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SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

2005

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 1


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

 2005. SENAI-SP
Sistema de Freio Pneumático
Publicação organizada e editorada pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”

Coordenação geral
Luiz Carlos Emanuelli José

Coordenador do projeto
Antonio Messas Sandro

Organização do conteúdo
Bezerra de Souza

Editoração
Teresa Cristina Maíno de Azevedo

SENAI
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Escola
SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”
Rua Moreira de Godói, 226 - Ipiranga - São Paulo-SP - CEP. 04266-060

Telefone
(0xx11) 6166-1988
Telefax
(0xx11) 6160-0219

E-mail
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SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 5

CONCEITO FÍSICO - PRESSÃO 7


• Unidades de Medida 7

TIPOS DE SISTEMAS 8

MECANISMOS DE ACIONAMENTO 9
• Atuação das Sapatas 9
• Ajustador Automático 9

FUNCIONAMENTO DOS CIRCUITOS DE FREIO 10


• Sistema de Frenagem de Ar Puro 10

IDENTIFICAÇÃO DAS CONEXÕES DOS COMPONENTES 13

NOMENCLATURA E FUNÇÃO DOS COMPONENTES DOS ESQUEMAS 16

FUNCIONAMENTO DOS COMPONENTES 57


• Compressor 57
• Regulador de Pressão 58
• Válvula de Retenção 60
• Válvula de Dreno 61
• Válvula de Dreno Automática 62
• Válvula de Segurança 63
• Válvula Limitadora de Pressão 64
• Válvula de Proteção de Quatro Circuitos 65
• Válvula de Freio Duplo Circuito 69
• Válvula de Descarga Rápida 71
• Cilindro de Membrana 72
• Válvula de Freio de Estacionamento 73

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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Válvula Freio do Reboque 78


• Válvula Relé 80
• Válvula de Duas Vias 82
• Cilindro Combinado Tristop 83
• Válvula Distribuidora 84
• Válvula de Relé de Emergência 98
• Válvula de Acionamento 100
• Cilindro de Acionamento 102
• Servo de Embreagem 103
• Servo de Embreagem com Indicador de desgaste do Disco de Embreagem 104
• Cabeça de Acoplamento 106
• Secador de Ar 107

RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA REPARO 109

MANUAL DE BANCADA DE TESTE WABCO 110


• Apresentação 110
• Conjunto de Acessórios 113
• Instruções para Instalação 113
• Layout da Bancada 115
• Informações Técnicas 115

TESTES DOS COMPONENTES DOS SISTEMAS DE FREIOS 117


• Regulador de Pressão 117
• Válvula Relê 118
• Válvula Protetora de 4 Circuitos 119
• Válvula Pedal 123
• Válvula Distribuidora 125
• Válvula de Freio de Estacionamento 127

MALETA DE TESTE WABCO 130

TESTE DO SISTEMA DE FREIO 133

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 141

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SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

APRESENTAÇÃO

Ao término deste treinamento, os participantes deverão estar capacitados a efetuar reparos, testar e
regular válvulas do sistema de freio pneumático, bem como interpretar circuitos de freios
pneumáticos.

Diante da responsabilidade que representa a manutenção em sistemas de freio, recomendamos aos


profissionais envolvidos que sigam todas as recomendações do fabricante na execução do reparo
dos componentes do sistema de freio, pois somente assim estará garantida a qualidade do serviço
executado com a máxima eficiência do sistema.

Desta forma, pode-se obter alguns benefícios como:


• Redução de custos com a constante manutenção corretiva
• Redução de prejuízos materiais em acidentes de trânsito
• Redução de prejuízos pessoais em acidentes de trânsito

Esta apostila foi elaborada para servir de material de apoio para o treinamento, leia-a com atenção
pois ela traz informações muito úteis para o reparador de sistemas de freio pneumático.

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CONCEITO FÍSICO - PRESSÃO

Pressão é a distribuição de uma força sobre uma área.

Se em uma área de 100cm2 aplicarmos uma força de 100kg, a pressão que estaremos exercendo em
cada unidade de superfície será de 1kg, ou seja, a pressão atuante na área será de: 1 Kg/cm2

Se em outra área, agora com 20cm2, aplicarmos uma força de 20kg, a pressão continuará com o
valor de: 1 Kg/cm2

Alterando-se o valor da área para 10cm2 e mantendo-se o valor da força em 20kg, passaremos a ter
uma pressão de: 2 Kg/cm2

Pressão é o resultado de uma força aplicada sobre uma determinada área.

P=F/A F=P.A A=F/P

UNIDADES DE MEDIDA
As unidades de medição de pressão mais usuais são: Bar, PSI ou lb/pol2, kgf/cm2, kPa e possuem a
seguinte equivalência:

Bar PSI Kgf/cm2 kPa

1 Bar _ 14,2 1,02 98

1 PSI 0,07 _ 0,07 6,9

1 Kgf/cm 2
0,98 14,22 _ 96

1 KpA 0,01 0,14 0,01 _

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TIPOS DE SISTEMAS

MECÂNICO
Através de um conjunto de alavancas, transmite-se a força exercida no ponto de aplicação (pedal)
para o ponto de atuação (roda).

HIDRÁULICO
Um conjunto formado por cilindro e pistão, que se encarrega de transmitir através da compressão
de um líquido a força exercida no ponto de aplicação (pedal), para o ponto de atuação (roda).

PNEUMÁTICO
A abertura controlada de passagens de ar sob pressão, faz com que a força exercida no ponto de
aplicação (pedal) seja transmitida para o ponto de atuação (roda).

Estes mecanismos quando aplicados em veículos automotores sofrem ampliação, diversificação,


adaptação, interligações e passam a chamar-se Sistema de Freios.

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MECANISMOS DE ACIONAMENTO

ATUAÇÃO DAS SAPATAS


A ação da cunha ou do “S” came expande as sapatas contra o tambor do freio.

Freio de cunha

Freio “S” came

AJUSTADOR AUTOMÁTICO
É o mecanismo que ajusta automaticamente a folga entre as lonas de freio e o tambor. O ajustador
controla a folga ao perceber o comprimento do curso da câmara de freio.

Funcionamento
• O comprimento do curso da câmara é ajustado no momento em que o ajustador é instalado. O
comprimento do curso está relacionado com a folga entre as lonas e o tambor.
• Quando as lonas desgastam, a folga aumenta. O aumento da folga faz a haste deslocar- se uma
distância maior para aplicar os freios.

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• Se o comprimento do curso exceder o limite, o ajustador automático ajusta-se durante o retorno


do curso da haste. A regulagem se corrige para o desgaste da lona e, automaticamente reajusta o
curso para o comprimento correto. O ciclo, então, se repete.

1. Carcaça 14. Mola


2. Bucha 15. Mola
3. Coroa 16. Tampa expansora
4. Sem-fim 17. Mola helicoidal
5. Anel de vedação 18. Arruela de encosto
6. Mancal 20. Tampa roscada traseira
7. Engrenagem 24. Parafusos
8. Mola de bloqueio 25. Graxeira
9. Anel de acoplamento 27. Junta
10. Rolamento axial de agulha 28. Anel de vedação
11. Tampa roscada dianteira 31. Rebite
12. Unidade de comando 32. Placa de identificação
13. Cremalheira

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FUNCIONAMENTO DOS CIRCUITOS DE FREIO

SISTEMA DE FRENAGEM A AR PURO

Veículo em movimento (figura 3)


O ar comprimido pelo Compressor (1) passa pelo Regulador de Pressão (2) e chega até a Válvula
Protetora de 4 Circuitos (3). Esta válvula distribui o ar para os seguintes pontos do circuito:

1. Reservatório I - onde existe reserva de ar para uma possível utilização dos freios dianteiros,
através da válvula de freio (8).

2. Reservatório II – onde existe reserva de ar para uma possível utilização dos freios traseiros,
através da válvula de freio (8).

3. Válvula de Acionamento (11) – que está desacionada

4. Saída para acessórios (13).

5. Válvula de Freio de Estacionamento (14) – Juntamente com a Válvula Relé (15) mantém a
pressão na câmara de estacionamento do Cilindro Combinado Tristop (10) estando, portanto,
desacionado o freio de estacionamento, como podemos observar na figura 3.

6. Reservatório do Reboque – através da cabeça do acoplamento (20), juntamente com a Válvula


Distribuidora (17).

7. Válvula de Freio do Reboque (19) – que está desacionada. Com o veículo em movimento, as
luzes indicadoras de baixa pressão (4), no painel, deverão estar apagadas, assim como o
manômetro (7) deve indicar uma pressão equivalente em ambos os reservatórios.

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Acionamento do Freio de Serviço (pedal)


O freio de serviço é acionado pela válvula moduladora (8), que comanda o freio, tanto cavalo
mecânico quanto do reboque, ou pela Válvula de Freio Reboque (19), que comanda somente o
Freio do Reboque.

1. Frenagem Através da Válvula Pedal (8) – (figura 5)


Pisando no pedal da Válvula de Freio (8), gradualmente ocorre a frenagem através de dois
circuitos independentes.

Circuito I – Aplicação do freio traseiro do cavalo mecânico, devido à presença de ar


comprimido nas câmaras de serviço do Cilindro Tristop (10). Além disso, ocorre a pressurização
do pórtico (41) da Válvula Distribuidora (17), liberando assim a passagem de ar através da
cabeça de acoplamento (21) para a frenagem do reboque.

Circuito II – Aplicação do freio dianteiro do cavalo mecânico pela pressurização dos Cilindros
Membrana. Analogamente ao circuito I ocorre a frenagem do reboque, agora pela pressão
atuando no pórtico (42) da Válvula Distribuidora (17).

2. Frenagem através da Válvula de Freio Reboque (figura 5)


Acionando a alavanca da Válvula de Freio Reboque (19), ocorre a pressurização do pórtico (41)
da Válvula Distribuidora (17) através da Válvula de Duas Vias (16) liberando, assim, a
passagem de ar através da cabeça de acoplamento (21) para a frenagem do reboque.

Existe a possibilidade de se pisar no pedal da Válvula de Freio (8) e, ao mesmo tempo, acionar a
alavanca da Válvula de Freio Reboque (19). Neste caso, o comando da Válvula Distribuidora
(17) e posterior frenagem do reboque será exercida pela maior pressão que atinge a Válvula de
Duas Vias (16).

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Acionamento do Freio Motor (figura 3)


Ao se apertar o botão da Válvula de Acionamento (11), esta permite que o ar atinja o Cilindro de
Acionamento (12), que impede a exaustão dos gases de combustão através de uma válvula
borboleta.

Acionamento do Freio de Estacionamento (figura 8)


Acionando a alavanca da Válvula de Freio de Estacionamento (14) para a posição de travamento,
ocorre a descarga de ar das câmaras de estacionamento dos cilindros combinados tristop (10)
auxiliada pela Válvula Relé (15), aplicando o freio traseiro do cavalo mecânico e pressuriza o
pórtico 43 da válvula distribuidora, desaplicando o freio do reboque.

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IDENTIFICAÇÃO DAS CONEXÕES DOS COMPONENTES

A identificação das conexões consiste de um número de um ou dois algarismos, que existe nos
componentes e também é indicado nos esquemas de funcionamento para identificar entradas,
saídas, comandos e outras funções.

Significado do primeiro algarismo:


0 Conexão de admissão (geralmente da atmosfera)
1 Alimentação de energia (entrada de pressão ao elemento)
2 Saída de energia (saída de pressão para outro elemento)
3 Exaustão (descarga para a atmosfera)
4 Conexão de entrada ao elemento com pressão de comando
5-6 Livre (conexões disponíveis)
7 Conexão para alimentação de anticongelante
8 Conexão para lubrificante
9 Conexão para líquido de arrefecimento

O segundo algarismo é previsto para diferenciar várias conexões iguais e com a mesma função, no
caso de vários circuitos.

