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Este budismo tem como sua máxima liderança a venerável presença do Dalai Lama,
embora não se estruture na forma de uma instituição. A expressão ‘lamaísmo’ deriva
da palavra tibetana ‘lama’, que tem o sentido de ‘mestre’ ou ‘superior’, geralmente
relacionado aos monges tibetanos, particularmente aos que permanecem no topo da
hierarquia monástica. É tradicional no Tibete a existência dos Monastérios, nos quais
é notável a interação entre os pupilos e os lamas.
O exercício da meditação nesta vertente do budismo vem sempre acompanhado de
aprimorados ritos, que incluem a leitura dos ‘saddhanas’ ou textos litúrgicos, visões
mentais de imagens e o acompanhamento de instrumentos musicais. Ele está
associado também à práxis artística, traduzida em pinturas, esculturas e outras
formas de arte.
O budismo praticado no Tibete tem como meta uma solitária jornada espiritual,
exercendo a gloriosa função de guiar o viajante ao longo da caminhada, amparando-o
e oferecendo-lhe uma viagem segura ao longo de uma escada que garante a
incessante possibilidade do progresso da alma. Os rituais e festas cerimoniais
conduzem o aprendiz a uma primeira fase de serenidade. Inicia-se então a etapa
tântrica, que provoca a desmaterialização dos embates interiores, sublimando-os até
convertê-los em energia pura.
O budismo tibetano compreende quatro realidades essenciais: tudo é sofrimento; a
fonte do sofrimento é o desejo; devemos nos libertar do sofrimento; o caminho do
meio, que se traduz pelo exercício da paciência, da vigilância, e pelo discernimento
dos pensamentos desequilibrados.