Você está na página 1de 9

DOCUMENTO DE APOIO DE CONCEITOS TÉCNICOS EM TEMPERATURA

DOCUMENTO Nº DATA DA REVISÃO REV Nº APROVADO FOLHA


DM-001 22/08/2017 01 SC 1/9
1 – OBJETIVO emendada de 1975 - e a Escala Provisória de Temperatura de 1976 para a faixa
de 0,5 K a 30 K. [NBR 12250 – 2.36]
Definir os conceitos técnicos utilizados na área de Termometria de Resistência.
Grau Celsius: Designação da unidade de temperatura na escala Celsius, que se
2 – APLICAÇÃO relaciona com a escala termodinâmica de temperatura de acordo com a relação:
tCELSIUS = TKELVIN - 273,15. [NBR 12550 – 2.47]
Esta instrução é aplicável no entendimento de conceitos técnicos a serem
kelvin: Nome da unidade de temperatura termodinâmica (símbolo K) que, assim
utilizados de temperatura de resistência a serem utilizados nos processos de como o grau Celsius. também pode ser usado para exprimir um intervalo de
calibração de instrumentos de medição de temperatura, nos Laboratórios da temperatura. O kelvin corresponde à fração 1/273,16 da temperatura
HIRSA termodinâmica do ponto triplo da água, adotada pela 1311 reunião do CGPM em
1967, resoluções 3 e 4. [NBR 12550 – 2.53]
3 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA NOTA - A Escala Internacional de Temperatura de 1990 define o kelvin e
o grau Celsius como unidades internacionais de temperatura.
ABNT NBR 12550 – Termometria - Terminologia
ABNT NBR 13772 – Termorresistência – Calibração por comparação com 5 – SIGLA(S)
termorresistência de referencia
ABNT NBR 13773 – Termorresistência industrial de platina – Requisitos e ensaio SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade
VIM - Vocabulário Internacional Metrologia RTD – Termorresistência
LM – Laboratório de Metrologia
4 – TERMOS E DEFINIÇÕES
6 – RESPONSABILIDADE(S)
Elemento Sensor a Resistência: Taxa de variação da força eletromotriz
termoelétrica a uma dada temperatura, expressa em unidade de força 6.1 – ÁREA METROLÓGICA
eletromotriz por unidade de temperatura. [NBR 12550 – 2.30]  Realizar as medições somente depois de identificar o mensurando.

Elemento Sensor a Resistência de Platina: dispositivo que altera a resistência


elétrica em função da temperatura. Consiste em uma resistência de platina
encapsulada. [NBR 13773 – 3.1]

Escala Internacional de Temperatura de 1990 (EIT-90 ou IT5-90): Escala de


temperatura adotada pelo Comitê Internacional de Pesos e Medidas (CIPM) na
reunião de 1989, de acordo com os requisitos incorporados na 7" Resolução da
18' Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) de 1987. Esta escala
substitui a Escala Prática Internacional de Temperatura de 1968 – edição

Este é um documento interno da Empresa HIRSA para seu uso exclusivo. Somente possui validade se acessado diretamente no diretório dedicado na Intranet. O documento na forma impressa não tem valor a menos que assinado pelo Gerente da Qualidade.
Cópia do mesmo será caracterizada como apropriação indébita de acervo documental empresarial, caracterizando um “cybercrime”. Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais.
DOCUMENTO DE APOIO DE CONCEITOS TÉCNICOS EM TEMPERATURA

DOCUMENTO Nº DATA DA REVISÃO REV Nº APROVADO FOLHA


DM-001 22/08/2017 01 SC 2/9
7 – DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
O índice “i” significa a parte da resistividade do metal devido à impureza e que,
7.1 TERMORRESISTÊNCIA portanto, não varia com a temperatura.

