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MOVIMENTOS DA ALMA

Esta técnica tem como objetivo mover os campos


mórficos dos seres humanos que formaram
INTERAÇÃO DOS emaranhados em diversas realidades. Acolhendo os
emaranhados é possível nos alinhar com nossa alma
para que a vida possa seguir seu fluxo divino
CAMPOS MÓRFICOS E Isabel Cristina Otto
www.isabelcristinaotto.com.br
ALINHAMENTO COM
OS MOVIMENTOS DA
ALMA
Isabel Otto
Índice
Propósito do trabalho ............................................................................................................................ 2
1. Campo Mórfico de Pai e Mãe ............................................................................................................. 3
Exercício 1: o que me impede de tomar meu Pai. ............................................................................. 3
Exercício 2: o que me impede de tomar minha Mãe. ....................................................................... 3
2. Emaranhados psíquicos ...................................................................................................................... 4
Exercício 3: Acolhendo Emaranhado Psíquico ................................................................................... 4
Exercício 4: Exercício Impulso na área Estagnada ............................................................................. 4
3. Apegos e Aversões .............................................................................................................................. 4
Exercício 5: Exercício Emaranhado Apegos e Aversões..................................................................... 4
4. Inteligência Mental x Espiritual ......................................................................................................... 5
Exercício 6: Exercício Acolhendo Inteligências .................................................................................. 5
5. Eu Divino / Ser Quântico .................................................................................................................... 5
Exercício 7: Visualização do Eu Superior ............................................................................................ 5
6. Técnica de visualização do campo ..................................................................................................... 6
7. Alinhamento Ambiente de Trabalho ................................................................................................. 8
Exercício 8: Harmonização do Ambiente ........................................................................................... 9
8. Precipitação ...................................................................................................................................... 10
Exercício 9: Emaranhado da Abundância ........................................................................................ 10
Exercício 10: Forma Toroidal da Precipitação.................................................................................. 10
9. Kuan Yin, madrinha do trabalho ...................................................................................................... 11
Exercício 11: Visualização da Kuan Yin ............................................................................................ 12

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Propósito do trabalho
O propósito do trabalho INTERAÇÃO DOS CAMPOS MÓRFICOS E ALINHAMENTO COM OS
MOVIMENTOS DA ALMA é acolher tudo que interfere no fluir natural interrompendo os campos de
repetições.

Este trabalho deve ser realizado seguindo cada etapa, nesta ordem descrita na apostila. Ao
completar o primeiro ciclo, deve se realizar mais dois ciclos. Portanto, no total serão de três ciclos.
Após completar o período que levará em torno de um mês, você poderá realizar cada exercício
individualmente conforme sentir seu coração. Por exemplo, caso você sinta que tem alguma situação
com seu pai que deve ser vida, utilize o exercício do Pai. Ou caso sinta que tenha uma área estagnada
na sua vida, faça o exercício específico para essa situação. O material ficará disponível por dois anos, e
ao final do período espero que suas células tenham absorvido todas as informações e que você possa
dissolver cada emaranhado sem a minha condução.

Campos mórficos são campos de memórias, os quais cada um de nós está ligado. Temos alguns
campos mais presentes como os campos familiares, campos da pátria onde nascemos e o campo dos
seres humanos nesta experiência terrena.

Ao olharmos, reconhecermos e acolhermos estes campos, deixando no passado o que é do


passado, interrompemos os campos de repetições.

Utilizar essa ferramenta em nossas vidas é muito importante pois em diversas situações temos
a sensação que estamos bloqueados ou estagnados e não conseguimos fazer a vida fluir em seu curso
natural. Nestes momentos é necessário parar e olhar para as sinalizações e emaranhados psíquicos
que estão bloqueando nossa passagem rumo ao nosso projeto de alma ou de realização terrena.

Decretos e limpezas em nossas crenças ajudam, mas não são suficientes. Nossa alma atrai tudo
que precisamos para que possamos evoluir. Nesta bagagem estão os vínculos e repetições que fizemos
no passado ou em realidades paralelas.

Os emaranhados trazem estas sinalizações que devem ser olhadas, reconhecidas e honradas
para que possamos seguir em frente. Após acolher o emaranhado é necessário olhar para a origem.

