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REGULAGENS E DIAGNÓSTICOS EM
MOTORES CICLO DIESEL
2006
ã 2006. SENAI-SP
Regulagens e Diagnósticos em Motores Ciclo Diesel
Publicação organizada e editorada pela Escola SENAI Conde José Vicente de Azevedo
E-mail senaiautomobilistica@sp.senai.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 7
CONHECENDO A HISTÓRIA 9
COMBUSTÃO 11
Motor de Combustão Interna Ciclo Diesel 11
Motor de 4 Tempos 12
Motor de 2 Tempos 14
Comparação entre o Ciclo Otto e o Ciclo Diesel 16
Vantagens e Desvantagens do Motor a Diesel 19
Combustão no Motor Diesel 20
Condições Necessárias à Combustão 21
Câmaras de Combustão 25
DETONAÇÃO 33
Detonação nos Motores Otto 33
Detonação nos Motores Diesel 33
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE AR 42
Sistemas de Turboalimentação 43
Turboalimentador 49
Conseqüências do Turbo 52
Regulagem da Pressão de Sobrealimentação 53
Vantagens do Turbo 54
Temperaturas num Turbocompressor 54
Relações entre Motor e turbocompressor 54
Lubrificação 55
Análise de Falhas de tubos e Ações Corretivas 56
Análise de Problemas em Motor Turboalimentado 59
SISTEMA DE ARREFECIMENTO 63
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO 65
IDENTIFICAÇÃO DA BOMBA VE 88
BICOS E PORTA-INJETORES 92
Injetores de Pino 92
Injetores de Orifício 95
Porta-Injetores 100
Bico Injetor 106
Teste do Bico Injetor 115
REFERÊNCIAS 156
INTRODUÇÃO
A leitura desta apostila será muito importante para você. Leia uma, duas, três ..., quantas
vezes forem necessárias. Lembre-se que muitas vezes os ensinamentos adquiridos nos
bancos escolares e as noções aprendidas no dia-a-dia da oficina precisam ser reavivados
e reordenados para um melhor desempenho profissional.
O Senai espera que você tire o máximo proveito deste treinamento, e que à medida que
você se atualize possa crescer mais na profissão que escolheu.
CONHECENDO A HISTÓRIA
Em 16 de janeiro de 1862, Beau de Rochas registra a sua patente sobre o ciclo a 4 tempos.
Na apresentação do seu invento especificou: Poderá elevar-se a compressão entre 5,5 e
6,5 atmosferas; poder-se-á mesmo elevá-la até o ponto de auto-inflamação.
O primeiro motor de combustão interna, funcionando a óleos pesados, foi realizado pelo
americano Bayton em 1974, mas está indissocialmente ligado ao nome de Rudolf Diesel.
Por volta de 1890, retorna os trabalhos de Beau de Rochas e Lenoir, tendo como objetivo
construir um motor de combustão interna. Em 1892, registrou sua primeira patente, em
Berlim. Seguidamente, construiu o seu primeiro motor, de ciclo quase isotérmico, que
funcionava com carvão pulverizado introduzido por um jato de ar. Mas, este motor não
satisfez Diesel e em 1893 publica um estudo sob o título A Teoria e a Construção de um
Econômico Motor térmico, um motor que funcionava segundo um novo ciclo, hoje conhecido
com ciclo Diesel. Esse motor que Diesel denominou Motor Térmico Racional, passou a
chamar-se Motor Diesel em homenagem a seu inventor.
A sua teoria consistia em que o combustível era unicamente inflamado através da subida da
temperatura, provocada por uma forte compressão do ar, o que impunha uma introdução do
carburante apenas em fim de compressão e de modo progressivo.
Rudolf teve de alterar profundamente suas teorias para passar à prática; com isto, o ciclo
deixa de ser isotérmico, o motor passa a ser arrefecido com água e utiliza como combustível
o petróleo injetado por um sistema pneumático.
Este motor destinava-se a fornecer força motriz às oficinas. Então, Rudolf cede licenças de
fabricação à várias firmas, tanto na França quanto na Alemanha.
Rudolf Diesel desapareceu no mar em 29 de setembro de 1913 quando fazia uma viagem
da Alemanha para a Inglaterra, para ser recebido pelo almirantado. As circunstâncias da sua
morte continuam a ser misteriosas.
O motor Diesel progrediu lentamente até 1910 quando caducaram as patentes de Diesel,
na qual passou por constantes aperfeiçoamentos, após essa data.
Em 1923, surgiram os primeiros caminhões equipados com motores Diesel. Porém, esses
motores ainda eram muito pesados e faziam muito barulho. Somente após o desenvolvimento
de bombas injetoras em linha, por Robert Bosch em 1925, é que os motores de Rudolf
Diesel puderam atingir rotações suficientes e assim chegar a níveis de aceitação nunca
imaginados.
Nos meios automobilísticos, a Peugeot foi a primeira a interessar-se por este tipo de motor.
Contudo, embora depois da primeira guerra mundial este motor tenha se popularizado nos
veículos pesados, foi a Mercedes-Benz a primeira a fabricar, o seu 260D, um ligeiro equipado
com um motor Diesel. A Peugeot vem depois de 1938 fabricando uma série de um milhar de
402.
COMBUSTÃO
Comumente chamada de fogo, a combustão é uma reação química caracterizada pela sua
instantaneidade e, principalmente, pelo grande desprendimento de luz e calor.
O motor Diesel é um motor de ignição espontânea que aspira somente ar, sofrendo alta
compressão. Desta forma, pode ser obtida uma compressão consideravelmente maior que
a dos motores de ciclo Otto, com a mistura ar/combustível, sensíveis a detonação e a
ignição.
O motor Diesel é a máquina de combustão com maior grau de eficiência geral (nas versões
maiores de funcionamento lento, até 50% ou mais). O consumo de combustível,
conseqüentemente baixo, assim como o gás de escape, pouco tóxico e a emissão de ruído
intensamente reduzida, destacam a importância do motor a Diesel.
Os motores Diesel podem trabalhar tanto pelo princípio de 2 tempos como de 4 tempos. Em
veículos, entretanto, são empregados quase que exclusivamente motores de 4 tempos, ou
seja, para processar a transformação de energia, o êmbolo (pistão) do motor é submetido a
quatro fases distintas:
admissão
compressão
combustão, trabalho ou injeção
exaustão ou escape
MOTOR DE 4 TEMPOS
No motor de 4 tempos o virabrequim dá 2 voltas ou 720º para ocorrer um tempo motor, isto
é, uma combustão no cilindro de um motor monocilíndrico.
CICLO DE TRABALHO
1º tempo Admissão
Durante o tempo de admissão, o êmbolo executa o movimento descendente (do PMS ao
PMI a válvula de admissão está aberta enquanto que a válvula de escape está fechada).
Vale lembrar que a válvula de admissão é aberta pela ação do ressalto do comando de
válvulas.
Para motores com turbocompressor o ar filtrado é forçado para o interior do cilindro pela
ação do compressor, não comprometendo o funcionamento do veículo em função da altitude.
A árvore de manivelas gira 180º ou meia volta.
2º tempo Compressão
No final da admissão estipulado pelo diagrama de válvulas, a válvula de
admissão se fecha, a válvula de escape continua fechada e o êmbolo
se desloca do PMI ao PMS, girando a árvore de manivelas mais 180º. O
ar contido dentro do cilindro é comprimido e neste momento não pode
haver perda de compressão, pois isto prejudicaria o rendimento do
veículo.
A energia necessária para que o motor possa se movimentar nos tempos de admissão,
compressão e escape é fornecida pelo volante, o qual armazena esta energia durante o
tempo de trabalho, para depois cedê-la aos outros tempos.
OBSERVAÇÃO
O ponto de início de injeção dos motores Diesel é fornecido pelo fabricante no manual de
reparações e deve ser respeitado. O ponto de injeção pode variar de acordo com a aplicação
que se encontra o motor.
4º tempo Escape
A válvula de escape é aberta pelo ressalto do comando de válvulas de
acordo com o diagrama de válvulas, e neste momento ocorre a expulsão
dos gases queimados pelo êmbolo que se desloca do PMI ao PMS, girando
a árvore de manivelas mais 180º, completando o ciclo que é de duas voltas
ou 720º.
OBSERVAÇÕES
A relação de compressão é geralmente de 13:1 a 24:1.
Durante a admissão, o motor aspira somente ar.
Na compressão, a temperatura do ar pode chegar a 800ºC.
A injeção ocorre sob alta pressão, dependendo da bomba injetora pode atingir até 1600bar.
O combustível introduzido pelo bico injetor se inflama por auto-inflamação.
A combustão dura o tempo que dura a injeção de combustível.
MOTOR DE 2 TEMPOS
No motor de dois tempos, a admissão e escapamento tomam lugar durante parte dos cursos
de compressão e potência, respectivamente.
O motor de quatro tempos, no entanto exige quatro cursos de pistão para completar o ciclo
de trabalho; assim sendo, durante uma metade do seu funcionamento, o motor de quatro
tempos funciona simplesmente como uma bomba de ar.
A pressão resultante força o pistão para baixo no seu curso de potência. As válvulas de
escapamento abrem novamente quando o pistão está aproximadamente a meio curso
descendente, permitindo aos gases queimados saírem pelo coletor de escapamento.
1. Poder calórico
2. Calor transformado em trabalho
3. Calor dos gases de descarga
4. Calor transmitido do gás às paredes
5. Calor perdido por atrito
6. Calor perdido com o gás de descarga
7. Calor perdido no líquido de arrefecimento
8. Calor perdido por radiação
A língua de sogra
Aqui, sopramos 25 cm3 de ar a 0,1bar e a língua de sogra
desenrola-se pouco.
CICLO MISTO
Diversos investigadores tais como Sadi Carnot, estabeleceram os ciclos teóricos
aproximando-se do funcionamento do Diesel, mas na prática impossíveis de realizar. O
motor protótipo de Rodolphe Diesel foi mesmo abandonado, pois atingia a pressão de 250bar.