7.1.1 Introdução A grandeza ρi é chamada de resistividade residual. Esta é a razão para a


restrição da contaminação da platina nos termômetros de resistência, pois
O principio de funcionamento das termorresistências ou termômetros de enquanto ela permanecer o mais pura possível a resistividade da platina só
resistência é a variação da resistência dos materiais com a temperatura. O dependerá da temperatura e, conseqüentemente, a reprodutibilidade
primeiro a usar este princípio para medir a temperatura com um termômetro de característica do termômetro será mantida enquanto a parte da resistência
resistência de platina foi Willian Siemens, em 1871, porém a termometria de devido a impureza permanecer constante.
resistência de precisão iniciou com a publicação do trabalho de Hugh Callendar
em 1887, sobre a medição de temperatura com termômetros de resistência. Deve-se chamar a atenção para o fato de mesmo não havendo contaminação da
platina, ainda pode ocorrer uma mudança na característica do termômetro em
Callendar superou os problemas do termômetro de Siemens mostrando que a função da deformação do fio da resistência por vibração.
resistência de um termômetro de resistência de platina fabricado de modo
adequado poderia ser relacionada com as indicações de um termômetro de gás Daí decorre a famosa controversa condição dos termômetros de alta exatidão: a
através de uma equação de interpolação até cerca de 600 ºC. Sua equação se resistência de um termômetro padrão de resistência de platina deve ser livre
tornou famosa, é conhecida pelo seu nome e é usada até hoje para descrever a para se expandir e se contrair com a temperatura e ao mesmo tempo firmemente
variação de resistência da platina com a temperatura. segura para não se deformar.

Sem entrar nos detalhes de como a resistência varia com a temperatura, assunto A resistividade “ρ” é uma propriedade específica de cada substância. Uma
que foge do escopo deste trabalho, podemos citar que o valor da resistência de equação que explicita a dependência da resistividade com a temperatura é:
um material “R” depende da resistividade “ρ” do material. Sabe-se que o valor da
resistividade também varia com a temperatura. Esta variação é explicada na
ρ = ρ0 × (1 + t)
mecânica quântica pelo espalhamento dos elétrons pela vibração da estrutura
cristalina.
onde,  é o coeficiente de temperatura da resistividade. O coeficiente de
A regra de Mathissen diz que a resistividade de um metal pode ser descrita por: temperatura da resistividade, , é definido em função das temperaturas do ponto
do gelo e 100 ºC e dos valores de resistências nestas temperaturas como:
ρ = ρt + ρi,
onde:
R(100C )  R( 0C )

o índice “t” significa a parte da resistividade devido à vibração térmica, que é 100  R( 0C )
igual para um mesmo metal e aumenta com a temperatura.

Este é um documento interno da Empresa HIRSA para seu uso exclusivo. Somente possui validade se acessado diretamente no diretório dedicado na Intranet. O documento na forma impressa não tem valor a menos que assinado pelo Gerente da Qualidade.
Cópia do mesmo será caracterizada como apropriação indébita de acervo documental empresarial, caracterizando um “cybercrime”. Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais.
DOCUMENTO DE APOIO DE CONCEITOS TÉCNICOS EM TEMPERATURA

DOCUMENTO Nº DATA DA REVISÃO REV Nº APROVADO FOLHA


DM-001 22/08/2017 01 SC 3/9

O valor do coeficiente de temperatura “” é usado para determinar o grau de


pureza do fio com relativa facilidade. Outras equações também são usadas na 7.1.2 Termorresistência de Platina
termometria de resistência de platina para definir o grau de pureza da platina
como por exemplo: A termometria de resistência surgiu com o trabalho de Callendar; dele é a
- a razão de resistência seguinte equação mostrada a seguir usada até hoje para descrever a variação da
Rt  resistência com a temperatura dos termômetros industriais de platina (TIRP)
W t  
Rt 0 
acima de 0 °C.