A origem, sempre é onde tudo se iniciou. Onde algo aconteceu com um ancestral, ou com você
em vidas passadas ou realidades paralelas. Está vinculado à um grande sofrimento e esta informação
vai sendo repetida até que alguém deste campo mórfico consiga olhar, e acolher esta pessoa em seu
coração. Só conseguimos interromper quando honramos a dor deste ente querido, incluindo-o
novamente no sistema e dizendo: “Honro, e reconheço sua dor incluindo você de volta no sistema e
em meu coração, mas escolho deixar no passado o que é do passado”.

Concluímos a intervenção no campo mórfico dizendo: “Com o emaranhado e a origem no meu


coração sigo com Gaia para a nova vida. Liberdade”.

Estes são os propósitos deste trabalho elaborado por Isabel Otto com base na constelação
familiar e nos movimentos essenciais. Vivenciar esta técnica é indispensável para que possamos
concluir o alinhamento com os movimentos de nossa alma. A madrinha deste trabalho é a amada Kuan
Yin, membro do conselho cármico. Ela estará te auxiliando e acompanhando durante todo o trabalho.

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1. Campo Mórfico de Pai e Mãe
Dentro do trabalho de intervenção dos campos é importante iniciar acolhendo os
emaranhados que desestruturam os pilares bases de nossas vidas. Ao nos abrirmos para acolher e
honrar nossos pais estaremos nos abrindo e acolhendo também nossos ancestrais.

A energia paterna traz a base da realização profissional, a força e a determinação para


experienciar a vida material sem estagnação ou interferências.

A energia materna é a base para a aceitação da vida. Traz autoestima, respeito e amor nos
relacionamentos. Se sua vida está desembaraçada, significa que o vínculo com a mãe foi restaurado
na devida ordem.

Ao limpar as intervenções do campo mórfico de relação pai/mãe com você (o filho) passamos
a receber a força do masculino que vem da linhagem do pai e o amor pela vida que vem da linhagem
da mãe.

O exercício vai ajudar a incluir em nosso coração as interferências que impedem o fluir na vida
material e amorosa. Ao praticar os exercícios você deve ter 2 cadeiras ou almofadas na sua frente.

Exercício 1: o que me impede de tomar meu Pai.


Exercício para que você possa acolher seu Pai e sua ancestralidade com todo o amor do seu
coração. Sua alma escolheu esse pai para que você pudesse receber tudo que era preciso na sua
jornada. Utilize suas cadeiras ou objetos neste exercício para serem os representantes.

Exercício 2: o que me impede de tomar minha Mãe.


Exercício para que você possa acolher sua Mãe e toda a sua ancestralidade com todo o amor
do seu coração. A Mãe representa a Vida, sem ela você não estaria aqui agora. Não aceitar a Mãe como
ela é, significa dizer não à sua vida. Utilize suas cadeiras ou objetos neste exercício para serem os
representantes.

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2. Emaranhados psíquicos
São todos os conteúdos emocionais que sinalizam algo que está gerando tensão junto do nosso
sistema. Existe uma origem em sofrimento que precisa ser vista e acolhida.

Enquanto estivermos aversivos e tentando excluir o emaranhado, geramos mais tensão e dor
para nós mesmos e para a origem. Esta prática é muito libertadora.

Exercício 3: Acolhendo Emaranhado Psíquico


Exercício deve ser feito colocando o conteúdo emocional no emaranhado que está sinalizando
na sua vida, para que você possa acolher a origem desta tensão. Utilize suas cadeiras ou objetos neste
exercício para serem os representantes.

Exercício 4: Exercício Impulso na área Estagnada


Exercício que deve ser realizado especificamente para uma área que se encontra estagnada na
sua vida. Lembrando que é importante realizar o exercício colocando à intenção de que o melhor
aconteça em sua vida. Pois nem sempre aquilo que o Ego deseja é o que a nossa alma escolheu como
propósito. Tenha a intenção que seu Eu Superior possa abrir seus caminhos em direção ao seu
propósito. De modo que você possa percorrer à sua estrada da vida sem muitos desvios.

3. Apegos e Aversões
O caminho do meio é o segredo para sair da roda sansara. O caminho do meio é uma das
filosofias do budismo. O Apego e Aversão são extremos da mesma polaridade. Ao nos mantermos em
um extremo, atraímos ainda mais daquela situação.

Apenas acolhendo com amor todas as situações que te mantêm apegados ou aversivos é
possível atingir o caminho do meio. Envie muito amor para a situação e entenda que é apenas uma
experiência.