Só se aplicava aos motores lentos, como os motores marítimos, e é incompatível com os
motores Diesel rápidos e modernos.
OBSERVAÇÃO
Diesel lento: regime < 1500rpm
Diesel rápido: > 3000rpm
Os motores de caminhões têm regimes máximos de cerca de 2000 a 25000rpm.
Para os motores Diesel rápidos, utiliza-se um ciclo que é uma mistura dos 2 ciclos
precedentes. Este é o ciclo misto, ciclo de Sabathe, na qual a combustão se dá
primeiramente a volume constante e depois a pressão constante.
Quadro Comparativo - Motor Ciclo Otto/ Motor a Diesel em relação aos 4 Tempos
TEMPO DO COMBUSTÃO
ADMISSÃO COMPRESSÃO ESCAPE
MOTOR EXPANSÃO
Pressão de fim de
Aspiração de de ar puro compressão de
Combustão por Idem
Motor Diesel com um volume 30 a 50 bar
auto-inflamação (lenta) (óxidos nítricos)
visivelmente constante Tº = 600 a 700ºC ϕ =
14 a 24/1
Introdução do
combustível Diesel
Pressão muito maior Pressão de fim de
Diferenças próxima do PMS, com
Mistura / ar puro ⇒ Temperatura mais combustão mais
Gasolina/Diesel combustão de volume
elevada elevada no Diesel
variável. Inexistência de
sistema de ignição
- Necessidade de
órgãos mais sólidos,
- Inexistência de borboleta
com maiores dimensões Necessidade de uma
Conseqüências dos gases Maiores dimensões
- Circuito de lubrificação bomba de débito
para o Diesel - Enchimento ≈ 1 dos coletores
mais elaborado extremamente exata
- Nunca houve carburante
⇒ Preço de custo mais
elevado
(continuação)
Desvantagens
O motor deve ser mais robusto, com componentes bem mais dimensionados, alimentando
com isto o seu peso.
A estanqueidade entre o cilindro e o êmbolo é mais difícil de se obter.
A partida a frio é mais elaborada.
O arrefecimento é mais elaborado para o teor dos metais.
A lubrificação é mais delicada (temperaturas altas e cargas mais elevadas dos órgãos móveis).
O preço do motor é elevado devido a precisão de fabricação das peças.
Problemas de viscosidade do combustível a baixas temperaturas.
O motor é mais ruidoso, em funcionamento.
O odor desagradável em certos casos.
Manutenção preventiva é importante. Deve-se seguir corretamente o exigido pela ficha de
manutenção para evitar custos mais altos.
Mas na prática, para um dado cilindro, partindo do orifício de alta pressão da saída da bomba
injetora, o combustível deve percorrer os tubos de injeção, abrir o injetor e penetrar na câmara
(tempo de injeção). Depois, no interior do cilindro, não logo que entra mas com um ligeiro
atraso, o combustível se inflama (tempo de inflamação).
TEMPO DE INJEÇÃO
É o tempo (muito curto) que transcorre entre a saída do combustível desde a bomba de
injeção até o início de injeção do combustível na câmara. Este tempo é constante.
TEMPO DE INFLAMAÇÃO
É o tempo (muito curto) que separa o início da injeção ao começo da inflamação do
combustível. Este tempo é variável. O último tempo de inflamação decompõe-se em 2 partes:
duração física e duração química.
A duração física é o tempo gasto pelas gotas de Diesel para se aquecerem em contato
com o ar até a vaporização, ela depende da espessura das gotículas em função das
características físicas do combustível (viscosidade); da temperatura do ar no cilindro e da
velocidade relativa das gotículas ao ar.
Durante todos estes tempos, a árvore de manivelas não está parada. Se a injeção se iniciasse
no PMS, teríamos uma pressão máxima muito depois do PMS e portanto um mau rendimento.
Podemos concluir que quanto menor o atraso da inflamação, melhor e mais suave será a
combustão melhorando o funcionamento do motor.
OBSERVAÇÃO
A combustão pode se desencadear simultaneamente em vários pontos da câmara, diferente
do motor de ignição comandada.
Ar 600º
⇒ Tº < 350º
Diesel 40º
Ruído
Tº < 350º ⇒
Aumento de Tº
Cracking do combustível
A ruptura dos peróxidos provoca um aumento de Tº (1100º) ⇒ ruptura das últimas gotículas
que chegam ao cilindro no estado inicial ⇒ menos carbono ⇒ diminuição da velocidade de
combustão ⇒ inexistência de detonação.
Ar 1100º
⇒ Tº > 350º → menos ruído e melhor combustão
Diesel 40º
Fase de combustão por difusão. A injeção terminou. As porções ainda por queimar são
agitadas e misturadas com o ar onde se desenvolve uma combustão viva.
CÂMARAS DE COMBUSTÃO
Nos motores Diesel são empregados processos com câmaras de combustão divididas e
não divididas (motores de câmaras e motores de injeção direta).
O motor Diesel é excelente tanto na turbocompressão pelo gás de escape como na admissão
mecânica. A turbocompressão pelo gás de escape no motor Diesel não só aumenta a
potência melhorando o grau de eficiência, mas também diminui os poluentes no gás de
escape. Além disso, o motor Diesel também se adequa à queima de combustíveis
alternativos, como por exemplo, o álcool. Nesses casos, eventualmente será necessário
adaptar o sistema de injeção.
Injeção direta
Injeção indireta
Aqui ocorre uma intensa mistura com o ar da câmara de combustão principal e a continuação
e a finalização da combustão. O curto atraso da ignição, liberação dirigida de energia e
níveis de pressão, no geral baixos na câmara de combustão principal, permitem uma queima
suave com baixo desenvolvimento de ruído e baixa carga sobre o mecanismo propulsor.
Uma versão otimizada da antecâmara permite uma combustão ainda menos poluente e em
média 40% menos partículas no gás de escape. Através do formato modificado da antecâmara
com cavidade de evaporação, além do formato e posição modificados da superfície quebra-
jato (pino de esfera), o ar que na compressão escapa do cilindro para a antecâmara recebe
uma torção pré-determinada. No sentido de fluxo do ar é injetado combustível em um ângulo
de 5 graus em relação ao eixo da antecâmara. Para não interferir no processo de combustão,
a vela aquecedora está situada na corrente descendente do fluxo de ar. A pós-incandescência
controlada de até 1 minuto após a partida a frio (dependente da temperatura da água de
arrefecimento) contribui para a melhora do gás de escape e redução do ruído na fase de
aquecimento.
No segundo caso não há demanda de trabalho para o turbilhonamento do ar, o que resulta
em menor perda na troca do gás e melhor enchimento. Mas ao mesmo tempo impõem-se
requisitos consideravelmente maiores ao equipamento de injeção relativamente à posição,
quantidade dos furos dos bicos injetores, assim como alta pressão de injeção para que o
necessário curto tempo de injeção possa ser alcançado.
Processo M
Neste sistema de injeção direta com acúmulo na parede, para motores Diesel de veículos
utilitários e motores estacionários, utiliza-se o teor calórico da parede da cavidade para a
evaporação do combustível, produzindo-se a mistura de ar-combustível através da condução
adequada do ar da combustão.
O processo trabalha com um bico de jato simples com pressão de injeção relativamente
baixa. Na coordenação correta do movimento do ar na câmara de combustão é possível
obter misturas de ar-combustível bastante homogêneas com queima de longa duração,
pequeno aumento de pressão e conseqüentemente combustão silenciosa, mas com
desvantagens de consumo em relação aos sistemas de distribuição do ar.
A principal vantagem do motor de injeção direta está na economia de até 20% no consumo
de combustível em relação ao motor de câmara.
Menor consumo de Diesel Maior consumo de Diesel (maior perda de calor, restrição)
Menor custo de fabricação (simplicidade construtiva) Maior custo de fabricação (complexidade construtiva)
Bico injetor com vários furos de injeção Bico injetor com 1 ou 2 furos de injeção
O fator turbulência é crítico em motores com câmara de injeção direta, por isso usa-se um
tipo de bico que auxilia na pulverização e turbilhonamento. Este bico possui furos laterais e
é chamado de bico injetor de furo. A pressão máxima de compressão antes da combustão
é em média 50bar para ambos os tipos de câmaras. Porém, os motores com pré-câmara
perdem mais calor, e logo a taxa de compressão deve ser maior para manter a pressão no
interior da pré-câmara a níveis desejáveis.
ÊMBOLO OU PISTÃO
É uma peça importante pois suporta cargas muito fortes (70 a 140bar). Os pistões
apresentam diferentes formas na cabeça conforme o sistema de injeção e os fabricantes.
MOTOR FIAT MOTOR MERCEDES MOTOR RENAULT MOTOR SAURER MOTOR WILLEME
Pistão para Pistão com Pistão de Pistão com Pistão para
injetor líquido câmara lenticular coroa circular câmara de motor com
turbulência pré-combustão
OBSERVAÇÃO
É muito importante aplicar o pistão correto ao tipo de motor e de maneira alguma tirar material
da cabeça do êmbolo (facear), pois isso poderá alterar o projeto original.
DETONAÇÃO
Observe que a detonação em motores Diesel está ligada ao início da combustão, e essa
quando se estende, produzirá o fenômeno da detonação.
haste bloco
tucho
cames
cames
tuchos
comando
(no cabeçote)
correia de acionamento
do comando
válvulas
A figura mostra claramente os componentes do duplo comando, com quatro válvulas por
cilindro. No cabeçote estão alojados dois comandos que acionam as válvulas, dispostas
em dois planos inclinados entre si. Neste caso, agem nos tuchos hidráulicos.
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
As válvulas de admissão e de escapamento de cada cilindro devem abrir e fechar de forma
sincronizada com os tempos do motor: admissão, compressão, combustão e escapamento.
Esses movimentos das válvulas são feitos por meio da árvore de comando de válvulas
que é acionada pela árvore de manivelas. Essas árvores têm, cada uma, uma engrenagem.
