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Aula 11

Conhecimentos Navais p/ Oficial Temporário da Marinha (SMV) -


Pós-Edital
Alan Hirt, Luiz Felipe Da Rocha

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1 Introdução ................................................................................................................. 3
2 Período anterior à 1ª Guerra Mundial ......................................................................... 4
2.1 Contexto e crise econômica ....................................................................................................... 4
2.2 Júlio de Noronha e o Plano de Reaparelhamento da Marinha (1904) ..................................... 4
2.2 Remodelação do Programa Naval de 1904 .............................................................................. 8
2.3 A Esquadra de 1910 ................................................................................................................. 11
2.4 Organização da Esquadra antes da 1ª GM ............................................................................. 12
3 1ª Guerra Mundial ................................................................................................... 16
3.1 Antecedentes ........................................................................................................................... 16
889967
3.2 O estopim e resumo da 1ª gm ................................................................................................. 18
3.3 Entrada do Brasil no conflito ................................................................................................... 18
3.4 A participação da Marinha na 1ª GM ..................................................................................... 20
3.5 O preparo do Brasil .................................................................................................................. 22
3.6 Ataques após a declaração de guerra pelo Brasil ................................................................... 24
3.7 Estrutura da Esquadra ............................................................................................................. 25
3.8 A DNOG (Divisão Naval de Operações de Guerra) .................................................................. 27
3 O Período entre guerras ........................................................................................... 41
3.1 O Programa Naval de 1932 ..................................................................................................... 42
3.2 A situação geral da Marinha do Brasil em 1940 ..................................................................... 43
4 2ª Guerra Mundial ................................................................................................... 44
4.1 Antecedentes ........................................................................................................................... 45
4.2 Início das hostilidades e ataques aos navios mercantes brasileiros ...................................... 46
4.3 Os ataques do U-507 ............................................................................................................... 49
4.4 A Lei de Empréstimo e Arrendamento e modernizações de nossos meios e defesa ativa da
costa brasileira .................................................................................................................................. 54
4.5 Defesas locais ........................................................................................................................... 59
4.6 Defesa ativa ............................................................................................................................. 60
4.7 A Força Naval do Nordeste ...................................................................................................... 62
4.8 As perdas da Marinha.............................................................................................................. 65
4.9 Atuação da 4ª Esquadra dos EUA ........................................................................................... 66
5 Análise da Marinha de Guerra na 2ª GM .................................................................... 67

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6 Resumo Teórico ....................................................................................................... 68


7 Questões Comentadas ............................................................................................. 79
8 Gabarito .................................................................................................................. 91
9 Bibliografia .............................................................................................................. 92

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1 INTRODUÇÃO
Fala galera!
Hoje trataremos da atuação da Marinha do Brasil na 1ª e 2ª guerras mundiais, do período anterior
e entre elas.
Segurem-se que o assunto é pesado; a boa notícia é que temos muitas questões para treinar.
Desde a década de 1870, com o surgimento de navios inteiramente de ferro (encouraçados),
assombrosos e constantes avanços haviam sido feitos nas embarcações, tornando-as verdadeiras
fortalezas flutuantes.
A partir daí, tais navios protagonizaram uma corrida incessante pela introdução de resistências
cada vez maiores contra disparos de canhões que, em contrapartida, ficavam mais potentes. A
disputa existente entre blindagem e os canhões gerou navios maiores em tamanho e
deslocamento.
Navios de guerra bem equipados são instrumentos de ataque e de defesa da integridade nacional,
mas não apenas isso. A exibição de força militar (dissuasão) é uma importante forma de luta por
poder e prestígio entre as nações, conforme pudemos ver nas aulas sobre Política e Estratégia
Nacional de Defesa.
A aquisição de armas gera debates não somente dentro do território nacional, mas também
internacionais, principalmente entre os países que fazem fronteira ou estão na área de influência
do comprador. Em grande parte das vezes, a compra de armas reflete a busca por projeção
intencional ou manutenção de prestígio.
Assim, se o Brasil quisesse distinguir-se na comunidade internacional, deveria ter armas e uma
Marinha que projetassem a sua imagem. Esse raciocínio permeou o discurso de todos os ministros
que estiveram à frente da pasta na 1ª República.
A crescente modernização das forças navais trouxe à luz a questão orçamentária. De fato, esse foi
um aspecto importante no cenário mundial, seja para as grandes potências, como também para os
países que almejavam entrar nesse rol. Em relação a estes últimos, o fato era ainda mais complexo:
não produziam a tecnologia necessária para a modernização, sendo preciso importá-la. Dentro
desse contexto, o Brasil não possuía o desenvolvimento industrial requerido para a produção e
manutenção desses navios.
Na Primeira República, a dependência da indústria tornava-a refém dos sucessos ou fracassos do
café no mercado internacional. O lugar secundário que ocupava o setor industrial não permitia que
se produzissem em solo nacional os gêneros necessários à modernização da Marinha. Tais
produtos tinham que ser, em sua maioria, importados, o que aprofundava o problema da
dependência tecnológica.
Os primeiros anos republicanos conheceram uma forte crise econômica que afetou a venda do
café brasileiro aos Estados Unidos e à Europa, seus maiores compradores. Ao mesmo tempo,
pairava sobre o Brasil um clima de incertezas políticas, ocasionadas por disputas entre civis e
militares para o comando do Poder Executivo, o temor de uma reação monarquista, as revoltas

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regionais, como a Revolução Federalista no sul do país ou as revoltas da Marinha na década de


1890.
Tal crise, econômica e política, atingiu o Ministério de Marinha, o que foi expresso nos relatórios
ministeriais entre os anos de 1891 e 1902, que dissertam longamente acerca dos muitos
problemas existentes na Força Naval.
Foi somente a partir da chegada do almirante Júlio César de Noronha ao ministério, durante o
governo Rodrigues Alves (1902-1906), que ações concretas e relevantes para a sua modernização
puderam ser visualizadas.
A estabilização política e financeira implementada pelo governo anterior, Campos Sales (1898-
1902), foi de grande importância para o planejamento e o início de um programa que
modernizasse a Marinha.
O combate aos déficits orçamentários, reduzindo as despesas e aumentando as receitas do
governo, a recuperação do Tesouro Nacional e a volta dos investimentos estrangeiros ao país
deram novo fôlego aos recursos do governo para essa empreitada.

2 PERÍODO ANTERIOR À 1ª GUERRA MUNDIAL

2.1 CONTEXTO E CRISE ECONÔMICA

Como vimos, nos primeiros anos da República, tivemos um progressivo desmantelamento da nossa
Esquadra (conjunto de meios navais).
Também vimos que, naquela época, além das revoltas internas (Revolta Federalista, Revolta da
Armada), passamos por um período econômico tenebroso causado em grande parte pela política
do Encilhamento, do então Ministro da Fazenda, Rui Barbosa. Em resumo, a emissão desenfreada
de papel-moeda e o crédito facilitado causaram uma recessão econômica imensa.
Essa crise econômica, que se manteve por toda a década final do séc. XIX, apertava os
orçamentos da Marinha, sem recursos para modernizar seus meios ou criar uma infraestrutura de
apoio.
Nesse ínterim, sucederam-se os ministros da Marinha (quatro, no período de seis anos!), o que
impediu a elaboração de um programa naval ao menos razoável.

2.2 JÚLIO DE NORONHA E O PLANO DE REAPARELHAMENTO DA MARINHA (1904)

Em 15 de novembro de 1902, assume o Ministério da Marinha o Alte. Júlio de Noronha, que pegou
uma Marinha com navios obsoletos em relação às demais potências do globo. Porém, o Alte. tinha
um plano para reaparelhar a Marinha.
O novo ministro foi contundente em relação ao nosso material flutuante. Veja o que ele reportou,
em extrato original:

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Como vimos, a estabilização política e financeira implementada pelo governo anterior, Campos
Sales (1898-1902), foi de grande importância para o planejamento e o início de um programa que
modernizasse a Marinha.
Em 1904, o Ministro das Relações Exteriores, Barão do Rio Branco apresentou ao Ministro Júlio de
Noronha a pessoas interessadas no Programa do Almirante.
Desse modo, ainda em 1904, o Deputado Dr. Laurindo Pitta conseguiu apresentar à Câmara o
projeto do Programa Naval do Alte. Júlio de Noronha, propondo também a aprovação de um
orçamento que financiasse o programa, que foi aprovado pelo Dec. Nº 1.296, de 14 de novembro
de 1904.
Veja, a título de curiosidade, o decreto nº 1.296/1904 na íntegra:

DECRETO Nº 1.296, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1904

Autoriza o Poder Executivo a encommendar os navios que menciona, a mandar concluir


a construcção dos monitores de rio Pernambuco e Maranhão, e determina o modo por
que deve ser realizada a respectiva despeza.

O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brazil:

Faço saber que o Congresso Nacional decretou e eu sancciono a seguinte resolução:

Art. 1º Fica o Presidente da Republica autorizado:

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a) a encommendar à indústria pelo Ministério da Marinha os navios seguintes: Três


couraçados de 12.500 a 13.000 toneladas de deslocamento; Três cruzadores couraçados
de 9.200 a 9.700 toneladas; Seis caça-torpedeiras de 400 toneladas; Seis torpedeiras de
130 toneladas; Seis torpedeiras de 50 toneladas; Três submarinos; Um transporte para
carregar 6.000 toneladas de carvão; Um navio escola, com deslocamento não excedente
de 3.000 toneladas;

b) a mandar concluir, com a possível brevidade, a construcção dos monitores de rio


Pernambuco e Maranhão.

Art. 2º As despezas para a execução desta lei serão providas com os recursos
orçamentários de cada exercício.

Art. 3º As quantias não applicadas serão levadas ao exercício seguinte, conservando o


seu destino primitivo, sendo os respectivos contractos effectuados á proporção que
forem executados os de cada triennio.

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrario.

Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 1904, 16º da Republica.

FRANCISCO DE PAULA RODRIGUES ALVES.


Julio Cesar de Noronha.

Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da União - Seção 1 de
16/12/1904

(Inédita) No início do séc. XX, o Deputado Laurindo Pitta encabeçou uma grande luta nos
bastidores da política nacional com a finalidade de obter a aprovação do Programa Naval do
Almirante Júlio de Noronha, no Congresso Nacional. Este projeto reorganizaria toda a
Esquadra brasileira e foi finalmente aprovado, quase que por unanimidade, transformando-se
no:

(A) Decreto nº 1.296, de 14 de novembro de 1904.


(B) Decreto no 1.567, de 24 de novembro de 1906.
(C) Decreto no 10.359, de 31 de agosto de 1942.
(D) Decreto nº 1.296, de 14 de novembro de 1942.

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(E) Decreto nº 1.296, de 14 de novembro de 1914.

Comentários:
Pegamos pesado! Rs
Pessoal, cobramos nessa questão o programa de reaparelhamento da marinha do Alte. Júlio
de Noronha, que foi inicialmente proposto 1904, dois anos após o Almirante assumir o
Ministério da Marinha. Bastava saber que o ano de aprovação foi o de 1904.
Gabarito: Letra A

(Inédita) O Programa de Reaparelhamento da Marinha, de 1904, foi elaborado por:

(A) Deputado Laurindo Pitta


(B) Almirante Júlio de Noronha
(C) Almirante Sílvio de Noronha
(D) Rui Barbosa
(E) Nilo Peçanha

Comentários:
Apesar de ser encabeçado politicamente pelo Deputado Laurindo Pitta, o projeto do
Programa de Reaparelhamento da Marinha de 1904 fora elaborado pelo Almirante Júlio de
Noronha.
Gabarito: Letra B

O Programa de 1904 tinha uma vantagem: era um plano conjunto, ou seja, ele incluía um moderno
arsenal e um porto militar, que junto com os navios formaria o tripé da Marinha:

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Arsenal

Tripé do Programa Naval de


Porto Militar
1904 (Alte. Júlio de Noronha)

Navios

O programa incluía os modelos de navios que, na época, equipavam as melhores Esquadras do


mundo, logo a seguir empregados nas Batalhas de Port Arthur e Tsushima (Guerra Russo-Japonesa
1904-1905).
Na batalha de Tsushima, os japoneses, privilegiando a utilização de calibres pesados em seus
navios encouraçados, aniquilaram a esquadra russa, que utilizou as táticas tradicionais da guerra
naval (DE MARTINI, 2014, p. 316-317).
As lições táticas da batalha russo-japonesa, somados ao forte lobby dos estaleiros ingleses e o
fizeram com que o Ministério da Marinha modificasse os
rumos das aquisições navais previstas pelo Programa de 1904 de modo a incorporar os
dreadnoughts, como veremos no tópico a seguir.

2.2 REMODELAÇÃO DO PROGRAMA NAVAL DE 1904

O estudo das experiências proporcionadas por essas batalhas acima mencionadas e o lançamento
do Encouraçado Dreadnought, pela Marinha britânica em 1906, que aparecia como o navio mais
poderoso do mundo, inspiraram debates em torno do Programa de 1904.
O Deputado José Carlos de Carvalho e o Almirante Alexandrino Faria de Alencar (então Senador),
foram os grandes defensores da remodelação do Programa Júlio de Noronha.
Em 1906 assumiu como Presidente da República Afonso Pena e o Ministério da Marinha pelo
Almirante Alexandrino.
A alteração mais marcante trazida pelo novo programa do Almirante Alexandrino (a título de
curiosidade, P R M foi a adição de três novos encouraçados do
tipo dreadnought de 20 mil toneladas, cuja aprovação resultou no Decreto nº 1.567, de 24 de
novembro de 1906.

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Nota: a tonelagem representa o volume interior total de uma embarcação, expresso em


toneladas de arqueação. Os dreadnoughts previstos em 1906 tinham maior tonelagem do que os
navios previstos em 1904.

Porém, foi cancelado o projeto incialmente previsto de um novo Arsenal do Programa de 1904;
ao invés disso, optou-se por modernizar as instalações da Ilha das Cobras (construiu e reformou
todas as oficinas do Arsenal do Rio de Janeiro na Ilha das Cobras), admitindo, no projeto, a
construção de bases secundárias em Belém-PA e Natal-RN, além de um porto pequeno em Santa
Catarina.
Foto da atual Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro:

O programa previa outras melhorias, mas vamos nos ater à nossa bibliografia, ok? Dessa forma, o
que temos de decorar é:

+ 3 novos encouraçados
dreadnought

Modernização Ilha das


Cobras
Alterações no Programa de 1904: O Programa
de 1906 (Alte. Alexandrino)
Previsão de bases em
Belém, Natal e porto em
SC.

Cancelada construção de
Arsenal previsto em 1904

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(Marinha-2007) Em 1904, procurando satisfazer a aspiração brasileira de constituir uma


Marinha bem aparelhada, o Deputado Dr. Laurindo Pitta apresentou à Câmara dos Deputados
um projeto que continha o programa naval do Almirante Júlio de Noronha, no qual, entre
outros aspectos, pode-se dizer que:

(A) Englobava a aquisição de navios de regular tonelagem e a construção de um magnífico


arsenal.
(B) Visualizava a importância da aviação, determinando, com isso, a criação da Escola de
Aviação Naval.
(C) Tinha por objetivo o investimento em navios de forte tonelagem, destacando-se a
aquisição de encouraçados do tipo dreadnought.
(D) Reconhecia a importância dos submersíveis, com a aquisição do italiano Spezia,
incorporado à Marinha Brasileira com o nome de Humaitá.
(E) Procurou modernizar instalações navais, como a da Ilha das Cobras, e a construção de
bases secundárias em Belém.

Comentários:
(a)Certo. Os navios não tinham tanta tonelagem como os dreadnoughts previstos em 1906 e
a construção do Arsenal foi cancelada, também em 1906.
(b)Errado. Não houve essa previsão.
(c)Errado. O lançamento do Encouraçado HMS Dreadnought, pela Marinha britânica só se
deu em 1906, que passaria a ser um dos maiores símbolos de poderio naval. Com de mais 18
mil toneladas, tinha como principal diferença seus canhões de grosso calibre padronizados e
os motores a vapor a turbina.
(d)Errado. Não houve essa previsão.
(e)Errado. A modernização da Ilha das cobras e a construção de bases secundárias em Belém
só foi proposta pelo Decreto 1567 de 24/11/1906, alterando o Programa de 1904.

Gabarito: Letra A

(Inédita) Aprovado em 1904, o O Programa de Reaparelhamento da Marinha, elaborado pelo


Almirante Júlio de Noronha, sofreu alterações posteriores. Em 15 de novembro de 1906,
assumiu a Presidência da República o Conselheiro Afonso Pena e, com ele, o seu novo
ministério, sendo a pasta da Marinha ocupada pelo Almirante Alexandrino Faria de Alencar.
Não demorou que este conseguisse do Congresso a reforma do Programa de 1904. A
alteração mais marcante trazida pelo novo programa do Almirante Alexandrino, cuja
aprovação resultou no Decreto nº 1.567, de 24 de novembro de 1906, foi:

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(A) a adição de três novos encouraçados do tipo dreadnought de 20 mil toneladas


(B) a previsão orçamentária para construir um grande estaleiro com autonomia para a
construção nacional dos encouraçados dreadnoughts
(C) o cancelamento da compra de encouraçados tipo dreadnought, por serem muito caros e
incompatíveis com as aspirações militares do Brasil
(D) a construção de um novo Arsenal, previsto inicialmente no Programa de 1904.
(E) somente a modernização das instalações da Ilha das Cobras.

Comentários:

A alteração mais marcante trazida pelo novo programa do Almirante Alexandrino foi a adição
de três novos encouraçados do tipo dreadnought de 20 mil toneladas, cuja aprovação
resultou no Decreto nº 1.567, de 24 de novembro de 1906.

