SEFAZ/CE e IBGE e IPECE. Nota: Crescimento PIB em volume (variação real) do
Produto Interno Bruto. Crescimento anual em relação ao ano anterior.

Diferentemente de ICMS total, há oscilação e inconstância de crescimento comparado,


ano a ano, da arrecadação do setor hoteleiro, onde se identificou inversão de crescimento
peculiar, no ano de 2016, e decréscimo em 2017, visto que indicadores econômicos do PIB e
arrecadação total de ICMS demonstram comportamento diverso, ou seja, possível correlação
negativa nesses anos, chamando atenção para a investigação de possíveis fatores causadores
do fenômeno, pois, por inferência lógico dedutiva, o comportamento da arrecadação de hotéis,
supostamente deveria acompanhar a tendência econômica.
70

GRÁFICO 4 - ARRECADAÇÃO ICMS HOTÉIS CEARÁ 2016 a 2020

FONTE: BASE DE DADOS SEFAZ/CE

Pelo GRÁFICO 4, nota-se clara derrocada de valores da arrecadação, em hotéis, no


ano de 2020, porém, com comportamento da sazonalidade similar aos demais anos, ou seja,
baixa acentuada, a partir de janeiro, e crescimento a partir de julho, com tendência à
estabilidade, no decorrer do segundo semestre e novo crescimento em dezembro.
No exame de correlação de Pearson, tendo ICMS total e ICMS hotéis como variáveis
analisadas, na distribuição mensal, conforme TABELAS 3 e 4, com obtenção de dados a
seguir:

TABELA 5 - CORRELAÇÃO ICMS TOTAL x ICMS HOTÉIS 2016 a 2020


ANO 2016 2017 2018 2019 2020

r Pearson 0,12 0,20 0,79 0,53 0,65

FONTE: Elaborado pelo autor / Base de Dados


Coeficientes obtidos, pelo comparativo de distribuição mensal, nos anos de 2016 e
2017, entre ICMS TOTAL e ICMS HOTÉIS, tiveram correlação linear positiva de associação
fraca, ou seja, influência de arrecadação, na outra associada positivamente (>0), porém de
forma leve (<0,2). Visto que estes anos, no quesito ICMS Hotéis apresentaram
comportamento de tendência entrópica. Nos anos de 2018 a 2020, o coeficiente apresenta
correlação positiva com associação de tendência forte (>0,5), em que se infere, com base na
71

arrecadação, inter-relação alta, entre atividade turística e atividade econômica de modo geral,
nos anos de 2018 a 2020.

No entanto, o ano de 2020 é peculiar, pois, apesar do impacto pandêmico e sendo


atividade turística fortemente atingida em suas raízes, foi observado que, na distribuição
mensal, a arrecadação em hotéis teve comportamento similar ao da arrecadação total, apesar
de forte queda. Com base em indicadores, afirma-se que, no panorama estudado, a atividade
turística é sensível à instabilidade econômica que reverbera na sua dinamicidade.

5.3 MAPEAMENTO DAS REGIÕES TURÍSTICAS E RANKING DOS MUNICÍPIOS


PELA ARRECADAÇÃO DE ICMS NO SETOR HOTELEIRO
Dados da arrecadação do setor hoteleiro, entre os anos de 2016 a 2020, agrupados por
município em ordem alfabética, constam no APÊNDICE B.
De acordo com APÊNDICE B, houve queda de arrecadação de ICMS Hotéis, na
grande maioria dos municípios, seguindo tendência econômica, devido ao contexto restritivo,
porém alguns municípios demonstram peculiaridades, com tendência inversa, no ano de 2020
comparado a 2019: Acaraú, Amontada, Apuiarés, Beberibe, Camocim, Caririaçu, Fortim,
Guaraciaba do Norte, Guaramiranga, Icó, Itarema, Mauriti, Mombaça, Morada Nova,
Paracuru, Paraipaba, Tauá, Tianguá, Ubajara e Viçosa do Ceará.
Destinos turísticos tradicionais, receptores de demanda externa, nacional ou
internacional, mantiveram a tendência de queda, vide impacto sofrido, porém os municípios
mencionados se caracterizam por receberem turistas do próprio estado. O fenômeno é
explicado por possível movimento turístico de fluxo interno, realizado por residentes do
próprio Estado, como espécie de “escape” da pandemia, nos maiores centros urbanos, rumo
ao litoral e serras.
De acordo com o programa de regionalização do Turismo, do Ministério do Turismo
(MTUR, 2019), o Ceará está dividido em 12 (doze) regiões turísticas, conforme FIGURA 17,
a seguir, onde se observam tais regiões distribuídas geograficamente.
72

FIGURA 17 – MAPA DAS REGIÕES TURÍSTICAS DO CEARÁ - MTUR

Fonte: SETUR (2020)

APÊNDICE C: apresenta-se o ranking completo, conforme a arrecadação de hotéis,


ano a ano, de 2016 a 2020, com identificação do município e respectiva região (legenda da
FIGURA 17).
Observa-se, que a quantidade de municípios de arrecadação com a atividade hoteleira,
diminuiu progressivamente, de 73 para 66, de 2016 a 2020.
Orós, Parambu, Campos Sales, Forquilha, Senador Pompeu, Redenção, Aurora, Pires
Ferreira e Iracema não arrecadaram em 2020. Meruoca, Banabuiú, Acopiara, Jati, Lavras da
Mangabeira, Boa Viagem, não arrecadam, desde 2018. Jucás, Pentecoste, Cedro, Groaíras e
Barro, sem arrecadação, desde 2017. Jaguaretama e Várzea Alegre, desde 2016.
73

Entre os municípios citados, somente Orós, Jaguaretama, Várzea Alegre e Meruoca


fazem parte formalmente de região turística, segundo programa de regionalização do turismo,
do ministério do turismo (mtur, 2019). O município de Ipueiras demonstra potencial
arrecadatório crescente, desde 2016, porém não se diz participante de região turística.
TABELA 6 - RANKING 10 MUNICÍPIOS COM MAIOR ICMS HOTÉIS 2016 A 2020

# 2016 2017 2018 2019 2020


1 AQUIRAZ FORTALEZA AQUIRAZ AQUIRAZ AQUIRAZ
2 FORTALEZA AQUIRAZ FORTALEZA FORTALEZA FORTALEZA
3 CAUCAIA CAUCAIA CAUCAIA CAUCAIA CAUCAIA
4 J. DE JERICOACOARA J. DE JERICOACOARA J. DE JERICOACOARA J. DE JERICOACOARA J. DE JERICOACOARA
5 JUAZEIRO DO NORTE JUAZEIRO DO NORTE CRUZ S. G. DO AMARANTE S. G. DO AMARANTE
6 ARACATI ARACATI JUAZEIRO DO NORTE CRUZ ACARAU
7 CRUZ CRUZ ARACATI JUAZEIRO DO NORTE JUAZEIRO DO NORTE
8 BEBERIBE BEBERIBE TRAIRI ACARAU CRUZ
9 TRAIRI TRAIRI S. G. DO AMARANTE TRAIRI AMONTADA
10 CAMOCIM CAMOCIM CAMOCIM ARACATI TRAIRI
FONTE: BASE DE DADOS SEFAZ/CE – elaborado pelo autor