A posição da engrenagem da árvore de comando de válvulas, em relação à engrenagem da
árvore de manivelas, recebe o nome de ponto de referência da distribuição mecânica. A
relação de rotação dessas árvores é 2:1, ou seja, para cada volta da árvore de comando de
válvulas ocorrem duas voltas da árvore de manivelas.
Esses tipos estão ilustrados nas figuras a seguir, com os pontos de sincronização.
engrenagens engrenagens de
de distribuição sincronização
correia dentada
pontos de
sincronização tensor
engrenagens
de distribuição
pontos de
sincronização
engrenagens engrenagens de
de distribuição sincronização
engrenagens
de distribuição
pontos de
sincronização
pontos de
corrente sincronização
cames
DIAGRAMA DE VÁLVULAS
No início, os primeiros motores funcionavam como descrito a seguir, ou seja, as vávulas
abriam e fechavam no PMS e no PMI.
Porém, notou-se que muita energia era perdida dessa forma, pois devido à inércia do fluido
nunca se enchia bem o cilindro, e nunca se expulsava todo o gás da descarga.
A seguir, alguns exemplos para entender melhor como acontecem os fenômenos no interior
do cilindro.
Admissão - se colocarmos uma seringa atuando num copo dágua e puxarmos o êmbolo
bem devagar, veremos que o fluido é introduzido na seringa acompanhando o movimento
do êmbolo.
Porém, se puxarmos o êmbolo rapidamente veremos que a água não acompanha exatamente
o movimento do êmbolo. A água continua a entrar na seringa (inércia), e se pararmos o
movimento do êmbolo e tamparmos a seringa no exato momento que pararmos o êmbolo,
a quantidade de água admitida será menor.
Se mantivermos a válvula de admissão aberta após o pistão ter alcançado o PMI, e o mesmo
se encontre subindo até que a energia de compressão se iguale à energia de admissão, e
só então fecharmos as válvulas, teremos admitido o máximo de ar possível.
Se observarmos bem os diagramas veremos que em sua maior parte existe um período
onde as válvulas de admissão e descarga estão abertas simultaneamente. Esse período é
chamado de cruzamento de válvulas.
O cruzamento tem a função de melhorar a lavagem do cilindro, que é a remoção dos gases
de descarga pelo ar (motor Diesel), e também aumentar o enchimento do cilindro em elevadas
rotações. Sabemos que os gases de descargas em elevadas rotações auxiliam a admissão
de ar (efeito pistola de tinta). Isso ocorre também com os motores Otto.
É importante ressaltar que em motores Diesel, o cruzamento de válvulas não tem relação
com a emissão de poluentes pela descarga, pois durante o cruzamento sai apenas ar
juntamente com os gases provenientes da combustão (inexiste combustível). Já nos motores
Otto, o cruzamento deixa passar combustível à descarga.
FOLGA DE VÁLVULAS
A regulagem de válvulas deve ser efetuada de acordo com a especificação e temperatura
indicada pelo fabricante.
A folga de válvula deve ser verificada com a válvula totalmente fechada. Para garantir esta
condição, deve-se colocar o cilindro a ser regulado em PMS no tempo de compressão.
Dessa maneira, gira-se o motor diversas vezes pois a regulagem é feita cilindro por cilindro.
Uma outra maneira para se regular as válvulas é conhecida por 2 tombos (voltas). Na 1a
volta, posiciona-se o 1º cilindro em PMS no tempo de compressão e regula-se as válvulas
desse cilindro e as outras que estão fechadas nos outros cilindros.
O manual de oficina deve ser consultado tanto para garantir quais são as válvulas que estão
fechadas, como também para verificar o valor da folga das válvulas. Na 2a volta, regula-se o
restante das válvulas. Essa 2a maneira é muito usada para regular as válvulas de motores
com número de cilindros ímpares, pois neste caso não existem cilindros gêmeos. A folga de
válvulas pode ser ajustada por um parafuso de ajuste e contraporca, ou por meio de pastilhas
aumentando ou diminuindo a sua espessura.
A folga de válvulas não deve ser nem maior, nem menor que o especificado, pois acarreterá
diversos problemas, tais como:
Folga excessiva:
- Atraso no tempo de abertura da válvula.
- Redução no curso de abertura.
- Aumento do ruído do motor (batida de válvula).
- Desgaste prematuro dos componentes.
Em motores que são utilizados tuchos hidráulicos, a regulagem de válvulas não é necessária,
pois a folga é compensada pelo próprio tucho, mas isso depende da qualidade do óleo
lubrificante do motor.
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE AR
A vida do motor depende basicamente do ar puro que ele aspira. Os filtros de ar instalados
no motor retêm as micro-partículas de impurezas contidas no ar, evitando a ação abrasiva
sobre os componentes móveis do motor.
SISTEMAS DE TURBOALIMENTAÇÃO
A turboalimentação como meio de aumentar a potência é conhecida de longa data nos
grandes motores Diesel estacionários e navais, como também em motores Diesel para
veículos utilitários pesados. Eles também são empregados em motores automotivos de alta
velocidade para veículos de passeio. Ao contrário do motor aspirado, no motor turboalimentado
o ar é levado ao motor com sobrepressão. Isto aumenta a massa de ar no cilindro que, com
volume de combustível respectivamente maior, provoca uma exploração de maior potência
com a mesma cilindrada. O valor da massa de ar será tanto maior quanto menor for a
temperatura do ar (com condições normais). Para essa finalidade pode-se combinar um
refrigerador do ar de carga com a turboalimentação. Além disso, ele apresenta a vantagem
de poder reduzir a carga térmica no cilindro.
TURBOALIMENTAÇÃO MECÂNICA
Na turboalimentação mecânica o gerador de pressão é diretamente acionado pelo motor. A
potência de acionamento do compressor entretanto reduz a potência útil do motor. O
acoplamento através de uma embreagem, quando necessária, melhora a rentabilidade do
motor de turboalimentação mecânica na carga parcial mas ao mesmo tempo aumenta os
custos.
1. Compressor de ar
2. Turbina de gás de escape
3. Canal bypass
4. Válvula reguladora da pressão
de alimentação
Desta forma, torna-se possível colocar em um recipiente uma maior quantidade (massa) de
ar se diminuirmos sua temperatura.
Válvula de alívio
A válvula de alívio permite a diminuição da emissão de poluentes do motor e melhora a
dirigibilidade do veículo.
O ar pressurizado faz com que seja aberta a válvula de alívio. O início da abertura normalmente
ocorre na rotação de torque máximo do motor.
TURBOALIMENTADOR
Há um grande número de benefícios vindos da turboalimentação. A combustão é mais
completa e mais limpa. A pressão positiva do ar na admissão (acima da pressão atmosférica)
beneficia o motor de diversos modos. Durante o cruzamento das válvulas do motor, quando
as válvulas de escape e admissão estão simultaneamente abertas, o ar limpo passa através
da câmara de combustão lavando os cilindros e eliminando todo o gás queimado
remanescente, resfriando os cilindros, os pistões, as válvulas e os gases de exaustão. A
queima completa do combustível mais o resfriamento do motor ajudam a estender a vida do
motor.
É possível aumentar com segurança a potência do motor até 40 a 50% com pouca ou
nenhuma mudança de componentes do motor, sendo necessária uma correta seleção e/ou
adequação do turboalimentador.
A entrada de poeira (partículas sólidas) na carcaça do compressor por uma falha do sistema
de filtragem pode danificar seriamente, por erosão, as palhetas do rotor do compressor e
resultarão na deterioração do turboalimentador e desempenho do motor. Os danos nas
O turbo nunca deve operar com o motor a plena carga com pressão de óleo menor que 30
PSI. O turbo é mais sensível à insuficiência de óleo que o motor, devido a alta velocidade de
rotação do eixo e a relativamente pequena área de contato com os mancais.
A falta de pressão e fluxo de óleo durante o início de funcionamento do motor tem efeitos
danosos nos mancais do turbo. Se o funcionamento for normal na partida do motor, não
haverá problemas. Porém, existe condições anormais. Isto ocorre, por exemplo, quando o
motor funciona após a troca de óleo e filtro, ou seja, quando o sistema de lubrificação está
vazio. Condições similares podem acontecer quando o motor ficou parado por um longo
período de tempo, neste caso, o óleo do sistema de lubrificação tende a escoar para o
cárter. Antes de dar a partida, o motor deve ser estrangulado até se observar estabilização
na pressão do óleo. O mesmo procedimento deve ser seguido quando se dá a partida em
tempo frio, pois o lubrificante pode estar congelado e necessitar de longo tempo para fluir.
A carcaça central do turboalimentador, por onde passa o óleo, é vedada por anéis-segmento
contra a infiltração de óleo para as carcaças do compressor e da turbina. Porém, a principal
característica de vedação deve-se a sobrepressão reinante nas carcaças do compressor e
da turbina.
No entanto, com o motor em marcha lenta por tempo prolongado ou em declive, quando o
motor gira (sem alimentação) pelo impulso que recebe do veículo, a pressão na carcaça do
compressor diminui, favorecendo a saída de óleo lubrificante da carcaça central e
umedecendo os canais de ar do turboalimentador. Essa perda de óleo é mínima e não tem
influência significante sobre o consumo de óleo do motor.
Nota: A infiltração de óleo também poderá ocorrer caso a tubulação de retorno de óleo
lubrificante estiver amassada ou obstruída.
ATENÇÃO!
O motor nunca deve ser desligado em alta rotação (após uma aceleração).
Ao desligar o motor em alta rotação, o turboalimentador continuará girando após a pressão de óleo
haver cessado, o que causará danos nos mancais por falta de lubrificação.
Antes de parar o motor, deixá-lo funcionar em marcha lenta por aproximadamente 30 segundos.
Ao dar partida no motor, principalmente com o motor frio, deixá-lo funcionar em marcha
lenta por aproximadamente 30 segundos, deixando o fluxo de óleo estabilizar-se antes de
aumentar a rotação.