Gabarito: Letra A

2.3 A ESQUADRA DE 1910

A partir de 1910, então, quando chegou a maior parte da chamada Esquadra de 1910,
consequência direta do Programa Alexandrino, o Brasil passou a possuir uma frota de alto-mar
ofensiva, totalmente revigorada militar e tecnologicamente, podendo principalmente, apoiar a
ação diplomática do governo brasileiro em qualquer local que se fizesse necessário.
A incorporação desses navios encheu de orgulho nosso país, que foram:

-Encouraçados: Minas Gerais e São Paulo


-Cruzadores: Bahia e Rio Grande do Sul
-Contratorpedeiros: Amazonas, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe,
Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso.

Complementaram, depois de 1910:

-Contratorpedeiro: Maranhão

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-Submarinos: F1, F3, F5 e Humaitá (o início da história dos submersíveis brasileiros começa em
1914 com a aquisição de três submarinos italianos da classe Foca)
-Tender: Ceará
-Outros navios auxiliares

Obs.: O Contratorpedeiro Rio de Janeiro, de 28 mil toneladas, o terceiro dreadnought previsto no


programa de 1906, foi lançado ao mar somente em 1913, mas não foi incorporado à MB. O Brasil
o leiloou e ele foi adquirido pela Marinha turca e depois inglesa.

Apenas para nos darmos conta da grandiosidade da aquisição, a chegada do primeiro navio
dreadnought, o Minas Gerais, à Bahia de Guanabara, foi um grande evento, que contou com a
participação da população e da imprensa. Na verdade, o que adentrava a capital da República
naquele dia 9 de abril de 1910 não era apenas um navio de guerra; era o próprio progresso. O
jornal O Paiz , por exemplo, publicava excitadamente:

A M G
patriótica toda a alma nacional, por que não foi só o Rio de Janeiro que recebeu nas águas de sua formosa
baía o formidável dreadnought; foi o Brasil inteiro que saudou no vulto agigantado do colosso dos mares sul
americanos o símbolo soberano de sua própria pujança, a expressão concreta de sua energia de nação (apud,
MARTINS FILHO

Encouraçado Minas Gerais

2.4 ORGANIZAÇÃO DA ESQUADRA ANTES DA 1ª GM

Interessante notar que, antes do inicio da 1ª GM (1914-1918), a Esquadra do Brasil era organizada
em:

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-Divisões de Encouraçados
-Divisões de Cruzadores
-Flotilha de Contratorpedeiros e Submarinos

Porém, com o início da 1ª Guerra Mundial, o então Ministro da Marinha, o Alte. Alexandrino,
determinou que as principais unidades operativas de superfície fossem reorganizadas em três
divisões a fim de patrulhar as águas costeiras dentro de cada área de responsabilidade, sendo
criadas as Divisões Navais do Sul (São Francisco do Sul), Centro (Rio de Janeiro) e Norte (Belém):

Divisão Naval do Norte


(Belém)

Esquadra no início da 1ª GM
Divisão Naval do Centro
Divisões criadas pelo Alte. Alexandrino

Divisão Naval do Sul (S.


Fco. do Sul)

(PS-SMV-OF/2017) O Programa de Reaparelhamento da Marinha de 1904, que veio a ser


remodelado e reformado em 1906, incluía alguns melhoramentos fundamentais para um
Poder Naval que se desejava no Brasil.
Assinale a opção que NÃO representa uma das propostas ou melhoramentos desse
Programa:

(A) Aquisição de navios que, naquele momento, equipavam as melhores Esquadras do


mundo.
(B) Criação de um moderno arsenal.
(C) Adição de novos encouraçados de 20 mil toneladas.
(D) Construção de um porto militar.

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(E) Desenvolvimento de submarinos com propulsão nuclear.


Comentários:

Arsenal

Tripé do Programa Naval de 1904 Porto Militar


(Alte. Júlio de Noronha)

Navios

+ 3 novos encouraçados
dreadnought

Modernização Ilha das


Cobras
Alterações no Programa de 1904: O
Programa de 1906 (Alte.
Alexandrino) Previsão de bases em
Belém, Natal e porto em
SC.

Cancelada construção de
Arsenal previsto em 1904

Na verdade, a questão não foi muito feliz, pois pergunta de forma geral as previsões dos 2
planos: de 1904 e 1906.
A dúvida que poderia ser gerada é a da construção de um Arsenal, que embora prevista em
1904, foi cancelada em 1906.

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Porém, claramente a alternativa errada é a Letra (E), pois os submarinos nucleares sequer
existiam. Para se ter uma ideia, o submarino norte americano USS Nautilus só foi lançado em
1954 e foi o primeiro submarino nuclear.
Gabarito: Letra E

(Marinha-2014/Adaptada)
Leia o trecho a seguir.
A A B G N
com o desenvolvimento, ainda embrionária, do submarino no final do século XIX e início do
século XX e início do século XIX [...] A 17 de julho de 1914, foi criada a Flotilha de
Submersíveis, administrativamente subordinada ao Comando da Defesa Móvel, com base na
I M G B G
(Fonte: <<www.mar.mil.br/forsub/historico>>

Em 2014, a força de submarinos da Marinha do Brasil completou 100 anos. É correto afirmar
que os primeiros submarinos da Marinha do Brasil foram adquiridos no contexto:

(A) da entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial, após ter sido atacado pelos alemães em
Santa Catarina.
(B) de reaparelhamento naval, que ficou conhecido como "A Esquadra de 1910".
(C) da contenção das revoltas federalistas que ameaçavam o regime republicano implantado
em 1889.
(D) das constantes invasões de países sul-americanos ao território brasileiro.
(E) da ajuda norte-americana aos países aliados, durante a Primeira Guerra Mundial.

Comentários:
O início da história dos submersíveis brasileiros começa em 1914 com a aquisição de três
submarinos italianos da classe Foca. Eles complementaram os navios da Esquadra de 1910:
-Contratorpedeiro: Maranhão
-Submarinos: F1, F3, F5 (a partir de 1913) e Humaitá (este somente em 1929)
-Tender: Ceará
-Outros navios auxiliares

Gabarito: Letra B

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3 1ª GUERRA MUNDIAL

3.1 ANTECEDENTES

No ano de 1914, as relações entre as principais nações europeias estavam tensas. Nos últimos 60
anos havia ocorrido a Segunda Revolução Industrial e várias potências econômicas surgiram
ameaçando a supremacia da Grã-Bretanha, com destaque para os Estados Unidos, Itália, Rússia,
Alemanha e Japão. Isto significava que todos esses países tinham capacidade industrial, mas
precisavam de:
1) matérias-primas (para usarem como insumo) e;
2) de mercados (para conseguirem vender sua produção).
Na segunda revolução industrial, a eletricidade foi o mecanismo que revolucionou os meios de
produção, bem como o aumento da disponibilidade de ferro e aço, tornando a indústria muito
mais mecanizada.
N P A
desenvolvimento da indústria bélica das grandes potências e a crescente tensão nas relações
internacionais.
Duas grandes alianças político-militares predominavam, melhor visualizada no mapa que se segue:

Tríplice Aliança: formada pelo Império Austro-Húngaro, Itália e Alemanha;


Tríplice Entente: formada pela França, Inglaterra e Rússia.

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(PS-SMV-PR/2016.2)
Assinale a opção que apresenta a composição correta dos blocos militares formados antes da
Primeira Guerra Mundial.
(A) Tríplice Aliança (Espanha, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Estados Unidos, França e
Japão).
(B) Tríplice Aliança (Rússia, Alemanha e Itália) e Tríplice Entende (Japão, Alemanha e Grã-
Bretanha).
(C) Tríplice Aliança (França, Alemanha e Rússia) e Tríplice Entente (Portugal, França e Estados
Unidos).
(D) Tríplice Aliança (Itália, Império Astro-Húngaro e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia,
Inglaterra e França).
(E) Tríplice Aliança (Brasil, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia, França e Espanha).

Comentários:
Tríplice Aliança: formada pelo Império Austro-Húngaro, Itália e Alemanha;
Tríplice Entente: formada pela França, Inglaterra e Rússia.
Gabarito: Letra D

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3.2 O ESTOPIM E RESUMO DA 1ª GM

O estopim para a guerra: um terrorista sérvio assassinou o Arquiduque Francisco


Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, em um atentado em Sarajevo, na Bósnia.

Esta morte imediatamente provocou a guerra entre a Áustria e a Sérvia.


A Rússia, fiadora da Sérvia, iniciou um confronto com a Áustria, provocando a intervenção alemã
e unindo a França e a Inglaterra.
Iniciava- P G M guerra das trincheiras
Em 1917, os Estados Unidos entraram no conflito. No mesmo ano, eclodiu a revolução socialista na
Rússia e seus dirigentes assinaram com a Alemanha o Tratado de Brest-Litovsky, se retirando da
guerra.
Também em 1917 o Brasil entrou no conflito, como veremos no próximo tópico, quando a
campanha submarina alemã atingiu seus navios mercantes, afundados em razão do bloqueio
alemão a Grã-Bretanha.
O Brasil enviou em 1918 a DNOG (também veremos adiante) para operar junto com a Marinha
britânica.
A Alemanha, depois de uma fracassada ofensiva no teatro de operação ocidental, exausta, assinou
o Armistício em novembro de 1918.

3.3 ENTRADA DO BRASIL NO CONFLITO

Eclodido o conflito na Europa em 1914, que veio a ser conhecido por Primeira Grande Guerra, o
Brasil permaneceu neutro nos primeiros três anos de guerra.
O bloqueio submarino sem restrições aos países Aliados, firmado pelo governo alemão em 31 de
janeiro de 1917, trouxe não só mal-estar a todos os países neutros, como também preocupação ao
Governo brasileiro, que dependia do mar para escoar a sua produção e importar produtos.
O Brasil apresentou inicialmente seu protesto formal à Alemanha, seguido do rompimento das
relações comerciais.
Mantínhamos ainda nossa neutralidade, postura que veio a ser modificada em 11 de abril de 1917,
devido ao afundamento do Navio Mercante Paraná ao largo da costa francesa, quando o governo
brasileiro rompeu as relações diplomáticas com o governo alemão. Após o ataque a mais três dos
nossos mercantes, em 26 de outubro de 1917 o Brasil reconheceu e proclamou o estado de guerra
com o Império alemão.
Em resumo:

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DATA
ATO REAÇÃO DO BRASIL À ALEMANHA
(1917)

Bloqueio submarino alemão PROTESTO + ROMPIMENTO DE


31 JAN
RELAÇÕES COMERCIAIS

Afundamento do Mercante Paraná (brasileiro) ROMPIMENTO DE RELAÇÕES


11 ABR
na França, ao largo de Barfleur¹ DIPLOMÁTICAS²

Afundamento pretérito de mercantes


PROCLAMAÇÃO DE ESTADO DE
brasileiros: Tijuca (costa de Brest, FRA), Lapa
26 OUT GUERRA, pelo presidente Wenceslau
(cabo Trafalgar, ESP), Tupi (no cabo Finisterra,
Braz
ESP)³

¹Houve também o afundamento do navio mercante Macau, também próximo ao cabo Finisterra,
porém nossa bibliografia não o cita

²Um fato que contribuiu na decisão de se romper relações diplomáticas com o Império Alemão foi
a atitude de protesto dos Estados Unidos com o bloqueio irrestrito, tendo sofrido por isso o
torpedeamento de dois de seus navios, que motivaram a declaração de guerra norte-americana.
Mantínhamos até esse ponto laços comerciais profundos com esse país e claras simpatias com os
aliados.
³Os ataques aos navios Paraná, Tijuca e Lapa levaram o Presidente Wenceslau Braz a decretar o
arresto de 45 navios dos impérios centrais aportados no Brasil e a revogação da neutralidade.
Muitos deles encontravam-se danificados por sabotagem dos próprios tripulantes. Isso não
impediu que o Brasil utilizasse 15 deles e repassasse 30 por afretamento para a França. Um fato
curioso foi o arresto da Canhoneira alemã Eber, surta no porto de Salvador. Tratava-se de navio
militar e não de vapor mercante, como os 45 navios arrestados. Antes de ser abordada por
autoridades brasileiras, e percebendo essa medida, os tripulantes queimaram o navio e
conseguiram se transferir para outro navio mercante que se evadiu dos portos nacionais com o
armamento e os homens especializados, que seriam ainda úteis à Marinha alemã no conflito.

(Inédita) O Brasil reconheceu e proclamou o estado de guerra com o Império alemão:

(A) em 11 de abril de 1917, devido ao afundamento do Navio Mercante Paraná ao largo da


costa francesa
(B) em 31 de janeiro de 1917, devido ao bloqueio submarino aos países Aliados, firmado pelo
governo alemão

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(C) em 26 de outubro de 1917, após o ataque a três dos nossos mercantes


(D) em 11 de abril de 1917, devido ao bloqueio submarino aos países Aliados, firmado pelo
governo alemão
(E) em 11 de abril de 1917, após o ataque a três dos nossos mercantes

Comentários:

Gabarito: Letra C

3.4 A PARTICIPAÇÃO DA MARINHA NA 1ª GM

A participação da Marinha brasileira na Primeira Grande Guerra formalizou-se com o envio para o
teatro de operação da Divisão Naval em Operação de Guerra (DNOG), sob o comando do
Almirante Pedro Max Fernando de Frontin.
A DNOG era composta pelos seguintes meios navais:

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BAHIA

2 CRUZADORES

RIO GRANDE DO SUL

PIAUÍ

RIO GRANDE DO
NORTE

4
CONTRATORPEDEIROS
DNOG
PARAÍBA

SANTA CATARINA

1 CRUZADOR-
BELMONTE
AUXILIAR

1 REBOCADOR LAURINDO PITTA

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O DNOG tinha como missão o patrulhamento da área entre Dakar São Vicente
Gibraltar na costa da África, com subordinação ao Almirantado inglês.

A tripulação da DNOG foi gravemente atingida pela


baixas sofridas, cumpriu a missão a ela determinada. Veremos mais detalhes da DNOG no decorrer
da aula.
Outra participação significativa da Marinha foi a designação de 12 oficiais aviadores para servirem
junto à Royal Air Force (RAF). Foram depois empregados no patrulhamento do Canal da Mancha.

3.5 O PREPARO DO BRASIL

Como vimos, o Brasil permaneceu neutro nos primeiros três anos de guerra.
Havia, entretanto, uma tendência natural de simpatia a favor dos aliados, principalmente porque a
elite nacional via na educação e na cultura francesas seus principais paradigmas.
Porém, havia a preocupação ao Governo brasileiro, que dependia do mar para escoar a produção
de café (principal produto de exportação) para Europa e EUA (principais consumidores) e importar
produtos (principalmente Inglaterra).
Mas, como estavam a MB e Marinha Mercante para enfrentar os alemães, após a declaração de
guerra?
Bem, como vimos, o Brasil sabia que teria lidar com a maior ameaça: o submarino alemão, que
atacava nossos mercantes e prejudicava nosso comércio internacional.
Pra piorar a situação, não havia estradas ligando o Sul e Sudeste com o Norte e Nordeste (se hoje
ainda é precário, imaginem naquela época!), o que nos tornava muito vulneráveis, pois todas as
comunicações tinham que ser feitas pelo mar.
Marinha Mercante: era modesta, porém recebeu investimentos e aparelhamentos do Governo.
No início do conflito (Brasil ainda neutro), diversos países envolvidos na guerra, preocupados em
cobrir as perdas provocadas por afundamentos, ofereceram propostas de compras de muitos de
nossos mercantes.
Propostas de compras do Lloyd Brasileiro, maior companhia de navegação do período, foram
comuns.
Porém, o Governo Brasileiro sabia da necessidade de manter o comércio com outros países e de
escoar o nosso principal produto, o café, principalmente para os Estados Unidos, o que impediu
todas essas tentativas de arrendamento, que veio a ser fundamental para o Brasil.

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MB (Marinha do Brasil, de guerra): era centrada na Esquadra de 1910 (vimos como ela foi formada
no início da aula), inicialmente proposto pelo Alte. Júlio de Noronha e continuado pelo Alte.
Alexandrino.
Esses meios eram todos movidos a vapor, queimando carvão:

2 encouraçados tipo dreadnought: o Minas Gerais e São Paulo


2 cruzadores tipo scouts (cruzador leve e rápido, usado para esclarecer em apoio a linha
de batalha):o Rio Grande do Sul e Bahia
10 contratorpedeiros de pequenas dimensões.

Como vimos, desde o inicio da participação na guerra, o Brasil enviou a DNOG para operar em
águas europeias.
Além disso, tivemos 13 oficiais aviadores* (12 da MB e 1 do EB) para atuarem como pilotos de caça
da RAF (Força Aérea do Reino Unido).
Curiosidade: No treinamento, 1 piloto se acidentou e 1 morreu. O restante foi considerado qualificado para
operações de combate, empregado no 16º Grupo da RAF, com sede em Plymouth, em missões de
patrulhamento no Canal da Mancha.

Aviação Naval: Naquela época, a Escola de Aviação Naval Brasileira, localizada na Ilha das Enxadas,
na Baía de Guanabara, e a Flotilha de Aviões de Guerra foram criadas no dia 23 de agosto de 1916,
comportando inicialmente apenas 3 aviões Curtiss, que chegaram ao Brasil dois meses antes.
Aviação Militar: operava no Campo dos Afonsos, onde funcionava a Escola de Aviação Militar.