Pela pesquisa, tem-se alta concentração de consumo da atividade turística, na região


metropolitana de Fortaleza, em média 82,12% entre os anos de 2016 a 2020, incluídos os
municípios de Fortaleza (33,36%), Aquiraz (40,68%) e Caucaia (8,08%), em destaque,
Aquiraz, como de maior participação, na arrecadação do setor hoteleiro, caracterizando-se
como importante polo turístico do litoral, com evidência de ser de maior peso econômico, na
atividade turística do Estado. Sua importância econômica se dá, face a investimentos e
políticas públicas de turismo que reverberaram, no local, por possuir grandes resorts, boa
infraestrutura com maior parque aquático da América Latina, um dos maiores do mundo. O
complexo Beach Park é conhecido como maior atrativo turístico do Ceará, com maior espaço
de lazer e diversão, no turismo da região metropolitana de Fortaleza. Turistas usufruem da
infraestrutura, hotéis, barracas e restaurantes, consomem produtos e serviços e estimulam o
crescimento dos empreendimentos, que são estabelecimentos comerciais cadastrados na
Secretaria da Fazenda que recolhem impostos incidentes sobre os produtos de venda.
O município de Jijoca de Jericoacoara, fora da região metropolitana, mantém posição
estável (4º lugar), com média de 4,76%, na participação da arrecadação pelo consumo em
hotéis, não sendo a mesma condição de Juazeiro do Norte, com participação média de 2,02%,
ambos municípios polos importantes, na região do Litoral Extremo Oeste e do Cariri,
respectivamente. Porém os municípios de São Gonçalo do Amarante, Cruz e Acaraú
apresentam notável evolução, com participação média de 2,5%, 1,70 e 0,67%
74

respectivamente, com destaque para o município de Acaraú que, em 2016, ocupava a 58ª
colocação passando a 6ª colocação, em 2020, com crescimento de 25,61%, em relação a 2019.
A configuração atual de regiões turísticas do Ceará, com respectivos municípios,
conforme programa de regionalização do Turismo, do Ministério do Turismo (MTUR, 2019),
está vigente desde 2019. TABELA 7 com os dados da participação percentual por região dos
anos de 2019 e 2020, seguido pelos valores absolutos da arrecadação e comparativo, entre
2020 e 2019.

TABELA 7 – PARTICIPAÇÃO % e IMPACTO POR REGIÃO


Participação por Região 2019 e 2020 Comparativo por Região %(2020/2019)-1
REGIÃO %2019 %2020 2019 2020 2020/2019

Litoral Leste 39,96% 43,43% R$ 3.634.523,44 R$ 2.234.889,16 -38,51%

Fortaleza 32,49% 26,29% R$ 2.954.953,33 R$ 1.352.786,00 -54,22%

Litoral Oeste 14,69% 15,79% R$ 1.336.446,30 R$ 812.384,41 -39,21%

Litoral Ext. Oeste 9,00% 9,57% R$ 818.519,00 R$ 492.563,84 -39,82%

Cariri 1,67% 2,00% R$ 151.670,87 R$ 102.851,93 -32,19%

Ibiapaba 0,34% 0,87% R$ 30.540,23 R$ 44.773,56 46,61%

Vale do Jaguaribe 0,44% 0,63% R$ 39.578,50 R$ 32.305,86 -18,38%

Vale do Acaraú 0,39% 0,52% R$ 35.902,65 R$ 26.977,97 -24,86%

Serras Aratanha / Baturité 0,35% 0,42% R$ 32.056,63 R$ 21.593,29 -32,64%

Demais Municípios 0,40% 0,18% R$ 36.632,62 R$ 9.055,55 -75,28%

Centro Sul/V. Salgado 0,15% 0,13% R$ 14.089,88 R$ 6.434,61 -54,33%

Sertão dos Inhamuns 0,06% 0,12% R$ 5.136,15 R$ 6.266,21 22,00%

Sertão Central 0,05% 0,06% R$ 4.570,76 R$ 2.906,49 -36,41%

TOTAL 100,00% 100,00% R$ 9.096.639,36 R$ 5.147.808,88

FONTE: BASE DE DADOS SEFAZ/CE


Regiões do litoral concentram mais de 95% de toda a arrecadação de hotéis do Ceará,
o que confirma turismo de Sol e Mar predominante no Estado. No entanto, em 2020, regiões
da IBIAPABA e SERTÃO DOS INHAMUNS tiveram crescimento de 46,61% e 22%,
respectivamente, demonstrando tendência à interiorização, com fluxo de “turistas locais”
intenso, no período pandêmico. As demais regiões sofreram forte impacto.
A região de Fortaleza, do Centro Sul/Vale do Salgado e municípios que não compõem
região turística, sofreram impacto, no comparativo entre 2020 e 2019, -54,22%, -54,33% e -
75

75,28% de queda da arrecadação, respectivamente, perdendo participação de 2019 para 2020,


no comparativo, entre regiões.

FIGURA 18 – MAPEAMENTO DO IMPACTO% E PARTICIPAÇÃO% POR


REGIÃO 2020

Fonte: Elaborado pelo autor com base de dados da SEFAZ

Pela FIGURA 18: consolidação do mapeamento realizado, em que se constata que o


impacto percentual por região revela crescimento anômalo da região serrana da Ibiapaba e
sertão de Inhamuns, além da alta concentração da arrecadação de ICMS, em hotéis, na região
do litoral (95%), mesmo com alto impacto da pandemia, da atividade turística, a que chegou a
queda média 89,44%, no quadrimestre mais crítico de 2020.
76

5.4 CORRELAÇÃO ENTRE TAXA DE OCUPAÇÃO E ARRECADAÇÃO DO SETOR


HOTELEIRO
A taxa de ocupação pela procura hoteleira é indicativo importante para mensuração de
movimentação econômica da atividade turística, por refletir efetivamente fluxo de turistas que
se deslocam e visitam destinos turísticos, com ocupação de unidades habitacionais, no
segmento, podendo ser utilizada como variável de checagem e referência, na verificação da
relação com o objeto, formando elo estatístico significativo a ser analisado.

TABELA 8 - TAXA DE OCUPAÇÃO MENSAL DA REDE HOTELEIRA 2016/2020


Meses 2016 2017 2018 2019 2020 Média mês
Jan 81,3 84,9 85,8 86,9 88,6 85,5
Fev 70,2 73,8 75,8 76,7 77,9 74,88
Mar 65 69,9 71,7 72,3 51,6 66,1
Abr 63,7 66,5 68,6 69,9 3,8 54,5
Mai 58,1 62,4 64,8 65,8 7,3 51,68
Jun 64,8 69,6 71,9 72,6 14,2 58,62
Jul 78,5 84,3 87,2 88,1 35,3 74,68
Ago 69,5 71,9 74,2 75,7 43,9 67,04
Set 71,3 73,8 75,9 76,5 43,2 68,14
Out 71,9 74,6 76,7 77 50,1 70,06
Nov 71,9 75,8 78 78,5 52 71,24

Dez 69,4 73,9 76,9 77,8 52,2 70,04


Anual 69,63 73,45 75,63 76,48 43,34 67,71
Fonte: SETUR/CE

Tabela 8 traz índices da taxa de ocupação hoteleira, divulgados pela SETUR, com uma
média, entre os anos de 2016 a 2019, de ocupação de unidades habitacionais da rede hoteleira,
no Ceará, sendo de 73,80%. No ano de 2020, queda acentuada em ocupação de 43,34%.
77