O segundo algarismo deverá ser escolhido de forma inteligente, começando pelo 1, por exemplo
21, 22, 23, etc.

Geralmente, o segundo algarismo indica a ordem de grandeza, isto é, a importância ou a


preferência que o circuito desempenhará no sistema.

Se várias conexões iguais saem de uma câmara e têm as mesmas funções e finalidades, receberão a
mesma identificação.

Se uma conexão se destina a várias funções, será identificada com os dois primeiros algarismos
separados por um traço.

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Exemplo:
Conexão da tomada 1-2 do regulador de pressão.
1 indica que pode receber pressão de uma fonte externa
2 indica que pode fornecer pressão do sistema para o exterior

Conclusão:
Temos uma entrada de pressão (1) e uma saída de pressão (2).

Neste caso se faz exceção aos seguintes números:


81 entrada de lubrificante
82 saída de lubrificante
91 entrada de líquido de arrefecimento
92 saída de líquido de arrefecimento

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NOMENCLATURA E FUNÇÃO DOS COMPONENTES DOS


ESQUEMAS DE FREIO

1. Compressor
Produz ar comprimido.

2. Regulador de Pressão
Controla automaticamente a pressão do sistema.

3. Válvula de Proteção Quatro Circuitos


Garante uma pressão pré-estabelecida nos circuitos intactos, em caso de defeito em um ou mais
circuitos do sistema de freio.

4. Indicador de Baixa Pressão


Indica, através de uma luz no painel, a queda de pressão em determinado ponto do circuito.

5. Reservatório de Ar
Armazena o ar comprimido.

6. Válvula de Dreno
Retira a água condensada dos reservatórios bem como esgota o sistema, em caso de
necessidade.

7. Manômetro
Indica a pressão dos reservatórios.

8. Válvula Moduladora do Freio de Serviço (pedal)


Modula a pressão do sistema de freio de serviço através de dois circuitos diferentes.

9. Cilindro Membrana
Aciona as sapatas de freio do veículo através da alavanca ajustadora de folga.

10. Cilindro Combinado Tristop


Aciona o freio traseiro do veículo (freio de serviço, estacionamento e emergência).

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11. Válvula de Acionamento


Pressuriza e despressuriza o cilindro de acionamento do freio motor.

12. Freio Motor


Restringe a saída de gases do motor do veículo no escapamento, auxiliando o sistema de freio.

13. Auxiliares

14. Válvula de Freio de Estacionamento


Aciona gradualmente o freio de estacionamento e emergência do veículo.

15. Válvula Relé


Produz o acionamento e desacionamento do freio traseiro mais rápido (freio de serviço/
estacionamento).

16. Válvula de Duas Vias


Alimenta o componente do sistema de freio através de dois circuitos alternativos.

17. Válvula Distribuidora


Recebe o comando das válvulas específicas, controlando gradualmente o freio de serviço e emergência do
reboque ou do semi-reboque.

18. Válvula de Retenção


Permite a passagem de ar em apenas um sentido.

19. Válvula de Freio do Reboque


Aciona somente o freio do reboque.

20. Cabeça de Acoplamento


Conexão de ar entre o cavalo mecânico e semi-reboque (entrada).

21. Cabeça de Acoplamento


Conexão de ar entre o cavalo mecânico e semi-reboque (freio de serviço).

22. Válvula de Descarga Rápida


Permitir um esvaziamento rápido das câmaras de freio.

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23. Válvula de Dreno Automático


Através de um sinal, elimina automaticamente a água do reservatório úmido.

24. Válvula de Segurança do Reservatório


Protege o sistema contra uma pressão excessiva em caso de falha do regulador de pressão.

25. Governador
Controla automaticamente a pressão do sistema, fazendo o compressor trabalhar em vazio.

26. Válvula Limitadora de Pressão


Limita o valor da pressão no sistema independente da pressão de entrada.

27. Válvula Moduladora


Limita a pressão na câmara de estacionamento, proporciona rápida descarga de ar da câmara de
estacionamento, modula a atuação da câmara de estacionamento se houver uma anomalia no
circuito de serviço dos freios traseiros, evita a composição de forças no freio de serviço e
estacionamento.

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FUNCIONAMENTO DOS COMPONENTES

COMPRESSOR

VERSÃO: 411 034 531 0411 034 832 0

FUNÇÃO: Produzir ar comprimido.

Funcionamento
A polia na extremidade do eixo de manivela (1) é girada por meio de uma correia “V”, acionada pelo
motor do veículo. Esta rotação faz com que a biela (2) movimente o pistão (3).

Quando o pistão se movimenta para baixo, o ar vindo do filtro penetra no interior do cilindro
através da válvula de admissão (4) e a medida em que o pistão move-se para cima, a válvula de
admissão se fecha e o ar é comprimido através da válvula de descarga (5) até o regulador de
pressão.

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REGULADOR DE PRESSÃO

VERSÃO: 975 303 ... 0

FUNÇÃO: Controlar automaticamente a pressão do


sistema de freio.

Funcionamento
• Posição de Carregamento do Reservatório
O ar comprimido proveniente do compressor de ar entra pelo pórtico 1.
A válvula de descarga (19) é mantida fechada pelo pistão de desligamento (17) e a mola (18). O
ar comprimido chega através do filtro (15) à câmara (6) passa ao lado da válvula
(13) pertencente ao enchedor de pneus que se mantém fechada, passa pela válvula de retenção
(11). Chega ao pórtico (21) e daí para tubulação do sistema de freio.

Simultaneamente, o ar comprimido pára embaixo da válvula (21) que está acoplada ao pistão
(10) e embaixo do diafragma (9). Inicialmente, o pistão (10) é mantido inferior em sua posição
pela mola de regulagem (8).

Nesta condição, a câmara (b) acima do pistão de comando (17) está despressurizada.
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• Posição de Descarga para Atmosfera


Quando é atingida a pressão de regulagem, a pressão abaixo do diafragma (9) vence a força da
mola (8) e o pistão de comando (10) sobe. Com isso, a válvula (21) é aberta devido ao movimento
do pistão (10) para cima. O ar comprimido flui para dentro da câmara (b) acima do pistão (17),
vence a força da mola (18) e a válvula (19) é aberta. O ar comprimido que vem do compressor é
descarregado através do pórtico (3) para a atmosfera. Ao mesmo tempo a válvula de retenção (21)
é fechada pela pressão do reservatório.

• Comutação Automática do Regulador de Pressão


Quando a pressão do reservatório cai para a pressão de ligação, devido ao consumo de
ar comprimido, ocorre a comutação da posição de descarga para a posição de carregamento do
reservatório. A pressão da câmara (a) abaixo do diafragma torna-se menor, de maneira que a força da
mola (8) predomina forçando o pistão (10) para baixo. Desta forma, a válvula
(20) fecha a passagem do ar da câmara (a) para a câmara (b). A pressão existente em (b) é
descarregada para a atmosfera através do orifício (c), e a mola (18) fecha a válvula (19). O
compressor de ar passa a carregar novamente os reservatórios.
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• Enchedor de Pneus
Para enchimento do pneu retira-se o protetor (7). Quando a conexão de enchimento de pneus for
conectada, a haste (12) e o corpo da válvula (13) são empurrados para dentro, e a válvula (14)
encosta no seu assento fechando a passagem de ar para o reservatório. O ar comprimido chega
então ao pneu passando pela câmara (e). Para que haja pressão no enchedor de pneu, deve-se
descarregar os circuitos até a pressão de carga do regulador.

VÁLVULA DE RETENÇÃO

VERSÃO: Todas – 434 014 ... 0

FUNÇÃO: Permitir a passagem de ar em


apenas um sentido

Funcionamento
• Posição Aberta
O ar pode passar através da válvula unicamente na direção indicada. A passagem de ar através da
válvula ocorre com mínima pressão entre as câmaras (a) e (b) devido a compressão da mola (1) e
abertura da válvula (2).

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• Posição Fechada
Quando a pressão na câmara (a) for menor que na câmara (b), a válvula (2) fecha-se evitando o retorno
do fluxo de ar.

VÁLVULA DE DRENO

VERSÕES: Todas - 934 300 ... 0

FUNÇÃO: Retirar a água condensada dos reservatórios e


esgotar o ar em caso de necessidade.

Funcionamento
A mola (6) e a pressão do ar do reservatório mantêm a válvula (3) fechada (posição A). Quando a
haste (7) for apertada ou empurrada para o lado, a válvula (3) abre-se (posição B), drenando o
reservatório. Quando a haste (7) é liberada, a válvula (3) fecha-se.

Posição A Posição B

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VÁLVULA DE DRENAGEM AUTOMÁTICA

VERSÃO: Todas - 434 300 ... 0

Funcionamento
• Posição de Alimentação
O ar comprimido proveniente do reservatório úmido entra no pórtico
(1) de válvula de dreno. Na posição de alimentação, o ar
comprimido proveniente de linha entre o compressor e o regulador
de pressão deslocam o pistão (2) para baixo. A água e o óleo
existentes no reservatório entram no pórtico (1) acumulando-se na
câmara (5) da válvula.

• Posição de Drenagem
Assim que a pressão entra, o compressor e o regulador de pressão
caem para zero bar no pórtico (4), a pressão do reservatório empurra
o pistão (2) para cima. Desta forma a água é descarregada através do
corte abaixo do pistão (6) para a atmosfera.

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VÁLVULA DE
SEGURANÇA

VERSÕES: Todas - 434 608 ... 0

FUNÇÃO: Proteger o circuito de freio contra uma sobrepressão originada por


defeito em outro componente.

Funcionamento
A pressão de ar age abaixo da válvula de esfera (4).

Quando a força exercida pela pressão do ar torna-se maior que a força exercida pela mola (2), a
esfera (4) e o pistão (3) movimentam-se para cima contra a força da mola (2). O excesso de pressão
descarrega-se para a atmosfera até que a força da mola (2) seja maior que a força exercida pela
pressão e coloque a válvula de esfera (4) novamente no seu assento. Para verificar o desempenho
da válvula de esfera (4), deve-se puxar o anel (1).

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 63


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

VÁLVULA LIMITADORA DE
PRESSÃO

VERSÃO: 475 010 034 0475 010 011 0475 010 015 0

FUNÇÃO: Limitar a pressão de ar no circuito de freio.

Funcionamento
• Posição Aberta
O ar comprimido entra pelo pórtico (1) e chega até a câmara (a).
A válvula de admissão (4) encontra-se aberta e, portanto, o ar
passa para a câmara (b) e pórtico (2).
Ao mesmo tempo, entra no orifício (11) até chegar à câmara (c),
agindo sobre a superfície do pistão (5) e fazendo com que ele se
movimente contra a ação da mola (6).

• Posição Fechada
Quando a pressão da câmara (c) se igualar à pressão
correspondente à regulagem da mola (6), a válvula (4) fecha- se
mantendo a pressão da câmara (b) constante.
A válvula (4) só abrirá novamente quando o ar comprimido
(b) for consumido.
64 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Posição de Sobrecarga
Quando a pressão no pórtico (2) se eleva acima da pressão do
valor regulado, a pressão na câmara (c) faz com que o pistão (5)
se desloque mais para baixo e com isso a válvula de escape (9)
abre-se, descarregando o ar pela passagem
(12) até a descarga (7).
Ao atingir novamente posição de equilíbrio com a perda de
pressão em (b), a válvula (9) fecha-se novamente devido a
ascenção do pistão (5).

VÁLVULA DE PROTEÇÃO QUATRO CIRCUITOS

VERSÕES: 934 702 300 0


934 702 322 0

FUNÇÃO: Garantir uma pressão pré-estabelecida nos circuitos de


freios, em caso de defeito em um ou mais circuitos.