Hidroavião Curtiss da Escola de Aviação Naval brasileira

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3.5.1 Pontos estratégicos

Com a limitação das Forças Armadas brasileiras, era necessário selecionar áreas a serem
defendidas e três foram consideradas áreas prioritárias no litoral: a baía de Guanabara, e duas ilhas
oceânicas, devido a possibilidade de serem utilizadas como pontos de refúgio de navios inimigo:
Trindade e Fernando de Noronha. Apesar da preocupação, porém, não houve tentativa de
ocupação alemã.
Baía de Guanabara: no principal porto do país, o do Rio de Janeiro, centro econômico e político do
Brasil, instituiu-se uma linha de minas submarinas cobrindo 600 metros entre as Fortalezas da Laje
e Santa Cruz (veja imagem abaixo):

Trindade: Ocupada militarmente em maio de 1916 com cerca de 50 militares, possuindo uma
estação radiotelegráfica que mantinha as comunicações com o continente. Frequentemente era
visitada por navios de guerra para o seu reabastecimento.

Fernando de Noronha: A Marinha passou a assumir a defesa dessa ilha (antes presídio de
Pernambuco), destacando um grupo de militares para guarnecê-la.

3.6 ATAQUES APÓS A DECLARAÇÃO DE GUERRA PELO BRASIL

Pois bem, já com o estado de guerra declarado, os ataques aos mercantes brasileiros continuaram.
02 NOV 1917: torpedeados os navios Guaíba e Acari, próximos à Ilha de S. Vicente (África). Depois
de atingidos, seus comandantes conseguiram encalhar os navios e salvaram as cargas. Porém,
vidas brasileiras foram perdidas.

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1918: ataque ao Mercante Taquari, na costa inglesa. Foi atingido por tiros de canhão, tendo tempo
de arriar as baleeiras (botes salva-vidas) que, no entanto, foram metralhadas, provocando a morte
de 8 tripulantes.
Esses ataques insuflaram ainda mais a opinião pública brasileira que, influenciada por campanhas
jornalísticas e declarações de diversos homens públicos, exigiu um comprometimento maior com a
causa Aliada.

3.7 ESTRUTURA DA ESQUADRA

Como estava estruturada a Esquadra, desde o início da Guerra?


Como vimos, a participação da Marinha no confronto baseou-se no patrulhamento marítimo do
litoral brasileiro com 3 divisões navais, distribuídas nos portos de Belém, Rio de Janeiro e São
Francisco do Sul.
Aperfeiçoando nosso quadrinho, temos (em vermelho temos os navios que também compuseram
a DNOG):

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DEODORO
2 ENCOURAÇADOS
GUARDA-COSTAS
FLORIANO

TIRADENTES
2
CRUZADORES
REPÚBLICA
Div. Naval
do Norte
PIAUÍ
(Belém)
2
CONTRATORPEDEIROS SANTA
CATARINA
3 AVISOS
==d946f==

2 CANHONEIRAS

MINAS
2 ENCOURAÇADOS
GERAIS

SÃO PAULO
Div. Naval
do Centro PARÁ
Esquadra (Rio de
no início Janeiro) ALAGOAS
da 1ª GM
MATO GROSSO
6
CONTRATORPEDEIROS
PARAÍBA

PARANÁ

AMAZONAS

BARROSO

3 CRUZADORES BAHIA
RIO GRANDE
Div. Naval DO SUL
do Sul(S.
Fco. do Sul) 1 IATE JOSÉ BONIFÁCIO
RIO GRANDE
DO NORTE
2 CONTRATORPEDEIROS
SERGIPE

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Pessoal, nunca foi objeto de cobrança saber detalhadamente os nomes dos navios acima! Coloquei
apenas para facilitar o entendimento.
A Marinha possuía também três navios mineiros; uma flotilha de submersíveis, com um tênder;
três pequenos submarinos construídos na Itália e uma torpedeira; as Flotilhas do Mato Grosso,
Amazonas e de aviões de guerra; e, por fim, navios soltos.

3.8 A DNOG (DIVISÃO NAVAL DE OPERAÇÕES DE GUERRA)

O governo de Wenceslau Braz decidiu enviar uma divisão naval para operar sob as ordens da
Marinha britânica (a mais poderosa).
Logicamente, os navios escolhidos deveriam ser da Esquadra adquirida oito anos antes na própria
Inglaterra, pois eram os mais modernos que o Brasil possuía.
No entanto, devido aos avanços tecnológicos provocados pela própria guerra, esses navios se
tornaram obsoletos rapidamente.
Mesmo assim, a escolha da MB recaiu nos navios abaixo (ao todo 8 navios) cujo quadro reproduzo
novamente:

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BAHIA

2 CRUZADORES

RIO GRANDE DO SUL

PIAUÍ

RIO GRANDE DO
NORTE

4
CONTRATORPEDEIROS
DNOG
PARAÍBA

SANTA CATARINA

1 CRUZADOR-
BELMONTE
AUXILIAR

1 REBOCADOR LAURINDO PITTA

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Contra quem a DNOG iria lutar? A Alemanha, apesar de possuir uma Esquadra menor que a
Inglaterra, possuía uma frota muito agressiva e motivada.
No início da guerra os alemães se lançaram à guerra de corso utilizando navios de superfície, no
estilo de corsários independentes que atacavam os mercantes navegando solitários.
Essa estratégia, com o decorrer da guerra, foi abandonada. Preferiu-se a guerra submarina, muito
mais eficiente.

Esses submarinos não chegaram a atuar nas nossas costas. No entanto atacaram
nossos navios nas costas europeias e os afundaram sem trégua.

3.8.1 DNOG: dificuldades logísticas

A Marinha brasileira era dependente de suprimentos vindos do exterior, pois não existiam
estaleiros capacitados, nem fábricas de munição e estoques logísticos adequados.
Dessa forma, a preparação da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), foi muito dificultada
por limitações que não eram só da Marinha, mas também do Brasil.
Como critério de escolha para comandante da DNOG, abriu-se o voluntariado para os seus
componentes e foi escolhido um contra-almirante ainda muito jovem, com 51 anos de idade,
habilidoso e com grande experiência marinheira, na ocasião comandante da Divisão de Cruzadores
com base no porto de comandante da Divisão de Cruzadores com base no porto de Santos. Trata-
se do Almirante Pedro Max Fernando de Frontin (irmão do engenheiro Paulo de Frontin).

Comandante da DNOG: Alte. Frontin

3.8.2 DNOG: preparação e início da missão

A preparação dos navios ainda no Brasil requereu muitos recursos de toda a ordem.

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Entre os pontos a serem corrigidos estava a deficiência de abastecimento,


principalmente a escassez de combustível, o carvão.

Dava-se preferência a um tipo de carvão proveniente da Inglaterra, o tipo cardiff ou dos Estados
Unidos da América.
O carvão nacional, por possuir grande quantidade de enxofre, era contraindicado e isso preocupou
os chefes navais durante toda a comissão da DNOG.
Depois de três meses de adestramento contínuo com as tripulações, os navios suspenderam do Rio
de Janeiro em grupos pequenos para se juntarem na Ilha de Fernando de Noronha.
Inicialmente, os contratorpedeiros deixaram a Guanabara no dia 7 de maio de 1918, seguidos no
dia 11 pelos dois cruzadores.
Em 6 de julho, suspendeu do Rio de Janeiro o Cruzador Auxiliar Belmonte e, dois dias depois, o
Rebocador Laurindo Pitta. Esses navios ficaram responsáveis de transportar o carvão necessário
para a DNOG, daí sua grande importância logística.
No dia 1º de agosto a Divisão unida suspendeu de Fernando de Noronha com destino a Dakar,
passando por Freetown.

3.8.3 DNOG: travessia Fernando de Noronha-Freetown

Por que foram primeiro para Freetown? O objetivo era destruir os submarinos inimigos que se
encontravam na rota da DNOG.
Como se combatia submarinos na 1ª Guerra ? Os armamentos eram muito primitivos! Existiam
hidrofones primitivos e bombas de profundidade de 40 libras, que eram lançadas pela borda no
local provável onde se encontrava o submarino. Isso mesmo: o primeiro mecanismo de
lançamento era simplesmente rolar os "barris" por uma prancha para fora da embarcação
atacante.

Exemplo de bomba de profundidade

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É interessante mencionar, porém, que o próprio submarino não possuía capacidade de


permanecer mergulhado durante muito de tempo, o que era uma grande limitação.
Normalmente, os ataques dos submarinos contra mercantes eram realizados utilizando-se os
canhões localizados em seus conveses.
A maior chance de destruir esses submarinos acontecia quando vinham à superfície para destruir
o alvo ou por canhão ou mesmo com o uso de torpedos.
N oram dados, porém não tiveram
confirmação.
Outro ponto interessante na travessia Fernando de Noronha Freetown era a faina de
transferência de carvão em alto-mar.
Esses recebimentos aconteciam em quaisquer condições de tempo e de mar e obrigavam a
atracação dos navios ao Cruzador-Auxiliar Belmonte e a utilização do Rebocador Laurindo Pitta
para auxílio nas aproximações. Foram manobras perigosas que demandaram muita capacidade
marinheira dos tripulantes, além da natural vulnerabilidade durante os abastecimentos, quando os
submarinos inimigos poderiam aproveitar a baixa velocidade para o ataque.
A título de curiosidade, atualmente, há fainas de transferência de combustível por meio de
-mar. É uma manobra muito perigosa, que exige muita coordenação entre os
navios! Por exemplo, é preciso manter rumo e velocidades para aproximação e coordenar estações
de manobra. Imaginem naquela época, em que se transferia carvão!
A tensão reinante durante esses eventos era enorme, sem contar com as difíceis condições em que
eram realizadas. Os navios ficavam literalmente negros e todos trabalhavam do nascer do sol até
o término do abastecimento.
Depois de 8 dias de travessia, a DNOG chegou ao porto de Freetown, onde se juntou ao Esquadrão
britânico. Nessa cidade, os navios permaneceram por 14 dias, reabastecendo-se e sendo reparados
para continuarem da missão.

3.8.4 DNOG: travessia a Dakar e a gripe espanhola

Em 23 de agosto de 1918, a Divisão suspendeu em direção a Dakar, tendo essa derrota sido muito
desconfortável para as tripulações dos navios devido ao mau tempo reinante.
Na véspera da chegada a esse porto africano, à noite, foi avistado um submarino navegando na
superfície. Imediatamente foi atacado pela força brasileira. No entanto, o submarino conseguiu
lançar um contra-ataque contra o Cruzador-Auxiliar Belmonte, quase atingindo seu intento, uma
vez que a esteira fosforescente do torpedo foi perfeitamente observada a 20 metros da popa do
navio brasileiro.
A 26 de agosto, os navios chegaram em Dakar e aí começariam as grandes provações dos
tripulantes nacionais: a gripe espanhola.

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Todo o martírio teria início quando o navio inglês Mantua iniciou uma rotina observada por nossos
marinheiros que o viam suspender de frequentemente para o alto-mar regressando em seguida.
Logo após, soube-se que essas saídas eram para lançar ao mar os corpos dos homens de sua

Possivelmente o Mantua foi o responsável pela transmissão da moléstia que vitimaria diversos
tripulantes que nunca retornariam ao Brasil.
No início de setembro as primeiras vítimas brasileiras eram atingidas pela gripe mortal. Os
sintomas eram: fraqueza generalizada, seguida de muita febre, com transpiração excessiva. Depois
de três ou quatro dias de grande mal-estar, seguia-se tosse com sangue e congestão pulmonar.
Alguns iniciavam as convulsões e os soluços, outros se debatiam em agonia, devido à sede intensa.
Dentro de pouco tempo, eles faleciam.
A permanência em Dakar deveria ser curta. No entanto, devido a gravidade da situação sanitária
com a gripe, os navios lá permaneceram mais tempo. A tudo isso somou-se o impaludismo e as
febres biliares africanas. Dos navios atingidos pelas doenças, o mais afetado foi o Cruzador-
Auxiliar Belmonte que, entre seus 364 tripulantes, contaram-se 154 doentes. Substituições foram
solicitadas ao Brasil, que vieram no Paquete Ásia para completar os claros com as moléstias
apontadas.
Foram vitimados 156 brasileiros (marinheiros enterrados em Dakar; posteriormente morreram
mais DNOG
O estrago da gripe foi tanto que os navios britânicos e brasileiros em Freetown e Dakar ficaram
inoperantes em face das condições sanitárias reinantes, estando a defesa do estreito entre Dakar e
Cabo Verde somente a cargo de dois pequenos navios portugueses.
Com grande esforço pessoal, a DNOG conseguiu logo depois designar o Piauí e o Paraíba para
auxiliarem os portugueses naquela área de operações
Em 3 de novembro, a DNOG largou de Dakar em direção a Gibraltar, sem os seguintes navios:

-Rio Grande do Sul (avariado)


-Rio Grande do Norte (avariado)
-Belmonte (designado para outra missão)
-Laurindo Pitta (designado para outra missão).

Sete dias depois os navios da Divisão faziam sua entrada em Gibraltar. Porém, no dia seguinte, o
Armistício foi assinado, dando fim à Grande Guerra.
Por cerca de seis meses nossos navios permaneceram em águas europeias participando das
comemorações pela vitória, e visitando países que tomaram parte naquele grande conflito.

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A vitória dos aliados seria confirmada em Paris, em 28 de junho de 1919, quando se


reuniram os representantes de 32 países e assinaram o Tratado de Versalhes, que foi
imposto à Alemanha derrotada.

Em 9 de junho de 1919, depois de parar em Recife por breves dias, os navios da DNOG entravam
na Baía de Guanabara, portos-sede da Divisão Naval. Acabara assim, a participação da Marinha na
Primeira Guerra Mundial.

(Inédita) Analise as assertivas a seguir a respeito da participação da Marinha do Brasil na 1ª


Guerra Mundial:

I. No início da guerra os alemães se lançaram à guerra de corso utilizando navios de


superfície, no estilo de corsários independentes que atacavam os mercantes navegando
solitários. Essa estratégia, com o decorrer da guerra, foi abandonada. Preferiu-se a guerra
submarina, muito mais eficiente. Durante toda a 1ª GM, esses submarinos atuarem
frequentemente nas nossas costas.

II. O governo de Wenceslau Braz decidiu enviar uma divisão naval, denominada DNOG, para
operar sob as ordens da Marinha britânica. A escolha da alta administração naval recaiu nos
dois cruzadores (Rio Grande do Sul e Bahia), em quatro contratorpedeiros (Piauí, Rio Grande
do Norte, Paraíba e Santa Catarina), um rebocador (Laurindo Pitta) e um cruzador-auxiliar
(Belmonte). Ao todo, foram oito navios.

III. A Divisão Naval do Centro, no início da 1ª GM, compunha-se dos Encouraçados Minas
Gerais e São Paulo e de seis contratorpedeiros, com sede em São Francisco do Sul.

(A) apenas I está certa.


(B) apenas II está certa.
(C) apenas III está certa.
(D) apenas I e II estão certas.
(E) apenas I e III estão certas.

Comentários:
I.Errado.

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Na 1ª GM, os submarinos alemães não chegaram a atuar nas nossas costas. No entanto
atacaram nossos navios nas costas europeias e os afundaram sem trégua.

II.Certo. De acordo com nosso quadrinho, esses foram os navios que integraram a DNOG.

BAHIA

2 CRUZADORES

RIO GRANDE DO SUL

PIAUÍ

RIO GRANDE DO NORTE

4 CONTRATORPEDEIROS

DNOG PARAÍBA

SANTA CATARINA

1 CRUZADOR-AUXILIAR BELMONTE

1 REBOCADOR LAURINDO PITTA

III.Errado. Observando nosso quadrinho, vemos que a sede da DN do Centro era no Rio de
Janeiro.

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DEODORO
2 ENCOURAÇADOS
GUARDA-COSTAS
FLORIANO

TIRADENTES
2
CRUZADORES
REPÚBLICA
Div. Naval
do Norte
PIAUÍ
(Belém)
2
CONTRATORPEDEIROS SANTA
CATARINA
3 AVISOS

2 CANHONEIRAS

MINAS
2 ENCOURAÇADOS
GERAIS

SÃO PAULO
Div. Naval
do Centro PARÁ
Esquadra (Rio de
no início Janeiro) ALAGOAS
da 1ª GM
MATO GROSSO
6
CONTRATORPEDEIROS
PARAÍBA

PARANÁ

AMAZONAS

BARROSO

3 CRUZADORES BAHIA
RIO GRANDE
Div. Naval DO SUL
do Sul(S.
Fco. do Sul) 1 IATE JOSÉ BONIFÁCIO
RIO GRANDE
DO NORTE
2 CONTRATORPEDEIROS
SERGIPE

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Gabarito: Letra B
(Marinha-2004)
Sobre a participação da Marinha Brasileira durante a Primeira Guerra Mundial, em especial as
atividades da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) é correto afirmar que:

(A) Não se envolveu de forma decisiva limitando-se única e exclusivamente às operações de


combate ao contrabando nos principais portos do Brasil, assim como o controle sobre os
grandes rios com a finalidade de manter a estabilidade interna evitando, com isso, que a
instabilidade política, econômica e social fosse despertada pela guerra.

(B) Teve a incumbência de patrulhar a área compreendida entre Dacar e Gibraltar. Ficava sob
as ordens do Almirantado britânico. Para comandá-la foi designado um dos Oficiais de maior
prestígio na época, o Contra-Almirante Pedro Max Fernando de Frontin, nomeado em 30 de
janeiro de 1918.

(C) Não se envolveu no conflito por estar voltada para combater os problemas que afligiam o
país naquele momento como a Guerra do Contestado, que estava a ocorrer na divisa dos
estados do Paraná e Santa Catarina e a Revolta Federalista que buscava separar os estados do
Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

(D) Teve a incumbência de patrulhar a área compreendida entre a ilha da Madeira, Cabo
Verde e Gibraltar, ficando sob as ordens do Almirantado dos Estados Unidos. Para comandá-
la foi designado um dos Oficiais de maior prestígio na época, o Contra-Almirante Isaías de
Noronha, nomeado a 12 de setembro de 1917.