Onde R(t) é uma resistência numa temperatura “t” e R(t0) é a resistência numa
R(t) = R(0°C)×[1+ A×t + B×t2]
temperatura de referência “t0”.
ou
Os metais apresentam o mesmo comportamento, ou seja, sua resistência  t   t 
R ( t )  R ( 0  C )  [1    t         1]
aumenta com o aumento da temperatura ( > 0), mas materiais não metálicos,  100   100 
como o carbono e alguns semicondutores a resistência diminui com o aumento
da temperatura ( < 0). Onde “t” é a temperatura em graus Celsius, R(t) é a resistência numa
temperatura t, R(0°C) é a resistência no ponto do gelo, A, B,  e  são
Embora todos os metais comportem-se do mesmo modo, um metal para ser constantes que dependem da pureza e do estado do fio de platina e são
usado na termometria de resistência deve atender a requisitos como: resistir a determinadas a partir de dois pontos de calibração. Callendar usou o ponto de
altas temperaturas, quimicamente ser o mais inerte possível, ser de fácil ebulição da água e do enxofre. Pelas duas equações anteriores os valores de A,
obtenção num grau de alta pureza.
B,  e  são relacionados pelas expressões:
Alguns metais atendem a estas necessidades, mas a platina é o que mais se
     A  100  B
destaca. Os sensores mais usados na indústria e em laboratórios de calibração A    1   ou
são os de platina.  100 
As termorresistências podem ser fabricadas com diversos materiais: cobre, ferro- Para a faixa de temperatura abaixo de 0 °C Van Dusen introduziu uma
ródio, níquel, platina, semicondutor (termistor), etc.
correção na expressão anterior. Esta fórmula, para temperaturas negativas ficou
conhecida coma equação de Callendar-Van Dusen.
Nos sensores não metálicos, tipo termistores NTC (com coeficiente de
temperatura negativo) a resistência diminui com o aumento da temperatura e
embora existam termistores com o coeficiente de temperatura positivo, PTC, os R(t) = R(0°C) × [1+ A×t + B×t2 – 100×C×t3 + C×t4]
do tipo NTC são mais apropriados para medir a temperatura.

Este é um documento interno da Empresa HIRSA para seu uso exclusivo. Somente possui validade se acessado diretamente no diretório dedicado na Intranet. O documento na forma impressa não tem valor a menos que assinado pelo Gerente da Qualidade.
Cópia do mesmo será caracterizada como apropriação indébita de acervo documental empresarial, caracterizando um “cybercrime”. Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais.
DOCUMENTO DE APOIO DE CONCEITOS TÉCNICOS EM TEMPERATURA

DOCUMENTO Nº DATA DA REVISÃO REV Nº APROVADO FOLHA


DM-001 22/08/2017 01 SC 4/9
3 A conexão com dois fios implica que durante a medição da resistência, é medido
 t   t   t   t 
R( t )  R( 0C )  [1    t        1        1    um valor que corresponde a soma de resistência dos fios de ligação com o bulbo
 100   100   100   100  do sensor. Portanto, é o tipo de ligação que representa o pior resultado, pois a
temperatura altera a resistência dos cabos juntamente com a resistência do
Onde as relações entre C,  e  são: sensor. A conexão com três fios permite compensar a resistência dos cabos de
ligação, porém, isto ainda contém um erro devido ao sistema de compensação
  C108
C  ou   assumir que as resistências de todos os fios são iguais.

108 A100 B
Na conexão com quatro fios, uma fonte de corrente estável (geralmente de 1
mA) é empregada apenas para polarizar o sensor, não tendo comunicação com
Nos termômetros de resistência de platina, o sensor é uma resistência fabricada
os outros dois terminais que são usados apenas para medir a tensão elétrica
a partir de um fio de platina de alta pureza. Seguindo o critério de avaliar a
sobre o sensor. Assim, a resistência dos cabos de ligação é eliminada do
pureza do fio pelo valor de , de acordo com a Norma IEC 751 ou ASTM 1137 circuito, tomando as medições mais exatas.
-1
deve-se ter, para as classes A e B,  = 0,00385 °C . Na prática encontramos
uma variedade de produtos com diferentes valores de , desde este valor até Os termômetros de resistência são caracterizados pelo valor da resistência na
-1
valores entre 0,003925 e 0,003928 °C para a platina da altíssima pureza. temperatura do ponto de gelo, 0°C. Os valores típicos da resistência dos
termômetros-padrões dos termômetros de platina (TPRP) em 0°C são: 0,25 ;
O resistor é encapsulado em um bulbo geralmente de quartzo, no caso dos 2,5  e 25 . Os termômetros industriais de resistência de platina (TIRP) têm
termômetros-padrão. Em termômetros industriais o resistor é encapsulado de
valores de resistência em 0°C bem mais altos entre 100  e 1000 , contudo, o
diversos modos, um deles é em material cerâmico. Nos termômetros industriais,
mais comumente usado é o de 100 .
o resistor é conectado a dois, três ou quatro fios. A figura mostrada a seguir
ilustra as ligações de três e quatro fios.
Dentre os vários tipos de termômetros, a TRP é a que apresenta a maior
exatidão, possuindo também, grande estabilidade e reprodutibilidade. Tanto é
1 2 3 1 2 3 4 assim que a Escala Internacional de Temperatura de 1990 ele substituiu o
termopar-padrão de platina (tipo S), estendendo o seu uso, que ia até 630 °C, o
ponto antimônio, para 961 °C, o ponto da prata.