TABELA 9 - CORRELAÇÃO TAXA OCUPAÇÃO / ARRECADAÇÃO HOTÉIS


CEARÁ
Ano 2019 2020
Meses Tx. Ocup. ICMS Tx. Ocup. ICMS
Jan 86,90% 926.585,11 88,60% 1.084.386,18
Fev 76,70% 831.783,27 77,90% 853.681,47
Mar 72,30% 776.270,97 51,60% 372.649,03
Abr 69,90% 628.554,43 3,81% 131.678,32
Mai 65,80% 560.901,36 7,30% 36.579,62
Jun 72,60% 470.188,54 14,16% 24.093,19
Jul 88,10% 812.389,36 35,31% 78.471,55
Ago 75,70% 837.987,63 43,92% 377.135,81
Set 76,50% 746.818,33 43,15% 290.032,32
Out 77,00% 752.515,95 50,12% 596.833,13
Nov 78,50% 804.441,83 51,98% 612.960,51
Dez 77,80% 946.183,58 52,21% 686.622,27
Média /Total 76,48% 9.094.620,36 43,34% 5.145.123,40
r Pearson 0,68 0,92
Fonte: Elaborado pelo autor com base de dados da SEFAZ e SETUR

Conforme a tabela 9, nos anos de 2019 e 2020, a taxa de ocupação de hotéis teve alto
índice de correlação com a arrecadação de ICMS dos hotéis, sendo o ‘r de Pearson’
mensurado em 0,68 e 0,92 respectivamente, denotando forte relação de dependência entre a
taxa de ocupação e a arrecadação em hotéis, principalmente em 2020, quando se mostra nítido
o grau de intensa relação positiva, por variações extremas, porém correlatas.
Assim, pelos anos de 2019 e 2020, alto grau de correlação denota taxa de ocupação
variável, de checagem fidedigna, podendo servir como parâmetro importante ao fisco.
78

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No intuito de trasformar produção técnica deste trabalho em substância acadêmica
relevante, observam-se e analisam-se de forma crítica, informações de integração de assuntos
do problema inicial, com resultados e frutos, pelas explicações e esclarecimentos, em
linguagem acessível, a interessados na temática trabalhada.
O objeto desta dissertação é a arrecadação de ICMS, no setor hoteleiro do estado do
Ceará, onde se fez mapeamento por município e respectivas regiões turísticas, tomando como
base o período de 2016 a 2020, no intuito de contribuir com informações específicas da
atividade hoteleira, possibilitando que políticas públicas e trabalhos técnicos pertinentes às
Atividades Características do Turismo – ACT - tenham indicadores assertivos do fluxo de
movimentação de recursos vinculados à essência do turismo, observando-se impactos de
sazonalidade e contingências econômicas na atividade.
Inicialmente, questionou-se: “qual impacto econômico/financeiro, na arrecadação de
ICMS, do setor hoteleiro, com o advento da Pandemia de 2020? Como a análise dos dados de
arrecadação de ICMS, a partir da pandemia 2020, pode influenciar decisões de políticas
públicas, no turismo do estado?
Assim, na contextualização do problema, inegável o panorama pandêmico, vivenciado
desde o início de 2020, com necessidade de mudanças repentinas e transformadoras de
relações humanas e geopolíticas, afetando fortemente atividades de, principalmente,
deslocamento e interação de pessoas, a exemplo, o fenômeno turístico, especificamente, do
setor de hotelaria e alojamento; importância de políticas públicas e planejamento de políticas
de turismo, no espaço fiscal brasileiro, assim como dinamicidade do turismo como atividade
econômica e de arrecadação do setor hoteleiro no Ceará, na perspectiva da economia do
turismo.
Contribui para solução do problema, com mecanismos de elaboração de políticas
públicas, ligadas ao turismo, visto que, na pesquisa, indicadores trazem a realidade do
segmento hoteleiro, em todo o Estado, por município participante de regiões turísticas,
informações com indicativo de desempenho e de impacto significativo, num contexto
amplamente problemático, com panorama pandêmico instalado. Os indicadores revelam
impactos e participação, por município e região na arrecadação do Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços do setor hoteleiro.
E para compreensão econômica da problemática, elaboraram-se demais
questionamentos:
79

 Qual a relação entre a arrecadação total de ICMS do Ceará e a arrecadação do setor


hoteleiro?
 Quais municípios arrecadam mais ICMS, dentro de respectivas regiões turísticas?
 Qual a relação entre a sazonalidade da taxa de ocupação hoteleira e a arrecadação do
setor hoteleiro?
Para solução dos questionamentos, com resultados da pesquisa, fruto de objetivos
estabelecidos, aumentou-se, objetivamente, o entendimento da relação, entre a economia e o
turismo, por meio da arrecadação de impostos, com percepção de que, após advento da
pandemia, com perdas iniciais, na atividade econômica de forma geral, a arrecadação de
ICMS teve recuperação não seguida pelo segmento turismo, que ainda rearranja fluxos e rotas
de destinos turísticos tradicionais, com avanço da atividade ‘local’, doméstica e
‘intraestadual’.
Observou-se também, com base nos questionamentos: relação íntima entre
arrecadação de ICMS total e ICMS do setor hoteleiro, porém dissociada, no contexto
econômico instável; entre 2016 e 2020, Aquiraz foi responsável pela maior arrecadação de
ICMS, seguido de Fortaleza, Caucaia e Jijoca de Jericoacoara; taxa de ocupação e arrecadação
de ICMS, em hotéis, seguem tendência sazonal, com forte grau de correlação entre elas, no
período analisado. Os resultados da pesquisa, conforme objetivos, detalham respostas de
questionamentos/problema.
De forma sintética, alguns pontos podem ser elencados como constatação do trabalho:
• A Pandemia de COVID-19 impacta fortemente a atividade turística, em grau maior
que segmentos econômicos, principalmente, de alojamentos.
• Recomenda-se Incentivo Fiscal como Política Pública de Turismo, visto que houve
recuperação da arrecadação de ICMS Total, com tendência de crescimento real, em
2021, assim as ACTs necessitam de apoio, em especial, setor hoteleiro.
• Retomada da atividade pelas políticas de estruturação e estímulo à regionalização e
interiorização do fluxo turístico para o interior do estado, além do tradicional
“Turismo de Sol e Mar”.

O objetivo geral teve foco específico, no período pandêmico, portanto trouxe a análise
comparativa entre 2020 e 2019, no entanto, nos objetivos específicos, utilizam-se dados
disponibilizados, desde 2016, ao buscar-se entendimento nítido da realidade turística e relação
com variáveis de cunho econômico, sendo importante dispor de panorama amplo, para
fundamentação melhor da análise em comparativo temporal.
80

Este trabalho contribui com mecanismos de elaboração de políticas públicas ligadas ao


turismo, visto que, na pesquisa, obtiveram-se indicadores da realidade do segmento hoteleiro,
em todo o Estado, segmentado por municípios participantes de regiões turísticas (ver
APÊNDICES), assim como informações com indicativo de desempenho e de impacto
significativo em contexto amplamente problemático com panorama pandêmico instalado.
Acredita-se que, com compêndio de assuntos de construção deste trabalho, houve
êxito de objetivos propostos, com também contribuir com:
• Provimento de conhecimento da realidade turística do Estado do Ceará e do turismo
como atividade econômica;
• Avaliação da arrecadação de ICMS do segmento de hotéis do Estado, municípios e
regiões turísticas subsidiando políticas públicas e privadas com informações e
indicadores;
• Informações específicas do setor turístico com indicativo de desempenho e
identificação de impacto, face ao panorama pandêmico;
• Ranking municipal de arrecadação de ICMS do segmento hoteleiro por região
turística,