Funcionamento
• Válvula fechada
O ar entra pela válvula de proteção (4) circuitos através do pórtico (1), de onde se origina a
pressão na parte inferior das válvulas (17). Esta pressão aumenta gradualmente
até alcançar o valor da pressão de abertura.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 65


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Válvula aberta
Desta forma, a válvula (17) é empurrada contra a força da mola (19), o ar flui do pórtico (1) para
os pórticos (21) e (22), pressurizando o circuito do freio de serviço (posição A). Depois o ar atingirá
os pórticos (23) e (24), pressurizando os circuitos de freio de estacionamento e auxiliar,
respectivamente (posição B). Estando os quatro circuitos intactos, ocorre um equilíbrio de
pressão. Havendo um consumo excessivo de ar em um dos circuitos, este pode ser suprido pelos
demais circuitos até o valor da pressão de fechamento.

• Falha em um dos circuitos


Quando um dos circuitos falha, o ar que alimenta a válvula (pórtico 1) e o ar dos outros circuitos
fluem através do vazamento, até que se alcance o valor da pressão de fechamento da válvula (17)
que apresenta falha (pórtico 24). Com as válvulas fechadas, a pressão fornecida pelo pórtico (1)
carrega novamente os circuitos sem defeito até a pressão de abertura, que é ajustada pela mola
(19) do circuito com defeito (pórtico 24).

66 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

VÁLVULA DE PROTEÇÃO QUATRO CIRCUITOS

VERSÕES: 934 702 390 0


934 702 391 0
934 702 384 0

FUNÇÃO: Garantir uma pressão mínima de segurança nos circuitos


intactos, em caso de defeito em um ou vários circuitos
do sistema de freios.

Funcionamento
• Válvula fechada
O ar entra pela válvula de proteção 4 circuitos através do pórtico (1), de onde se origina a
pressão na parte inferior das válvulas (17). Esta pressão aumenta gradualmente até alcançar o
valor da pressão de abertura.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 67


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Válvula aberta
Desta forma o diagrama (3) é levantado opondo-se à força da mola (19), o ar flui através dos
pórticos (21), (22), (23) e (24) para os circuitos de serviço, estacionamento e auxiliar. Estando os
quatro circuitos intactos, ocorre um equilíbrio de pressão. Havendo um consumo excessivo em um
dos circuitos, o ar nesse circuito pode ser suprido pelos outros circuitos até o valor da pressão de
fechamento.

• Falha em um dos circuitos


Quando um dos circuitos falha o ar flui desde os outros três, até o lugar do defeito (perda de
pressão) e até que se alcance o valor da pressão de fechamento da válvula (17).
Com as válvulas fechadas, a pressão fornecida pelo pórtico (1) carrega novamente os circuitos
sem defeito até a pressão de abertura, que é ajustada pela mola (19) do circuito com defeito
(pressão de segurança).

68 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

VÁLVULA DE FREIO DUPLO CIRCUITO

VERSÃO: Todas - 461 315 ... 0884 5 ... 0

FUNÇÃO: Modular a pressão do sistema de freio de serviço


através de dois circuitos independentes.

Funcionamento
• Posição de freio desaplicado
O ar comprimido proveniente dos reservatórios chega aos
pórticos (11) e (12), não podendo passar para as câmaras
dos pórticos (21) e (22) com as válvulas de admissão (4) e
(7) fechadas.

• Posição de freio aplicado


Ao acionar a haste (1) para baixo, o pistão (3) desce
fechando a válvula (10) e abrindo a válvula (4). O ar flui
para a câmara (a) e através do orifício para o pórtico (21),
que alimenta o circuito 1. Ao mesmo tempo, o ar flui para
a câmara abaixo onde exerce pressão sobre o pistão relé
(6) do circuito 2 que, por sua vez, fecha a válvula (7)
contra a força da mola (8). Neste caso, o circuito 2
também é alimentado.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 69


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Posição de equilíbrio
Com a pressão da câmara (a) no pistão (3) igualando- se
com a força da mola de borracha (2), ocorre a ascensão do
pistão (3), fechando a válvula de admissão (4), mas
mantendo a válvula de descarga
(10) ainda fechada e mantendo a pressão no circuito 1. De
maneira semelhante ocorre no circuito 2, pois este é
comandado pelo circuito 1.

• Posição de descarga
Ao retirar a força sobre a haste (1), o pistão (3) desloca- se
totalmente para cima abrindo a válvula de escape (10), e o
ar do circuito 1 é descarregado para a atmosfera pela
descarga (3). Por sua vez, não havendo pressão na câmara
(b) o ar do circuito 2 também é descarregado com a
abertura da válvula de descarga (9).

• Falha em um dos circuitos


Havendo falha no circuito 2, o circuito 1 funcionará
normalmente devido ao circuito 2 ser comandado pelo
circuito 1. Por outro lado, se houver falha no circuito 1, o
circuito 2 será acionado mecanicamente pelo pistão
central, abrindo a válvula de admissão (7) e fechando a
descarga (9).

70 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

VÁLVULA DE DESCARGA RÁPIDA

VERSÃO: Todas - 973 500 ... 0884 500 ... 0

FUNÇÃO: Despressurizar rapidamente os


cilindros do freio.

Funcionamento
• Posição aberta
O ar comprimido ao entrar no pórtico (1), empurra o diafragma (5) para baixo fechando a área de
descarga (b) e, simultaneamente, abrindo a passagem do ar do pórtico (1) para o pórtico (2),
dando condições de frenagem às câmaras de freio do cavalo mecânico ou reboque.

• Posição de descarga
Quando a pressão no pórtico (1) diminui, a alta pressão existente no pórtico (2) empurra o
diafragma (5) para cima fechando o pórtico (1) e, por conseguinte, abrindo a válvula de descarga
(b) até que todo o ar comprimido do pórtico (2) seja descarregado ou não por completo,
dependendo da pressão existente no pórtico (1).

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 71


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

CILINDRO DE MEMBRANA
VERSÕES: Todas
423 003 ...
0423 114 ...
0423 103 ...
0423 104 ...
0423 105 ...
0423 106 ...
0884 500 ...
0884 501 ... 0

FUNÇÃO: Acionar as sapatas de freio do veículo através da


alavanca ajustadora de folga.

Funcionamento
• Freio de serviço acionado
O ar comprimido entra no cilindro pelo pórtico (a), desloca o diafragma (1) comprimindo a mola
(3). A haste (2) que se apóia na face oposta do diafragma, desloca-se acionando as sapatas de
freio através do ajustador de folga fixado na sua extremidade.

• Freio de serviço desacionado


Quando é liberado, o freio de serviço ar comprimido é descarregado pela válvula do pedal ou
descarga rápida. A mola (3) retorna à haste (2) liberando as sapatas de freio.

VÁLVULA DE FREIO DE ESTACIONAMENTO

72 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

VERSÃO: 961 721 501 0

FUNÇÃO: Acionar o sistema de freio de estacionamento através


dos cilindros combinados Tristop.

Funcionamento
• Posição fechada – freio aplicado, botão (a) puxado
O ar comprimido ao entrar pelo pórtico (1), encontra a válvula de admissão (c) fechada devido às
ações de pressão e da mola (d) acima do pistão de controle (f). Portanto, o pórtico (2) fica
despressurizado dando condições de frenagem do veículo, através da atuação das molas no
cavalo mecânico e da pressão nos cilindros membrana no reboque.

• Posição aberta - freio aplicado, botão (a) pressionado

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 73


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

Ao apertar o botão (a), a haste acoplada à válvula de admissão (c) desce e fecha a válvula de
descarga (g) e abre a válvula de admissão (c) contra a ação da mola (d). Com a válvula de
admissão aberta, o ar comprimido chega à câmara (b) e, simultaneamente, ao pórtico (2),
soltando o freio do veículo.

• Posição de descarga
Ao ser puxado o botão (a), a haste acoplada à válvula de admissão (c) eleva-se fazendo com que
a válvula de descarga (g) se abra e, por conseguinte, todo o ar do pórtico (2) seja descarregado
para a atmosfera pelo pórtico (3).

74 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

VÁLVULA DE FREIO DE ESTACIONAMENTO

VERSÃO: 961 722 ... 0

FUNÇÃO: Controlar gradualmente o freio de emergência e de


estacionamento do veículo.

Funcionamento
• Posição aberta (freio desaplicado)
Ao acionarmos o punho (7) da válvula para a posição de freio
desaplicado, o pistão (8) é deslocado para baixo pelo ressalto
(5) do came (16). Nesta posição o pistão
(8) encosta na válvula de admissão (10) fechando a descarga (3),
abrindo a passagem do ar comprimido
do pórtico (1) para o pórtico (2), pressurizando a câmara
(B) e os cilindros de freio (parte do acumulador).

• Posição intermediária (freio de emergência)


Quando o punho (7) é deslocado para uma posição
intermediária, o pistão (8) é deslocado para cima devido ao
movimento do came (16). Conseqüentemente, a pressão
existente na câmara (B) e nos cilindros de freio (parte do
acumulador) é parcialmente descarregada atuando o freio do
veículo.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 75


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Posição fechada (freio aplicado)


Ao acionarmos o punho (7) da válvula para a posição de freio
aplicado, o pistão (8) desloca-se para cima. Desta forma, a
força da mola (12) empurra a válvula (10) para cima
fechando passagem do ar comprimido da câmara
(A) para a câmara (B). Conseqüentemente, a pressão
existente no pórtico (2) e nos cilindros de freio (parte do
acumulador) é descarregada para a atmosfera via exaustão
(3), atuando o freio do veículo.

VÁLVULA DE FREIO DE ESTACIONAMENTO

VERSÕES: 961 723 212 0


961 722 314 0
884 501 497 0

FUNÇÃO: Controlar gradual e separadamente o freio de emergência e


de estacionamento do cavalo mecânico e do reboque.

Funcionamento
• Posição aberta (freio desaplicado)
Ao acionarmos o punho (4) da válvula para a posição de freio
desaplicado, o pistão (6) é acionado para baixo pelo ressalto
(5) do came (16). Nesta posição o pistão
(8) encosta na válvula de admissão (10) fechando a descarga
(3) e abrindo a passagem do ar comprimido do pórtico (11)
para o pórtico (21), pressurizando os cilindros de
estacionamento. Simultaneamente, o ar comprimido que entra
na câmara (b) flui para o canal (c), chega até a câmara (d),
passa pelo orifício central da válvula (14) fluindo para o
pórtico (22). Conseqüentemente o pórtico (43) da válvula
distribuidora é pressurizado desaplicando o freio do reboque.

76 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Posição fechada (freio aplicado)


Ao acionarmos o punho (4) da válvula para a posição de
freio aplicado, o pistão (6) é desacionado (volta para
cima) devido ao movimento do came (16). Com o
movimento do pistão (6), a força da mola (12) empurra a
válvula (10) para cima fechando a passagem do ar
comprimido da câmara (b) para a câmara (a). A pressão
existente no pórtico (21) é descarregada totalmente pelo
orifício de exaustão (3), abrindo a válvula de admissão
(14). Nesta condição, o ar comprimido que entra no
pórtico (11) câmara (b) e também pressuriza a câmara (e),
e ao encontrar a válvula de admissão aberta flui para o
pórtico (22) pressurizando o pórtico (43) da válvula
distribuidora, desaplicando o freio do reboque.

• Posição intermediária (freio de emergência) Nesta


posição ocorre uma pressão controlada nos pórticos (21) e
(22) que depende do ângulo de acionamento do punho (4).
Quando o punho (4) é acionado para uma pressão
intermediária, o pistão (6) sobe acompanhando o
movimento do came (5). Conseqüentemente, a pressão
existente nas câmaras
(a) e (d) são descarregadas. A válvula (10) mantém
fechada a passagem do ar da câmara (b) para as câmaras
(a) e (d). O comando manual encontra-se agora numa
posição de equilíbrio com uma pressão reduzida nas
saídas 21 e 22.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 77


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

VÁLVULA FREIO DO REBOQUE

VERSÕES: 014 005


014 355
884 501 644 0

FUNÇÃO: Acionar gradualmente o freio do reboque, independentemente do


freio do cavalo mecânico.