Atualmente já existem termômetros de resistência que medem temperaturas


acima da prata até pelo menos a 1100 °C, mas ainda não são aceitos como
Rt Rt instrumentos de interpolação na escala de temperatura. A dificuldade para
ampliar a faixa de trabalho de um TRP é que, a medida que se sobe a
Esquemas de Termorresistências a 03 fios e a 04 fios
temperatura, o processo térmico origina a formação de defeitos de espaços
Onde: 1 e 2 fios vermelhos / 3 e 4 fios brancos
vazios na estrutura cristalina da platina.

Este é um documento interno da Empresa HIRSA para seu uso exclusivo. Somente possui validade se acessado diretamente no diretório dedicado na Intranet. O documento na forma impressa não tem valor a menos que assinado pelo Gerente da Qualidade.
Cópia do mesmo será caracterizada como apropriação indébita de acervo documental empresarial, caracterizando um “cybercrime”. Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais.
DOCUMENTO DE APOIO DE CONCEITOS TÉCNICOS EM TEMPERATURA

DOCUMENTO Nº DATA DA REVISÃO REV Nº APROVADO FOLHA


DM-001 22/08/2017 01 SC 5/9
Estes buracos aumentam a resistividade e torna mais complexa a relação da
R(t )
resistência coma temperatura para a platina. O resfriamento rápido de um W(t ) 
termômetro a partir de uma alta temperatura faz com que alguns destes defeitos
sejam aprisionados dentro da platina produzindo aumentos anômalos em R(0°C).
R(0C )
Um tratamento térmico adequado como o recozimento com resfriamento lento  Para TRPD: para termômetros padrões correlaciona-se a resistência
pode liberar estes buracos, assim eles não constituem um problema mesmo na temperatura que ele está medindo com a resistência no ponto
quando se deseja uma máxima reprodutibilidade. Por outro lado, não se pode triplo da água, 0,01 °C ou R(PTA).
falar o mesmo das equações de interpolação desde que se verificou que a
equação de Callendar não é ideal mesmo em temperaturas baixas. Na EIT-90, R(t )
Por exemplo, foram adotadas funções de referência e equações de desvio para W(t ) 
a termometria de resistência. R(0,01C )
Na termometria de precisão é regra trabalhar com a razão de resistência W. Há
várias razões para isso, dentre estas podemos enumerar: 7.1.3 Tolerâncias dos TIRP

 Ao trabalharmos com a razão W diminuímos o requisito de medições Os TIRP se dividem em duas classes conforme sua tolerância, para RTD´s de
absolutas de resistência, incrementando assim a exatidão em relação as 100Ω:
medidas de resistência. O foco da medição passa a ser a linearidade do
instrumento de medição.
 Classe A: ± (0,15 + 0,002 x t) °C
 Pequenas contaminações na pureza do fio de platina afetam o
desempenho do sensor aumentando geralmente o valor da resistência e.  Classe B: ± (0,30 + 0,005 x t) °C
assim, a razão atenua este tipo de erro.
 Pequenas deformações oriundas de tensões mecânicas que ocorrem no 7.1.4. Estabilidade e Histerese dos TIRP
transporte ou no uso, provocam alterações na resistência do fio
modificando assim a relação R x t estabelecida na calibração. Do Todo TIRP é um instrumento delicado sujeito a mudanças nas suas
mesmo modo que acima a razão atenua este tipo de erro. características devido a tensões, contaminação do fio de platina, umidade, etc. O
teste de estabilidade é geralmente realizado verificando-se a mudança da
A partir da adoção da EIT-90 a razão de resistência W é definida de dois modos indicação do TIRP no ponto de gelo antes e após determinado condicionamento
diferentes: térmico, por exemplo, a exposição do termômetro na máxima temperatura de
uso durante várias horas.
 Para TIRP: para termômetros industriais correlaciona-se a resistência
na temperatura que ele está medindo com a resistência no ponto de A Norma ASTM-E-644 apresenta um teste de sobrecarga de temperatura em
gelo, 0°C ou R(PG). que o termômetro é mantido entre 03 e 07 dias no seu limite superior de
temperatura e então deixado esfriar dentro do forno naturalmente antes de ser
Este é um documento interno da Empresa HIRSA para seu uso exclusivo. Somente possui validade se acessado diretamente no diretório dedicado na Intranet. O documento na forma impressa não tem valor a menos que assinado pelo Gerente da Qualidade.
Cópia do mesmo será caracterizada como apropriação indébita de acervo documental empresarial, caracterizando um “cybercrime”. Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais.
DOCUMENTO DE APOIO DE CONCEITOS TÉCNICOS EM TEMPERATURA