Apesar de notória influência de restrições sanitárias, na economia mundial, este


trabalho contribui, de forma objetiva, com identificação em números e descrição de dados que
traduzem evidências de impactos econômicos sobre o turismo, em especial, na atividade
hoteleira. No segundo semestre de 2020, a arrecadação de ICMS total demonstrou intenso
movimento de recuperação, em detrimento da atividade turística, em especial segmento
hoteleiro que não recrudesceu da mesma forma. Assim, enfatiza-se que houve pouco auxílio
às ACTs por parte do governo estadual, por importante política pública de turismo que
contemple o segmento viabilizando sua recuperação.
Tal política alavanca investimentos visando ao retorno da melhoria dos serviços e
estrutura da atividade, de forma ampla, além de promover incentivo à regionalização do fluxo
turístico, de forma efetiva, mantendo municípios motivados à busca de melhoria constante em
aparelhos turísticos dos territórios. Nada mais justo que retorno por meio de políticas públicas
à atividade turística, pelos benefícios que proporcionam, sejam econômicos, sociais e
culturais, principalmente como vetor de recuperação para atividade tão impactada com a
pandemia, no ano de 2020.
81

A dissertação apresenta os resultados da pesquisa e os objetivos alcançados,


confirmando a relação positiva entre a arrecadação de ICMS do setor hoteleiro e a atividade
turística na economia local, por meio da:
1. Verificação estatística de grau de dependência, entre arrecadação total de
ICMS do Ceará e arrecadação do setor hoteleiro, entre 2016 e 2020, o
resultado foi: obtenção de coeficientes pelo comparativo da distribuição
mensal, nos anos de 2016 e 2017, entre ICMS TOTAL e ICMS HOTÉIS, e
correlação linear positiva de associação fraca, ou seja, influência de
arrecadação em outra, associadas positivamente (>0), porém de forma leve
(<0,2). Visto que esses anos, quesito ICMS Hotéis, apresentaram
comportamento de tendência entrópica. Nos anos de 2018 a 2020, o coeficiente
apresenta correlação positiva, em associação de tendência forte (>0,5), em que
se infere, com base na arrecadação, inter-relação alta, entre atividade turística e
atividade econômica, de modo geral, nos anos de 2018 a 2020. No entanto,
2020 é peculiar, pois, apesar do impacto pandêmico e sendo a atividade
turística fortemente atingida em suas raízes, tem-se que, na distribuição
mensal, a arrecadação em hotéis teve comportamento similar ao da arrecadação
total, apesar de forte queda. Com base em indicadores, afirma-se que, no
panorama estudado, a atividade turística é sensível à instabilidade econômica
que reverbera na dinamicidade, porém a natureza da crise sanitária e
econômica em 2020 afetou a raiz da atividade turística; de forma diferente,
mesmo 2016 sendo um ano de contexto recessivo, houve aquecimento na
atividade turística.
2. Mapeamento dos municípios/regiões com maior participação na arrecadação
de ICMS, do setor hoteleiro e possíveis fatores que contribuem para
proporções entre 2016 e 2020; obteve-se a consolidação do mapeamento
realizado, em que se constata que o impacto percentual por região revela
crescimento anômalo da região serrana da Ibiapaba e sertão de Inhamuns, além
da alta concentração da arrecadação de ICMS, em hotéis, na região do litoral
(95%), mesmo com alto impacto da pandemia, da atividade turística, a que
chegou a queda média 89,44%, no quadrimestre mais crítico de 2020.
3. Correlação da sazonalidade da taxa de ocupação hoteleira e a arrecadação de
ICMS do setor hoteleiro no Ceará, nos anos de 2019 e 2020, entendeu-se que
taxa de ocupação dos hotéis no estado do Ceará tem alto índice de correlação
82

com a arrecadação de ICMS de hotéis, sendo o ‘r de Pearson’ mensurado, em


0,68 e 0,92 respectivamente, denotando forte relação de dependência entre a
taxa de ocupação e a arrecadação em hotéis, principalmente, em 2020, que se
mostra nítido grau de intensa relação positiva, talvez por variações extremas,
porém correlatas. Assim, constata-se que, pelos anos de 2019 e 2020, o alto
grau de correlação denota que a taxa de ocupação é uma variável de checagem
fidedigna, servindo como parâmetro importante ao fisco.

Com base nos argumentos, questionamentos e resultados dos objetivos específicos,


ampliou-se o conhecimento da realidade turística e sua interação econômica pela arrecadação
de ICMS, ratificando o objetivo geral, que mensurou o impacto econômico/financeiro da
pandemia na arrecadação de ICMS do setor hoteleiro. Assim, constata-se que, sendo resultado
do impacto com evidência na arrecadação tributária do ICMS, no ano de 2020, em contraste
com 2019, do setor de hotelaria (CNAE 55.1080-1), acentuada queda de arrecadação do
segmento, aproximadamente 43%, com valores nominais, identificadas quedas proporcionais,
acima de 90%, no comparativo dos meses de maio a julho de 2020 e de 2019, período crítico
do panorama da pandemia, em 2020.
Com o resultado da pesquisa, em face do tema e objetivos alinhados, por fim, da
síntese do trabalho, conclui-se que, pela viabilidade para o governo estadual, é tempestiva
política pública de turismo aliada a incentivo fiscal, sugerindo inclusão do critério
“turismo” na distribuição de parcela de arrecadação do ICMS estadual, respeitada a
sustentabilidade fiscal do Estado do Ceará, possibilitando recrudescimento do segmento.
83

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88

APÊNDICE A - DECRETOS DO GOVERNO DO CEARÁ COM AÇÕES CONTRA O


CORONAVÍRUS

Nº DECRETO PUBLICAÇÃO DESCRIÇÃO

DECRETO Nº33.510, de 16 de março de 2020. DECRETA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE


E DISPÕE SOBRE MEDIDAS PARA
ENFRENTAMENTO E CONTENÇÃO DA INFECÇÃO
HUMANA PELO NOVO CORONAVÍRUS.

DECRETO Nº33.519, de 19 de março de 2020. INTENSIFICA AS MEDIDAS PARA


ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO HUMANA PELO
NOVO CORONAVÍRUS.

DECRETO Nº33.521, de 21 de março de 2020. ALTERA O DECRETO Nº33.519, DE 19 DE MARÇO DE


2020, QUE PREVÊ MEDIDAS PARA
ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO HUMANA PELO
NOVO CORONAVÍRUS, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.523, de 23 de março de 2020. DISPÕE SOBRE AS MEDIDAS DEFINIDAS NO


DECRETO Nº33.519, DE 19 DE MARÇO DE 2020, PARA
O ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DO NOVO
CORONAVÍRUS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO N°33.526, de 24 de março de 2020. SUSPENDE E PRORROGA, POR CONTA DOS EFEITOS
DA PANDEMIA DO COVID-19 (CORONAVÍRUS), OS
PRAZOS CONCERNENTES A ATOS E
PROCEDIMENTOS DA SECRETARIA DA FAZENDA
DO ESTADO DO CEARÁ E DA PROCURADORIA DO
ESTADO DO CEARÁ.

DECRETO Nº33.530 28 de março de 2020. PRORROGA AS MEDIDAS ADOTADAS NO DECRETO


N.° 30.519, DE 19 DE MARÇO DE 2019, E
ALTERAÇÕES POSTERIORES, AS QUAIS
CONTINUAM NECESSÁRIAS PARA O
ENFRENTAMENTO DO AVANÇO DO NOVO
CORONAVÍRUS NO ESTADO DO CEARÁ.