Funcionamento
• Freio desaplicado
O ar comprimido entra pelo pórtico (A) e encontra a válvula de
admissão (5) fechada pela válvula (10) no assento (7),
impedindo a passagem do ar para a saída (b) através da
câmara (d).

• Freio aplicado
À medida que o punho é acionado gradualmente, o came
(1) gira empurrando o pistão (2) para baixo, comprimindo a
mola cônica (3) e fechando a válvula de descarga (20),
abrindo a admissão (5), passando o ar para a câmara (d) da
saída (B) para o pórtico (41) da válvula distribuidora.
78 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Posição de equilíbrio
Com a câmara (d) pressurizada, o ar comprimido exercerá uma
força sobre o pistão (9) que, ao igualar-se com a força
exercida pela mola (14) sobre o conjunto de pistões (15),
fecha a válvula de admissão (5), mantendo a pressão no
pórtico (B) constante.

• Posição de descarga
Ao soltar o punho, a alavanca retorna à posição inicial devido
à força da mola montada ao came (1). Este, por sua vez, gira
elevando o pistão (2), descarregando todo o ar comprimido
ligado ao pórtico (B) soltando, então, o freio do reboque.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 79


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

VÁLVULA RELÉ

VERSÃO: 973 001 ... 0

FUNÇÃO: Acionar e desacionar rapidamente os cilindros de freios.

Funcionamento
• Posição fechada
O pórtico (1) é ligado à linha de pressão constante e o pórtico (4) à linha de comando. Quando a
câmara referente ao pórtico (4) estiver sem pressão, o pistão (5) permanecerá na posição superior
devido a ação da mola (4), portanto a válvula (3) estará fechada, estando a saída do pórtico (2)
sem pressão.

• Posição aberta
Ao ser pressurizada a linha do pórtico de sinal (4), o pistão (1) abaixa fechando a válvula de
descarga (2) e abrindo a válvula de admissão (3), permitindo assim que o ar comprimido
proveniente do reservatório no pórtico (1) se desloque para a câmara abaixo do pistão (1) e para a
saída (2).
80 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Posição de equilíbrio
Quando a pressão no pórtico (2) se igualar à pressão no pórtico (4), a válvula de admissão
(3) se fecha mantendo a pressão na saída (2) constante.

• Posição de descarga
À medida que a pressão de sinal em (4) é aliviada, a pressão de saída em (2) vence a pressão
sobre o pistão (1) e abre a válvula de descarga (2), descarregando rapidamente os cilindros
acumuladores Tristop.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 81


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

VÁLVULA DE DUAS VIAS

VERSÕES: Todas - 434 208 ... 0


884 500 566 0

FUNÇÃO: Pressurizar um componente do sistema de freio por dois


circuitos alternativos.

Funcionamento
• Comando pelo circuito 1
Quando ocorre uma pressão no pórtico (11), a válvula (4) é empurrada para o assento oposto
abrindo passagem entre o pórtico de maior pressão e o pórtico (2), fechando a entrada de
menor pressão.

• Comando pelo circuito 2


Quando ocorre uma pressão no pórtico (12), a válvula (4) é empurrada para o assento oposto
abrindo passagem entre o pórtico de maior pressão e o pórtico (2), fechando a entrada de menor
pressão.
82 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

CILINDRO COMBINADO TRISTOP


VERSÕES: Todas - 884 500 ... 0
925 321 ... 0
925 325 ... 0
925 328 ... 0
925 324 ... 0
925 320 ... 0

FUNÇÃO: Acionar as sapatas de freio traseiro através


da alavanca ajustadora de folga (freio de serviço,
estacionamento e emergência).

Funcionamento
• Posição de marcha (freio de estacionamento e serviço desaplicado)
Na condição de freio aliviado, o pórtico (11) está despressurizado e o pórtico (12) pressurizado, o que
provoca a compressão da mola (2) pelo pistão (4).

• Aplicação do freio de serviço


Quando o freio de serviço é acionado, o ar comprimido entra no pórtico (11) pressurizando a
câmara A, atuando sobre o diafragma (5) e empurrando o pistão (9) contra a mola (8). A força
sobre o diafragma (5) é transmitida através da haste do pistão para o ajustador de folga, o qual
aciona o freio da roda. Quando a câmara é esvaziada, a mola (8) empurra o pistão (9) e o diafragma
(5) de volta à posição de descanso, o freio libera-se. A câmara do diafragma (serviço) aciona
independente da câmara do acumulador à mola (estacionamento).

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 83


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Aplicação do freio de estacionamento Quando


o freio de estacionamento é acionado, a câmara (b) é
parcial ou totalmente esvaziada através do pórtico
(12). Assim que a pressão na
câmara cai, o pistão (4) empurra o pistão (9) para fora
acionando os freios da roda através do ajustador de folga.
Para liberar os freios, a câmara deve ser pressurizada.

• Liberação mecânica
Em uma emergência, a força da mola deve ser
liberada se ocorrer uma queda de pressão na
câmara do acumulador à mola (por exemplo, um
grave vazamento no sistema de freio), a mola (2) e
empurra o pistão (4) aplicando os freios. Para
liberar os freios, calçe as rodas do veículo e gire o
parafuso (1) para fora até que freio fique
totalmente solto.

VÁLVULA DISTRIBUIDORA

VERSÃO: 973 002 402 0


973 002 423 0

FUNÇÃO: Comandar o sistema de freio do reboque.

84 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

Funcionamento
• Posição aberta (reboque freado)
O ar comprimido proveniente da alimentação no pórtico (1) atua abaixo do pistão de controle
abrindo a válvula de admissão (5), e fechando a descarga, pressurizando a câmara (d) ligada ao
pórtico de saída (2) que, por sua vez, está conectado à cabeça de acoplamento de sinal para o
reboque.

• Posição de marcha (freio solto)


Com o veículo em movimento, a câmara referente ao pórtico (43) é pressurizada devido a
abertura da válvula de freio de estacionamento. A alta pressão surge sobre o diafragma,
abaixando o pistão, fechando a admissão (5) e abrindo a válvula de descarga. Portanto, o freio do
reboque é solto devido a despressurização do pórtico (2).

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 85


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Freio de serviço acionado


Ao ser acionado o pedal de freio, a válvula permite a pressurização dos pórticos de serviço
(41) e (42), e ao ser acionada a válvula de freio de mão do reboque apenas o pórtico (41) é
pressurizado. Com a pressão no pórtico (41), o pistão (6) abaixa novamente a válvula de
admissão (5), fechando a descarga (6). Ao mesmo tempo a pressão no pórtico (42) procura
contrabalançar a pressão do pórtico (43).

• Posição de equilíbrio
Quando a pressão no pórtico (2) igualar-se à pressão no pórtico (4), a válvula de admissão fecha,
mantendo a pressão no pórtico (2) constante.

86 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Posição de descarga
Ao ser desacionado o freio de serviço, o pistão (6) retorna à posição inicial, abrindo a válvula de
descarga para o pórtico (3). Por outro lado, o diafragma (8) não encontrando resistência de
pressão devido ao descarregamento do pórtico (43) abaixa o pistão de comando (10), mantendo a
válvula de admissão (5) fechada. Se houver falha no circuito 1 referente ao pórtico (41), o freio
do reboque funcionará sob o comando do circuito 2 (pórtico 43) e vice versa.

• Válvula com predominância (973 002 423 0)


Esta válvula tem funcionamento semelhante ao da válvula acima mencionada. A diferença consiste na
aplicação do freio de serviço no pórtico (41). Na posição de equilíbrio, o ar comprimido no pórtico (2)
deverá ter uma pressão correspondente à pressão do pórtico
(41) mais correspondente à mola (7), fornecendo uma pressão maior ao reboque.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 87


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

VÁLVULA DISTRIBUIDORA

VERSÃO: 973 002 402 0


973 002 423 0

FUNÇÃO: Comandar o sistema de freio do reboque.

Funcionamento
• Posição de carregamento
Na condição de sem pressão, o pistão de comando (a) é mantido na posição inferior devido à
ação da força da mola (i). Durante o enchimento do reservatório de ar, o ar comprimido que
chega ao pórtico 11, pressuriza a câmara (A) levantando o pistão de comando (a) contra a força
da mola (i). O ar comprimido flui através do orifício (d) para a câmara (B) pressurizando o
pórtico 12 e, conseqüentemente, a cabeça de acoplamento (alimentação) do semi-reboque. Do
mesmo modo, o ar comprimido existente na câmara
(B) levanta o pistão (k), abrindo a válvula de admissão (b) e fechando a descarga (e). A pressão
na câmara (B) flui para a câmara (C), pressurizando o pórtico 22 e, posteriormente, a cabeça de
acoplamento (sinal) do semi-reboque.

88 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Posição de marcha (freio solto)


Com o veículo em movimento, a câmara (D) referente ao pórtico 43 é pressurizada devido ao
acionamento da válvula de freio de estacionamento. A câmara (D) ao ser pressurizada, pressiona
o pistão de comando (k) para baixo, fechando a válvula de admissão (b), abrindo a descarga (e).
Desta forma, o freio do semi-reboque é liberado devido à despressurização do pórtico 22.

• Posição de freio de serviço aplicado


Quando os pórticos 41 e 42 são pressurizados pelo freio de serviço, a pressão na câmara
(E) e ou (G) pressiona o pistão de comando (l) para baixo, fechando a descarga (e) e abrindo a
válvula de admissão (b). Desta forma, a pressão existente na câmara (B) flui para a câmara (C)
abaixo do pistão (l) pressurizando o pórtico 22. Este, por sua vez, está conectado à cabeça de
acoplamento (sinal) do semi-reboque.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 89


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Posição de equilíbrio
Uma posição de equilíbrio ocorre quando as pressões nas câmaras (C) e (E) ou (G) atingem um
equilíbrio de força. Nesta condição, o pistão (l) desloca-se para cima até o fechamento da válvula
de descarga (e). A pressão existente na câmara (C) mantém-se constante no pórtico 22.
Simultaneamente, o ar comprimido existente nas câmaras (B) e
(C) mantém a válvula de 2/2 vias sem efeito.

• Posição de descarga
Na posição de descarga, o ar comprimido existente nos pórticos 41 e 42 é descarregado para a
atmosfera. Desta forma, a pressão existente na câmara (C) levanta o pistão (l) para cima,
fechando a válvula de admissão (b) e abrindo a válvula de descarga (e). O ar comprimido
existente na tubulação e na câmara (C) é descarregado para a atmosfera, através da descarga (3).

90 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Funcionamento da válvula de 2/2 vias (quebra da tubulação do freio)


Caso ocorra uma quebra da tubulação do freio do semi-reboque (pórtico 22), a pressão existente
na câmara (C) diminui. Desta forma, ao acionar o freio de serviço (pórtico 41), a pressão
existente nas câmaras (E) e (P) desloca para baixo o pistão de comando (a) contra a força da
mola (m), restringindo os orifícios de passagem (h). Nesse instante é preservada a pressão
existente no pórtico 11 e no cavalo mecânico. Esta restrição provoca uma redução da pressão no
pórtico 12. Através deste processo, os freios do semi-reboque são imediatamente acionados
(frenagem de emergência). Após a liberação do freio de serviço (pórtico 41), a válvula de 2/2
vias comuta novamente.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 91


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

VÁLVULA DISTRIBUIDORA

VERSÕES: 973 009 100 0


973 009 001 0
973 009 010 0

FUNÇÃO: Controlar gradualmente o freio de serviço e


emergência do reboque.