DOCUMENTO Nº DATA DA REVISÃO REV Nº APROVADO FOLHA


DM-001 22/08/2017 01 SC 6/9
removido para a posterior determinação de R(0°C). Estes testes de estabilidade R(0°C) é a resistência no ponto de gelo
devem ser repetidos periodicamente para se determinar a estabilidade a longo -3 -1
A = 3,9083 x 10 °C
prazo.
-7 -2
A estabilidade em temperatura é facilmente determinada dividindo-se a diferença B = -5,775 x 10 °C
entre as indicações máxima e mínima obtidas no ponto de gelo para R(0°C) e o -12 -4
C = -4,183 x 10 °C
coeficiente de sensibilidade da resistência com a temperatura ∂R/∂t.
Assim, o cálculo da temperatura a partir dos valores de R(t) e R(0°C) medidos pode
A manutenção de gráficos de R (em graus Celsius) versus tempo é um meio ser feito pelas equações inversas acima:
prático e fácil de verificar a estabilidade de um TIRP, poder controlar sua
estabilidade e comparar com a estabilidade de outros termômetros submetidos a
temperaturas máximas diferentes.  2  R 
 A  4  B   (t )  1    A
  R 
  (o) 
Estes efeitos têm sido investigados por diversos pesquisadores e apontam os Na faixa de 0 °C a 650 °C: t 
seguintes resultados: 2 B

 Uma mudança no valor de R(0°C) equivalente em temperatura entre 0,005 °C O uso desta equação com os valores das constantes A e B acima (valores da
e 0,050 °C quando testados na faixa de temperatura entre -50 °C e 250 °C. Norma), permitem calcular t dentro da tolerância da norma. Caso sejam usados
valores das constantes A e B do Certificado de Calibração do termômetro, o
 Uma mudança no valor de R(0°C) equivalente em temperatura entre 0,02 °C
valor de t será calculado com a incerteza declarada no Certificado de Calibração.
e 0,050 °C quando testados até a temperatura de 235 °C.
 Uma mudança no valor de R(0°C) equivalente em temperatura de 0,2 °C ou
Na faixa de -200 °C a 650 °C: 4  R (t ) 
maior quando testados em temperaturas acima de 420 °C. t   Di  1
 
7.1.5. Equações de Interpolação dos TIRP
it
 R (0 ) 

Como citado anteriormente, a forma mais usual das equações de interpolação Esta equação é uma função para inverter a equação de Callendar Van Dussen
dentro de uma aproximação de ±0,002 °C para t < 0°C, onde:
de um TIRP de 100  são:

2  D1 = 255,819 °C
 Na faixa de 0 °C a 650 °C  R(t) = R(0°C).(1 + A.t + B.t )
2 3  D2 = 9,1455 °C
 Na faixa de -200 °C a 0 °C  R(t) = R(0°C).[1+A.t+B.t +C.(t–100).t ]
 D3 = -2,92363 °C
onde: t é a temperatura sobre a EIT-90.
 D4 = 1,7909 °C
R(t) é a resistência na temperatura t

Este é um documento interno da Empresa HIRSA para seu uso exclusivo. Somente possui validade se acessado diretamente no diretório dedicado na Intranet. O documento na forma impressa não tem valor a menos que assinado pelo Gerente da Qualidade.
Cópia do mesmo será caracterizada como apropriação indébita de acervo documental empresarial, caracterizando um “cybercrime”. Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais.
DOCUMENTO DE APOIO DE CONCEITOS TÉCNICOS EM TEMPERATURA