CONSEQÜÊNCIAS DO TURBO
O motor turbo apresenta 2 fases de funcionamento
uma fase atmosférica
uma fase sobrealimentada
OBSERVAÇÃO
Com um regime do motor elevado, a velocidade de rotação do turbo pode atingir 120.000 rpm.
Arrefecimento do ar de admissão
Temperatura do ar à entrada do compressor = 20ºC
Temperatura à saída do compressor pode atingir 120ºC
Princípio e funcionamento
Quando a pressão de admissão desejada é atingida, os gases de escape são parcialmente
derivados antes da turbina. Os gases desviados deixam de ceder energia à turbina, sendo
sua velocidade estabilizada e a taxa de sobrealimentação limitada.
VANTAGENS DO TURBO
O turbocompressor permite aumentar, simultaneamente, a potência e a flexibilidade do motor
e, mais ainda, fornecerá potência ao melhor preço.
Cargas mecânicas
É necessário reforçar alguns elementos, tais como:
- cabeça
- pistões
- camisas
- bielas
- cambota
- bloco do motor
Cargas térmicas
É necessário aumentar a resistência térmica de todos os elementos em contato com a
combustão:
- arrefecimento da cabeça
- válvulas: podem ser à base de estelite, em liga cromada, cobalto, tungstênio ou ainda
de sódio.
- sedes de válvulas: geralmente à base de estelite.
- guias de válvulas: em bronze ou latão.
- pistões: arrefecimento por jatos de óleo.
- camisas: melhoria da evacuação térmica.
- segmentos: tiro em ferro fundido revestido de molibdênio.
Relação volumétrica
Para um motor a gasolina, uma relação volumétrica elevada favorece o seu funcionamento
em fase atmosférica, mas o aproxima da zona de grilagem de grande carga. A diminuição
da relação volumétrica torna o motor mais confiável em fase sobrealimentada, sendo as
resistências térmicas diminuídas. É, então, necessário reduzir a relação volumétrica.
LUBRIFICAÇÃO
Funções do óleo que circula no apoio do turbo
Lubrificação do apoio
Alinhamento do eixo (apoio fluido)
Evacuação do calor
Conseqüências na condução
Nunca cortar o contato após ter acelerado, pois a queda de pressão do óleo é imediata, ao
passo que a velocidade de rotação do turbo permanece elevada.
Conseqüências na manutenção
Após a colocação de um turbo ou uma intervenção no circuito de lubrificação, é necessário
ferrar o circuito de óleo do turbo.
A maioria das falhas em turboalimentadores são causadas por deficiência nos procedimentos
de operação, falha de manutenção, prática de reparos incorretos e falta de manutenção
preventiva. Apesar do grande desenvolvimento e melhoria na durabilidade e desempenho
dos turboalimentadores, situações de operação e ambiente ainda existem e podem resultar
em algumas falhas.
Certifique-se que o tubo de óleo esteja limpo. O filtro de óleo deve ser completado com
óleo limpo para minimizar o tempo de giro do motor. Deixe o tubo de dreno desconectado
do turbo e gire o motor sem dar a partida até que o óleo flua pela carcaça central. O fluxo
estável de óleo indica que as bolhas de ar saíram da galeria de óleo. Um funil pode ser
usado para retornar o óleo para o tubo de drenagem.
O óleo contaminado ou sujo vai desgastar e levar a falha dos mancais do turbo muito antes
que os mancais do motor, porque o eixo do turbo gira numa rotação muito maior que o
motor. Quando este tipo de falha é encontrado no turbo, a causa da contaminação deve ser
localizada e corrigida antes da instalação de outro turbo, se isto não for feito, um segundo
turbo vai falhar rapidamente com danos no motor. Além disso, se o contaminante for grande
o suficiente para obstruir a passagem de óleo, pode resultar numa falha por insuficiência de
óleo. As análises de óleo nas trocas periódicas do filtro podem ajudar a prevenir este tipo de
falha. A troca de óleo e filtro não deve nunca estender os intervalos recomendados pelo
fabricante do motor.
NOTA:
Quando existir vazamento de óleo na carcaça da turbina, verifique se o tubo de retorno de
óleo ou os furos do eixo do virabrequim não estão obstruídos. Caso estejam, corrija o
problema antes de funcionar o turbo.
Se tiver ocorrido uma falha de turbo causada por material estranho, danificando os rotores,
uma limpeza completa do coletor de escape e do sistema de entrada de ar é essencial.
Em muitos casos, quando o rotor do compressor ficar danificado, pedaços de metal podem
ficar presos no elemento do filtro, soltar-se e causar a falha do turbo trocado.
Material e construção
Este tipo de falha, na maioria dos casos é auto-explicativa. Exemplos: material defeituoso,
componentes não montados adequadamente, falta de componentes, etc.
Um turbo não pode corrigir ou superar coisas com mau funcionamento ou deficiências no
sistema de injeção, ponto de injeção, falha nas camisas, etc. Portanto, se um motor
turboalimentado tiver um mau funcionamento e após ser analisado, demonstrar condições
operacionais, deve-se continuar com a investigação do problema como se o motor não
fosse turboalimentado. A simples troca do turbo por outro, não vai corrigir deficiências do
motor.
Muito freqüentemente, turbos com condições de uso são removidos de motores antes que
a causa do mau funcionamento tivesse sido determinado. Sempre inspecione e avalie as
condições do turbo antes de removê-lo do motor.
pode ser detectado quando o nível de ruído se altera para um som agudo, o que pode indicar
um vazamento de ar entre o filtro e o motor, ou um vazamento de gás entre o turbo e o
motor. O nível de ruído variando ciclicamente de um nível para outro, pode indicar um filtro
de ar obstruído, restrição na entrada de ar do turbo ou grande acúmulo de sujeira no rotor e
na carcaça do compressor. Uma redução repentina no nível de ruído com fumaça preta ou
azul e excessivo vazamento de óleo indicam uma falha completa.
Se o turbo for considerado funcional, isto é sem avarias, proceda a checagem do sistema
de ar conforme segue.
Os vazamentos de ar entre o tubo e o motor podem ser verificados pelo tato e através da
aplicação de uma pequena camada de óleo ou espuma de sabão ao longo da tubulação,
conexões e mangueiras.
OBSERVAÇÃO
Muita atenção quanto ao aparente vazamento de óleo. Na maioria das vezes em que o
turboalimentador se encontra sujo de óleo, não existe vazamento. Este óleo é proveniente
do respiro do cárter (blow-by).
Existem ainda alguns motores com arrefecimento direto ou arrefecimento forçado a ar. Nestes
motores, o calor é expelido diretamente do motor através do ar que o circunda.
Indicador de temperatura -
Válvula termostática fechada para o radiador - informa a temperatura de trabalho do motor
motor em fase de aquecimento
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
O atrito entre as partes móveis do motor provoca desgaste e ao mesmo tempo gera calor.
O sistema de lubrificação interpõe uma película de óleo lubrificante entre as partes metálicas,
reduzindo os efeitos causados pelo atrito.
No curso de aspiração, o motor apenas aspira ar. Esse ar se aquece tanto durante o curso
de compressão, que o combustível (Diesel) injetado por volta do fim do curso sofre uma
autocombustão. É preciso que o combustível seja injetado na câmara de combustão sob
condições bem determinadas:
numa quantidade perfeitamente dosada de acordo com a carga do motor;
no momento exato;
durante um intervalo de tempo bem determinado;
e uma maneira adequada ao processo de combustão em questão.
Bomba alimentadora
Para que no curso de aspiração a câmara de pressão do cilindro da bomba sempre se
encha bem com combustível Diesel, é preciso que este seja sempre fornecido à bomba
injetora sob pressão (aprox. 1 kgf/cm2). Somente em motores estacionários o tanque pode
ser localizado a tal altura que a própria gravidade já dê suficiente pressão ao combustível.
Nos tratores, com motor de potência geralmente pequena, a queda natural de um tanque
situado um pouco acima da bomba injetora já é suficiente. Na maioria dos outros veículos
Diesel é preciso que o combustível seja bombado à bomba injetora.
Para isso, há uma bomba alimentadora montada na própria bomba injetora. A bomba
alimentadora é acionada pelo eixo de comando da própria bomba injetora ou, mais
precisamente, por um excêntrico situado entre dois ressaltos do eixo.
FILTRO DE COMBUSTÍVEL
Um funcionamento perfeito de um motor Diesel só é possível usando-se um combustível
bem filtrado. O filtro de combustível retém as mais ínfimas impurezas, impedindo que as
peças de precisão da bomba injetora e dos bicos sejam danificadas por corpos estranhos
ou prematuramente gastas.
Os elementos filtrantes têm que ser substituídos de tempos em tempos. Em média, sob
condições normais de funcionamento, após 15.000 a 20.000 km ou aprox. 400 horas de
serviço, no caso de alimentação por gravidade, após 300 horas. Nos filtros com elementos
substituíveis, isso se faz simultaneamente com uma limpeza meticulosa do filtro. Não se
tomando cuidado, pode suceder que a sujeira alcance o lado limpo do filtro, provocando
danos no equipamento de injeção. Nos filtros tipo box não há esse perigo.
O tamanho do filtro (0,6 litros) é suficiente como filtro simples ou como filtro box duplo para
motores até 160 PS; para motores maiores de até 320 PS recomenda-se filtros box em
paralelo. A troca do filtro tem lugar pela simples substituição do box: desatarraxar com um
alicate de fita ou um jacaré. Apertar manualmente um novo box até que o anel de vedação
encoste; apertar com 1/4 de volta. O maior grau de eficiência de um filtro se consegue
apenas após a formação de uma camada de sujeira sobre a superfície do filtro, motivo pelo
qual no filtro duplo o primeiro e o segundo filtros não podem jamais ser substituídos
simultaneamente.
A troca do segundo filtro deve ocorrer entre a terceira e a quarta troca do primeiro filtro. Após
a substituição de um box, enchê-lo com combustível e sangrar o equipamento.
O preparo do combustível exige um determinado tempo. A ignição só pode ter início depois
da existência de uma mistura de combustível/ar de boa combustibilidade. O espaço de
tempo entre o início da injeção e o início da combustão denomina-se retardamento da
combustão. É uma característica dos motores Diesel. Durante esse retardamento (aprox.