• Posição de carregamento
Na condição de sem pressão, o pistão de comando (11) é mantido na posição inferior devido a
ação da força da mola (12). Durante o enchimento do reservatório de ar, o ar comprimido que
chega ao pórtico (11) da válvula de 2/2 vias, pressuriza a câmara (k) levantando o pistão de
comando (11) contra a força da mola (12). Isto libera a passagem através dos orifícios (m) e (h).
Desta forma, a pressão que chega ao pórtico (11) flui através do orifício (f) até a câmara (c),
chegando ao pórtico (12) e depois alcançando a cabeça de acoplamento que alimenta o
reservatório da carreta.
92 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”
SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Posição do freio de serviço aplicado


Com a atuação do freio de serviço (duplo circuito) os pórticos (41) e (42) são pressurizados e
quando a válvula de freio do reboque é acionada, somente o pórtico (41) é pressurizado. Quando
os pórticos (41) e (42) são pressurizados pelo freio de serviço a pressão na câmara (e) não
consegue desenvolver-se devido à contrapressão na câmara (d) para baixo, que fecha a descarga
(4) e abre a válvula de entrada (5). A pressão existente na câmara (c) flui até a câmara (b) abaixo
do pistão (6) e conseqüentemente ao pórtico (22) comandando o freio da carreta.

• Posição de equilíbrio
Uma posição de equilíbrio ocorre quando as pressões nas câmaras (a) e (b) atingem um
equilíbrio de força. Nesta condição, o pistão (6) desloca-se para cima até o fechamento da
válvula de entrada (5). A pressão existente na câmara (b) mantém-se constante no pórtico (22).
Simultaneamente, o ar comprimido existente na câmara (b) flui via canal (s) para a câmara (n)
sob o pistão de comando (11). A válvula de 2/2 vias fica sem efeito.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 93


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Posição de descarga
Na posição de descarga o ar comprimido existente nos pórticos (41) e (42) é descarregada para a
atmosfera. Desta forma, a pressão existente na câmara (b) levanta o pistão (6) para cima de modo
que a válvula de entrada (5) fecha-se, abrindo a válvula de descarga (4). O ar comprimido
existente na tubulação de freio do reboque e na câmara (b) é descarregada para a atmosfera
através da descarga (3). Com a descarga da pressão da tubulação de freio do reboque são,
simultaneamente, despressurizadas as câmaras (n) e
(p) da válvula de 2/2 vias.

• Posição de freio com falha no circuito 41


Com um aumento da pressão para 0,9 até 1,2 bar no pórtico (42), o segundo circuito assume o
controle da válvula de comando do reboque. Isto ocorre porque a força desenvolvida na câmara
(e) combinada com a pressão da câmara (c), atuante sobre o pistão (7), acoplado à haste do pistão
(9) e membrana (10), seja levantado até que a descarga (4) feche, e a válvula de entrada (5) abra.
A pressão existente na câmara (c) flui até a câmara (b) abaixo do pistão (6) e, conseqüentemente,
ao pórtico (22) comandando
o freio da carreta.

94 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Posição de equilíbrio
Uma posição de equilíbrio ocorre quando as pressões nas câmaras (b) e (c) são contrapostas às
câmaras (c) e (e). Ocorrendo o equilíbrio de forças, o pistão (7) é pressurizado para baixo,
fechando a válvula de entrada (5). A pressão existente no pórtico (22) mantém-se constante.
Simultaneamente, o ar comprimido existente na câmara (b) flui via canal (s) para câmara (n) sob
o pistão de comando (11). A válvula de 2/2 vias fica sem efeito.

• Posição de descarga com falha no circuito 41


Após uma despressurização no pórtico (42), as forças atuantes nas câmaras (d) e (b) superam a
pressão do existente na câmara (c). Isto faz com que o pistão (7) abaixe de modo que a válvula
de entrada (5) feche e a descarga (4) abra. O ar comprimido existente na tubulação do freio do
reboque e nas câmaras (b) e (n) é descarregado para a atmosfera através da descarga (3).

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 95


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Posição de freio de estacionamento aplicado


Mediante a atuação da válvula freio de mão, a câmara (d) é despressurizada através do pórtico
(43). A pressão existente na câmara (c) levanta o pistão (7) para cima fechando a descarga (4) e
abrindo a válvula de entrada (5), o ar comprimido flui da câmara (c) para a tubulação de freio do
reboque através do pórtico (22).

• Posição de liberação
Após liberada a válvula do freio de mão, ocorre uma pressurização na câmara (d), novamente via
pórtico (43). Isto faz com que a membrana (10) puxe o pistão (7) para baixo fechando a entrada
(5) e abrindo a descarga (4). A pressão existente no pórtico (22) e nas câmaras (b) e (n) são
descarregadas para a atmosfera através da descarga (3).

96 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Posição de freio de emergência


Mediante a atuação da válvula do freio de mão, a câmara (d) é parcialmente despressurizada através
do pórtico (43). A pressão existente na câmara (c) levanta o pistão (7), fechando a descarga (4) e
abrindo a válvula de entrada (5), conseqüentemente o ar comprimido flui da câmara (c) para a
tubulação de freio do reboque através do pórtico (22).

• Funcionamento da válvula de 2/2 vias com quebra da tubulação do freio do


reboque Caso ocorra uma quebra na tubulação do freio do reboque, a pressão na câmara (n)
sob o pistão de comando (11) diminui. Conseqüentemente, a pressão existente na câmara (p)
desloca para baixo o pistão de comando (11) contra a força da mola (12), restringindo assim os
orifícios passantes (h) e (m). Esta restrição provoca uma queda mais rápida da pressão na
“tubulação de alimentação do reboque” pórtico (12), que é realimentado pelo pórtico (11).
Através deste processo o reboque é imediatamente frenado. Após liberação do sistema de freio, a
válvula de 2/2 vias comuta novamente.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 97


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

VÁLVULA DE RELÉ DE EMERGÊNCIA

VERSÃO: 971 002 .. 0

FUNÇÃO: Regulagem do circuito duplo do sistema de freio do semi-


reboque através do acionamento do sistema de freio do
cavalo mecânico. Atuação automática da frenagem do
semi-reboque pela queda de pressão total ou parcial na
tubulação de alimentação de ar comprimido.

Funcionamento
• Freio de serviço
O ar comprimido proveniente do cavalo-mecânico alimenta através da cabeça de acoplamento
(mão de amigo) a válvula relé de emergência chegando ao pórtico (1), passando por cima da
gaxeta (b) ao pórtico (1 - 2) e de lá para o reservatório do semi- reboque. Ao mesmo tempo o
pistão (c) movimenta-se para baixo por efeito da pressão de alimentação, comprimindo a mola (d)
e arrastando consigo a válvula (e). A passagem (a) se abre e o pórtico (2) fica em comunicação
com a descarga (3).

Pelo acionamento do circuito de freio do cavalo mecânico a pressão é alimentada pela outra
cabeça de acoplamento (mão de amigo) ao pórtico (4) e através dele à superfície superior do
pistão (k). Este se move para baixo fechando a abertura (a) sobre a válvula
(e) e com o deslocamento da mesma, abre a entrada (f). A pressão do reservatório do semi-
reboque pórtico (1 – 2) é alimentada nos cilindros de freio através dos pórticos (2). Ao mesmo
tempo o ar comprimido passa através do canal (B) para a câmara (D) e exerce uma força sobre a
válvula (i).

98 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

Quando esta força exercida for suficiente, a válvula (i) comprimirá a mola (h) e se abrirá. O ar
comprimido passa então pelo canal (C) para a câmara (E) e atuará sobre a superfície inferior do
pistão (k). Através da adição das forças atuantes nas câmaras (A) e (E), a força atuante na
superfície superior do pistão (k) manterá aberta a passagem (f) e dessa forma o freio ficará
totalmente acionado. Ao se atuar no parafuso de regulagem (g), a compressão da mola (h) é
modificada e pode ser ajustada com uma predominância de até no máximo 1 bar de pressão do
pórtico (2) sobre a pressão do pórtico (4).

Com a liberação da pressão do sistema de freio e da exaustão do pórtico (4), o pistão (k) será
acionado pela pressão do pórtico (2) para a sua posição superior. A passagem (f) permanecerá
fechada, a passagem (a) se abrirá e o ar comprimido proveniente do pórtico (2) passará através do
furo interno da válvula (e) sairá pela exaustão (3). Dependendo da pressão na câmara (A), o ar da
câmara (E) passará através do orifício (j) da válvula (i) de volta pra a câmara (D) e de lá para a
exaustão (3).

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO” 99


CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Frenagem automática
Se ocorrer desacoplamento ou ruptura da tubulação de alimentação, o pórtico (1) ficará
despressurizado e o pistão (c) ficará sem pressão na sua superfície superior. Sob atuação conjunta
da mola (d) e da pressão do reservatório através do pórtico (1 – 2), o pistão (c) será acionado
para cima e a válvula (e) fechará a passagem (a). O pistão (c) continuará em movimento para
cima, afastando-se da válvula (e) e abrindo a passagem (f). A pressão do reservatório pórtico (1 –
2) será plenamente aplicada ao cilindro de freio através do pórtico (2). Caso haja ruptura da
tubulação de comando, ocorrerá a frenagem automática como descrito antes, pois a pressão da
tubulação de alimentação ligada à válvula distribuidora perderá pressão pelo circuito defeituoso
assim que o freio do cavalo mecânico for acionado.

VÁLVULA DE ACIONAMENTO

VERSÃO: 463 013 ... 0

100 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

Funcionamento
• Válvula acionada
Quando o atuador (1) for acionado, a haste (5) desloca a válvula (2) de seu assento,
permitindo o fluxo de ar do pórtico (1) para o pórtico (2).

• Posição de descarga
Quando a haste de acionamento for aliviada, a mola (4) empurra a haste para cima até o encosto.
A pressão e a mola (3) forçam a válvula (2) para cima, fechando a admissão. O ar do cilindro é
descarregado através do orifício existente no pistão e pelo pórtico de descarga (3), sendo vedada
a válvula de admissão (2).

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


101
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

CILINDRO DE ACIONAMENTO
VERSÕES: Todas - 421 411 ... 0
421 445 ... 0
421 429 020 0
884 500 280 0
884 505 011 0

FUNÇÃO: Acionar o sistema de freio motor.

Funcionamento
Quando a válvula de acionamento está desacionada (posição A), a câmara (a) está sem pressão,
então as molas (2) e (3) forçam o pistão (5) para a posição de recuo. Ao ser acionada a válvula
de acionamento (posição B), o ar comprimido entra pelo pórtico (1) câmara (a) e atua sobre o
pistão (5) que, por sua vez, avança a haste (4), acionando o sistema e freio motor.

102 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

SERVO DE EMBREAGEM

VERSÕES: Todas – 970 051 ... 0

FUNÇÃO: Reduzir o esforço no pedal da embreagem e


transmitir um fácil e preciso acionamento.

Funcionamento
• Desacoplagem da embreagem
Ao acionar o pedal da embreagem, o fluido forçado pelo cilindro hidráulico flui através da
conexão (1 – 4) para as câmaras (C) e (D). O êmbolo (a) desloca-se para frente, fechando a saída
(b) e abrindo a entrada (c), permitindo que o ar comprimido da conexão (1) entre na câmara (A)
e flua através da passagem (g) para a câmara (B). Forçado pela pressão hidráulica e pneumática,
o pistão (h) desloca-se para a direita e desacopla a embreagem por intermédio da haste de
acionamento (f). A pressão pneumática na câmara (A) equilibra- se com a força hidráulica na
câmara (D) fechando a entrada (c). Com o acionamento total do pedal da embreagem, a válvula
de comando é totalmente aberta, permitindo a livre passagem do ar comprimido (máxima força
de acionamento).