DECRETO Nº33.532 30 de março de 2020. DISPÕE SOBRE AS MEDIDAS ADOTADAS PELO


ESTADO DO CEARÁ PARA CONTENÇÃO DO
AVANÇO DO NOVO CORONAVÍRUS, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.536 05 de abril de 2020. PRORROGA AS MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO À


DISSEMINAÇÃO DO NOVO CORONAVÍRUS NO
ESTADO DO CEARÁ, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.537 06 de abril de 2020. REVOGA DISPOSITIVOS DO DECRETO N.º 33.536, DE


05 DE ABRIL DE 2020, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.544 19 de abril de 2020. PRORROGA, EM ÂMBITO ESTADUAL, AS MEDIDAS


NECESSÁRIAS AO ENFRENTAMENTO DA
89

PANDEMIA DA COVID-19, E DÁ OUTRAS


PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.574 05 de maio de 2020. INSTITUI, NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA, A


POLÍTICA DE ISOLAMENTO SOCIAL RÍGIDO COMO
MEDIDA DE ENFRENTAMENTO À COVID – 19,, E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.575 05 de maio de 2020. PRORROGA, NO ÂMBITO ESTADUAL, AS MEDIDAS


RESTRITIVAS DE ENFRENTAMENTO À COVID – 19,
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.594 20 de maio de 2020. PRORROGA, NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA, A


POLÍTICA DE ISOLAMENTO SOCIAL RÍGIDO
INSTITUÍDA PELO DECRETO Nº33.574, DE 05 DE
MAIO DE 2020, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.595 20 de maio de 2020 PRORROGA, NO ESTADO DO CEARÁ, AS MEDIDAS


RESTRITIVAS DE ENFRENTAMENTO À COVID – 19,
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.608 30 de maio de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, NA FORMA DO DECRETO Nº33.519, DE
19 DE MARÇO DE 2020, E INSTITUI A
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.617 06 de junho de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.627 13 de junho de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.631 20 de junho de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.637 27 de junho de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.645 04 de julho de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.671 11 de julho de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
90

SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.684 18 de julho de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.693 25 de julho de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.700 01 de agosto de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.709 09 de agosto de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO N°33.717 15 de agosto de 2020 PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

DECRETO N°33.730 29 de agosto de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.736 05 de setembro de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.737 12 de setembro de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº 33.742 20 de setembro de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.751 26 de setembro de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.756 03 de outubro de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
91

SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.761 10 de outubro de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.775 18 de outubro de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.783 25 de outubro de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.790 31 de outubro de 2020. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.796 08 de novembro de 2020 PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

DECRETO Nº33.815 14 de novembro de 2020 PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.821 21 de novembro de 2020 PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

DECRETO Nº33.824 27 de novembro de 2020 PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.824 27 de novembro de 2020 PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.841 05 de dezembro de 2020 PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.845 11 de dezembro de 2020 ESTABELECE MEDIDAS PREVENTIVAS


DIRECIONADAS AO CONTROLE DA DISSEMINAÇÃO
DA COVID-19, NO PERÍODO DE FINAL DE ANO
92

DECRETO Nº33.846 12 de dezembro de 2020 PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.884 02 de janeiro de 2021. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, RENOVA A POLÍTICA DE
REGIONALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE ISOLAMENTO
SOCIAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.899 09 de janeiro de 2021. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL, ESTABELECE


MEDIDAS PREVENTIVAS DIRECIONADAS A EVITAR
A DISSEMINAÇÃO DA COVID-19, NO ESTADO DO
CEARÁ, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.904 21 de janeiro de 2021. DISPÕE SOBRE O ISOLAMENTO SOCIAL E


ESTABELECE MEDIDAS PREVENTIVAS
DIRECIONADAS A EVITAR A DISSEMINAÇÃO DA
COVID-19, NO ESTADO DO CEARÁ, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.913 30 de janeiro de 2021. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL E


ESTABELECE MEDIDAS PREVENTIVAS
DIRECIONADAS A EVITAR A DISSEMINAÇÃO DA
COVID-19, NO ESTADO DO CEARÁ, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.918 02 de fevereiro de 2021. ESTABELECE NOVAS MEDIDAS PREVENTIVAS


DIRECIONADAS A EVITAR A DISSEMINAÇÃO DA
COVID-19, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.927 06 de fevereiro de 2021. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL E


ESTABELECE MEDIDAS PREVENTIVAS
DIRECIONADAS A EVITAR A DISSEMINAÇÃO DA
COVID-19, NO ESTADO DO CEARÁ, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.928 10 de fevereiro de 2021. ESTABELECE, NO ESTADO DO CEARÁ, NOVAS


MEDIDAS PREVENTIVAS À DISSEMINAÇÃO DA
COVID-19, NO PERÍODO DE CARNAVAL, E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS

DECRETO Nº33.936 17 de fevereiro de 2021. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL E


ESTABELECE MEDIDAS PREVENTIVAS
DIRECIONADAS A EVITAR A DISSEMINAÇÃO DA
COVID-19, NO ESTADO DO CEARÁ, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.939 20 de fevereiro 2021. ALTERA O DECRETO Nº33.936, DE 17 DE FEVEREIRO


DE 2021, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.955 26 de fevereiro de 2021. DISPÕE SOBRE O ISOLAMENTO SOCIAL E


ESTABELECE MEDIDAS PREVENTIVAS
DIRECIONADAS A EVITAR A DISSEMINAÇÃO DA
COVID-19, NO ESTADO DO CEARÁ, E DÁ OUTRAS
93

PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.965 04 de março de 2021. RESTABELECE, NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA, A


POLÍTICA DE ISOLAMENTO SOCIAL RÍGIDO COMO
MEDIDA DE ENFRENTAMENTO À COVID – 19, E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.980 12 de março de 2021. AMPLIA O ISOLAMENTO SOCIAL RÍGIDO PARA


TODOS OS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO CEARÁ,
COMO MEDIDA NECESSÁRIA PARA
ENFRENTAMENTO DA COVID-19, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº33.992 20 de março de 2021. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL RÍGIDO EM


TODOS OS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO CEARÁ,
COMO MEDIDA NECESSÁRIA PARA
ENFRENTAMENTO DA COVID-19, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº34.005 27 de março de 2021. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL RÍGIDO EM


TODOS OS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO CEARÁ,
COMO MEDIDA NECESSÁRIA PARA
ENFRENTAMENTO DA COVID-19, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

DECRETO Nº34.021 04 de abril de 2021. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, NOS TERMOS DO DECRETO Nº34.005, DE
27 DE MARÇO DE 2021.

DECRETO Nº34.031 10 de abril de 2021. MANTÉM AS MEDIDAS ISOLAMENTO SOCIAL


RÍGIDO CONTRA A COVID-19 NO ESTADO DO
CEARÁ, COM A LIBERAÇÃO DAS ATIVIDADES
ECONÔMICAS QUE INDICA.

DECRETO Nº34.037 17 de abril de 2021. MANTÉM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL


RÍGIDO CONTRA A COVID-19 NO ESTADO DO
CEARÁ, COM A LIBERAÇÃO DE ATIVIDADES.

DECRETO Nº34.043 24 de abril de 2021. MANTÉM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL


RÍGIDO CONTRA A COVID-19 NO ESTADO DO
CEARÁ, COM A LIBERAÇÃO DE ATIVIDADES.