0,001 seg.) a quantidade de combustível injetado somente pode ser pouca nos motores de
antecâmara e de câmara de turbulência para manter baixo o aumento da pressão no motor.
Nos motores Diesel procura-se alcançar, após o início da combustão, uma combustão a
igual pressão, isto é, a quantidade do combustível injetado deve ser distribuída de uma tal
maneira durante a injeção, que a pressão da combustão fique igual (na prática isso é
alcançado apenas nos motores Diesel grandes).
Em outras palavras: deve ser injetado apenas tanto combustível, por grau de girabrequim,
quanto realmente pode ser queimado nesse tempo, sem que a pressão de combustão
aumente demasiadamente. Nos motores de injeção direta a quantidade de combustível
injetada deve, em geral, ser a mais constante possível, por grau do girabrequim.
BOMBA INJETORA PE
A figura a seguir mostra uma bomba injetora PE com regulador (1), bomba alimentadora (2)
e avanço (3).
TIPO PE PES*
Tamanho A P Z ZW CW M A P
Curso do pistão em mm 8 10 12 12 15 7 8 10
mín. 5 9 10 14 15 5 5 9
Diâmetro do pistão
máx. 9 13 13,5 16 22 7 9 13
(*) com flange de fixação lateral
A bomba injetora e o regulador que atuam sobre a haste de regulagem da bomba injetora
cumprem essas condições à risca. A quantidade de combustível injetada por curso do pistão
é aproximadamente proporcional ao torque do motor. Quando é empregado um regulador
de força centrífuga no veículo, a haste de regulagem é ligada ao pedal do acelerador através
do regulador. Quando se emprega um regulador eletrônico, instala-se no pedal do acelerador
um sensor ligado a uma unidade de comando eletrônica. Através do acionamento do pedal
do acelerador, o curso do pedal é transformado em um curso de haste de regulagem
correspondente, mediante consideração da respectiva rotação.
Não existe uma posição fixa para a haste de regulagem na qual o motor Diesel mantenha
sua rotação exata sem regulador. Na marcha lenta, sem o regulador, a rotação cairia ou até
a parada total ou ela se elevaria constantemente até a disparada do motor. Este último
devido ao funcionamento do motor Diesel com excesso de ar. Conseqüentemente não ocorre
o estrangulamento efetivo do enchimento do cilindro com o aumento da rotação.
ATUAÇÃO DO REGULADOR
A bomba injetora Diesel precisa dosar sempre o volume correto de combustível para o
motor nas diferentes condições de carga. Todas as bombas injetoras em linha possuem um
elemento de bomba que consiste de cilindro e pistão, por cilindro do motor. O pistão é
movido por um eixo de cames acionado pelo motor em sentido de débito e fechado por
compressão de uma mola. Como o curso do pistão é invariável, é possível controlar o volume
de combustível somente por modificação do curso útil. Para esta finalidade foram integradas
bordas de controle diagonais no pistão, do modo que resulte um curso útil de acordo com a
posição da rotação. Para tanto, a haste de regulagem gira o pistão deslocado pelo regulador
em sentido longitudinal, de maneira que o momento do final do débito e, assim, o volume de
débito possa ser modificado com a borda de controle em diagonal do pistão. O débito começa
quando a borda superior do pistão fecha o orifício de admissão.
No débito pleno, o acionamento só ocorre quando o curso útil máximo é atingido, portanto,
somente quando for atingido o volume de débito. Para o débito parcial, o comando é
antecipado de acordo com a posição do pistão. Na posição final para o débito zero, isto é,
quando o motor deve ser desligado, a ranhura longitudinal encontra-se diretamente diante
do orifício de admissão. Com isto, a câmara de pressão acima do pistão está ligada à
câmara de aspiração durante todo o curso. Não há, portanto, alimentação de combustível.
As bordas de controle de um pistão podem ser dispostas de diversas maneiras. Nas versões
com bordas diagonais dispostas somente na parte inferior, o débito começa sempre no
mesmo curso do pistão, mas termina antes ou depois, de acordo com a posição de rotação.
Com uma borda diagonal superior, o início do débito pode ser modificado. Além disso, também
existem elementos de bomba com bordas diagonais superiores e inferiores.
HISTÓRIA DO REGULADOR
O modo especial de regulagem do motor Diesel, a princípio era resolvido pelos próprios
fabricantes do motor. Mas, por razões econômicas, exigiram que as bombas injetoras fossem
fornecidas já com os reguladores montados.
No final dos anos 20, a Bosch se impôs esse novo desafio e com grandiosos esforços dos
seus engenheiros, iniciou em 1931 a fabricação em série do regulador de marcha lenta e
rotação máxima por força centrífuga, Logo, se seguiu o regulador de avanço, uma forma
modificada desse regulador, necessário principalmente para motores de tratores e de barcos.
Mas esse regulador de força centrífuga não parecia adequado para pequenos e rápidos
motores Diesel de veículos. Somente a idéia de um regulador pneumático trouxe um novo
impulso: A haste de regulagem é ligada com um diafragma de couro e a depressão no
coletor de admissão, dependente da rotação do motor, modifica a posição do diafragma
influenciando o volume de débito de acordo com a posição da borboleta de estrangulamento.
Regulador pneumático
Nos anos pós-guerra (1946 até 1948 - regulador de corrediça) e no passado recente (a
partir de 1955 - regulador com mola tensora externa), o regulador mecânico foi aperfeiçoado
sensivelmente e das maneiras mais variadas (instalação de amortecedores de vibrações).
Conjuntos complementares para aproximação do volume de débito de plena carga e a curva
de torque desejada do motor foram montados da mesma forma que dispositivos de ajuste
automático do débito adicional de partida.
Tipos de regulador
MECANISMO PARA BOMBAS
TIPO TIPO DE REGULADOR APLICAÇÃO
DE MEDIÇÃO DO TAMANHO
Regulador variável
Contrapesos
RQV-K com aproximação ZW Veículos
centrífugos
de qualquer tipo
Tratores, motores
EP/RSV A, M, P
Contrapesos estacionários, veículos
Regulador variável
centrífugos
EP/RSUV * P, ZW Motores estacionários
Resumo
1. O regulador de rotação é tão importante como a própria bomba injetora, pois o
funcionamento perfeito do motor Diesel sem o regulador, que influi sobre o combustível
injetado, não seria possível. Um motor Diesel sem regulador de rotação iria parar
completamente no âmbito de rotações baixas ou disparar até a sua destruição.
2. O regulador de rotação Bosch é montado nas bombas injetoras tipo PE. O regulador
pode ser comandado através de força centrífuga ou através de depressão no tubo de admissão
do motor Diesel.
Reguladores variáveis, que regulam todas as rotações, desde a de marcha lenta até a
máxima, de acordo com a posição da alavanca de comando. Podem ser centrífugos ou
pneumáticos.
Reguladores escalonados, que se constituem em reguladores variáveis modificados. Um
determinado âmbito de rotações, que pode começar após marcha lenta ou numa rotação
intermediária e ir até a rotação máxima, fica sem regulagem. As demais rotações são
reguladas.
6. Além da sua função propriamente dita, cabem ao regulador ainda outras de comando,
como a liberação ou o bloqueio automático do débito de partida; além disso, ainda a correção
do débito máximo em função da rotação (aproximação), da pressão de carga ou da pressão
atmosférica. Para isso são necessários dispositivos adicionais que poderão ser montados
no regulador.
A rotação do eixo de comando (1) da bomba é assegurada pela distribuição do motor. Este
eixo de comando faz rodar:
A bomba de transferência (2) de palhetas que aumenta a pressão do combustível que
vem da bomba de pré-alimentação a cerca de 8 bar. Esta pressão média chama-se
pressão de transferência e ocupa todo o corpo da bomba. A regulagem desta pressão de
transferência é assegurada pelo pistão (3).
O pistão (5) da cabeça de distribuição vai assegurar a distribuição do gasóleo em direção
das válvulas (17) e dos injetores. Para obter a alta pressão compreendida entre 130 e 200
bar, este mesmo pistão (5) está dotado de um movimento alternativo fornecido pelo porta-
cames (6). Este porta-cames (6), igualmente arrastado pela árvore de comando graças a
uma bucha estriada (7), leva um número de protuberâncias igual ao do cilindro e se apóia
sobre o platô porta roletes (15) pela mola (8).
Injeção
O pistão avança girando e assim fecha a comunicação com o canal de alimentação da
bomba e abre o canal de alimentação de um dos injetores.
Fim da injeção
O pistão continua avançar e o seu canal central, até agora tapado pelo anel (9) poderá
comunicar com o corpo da bomba que está com pressão de transferência. A alta pressão
cai imediatamente e a injeção cessa.
Avanço automático
O avanço automático da injeção é determinado pelo prato porta-roletes (15) que, por
intermédio de uma cremalheira está ligado ao pistão de avanço automático (14). Este último,
que recebe a pressão de transferência proporcional à rotação do motor, rodará o prato
porta-roletes em função do regime do motor. O início da injeção está assim ligado à rotação
do motor.
Regulador
O regulador pode ser mecânico, pneumático ou hidráulico. Neste caso, é um regulador
centrífugo (4); a sua função é exercida a qualquer rotação do motor. Sob o efeito da força
centrífuga, os pesos empurram a guia (16), a alavanca (11) articula-se, comprime a mola
(13) e move o anel (9) para a posição débito reduzido. Se a rotação cai demasiada, a mola
(13) volta a empurrar a guia (16) e a alavanca (11) desloca o anel (9) numa direção que
aumenta o débito.
Comando de Stop
Para parar o motor, não é possível utilizar o comando do acelerador. Portanto, encontra-se
um comando mecânico ou elétrico. Neste caso, trata-se de uma eletroválvula (12) que corta
a chegada de gasóleo ao pistão (5). Por falta de combustível o motor pára, evidentemente.
A eletroválvula é comandada pela chave de contato para o arranque.