(E) Embora o Ministro da Marinha Alexandrino de Alencar houver tentado criar uma operação
para resguardar o território brasileiro durante o conflito, o mesmo, acabou não obtendo êxito
devido à falta de apoio do presidente da república, e demais políticos do Congresso Nacional,
unicamente preocupados com a questão do café no país.

Comentários:
(a)Errado.

O DNOG tinha como missão o patrulhamento da área entre Dakar São Vicente
Gibraltar na costa da África, com subordinação ao Almirantado inglês.

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Obs 1.: Apesar da bibliografia não mencionar explicitamente, a região das ilhas de Cabo Verde
também estavam abarcadas pela DNOG.
Obs 2.: Nossa bibliografia também insere São Vicente na área de patrulha. Atentar para a
cobrança: Dakar-São Vicente-Gibraltar e Dakar-Gibraltar, ambas corretas.
(b)Certo. Mesma explicação anterior acerca da área/objetivo da DNOG. Comandante da
DNOG: foi escolhido um contra-almirante com 51 anos de idade, habilidoso e com grande
experiência marinheira: Almirante Pedro Max Fernando de Frontin.
(c)Errado. A DNOG efetivamente patrulhou as áreas pretendidas.
(d)Errado. A DNOG tinha como missão o patrulhamento da área entre Dakar São Vicente
Gibraltar na costa da África, com subordinação ao Almirantado inglês (e não EUA). Além
disso o comandante designado foi o Alte. Frontin (e não Isaías de Noronha).
(e)Errado. A DNOG efetivamente patrulhou as áreas pretendidas.
Gabarito: Letra B

(Inédita) Durante a 1ª GM, o escolhido para ser o comandante da DNOG foi o:

(A) Almirante Pedro Max Fernando de Frontin


(B) Almirante Júlio de Noronha
(C) Almirante Sílvio de Noronha
(D) Almirante Alexandrino
(E) Almirante Saldanha da Gama

Comentários:
Comandante da DNOG: foi escolhido um contra-almirante com 51 anos de idade, habilidoso
e com grande experiência marinheira: Almirante Pedro Max Fernando de Frontin.

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Gabarito: Letra A

(Inédita) A principal missão da DNOG, durante a 1ª GM, era:

(A) atacar navios mercantes alemães na costa francesa, com subordinação ao Almirantado
dos inglês.
(B) patrulhar uma área marítima contra os submarinos alemães, compreendida entre Dakar
no Senegal e Gibraltar, na entrada do Mediterrâneo, com subordinação ao Almirantado
inglês.
(C) patrulhar uma área marítima contra os submarinos alemães, compreendida entre Dakar
no Senegal e Gibraltar, na entrada do Mediterrâneo, com subordinação ao Almirantado dos
EUA.
(D) atacar navios mercantes alemães na costa do Japão, com subordinação ao Almirantado
dos EUA.
(E) patrulhar somente a costa brasileira, com subordinação ao Almirantado dos EUA.
Comentários:
Principal missão da DNOG: patrulhar uma área marítima contra os submarinos alemães,
compreendida entre Dakar no Senegal e Gibraltar, na entrada do Mediterrâneo, com
subordinação ao Almirantado inglês.

Gabarito: Letra B

(Marinha-2008) Observe a imagem e o texto abaixo e responda a pergunta a seguir.

A imagem refere-se a um navio construído na Inglaterra em 1910, por encomenda do


Governo brasileiro, o qual entre outras missões prestou serviço de rebocador ao Arsenal da
Marinha do Rio de Janeiro e à Base Naval do Rio de Janeiro até a década de 1990. Em 1997, a
Marinha o restaurou e o remodelou, colocando assentos para 90 passageiros, e adaptando
um compartimento onde apresenta a exposição permanente da participação da Marinha na
Primeira Guerra Mundial.
A imagem e o texto acima refere-se ao:

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(A) Contratorpedeiro Laurindo Pitta que participou, no Atlântico Sul, de atividades de


patrulha e escolta juntamente com navios ingleses e dos Estados Unidos durante a Primeira
Guerra Mundial.
(B) Contratorpedeiro Barbacena que atuou em operações navais durante a Segunda Guerra
Mundial realizando importantes operações de patrulha e apoio as marinhas aliadas no
Atlântico Sul.
(C) Rebocador Parayba que serviu na Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) durante
a Segunda Guerra Mundial participando juntamente com a marinha dos Estados Unidos de
atividades de
escolta aos navios mercantes no Atlântico Sul.
(D) Rebocador Laurindo Pitta que é o único navio remanescente da Divisão Naval em
Operações de Guerra (DNOG) que participou, em 1918, da Primeira Guerra Mundial,
realizando importantes tarefas de apoio.
(E) Rebocador Barbacena que pertenceu à Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG)
participando em 1918, na Primeira Guerrra Mundial, de importantes tarefas de apoio e
escolta de navios mercantes aliados.
Comentários:
A foto é do saudoso Laurindo Pitta, que realizou atividades de APOIO, como fainas de
aproximação e de transporte de suprimentos. Ele permanece no Rio de Janeiro até hoje para
passeios e exposição.
Gabarito: Letra D

(Marinha-2003) Sobre a participação da Marinha durante a Primeira Guerra Mundial é


correto afirmar que:

(A) não se envolveu no conflito pelo fato de estar única e exclusivamente voltada para
operações de combate ao contrabando nos principais portos do Brasil

(B) inicialmente o Ministro Almirante Alexandrino de Alencar criou três divisões navais, Norte,
Centro e Sul, com missão de patrulhamento das águas costeiras organizando em seguida uma
força tarefa que seria conhecida como a Divisão Naval em Operações de Guerra.

(C) não se envolveu no conflito por estar voltada para combater os problemas que afligiam o
país naquele momento como a Revolta da Armada

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(D) inicialmente, o Ministro Almirante Isaías de Noronha organizou a participação brasileira


na guerra com a criação da Divisão Naval em Operações de Guerra, conhecida pela sigla
DNOG.
(E) embora o Ministro Almirante Alexandrino de Alencar houvera tentado criar uma operação
para resguardar o território brasileiro durante o conflito acabou não obtendo êxito devido a
falta de apoio do presidente da República Rodrigues Alves.

Comentários:
(a)Errado. Vimos, após a declaração de guerra, as ações da MB na 1ª GM.
(b)Certo.

Divisão Naval do Norte


(Belém)

Esquadra no início da 1ª GM
Divisão Naval do Centro
Divisões criadas pelo Alte. Alexandrino

Divisão Naval do Sul (S.


Fco. do Sul)

Em seguida, tivemos a criação da DNOG para atuar no eixo Gibraltar-Dakar.

(c)Errado. Vimos, após a declaração de guerra, as ações da MB na 1ª GM.


(d)Errado. Comandante da DNOG: foi escolhido um contra-almirante com 51 anos de idade,
habilidoso e com grande experiência marinheira: Almirante Pedro Max Fernando de Frontin
(e não Isaías de Noronha).
(e)Errado. Foi criada a DNOG:

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A DNOG tinha como missão o patrulhamento da área entre Dakar São Vicente
Gibraltar na costa da África, com subordinação ao Almirantado inglês.

Gabarito: Letra B

(Marinha-2009) Em 1917, o Brasil entrou no conflito que ficou conhecido como Primeira
Guerra Mundial (1914-1918), devido ao naufrágio de navios mercantes brasileiros por
submarinos alemães.
No que se refere à participação da Marinha Brasileira nesse conflito pode-se afirmar que a
mesma, entre outras ações, agiu enviando uma:

(A) Força tarefa para atuar com a Marinha francesa no Mediterrâneo ocidental.
(B) Divisão Naval para operar com a Marinha britânica no Mar do Norte.
(C) Força tarefa para atuar com a Marinha britânica no Atlântico entre Dakar e as ilhas
Canárias.
(D) Divisão Naval para operar com a Marinha francesa no estreito de Gibraltar.
(E) Divisão Naval para operar com a Marinha britânica entre Dakar e Gibraltar.
Comentários:

A DNOG tinha como missão o patrulhamento da área entre Dakar São Vicente
Gibraltar na costa da África, com subordinação ao Almirantado inglês.

Gabarito: Letra E

3 O PERÍODO ENTRE GUERRAS


Esse período, entre 1918 e 1939, caracterizou-se pelo abandono a que foi submetida não só a
Marinha de Guerra como praticamente toda a atividade nacional relacionada com o mar,
caracterizado pela ausência de mentalidade marítima do povo brasileiro.
Porém, tivemos algumas iniciativas modestas:

-Criação da Escola Naval de Guerra (depois Escola de Guerra Naval);


-Criação da Flotilha dos Submarinos (3 pequenos submarinos classe F);
-Criação da Escola de Aviação Naval.

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A Revolução de 1930 (Vargas assume o poder) representou para a Marinha um divisor de águas
entre duas épocas distintas. Em relatório do Ministro da Marinha, Alte. Protógenes Pereira
Guimarães, no ano de 1932, em que foi feita uma análise da situação da Marinha, encontra-se
registrada a seguinte declaração:

E M AE
Esquadra de 1910], e, perdido com ela o hábito das viagens, substituído pela vida parasitária e burocrática dos
portos, morrem todas as tradições (...) Estamos numa encruzilhada: ou fazemos renascer o Poder Naval sob
bases permanentes e voluntariosas, ou nos resignamos a ostentar a nossa fraqueza provocadora(...) estamos
completamente desaparelhados..

3.1 O PROGRAMA NAVAL DE 1932

Houve, então, o programa naval de 1932 (ajustado em 1936) que criou uma Força Naval modesta,
mais equilibrada, dentro das possibilidades do País, que podia fazer adestramentos (treinamento
das tripulações) satisfatórios e de atuar em operações limitadas, mais internamente no que no
campo externo.

Reforma de Encouraçados: Em 1935, foi iniciada uma grande reforma no Encouraçado Minas
Gerais, que constou da substituição de suas caldeiras e do aumento do alcance de seus canhões de
305 mm.

Construção de 6 Navios Varredura Classe Carioca: As atividades de minagem e varredura tinham


sido mantida sem segundo plano desde o fim da Grande Guerra, utilizando-se navios mineiros
varredores improvisados. Em 1940, obedecendo ao novo programa naval então aprovado, decidiu-
se pela construção no Brasil de 6 navios mineiros varredores, todos pertencentes à classe Carioca,
abaixo representados:

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Guerra A/S (antissubmarino): Extremamente vulnerável. Não possuíamos sensores adequados,


nem adestramento para a luta contra os submarinos. A doutrina A/S era baseada ainda nas lições
apreendidas na Primeira Guerra Mundial, muito diferente do que vinha ocorrendo nas águas do
Atlântico Norte e Mediterrâneo desde 1939.

3.2 A SITUAÇÃO GERAL DA MARINHA DO BRASIL EM 1940

De tal sorte, nossa Força de Alto-Mar, em 1940 encontrava-se assim:

Navios da MB em 1940:

ESQUADRA:

Divisão de Encouraçados: Minas Gerais e São Paulo.


Divisão de Cruzadores: Rio Grande do Sul e Bahia.
Flotilha de Contratorpedeiros: Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Santa
Catarina e Mato Grosso.
Flotilha de Submarinos: Humaitá, Tupi, Timbira e Tamoio.
Trem: Tênderes Belmonte e Ceará; Navios-Tanques Novais de Abreu e Marajó;
Rebocadores Aníbal de Mendonça, Muniz Freire, Henrique Perdigão e DNOG.
Flotilha de Navios Mineiros Varredores: dez navios.
Flotilha da Diretoria de Hidrografia e Navegação: três navios hidrográficos e dois
navios faroleiros.
Navio isolado: Navio-Escola Almirante Saldanha. (um navio veleiro de instrução)

FLOTILHAS FLUVIAIS (de rios):

- Flotilha do Amazonas: Canhoneira Amapá e Rebocador Mário Alves.

- Flotilha de Mato Grosso: Monitores Parnaíba*, Paraguaçu e Pernambuco; Avisos


Oiapoque e Voluntários; e Navio-Tanque Potengi.

*Curiosidade: O Monitor Parnaíba é o navio mais antigo do Brasil em operação, desde 1938! O Professor Luiz
Felipe teve a oportunidade de embarcar nesse belo navio.

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Como vimos, nesta época nosso Poder Naval era limitado. No início da 2ª GM o Brasil tinha
praticamente os mesmos navios da 1ª GM, simplesmente pela falta de investimento do governo
Vargas.
Nossa costa é enorme. A preocupação do Estado-Maior da Armada era defender esta vasta área.
Além disso, proteger das linhas de comunicação, vitais para a conservação de nossas artérias
comerciais com o exterior e para a manutenção das linhas de cabotagem (navegação costeira).
Lembrem que estamos em 1940 e o transporte pelo mar era fundamental, pois não existia uma
única comunicação terrestre entre Belém e São Luís, entre Fortaleza e Natal e entre Salvador e
Vitória.

4 2ª GUERRA MUNDIAL

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4.1 ANTECEDENTES

Ao final da 1ª GM, a Alemanha foi obrigada a assinar o Tratado de Versalhes, cujas medidas
atingiram duramente a economia alemã, afligindo seu povo, que passou a nutrir um sentimento de
aversão às principais potências da época.
Dentre as restrições do tratado estão:

Tratado de Versalhes

Alemanha foi obrigada a:

-restituir a Alsácia e a Lorena à França;


-ceder as minas de carvão, suas colônias, submarinos e navios mercantes;
-pagar aos vencedores uma indenização em dinheiro;
-ficar proibida de possuir Força Aérea;
-ficar proibida de fabricar alguns tipos de armas;
-ficar proibida de possuir um Exército superior a 100 mil homens.

Esse ódio foi um dos elementos que os nazistas necessitavam para alcançar o poder.
Muitas dessas restrições, sob o comando de Hitler, começaram a ser ignoradas. A Alemanha
crescia e, por isso, necessitava de mercado para os seus produtos e de colônias onde pudesse
adquirir matérias-primas.
Por outro lado, também dispostos a destruírem a ordem colonial vigente, Japão e Itália adotaram,
na década de 1930, uma política expansionista.
Cobiçando as matérias-primas e os vastos mercados da Ásia, o Japão reiniciou sua investida
imperialista em 1931, conquistando a Manchúria, região rica em minérios que pertencia à China.
Em outubro de 1935, a Itália de Mussolini invadiu a Etiópia.
Em 1936, a Alemanha nazista começou a mostrar suas intensões ocupando a Renânia (região
situada entre a França e a Alemanha), indo juntar-se à Itália fascista e intervir na Guerra Civil
Espanhola a favor do General Franco.

Neste ano de 1936, Itália, Alemanha e Japão assinaram um acordo para combater o
comunismo internacional (Pacto Anti-Comintern), formalizando o Eixo Roma-Berlim-
Tóquio.

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(PS-SMV-PR/2016.2) Na Segunda Guerra Mundial, o bloco militar conhecido como Eixo era
composto por quais países?

(A) Alemanha, Itália e EUA.


(B) Alemanha, Itália e França.
(C) Alemanha, Itália e Rússia.
(D) Alemanha, Itália e Espanha.
(E) Alemanha, Itália e Japão.

Comentários:

Em 1936, Itália, Alemanha e Japão assinaram um acordo para combater o comunismo


internacional (Pacto Anti-Comintern), formalizando o Eixo Roma-Berlim-Tóquio.

Gabarito: Letra E

Assim, em agosto de 1939, a Alemanha e a União Soviética firmaram entre si um Pacto de Não
Agressão, que estabelecia, secretamente, a partilha do território polonês entre as duas nações.
Hitler se sentiu à vontade para agir, invadindo a Polônia e dando início à Segunda Guerra Mundial,
que se alastrou por toda a Europa.

4.2 INÍCIO DAS HOSTILIDADES E ATAQUES AOS NAVIOS MERCANTES BRASILEIROS

A marinha mercante do Brasil era pequena composta de navios antiquados, quando se comparara
com as grandes potências. Mesmo assim, ela exercia um papel fundamental na economia
brasileira, por dois motivos:

Importância da Marinha Mercante (período da 2ª GM):

1)Transporte de exportações brasileiras


2)Navegação de cabotagem: navegação costeira, que mantinha o fluxo comercial entre
as economias regionais, isoladas pela deficiência de rodovias/ferrovias no Brasil.

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Para se ter uma ideia, no decorrer da guerra, foram perdidos por ação dos submarinos alemães e
italianos 33 navios mercantes* (no mapa do início do capítulo, os desenhos de navios verdes e
vermelhos representam navios brasileiros afundados por alemães), que de 140 mil toneladas de
arqueação (21% do total) e a morte de 480 tripulantes e 502 passageiros.
*Obs.: Não há consenso sobre o número exato de navios brasileiros afundados. Para nossa prova, se por acaso
houver a pergunta, são 33, seguindo nossa bibliografia.

Os primeiros ataques à nossa Marinha Mercante ocorreram quando o Brasil ainda se mantinha
neutro no conflito europeu.
Em 22 de março de 1941, no Mar Mediterrâneo, o Navio Mercante Taubaté foi metralhado pela
Força Aérea alemã, tendo sido avariado apesar da pintura em seu costado da Bandeira Brasileira.
Com a entrada dos Estados Unidos da América naquele conflito, os submarinos alemães passaram
a operar no Atlântico ocidental, ameaçando os navios de bandeiras neutras que tentassem
adentrar portos norte-americanos.