Exercício 5: Exercício Emaranhado Apegos e Aversões


Exercício planetário que facilita atingir o caminho do meio. Se permita ser um agente para
receber essa informação em suas células e propagar essa consciência à todos na Terra.

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4. Inteligência Mental x Espiritual
Inteligência mental é aquela que é regida pelo nosso Ego, que nos guiou até aqui na terceira
dimensão. Esse é o campo formado com todas as informações desde o nascimento. Entenda, que essa
inteligência não é ruim, pois ela foi muito importante na terceira dimensão. Devemos acolher ela com
muito amor.

A inteligência espiritual é regida pelo nosso coração. Através dela, nossa alma consegue se
movimentar em direção ao nosso propósito.

Exercício 6: Exercício Acolhendo Inteligências


Neste exercício acolheremos o campo Mental com muito amor, pois foi ele que nos trouxe até
aqui. E depois permitimos que a inteligência espiritual nos guie em direção ao caminho que nossa alma
escolheu. Utilize suas cadeiras ou objetos neste exercício para serem os representantes.

5. Eu Divino / Ser Quântico


Após liberarmos os emaranhados entre pai e/ou mãe, devemos nos alinhar com quem somos.
Convide uma pessoa para ser o representante ou se você está sozinho, faça o exercício de frente ao
espelho.

Você entrará em contato com sua parte mais elevada nesta realidade. É a 12ª extensão da sua
alma. Cada alma tem 12 extensões de si mesma para trabalhar em diversas dimensões, cada uma
realizando seu propósito.

A nossa alma está ligada à uma família espiritual denominada Mônada. Esta mônoda é
composta de 12 almas com suas 12 extensões completando um total de 144 seres com o mesmo
propósito, realizando um grande projeto divino.

Quando trazemos para próximo de nós o campo de informações do nosso ser Quântico ou Eu
Superior temos a oportunidade de nos colocarmos à disposição para que nosso projeto divino seja
baixado e alinhado em nossos corpos inferiores e possamos receber nossos dons.

Exercício 7: Visualização do Eu Superior


Os olhos são a janela da alma. Ao olharmos dentro dos olhos, podemos nos conectar com nossa
essência mais alta. Faça esse exercício olhando para seus olhos no espelho ou para os olhos de outra
pessoa.

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6. Técnica de visualização do campo

Quando existe muita confusão mental na pessoa, ela muitas vezes acaba gerando um campo
de dúvida que abaixa sua frequência. Para clarear o campo energético de uma pessoa pode-se ser
utilizada a técnica do papelzinho seguindo os procedimentos.

1- Corte 10 papeizinhos e escreva em cada um desses papéis: seu nome, propósito divino,
interferência, inusitado e os nomes de cada uma das situações e pessoas envolvidas (escreva as
situações que você sentir, não escrever mais que 13);

2- Dobre os papeizinhos de modo que você não consiga diferenciar o que é cada um deles, e numere
cada um deles de forma aleatória;

3- Delimite o campo para uma área (exemplo área do tapete), onde você vai trabalhar com a técnica;

4- Abra um campo pedindo que não haja interferência externa e que você consiga auxílio do seu eu
superior para ver com clareza o que está no seu campo;

5- Você vai posicionar cada papel na área delimitada. Sinta a posição de cada papel;

(observação: pode ser que você sinta que algum deles deva ser colocado para fora da área);

6- Depois de colocar todos os papeis, posicione-se sobre cada um e procure identificar para que lado
este papel está “olhando”. Esta etapa é muito importante e precisa bastante atenção. Sinta para qual
direção e papel ele “olha”. Comece pelo papel do centro (papel X olha para papel Y) Ignore o número
e marque com uma caneta uma seta para onde ele olha;

7- Quando você conhecer todas as posições que os papeis “olham”, SOMENTE então abra os papeis e
preencha a tabela abaixo com os nomes escritos. Exemplo: Presença Divina olha para inusitado.

Depois que preencher a tabela passando por todos os papeis inclusive os que ficaram fora da área
preestabelecida, interprete cada situação confiando na resposta.