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


103
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Acoplamento da embreagem
Ao soltar o pedal da embreagem, o fluido das câmaras (C) e (D) retorna ao cilindro hidráulico. O
êmbolo (a) desloca-se para trás liberando o ar comprimido das câmaras (A) e (B) para a
atmosfera através da descarga (3). A pressão hidráulica e pneumática sobre o pistão (h) diminui,
permitindo seu retorno para a posição de acoplamento da embreagem. A passagem parcial do ar
comprimido através do canal (e) compensa a depressão na câmara (E). Em qualquer circunstância
a pressão pneumática da câmara (B) é proporcional à pressão hidráulica na câmara (C), o que
permite o total controle por ocasião do acoplamento da embreagem.

SERVO DE EMBREAGEM COM INDICADOR DE DESGASTE DO DISCO DE EMBREAGEM


VERSÕES: Todas – 970 051 179 0

Os veículos em referência, conforme indicações a seguir, passarão a receber a aplicação de série, de


um indicador de desgaste do disco de embreagem incorporado no cilindro hidroservopneumático
(receptor) de acionamento de embreagem.

104 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

Indicações
Disco novo – topo da haste (c) faceando o topo do parafuso oco (G). Disco
gasto – topo da haste (c) faceando o topo do indicador (e).

Intercambialidade
O cilindro hidroservopneumático atual pode substituir o anterior. O contrário não é recomendável.
A execução atual (cilindro com indicador de desgaste – Nr. 384 295 70 18) pode ser aplicada
também nos veículos OF 1620 com chassi de nr. final inferior a ...070343, bem como nos veículos
OF 1618 (equipamentos com embreagem GMF 350 e cx. de mudanças ZF 85-680).

NOTA:
O parâmetro estabelecido para o ajuste do indicador de desgaste está baseado na condição “disco de
embreagem novo”, recomenda-se que a instalação do indicador (cilindro Nr. 970 051 179 0) seja
efetuada quando houver a substituição do disco de embreagem.

Ajuste do indicador de desgaste


Observe para que o sistema de acionamento esteja corretamente sangrado, o conjunto pedal da
embreagem corretamente regulado (vide Regulagem do Pedal) e o disco de embreagem seja novo.
Remova a capa protetora (D). Solte a porca (B) e regule o parafuso
(G) de modo que o topo da haste (c) faceie/tangencie o topo do parafuso oco (G) conforme
indicado na figura – “posição disco novo”. Durante o ajuste, o pedal da embreagem deve estar
desaplicado e encostado no batente superior.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


105
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

CABEÇA DE ACOPLAMENTO

VERSÃO: 952 200 ... 0

FUNÇÃO: Conectar a alimentação de ar do cavalo mecânico para o


semi-reboque.

Funcionamento
• Posição fechada
O ar proveniente do circuito de alimentação do cavalo mecânico chega à câmara (a) não podendo
passar devido ao fechamento da válvula (5).

• Posição aberta
Ao conectar a cabeça de acoplamento (macho) à cabeça de acoplamento (fêmea) a válvula
(5) é empurrada para baixo, e o ar comprimido da câmara (a) flui para a tubulação do semi-
reboque.

106 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

SECADOR DE AR

VERSÃO: 432 410 064 0

Funcionamento
• Secagem do ar comprimido
Na fase de abastecimento do sistema pneumático, o ar proveniente do compressor de ar, flui para
a câmara de admissão (A) através do pórtico (1). Uma condensação preliminar de água pode
ocorrer neste instante sendo coletada e enviada à válvula (f) via canal (C). O ar comprimido
atravessa um pré-filtro (g) que está dentro da carcaça do secador, passa pela câmara (h) e chega
úmido na parte superior do filtro. Ao infiltrar-se no secante (a) a umidade existente no ar é
absorvida. O ar comprimido desumidificado chega então ao pórtico 21, após passar pela válvula
de retenção (c). Simultaneamente, o ar comprimido flui através do orifício (d) para o pórtico 22
que está conectado ao reservatório regenerativo.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


107
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Regeneração do filtro
Quando a pressão do sistema pneumático chega ao limite máximo regulado, a pressão na câmara
(D) que está constantemente pressurizada pela pressão do pórtico 21, vence a força da mola (j),
abrindo a válvula de descarga (e). Nesta condição, o ar é descarregado para a atmosfera.
Simultaneamente, é fechada a válvula de retenção (5). Neste estágio, o ar comprimido existente
no reservatório regenerativo (k) retorna pelo pórtico 22 em sentido contrário, limpando o
elemento secante (a), pois a pressão atuante na câmara (h), (A) e (C) é inferior à pressão
existente no reservatório regenerativo.

108 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA REPARO

• Desmontagem utilizando ferramental adequado


• Identificação da falha
• Limpeza dos componentes com solvente (álcool)
• Consulta ao catálogo de aplicação e lista de peças
• Montagem utilizando ferramental e graxas específicas
• Teste e regulagem dos componentes na bancada de teste
• Utilização de EPIs

Sugestão de Layout para oficina

Graxa para produtos WABCO

Nº PRODUTO DESCRIÇÃO PESO APLICAÇÃO

APU, secador de ar, válvulas, pedal, distribuidora sensível à carga, freio


de estacionamento, freio do reboque, limitadora de pressão, drenagem
884 598 002 4 Graxa Renolit RHF 1 15gr automática, retenção, descarga rápida, acionamento, 3/2 vias, fluxo, relé,
controle de câmbio, ajustador de folga, cilindros tristop e amplificador.

884 598 005 4 Graxa Rhodorsil 5gr Servo embreagem

884 598 008 4 Graxa Unisikon GK 301 5gr Válvula protetora de 4 cilindros

884 598 009 4 Graxa Staburags GBUY 5gr Regulador de pressão

884 598 012 4 Graxa BP Olex 5gr Válvula 5/2 vias (caixa de câmbio)

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


109
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

MANUAL DE BANCADA DE TESTE WABCO

APRESENTAÇÃO
Dados Técnicos
Nr da Bancada WABCO – 884 500 100 0
Altura total: 1700 mm
Largura: 1250 mm
Profundidade: 800 mm Peso
aproximado: 170 kg
Pintura: Azul RAL-5009 (acabamento acetinado, resistente à corrosão) Manômetros:
Escala de 0 a 16 bar (divisão de 0,1 bar)
Meio de atuação: Ar comprimido

Função
A Bancada Universal de Teste WABCO tem a finalidade de testar e regular todos os componentes
do sistema de freio a ar. Além dos produtos WABCO, produtos similares de outros fabricantes
também podem ser testados nesta bancada.

Suprimento de ar comprimido
Para a utilização da bancada é necessária a existência de uma linha de ar comprimido no local.

A pressão máxima para instalação é de 21 bar. Para locais onde não houver linha de ar
comprimido, alimente a bancada com compressor equivalente a pressão de 150 lb/pol2 e vazão de
15 à 20 pés3/min.

OBSERVAÇÃO
Instalar um filtro de ar na entrada da bancada, evitando assim que impurezas danifiquem o sistema
pneumático da mesma.

Vantagens
O arranjo racional, engates rápidos, conectores, manômetros e reservatórios de ar independentes,
permitem que o teste funcional dos produtos seja compatível com a operação dos mesmos quando
montados no veículo.

110 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

São disponíveis instruções de teste (ver manual WABCO 884 599 22 3) que descrevem a seqüência
correta das operações a serem executadas.

A bancada possui quatro circuitos pneumáticos para teste com reservatórios de 1 litro, e
manômetros que possibilitam leituras rápidas e precisas. Possui ainda uma válvula de segurança
que atuará automaticamente toda vez que houver aumento da pressão do ar que alimenta a bancada.

Operação
O ar comprimido é admitido através do regulador de pressão D(*), sendo que a pressão disponível
lida no manômetro V(*) é ajustada até o máximo de 10 bar.

A válvulas de controle de pressão FN1 e FN2 (*) fornecem pressões reguladas aos engates rápidos
1 e 2 (*), e serão lidas nos manômetros correspondentes.

Os engates rápidos 3, 4, 6 e 7 (*) ligam-se aos circuitos de medição interligados aos reservatórios
de 1 litro e aos respectivos manômetros.

A bancada possui outro reservatório de 20 litros, com acesso através da conexão L(*), com
respectivo registro e torneira de descarga lateral V(*).

As torneiras de descarga laterais 3, 4, 6 e 7 têm a função de retirar todo ar acumulado nos


reservatórios de 1 litro, ligados ao circuito de medição dos manômetros.

OBSERVAÇÃO
Para localizar os itens mencionados com (*), veja desenho da Bancada de teste na pág.117.

Funcionamento
As válvulas de controle de pressão FN1 e FN2 têm a função de alimentar com pressão pneumática
os produtos testados, controlando-os através dos engates rápidos 1 e 2. Conseqüentemente
efetuando as leituras nos manômetros 1 e 2. Os manômetros 3, 4, 6 e 7 tem função de fazer a leitura
de pressão que for aplicada nos respectivos engates.

Nº ENGATE RÁPIDO Nº MANÔMETRO

3 3

4 4

6 6

7 7

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


111
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

As torneiras laterais L e C têm a função de proporcionar 2 saídas a mais de ar (porém, sem o


controle de pressão), através dos seguintes engates rápidos:

TORNEIRA ENGATE RÁPIDO

L L

V 7

OBSERVAÇÃO
Quando estiver utilizando a torneira C como alimentação, o engate rápido 7 não funciona como
leitura no manômetro 7.

As torneiras laterais 3, 4, 6 e 7 ao lado da bancada têm a função de exaustão, indicada através


dos seguintes engates rápidos:

Nº TORNEIRA LATERAL Nº ENGATE RÁPIDO

3 3

4 4

6 6

7 7

OBSERVAÇÃO
A torneira lateral V ao lado da bancada de teste atua como linha auxiliar de ar.

112 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

CONJUNTO DE ACESSÓRIOS

ITEM QTD DESCRIÇÃO Nº WABCO

1 5 Mangueira com terminais (comp. 1,5m) 884 500 116 2

2 3 Mangueira com terminais (comp. 1,0m) 884 500 119 2

3 4 Adaptador M22 x 1,5 x 1/4” NPT 884 500 121 2

4 4 Adaptador M14 x 1,5 x 1/4” NPT 884 500 122 2

5 4 Adaptador M12 x 1,5 x 1/4” NPT 884 500 124 2

6 4 Adaptador 1/4” NPT x 1/4” NPT 884 500 126 2

7 6 Adaptador M16 x 1,5 x 1/4” NPT 884 500 123 2

8 6 Anel de aperto 884 500 046 2

9 6 Anel de aperto 893 030 170 4

10 6 Anel de aperto 893 030 080 4

11 6 Anel de aperto 893 030 070 4

12 10 Anel “O” 884 500 402 4

13 10 Anel “O” 897 770 250 4

14 10 Anel “O” 897 070 070 4

15 10 Anel “O” 884 599 001 4

INSTRUÇÕES PARA INSTALAÇÃO


Determine o local para instalação da bancada. O mesmo dever ser próximo à área de reparação dos
produtos. Instale um filtro de ar na entrada da bancada (o mesmo deve ser adquirido
separadamente), conforme desenho abaixo.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


113
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

Para pressurizar a bancada é necessário a existência de ar comprimido no local. Situações onde não
houver ar comprimido, pressurizá-la com compressor equivalente a vazão de 150 Lbs (ver desenho
abaixo).

Opções de ligação:

Interligue a saída do filtro de ar à entrada da bancada de testes utilizando uma mangueira que
resista à pressão de 20 bar. Fixe as extremidades da mangueira com abraçadeiras metálicas. Para
iniciar o trabalho, gire o regulador de pressão D da bancada no sentido horário, até que o
manômetro V atinja a pressão de 20 bar.