DOCUMENTO Nº DATA DA REVISÃO REV Nº APROVADO FOLHA


DM-001 22/08/2017 01 SC 7/9
Sua utilização com os valores das constantes Di acima para calcular um valor da
temperatura t a partir dos valores de R(t) e R(0°C) medidos estará também 7.1.6. Equações de Interpolação dos TPRP
dentro da tolerância da Norma.
Entre o ponto triplo de equilíbrio do hidrogênio (13,8033 K) e o ponto de
Se o termômetro também tiver sido calibrado na faixa negativa deve constar no solidificação da prata (961,78 °C), a temperatura T90 é definida através de
seu Certificado de Calibração os valores das constantes A, B e C. Neste caso, funções de referência e de desvio específicas para interpolação em
se pode ou determinar uma função inversa particular para a TIRP ou calcular t temperaturas intermediárias.
iterativamente a partir da equação de Callendar Van Dussen reescrita na forma:
As temperaturas sempre são determinadas a partir da razão de resistência
3 W(T90):
R (t )  R (0 )  t   t   t   t 
t  
 100    100  1    
 100  
 100  1  R(T90 )
  R (0)         W (T90 ) 
R(273,16K )
Exemplo: Dados R(t) = 84,27  e R(0) = 100 , calcule t: “R” no ponto triplo da água

Com os valores das constantes da Norma ASTM-E-1137, obtemos: Na faixa entre -259,3467 °C e 0,01 °C a função de referência é:

-3 -7
 = A + 100 x B = 3,9083 x 10 + 100 x (-5,775 x 10 ) = 0,0038507 i
   T 90   1, 5  
 ln  273 ,16 K   
4

 10 4. 5,775.10 7 
   B.10     1,49975  1,5
 ln W r T 90  A 0 12 A i .   
i 1
 1, 5 
A100.B  0,0038506 
    

 
8

C 4.108  10 .  4,183.10
12
 1,0863 1  0,109
A100.B  0,0038506 

Esta equação tem uma função inversa equivalente que fornece valores de T com
uma exatidão dentro de 0,13 mK:

Na primeira iteração, t = [ R(t) – R(0)] / [ x R(0)], nas outras iterações se usam


 1 
todos os temos da equação de Callendar Van Dussen: T 90
 B 
15
 B i  
W r ( T 90 )  6
 0 , 65 
273 ,16 K 0
i1  0 , 35 
t1 -40,8502 t3 -40,0006  
t2 -39,9762 t4 -39,9999
t5 -40,0000

Este é um documento interno da Empresa HIRSA para seu uso exclusivo. Somente possui validade se acessado diretamente no diretório dedicado na Intranet. O documento na forma impressa não tem valor a menos que assinado pelo Gerente da Qualidade.
Cópia do mesmo será caracterizada como apropriação indébita de acervo documental empresarial, caracterizando um “cybercrime”. Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais.
DOCUMENTO DE APOIO DE CONCEITOS TÉCNICOS EM TEMPERATURA

DOCUMENTO Nº DATA DA REVISÃO REV Nº APROVADO FOLHA


DM-001 22/08/2017 01 SC 8/9
Na faixa entre 0 °C e 961,78 °C a função de referência é: As funções desvios são também definidas para diferentes intervalos de
i temperatura. Aqui veremos apenas as mais usuais:
 T 90  754 ,15 
W r T 90   C 0

9
 C i


K 
 Função desvio para a faixa entre -189,3442 °C a 0,01 °C:
W T 90  W r T 90   a 4 .W T 90  1  b 4 W T 90  1 .ln W T 90 
i1 481
 

E a função inversa equivalente dentro de 0,13 mK é: Função desvio para a faixa entre -38,8344 °C a 29,7646 °C:
W T 90  W r T 90   a 5 .W T 90  1  b 5 W T 90  1 
2

T 90  273 ,15  D 
9
 D i
W
. r T 90  2 , 64 
i

K 0
1 , 64  Função desvio para a faixa entre 0 °C a 29,7646 °C:
1 2  
Os valores dos coeficientes Ai, Bi, Ci e Di para as equações anteriores estão W T 90  W r T 90   a 11 .W T 90  1 
listados na tabela mostrada a seguir:
Função desvio para a faixa entre 0 °C a 156,5985 °C:

