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1ª FASE DO MODERNISMO:POESIA E

PROSA
2ª FASE DO MODERNISMO: PRINCIPAIS
AUTORES
Revisão - Literatura
Características
■ Valorização das raízes culturais brasileiras
■ Integrar total e intensamente todas as artes
■ Buscar renovação na literatura, se opondo ao passado (Parnasianismo)
■ Nacionalismo
■ Escrita fragmentada / Valorização da linguagem coloquial brasileira
■ Temas cotidianos
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
(Pronominais, Oswald de Andrade)
Principais autores – 1ª Fase
Oswald de Andrade ■ Mário de Andrade
- Não se prende à regras de gramaticais Na poesia, sua principal preocupação é
- Usa expressões coloquiais com a temática social.
- Emprega forma livre Na prosa destaca-se:
- Nacionalismo crítico - Regionalismo;
Manuel Bandeira - Resgate do folclore brasileiro;
- Liberdade formal - Releitura dos símbolos de
nacionalidade
- Temática do cotidiano
- Ironia - Liberdade formal;
Gênero: rapsódia
Estilo de época: 1ª Mário de Andrade queria produzir uma obra que refletisse o
geração modernista Brasil como uma unidade, fazendo com que as múltiplas
Espaço: São Paulo ( características nacionais se unissem criando uma identidade
Brasil) para a cultura brasileira.
Tempo: Século XX
Narrador: 3ª pessoa O autor recorreu ao seu vasto conhecimento do folclore
nacional e aos preceitos da produção literária modernista
para realizar essa tarefa.

Assim ele faz de Macunaíma uma rapsódia: uma colagem


das lendas, mitos, tradições, religiões, falares, hábitos,
comidas, lugares, fauna e flora do Brasil. A grande
genialidade da obra foi conseguir unir esses muitos
elementos em uma narrativa coesa.

“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto
retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão
grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma
criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.”
Principais autores – 2ª Fase
Carlos Drummond de Andrade

- Primeira obra publicada foi em 1930 com o título “Alguma Poesia”, dedicada a
Mario de Andrade.
- Sua obra é marcada pela preocupação social, o pessimismo e a
desintegração do verso.
- Sua obra divide-se em quatro fases com características específicas, onde há
por um lado, o cotidiano com o humor nele contido e, por outro, a visão
transcendente da realidade diária.
- Ler a poesia de Drummond é receber permanentes lições de solidariedade,
incontáveis convites a reflexões sobre o mundo, profundos ensinamentos
voltados para o respeito ao próximo e franco questionamentos dos danos que o
o homem causa à natureza.
Sentimental – Carlos Drummond de Andrade Operário do mar

Ponho-me a escrever teu nome (…) Para onde vai o operário? Teria
com letras de macarrão. vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele
No prato, a sopa esfria, cheia de sabe que não é, nunca foi meu irmão,
escamas que não nos entenderemos nunca. E me
e debruçados na mesa todos completam despreza… Ou talvez seja eu próprio
esse romântico trabalho. que me despreze a seus olhos. Tenho
vergonha e vontade de encará-lo: uma
Desgraçadamente falta uma letra, fascinação quase me obriga a pular a
uma letra somente janela, a cair em frente dele, sustar-lhe a
para acabar teu nome! marcha, pelo menos implorar lhe que
suste a marcha.
- Está sonhando? Olhe que a sopa
esfria!

Eu estava sonhando…
E há em todas as consciências um
cartaz amarelo:
“Neste país é proibido sonhar.”
Principais autores – 2ª Fase
Murilo Mendes

- Poesia Surrealista (liberdade e livre associação de ideias)


- Referências à fé católica
Metade pássaro

A mulher do fim do mundo


Dá de comer às roseiras,
Dá de beber às estátuas,
Dá de sonhar aos poetas.

A mulher do fim do mundo


Chama a luz com assobio,
Faz a virgem virar pedra,
Cura a tempestade,
Desvia o curso dos sonhos,
Escreve cartas aos rios,
Me puxa do sono eterno
Para os seus braços que cantam.
Principais autores – 2ª Fase
Cecília Meireles

- Eternização do momento
- Definição de poeta
- Ultravalorização do poema
- Exploração de antíteses
- Identificação com o efêmero
- Musicalidade dentro de uma linha Simbolista.
Cântico VI Retrato - Cecília Meireles
de Cecília Meireles Eu não tinha este rosto de hoje,
Tu tens um medo: assim calmo, assim triste, assim
Acabar. magro,
Não vês que acaba todo o dia. nem estes olhos tão vazios,
Que morres no amor. nem o lábio tão amargo.
Na tristeza. Eu não tinha estas mãos tão sem
Na dúvida. força,
No desejo. Tão paradas e frias e mortas;
Que te renovas todo o dia. Eu não tinha este coração
No amor. Que nem se mostra.
Na tristeza. Eu não dei por esta mudança,
Na dúvida. Tão simples, tão certa, tão fácil:
No desejo. – Em que espelho ficou retida
Que és sempre outro. a minha face?
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.


Principais autores – 2ª Fase
Vinicius de Moares

- Sensação material da vida


- Concepção erotizada do amor e da mulher como beleza física e sensual
- Versos com rimas ricas
SONETO DE ANIVERSÁRIO
Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

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