Caso haja dúvida durante a instalação e manuseio da Bancada de Teste WABCO, procure seu
distribuidor ou posto autorizado mais próximo.

114 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

LAYOUT DA BANCADA

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Válvula de Proteção Quatro Circuitos

VALORES DE PRESSÃO

PRESSÃO DE ABERTURA (bar) NOS CIRCUITOS


PRODUTO
21 22 23 24

934 702 300.0 7,0 - 0,3 7,0 - 0,3 7,0 - 0,3 7,0 - 0,3

934 702 322.0 6,9 - 0,3 6,9 - 0,3 7,0 - 0,2 6,9 - 0,3

934 702 381.0 6,5 - 0,3 6,5 - 0,3 6,5 - 0,3 6,5 - 0,3

934 702 387.0 6,5 - 0,3 6,5 - 0,3 7,5 - 0,3 6,5 - 0,3

934 702 390.0 7,0 - 0,3 7,0 - 0,3 6,0 - 0,3 6,0 - 0,3

934 702 391.0 7,0 - 0,3 7,0 - 0,3 7,0 - 0,3 7,0 - 0,3

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


115
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

Válvula de Segurança

Nº PRODUTO PRESSÃO ABERTURA (bar) ROSCA

434 608 202 0 10,7  0,2 M16 x 1,5 (cônica)

434 608 204 0 15,5 - 1 M14 x 1,5 (cônica)

434 608 207 0 10,8  0,2 1/4” NPT - 18 fpp

434 608 208 0 9,7 + 0,3 M16 x 1,5 (cônica)

434 608 209 0 10,4 - 0,6 M16 x 1,5 (cônica)

884 501 703 0 13  0,5 M16 x 1,5 (cônica)

Regulador de Pressão

Nº PRODUTO PRESSÃO ABERTURA (bar)

884 500 629 0 8,1  0,2

975 300 110 0 8,1  0,2

975 300 111 0 7,3  0,2

975 300 113 0 8,1  0,2

975 300 131 0 8,1  0,2

116 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

TESTES DOS COMPONENTES DOS SISTEMAS DE FREIOS

REGULADOR DE PRESSÃO

VERSÃO: 975 300 ... 0

Procedimentos de instalação
• Conectar engate rápido 1 no pórtico 1.
• Conectar engate rápido 3 no pórtico 21.
• Abrir parcialmente a torneira lateral 3 da bancada de testes.
• Acionar e desacionar a válvula FN1 algumas vezes para um bom assentamento dos
componentes mecânicos.

Teste de estanqueidade
• Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão (veja a tabela a seguir).
• Verificar vazamento nas áreas de junção da tampa com o corpo e exaustão.

VERSÃO MANÔMETRO 1 (bar)

975 300 110 0 8.0

975 300 111 0 7.0

975 300 113 0 8.0

975 300 131 0 5.0

884 500 629 0 8.0

Caso haja vazamento nas condições acima, verificar a necessidade de troca do jogo de reparo e/ou
peças sobressalentes.

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117
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

Teste de vazamento na válvula de retenção


• Conectar engate rápido 1 no pórtico 21.
• Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.
• Verificar vazamento no pórtico 1 e exautão.

Caso haja vazamento na condição acima, verificar válvula de retenção e/ou área de assentamento no
corpo.

Teste de funcionamento
• Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de abertura (ver tabela).
• Abrir a torneira lateral 3 da bancada de testes parcialmente.
• Verificar as pressões de abertura e fechamento do regulador.

VERSÃO PRESSÃO DE ABERTURA M1 (bar) PRESSÃO DE FECHAMENTO M3 (bar)

975 300 110 0 7,9 a 8,3 6,0 a 7,7

975 300 111 0 7,1 a 7,5 6,1 a 6,9

975 300 113 0 7,9 a 8,3 6,9 a 7,7

975 300 131 0 5,4 a 5,8 4,6 a 5,3

884 500 629 0 7,9 a 8,3 6,9 a 7,7

M1 - manômetro 1
M3 - manômetro 3

Caso a pressão de abertura esteja fora do especificado, regular a pressão través do parafuso de
regulagem existente na parte superior do regulador.

VÁLVULA RELÊ

VERSÕES: 973 011 ... 0


973 001 ... 0

Procedimentos de instalação
• Conectar engate rápido 1 no pórtico 1.
• Conectar engate rápido 2 no pórtico 4.
• Conectar engate rápido 3 no pórtico 2.
• Plugar demais pórticos.

118 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

Teste de estanqueidade
• Posição desacionada
- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.
- Verificar vazamentos nas áreas de junção do corpo de exaustão.

• Posição acionada
- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.
- Acionar a válvula FN2 até o manômetro 2 atingir a pressão de 8 bar.
- Verificar pressão no manômetro 3 que deverá ser de 8 bar.
- Verificar vazamentos nas áreas de junção do corpo e exaustão.

Caso ocorra vazamento nas condições acima, verificar a necessidade da substituição do jogo de
reparo e/ou peças sobressalentes.

Teste de funcionamento
• Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.
• Acionar gradativamente a válvula FN2 até o manômetro 2 atingir 0,5 bar.
• Verificar a pressão no manômetro 3 que deverá apresentar início de pressão.
• Acionar a válvula FN2 até o manômetro 2 atingir a pressão de 8 bar.
• Verificar a pressão no manômetro 3 que deverá subir sem retardamento até 8 bar.
• Desacionar a válvula FN2 até o manômetro 2 atingir a pressão de 0 bar.
• Verificar a pressão no manômetro 3 que deverá cair para 0 bar rapidamente.

VÁLVULA PROTETORA DE 4 CIRCUITOS

VERSÃO: 934 702 ... 0

Dispositivo necessário
• Conexão com restrição de 1mm.
• Manômetro (M1) adicional.

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119
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

Procedimentos de instalação
• Conectar engate rápido 1 na conexão com restrição de 1mm.
• Conectar restrição de 1mm no manômetro M1.
• Conectar manômetro M1 no pórtico 1 da válvula protetora de 4 circuitos.
• Conectar engate rápido 1 no pórtico 1.
• Conectar engate rápido 3 no pórtico 21.
• Conectar engate rápido 4 no pórtico 22.
• Conectar engate rápido 6 no pórtico 23.
• Conectar engate rápido 7 no pórtico 24.

Teste de estanqueidade
• Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.
• Verificar vazamentos nas áreas de junção das tampas com o corpo.

Caso ocorra vazamento nas condições acima, verificar a necessidade da substituição do jogo de
reparo e/ou peças sobressalentes.

Regulagem
• Versão 934 702 381 0
OBSERVAÇÃO
Antes de iniciar o processo de regulagem aliviar a tensão das molas.

- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.


- Verificar a pressão nos manômetros 3, 4, 6 e 7 que deverá ser de 8 bar.
- Abrir a torneira lateral 3 ao lado da bancada de teste e ajustar a pressão do pórtico 21
apertando o parafuso de regulagem, de forma que a pressão do manômetro padrão (teste) atinja
a pressão de 6,5 bar.
- Fechar a torneira lateral 3. Com estes procedimentos a regulagem do pórtico 21 está
executada.
- Para regular os demais circuitos, proceder conforme operações acima.

Na tabela a seguir estão descritos os valores de pressão de abertura dos demais circuitos.

VERSÃO 381.0 CIRCUITO 21 CIRCUITO 22 CIRCUITO 23 CIRCUITO 24

Pressão de abertura 6,5 6,5 6,5 6,5

Pressão de fechamento 4,5 4,5 4,5 4,5

120 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Versão 934 702 384 0


OBSERVAÇÃO
Antes de iniciar o processo de regulagem aliviar a tensão das molas.

- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.


- Verificar a pressão nos manômetros 3, 4, 6 e 7 que deverá ser de 8 bar.
- Abrir a torneira lateral 3 ao lado da bancada de teste e ajustar a pressão do pórtico 21
apertando o parafuso de regulagem de forma que a pressão do manômetro padrão (teste) atinja
a pressão de 7.0 bar.
- Fechar a torneira lateral 3. Com estes procedimentos, a regulagem do pórtico 21 está
executada.
- Para regular os demais circutios, proceder conforme operações acima.

Na tabela abaixo estão descritos os valores de pressão de abertura dos demais circuitos.

VERSÃO 384.0 CIRCUITO 21 CIRCUITO 22 CIRCUITO 23 CIRCUITO 24

Pressão de abertura 7,0 7,0 7,0 7,0

Pressão de fechamento 5,0 5,0 0 5,0

• Versão 934 702 390 0


OBSERVAÇÃO
Antes de iniciar o processo de regulagem aliviar a tensão das molas.

- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.


- Verificar a pressão nos manômetros 3, 4, 6 e 7 que deverá ser de 8 bar.
- Abrir a torneira lateral 3 ao lado da bancada de teste e ajustar a pressão do pórtico 21
apertando o parafuso de regulagem de forma que a pressão do manômetro padrão (teste) atinja
a pressão de 7.0 bar.
- Fechar a torneira lateral 3. Com estes procedimentos, a regulagem do pórtico 21 está
executada.
- Para regular os demais circutios, proceder conforme operações acima.

Na tabela abaixo estão descritos os valores de pressão de abertura dos demais circuitos.

VERSÃO 390.0 CIRCUITO 21 CIRCUITO 22 CIRCUITO 23 CIRCUITO 24

Pressão de abertura 7,0 7,0 6,0 6,0

Pressão de fechamento 5,0 5,0 4,0 4,0

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


121
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

• Versão 934 702 391 0


OBSERVAÇÃO
Antes de iniciar o processo de regulagem aliviar a tensão das molas.

- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.


- Verificar a pressão nos manômetros 3, 4, 6 e 7 que deverá ser de 8 bar.
- Abrir a torneira lateral 3 ao lado da bancada de teste e ajustar a pressão do pórtico 21
apertando o parafuso de regulagem de forma que a pressão do manômetro padrão (teste) atinja
a pressão de 7.0 bar.
- Fechar a torneira lateral 3. Com estes procedimentos, a regulagem do pórtico 21 está
executada.
- Para regular os demais circutios, proceder conforme operações acima.

Na tabela abaixo estão descritos os valores de pressão de abertura dos demais circuitos.

VERSÃO 391.0 CIRCUITO 21 CIRCUITO 22 CIRCUITO 23 CIRCUITO 24

Pressão de abertura 7,0 7,0 7,0 7,0

Pressão de fechamento 6,7 6,7 6,7 6,7

• Versão 934 702 300 0


OBSERVAÇÃO
Antes de iniciar o processo de regulagem aliviar a tensão das molas.

- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.


- Verificar a pressão nos manômetros 3, 4, 6 e 7 que deverá ser de 8 bar.
- Abrir a torneira lateral 3 ao lado da bancada de teste e ajustar a pressão do pórtico 21
apertando o parafuso de regulagem de forma que a pressão do manômetro padrão (teste) atinja
a pressão de 7.0 bar.
- Fechar a torneira lateral 3. Com estes procedimentos, a regulagem do pórtico 21 está
executada.
- Para regular os demais circuitos, proceder conforme operações acima.

Na tabela abaixo estão descritos os valores de pressão de abertura dos demais circuitos.

VERSÃO 300.0 CIRCUITO 21 CIRCUITO 22 CIRCUITO 23 CIRCUITO 24

Pressão de abertura 7,0 7,0 7,0 7,0

Pressão de fechamento 4,5 4,5 6,7 6,7

122 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

• Versão 934 702 322 0


OBSERVAÇÃO
Antes de iniciar o processo de regulagem aliviar a tensão das molas.

- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.


- Verificar a pressão nos manômetros 3, 4, 6 e 7 que deverá ser de 8 bar.
- Abrir a torneira lateral 3 ao lado da bancada de teste e ajustar a pressão do pórtico 21
apertando o parafuso de regulagem de forma que a pressão do manômetro padrão (teste) atinja
a pressão de 6.9 bar.
- Fechar a torneira lateral 3. Com estes procedimentos, a regulagem do pórtico 21 está
executada.
- Para regular os demais circutios, proceder conforme operações acima.