A0
Valor
-2,135 347 29 B0
Valor
0,183 324 722 C0
Valor
2,781 572 54 D0
Valor
439,932 854
W T 90  W r T 90   a 10 .W T 90  1 
A1 3,183 247 20 B1 0,240 975 303 C1 1,646 509 16 D1 472,418 020
A2 -1,801 435 97 B2 0,209 108 771 C2 -0,137 143 90 D2 37,684 494
Função desvio para a faixa entre 0 °C a 231,928 °C:
A3 0,717 272 04 B3 0,190 439 972 C3 -0,006 497 90 D3 7,472 018
A4 0,503 440 27 B4 0,142 648 498 C4 -0,002 344 44 D4 2,920 828 W T 90  W r T 90   a 9 .W T 90  1  b 9 W T 90  1 2
A5 -0,618 993 95 B5 0,077 993 465 C5 0,005 118 68 D5 0,005 184
A6 -0,053 323 22 B6 0,012 475 611 C6 0,001 879 82 D6 -0,963 864
A7 0,280 213 62 B7 -0,032 267 127 C7 -0,002 044 72 D7 -0,188 732 Função desvio para a faixa entre 0 °C a 419,527 °C:
A8
A9
0,107 152 24
-0,293 028 65
B8
B9
-0,075 291 522
-0,056 470 670
C8
C9
-0,000 461 22
0,000 457 24
D8
D9
0,191 203
0,049 025
W T 90  W r T 90  a 8 .W T 90  1  b 8 W T 90  1 2
A10 0,044 598 72 B10 0,076 201 285
A11 0,118 686 32 B11 0,123 893 204 Função desvio para a faixa entre 0 °C a 660,323 °C:

W T90 Wr T90  a7 .W T90 1 b7 W T90 1  c7 .W T90 1
A12 -0,052 481 34 B12 -0,029 201 193
2 3
B13 -0,091 173 542
B14 0,001 317 696
B15 0,026 025 526
Função desvio para a faixa entre 0 °C a 961,78 °C:

         
90 r 90 6 90 6 90
2
6 90
3
  
W T W T  a . W T 1  b 2 W T 1  c . W T 1  d6.WT90  W660,323C
2

Este é um documento interno da Empresa HIRSA para seu uso exclusivo. Somente possui validade se acessado diretamente no diretório dedicado na Intranet. O documento na forma impressa não tem valor a menos que assinado pelo Gerente da Qualidade.
Cópia do mesmo será caracterizada como apropriação indébita de acervo documental empresarial, caracterizando um “cybercrime”. Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais.
DOCUMENTO DE APOIO DE CONCEITOS TÉCNICOS EM TEMPERATURA

DOCUMENTO Nº DATA DA REVISÃO REV Nº APROVADO FOLHA


DM-001 22/08/2017 01 SC 9/9
Os coeficientes an, bn, cn, e dn são constantes de calibração do termômetro
determinadas a partir de medições nos pontos fixos especificados na EIT-90, de
acordo com a faixa de temperatura em que o termômetro é calibrado.

O valor do índice n foi mantido igual ao definido no texto da escala para cada
subfaixa da EIT-90.

Por exemplo: para n = 6, significa que a faixa de calibração é entre 0 °C e


961,78 °C e que os valores de a6, b6, e c6 são determinados a partir dos desvios
de W(T90) medido em relação ao valor de referência Wr(T90) nos pontos de
solidificação do estanho (231,928 °C), zinco (419,527 °C) e alumínio (660,323
°C), ignorando o termo envolvendo d.

Então d é determinado a partir dos valores de a6, b6, e c6 e do desvio de W(T90)


em relação ao valor de referência Wr(T90), no ponto de solidificação da prata
(961,78 °C).

Ao trabalharmos com um TPRP calibrado, a temperatura T90 deve ser obtida a


partir do valor de W(T90) determinado pela equação mostrada no início da seção
4.6.

Com este valor podemos interpolar o valor de T90 a partir da Tabela de


calibração junto com o Certificado de Calibração da TPRP, ou então, levamos o
valor de W(T90) a uma das equações desvio mostradas anteriormente para
acharmos o valor de Wr(T90) de acordo com a faixa de calibração do TPRP, em
seguida levamos este valor a função de referência adequada (ver equações
anteriores).

8 – HISTÓRICO DE REVISÃO

REVISÃO DATA ALTERAÇÃO


00 03/01/2014 Emissão inicial. Implantação do documento
01 22/08/2017 Revalidação

Este é um documento interno da Empresa HIRSA para seu uso exclusivo. Somente possui validade se acessado diretamente no diretório dedicado na Intranet. O documento na forma impressa não tem valor a menos que assinado pelo Gerente da Qualidade.
Cópia do mesmo será caracterizada como apropriação indébita de acervo documental empresarial, caracterizando um “cybercrime”. Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal. – Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais.

Você também pode gostar