A primeira perda brasileira na 2ª GM foi o NM Cabedelo, que deixou o porto de


Filadélfia, nos Estados Unidos, com carga de carvão, em 14 de fevereiro de 1942.

(Inédita) Este navio deixou o porto de Filadélfia, nos Estados Unidos, com carga de carvão, em
14 de fevereiro de 1942. Naquele momento ainda não existia o sistema de comboios nas
Antilhas. O navio desapareceu rapidamente sem dar sinais, podendo ter sido torpedeado por
um submarino alemão ou italiano. Ele foi considerado perdido por ação do inimigo, uma vez
que o tempo reinante era bom e claro. Esta primeira perda brasileira de navio mercante na 2ª
GM refere-se ao:

(A) NM Cabedelo
(B) NM Paraná
(C) NM Taubaté
(D) NM Macau
(E) NM Buarque

Comentários:
A primeira perda brasileira na 2ª GM foi o NM Cabedelo, que deixou o porto de Filadélfia, nos
Estados Unidos, com carga de carvão, em 14 de fevereiro de 1942.

Gabarito: Letra A

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Depois seguiram-se (pessoal, bastante improvável uma questão aqui; fiz o quadrinho para facilitar
a leitura):

Data Navio Ocorrência

Torpedeado a 60 milhas do Cabo


NM Buarque, tipo misto do Lloyd
Hatteras pelo Submarino Alemão U-
16 FEV 1942 Brasileiro, carregando 11 passageiros dos
432. Salvou-se toda a tripulação de
EUA, café, algodão, cacau e peles.
73 homens.

Torpedeado ao largo da Virgínia,


EUA, pelo Submarino Alemão U-432.
O submarino veio à superfície,
mandando o mercante parar, dando
ordem de abandonar o navio.
18 FEV 1942 NM Olinda Esperou que todos embarcassem
nas baleeiras antes de atirar e
afundá-lo. A tripulação, de 46
homens, foi salva pelo USS Dallas.

7 MAR 1942 NM Arabutã Torpedeamento, costa dos EUA

8 MAR 1942 NM Cairu Torpedeamento, costa dos EUA

1 MAI 1942 NM Parnaíba Torpedeamento, Mar das Antilhas

24 MAI 1942 NM Gonçalves Dias Torpedeamento, Mar das Antilhas

1 JUN 1942 NM Alegrete Torpedeamento, Mar das Antilhas

Torpedeamento, Costa dos EUA e


26 JUN 1942 NM Pedrinhas e Tamandaré
Mar das Antilhas

Torpedeamento litoral brasileiro


pelo Submarino italiano Barbarigo.
18 MAI 1942 NM Comandante Lira Foi o único a ser salvo graças ao
Rebocador Heitor Perdigão e alguns
navios dos EUA.

Torpedeamento pelo submarino


28 JUL 1942 NM Piave e NM Piave alemão U-155, largo da Ilha de
Trinidad. Últimas perdas enquanto

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Brasil era NEUTRO na guerra.

Todos esses torpedeamentos foram ocorridos ou na costa norte-americana ou no Mar das


Antilhas, área que os submarinos alemães atuaram no início do envolvimento dos Estados Unidos
no conflito, quando ainda eram precárias as patrulhas antissubmarinas norte-americanas.
A única exceção nesse período foi o NM Comandante Lira, torpedeado no litoral brasileiro, ao
largo do Ceará.
Em 28 de janeiro de 1942, o Brasil rompeu relações diplomáticas com os países que compunham
o Eixo. A colaboração militar entre o Brasil e os Estados Unidos, que desde meados de 1941 já era
notória, intensificou-se com a assinatura de um acordo político-militar em 23 de maio de 1942.
Neste período deslocava-se para o Nordeste brasileiro a Força-Tarefa 3 da Marinha norte-
americana, tendo o governo Vargas colocado os portos de Recife, Salvador e, posteriormente,
Natal à disposição das forças norte-americanas.
As atitudes cada vez mais claras de alinhamento do Brasil com os países aliados levaram o Alto
Comando alemão a planejar uma operação contra os principais portos brasileiros.
Posteriormente, por ordem de Hitler, esta ofensiva submarina foi reduzida em tamanho, mas não
em intensidade, com o envio de um submarino ao litoral com ordens para atacar nossa navegação
de longo curso e de cabotagem.

4.3 OS ATAQUES DO U-507

Então, seguiram-se mais ataques, todos pelo submarino alemão U-507. A ação de cinco dias do
submarino alemão U-507 (do Comandante Schacht) levou a pique 6 embarcações dedicadas às
linhas de cabotagem, vitimando 607 pessoas. Veja no quadro abaixo:

Data Navio Ocorrência

Afundamento por torpedeamento, costa de Alagoas,


pelo Submarino alemão U-507. Mortes: 270 de 306
15 AGO 1942 Paquete Baependi tripulantes/passageiros inclusive parte da guarnição
do 7º Grupo de Artilharia de Dorso do Exército
Brasileiro que iria reforçar as defesas do Nordeste.

Afundamento por torpedeamento, costa de Alagoas,


15 AGO 1942 Paquete Araraquara pelo Submarino alemão U-507. Mortes: 131 de 142
pessoas a bordo.

Afundamento por torpedeamento, costa de Alagoas,


16 AGO 1942 Paquete Aníbal Benévolo pelo Submarino alemão U-507. Mortes: 150 de 154
pessoas a bordo.

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Afundamento por torpedeamento, na altura do Farol


do Morro de São Paulo, Sul de salvador, pelo
17 AGO 1942 Paquete Itagiba Submarino alemão U-507. Tinha, dentre os 121
passageiros, parte da guarnição do 7º Grupo de
Artilharia de Dorso do Exército Brasileiro a bordo.

Afundamento por torpedeamento, pelo Submarino


17 AGO 1942 NM Arará alemão U-507, quando recolhia náufragos dos
primeiros alvos do U-507.

Afundamento por torpedeamento, pelo Submarino


19 AGO 1942 Barcaça Jacira
alemão U-507

Os afundamentos do U-507 chocaram a opinião pública brasileira e levou o governo a


declarar o estado de beligerância com a Alemanha em 22 de agosto e, finalmente, o
estado de guerra contra esse país, a Itália e o Japão em 31 de agosto de 1942.

(Inédita) O Brasil entrou oficialmente na 2ª GM após a ação de cinco dias do submarino


alemão U-507 (do Comandante Schacht), que levou a pique 6 embarcações dedicadas às
linhas de cabotagem, vitimando 607 pessoas. O Estado de guerra, contra Alemão, Itália e
Japão foi declarado em:

(A) 31 de agosto de 1942.


(B) 22 de agosto de 1942
(C) 12 de agosto de 1942
(D) 19 de agosto de 1942
(E) 10 de agosto de 1942

Comentários:
O estado de guerra contra Alemanha, Itália e Japão foi declarado em 31 de agosto de 1942.
Gabarito: Letra A

(Marinha-2007)
Observe as figuras abaixo e responda à questão a seguir:

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Observa-se, o Capitão-de-Fragata Harro Schacht, capitão do U-507, que afundou diversos


navios brasileiros em agosto de 1942. Ao lado, uma das vítimas do U-507, o navio Aníbal
Benévolo.
Os personagens acima descritos fazem parte de um episódio da História Brasileira que,
conjuntamente com outros semelhantes, acarretou:
(A) A declaração, imediata, de guerra contra a Alemanha, a Itália e o Japão.
(B) O protesto formal do governo brasileiro aos Estados Unidos por não dar proteção as
embarcações brasileiras no Atlântico Norte.
(C) A declaração do estado de beligerância com a Alemanha e os demais países formadores
do Eixo, no caso Itália e Japão.
(D) O estado de guerra contra os países formadores da Tríplice Aliança, no caso, a Alemanha,
Áustria e Itália.
(E) O protesto formal contra as nações da Tríplice Aliança e da Entente por não respeitarem a
neutralidade brasileira diante do conflito.

Comentários:
Esses afundamentos chocaram a opinião pública brasileira e levou o governo a declarar o 1)
estado de beligerância com a Alemanha em 22 de agosto e, finalmente, 2) o estado de guerra
contra esse país, a Itália e o Japão em 31 de agosto de 1942.
Ou seja, após os ataques, não foi automática a declaração de guerra contra países do Eixo.
Gabarito: Letra C

Com comboios organizados ainda de maneira incipiente, foram afundados mais navios mercantes,
após a declaração de guerra:

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Data Navio Ocorrência

27 SET 1942 NM Osório e Lages Afundamento pelo U-514, ao largo da Ilha de Marajó

Afundamento, ao largo da cosa da Guiana Francesa, pelo


U-516. Tragicamente gravado na mente dos protagonistas,
28 SET 1942 NM Antonico
pois o U-516 metralhou os Náufragos nas baleeiras (botes
salva-vidas), matando e ferindo muitos deles.

03 NOV 1942 NM Porto Alegre Afundamento, costa índica da África do Sul

22 NOV 1942 NM Apalóide Afundamento, a oeste das Pequenas Antilhas

Porém, essa situação começou a mudar, quando da organização dos comboios nos portos
nacionais, que reuniam navios mercantes da navegação de longo curso e de cabotagem, escoltados
por navios de guerra brasileiros e norte americanos e do intenso patrulhamento antissubmarino
empreendido pelas forças aeronavais aliadas.
Esses fatos levaram a uma drástica diminuição nas perdas dos navios de Bandeira Brasileira, com
oito torpedeamentos, comparados aos 24 ocorridos ao longo do ano anterior.
Assim,

Levaram a uma drástica diminuição nas perdas dos navios de Bandeira Brasileira, na 2ª
GM:

1)organização dos comboios nos portos nacionais


2)intenso patrulhamento antissubmarino empreendido pelas forças aeronavais aliadas.

(Inédita) Durante a 2ª GM, o que ocasionou, a partir de 1943, uma drástica diminuição nas
perdas dos navios de Bandeira Brasileira, com oito torpedeamentos, comparados aos 24
ocorridos ao longo de 1942?

(A) a organização dos comboios nos portos nacionais, que reuniam navios mercantes da
navegação de longo curso e de cabotagem, escoltados por navios de guerra brasileiros e
norte americanos, além de um do intenso patrulhamento antissubmarino empreendido pelas
forças aeronavais aliadas.
(B) a aquisição, pela Marinha Brasileira, de uma flotilha de 10 submarinos, comprados dos
EUA.

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(C) a construção de um Arsenal, no final de 1942, no qual a marinha passou a produzir


munição em larga escala.
(D) o apoio da Inglaterra, que cedeu 3 encouraçados para a Marinha Brasileira
(E) NRA

Comentários:

Levaram a uma drástica diminuição nas perdas dos navios de Bandeira Brasileira, na 2ª GM:
1)organização dos comboios nos portos nacionais, que reuniam navios mercantes da
navegação de longo curso e de cabotagem, escoltados por navios de guerra brasileiros e
norte americanos
2)intenso patrulhamento antissubmarino empreendido pelas forças aeronavais aliadas.

Gabarito: Letra A

Desta forma, podemos observar que a maioria dos navios mercantes brasileiros vitimados por
submarinos alemães em 1943 navegava fora dos comboios:

Data Navio Ocorrência

Afundamento. Navegava escoteiro


18 FEV 1943 NM Brasilóide
(sozinho)

Afundamento. Abandonou o comboio


02 MAR 1943 NM Afonso Pena
de que fazia parte.

Afundamento. Navegava escoteiro


20 JUN 1943 NM Tutóia
(sozinho)

Afundado na entrada do canal para o


NM Pelotaslóide, fretado ao governo Porto de Belém quando esperava o
04 JUL 1943 dos EUA para transporte de material embarque do prático, estando
bélico escoltado por três caça-submarinos da
Marinha brasileira.

Afundado após ser obrigado a seguir


31 JUL 1943 NM Bagé viagem isolado do comboio que
estava, pois suas máquinas produziam

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muita demasia, fazendo com que o


comboio pudesse ser localizado por
submarinos do Eixo a grandes
distâncias, colocando em risco os
outros navios comboiados.

Afundamento. Navegava escoteiro


26 SET 1943 NM Itapagé
(sozinho)

Afundamento. Navegava escoteiro


21 OUT 1943 NM Campos
(sozinho)

4.4 A LEI DE EMPRÉSTIMO E ARRENDAMENTO E MODERNIZAÇÕES DE NOSSOS MEIOS E


DEFESA ATIVA DA COSTA BRASILEIRA

A Lei de Empréstimo e Arrendamento Lend Lease , assinada a 11 de março de 1941


com os EUA permitia, sem operações financeiras imediatas, o fornecimento dos
materiais necessários ao esforço de guerra dos países aliados.

Em acordo firmado a 1º de outubro de 1941, o Brasil obteve, nos termos dessa lei, um crédito de
200 milhões de dólares, o qual, por ordem do presidente da República, coube ao Exército 100
milhões e à Marinha e à Força Aérea 50 milhões cada. Da cota destinada à Marinha, um total de 2
milhões de dólares foi despendido com o armamento dos navios mercantes:

U$ 2 milhões -->
MARINHA: U$50
armamento da
MILHÕES
marinha mercante

Crédito obtido 1º
EXÉRCITO:U$100
OUT 1941, dos
MILHÕES
EUA

FORÇA AÉREA
BRASILEIRA: U$50
MILHÕES

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(PS-SMV-OF/2016-)
Leia o texto a seguir.
N P N
importantes. No início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, na Europa, o Brasil contava com
praticamente os mesmos navios da Prim G M A
diplomáticas com o Eixo, a Marinha do Brasil desconhecia as novas táticas antissubmarino e
estava, consequentemente, desprovida do material flutuante e dos equipamentos
necessários para executá-
(BITTENCOURT, A. de S. Introdução á História Marítima Brasileira. Rio de Janeiro: Serviço de
Documentação da Marinha, 2006. p. 141 e 148)

Diante da situação apontada acima, o governo brasileiro efetivou um acordo internacional


denominado Lend Lease, que possibilitou o empréstimo e o arrendamento para a Marinha do
Brasil de vários navios que fossem tecnologicamente apropriados àquela guerra.
Com qual nação foi realizado esse acordo, firmado em 1º de outubro de 1941?

(A) Estados Unidos da América.


(B) Alemanha.
(C) Inglaterra.
(D) França.
(E) União Soviética.

Comentários:
A Lei de Empréstimo e Arrendamento Lend Lease foi assinada a 11 de março de 1941 com
os EUA.
Em acordo firmado a 1º de outubro de 1941, o Brasil obteve, nos termos dessa lei, um crédito
de 200 milhões de dólares, na qual a Marinha ficou com 50 milhões.

Gabarito: Letra A

Os progressos verificados nos entendimentos entre o Brasil e os Estados Unidos, depois dos
torpedeamentos dos primeiros navios na costa leste norte-americana e nas Antilhas, permitiram

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incluir na agenda de discussões o fornecimento ao Brasil de pequenas unidades de proteção ao


tráfego e de ataque a submarinos.

O Brasil recebeu, então, os seguintes navios:

Data Navio

24 SET 1942 2 Caça-submarino classe G: Guaporé e Gurupi

8 caça-submarinos classe J: Javari, Jutaí, Juruá, Juruema, Jaguarão, Jaguaribe,


N/A
Jacuí e Jundiaí

1943 +6 caça-submarino classe G: Guaíba, Gurupá, Guajará, Goiana, Grajaú e Graúna

8 Contratorpedeiros-de-escolta: Bertioga, Beberibe, Bracuí, Bauru, Baependi,


1944 e 1945
Benevente, Babitonga e Bocaina

16 JUL 1945
Navio-Transporte de Tropas Duque de Caxias
(pós-guerra)

Mais tarde, a cessão desses navios ao Brasil foi tornada permanente, com o compromisso de não
os entregarmos a outros países, sendo então fixado o seu aluguel em 5 milhões de dólares,
descontando-se o que nos era devido pelo arrendamento de navios brasileiros aos Estados Unidos,
pela cessão do mercante misto alemão Windhunk aos norte-americanos e pelos navios perdidos
durante a guerra.

Quanto às construções navais aqui no Brasil, tivemos a incorporação:

-de contratorpedeiros da classe M (Mariz e Barros, Marcílio Dias e Greenhalgh) e;


-das Corvetas Matias de Albuquerque, Felipe Camarão, Henrique Dias, Fernandes Vieira,
Vidal de Negreiros e Barreto de Menezes.

Declarada a guerra, foi desenvolvido um trabalho intenso para adaptar nossos antigos navios,
dentro de suas possibilidades, para a campanha anti-submarino. Os seguintes serviços foram
executados:

NAVIOS SERVIÇOS REALIZADOS

Cruzadores Bahia e Rio -Instalados sonar e equipamento para ataques


Grande do Sul Antissubmarino (duas calhas para lançamento de bombas

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de profundidade de 300 libras)

-Reclassificados como corvetas.

Navios mineiros varredores -Retirados os trilhos para lançamento de minas e instalados


classe Carioca sonar e equipamentos para ataques antissubmarino (dois
morteiros K e duas calhas para lançamento de bombas de
profundidade de 300 libras)

Navios Hidrográficos Rio -Mesmas instalações das Corvetas classe Carioca


Branco e Jaceguai -mais duas metralhadoras de 20mm Oerlikon

-Instalado um canhão de 120mm na popa e uma


Navio-Tanque Marajó
metralhadora de 20mm Oerlikon

Tênder Belmonte -Reinstalados dois canhões de 120 mm

Contratorpedeiros classe
Maranhão e restante -Instaladas duas calhas para lançamento de bombas de
profundidade de 300 libras
da classe Pará

Rebocadores e demais navios- -Armados com uma ou duas metralhadoras de 20 mm


auxiliares Oerlikon

Essas aquisições pelo Lend Lease e os aperfeiçoamentos impetrados em nossa Força


Naval vieram aumentar em muito nossa capacidade de reagir de forma adequada aos
novos desafios que se afiguravam.