IDENTIFICAÇÃO DA BOMBA VE
2. VER 171
V - bomba de injeção distribuidora
E - tamanho
R - sentido de rotação (à direita) - L (à esquerda)
171 - índice de execução
3. Tipo 523
ÁREAS DE APLICAÇÃO
Os motores Diesel se destacam por seu baixo consumo de combustível, baixas emissões
de gás de escape, pouca necessidade de manutenção e alta longevidade e, por isso, são
requisitados para inúmeras atividades motrizes. Eles são empregados nas mais diversas
versões com um amplo espectro de potência, como por exemplo:
Acionamento para geradores de energia (até cerca de 10kW/cilindro).
Motores de alta rotação para veículos de passeio e utilitários leves (até cerca de 37kW/
cilindro).
Motores para construção civil, exploração agrícola e florestal (até cerca de 50kW/cilindro).
Motores estacionários, por exemplo para geradores de emergência (até cerca de 160kW/
cilindro).
Motores para locomotivas e navais (até 1000kW/cilindro).
REQUISITOS
As prescrições mais rigorosas com relação a emissões de gás de escape e de ruído e a
busca de baixo consumo impõem sempre novas exigências aos sistemas de injeção de
motores Diesel.
Em princípio, para uma boa preparação de mistura, de acordo com o processo de combustão
Diesel (direta ou indireta), o sistema deve injetar o combustível no motor com uma pressão
entre 350 e 2000 bar, dosando o volume com a maior precisão possível.
Nos veículos de passeio (o mesmo vem sendo feito nos utilitários), as regulagens mecânicas
para sistemas de injeção Diesel vêm sendo progressivamente substiuídas pela regulagem
eletrõnica Diesel (EDC).
Segundo o atual nível técnico, para motores de veículos automotivos são empregados
principalmente os seguintes sistemas de injeção de alta pressão.
BICOS E PORTA-INJETORES
INJETORES DE PINO
Os injetores de pino são empregados em conjunto com bomba injetora distribuidora para
motores de injeção indireta (motores de antecâmara e câmara de turbulência).
Com inclinação adicional, a parte plana da curva do volume de fluxo pode aumentar com
maior intensidade, promovendo uma passagem mais suave para a abertura plena do bico
injetor. Graças a uma geometria especial como pino de raio ou área de perfil, o mapa
de fluxo pode ser adaptado às condições específicas do motor, atenuando o ruído de
carga parcial e melhorando o desempenho.
INJETORES DE ORIFÍCIO
Os injetores de orifício são empregados em conjunto com bomba distribuidora para motores
de injeção direta. Distinguem-se em:
injetores de furo cego
injetores de furo de assento
As bordas de entrada dos orifícios de injeção podem ser arredonadadas por usinagem
hidroerosiva (HE). Nos pontos onde a velocidade do fluxo é muito alta (entrada do furo de
injeção), as partículas abrasivas contidas no agente HE provocam o desgaste do material.
O arredondamento por HE pode ser empregado tanto para furo cego quanto para furo de
assento. O objetivo é antecipar o desgaste da borda causado por partículas abrasivas no
combustível e/ou estreitar a tolerância de fluxo.
Os injetores de furo cego com cúpula cônica são genericamente perfurados por eletroerosão
e são oferecidos com furo cilíndrico ou furo cônico em diversas dimensões.
Devido ao formato do furo cego, que consiste em uma peça cilíndrica e uma peça semi-
esférica, oferece grande liberdade de opção quanto a:
número de orifícios;
comprimento dos orifícios;
ângulo de injeção.
A cúpula do injetor tem formato de uma meia esfera e garante assim, em conjunto com a
forma do furo cego, um comprimento de orifício uniforme.
O injetor de furo cego cilíndrico e cúpula cônica é usado apenas para orifício de 0,6mm de
comprimento. O formato cônico da cúpula aumenta a sua resistência devido a maior
espessura da parede entre o raio de ranhura e o assento do corpo do injetor.
O injetor de furo cônico e cúpula cônica possui um menor volume de furo cego que o injetor
com furo cilíndrico. Para manter a uniformidade da espessura da parede da cúpula, esta
tem execução cônica de acordo com o furo cego, também cônico.
O volume do furo cego é bastante reduzido em relação ao injetor do furo cego. Os injetores
de furo de assento possuem um limite de carga consideravelmente inferior aos injetores
de furo cego e por isso podem ser executados aoenas no tamanho P com orifício de
1mm de comprimento.
PORTA-INJETORES
Para motores de injeção direta em conjunto com bomba injetora distribuidora de pistão
radial são empregados porta-injetores com injetores de orifício.
O bico injetor é fixado centralizado no corpo do injetor com a porca de fixação do bico. No
corpo do injetor, o orifício de admissão do porta-injetor leva através do disco intermediário
até o orifício de admissão do corpo injetor, unindo assim o bico ao tubo de pressão da
bomba injetora. Quando necessário, existe a possibilidade de instalação de um filtro bastão
no porta-injetor
O combustível passa pelo orifício de admissão no corpo do injetor para o disco intermediário
e depois pelo corpo do bico injetor para o assento do injetor. No processo de injeção, a
agulha do injetor é levantada pela pressão de injeção e o combustível é injetado pelos orifícios
de injeção para dentro da câmara de combustão. A injeção estará concluída quando a pressão
tiver caído tanto que a mola pressione a agulha do injetor de volta ao seu assento.
No processo de injeção, a agulha do injetor abre inicialmente apenas o pré-curso. Com isso,
apenas um pequeno volume de combustível chega à câmara de combustão. Se a pressão
no porta-injetor continuar subindo, a agulha do injetor é aberta para curso pleno e o volume
principal é injetado. Esse processo de injeção em dois estágios proporciona uma combustão
mais suave com redução dos ruídos.
Para isso, é necessário um porta-injetor com sensor de movimento da agulha que emite um
sinal da abertura da agulha do injetor.
O movimento da agulha induz uma tensão com a mudança do fluxo magnético na bobina
em função da velocidade, a qual não é proporcional ao curso e que é processado diretamente
em um circuito de avaliação.
BICO-INJETOR
O bico injetor compreende corpo e agulha. A agulha tem movimento livre na guia do corpo,
mas mesmo assim apresenta vedação contra altas pressões de injeção. A aresta de vedação
da agulha é pressionada contra o cone de assento do corpo por uma mola de pressão pré-
ajustada. Desta forma, o bico é vedado contra pressões existentes na câmara de combustão.
Deformação no encosto da agulha do corpo do bico injetor, provocada pelo uso de retífica abrasivos.
Retirada da camada protetora (cementação) e enfraquecimento da cúpula do bico.
Curso da abertura da agulha maior.
Aumento de área da vedação, possibilitando que microimpurezas se alojem nesta região,
dificultando a vedação.
Desmontar o porta-injetor
Nos porta-injetores com montagem da mola de pressão pelo lado de cima, fixar o porta-
injetor na morsa, com mordentes protetores, e soltar a porca da capa de fechamento.
Soltar a porca de fixação do bico injetor.
Nos porta-injetores com montagem da mola de pressão pelo lado do bico injetor, deve-se
soltar a porca de fixação do bico 1/4 de volta e, a seguir colocar o porta-injetor no dispositivo
de fixação e de apoio 9 689 085 044.
Com auxílio da prensa, exercer pressão sobre o protetor devidamente colocado sobre a
ponta do bico injetor (para avaliar a pressão da mola), enquanto se solta manualmente a
porca de fixação do bico injetor.
Corpo do porta-injetor
É preciso trocar o porta-injetor se ocorrer alguns dos itens seguintes:
o cone estiver danificado;
filtro-bastão entupido ou solto;
rosca danificada;
rebaixo para fixação com desgaste excessivo;
sinal de desgaste no assento da arruela de compensação.
Se houver sinal de que a mola de pressão trabalhou encostada na parede do corpo do porta-
injetor, atentar para a mola de pressão e para as arruelas de compensação.
PORTA-INJETORES TAMANHO P
Roscado diretamente KC
PORTA-INJETORES TAMANHO S
KB(L)...S
CONEXÃO TIPO KBAL...S KBEL...S KC...S KDAL...S KDEL...S
IMPORTANTE
Nos motores que empregam arruelas de vedação, toda vez que o porta-injetor for removido
deve-se também trocar a arruela de vedação. Atentar aos torques de aperto.
Pressão regulada - é o valor da pressão de abertura (em bar). Use esse valor sempre
que tiver ocorrido troca de peças no porta-injetor. Siga esse mesmo valor para o caso de
garantia ou de pouca quilometragem. Na regulagem por meio de calços, nunca coloque
mais do que dois calços. Use sempre peças originais.
Estanqueidade
Com a válvula do manômetro aberta 1/4 de volta, enxugue a parte inferior do bico e do porta-
injetor. Em seguida, pressione a alavanca lentamente até o manômetro indicar 20 bar abaixo
da pressão de abertura. Durante 10 segundos, não deve gotejar óleo do bico. Caso contrário,
desmonte o porta-injetor e limpe perfeitamente as peças para eliminar o vazamento. Se
mesmo assim continuar vazando, substitua o bico injetor.
NOTA:
Não é permitido o retrabalho de peças do bico injetor.
Para testes de bicos DN.. S(D) usados, com ou sem pino de estrangulamento, é válido o
seguinte:
Os bicos usados devem estar estanques. Mantendo-se a pressão em 20 bar abaixo da
pressão de abertura ajustada, por 10 segundos, o bico não deve gotejar.
A avaliação da forma do jato só é possível com movimentos rápidos da alavanca (de 4 a
6 movimentos para baixo, por segundo). Fazendo isso, o bico deve apresentar um jato
bem pulverizado.
Avaliação do ronco - o ronco deve ser bem audível com qualquer velocidade de teste.
Velocidade mínima de tste: 1 movimento para baixo da alavanca, por segundo.
Forma do jato - com movimentos lentos da alavanca, jato disperso com má pulverização.
Com velocidade crescente o jato torna-se cheio e bem pulverizado.