DECRETO Nº34.058 01 de maio de 2021. MANTÉM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL


RÍGIDO CONTRA A COVID-19 NO ESTADO DO
CEARÁ, COM A LIBERAÇÃO DE ATIVIDADES.

DECRETO Nº34.061 08 de maio de 2021. PRORROGA O ISOLAMENTO SOCIAL NO ESTADO


DO CEARÁ, NOS TERMOS DO DECRETO Nº34.058, DE
1º DE MAIO DE 2021.

DECRETO Nº34.067 15 de maio de 2021. MANTÉM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL


CONTRA A COVID-19 NO ESTADO DO CEARÁ, COM
A LIBERAÇÃO DE ATIVIDADES.
94

DECRETO Nº34.089 29 de maio de 2021. MANTÉM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL


CONTRA A COVID-19 NO ESTADO DO CEARÁ, COM
A LIBERAÇÃO DE ATIVIDADES.

DECRETO Nº34.094 05 de junho de 2021. MANTÉM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL


CONTRA A COVID-19 NO ESTADO DO CEARÁ, COM
A LIBERAÇÃO DE ATIVIDADES

DECRETO Nº34.094 05 de junho de 2021. MANTÉM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL


CONTRA A COVID-19 NO ESTADO DO CEARÁ, COM
A LIBERAÇÃO DE ATIVIDADES

DECRETO Nº34.103 12 de junho de 2021. MANTÉM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO SOCIAL


CONTRA A COVID-19 NO ESTADO DO CEARÁ, COM
A LIBERAÇÃO DE ATIVIDADES.

FONTE: Portal do Governo do Ceará (CEARÁ, 2021)

APÊNDICE B - ARRECADAÇÃO ICMS HOTÉIS POR MUNICÍPIO DE 2016 A 2020


95

MUNICÍPIOS 2016 2017 2018 2019 2020


ACARAU 130,97 161,21 1.317,47 94.710,26 118.963,3
ACOPIARA 246,48 14,77 75,50 6
AMONTADA 1.415,03 4.035,94 14.712,39 29.588,21 80.290,87
APUIARES 1.138,34
AQUIRAZ 3.717.669,75 2.769.297, 3.501.715, 3.462.058, 2.106.855,
ARACATI 189.100,97 142.664,8
18 108.763,0
18 70.921,92
69 48.069,65
35
AURORA 293,998 1 98,39
BANABUIU 362,42 300,55
BARBALHA 28.814,18 13.281,01 22.375,19 18.175,28 5.216,52
BARRO 350,44 41,75
BATURITE 864,75 23,29 106,83 3.233,74 1.525,39
BEBERIBE 42.700,11 65.061,82 22.434,15 16.861,63 24.997,80
BOA VIAGEM 92,94 96,68 3,82
BREJO SANTO 589,62 2.489,11 1.877,86 693,82 548,08
CAMOCIM 31.108,13 30.692,58 31.856,11 36.551,40 37.131,45
CAMPOS SALES 764,32 400,76 176,56 303,92
CANINDE 1.313,38 925,11 661,19 1.374,67 760,86
CARIRIACU 1.783,41 749,60 1.163,09 1.121,32 1.265,40
CASCAVEL 18.049,53 7.150,58 9.463,12 13.351,41 661,40
CAUCAIA 323.799,38 693.182,0 706.214,0 879.100,2 478.642,8
CEDRO 81,60 79,964 2 9 3
CHOROZINHO 16.020,23 11.630,20 21.437,78 34.281,76 12.120,63
CRATEUS 51,75 386,09 3.155,67 67,82
CRATO 2.442,61 1.217,65 1.378,79 1.938,56 792,90
CRUZ 109.621,83 91.685,53 134.279,9 235.878,1 89.455,37
FORQUILHA 91,37 2.200,16 281,632 223,99
2
FORTALEZA 2.637.746,22 3.017.337, 3.032.007, 2.939.587, 1.343.960,
FORTIM 11.272,13 17.298,28
37 31.623,32
82 22.174,59
58 30.133,04
09
GENERAL SAMPAIO 27,20
GROAIRAS 66,25
GUARACIABA DO N. 9.882,43 16.272,09 15.134,38 17.970,25 26.621,97
GUARAMIRANGA 22.714,29 9.622,68 17.707,76 7.809,36 7.749,95
IBIAPINA 73,74 22,08 508,89 236,73 240,33
ICAPUI 7.290,00 5.458,83 10.125,94 14.873,44 11.809,74
ICO 702,20 2.118,93 3.362,63
IGUATU 16.682,36 9.601,08 10.806,18 11.171,84 3.071,98
INDEPENDENCIA 18,77 74,28 8,01
IPU 41,48 153,38 86,35
IPUEIRAS 289,39 777,14 7.662,83 31.761,65 2.862,74
IRACEMA 59,05 152,82 180,45 2,52
ITAPIPOCA 862,83 964,84 3.690,29 2.076,31 5.917,39
ITAREMA 1.395,32 5.137,05 29.928,58 4.858,14 13.647,46
ITATIRA 14,69 8,73 3,24 20,46
JAGUARETAMA 76,41
JAGUARIBARA 282,87 8,01
JATI 137,50 69,45
J. DE JERICOACOARA 312.308,55 420.864,1 416.263,6 446.521,0 233.366,2
4 8 8 0
96

JUAZEIRO DO NORTE 227.223,80 182.996,1 130.071,9 130.863,2 96.294,43


JUCAS 2.659,64 330,897 5 1
LAVRAS DA 523,41 36,61
LIMOEIRO DO NORTE
MANGABEIRA 2.176,79 1.017,94 1.136,35 6.306,64 795,82
MARACANAU 7.433,04 14.390,98 21.054,76 15.365,75 8.825,91
MAURITI 781,10 10,36 409,22 198,13 358,73
MERUOCA 666,25 792,15 589,20
MOMBACA 1.886,97 37,28 2.241,69 1.197,51 1.208,10
MORADA NOVA 185,75 382,71 1.601,12 23.584,52 25.071,59
MULUNGU 3.075,59 7.011,19 4.897,56 6.197,50 5.276,76
NOVA RUSSAS 156,21 133,49 494,69
NOVO ORIENTE 2.926,74 37,60 4,92 9,00
OCARA 11,91 15,39 12,32 14,50 12,34
OROS 2.089,32 1.583,47 2.919,49 799,11
PACAJUS 1.646,51 1.710,35 424,40 241,55
PACOTI 3.444,61 1.912,00 2.615,43 14.714,69 7.041,19
PACUJA 389,95
PARACURU 3.064,30 2.365,88 3.866,50 5.188,04 6.754,02
PARAIPABA 16.267,79 8.351,84 6.970,60 5.334,60 6.546,08
PARAMBU 668,07 314,17 504,65
PEDRA BRANCA 31,36 564,89
PENTECOSTE 28,96 128,76
PEREIRO 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00
PIRES FERREIRA 46,62
QUIXADA 702,76 1.611,85 338,09 422,84 284,65
QUIXERAMOBIM 2.986,34 3.866,23 4.540,36 2.773,25 1.860,98
REDENCAO 849,22 763,25 761,33 101,34
RERIUTABA 23,74 37,46
RUSSAS 292,96 8.755,89 9.404,47 6.430,44
SANTA QUITERIA 628,95 395,63 442,36 615,43 474,36
SAO BENEDITO 530,71 293,92 23,68 397,40 48,36
SAO GONCALO DO 2.688,26 1.106,23 46.552,71 324.616,8 173.526,1
SENADOR POMPEU
AMARANTE 224,81 184,73
2 8
SOBRAL 18.783,68 22.068,36 24.007,35 35.902,65 26.977,97
TAUA 1.731,35 9.158,42 1.159,23 1.980,48 6.198,39
TIANGUA 5.365,76 6.788,29 6.237,47 8.588,94 11.158,86
TRAIRI 38.209,28 62.836,55 104.889,9 90.542,03 60.707,04
UBAJARA 328,45 583,16 1.132,488 1.608,75 2.879,82
URUBURETAMA 37,38 105,34
VARJOTA 90,37 236,70 104,00
VARZEA ALEGRE 6,87
VIÇOSA DO CEARA 2.512,40 1.763,49 1.223,94 1.584,78 3.737,87
TOTAL 7.859.861,37 7.676.705, 8.536.771, 9.094.620, 5.145.788,
FONTE: BASE DE DADOS SEFAZ/CE 63 38 36 88