O auxílio norte-americano foi vital para que pudéssemos nos contrapor aos submarinos
alemães.

Além disso, algumas providências de caráter administrativo, de treinamento e modificações


materiais foram se tornando necessárias.
Como primeira medida de caráter orgânico, foram instalados os Comandos Navais, criados pelo
Decreto nº 10.359, de 31 de agosto de 1942, com o propósito de prover uma defesa mais eficaz
da nossa fronteira marítima, orientando e controlando as operações em águas a ela adjacentes,
não só as relativas à navegação comercial, como às de guerra propriamente ditas e de assuntos
correlatos.
A área de cada Comando abrangia determinado setor de nossas costas marítimas e fluviais.
Foram instalados os seguintes comandos:

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Comando Abrangência Sede

Belém
COMANDO NAVAL
Estados: Acre, Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí
DO NORTE

COMANDO NAVAL Estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,


Recife
DO NORDESTE Pernambuco e Alagoas

COMANDO NAVAL
Estados: Sergipe, Bahia e Espírito Santo Salvador
DO LESTE

COMANDO NAVAL
Estados: Rio de Janeiro e São Paulo Rio de Janeiro
DO CENTRO

COMANDO NAVAL
Estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Florianópolis
DO SUL

COMANDO NAVAL
Bacias fluviais de Mato Grosso e Alto Paraná Ladário
DO MATO GROSSO

Esses Comandos, ordenando suas atividades conforme a concepção estratégica da guerra no mar
(da preparação logística e do emprego das forças ou outros elementos de defesa nas zonas que
lhes eram atribuídas, e obedecendo às diretrizes gerais estabelecidas pelo Estado-Maior da
Armada, a quem se achavam subordinadas), constituíram uma organização da maior importância
na conduta eficaz das operações navais.

A existência dos Comandos Navais facilitou o desenvolvimento dos recursos


disponíveis nas respectivas áreas de influência, mobilizando elementos para o apoio
logístico e para a defesa local.

O chefe do Estado-Maior da Armada entrou em entendimento com seus colegas do Exército e da


Aeronáutica para organizar um serviço conjunto de vigilância e defesa da costa, tendente a
prevenir a possibilidade de aproximação e desembarque inimigos.

(Inédita) Durante a 2ª GM, foram instalados os Comandos Navais, criados pelo Decreto no
10.359, de 31 de agosto de 1942, com o propósito de prover uma defesa mais eficaz da nossa
fronteira marítima, orientando e controlando as operações em águas a ela adjacentes, não só
as relativas à navegação comercial, como às de guerra propriamente ditas e de assuntos
correlatos. A área de cada Comando abrangia determinado setor de nossas costas marítimas
e fluviais. Ao todo, foram instalados:

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(A) 2 comandos navais


(B) 3 comandos navais
(C) 4 comandos navais
(D) 5 comandos navais
(E) 6 comandos navais

Comentários:
Questão improvável de aparecer na prova.
Ao todo, foram seis comandos navais: do Norte, Nordeste, Leste, Centro, Sul e Mato Grosso.
Gabarito: Letra E

4.5 DEFESAS LOCAIS

Desde julho de 1942, por meio da Circular nº 40, do dia 14, em atendimento às Circulares Secretas
nºs 9 e 33, respectivamente de 22 de janeiro e 12 de junho de 1942, o Estado-Maior da Armada
determinou que se observassem as instruções que orientavam as atividades de cada capitania de
porto ou delegacia, em benefício da Segurança Nacional.
A ação do Estado-Maior da Armada estendeu-se ao serviço de carga e descarga dos navios
mercantes nos portos, tendo, para esse fim, coordenado sua ação com a do Ministério da Viação e
Obras Públicas e com a Comissão de Marinha Mercante.
Preocupou-se, também, com as luzes das praias e edifícios próximos aos portos, ou em regiões que
pudessem silhuetar os navios no mar, alvos dos submarinos inimigos.
Imaginava-se que o Alto Comando alemão traçaria planos para realizar ataques maciços aos portos
brasileiros. Em agosto de 1942, chegou a ser ventilada pelo Alto Comando Naval alemão a
autorização para investida em nossas águas de vários submarinos.
No entanto, somente o U-507 foi designado para operar em nossas águas. A 20 de agosto de
1943, pela Circular nº 5, o Comando da Força Naval do Nordeste alertou para a possibilidade de
desembarque e de elementos isolados, tendo como objetivo realizar atos de sabotagem contra
portos, depósitos, comunicações e outros pontos vitais do território brasileiro.

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4.6 DEFESA ATIVA

Com o advento do submarino, o perigo de incursões supressas tornou-se maior, com a


possibilidade de torpedeamento de navios surtos nos portos.
Por esses motivos, foi organizada a defesa ativa, atuando em pontos focais da costa, com a
finalidade de repelir qualquer ataque aéreo ou naval inimigo, por meio de ações coordenadas da
Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica. Adotaram-se seguintes medidas de defesa ativa
adotadas:

4.6.1 Rio de Janeiro

Instalação de uma rede de aço protetora no alinhamento Boa Viagem Villegagnon e coordenação
do serviço de defesa do porto com as fortalezas da barra.
A rede era fiscalizada por lanchas rápidas, e a sua entrada aberta e fechada por rebocadores. O
F J B
navios mineiros e de instrução).
Externamente, ou onde fosse necessário, atuavam os antigos contratorpedeiros classe Pará,
oriundos do programa de reaparelhamento naval de 1906, recebidos em 1910, com mais de 30
anos de intensa operação. A responsabilidade da defesa ficou afeta ao Comando da Defesa
Flutuante, subordinado ao Comando Naval do Centro.
Em junho de 1944, afastado o perigo de um ataque de submarinos aos navios surtos no porto,
suspendeu-se a patrulha externa feita pelos veteranos contratorpedeiros, sendo mantida apenas a
vigilância interna, a cargo de um rebocador portuário.
Um especialista norte-americano, o Tenente Jacowski, estabeleceu planos para a utilização de
boias de escuta submarina, a serem adotadas de acordo com as necessidades.
Em julho de 1943, teve início o serviço de varredura de minas do canal da barra, realizada pelo USS
Flincker, substituído mais tarde pelo USS Linnet.
Observamos aí, mais uma vez, o auxílio direto norte-americano ao nosso plano de defesa local.

4.6.2 Recife

O Encouraçado São Paulo, amarrado no interior do arrecife, provia a defesa da artilharia e


supervisionava a rede antitorpédica.
A varredura de minas era feita por navios mineiros varredores norte-americanos. Estava
estacionado no Recife um grupo de especialistas em desativação de minas, as quais, por vezes,
davam à costa, sendo estudadas cuidadosamente antes de serem destruídas.
As minas encontradas à deriva eram destruídas pelos navios de patrulha com tiros de canhão.

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O Terceiro Grupamento Móvel de Artilharia de Costa e o Segundo Grupo do Terceiro Regimento de


Artilharia Antiaérea do Exército coordenavam-se com os elementos da Marinha, o que permitia
uma cobertura completa da costa.

4.6.3 Salvador

A defesa principal do porto cabia ao Encouraçado Minas Gerais, com sua artilharia controlada em
conjunto com as baterias do Exército, situadas na Ponta de Santo Antônio e na Ilha de Itaparica.
Em abril de 1943, os Monitores Parnaíba e Paraguaçu foram movimentados de Mato Grosso para
Salvador, por solicitação do Comandante Naval do Leste. Depois de sofrerem algumas
modificações no Rio de Janeiro (em especial no armamento), ficaram em condições de operar na
Baía de Todos os Santos.
Aparelhos de radiogoniometria de alta frequência cruzavam as marcações com equipamentos
semelhantes no Recife, a fim de localizar submarinos.

4.6.4 Natal:

Os serviços de proteção do porto estavam a cargo do Comando da Base Naval de Natal. Também
eram acionadas unidades do Exército (que mantinham baterias na barra) e da Força Aérea
Brasileira;

4.6.5 Vitória

A proteção do porto ficou entregue ao Exército, havendo a Marinha cedido alguns canhões navais
de 120 mm para artilhar a barra.

4.6.6 Ilhas oceânicas:

Na Ilha da Trindade foi estacionado um destacamento de fuzileiros navais, em 20 de março de


1942, levado pelo Navio-Transporte José Bonifácio.
A defesa do Arquipélago de Fernando de Noronha, situado em ponto focal no Atlântico, ficou
entregue ao Exército, que o artilhou fortemente, levando contingentes em comboios escoltados
por navios da Marinha.
A ocupação se deu logo depois que o Brasil rompeu relações diplomáticas com o Eixo, sendo o
primeiro grupo de militares transportados, junto com material de guerra, em um comboio, em 15
de abril de 1942;

4.6.7 Santos:

Os Rebocadores São Paulo (eram dois com o mesmo nome, sendo um chamado de iate) foram
artilhados; outras embarcações menores requisitadas faziam serviço de vigilância.

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4.6.8 Rio Grande:

Foi artilhado o Rebocador Antonio Azambuja. Como reforço às defesas locais, foram criadas
Companhias Regionais do Corpo de Fuzileiros Navais em Belém, Natal, Recife e Salvador.

4.7 A FORÇA NAVAL DO NORDESTE

A capacidade de combate da Marinha do Brasil no alvorecer do conflito era modesta se comparada


com as grandes Esquadras em luta no Atlântico Norte e no Pacífico. O nosso pessoal e nossos
meios não estavam preparados para se engajar com o inimigo oculto sob o mar, que assolava o
transporte marítimo em nosso litoral.
Ingressaríamos em uma guerra antissubmarino sem equipamentos para detecção e armamento
apropriados.

A criação da Força Naval do Nordeste, pelo Aviso nº 1.661, de 5 de outubro de 1942,


foi parte de um rápido e intenso processo de reorganização das nossas forças navais
para adequar-se à situação de conflito.

Após o Brasil declarar guerra, a 31 de janeiro de 1942, às potências do Eixo Alemanha, Itália e
Japão imediatamente a Marinha mobilizou-se, criando a Força Naval do Nordeste (com navios já
em operação e meios recebidos do Acordo Lend Lease com os Estados Unidos).
Sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra e depois Almirante Alfredo Carlos Soares Dutra, a
recém-criada força foi inicialmente composta pelos seguintes navios: Cruzadores Bahia e Rio
Grande do Sul, Navios Mineiros Carioca, Caravelas, Camaquã e Cabedelo (posteriormente
reclassificados como corvetas) e os Caça-Submarinos Guaporé e Gurupi.
Ela seria posteriormente acrescida do Tênder Belmonte, caça-submarinos, contratorpedeiros-de
escolta, contratorpedeiros classe M, submarinos classe T, constituindo-se na Força-Tarefa 46 da
Força do Atlântico Sul, reunindo a nossa Marinha sob o comando operacional da 4ª Esquadra
Americana.

A Força Naval do Nordeste constituiu-se na Força-Tarefa 46 da Força do Atlântico Sul,


sob o comando operacional da 4ª Esquadra Americana.

Era missão da Marinha, cumprida desde o primeiro dia de guerra até o armistício, a proteção de
comboios internacionais e nacionais, garantindo a segurança de mais de três mil navios, de muitas
nacionalidades, contra a ameaça submarina germânica. Cada passagem de um comboio ao seu
destino era considerado uma vitória. Garantiu-se o suprimento, vital na época, de combustível,
insumos e alimentos, sem que o Brasil sofresse as agruras da guerra.

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A missão primordial da MB na Segunda Guerra Mundial foi patrulhar o Atlântico Sul e


proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o
nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos.

Bahia

Cruzadores

Rio Grande do Sul

Carioca

Caravelas

Navios Mineiros*

Camaquã

Força Naval do Nordeste


Cabedelo

Guaporé

Caça-submarinos

Gurupi

Posteriormente acrescida de Tênder


Belmonte, caçasubmarinos,
contratorpedeiros-deescolta,
contratorpedeiros classe M,
submarinos classe T

*Posteriormente reclassificados como Corvetas.

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(PS-SMV-PR/2016.2) Qual foi a missão da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial?

(A) Invadir a Alemanha junto com os Estados Unidos.


(B) Destruir os navios mercantes alemães.
(C) Patrulhar o Pacífico e proteger os comboios de navios mercantes que trafegam entre o
mar do caribe e o nosso litoral norte contra a ação dos submarinos e navios corsários,
germânicos ou italianos.
(D) Invadir a Itália junto com os Estados Unidos.
(E) Patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegam entre
o mar do Caribe e o nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários
germânicos e italianos Voga Larga.

Comentários:
Corte e cola do material:
A missão primordial da MB na Segunda Guerra Mundial foi patrulhar o Atlântico Sul e
proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso
litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos.

Gabarito: Letra E

(PS-SMV-OF/2016)
Qual das missões abaixo representou a principal atuação da Marinha do Brasil durante a
Segunda Guerra Mundial?
(A) Patrulhar a área compreendida entre Dakar-São vicente-Gibraltar na costa da África.
(B) Realizar o bloqueio naval no Rio da Prata.
(C) Transportar tropas para a Europa e realizar operações anfíbias de desembarque na França
ocupada.
(D) Enfrentar os encouraçados alemães no Atlântico
Sul, dentre os quais pode se citado o Encouraçado Graf Spee.
(E) Patrulhar o Atlântico Sul e escoltar os comboios de navios mercantes que trafegavam
entre o Mar do Caribe e o litoral sul do Brasil.
Comentários:
De novo, a mesma pergunta!

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Corte e cola do material:


A missão primordial da MB na Segunda Guerra Mundial foi patrulhar o Atlântico Sul e
proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso
litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos.

Gabarito: Letra E

(Inédita) Durante a 2ªGM, a atuação conjunta com os norte-americanos trouxe novos meios
navais e armamentos adequados à guerra antissubmarino, bem como proporcionou
treinamento para o nosso pessoal. A criação da Força Naval do Nordeste, pelo Aviso nº 1.661,
de 5 de outubro de 1942, foi parte de um rápido e intenso processo de reorganização das
nossas forças navais para adequar-se à situação de conflito. A Força Naval do Nordeste
constituiu-se no(a) ________________ da Força do Atlântico Sul, sob o comando operacional
da ____ Esquadra Americana.
Complete devidamente as lacunas:

(A) Força Tarefa 46; 1ª


(B) Força Tarefa 46; 1ª
(C) Força Tarefa 45; 4ª
(D) Força Tarefa 46; 4ª
(E) Grupo Tarefa 48; 4ª

Comentários:
A Força Naval do Nordeste constituiu-se na Força-Tarefa 46 da Força do Atlântico Sul, sob o
comando operacional da 4ª Esquadra Americana.

Gabarito: Letra D

4.8 AS PERDAS DA MARINHA

As perdas brasileiras na guerra marítima somaram 31 navios mercantes e 3 navios de guerra,


tendo a Marinha do Brasil perdido 486 homens.

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4.8.1 Navio-Auxiliar Vital de Oliveira:

A primeira perda da Marinha de Guerra foi a do Navio-Auxiliar Vital de Oliveira, torpedeado por
submarino alemão pelo través do Farol de São Tomé, em 19 de julho de 1944.
Às 23h55min, foi sentida forte explosão na popa, abrindo grande rombo, por onde começou a
entrar água em enormes proporções.
A maior parte dos sobreviventes foi resgatada no dia seguinte por um barco pesqueiro e por
outros dois navios da Marinha, o Javari e o Mariz e Barros. Morreram nesse ataque 99 militares.

4.8.2 Corveta Camaquã:

Quarenta e oito horas após o torpedeamento do Vital de Oliveira, a cerca de 12 milhas a nordeste
da barra de Recife, perdeu-se a Corveta Camaquã, afundada devido a violento mar.
O Comandante Antônio Bastos Bernardes, sobrevivente do sinistro, afirmou alguns anos após esse
Morreram 33 pessoas.

4.8.3 Cruzador Bahia:

O pior desastre enfrentado pela Marinha durante a 2ªGM foi a perda do Cruzador Bahia, no dia 4
de julho de 1945.
Essa tragédia foi exacerbada pelo conhecimento dos terríveis sofrimentos dos náufragos,
abandonados no mar durante muitos dias, por incompreensível falha de comunicações.

4.9 ATUAÇÃO DA 4ª ESQUADRA DOS EUA

A Quarta Esquadra Norte-Americana era subordinada ao Vice-Almirante Jonas Ingram, que teve o
mérito de congregar forças heterogêneas em um comando unificado, eficiente e coeso, auxiliado
pelos Almirantes Oliver Read e Soares Dutra, comandantes das principais forças-tarefas.
Essa força norte-americana compreendeu, em seu maior efetivo, seis cruzadores, 33
contratorpedeiros, diversas esquadrilhas de patrulha, bombardeiros e dirigíveis, além de caça-
submarinos, patrulheiros, tênderes, varredores, auxiliares e rebocadores.

Um dos principais pontos desse relacionamento Brasil EUA foi a integração operacional
entre as duas Marinhas.
Foram aperfeiçoados procedimentos comuns e táticas eficazes na luta antissubmarino.

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Em 7 de novembro de 1945, concluída a sua missão, a Força Naval do Nordeste regressou ao Rio
de Janeiro em seu último cruzeiro, tendo contribuído para a livre circulação nas linhas de
navegação do Atlântico Sul.

5 ANÁLISE DA MARINHA DE GUERRA NA 2ª GM

Resumo dos dados (2ª GM):

-Comboiados 3.164 navios, em 575 comboios.