6
Preencha a tabela abaixo para maior clareza e interprete cada situação.

Olha
Nº Papel Nº Papel
para
Olha
1
para
Olha
2
para
Olha
3
para
Olha
4
para
Olha
5
para
Olha
6
para
Olha
7
para
Olha
8
para
Olha
9
para
Olha
10
para
Olha
11
para
Olha
12
para
Olha
13
para
Olha
14
para
Olha
15
para

7
7. Alinhamento Ambiente de Trabalho
Este exercício é uma ferramenta para alinhar e harmonizar o ambiente antes de um trabalho,
consulta, atendimento ou reunião.

Para melhor utilização do símbolo RAMA, foi realizado uma iniciação neste símbolo. Seguem
mais informações sobre esse símbolo importante do Reiki Kahuna.

Rama significa Alegria permanente. Clareia a mente, bom para mau humor, confusões e
dúvida. Limpa ambientes e prepara o espaço para a Cura. Harmoniza os chacras superiores com os
inferiores. Permite que a consciência superior se manifeste no físico. Pode ser utilizado em situações
de medo de triunfar e medo de perder. Nos dá força para atualizar nosso propósito espiritual na Terra
e fazer uso da orientação Divina diariamente. Abre caminho, cria determinação e auxilia a concluir
metas e tarefas. Usado para aterramento, conecta com a mãe Terra e usado também no encerramento
de sessões de cura.

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Exercício 8: Harmonização do Ambiente
Visualize os elementos abaixo durante a condução.
IMAGEM da HARMONIZAÇÃO

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8. Precipitação
Todos os seres tem direito de ser abundante. Porém, devido às distorções da terceira
dimensão, nos esquecemos da nossa capacidade de precipitar aquilo que necessitamos. Importante
sempre manter sua elevação alta para que tudo que você necessita para cumprir seu projeto divino
possa precipitar.

Oração de Precipitação

Oh Grande Fonte Universal que a tudo provê e abençoa.

Eu agora em sintonia com os 24 Elohins e diante do Grande Espírito Vivente de Deus, Ruach,
reservatório de Energia Criativa e de bênçãos para todos os filhos do Criador, venho registrar minhas
intenções.

Eu decreto que todos os obstáculos e crenças limitantes sejam transmutados na fonte de amor
que eu sou.

Eu decreto que estou pronto para realizar meu projeto divino.

Eu decreto que aceito a bênção universal, a abundância cósmica e a criatividade direto da


Fonte.

Eu decreto que a partir de hoje, atraio para minha vida pessoas abertas e prontas para ajudar
e receber meus dons, para que eu possa realizar meu propósito de vida. Que tudo e todos venham a
mim de forma abundante e harmônica.

Eu decreto que as 12 extensões de minha alma se alinhem e recebam da Fonte Criadora e da


cornucópia cósmica, muitas bênçãos e dinheiro em abundância, para que possamos realizar os
projetos de nossa alma. Que os colaboradores de nossos projetos se sintonizem com Ruach e com os
24 Elohins, estando em harmonia e em sintonia com a cornucópia cósmica.

Assim seja, assim é.

Declaro meus agradecimentos à Fonte Universal e ao Grande Reservatório Cósmico, Ruach.

Exercício 9: Emaranhado da Abundância


Faça esse exercício de pé. Coloque todas as situações que te estão à frente da sua
abundância. Respire pela boca para desprogramar as matrizes distorcidas da abundância e pelo nariz
para receber as novas matrizes de abundância.

Exercício 10: Forma Toroidal da Precipitação


Todo ser vivo possui o formato toroidal. Aprenda a ampliar seu campo toroidal para que
possa atrair aquilo que deseja. Lembre-se de estar sempre declarar que seu projeto esteja alinhado
com seu propósito divino.

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9. Kuan Yin, madrinha do trabalho
Kuan Yin é a tradução do sânscrito que significa “Aquela-que-dá-ouvidos-aos-prantos-do-
mundo”. É originária de seu principal progenitor “Avalokiteshvara” (ou Avalokita). Ela foi e é
reverenciada na Coréia, Japão e China, há milhares de anos, como uma Deusa, embora seja um
“Bodhisattva” (seres que ao iluminarem-se, fizeram o voto de servir generosamente a todos os seres
vivos, com bondade e compaixão, para avaliar seu sofrimento e leva-los ao caminho da iluminação).

No Japão é conhecida como Kannon, no Vietnã como Quan Am, em Bali como Kanin, no
Budismo Tibetano como Tara, no Tibet como Tchenrezi, na Coréia como Kuan Serum Bosal e na China
como Kuan Shih Yin.