APÊNDICE C - RANKING MUNICÍPIOS ICMS HOTÉIS 2016 A 2020


97
# 2016 2017 2018 2019 2020
1 AQUIRAZ FORTALEZA AQUIRAZ AQUIRAZ AQUIRAZ
2 FORTALEZA AQUIRAZ FORTALEZA FORTALEZA FORTALEZA
3 CAUCAIA CAUCAIA CAUCAIA CAUCAIA CAUCAIA
4 JIJOCA. DE J. DE JERICOACOARA J. DE JERICOACOARA J. DE JERICOACOARA J. DE JERICOACOARA
JERICOACOARA
5 JUAZEIRO DO NORTE JUAZEIRO DO NORTE CRUZ S. G. DO AMARANTE S. G. DO AMARANTE
6 ARACATI ARACATI JUAZEIRO DO NORTE CRUZ ACARAU
7 CRUZ CRUZ ARACATI JUAZEIRO DO NORTE JUAZEIRO DO NORTE
8 BEBERIBE BEBERIBE TRAIRI ACARAU CRUZ
9 TRAIRI TRAIRI S. G. DO AMARANTE TRAIRI AMONTADA
10 CAMOCIM CAMOCIM CAMOCIM ARACATI TRAIRI
11 BARBALHA SOBRAL FORTIM CAMOCIM ARACATI
12 GUARAMIRANGA FORTIM ITAREMA SOBRAL CAMOCIM
13 SOBRAL GUARACIABA DO N. SOBRAL CHOROZINHO FORTIM
14 CASCAVEL MARACANAU BEBERIBE IPUEIRAS SOBRAL
15 IGUATU BARBALHA BARBALHA AMONTADA GUARACIABA DO N.
16 PARAIPABA CHOROZINHO CHOROZINHO MORADA NOVA MORADA NOVA
17 CHOROZINHO GUARAMIRANGA MARACANAU FORTIM BEBERIBE
18 FORTIM IGUATU GUARAMIRANGA BARBALHA ITAREMA
19 GUARACIABA DO N. TAUA GUARACIABA DO N. GUARACIABA DO N. CHOROZINHO
20 MARACANAU PARAIPABA AMONTADA BEBERIBE ICAPUI
21 ICAPUI CASCAVEL IGUATU MARACANAU TIANGUA
22 TIANGUA MULUNGU ICAPUI ICAPUI MARACANAU
23 PACOTI TIANGUA CASCAVEL PACOTI GUARAMIRANGA
24 MULUNGU ICAPUI RUSSAS CASCAVEL PACOTI
25 PARACURU ITAREMA IPUEIRAS IGUATU PARACURU
26 QUIXERAMOBIM AMONTADA PARAIPABA RUSSAS PARAIPABA
27 NOVO ORIENTE QUIXERAMOBIM TIANGUA TIANGUA RUSSAS
28 S. G. DO AMARANTE BREJO SANTO MULUNGU GUARAMIRANGA TAUA
29 JUCAS PARACURU QUIXERAMOBIM LIMOEIRO DO NORTE ITAPIPOCA
30 VICOSA DO CEARA FORQUILHA PARACURU MULUNGU MULUNGU
31 CRATO PACOTI ITAPIPOCA PARAIPABA BARBALHA
32 LIMOEIRO DO NORTE VICOSA DO CEARA OROS PARACURU VICOSA DO CEARA
33 OROS PACAJUS PACOTI ITAREMA ICO
34 MOMBACA QUIXADA MOMBACA BATURITE IGUATU
35 CARIRIACU OROS BREJO SANTO CRATEUS UBAJARA
36 TAUA CRATO MORADA NOVA QUIXERAMOBIM IPUEIRAS
37 PACAJUS S. G. DO AMARANTE CRATO ICO QUIXERAMOBIM
38 AMONTADA LIMOEIRO DO NORTE ACARAU ITAPIPOCA BATURITE
39 ITAREMA ITAPIPOCA VICOSA DO CEARA TAUA CARIRIACU
40 CANINDE CANINDE CARIRIACU CRATO MOMBACA
41 BATURITE MERUOCA TAUA UBAJARA APUIARES
42 ITAPIPOCA IPUEIRAS LIMOEIRO DO NORTE VICOSA DO CEARA LIMOEIRO DO NORTE
43 REDENCAO REDENCAO UBAJARA CANINDE CRATO
44 MAURITI CARIRIACU REDENCAO MOMBACA CANINDE
45 CAMPOS SALES UBAJARA ICO CARIRIACU CASCAVEL
46 QUIXADA LAVRAS DA CANINDE OROS PEDRA BRANCA
MANGABEIRA
47 PARAMBU CAMPOS SALES MERUOCA BREJO SANTO BREJO SANTO
48 MERUOCA SANTA QUITERIA IBIAPINA SANTA QUITERIA NOVA RUSSAS
98
49 SANTA QUITERIA MORADA NOVA SANTA QUITERIA PARAMBU SANTA QUITERIA
50 BREJO SANTO JUCAS PACAJUS QUIXADA PACUJA
51 SAO BENEDITO PARAMBU MAURITI SAO BENEDITO MAURITI
52 BANABUIU AURORA CRATEUS CAMPOS SALES QUIXADA
53 BARRO SAO BENEDITO QUIXADA JAGUARIBARA PACAJUS
54 UBAJARA RUSSAS BANABUIU IBIAPINA IBIAPINA
55 IPUEIRAS ACARAU FORQUILHA VARJOTA URUBURETAMA
56 ACOPIARA NOVA RUSSAS SENADOR POMPEU FORQUILHA VARJOTA
57 MORADA NOVA IRACEMA IRACEMA MAURITI IPU
58 ACARAU JATI CAMPOS SALES SENADOR POMPEU CRATEUS
59 BOA VIAGEM PENTECOSTE NOVA RUSSAS IPU SAO BENEDITO
60 FORQUILHA BOA VIAGEM BATURITE REDENCAO GENERAL SAMPAIO
61 VARJOTA CEDRO ACOPIARA AURORA ITATIRA
62 CEDRO GROAIRAS JATI INDEPENDENCIA OCARA
63 JAGUARETAMA BARRO NOVO ORIENTE PIRES FERREIRA PEREIRO
64 IBIAPINA RERIUTABA URUBURETAMA PEDRA BRANCA NOVO ORIENTE
65 IRACEMA MOMBACA LAVRAS DA OCARA JAGUARIBARA
MANGABEIRA
66 CRATEUS BATURITE SAO BENEDITO PEREIRO INDEPENDENCIA
67 IPU IBIAPINA INDEPENDENCIA NOVO ORIENTE
68 PENTECOSTE OCARA OCARA IRACEMA
69 RERIUTABA ACOPIARA PEREIRO
70 ITATIRA PEREIRO BOA VIAGEM
71 PEREIRO MAURITI ITATIRA
72 OCARA ITATIRA
73 VARZEA ALEGRE