-99,01% dos navios protegidos nos comboios atingiram os seus destinos

-Foram percorridas pelos navios escolas 600.000 milhas náuticas (28 voltas ao redor da
Terra)

-Esquadra Americana comboiou 16 mil navios (16 mercantes pra cada 1 navio de guerra)
Marinha do Brasil comboiou mais de 3 mil navios ( 50 mercantes pra cada 1 navio de
guerra)

-33 navios mercantes brasileiros atacados, com 982 mortos/desaparecidos

-21,47% da frota nacional (em tonelagem bruta) da Marinha Mercante foi perdida

-Navio com maior tempo no mar: Caça-Submarinos Guaporé, 427 dias de mar, 3 anos de
operação (média de anual de 142 dias de mar)

-Navio com maior participação em comboios: Corveta Caravela, 77 participações.

Podemos tirar algumas conclusões (6) de tudo o que foi exposto.

1) A MB adquiriu maior capacidade para controlar áreas marítimas e maior poder


dissuasório (graças ao apoio dos EUA).

2) Houve uma mudança de mentalidade da MB, mais profissional, com assimilação de


novas técnicas de combate e a incorporação de meios modernos para as forças
navais.

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3) A MB ganhou experiência de combate, fundamental para forjar os futuros


almirantes, oficiais e praças da Marinha, acostumados com a vida dura da guerra
antissubmarino e da monotonia e do estresse dos comboios.

4) Percepção da importância da logística pra manter uma força operando. Reflexo:


construção da Base Naval de Natal. Grande aprendizado com os EUA.

5) Aproximação com EUA, que nos alinhou diretamente com suas doutrinas e com uma
exacerbada ênfase na guerra antissubmarino.

6) A guerra no mar mostrou que nossas linhas de comunicação seriam alvos prioritários
em uma possível guerra, dada a dependência do comércio marítimo.

6 RESUMO TEÓRICO
1.

Arsenal

Tripé do Programa Naval de


1904 (Alte. Júlio de Porto Militar
Noronha)

Navios

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2.

+ 3 novos encouraçados
dreadnought

Modernização Ilha das


Cobras
Alterações no Programa de 1904: O Programa
de 1906 (Alte. Alexandrino)
Previsão de bases em
Belém, Natal e porto em
SC.

Cancelada construção de
Arsenal previsto em 1904

3.

Organização da Esquadra antes do inicio da 1ª GM:

-Divisões de Encouraçados
-Divisões de Cruzadores
-Flotilha de Contratorpedeiros e Submarinos

4.

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Divisão Naval do Norte


(Belém)

Esquadra no início da 1ª GM
Divisão Naval do Centro
Divisões criadas pelo Alte. Alexandrino

Divisão Naval do Sul (S.


Fco. do Sul)

5. 1ª GM: Tríplice Aliança x Tríplice Entente

Tríplice Aliança: formada pelo Império Austro-Húngaro, Itália e Alemanha;


Tríplice Entente: formada pela França, Inglaterra e Rússia.

6. 1ª GM: estopim

O estopim para a guerra: um terrorista sérvio assassinou o Arquiduque Francisco


Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, em um atentado em Sarajevo, na Bósnia.

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7. 1ª GM: Cronologia de reações do Brasil

DATA
ATO REAÇÃO DO BRASIL À ALEMANHA
(1917)

Bloqueio submarino alemão PROTESTO + ROMPIMENTO DE


31 JAN
RELAÇÕES COMERCIAIS

Afundamento do Mercante Paraná (brasileiro) ROMPIMENTO DE RELAÇÕES


11 ABR
na França, ao largo de Barfleur¹ DIPLOMÁTICAS²

Afundamento pretérito de mercantes


PROCLAMAÇÃO DE ESTADO DE
brasileiros: Tijuca (costa de Brest, FRA), Lapa
26 OUT GUERRA, pelo presidente Wenceslau
(cabo Trafalgar, ESP), Tupi (no cabo Finisterra,
Braz
ESP)³

8. 1ª GM: defesa da baía de Guanabara

Na 1ª GM, no Rio de Janeiro, instituiu-se uma linha de minas submarinas cobrindo 600
metros entre as Fortalezas da Laje e Santa Cruz

9. 1ª GM: ocupação de Trindade

Trindade  Na 1ªGM, Ocupada militarmente em maio de 1916 com cerca de 50


militares, possuindo uma estação radiotelegráfica. Visitada por navios de guerra para o
seu reabastecimento.

10. 1ª GM: defesa da Fernando de Noronha

Fernando de Noronha Na 1ª GM, a Marinha passou a assumir a defesa dessa ilha
(antes presídio de Pernambuco), destacando um grupo de militares para guarnecê-la.

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11. 1ª GM: submarinos alemães

Na 1ª GM, os submarinos não chegaram a atuar nas nossas costas. No entanto


atacaram nossos navios nas costas europeias e os afundaram sem trégua.

12. 1ª GM: DNOG

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BAHIA

2 CRUZADORES

RIO GRANDE DO SUL

PIAUÍ

RIO GRANDE DO
NORTE

4
CONTRATORPEDEIROS
DNOG
PARAÍBA

SANTA CATARINA

1 CRUZADOR-
BELMONTE
AUXILIAR

1 REBOCADOR LAURINDO PITTA

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13. 1ª GM: missão da DNOG

O DNOG tinha como missão o patrulhamento da área entre Dakar São Vicente
Gibraltar na costa da África, com subordinação ao Almirantado inglês.

14. 1ª GM: comandante da DNOG

Comandante da DNOG: foi escolhido um contra-almirante com 51 anos de idade,


habilidoso e com grande experiência marinheira: Almirante Pedro Max Fernando de
Frontin.

15. 1ª GM: DNOG e a gripe espanhola

A 26 de agosto, os navios da DNOG chegaram em Dakar e aí começariam as grandes


provações dos tripulantes nacionais: a gripe espanhola.

16.1ªGM: Tratado de Versalhes

A vitória dos aliados na 1ª GM foi confirmada em Paris, em 28 de junho de 1919,


quando se reuniram os representantes de 32 países e assinaram o Tratado de
Versalhes, que foi imposto à Alemanha derrotada.

17. 1ªGM: Tratado de Versalhes

Tratado de Versalhes

Alemanha foi obrigada a:

-restituir a Alsácia e a Lorena à França;


-ceder as minas de carvão, suas colônias, submarinos e navios mercantes;
-pagar aos vencedores uma indenização em dinheiro;
-ficar proibida de possuir Força Aérea;
-ficar proibida de fabricar alguns tipos de armas;

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-ficar proibida de possuir um Exército superior a 100 mil homens.

18. 2ª GM: Eixo

Em 1936, Itália, Alemanha e Japão assinaram um acordo para combater o comunismo


internacional (Pacto Anti-Comintern), formalizando o Eixo Roma-Berlim-Tóquio.

19. 2ªGM: Marinha Mercante

Importância da Marinha Mercante (período da 2ª GM):

1)Transporte de exportações brasileiras


2)Navegação de cabotagem: navegação costeira, que mantinha o fluxo comercial entre
as economias regionais, isoladas pela deficiência de rodovias/ferrovias no Brasil.

20. 2ªGM: Primeira perda brasileira

A primeira perda brasileira na 2ª GM foi o NM Cabedelo, que deixou o porto de


Filadélfia, nos Estados Unidos, com carga de carvão, em 14 de fevereiro de 1942.

21. 2ªGM: afundamentos feitos pelo U-507

A ação de cinco dias do submarino alemão U-507 (do Comandante Schacht) afundou 6
embarcações dedicadas às linhas de cabotagem, vitimando 607 pessoas.

Isso chocou a opinião pública brasileira e levou o governo a declarar o:

1) estado de beligerância com a Alemanha em 22 de agosto e, finalmente,


2) o estado de guerra contra esse país, a Itália e o Japão em 31 de agosto de 1942.

22. 2ªGM: comboios e patrulhamento A/S

Levaram a uma drástica diminuição nas perdas dos navios de Bandeira Brasileira, na 2ª
GM:

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1)organização dos comboios nos portos nacionais, que reuniam navios mercantes da
navegação de longo curso e de cabotagem, escoltados por navios de guerra brasileiros e
norte americanos
2)intenso patrulhamento antissubmarino empreendido pelas forças aeronavais aliadas.

23. 2ªGM: navios fora do comboio

A maioria dos navios mercantes brasileiros vitimados por submarinos alemães em 1943
navegava fora dos comboios

24. 2ªGM: Lend Lease

A Lei de Empréstimo e Arrendamento Lend Lease , assinada a 11 de março de 1941


com os EUA permitia, sem operações financeiras imediatas, o fornecimento dos
materiais necessários ao esforço de guerra dos países aliados.

25.2ªGM: Créditos obtidos (EUA)

U$ 2 milhões -->
MARINHA: U$50
armamento da
MILHÕES
marinha mercante

Crédito obtido 1º
EXÉRCITO:U$100
OUT 1941, dos
MILHÕES
EUA

FORÇA AÉREA
BRASILEIRA: U$50
MILHÕES

26. 2ª GM: Adaptação/Reforma de navios

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NAVIOS SERVIÇOS REALIZADOS

-Instalados sonar e equipamento para ataques


Cruzadores Bahia e Rio
Antissubmarino (duas calhas para lançamento de bombas
Grande do Sul
de profundidade de 300 libras)

-Reclassificados como corvetas.

Navios mineiros varredores -Retirados os trilhos para lançamento de minas e instalados


classe Carioca sonar e equipamentos para ataques antissubmarino (dois
morteiros K e duas calhas para lançamento de bombas de
profundidade de 300 libras)

Navios Hidrográficos Rio -Mesmas instalações das Corvetas classe Carioca


Branco e Jaceguai -mais duas metralhadoras de 20mm Oerlikon

-Instalado um canhão de 120mm na popa e uma


Navio-Tanque Marajó
metralhadora de 20mm Oerlikon

Tênder Belmonte -Reinstalados dois canhões de 120 mm

Contratorpedeiros classe
Maranhão e restante -Instaladas duas calhas para lançamento de bombas de
profundidade de 300 libras
da classe Pará

Rebocadores e demais navios- -Armados com uma ou duas metralhadoras de 20 mm


auxiliares Oerlikon

27.2ª GM: auxílio dos EUA

As aquisições de navios pelo Lend Lease e os aperfeiçoamentos impetrados em nossa


Força Naval vieram aumentar em muito nossa capacidade de reagir de forma adequada
aos novos desafios que se afiguravam.

O auxílio norte-americano foi vital para que pudéssemos nos contrapor aos submarinos
alemães.

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28.2ªGM: criação de Comandos Navais

Foram instalados os Comandos Navais (seis), criados pelo Decreto nº 10.359, de 31 de


agosto de 1942, com o propósito de prover uma defesa mais eficaz.

29.2ªGM: Comandos Navais criados em 1942

Comando Abrangência Sede

Belém
COMANDO NAVAL
Estados: Acre, Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí
DO NORTE

COMANDO NAVAL Estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,


Recife
DO NORDESTE Pernambuco e Alagoas

COMANDO NAVAL
Estados: Sergipe, Bahia e Espírito Santo Salvador
DO LESTE

COMANDO NAVAL
Estados: Rio de Janeiro e São Paulo Rio de Janeiro
DO CENTRO

COMANDO NAVAL
Estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Florianópolis
DO SUL

COMANDO NAVAL
Bacias fluviais de Mato Grosso e Alto Paraná Ladário
DO MATO GROSSO

30.2ªGM: Missão primordial da MB

A missão primordial da MB na Segunda Guerra Mundial foi patrulhar o Atlântico Sul e


proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o
nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos.

31.2ªGM: Força Naval do Nordeste

A Força Naval do Nordeste constituiu-se na Força-Tarefa 46 da Força do Atlântico Sul,


sob o comando operacional da 4ª Esquadra Americana.

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32. 2ªGM: Força Naval do Nordeste

A criação da Força Naval do Nordeste, pelo Aviso nº 1.661, de 5 de outubro de 1942,


foi parte de um rápido e intenso processo de reorganização das nossas forças navais
para adequar-se à situação de conflito.

33.2ªGM: Conclusões para a MB

1) A MB adquiriu maior capacidade para controlar áreas marítimas e maior poder


dissuasório (graças ao apoio dos EUA).

2) Houve uma mudança de mentalidade da MB, mais profissional, com assimilação de


novas técnicas de combate e a incorporação de meios modernos para as forças
navais.
3) A MB ganhou experiência de combate, fundamental para forjar os futuros
almirantes, oficiais e praças da Marinha, acostumados com a vida dura da guerra
antissubmarino e da monotonia e do estresse dos comboios.

4) Percepção da importância da logística pra manter uma força operando. Reflexo:


construção da Base Naval de Natal. Grande aprendizado com os EUA.

5) Aproximação com EUA, que nos alinhou diretamente com suas doutrinas e com uma
exacerbada ênfase na guerra antissubmarino.

6) A guerra no mar mostrou que nossas linhas de comunicação seriam alvos prioritários
em uma possível guerra, dada a dependência do comércio marítimo.

7 QUESTÕES COMENTADAS
1. (Inédita)
No início do séc. XX, o Deputado Laurindo Pitta encabeçou uma grande luta nos bastidores da
política nacional com a finalidade de obter a aprovação do Programa Naval do Almirante Júlio
de Noronha, no Congresso Nacional. Este projeto reorganizaria toda a Esquadra brasileira e
foi finalmente aprovado, quase que por unanimidade, transformando-se no:

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(A) Decreto nº 1.296, de 14 de novembro de 1904.


(B) Decreto no 1.567, de 24 de novembro de 1906.
(C) Decreto no 10.359, de 31 de agosto de 1942.
(D) Decreto nº 1.296, de 14 de novembro de 1942.
(E) Decreto nº 1.296, de 14 de novembro de 1914.

2. (Inédita)
O Programa de Reaparelhamento da Marinha, de 1904, foi elaborado por:

(A) Deputado Laurindo Pitta


(B) Almirante Júlio de Noronha
(C) Almirante Sílvio de Noronha
(D) Rui Barbosa
(E) Nilo Peçanha

3. (Marinha-2007)
Em 1904, procurando satisfazer a aspiração brasileira de constituir uma Marinha bem
aparelhada, o Deputado Dr. Laurindo Pitta apresentou à Câmara dos Deputados um projeto
que continha o programa naval do Almirante Júlio de Noronha, no qual, entre outros
aspectos, pode-se dizer que:

(A) Englobava a aquisição de navios de regular tonelagem e a construção de um magnífico


arsenal.
(B) Visualizava a importância da aviação, determinando, com isso, a criação da Escola de
Aviação Naval.
(C) Tinha por objetivo o investimento em navios de forte tonelagem, destacando-se a
aquisição de encouraçados do tipo dreadnought.
(D) Reconhecia a importância dos submersíveis, com a aquisição do italiano Spezia,
incorporado à Marinha Brasileira com o nome de Humaitá.
(E) Procurou modernizar instalações navais, como a da Ilha das Cobras, e a construção de
bases secundárias em Belém.

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4. (Inédita)
Aprovado em 1904, o Programa de Reaparelhamento da Marinha, elaborado pelo Almirante
Júlio de Noronha, sofreu alterações posteriores. Em 15 de novembro de 1906, assumiu a
Presidência da República o Conselheiro Afonso Pena e, com ele, o seu novo ministério, sendo
a pasta da Marinha ocupada pelo Almirante Alexandrino Faria de Alencar. Não demorou que
este conseguisse do Congresso a reforma do Programa de 1904. A alteração mais marcante
trazida pelo novo programa do Almirante Alexandrino, cuja aprovação resultou no Decreto nº
1.567, de 24 de novembro de 1906, foi:

(A) a adição de três novos encouraçados do tipo dreadnought de 20 mil toneladas


(B) a previsão orçamentária para construir um grande estaleiro com autonomia para a
construção nacional dos encouraçados dreadnoughts
(C) o cancelamento da compra de encouraçados tipo dreadnought, por serem muito caros e
incompatíveis com as aspirações militares do Brasil
(D) a construção de um novo Arsenal, previsto inicialmente no Programa de 1904.
(E) somente a modernização das instalações da Ilha das Cobras.

5. (PS-SMV-OF/2017)
O Programa de Reaparelhamento da Marinha de 1904, que veio a ser remodelado e
reformado em 1906, incluía alguns melhoramentos fundamentais para um Poder Naval que
se desejava no Brasil.
Assinale a opção que NÃO representa uma das propostas ou melhoramentos desse
Programa:

(A) Aquisição de navios que, naquele momento, equipavam as melhores Esquadras do


mundo.
(B) Criação de um moderno arsenal.
(C) Adição de novos encouraçados de 20 mil toneladas.
(D) Construção de um porto militar.
(E) Desenvolvimento de submarinos com propulsão nuclear.

6. (Marinha-2014/Adaptada)
Leia o trecho a seguir.
A A B G N
com o desenvolvimento, ainda embrionária, do submarino no final do século XIX e início do
século XX e início do século XIX [...] A 17 de julho de 1914, foi criada a Flotilha de

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Submersíveis, administrativamente subordinada ao Comando da Defesa Móvel, com base na


Ilha de Mocanguê Grande, na B G
(Fonte: <<www.mar.mil.br/forsub/historico>>

Em 2014, a força de submarinos da Marinha do Brasil completou 100 anos. É correto afirmar
que os primeiros submarinos da Marinha do Brasil foram adquiridos no contexto:

(A) da entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial, após ter sido atacado pelos alemães em
Santa Catarina.
(B) de reaparelhamento naval, que ficou conhecido como "A Esquadra de 1910".
(C) da contenção das revoltas federalistas que ameaçavam o regime republicano implantado
em 1889.
(D) das constantes invasões de países sul-americanos ao território brasileiro.
(E) da ajuda norte-americana aos países aliados, durante a Primeira Guerra Mundial.