Na hierarquia Celestial ela faz parte do Conselho Cármico e é considerada a Deusa da


Misericórdia e da Compaixão, pois personifica as qualidades Divinas da Lei da Misericórdia, Compaixão
e Perdão.

Kuan Yin é uma deidade feminina que terminou seu treinamento na Terra e ascensionou.
Escolheu representar o aspecto da Compaixão, espelhando a Confiança, a Beleza, a Fé, o Nascimento
e a Morte, e todas as Virtudes para que a Humanidade pudesse também usufruir deste estado de
Consciência. Sua missão é nos ajudar a recordar a Força Feminina e relembrar quem somos. Ela auxilia
a manifestar em cada um de nós a tranquilidade, o amor, a generosidade, a equanimidade e a
compaixão. Ela traz, neste momento planetário, a chave para que possamos resgatar todas estas
qualidades, as manifestando e ascendendo junto com Gaia para oitavas mais luminosas.

Um terço da humanidade reza e solicita auxílio para Kuan Yin. Os primeiros relatos a
mostravam com uma fisioniomia masculina, denominado “Avalokitesvara” e após alguns milênios, se
tornou conhecido também em seu aspecto feminino. Estudiosos acreditam que o monge budista e
tradutor Kumarajiva foi o primeiro à se referir à forma feminina de Kuan Yin, em sua tradução chinesa
do Sutra do Lótus. Dos trinta e três aparecimentos do Bodisatva mencionados em sua tradução, sete
são femininos. Devotos chineses e budistas japoneses, desde então, associaram o número 33 a Kuan
Yin.

Ela também é conhecida como o Comandante que conduz através do “Barco da Salvação” as
almas ao Paraíso de Amitabha, ou a conhecida Terra Pura (lugar onde os seres renascem e recebem
instruções para obterem a consciência de iluminação, libertando-se da Roda do Renascimento (ou
Sansara). Amitabha é visto como o Pai Criador de Kuan Yin. Lendas relatam que Avalokitesvara nasceu
de um Raio de Luz Branca, emitido pelo olho direito de Amitabaha, quando mergulhado em êxtase.
Neste estado, Amitabha percebendo o sofrimento e a desconexão da humanidade, criou este
Bodhisattva para auxiliar a todos os seres vivos no retorno à Consciência Iluminada de todas as
criaturas manifestadas pela Fonte Criadora.

Buda Amitabha é a manifestação primária da compaixão e o Bodhisattva é sua emanação


secundária.

Na Mongólia, existem antigas imagens de Tara que os mongóis e os tibetanos reverenciam


como a emanação feminina de Avalokita. Por uma razão não revelada, os chineses decidiram combinar
Avalokita e Tara numa espécie de Avalokita feminino a quem chamaram Kuan Yin.

A imagem Mental de Kuan Yin é uma visão mística, que é aceita até mesmo por filósofos e
cientistas, pois o Universo e tudo o que existe é resultado de criações mentais.

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Na representação da imagem de Kuan Yin, ela é vista de muitas formas, cada uma revelando
um aspecto específico de sua misericórdia. É retratada, frequentemente, como uma mulher esbelta,
com um esvoaçante manto branco. Cabelos longos, com uma parte presa no alto da cabeça,
expressando a reunião de todas as qualidades perfeitas. O nó de cabelos está sobre a protuberância
esférica (no alto da cabeça), que constitui uma marca dos seres iluminados. A parte solta do cabelo
expressa a liberdade ilimitada do estado Desperto. Neste estado desperto não dualista, as aparências
são radiantes, espontâneas e muito suaves.

Também se encontra nas imagens de Kuan Yin uma coroa incrustada de joias, contendo a
energia dos cinco budas celestiais (ou das cinco famílias búdicas). Aparecem ornamentos como
pulseiras, tornozeleiras, brincos e adornos presentes em todas as deidades iluminadas, usadas para
manifestar a Beleza e simbolizando o não apego.

Em uma de suas mãos, num gesto de suprema generosidade, segura um vaso contendo o elixir
a consciência. Suprema generosidade significa que ela confere a realização da iluminação e também
auxiliando a enfrentar os medos. Auxilia na manifestação de tudo o que é necessário para a felicidade
temporária e bem-estar nesta encarnação.