Arruelas de compensação
Tanto para porta-injetores recentes quanto para antigos, usar somente arruelas de
compensação com furo quadrado de diferentes espessuras a partir de 1,00mm e até 1,95mm.
Usar no máximo 2 arruelas.
Mola de pressão
A mola de pressão não pode estar nem empenada,
nem trincada. Caso contrário, trocar a mola.
Pino de pressão
Verificar as condições de assento do guia da agulha no pino de
pressão. Se o assento estiver paralelo, trocar o pino de pressão.
Disco intermediário
O disco intermediário precisa ser trocado se houver sinal de
desgaste do limite do curso da agulha, ou se o pino-guia estiver
frouxo, entortado ou danificado ou se a superfície de vedação
estiver riscada.
Bico injetor
Remover todo resíduo de carvão com escova de latão ou de
bronze. Limpar com ultra-som. Depois de lavados, mergulhar os
bicos injetores em óleo de teste ISO 4113.
Teste de deslizamento
Banhada em óleo de teste, a agulha, retirada 1/3 de seu
comprimento fora do corpo, quando solta na vertical deve deslizar
livre até seu assento. Bicos injetores novos devem antes ser
limpos da cera protetora com Chlorothene VG* e mergulhados
em óleo de teste ISO 4113.
COMBUSTÍVEIS DIESEL
Os requisitos dos combustíveis Diesel são definidos em normas nacionais. Para a Alemanha
aplica-se DIN 51601. Os principais fatores característicos dessa norma são:
Os cristais que se formam são tão pequenos que ainda podem passar pelos poros do filtro.
Com isso, a filtrabilidade pode atingir temperaturas mais baixas. Conforme DIN 51601 esta
deve ser assegurada até no mínimo -15ºC. Através da adição de aditivos que impedem a
sedimentação dos cristais de parafina, a resistência ao frio pode ser aumentada ainda mais.
Os combustíveis Diesel oferecidos atualmente garantem uma resistência ao frio até no
mínimo -22ºC.
Ponto de inflamação
Sob ponto de inflamação entende-se a temperatura em que um líquido inflamável desprende
vapor suficiente no ar ao seu redor para que a mistura de vapor/ar que paira acima do líquido
possa ser inflamado por uma fonte de ignição. Por motivos de segurança (transporte,
armazenamento) o Disel deve ser enquadrado na classe de risco A III, isto é, ter um ponto de
inflamação acima de 55ºC. Já um teor de 3% de combustível para motores de ciclo Otto no
Diesel pode reduzir tanto o ponto de inflamação que o mesmo pode ocorrer mesmo em
temperatura ambiente.
Faixa de ebulição
A localização da faixa de ebulição influencia os fatores característicos importantes para o
comportamento funcional do Diesel. Uma extensão da faixa até temperaturas mais baixas
produz um combustível adequado ao frio mas baixa seu índice de cetano e piora sobretudo
suas propriedades lubrificantes. Mas as piores propriedades lubrificantes aumentam o risco
de desgaste do conjunto de injeção. Se por outro lado a temperatura para o ponto máximo
do processo de ebulição for aumentado, o que é desejável pelo melhor aproveitamento do
óleo cru, pode ocasionar maior formação de fuligem e carbonização dos bicos (depósito de
resíduos de combustão).
Densidade
O poder calorífico do Diesel chega a depender de sua densidade; ele aumenta com o aumento
da densidade. Se o ajuste constante da bomba injetora, neste caso ela dosa um volume
constante, for mantido para o processamento de combustíveis de diversas densidades,
isso provoca distorções na preparação da mistura em função da oscilação dos poderes
caloríficos, que para altas densidades tem por conseqüência maior emissão de fuligem.
Enxofre
Dependendo da qualidade do óleo cru e dos componentes empregados na sua mistura, os
combustíveis Diesel contém enxofre em sua fórmula química. Principalmente componentes
craqueados possuem altos teores de enxofre, que podem ser reduzidos através de um
tratamento com hidrogênio na refinaria. Como na combustão no motor, o enxofre é
trnsformado em dióxido de enxofre (SO2 - componente poluente devido à sua reação ácida),
a legislação limitou o teor máximo de enxofre admissível. Nos últimos anos ele vem sendo
reduzido gradualmente e, pelas normas atuais não pode ser superior a 0,2% do peso
(conforme lei federal de emissões da Alemanha).
Aditivos
A melhora da qualidade por adição de aditivos, como há muito já é usual nos motores de
ciclo Otto, também foi adotada para motores Diesel. Geralmente são usados pacotes de
aditivos multifuncionais.
Melhoradores da ignição aumentam o índice de cetano e promovem sobretudo uma
combustão mais estável.
Aditivos de limpeza (detergentes) impedem a carbonização dos bicos injetores.
Inibidores de corrosão evitam a corrosão das partes metálicas (em caso de contaminação
com água para o sistema de combustível).
Anti-espumantes facilitam o abastecimento do tanque.
A concentração total dos aditivos geralmente fica abaixo de 0,1%, de modo que não
modifiquem os fatores característicos físicos como densidade, viscosidade e processo de
ebulição.
Deve ter um bom rendimento (este é dado para um motor-padrão, pela relação entre a
energia fornecida pelo combustível e a energia recuperada no volante motor).
Apresenta também a vantagem de ter um certo poder lubrificante.
Os motores Diesel frios, mais ainda que os motores Diesel quentes, não possuem disposição
para partida ou ignição perfeita, porque vazamentos e perdas de calor na compressão da
mistura ar/combustível reduzem a temperatura no final da compressão. O emprego de
sistemas auxiliares de partida é especialmente importante nessas circunstâncias. A
temperatura limite de partida depende do tipo de construção do motor. Os motores de
antecâmara e de câmara de turbilhonamento possuem uma vela de pino incandescente
(GSK) como ponto quente na câmara de combustão secundária.
Em motores de injeção direta de pequeno porte, esse ponto quente encontra-se na periferia
da câmara de combustão. Os motores de injeção direta de grande porte para veículos
utilitários trabalham alternativamente com o pré-aquecimento do ar no coletor de admissão
(partida por chama) ou com um combustível especial de disposição de combustão (piloto
de partida), injetado no ar da aspiração. Atualmente emprega-se quase exclusivamente
sistemas de velas de pino incandescente.
1. Terminal de conexão
2. Isolador
3. Vedação dupla
4. Pino de conexão
5. Carcaça
6. Vedação do corpo aquecedor
7. Espiral de aquecimento e de regulagem
8. Tubo incandescente
9. Pó de enchimento
Essa espiral incandescente é formada por dois resistores conectados em linha: da espiral
de aquecimento alojada na ponta do tubo incandescente e da espiral de regulagem. Enquanto
a espiral de aquecimento possui um resistor praticamente independente de temperatura, a
espiral de regulagem apresenta um coeficiente de temperatura positivo (PTC). Nas velas
incandescentes de nova geração (GSK2), com o aumento da temperatura, sua resistência
aumenta ainda mais que nas velas de pino incandescente convencionais (tipo S-RSK). As
novas velas de pino incandescente GSK2 destacam-se por atingir rapidamente a temperatura
necessária para a ignição (850ºC em 4s) e por uma temperatura de manutenção mais
baixa; a temperatura da vela é assim limitada a valores não críticos.
Conseqüentemente, a vela de pino incandescente ainda pode permanecer ativa por até
mais 3 minutos. Essa pós-incandescência promove uma melhor aceleração e aquecimento
com nítida redução na emissão de ruídos e poluentes no gás de escape.
TEMPORIZADOR DE PRÉ-AQUECIMENTO
Para a ativação das velas de pino incandescente, o temporizador de pré-aquecimento (GZK)
dispõe de um relé de potência e de blocos de comando eletrônicos. Estes controlam o
tempo de incandescência das velas de pino incandescente ou assumem funções de
segurança e de controle. Com auxílio das funções de diagnóstico, os temporizadores de
pré-aquecimento ainda mais aperfeiçoados também reconhecem falhas de velas isoladas
e as indica ao condutor. As entradas de comando para o temporizador de pré-aquecimento
são executadas em forma de conectores múltiplos, e o caminho da corrente para as velas
de pino incandescente passa, considerando quedas de tensão indesejáveis por pinos
roscados ou plugues adequados.
PROCESSO DE FUNCIONAMENTO
O processo de pré-aquecimento e partida é instalado com a chave de ignição como no
motor Otto. Na posição da chave ignição ligada, começa o processo de pré-aquecimento.
Quando a lâmpada piloto de incandescência se apaga, os pinos incandescentes estão
suficientemente quentes, permitindo assim a indução do processo de partida. Na fase de
partida seguinte, as gotículas de combustível injetadas evaporam, se inflamam no ar quente
e comprimido e o calor liberado leva à indução do processo de combustão.
A incandescência após a partida contribui para uma aceleração e marcha lenta sem falhas
na fase de aquecimento e, portanto com pouca fumaça, reduzindo os ruídos da combustão
no motor frio. Caso não deva ser dada a partida, um desligamento de segurança para as
velas de pino incandescente impede o descarregamento da bateria.
OBSERVAÇÃO
Os valores de referência se encontram na sessão de dados técnicos de cada motor.
POLUIÇÃO VEICULAR
Emissões
Nos motores de combustão interna, em caso de queima ideal, não emitem gases tóxicos,
emitem apenas CO2, N2 e H2O, porém no caso de queima real temos o seguinte quadro:
76% de nitrogênio
7% de dióxido de nitrogênio
7% de vapor de água
9,7 % de oxigênio
0,3% de poluentes, sendo:
- 0,05% de material particulado
- 0,03% de hidrocarbonetos
- 0,15% de óxidos de nitrogênio
- 0,05% de monóxido de carbono
- 0,02% de dióxido de enxofre
Material particulado MP
Provocam irritações nas vias respiratórias, inflamações, redução da capacidade
respiratória, câncer, etc.
Hidrocarbonetos HC
Podem irritar os olhos e o sistema respiratório.