7. (PS-SMV-PR/2016.2)

Assinale a opção que apresenta a composição correta dos blocos militares formados antes da
Primeira Guerra Mundial.
(A) Tríplice Aliança (Espanha, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Estados Unidos, França e
Japão).
(B) Tríplice Aliança (Rússia, Alemanha e Itália) e Tríplice Entende (Japão, Alemanha e Grã-
Bretanha).
(C) Tríplice Aliança (França, Alemanha e Rússia) e Tríplice Entente (Portugal, França e Estados
Unidos).
(D) Tríplice Aliança (Itália, Império Astro-Húngaro e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia,
Inglaterra e França).
(E) Tríplice Aliança (Brasil, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia, França e Espanha).

8. (Inédita)
O Brasil reconheceu e proclamou o estado de guerra com o Império alemão:

(A) em 11 de abril de 1917, devido ao afundamento do Navio Mercante Paraná ao largo da


costa francesa

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(B) em 31 de janeiro de 1917, devido ao bloqueio submarino aos países Aliados, firmado pelo
governo alemão
(C) em 26 de outubro de 1917, após o ataque a três dos nossos mercantes
(D) em 11 de abril de 1917, devido ao bloqueio submarino aos países Aliados, firmado pelo
governo alemão
(E) em 11 de abril de 1917, após o ataque a três dos nossos mercantes

9. (Inédita)
Analise as assertivas a seguir a respeito da participação da Marinha do Brasil na 1ª Guerra
Mundial:

I. No início da guerra os alemães se lançaram à guerra de corso utilizando navios de


superfície, no estilo de corsários independentes que atacavam os mercantes navegando
solitários. Essa estratégia, com o decorrer da guerra, foi abandonada. Preferiu-se a guerra
submarina, muito mais eficiente. Durante toda a 1ª GM, esses submarinos atuarem
frequentemente nas nossas costas.

II. O governo de Wenceslau Braz decidiu enviar uma divisão naval, denominada DNOG, para
operar sob as ordens da Marinha britânica. A escolha da alta administração naval recaiu nos
dois cruzadores (Rio Grande do Sul e Bahia), em quatro contratorpedeiros (Piauí, Rio Grande
do Norte, Paraíba e Santa Catarina), um rebocador (Laurindo Pitta) e um cruzador-auxiliar
(Belmonte). Ao todo, foram oito navios.

III. A Divisão Naval do Centro, no início da 1ª GM, compunha-se dos Encouraçados Minas
Gerais e São Paulo e de seis contratorpedeiros, com sede em São Francisco do Sul.

(A) apenas I está certa.


(B) apenas II está certa.
(C) apenas III está certa.
(D) apenas I e II estão certas.
(E) apenas I e III estão certas.

10. (Marinha-2004)
Sobre a participação da Marinha Brasileira durante a Primeira Guerra Mundial, em especial as
atividades da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) é correto afirmar que:

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(A) Não se envolveu de forma decisiva limitando-se única e exclusivamente às operações de


combate ao contrabando nos principais portos do Brasil, assim como o controle sobre os
grandes rios com a finalidade de manter a estabilidade interna evitando, com isso, que a
instabilidade política, econômica e social fosse despertada pela guerra.

(B) Teve a incumbência de patrulhar a área compreendida entre Dacar e Gibraltar. Ficava sob
as ordens do Almirantado britânico. Para comandá-la foi designado um dos Oficiais de maior
prestígio na época, o Contra-Almirante Pedro Max Fernando de Frontin, nomeado em 30 de
janeiro de 1918.

(C) Não se envolveu no conflito por estar voltada para combater os problemas que afligiam o
país naquele momento como a Guerra do Contestado, que estava a ocorrer na divisa dos
estados do Paraná e Santa Catarina e a Revolta Federalista que buscava separar os estados do
Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

(D) Teve a incumbência de patrulhar a área compreendida entre a ilha da Madeira, Cabo
Verde e Gibraltar, ficando sob as ordens do Almirantado dos Estados Unidos. Para comandá-
la foi designado um dos Oficiais de maior prestígio na época, o Contra-Almirante Isaías de
Noronha, nomeado a 12 de setembro de 1917.

(E) Embora o Ministro da Marinha Alexandrino de Alencar houver tentado criar uma operação
para resguardar o território brasileiro durante o conflito, o mesmo, acabou não obtendo êxito
devido à falta de apoio do presidente da república, e demais políticos do Congresso Nacional,
unicamente preocupados com a questão do café no país.

11. (Inédita)
Durante a 1ª GM, o escolhido para ser o comandante da DNOG foi o:

(A) Almirante Pedro Max Fernando de Frontin


(B) Almirante Júlio de Noronha
(C) Almirante Sílvio de Noronha
(D) Almirante Alexandrino
(E) Almirante Saldanha da Gama

12. (Inédita)
A principal missão da DNOG, durante a 1ª GM, era:

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(A) atacar navios mercantes alemães na costa francesa, com subordinação ao Almirantado
dos inglês.
(B) patrulhar uma área marítima contra os submarinos alemães, compreendida entre Dakar
no Senegal e Gibraltar, na entrada do Mediterrâneo, com subordinação ao Almirantado
inglês.
(C) patrulhar uma área marítima contra os submarinos alemães, compreendida entre Dakar
no Senegal e Gibraltar, na entrada do Mediterrâneo, com subordinação ao Almirantado dos
EUA.
(D) atacar navios mercantes alemães na costa do Japão, com subordinação ao Almirantado
dos EUA.
(E) patrulhar somente a costa brasileira, com subordinação ao Almirantado dos EUA.

13. (Marinha-2008)
Observe a imagem e o texto abaixo e responda a pergunta a seguir.

A imagem refere-se a um navio construído na Inglaterra em 1910, por encomenda do


Governo brasileiro, o qual entre outras missões prestou serviço de rebocador ao Arsenal da
Marinha do Rio de Janeiro e à Base Naval do Rio de Janeiro até a década de 1990. Em 1997, a
Marinha o restaurou e o remodelou, colocando assentos para 90 passageiros, e adaptando
um compartimento onde apresenta a exposição permanente da participação da Marinha na
Primeira Guerra Mundial.
A imagem e o texto acima refere-se ao:

(A) Contratorpedeiro Laurindo Pitta que participou, no Atlântico Sul, de atividades de


patrulha e escolta juntamente com navios ingleses e dos Estados Unidos durante a Primeira
Guerra Mundial.
(B) Contratorpedeiro Barbacena que atuou em operações navais durante a Segunda Guerra
Mundial realizando importantes operações de patrulha e apoio as marinhas aliadas no
Atlântico Sul.

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(C) Rebocador Parayba que serviu na Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) durante
a Segunda Guerra Mundial participando juntamente com a marinha dos Estados Unidos de
atividades de
escolta aos navios mercantes no Atlântico Sul.
(D) Rebocador Laurindo Pitta que é o único navio remanescente da Divisão Naval em
Operações de Guerra (DNOG) que participou, em 1918, da Primeira Guerra Mundial,
realizando importantes tarefas de apoio.
(E) Rebocador Barbacena que pertenceu à Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG)
participando em 1918, na Primeira Guerrra Mundial, de importantes tarefas de apoio e
escolta de navios mercantes aliados.

14. (Marinha-2003)
Sobre a participação da Marinha durante a Primeira Guerra Mundial é correto afirmar que:

(A) não se envolveu no conflito pelo fato de estar única e exclusivamente voltada para
operações de combate ao contrabando nos principais portos do Brasil

(B) inicialmente o Ministro Almirante Alexandrino de Alencar criou três divisões navais, Norte,
Centro e Sul, com missão de patrulhamento das águas costeiras organizando em seguida uma
força tarefa que seria conhecida como a Divisão Naval em Operações de Guerra.

(C) não se envolveu no conflito por estar voltada para combater os problemas que afligiam o
país naquele momento como a Revolta da Armada

(D) inicialmente, o Ministro Almirante Isaías de Noronha organizou a participação brasileira


na guerra com a criação da Divisão Naval em Operações de Guerra, conhecida pela sigla
DNOG.
(E) embora o Ministro Almirante Alexandrino de Alencar houvera tentado criar uma operação
para resguardar o território brasileiro durante o conflito acabou não obtendo êxito devido a
falta de apoio do presidente da República Rodrigues Alves.

15. (Marinha-2009)
Em 1917, o Brasil entrou no conflito que ficou conhecido como Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), devido ao naufrágio de navios mercantes brasileiros por submarinos alemães.
No que se refere à participação da Marinha Brasileira nesse conflito pode-se afirmar que a
mesma, entre outras ações, agiu enviando uma:

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(A) Força tarefa para atuar com a Marinha francesa no Mediterrâneo ocidental.
(B) Divisão Naval para operar com a Marinha britânica no Mar do Norte.
(C) Força tarefa para atuar com a Marinha britânica no Atlântico entre Dakar e as ilhas
Canárias.
(D) Divisão Naval para operar com a Marinha francesa no estreito de Gibraltar.
(E) Divisão Naval para operar com a Marinha britânica entre Dakar e Gibraltar.

16. (PS-SMV-PR/2016.2)
Na Segunda Guerra Mundial, o bloco militar conhecido como Eixo era composto por quais
países?

(A) Alemanha, Itália e EUA.


(B) Alemanha, Itália e França.
(C) Alemanha, Itália e Rússia.
(D) Alemanha, Itália e Espanha.
(E) Alemanha, Itália e Japão.

17. (Inédita)
Este navio deixou o porto de Filadélfia, nos Estados Unidos, com carga de carvão, em 14 de
fevereiro de 1942. Naquele momento ainda não existia o sistema de comboios nas Antilhas.
O navio desapareceu rapidamente sem dar sinais, podendo ter sido torpedeado por um
submarino alemão ou italiano. Ele foi considerado perdido por ação do inimigo, uma vez que
o tempo reinante era bom e claro. Esta primeira perda brasileira de navio mercante na 2ª GM
refere-se ao:

(A) NM Cabedelo
(B) NM Paraná
(C) NM Taubaté
(D) NM Macau
(E) NM Buarque

18. (Inédita)

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O Brasil entrou oficialmente na 2ª GM após a ação de cinco dias do submarino alemão U-507
(do Comandante Schacht), que levou a pique 6 embarcações dedicadas às linhas de
cabotagem, vitimando 607 pessoas. O Estado de guerra, contra Alemão, Itália e Japão foi
declarado em:

(A) 31 de agosto de 1942.


(B) 22 de agosto de 1942
(C) 12 de agosto de 1942
(D) 19 de agosto de 1942
(E) 10 de agosto de 1942

19. (Marinha-2007)
Observe as figuras abaixo e responda à questão a seguir:

Observa-se, o Capitão-de-Fragata Harro Schacht, capitão do U-507, que afundou diversos


navios brasileiros em agosto de 1942. Ao lado, uma das vítimas do U-507, o navio Aníbal
Benévolo.
Os personagens acima descritos fazem parte de um episódio da História Brasileira que,
conjuntamente com outros semelhantes, acarretou:
(A) A declaração, imediata, de guerra contra a Alemanha, a Itália e o Japão.
(B) O protesto formal do governo brasileiro aos Estados Unidos por não dar proteção as
embarcações brasileiras no Atlântico Norte.
(C) A declaração do estado de beligerância com a Alemanha e os demais países formadores
do Eixo, no caso Itália e Japão.
(D) O estado de guerra contra os países formadores da Tríplice Aliança, no caso, a Alemanha,
Áustria e Itália.
(E) O protesto formal contra as nações da Tríplice Aliança e da Entente por não respeitarem a
neutralidade brasileira diante do conflito.

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20. (Inédita)
Durante a 2ª GM, o que ocasionou, a partir de 1943, uma drástica diminuição nas perdas dos
navios de Bandeira Brasileira, com oito torpedeamentos, comparados aos 24 ocorridos ao
longo de 1942?

(A) a organização dos comboios nos portos nacionais, que reuniam navios mercantes da
navegação de longo curso e de cabotagem, escoltados por navios de guerra brasileiros e
norte americanos, além de um do intenso patrulhamento antissubmarino empreendido pelas
forças aeronavais aliadas.
(B) a aquisição, pela Marinha Brasileira, de uma flotilha de 10 submarinos, comprados dos
EUA.
(C) a construção de um Arsenal, no final de 1942, no qual a marinha passou a produzir
munição em larga escala.
(D) o apoio da Inglaterra, que cedeu 3 encouraçados para a Marinha Brasileira
(E) NRA

21. (PS-SMV-OF/2016-)
Leia o texto a seguir.
N P N s operacionais
importantes. No início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, na Europa, o Brasil contava com
P G M A
diplomáticas com o Eixo, a Marinha do Brasil desconhecia as novas táticas antissubmarino e
estava, consequentemente, desprovida do material flutuante e dos equipamentos
necessários para executá-
(BITTENCOURT, A. de S. Introdução á História Marítima Brasileira. Rio de Janeiro: Serviço de
Documentação da Marinha, 2006. p. 141 e 148)

Diante da situação apontada acima, o governo brasileiro efetivou um acordo internacional


denominado Lend Lease, que possibilitou o empréstimo e o arrendamento para a Marinha do
Brasil de vários navios que fossem tecnologicamente apropriados àquela guerra.
Com qual nação foi realizado esse acordo, firmado em 1º de outubro de 1941?

(A) Estados Unidos da América.


(B) Alemanha.
(C) Inglaterra.

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(D) França.
(E) União Soviética.

22. (Inédita)
Durante a 2ª GM, foram instalados os Comandos Navais, criados pelo Decreto no 10.359, de
31 de agosto de 1942, com o propósito de prover uma defesa mais eficaz da nossa fronteira
marítima, orientando e controlando as operações em águas a ela adjacentes, não só as
relativas à navegação comercial, como às de guerra propriamente ditas e de assuntos
correlatos. A área de cada Comando abrangia determinado setor de nossas costas marítimas
e fluviais. Ao todo, foram instalados:

(A) 2 comandos navais


(B) 3 comandos navais
(C) 4 comandos navais
(D) 5 comandos navais
(E) 6 comandos navais

23. (PS-SMV-PR/2016.2)
Qual foi a missão da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial?

(A) Invadir a Alemanha junto com os Estados Unidos.


(B) Destruir os navios mercantes alemães.
(C) Patrulhar o Pacífico e proteger os comboios de navios mercantes que trafegam entre o
mar do caribe e o nosso litoral norte contra a ação dos submarinos e navios corsários,
germânicos ou italianos.
(D) Invadir a Itália junto com os Estados Unidos.
(E) Patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegam entre
o mar do Caribe e o nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários
germânicos e italianos Voga Larga.

24. (PS-SMV-OF/2016)

Qual das missões abaixo representou a principal atuação da Marinha do Brasil durante a
Segunda Guerra Mundial?
(A) Patrulhar a área compreendida entre Dakar-São vicente-Gibraltar na costa da África.

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(B) Realizar o bloqueio naval no Rio da Prata.


(C) Transportar tropas para a Europa e realizar operações anfíbias de desembarque na França
ocupada.
(D) Enfrentar os encouraçados alemães no Atlântico
Sul, dentre os quais pode se citado o Encouraçado Graf Spee.
(E) Patrulhar o Atlântico Sul e escoltar os comboios de navios mercantes que trafegavam
entre o Mar do Caribe e o litoral sul do Brasil.

25. (Inédita)
Durante a 2ªGM, a atuação conjunta com os norte-americanos trouxe novos meios navais e
armamentos adequados à guerra antissubmarino, bem como proporcionou treinamento para
o nosso pessoal. A criação da Força Naval do Nordeste, pelo Aviso nº 1.661, de 5 de outubro
de 1942, foi parte de um rápido e intenso processo de reorganização das nossas forças navais
para adequar-se à situação de conflito. A Força Naval do Nordeste constituiu-se no(a)
________________ da Força do Atlântico Sul, sob o comando operacional da ____ Esquadra
Americana.
Complete devidamente as lacunas:

(A) Força Tarefa 46; 1ª


(B) Força Tarefa 46; 1ª
(C) Força Tarefa 45; 4ª
(D) Força Tarefa 46; 4ª
(E) Grupo Tarefa 48; 4ª

8 GABARITO
1. A 10. B 19. C
2. B 11. A 20. A
3. A 12. B 21. A
4. A 13. D 22. E
5. E 14. B 23. E
6. B 15. E 24. E
7. D 16. E 25. D
8. C 17. A
9. B 18. A

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9 BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm

Pelo domínio dos mares do sul: a modernização da Marinha na Primeira República (1891-1930).
Disponível em:
http://www.arquivonacional.gov.br/images/virtuemart/product/CM_12.pdf

Relatórios ministeriais elaborados pelos diferentes ministros da Marinha entre os anos 1891-1934.
Disponíveis em:

http://ddsnext.crl.edu/titles?f[0]=collection%3ABrazilian%20Government%20Documents&f[1]=gro
uping%3AMinisterial%20Reports

ALMEIDA “ C P A M
da revolta dos marujos de 1 I E H
147-169, janeiro-junho de 2010.

A‘IA“ NETO J M AM B XX I
Antíteses, v. 7, n.13, p. 84-112, jan./jun. 2014.

MARTINS FILHO, João Roberto. A Marinha brasileira na era dos encouraçados, 1895-1910
tecnologia, forças armadas e política. Rio de janeiro: editora FGV, 2010

A‘IA“ NETO J M AM B XX In:


Antíteses, v. 7, n.13, p. 84-112, jan./jun. 2014.

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