Os símbolos característicos associados a Kuan Yin: Um ramo de salgueiro, para afastar as


doenças daqueles que a invocam; O vaso contendo o néctar da Compaixão e da Sabedoria. O “Elixir da
Longa Vida”; O rosário, onde ela despeja as suas benções sobre a humanidade, e significa a convocação
dos Budas das Dez Direções, para socorrer rapidamente os aflitos; O livro ou o pergaminho de orações,
simbolizando os ensinamentos (dharma) do Buda; A paisagem: a água é símbolo do paraíso contendo
águas cristalinas. As montanhas sugerem a montanha Potala. A lua neutralizando os venenos. O lótus,
símbolo daquele que florescer independente das qualidades externas.

Outros são os símbolos, porém menos usados. A visualização traz, com disciplina e
perseverança, a consciência desta Presença. A intenção da fusão vai preparando o campo energético
da pessoa para que esta aproximação se dê cada vez mais intensa até que se possa receber e
manifestar as qualidades de Generosidade, Compaixão e Perdão, através de nossa realidade física para
o Planeta Terra.

Exercício 11: Visualização da Kuan Yin


No budismo utiliza-se de visualizações detalhadas dos Nuddhas ou Bodhisattvas para exercitar
a mente no foco e na plena atenção. As figuras não precisam ser tomadas literalmente, sendo o seu
propósito dilatar a mente para além do ponto de ruptura da realidade, a fim de que a consciência
“ordinária” dê lugar a uma consciência extraordinária.

Cada detalhe da cena deve ser visualizado e sentido como algo observado e existente. Sinta a
presença da lua, água, montanhas e detalhes. Busque a criação mental associada à realidade. Visualize
detalhe por detalhe do Bodhisattva. Mantenha sua mente calma, sem se esforçar demasiadamente,
até o momento de pronunciar seu nome e fundir-se à sua Presença.

O surgimento da sílaba HRIH traz a materialização do bijamantra de Kuan Yin. Desta sílaba
emerge a energia do Bodhisattva. Hrih é a sílaba semente denominada Bija, que sintetiza a essência
da mente iluminada. Hrin é o bija utilizado por Amitabha (“luz infinita”) para plasmar a energia de
Tchenrezi (Kuan Yin).

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Quando visualizamos Kuan Yin, podemos ver claramente seu rosto, braço, joias, roupas, etc.
Esta é a fase da criação. Ao mesmo tempo, ela é sem existência material: fase da realização. As formas
e os sons são, simultaneamente, sonoridade e vacuidade. Os pensamentos são, simultaneamente,
consciência e vacuidade.

Cada pensamento que se eleva em nossa mente, contém em si as fases da criação e da


realização. A criação da imagem de Kuan Yin traz a realização da fusão com este campo compassivo e
amoroso propiciando, através desta identificação, uma qualidade energética e uma consciência maior
no praticante.

Devemos cultivar uma sensação da Presença de Kuan Yin, tanto quanto a que temos de uma
outra pessoa frente a nós. No início isto pode ser difícil. Às vezes, nossa mente está por demais
dispersa, para conseguirmos qualquer visualização, ou nossa sensação da sua aparência é tão tênue,
que ela aparece apagada, fora de foco, com detalhes faltando. Quando isto acontece, devemos nos
concentrar em algum aspecto que detemos com firmeza, seu rosto ou um gesto da mão, ou
ornamentos cujo significado nos intriga. Podemos nos focar em sua presença, dentro do seu poderoso
campo de luminosidade, na emanação de luz purificadora e em qualidades positivas. O que importa, é
trazer a mente de volta para a prática e focar a atenção na visualização. Devemos usar para auxiliar,
imagens gravuras e detalhes até que esta se torne bem clara aos olhos de nossa mente. Durante a
meditação, não deve haver esforço ou distrações sensoriais, apenas o objetivo de visualizar.

Os mantras são uma manifestação sonora nascida da vacuidade. Os sons e os mantras, como
toda outra forma de manifestação, situam-se no domínio relativo, o qual surge da vacuidade. Os
mantras são frequentemente os nomes de Buddhas, de Bodhisattvas ou de divindades. O mantra NA
MO KUAN SHIH YIN PU SA, significa “eu me refúgio na luz de Kuan Yin”.

A prática, com disciplina, conduzirá para o objetivo final, que é a identificação da imagem e a
fusão com este Bodhisattva. Durante a meditação, nossa mente permanece sem distração, sobre o
corpo da divindade, e a energia dos mantras, permite desenvolver a pacificação mental.

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