FONTE: BASE DE DADOS SEFAZ/CE

APÊNDICE D - PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL E VALOR ABSOLUTO


CONFORME RANKING MUNICÍPIOS ICMS HOTÉIS 2016 A 2020
99

PARTICIPAÇÃO % VALORES (R$)


# 2016 2017 2018 2019 2020 # 2016 2017 2018 2019 2020
1 47,30% 39,31% 41,02% 38,07% 40,94% 1 3.717.670 3.017.337 3.501.715 3.462.059 2.106.855
2 33,56% 36,07% 35,52% 32,32% 26,12% 2 2.637.746 2.769.297 3.032.008 2.939.588 1.343.960
3 4,12% 9,03% 8,27% 9,67% 9,30% 3 323.799 693.182 706.214 879.100 478.643
4 3,97% 5,48% 4,88% 4,91% 4,54% 4 312.309 420.864 416.264 446.521 233.366
5 2,89% 2,38% 1,57% 3,57% 3,37% 5 227.224 182.996 134.280 324.617 173.526
6 2,41% 1,86% 1,52% 2,59% 2,31% 6 189.101 142.665 130.072 235.878 118.963
7 1,39% 1,19% 1,27% 1,44% 1,87% 7 109.622 91.686 108.763 130.863 96.294
8 0,54% 0,85% 1,23% 1,04% 1,74% 8 42.700 65.062 104.890 94.710 89.455
9 0,49% 0,82% 0,55% 1,00% 1,56% 9 38.209 62.837 46.553 90.542 80.291
10 0,40% 0,40% 0,37% 0,78% 1,18% 10 31.108 30.693 31.856 70.922 60.707
11 0,37% 0,29% 0,37% 0,40% 0,93% 11 28.814 22.068 31.623 36.551 48.070
12 0,29% 0,23% 0,35% 0,39% 0,72% 12 22.714 17.298 29.929 35.903 37.131
13 0,24% 0,21% 0,28% 0,38% 0,59% 13 18.784 16.272 24.007 34.282 30.133
14 0,23% 0,19% 0,26% 0,35% 0,52% 14 18.050 14.391 22.434 31.762 26.978
15 0,21% 0,17% 0,26% 0,33% 0,52% 15 16.682 13.281 22.375 29.588 26.622
16 0,21% 0,15% 0,25% 0,26% 0,49% 16 16.268 11.630 21.438 23.585 25.072
17 0,20% 0,13% 0,25% 0,24% 0,49% 17 16.020 9.623 21.055 22.175 24.998
18 0,14% 0,13% 0,21% 0,20% 0,27% 18 11.272 9.601 17.708 18.175 13.647
19 0,13% 0,12% 0,18% 0,20% 0,24% 19 9.882 9.158 15.134 17.970 12.121
20 0,09% 0,11% 0,17% 0,19% 0,23% 20 7.433 8.352 14.712 16.862 11.810
21 0,09% 0,09% 0,13% 0,17% 0,22% 21 7.290 7.151 10.806 15.366 11.159
22 0,07% 0,09% 0,12% 0,16% 0,17% 22 5.366 7.011 10.126 14.873 8.826
23 0,04% 0,09% 0,11% 0,16% 0,15% 23 3.445 6.788 9.463 14.715 7.750
24 0,04% 0,07% 0,10% 0,15% 0,14% 24 3.076 5.459 8.756 13.351 7.041
25 0,04% 0,07% 0,09% 0,12% 0,13% 25 3.064 5.137 7.663 11.172 6.754
26 0,04% 0,05% 0,08% 0,10% 0,13% 26 2.986 4.036 6.971 9.404 6.546
27 0,04% 0,05% 0,07% 0,09% 0,12% 27 2.927 3.866 6.237 8.589 6.430
28 0,03% 0,03% 0,06% 0,09% 0,12% 28 2.688 2.489 4.898 7.809 6.198
29 0,03% 0,03% 0,05% 0,07% 0,11% 29 2.660 2.366 4.540 6.307 5.917
30 0,03% 0,03% 0,05% 0,07% 0,10% 30 2.512 2.200 3.867 6.198 5.277
31 0,03% 0,02% 0,04% 0,06% 0,10% 31 2.443 1.912 3.690 5.335 5.217
32 0,03% 0,02% 0,03% 0,06% 0,07% 32 2.177 1.763 2.919 5.188 3.738
33 0,03% 0,02% 0,03% 0,05% 0,07% 33 2.089 1.710 2.615 4.858 3.363
34 0,02% 0,02% 0,03% 0,04% 0,06% 34 1.887 1.612 2.242 3.234 3.072
35 0,02% 0,02% 0,02% 0,03% 0,06% 35 1.783 1.583 1.878 3.156 2.880
36 0,02% 0,02% 0,02% 0,03% 0,06% 36 1.731 1.218 1.601 2.773 2.863
37 0,02% 0,01% 0,02% 0,02% 0,04% 37 1.647 1.106 1.379 2.119 1.861
38 0,02% 0,01% 0,02% 0,02% 0,03% 38 1.415 1.018 1.317 2.076 1.525
39 0,02% 0,01% 0,01% 0,02% 0,02% 39 1.395 965 1.224 1.980 1.265
40 0,02% 0,01% 0,01% 0,02% 0,02% 40 1.313 925 1.163 1.939 1.208
41 0,01% 0,01% 0,01% 0,02% 0,02% 41 865 792 1.159 1.609 1.138
42 0,01% 0,01% 0,01% 0,02% 0,02% 42 863 777 1.136 1.585 796
43 0,01% 0,01% 0,01% 0,02% 0,02% 43 849 763 1.132 1.375 793
44 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 44 781 750 761 1.198 761
45 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 45 764 583 702 1.121 661
46 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 46 703 523 661 799 565
47 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 47 668 401 589 694 548
100

48 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 0,01% 48 666 396 509 615 495
49 0,01% 0,00% 0,01% 0,01% 0,01% 49 629 383 442 505 474
50 0,01% 0,00% 0,00% 0,00% 0,01% 50 590 331 424 423 390
51 0,01% 0,00% 0,00% 0,00% 0,01% 51 531 314 409 397 359
52 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,01% 52 362 294 386 304 285
53 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 53 350 294 338 283 242
54 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 54 328 293 301 237 240
55 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 55 289 161 282 237 105
56 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 56 246 156 225 224 104
57 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 57 186 153 180 198 86
58 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 58 131 138 177 185 68
59 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 59 93 129 133 153 48
60 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 60 91 97 107 101 27
61 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 61 90 80 76 98 20
62 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 62 82 66 69 74 12
63 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 63 76 42 38 47 12
64 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 64 74 37 37 31 9
65 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 65 59 37 37 15 8
66 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 66 52 23 24 12 8
67 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 67 41 22 19 5
68 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 68 29 15 12 3
69 0,00% 0,00% 0,00% 69 24 15 12
70 0,00% 0,00% 0,00% 70 15 12 4
71 0,00% 0,00% 0,00% 71 12 10 3
72 0,00% 0,00% 72 12 9
73 0,00% 73 7
100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 7.859.831 7.676.687 8.536.768 9.094.620 5.145.789
FONTE: BASE DE DADOS SEFAZ/CE

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