Para o rápido controle das emissões, foram desenvolvidos processos que avaliam as
propriedades óticas da fumaça Diesel. A medição da turvação da fumaça Diesel é um dos
processos mais desenvolvidos até agora e também é adequado para análises de campo.
Para medição da fuligem com base na turvação do gás de escape são empregados
opacímetros. Existem duas variantes: analisadores de fluxo total e de fluxo parcial que se
distinguem pela forma de coleta da amostra.
No opacímetro de fluxo total, todo o fluxo de gás de escape é incluído na medição. A medição
de turvação é feita por um estreito feixe de luz vertical ao jato de gás de escape.
O processo de medição mais utilizado e que será adotado para a medição na inspeção
veicular é a utilização do opacímetro de fluxo parcial pelo método de aceleração livre. Nesse
método, o motor é acelerado rapidamente em ponto morto até a rotação de corte e mantido
por alguns segundos nessa rotação. A carga da inércia do motor gera uma rápida emissão
de fuligem em forma de pico. Para caracterização é tomado o índice de pico da curva de
turvação. O índice de pico determinado para veículos novos serve como limite.
Será considerado o valor obtido da média aritmética das três últimas medições.
MVE (Massa do Veículo para Ensaio) - peso do veículo para testes: peso em ordem de
marcha mais 136kg.
MTMA (Massa Total Máxima Autorizada) - peso total do veículo com carga.
VLC (Veículo Leve Comercial) - outros veículos com peso total com carga abaixo de
3856kg e peso em ordem de marcha abaixo de 2720kg, para transporte de mais de 12
passageiros ou aplicação rodoviária.
VP (Veículo Pesado) - veículos pesados com peso total com carga (MTMA) acima de
3856kg ou peso em ordem de marcha (MVOM) acima de 2720kg.
Similaridades:
Os veículos leves podem ser testados conforme ciclo operacional FTP 75.
Os veículos com peso total com carga acima de 2000kg podem ser testados tanto pelo
ciclo de 132 pontos ou pelo ciclo FTP 75.
1) Veículos leves com peso total do veículo com carga (MTMA) de 2000kg podem
ser testados também com o teste de 13 pontos, mas para uma tabela mais clara os
limites listados aqui são somente para o ciclo operacional FTP 75.
1) Peso do veículo para teste corresponde ao peso do veículo em ordem de marcha (com todos os componentes
de série abastecido com óleo e outros líquidos necessários ao trabalho normal ) mais 136Kg. Ciclo operacional
FTP 75.
VEÍCULOS PESADOS
CICLO OPERACIONAL DE 13 PONTOS
VEÍCULOS LEVES 1)
CICLO OPERACIONAL DE 13 PONTOS
COEFICIENTE PARA
ANO DE COTA DE HC NOx CO PARTÍCULAS
CÁLCULO DO
FABRICAÇÃO PRODUÇÃO g/Km g/Km g/Km g/Km LIMITE DE FUMAÇA
01.01.1996 Todos
(Euro I) veículos 1,23 9 4,9 0,7/0,4 2) 2,5
01.01.1998 Veículos
(Euro II) 1,1 7 4 0,15
importados
Brasil e
01.01.2000 países do 1,1 7 4 0,15
(Euro II)
Mercosul
1) Os veículos com peso total com carga (MTMA) acima de 2000Kg podem ser testados pelo teste de 13 pontos
2) 0,7 para veículos com potência máxima abaixo de 85kW e 0,4 para os outros
Diâmetro de cilindros
O diâmetro dos cilindros é medido em mm.
Curso do êmbolo
O curso é a distância, expressa em milímetros, que o êmbolo percorre desde o ponto morto
inferior (PMI), até o ponto morto superior (PMS).
Cilindrada
É o volume deslocado pelo cilindro entre o PMI e o PMS do curso do êmbolo.
Cilindrada total
A cilindrada total corresponde ao valor obtido multiplicando-se o valor da cilindrada de um
dos cilindros pelo número total de cilindros no motor.
Potência
É a medida do Trabalho realizado numa unidade de tempo. Como Trabalho é o resultado de
uma força que desloca seu ponto de aplicação, temos que:
Força x Distância
Potência =
Tempo
A unidade mais comum para expressar a potência de uma máquina é o cavalo-vapor (cv).
A potência obtida pelo método de medição DIN é geralmente expressa em CV. 1cv
corresponde à força necessária para elevar, em 1 segundo (s), 75 kilogramas-força (kgf) à
altura de 1 metro (m).
75kgf x 1m
cv =
1s
1N x 1m
W =
1s
A potência de um motor é expressa em Kilowatt (KW), que equivale a 1000 Watts (W).
Torque
É um esforço de torção que é determinado pela força aplicada e a distância da aplicação
(alavanca), ou seja:
Exemplo:
Se for aplicada uma força de 50 Newtons (N) em uma distância de 1 metro (m), teremos
então: Torque = 50N x 1m = 50Nm
Em algumas publicações ainda se utiliza o mkgf para expressar grandezas de torque, sendo:
1mkgf = 9,81 Nm
Nos motores elásticos, o momento de força máximo se manifesta num regime de rotação
relativamente baixo e se conserva durante uma gama de rotações de grande amplitude.
Evitam-se, assim, freqüentes mudanças de marcha.
A seguir, apresentamos um guia prático de diagnóstico dos motores Diesel que tem o objetivo
de auxiliar a identificação da causa provável do defeito.
não
Velas incandescentes funcionam ? Substituí-las.
sim
não
Ausência de água no circuito de não Eliminar as causas das infiltrações. Limpar o circuito de
alimentação ou na bomba injetora ? alimentação. Efetuar a limpeza do filtro de combustível.
não
não
Filtro de combustível ok ? Substituí-las.
sim
sim
não
Injetores ok ? Controlar o funcionamento e regulá-los.
sim
sim
não
Bomba injetora está sincronizada ? Sincronizar a bomba.
sim
sim
sim
não
Bomba d´água ok ? Substituí-la.
sim
não
Válvula termostática ok ? Substituí-la.
sim
sim
não
Filtro de ar e tubulações ok ? Limpar ou substituir os itens defeituosos.
sim
sim
não
Bomba injetora sincronizada ? Controlar e colocar no ponto.
sim
não
Junta do cabeçote ok ? Controlar o cabeçote e substituir a junta.
sim
sim
sim Bom
sim
Bom
sim
sim
sim não
Medir o valor da depressão à entrada não Verificar o circuito a montante. Após a não
do filtro. O valor é de > 0,1 bar ? operação, o incidente persiste ?
sim
Bom
não não
Bom Bom
sim
sim
sim
sim
sim
sim
não
não Má estanqueidade do circuito de admissão.
Verificar a pressão de sobrealimentação.
Verificar o filtro de ar e as tubagens do intercooler.
A pressão está correta ?
Após esta verificação, o incidente persiste ?
Bom
sim sim
sim
sim
sim
sim
não
sim
Bom
É emitida fumaça azul na marcha lenta não O turbo não está em causa.
e ao acelerar em vazio Fazer um diagnóstico das outras funções do motor
(com o motor quente) ? (pré e pós-aquecimento, injeção do motor, ...)
sim
Motor parado.
não
O nível de óleo acima do máximo ? Repor o óleo no nível correto.
não
sim
sim
O filtro de ar está entupido ? Substituir o elemento filtrante ou limpar o filtro de ar.
não
Motor funcionando.
sim
não
Motor parado.
sim
não
Extrair o turbocompressor. B
Nota:
(*) É normal encontrar vestígios de óleo na entrada e na saída do turbo, dado que o ar que passa para o
compressor está carregado de óleo vindo do circuito de reaspiração do motor.
Extrair o turbocompressor.
não
sim
não
Substituir o turbocompressor.
O motor parado.
sim
O filtro de ar está entupido ? Substituir o elemento filtrante ou limpar o filtro de ar.
não
Verificar:
- circuito de alimentação do ar desde o filtro de ar
até o turbocompressor e desde o
turbocompressor até o motor (estanqueidade,
conformidade, ...);
- a ligação e a estanqueidade das ligações do
circuito de comando do corretor de débito
(bomba injetora).
não
não
sim
não
não
Motor parado.
sim
sim
Extrair o turbocompressor.
Substituir o turbocompressor.
não
Intervenção do termostato regular ? Substituí-lo.
sim
não
Injetores ok ? Controlar o funcionamento e regulá-los.
sim
não
Bomba injetora em sincronismo ? Controlar o sincronismo.
sim
não
Óleo diesel de boa qualidade ? Limpar o tanque e substituir os filtros de óleo diesel.
não
não
sim
Barulho no depressor de ar ? Regular ou substituir o depressor de ar.
não
sim
Barulho nos injetores ? Regular ou substituir os injetores.
sim
sim
sim
não
Motor parado.
sim
O filtro de ar está entupido ? Substituir o elemento filtrante ou limpar o filtro de ar.
não
não
O tubo de escape está conforme ? Repô-lo em conformidade.
sim
Motor a trabalhar.
não
sim
Extrair o turbocompressor. Eliminar a fuga.
Substituir o turbocompressor.
sim
sim
sim
não
Filtro de combustível ok ? Substituí-lo.
sim
não
Dispositivo de STOP e anti-roubo ok ? Verificar ligações elétricas ou substituir.
sim
não
Circuito de alimentação ok ? Controlar o circuito e executar a limpeza.
sim
não
Regime marcha lenta ok ? Regular.
não
Depósito e canalizações de combustível eficientes ? Substituí-lo.
sim
não
Filtro de ar ok ? Substituí-lo.
sim
não
Regulagem dos injetores está correta ? Controlar funcionamento e regulá-los.
sim
não
Dispositivo L.D.A. eficiente ? Remover a bomba e enviá-la ao fabricante.
sim
não
Bomba injetora sincronizada ? Controlar o avanço estático da bomba de injeção.
REFERÊNCIAS
L L
X=Rx [ 1+ - cosα - ( ) 2 − ( senα ) 2 ]
R R
Onde:
OBS:
Essa fórmula vale para qualquer motor, basta usar os valores correspondentes.