Na tabela abaixo estão descritos os valores de pressão de abertura dos demais circuitos.

VERSÃO 391.0 CIRCUITO 21 CIRCUITO 22 CIRCUITO 23 CIRCUITO 24

Pressão de abertura 6,9 6,9 7,0 6,9

Pressão de fechamento 4,5 4,5 6,7 6,7

VÁLVULA PEDAL

VERSÃO: 461 315 ... 0

Dispositivo necessário
Nº 899 709 075 2

Procedimentos de instalação
• Conectar engate rápido 1 no pórtico 11.
• Conectar engate rápido 2 no pórtico 11.
• Conectar engate rápido 3 no pórtico 11.
• Conectar engate rápido 4 no pórtico 11.
• Plugar demais pórticos.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


123
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

Teste de estanqueidade
• Posicão desacionada
- Acionar as válvulas FN1 e FN2 até os manômetros 1 e 2 atingirem a pressão de 5 bar.
- Verificar vazamentos no pórtico de descarga e área de junção do corpo.
- Acionar as válvulas FN1 e FN2 até os manômetros 1 e 2 atingirem a pressão de 8 bar.
- Verificar vazamentos no pórtico de descarga e áreas de junção do corpo.

• Posição acionada
- Acionar as válvulas FN1 e FN2 até os manômetros 1 e 2 atingirem a pressão de 5 bar.
- Acionar a válvula pedal até os manômetros 3 e 4 atingirem a pressão 5 bar.
- Verificar vazamento no pórtico de exaustão e áreas de junção do corpo.
- Continuar acionando a válvula pedal até os manômetros 3 e 4 atingirem a pressão de 8 bar.

Caso ocorra vazamentos nas condições acima, verificar a necessidade de substituição do jogo de
reparo e/ou peças sobressalentes.

Teste de funcionamento
• Acionar as válvulas FN1 e FN2 até os manômetros 1 e 2 atingirem a pressão de 8 bar.
• Acionar a válvula pedal até os manômetros 3 e 4 atingirem a pressão de 8 bar.
• Desacionar totalmente a válvula FN1.
• Manômetros 1 e 3 devem apresentar 0 bar e os manômetros 1 e 4 devem apresentar 8 bar.
• Acionar a válvula FN1 novamente até a pressão no manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.
• Desacionar totalmente a válvula FN2.
• Manômetros 2 e 4 devem apresentar 0 bar e os manômetros 1 e 3 devem apresentar 8 bar.
• Acionar a válvula novamente até os manômetros 3 e 4 atingirem a pressão de 8 bar.
• Ao desacionar a válvula pedal, verificar se não ocorre histerese de pressão nos manômetros 3 e 4.

124 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

VÁLVULA DISTRIBUIDORA

VERSÃO: 973 009 ... 0

Procedimentos de instalação
• Conectar engate rápido 1 no pórtico 41.
• Conectar engate rápido 2 no pórtico 42.
• Conectar engate rápido 7 no pórtico 43.
• Conectar engate rápido L no pórtico 11.
• Conectar engate rápido 3 no pórtico 12.
• Conectar engate rápido 4 no pórtico 22.

Teste de estanqueidade
• Acionar a torneira L em sentido horário.
• Acionar a torneira C até o manômetro 7 indicar pressão de 8.0 bar.
• Verificar vazamento no pórtico de exaustão.
• Desacionar a torneira C e abrir a torneira lateral 7 até o manômetro 7 indicar pressão de 0 bar.
• Verificar vazamento no pórtico de exaustão.
• Fechar a torneira lateral 7.
• Acionar a torneira C novamente até o manômetro 7 indicar uma pressão de 8.0 bar.
• Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 indicar uma pressão de 8.0 bar.
• Verificar o manômetro 4 que deverá indicar pressão de 8.0 bar.
• Verificar vazamento no pórtico de exaustão.
• Desacionar a válvula FN1 e acionar a válvula FN2 até o manômetro 2 indicar uma pressão de 8.0
bar.
• Verificar o manômetro 4 que deverá indicar uma pressão de 8.0 bar.
• Verificar vazamento no pórtico de exaustão da válvula.
• Desacionar a válvula FN2 até o manômetro 2 atingir 0 bar.

OBSERVAÇÃO
Em todas as fases de verificação de estanqueidade, o máximo vazamento encontrado deverá ser de 
8cm3/minuto, isto equivale ao  de uma bolha de 25mm durante 1 minuto.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


125
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

Teste de funcionamento e regulagem


• Freio de serviço (circuito 41)
- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 indicar pressão de 0.5 bar.
- Verificar a pressão no manômetro 4 que deverá ser  a 0.5 bar.
- Aumentar a pressão da válvula FN1 até o manômetro 1 indicar pressão de 2.0 bar.
- Regular a válvula para uma pressão de 2.2 bar no manômetro 4.
- Este avanço poderá ser ajustado mediante a um parafuso de regulagem interno na válvula.
- Aumentar a pressão da válvula FN1 até o manômetro 1 indicar pressão de 7.3 bar.
- Verificar o manômetro 4 que deverá indicar uma pressão de 7.5 bar.
- Desacionar a válvula FN1 até o manômetro 1 indicar pressão de 0 bar.

• Freio de serviço (circuito 42)


- Acionar a válvula FN2 até o manômetro 2 indicar pressão de 0.5 bar.
- Verificar pressão no manômetro 4 que deverá ser  a 0.5 bar.
- Aumentar a pressão da válvula FN2 até o manômetro 2 indicar pressão de 2 bar.
- Verificar o manômetro 4 que deverá indicar uma pressão de 2 bar.
- Aumentar a pressão da válvula FN2 até o manômetro 2 indicar uma pressão de 8 bar.
- Verificar o manômetro 4 que deverá indicar uma pressão de 8 bar.
- Desacionar a válvula FN2 até o manõmetro 2 atingir 0 bar.

• Freio de estacionamento (circuito 43)


- Com uma queda de pressão no circuito 43 de 8.0 bar para 6.3 bar, deverá ocorrer no
manômetro 4 uma indicação de pressão de  0.5 bar.
- Para executar este teste, feche a torneira C e abra lentamente a torneira lateral 7
verificando a queda de pressão de 8.0 bar para 6.3 bar.
- Com uma pressão de 0 bar no manômetro 7, o manômetro 4 deverá indicar uma pressão
> a 6.7 bar.
- Acionando a torneira C, aumente a pressão no manômetro 7 para 0.9 bar.
- O manômetro 4 deve apresentar início de queda de pressão.
- Aumentar a pressão no manômetro 7 para uma pressão  7.3.
- O manômetro 4 deverá indicar uma pressão de 0 bar.
- Acionar a torneira C até o manômetro 7 atingir 8 bar.

126 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

Teste de ruptura
Caso ocorra uma diferença de pressão entre o pórtico 41 e o pórtico de alimentação 11, motivada
pela ruptura da tubulação do freio do reboque, a válvula 2/2 vias acoplada à válvula distribuidora
restringe a passagem de o de 9mm para 2mm.

Com uma pressão de 8.0 bar no pórtico 11, retire cuidadosamente o engate rápido 3, acione a
válvula FN1 e verifique se ocorre uma restrição de pressão que é liberada pela válvula.

VÁLVULA FREIO DE ESTACIONAMENTO

VERSÕES: 961 723 021 0


961 723 031 0

Dispositivo necessário
Transferidor de graus.

Procedimentos de instalação
• Conectar engate rápido 1 no pórtico 1.
• Conectar engate rápido 3 no pórtico 2.

Teste de estanqueidade
• Posição acionada
- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.
- Com o punho da válvula na posição de freio aplicado (punho travado), verificar a pressão no
manômetro 3 que deverá ser 0 bar.
- Verificar vazamento nas áreas de junção do corpo e exaustão.

Caso ocorra vazamento nas condições acima, verificar a necessidade da substituição do jogo de
reparo e/ou peças sobressalentes.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


127
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

Teste de funcionamento e regulagem


• Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.
• Deslocar o punho da válvula para o ângulo de 20º a partir da posição de freio desaplicado (punho
solto).
• Verificar a pressão do manômetro 3 que deverá estar entre 4.1 a 4.8 bar. Caso a pressão do
manômetro 3 esteja fora do especificado, ajustar a pressão através do parafuso de regulagem
posicionado no interior da válvula.
• Deslocar o punho da válvula para o ângulo de 55º a partir da posição de freio desaplicado (punho
solto).
• Verificar a pressão no mamnômetro 3 que deverá ser de 0 bar.
• Com o ângulo de aproximadamente 90º, deve ocorrer o travamento do punho e a pressão no
manômetro 3 deverá ser de 0 bar.

Teste do conector elétrico


• Alimentar o conector elétrico com uma tensão de 12V.
• Deslocar o punho da válvula para a posição de freio desacionado (punho solto).
• Verificar contato que deverá estar aberto.
• Deslocar o punho da válvula para a posição de freio acionado (punho travado).
• Verificar contato elétrico que deverá estar fechado.

VÁLVULA FREIO DE ESTACIONAMENTO

VERSÕES: 961 723 212 0


961 723 214 0
961 723 215 0

Dispositivo necessário
Transferidor de graus.

Procedimentos de instalação
• Conectar engate rápido 1 no pórtico 1.
• Conectar engate rápido 3 no pórtico 21.
• Conectar engate rápido 4 no pórtico 22.

128 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

Teste de estanqueidade
• Posição acionada
- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.
- Com o punho da válvula na posição de freio desaplicado (punho solto), verificar a pressão nos
manômetros 3 e 4 que deverá ser 8 bar.
- Verificar vazamento nas áreas de junção do corpo e exaustão.

• Posição desacionada
- Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.
- Com o punho da válvula na posição de freio desaplicado (punho solto), verificar a pressão nos
manômetros 3 e 4 que deverá ser: manômetro 3 - pressão de 0 bar e manômetro 4 - pressão de
8 bar.
- Verificar vazamento nas áreras de junção do corpo e exaustão.

Caso ocorra vazamento nas condições acima, verificar a necessidade da substituição do jogo de
reparo e/ou peças sobressalentes.

Teste de funcionamento
• Acionar a válvula FN1 até o manômetro 1 atingir a pressão de 8 bar.
• Deslocar o punho da válvula para o ângulo de 20º a partir da posição do freio desaplicado (punho
solto).
• Verificar a pressão no manômetro 3 que deverá estar entre 4.1 a 4.8 bar.
• Caso a pressão no manômetro 3 esteja fora do especificado, ajustar a pressão através do
parafuso de regulagem posicionado no interior da válvula.
• Deslocar o punho da válvula para o ângulo de 50º a partir da posição de freio desaplicado (punho
solto).
• Verificar as pressões nos manômetros 3 e 4 que deverá ser de 0 bar.
• Com o ângulo de aproximadamente 90º deverá ocorrer o travamento do punho e a pressão no
manômetro 3 deverá ser de 0 bar e no manômetro 4 deverá ser de 8 bar.

Teste do conector elétrico


• Alimentar o conector elétrico com uma tensão de 12V.
• Deslocar o punho da válvula para a posição de freio desacionado (punho solto).
• Verificar contato que deverá estar aberto.
• Deslocar o punho da válvula para a posição de freio acionado (punho travado).
• Verificar contato elétrico que deverá estar fechado.

ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


129
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

MALETA DE TESTE WABCO

DADOS TÉCNICOS
Nº da Maleta WABCO – 884 500 022 0

Dimensões
Altura: 470mm
Largura: 550mm
Profundidade: 170mm
Peso aproximado: 13kg

OPERAÇÃO
A maleta de teste possibilita ao usuário analisar e localizar com precisão as falhas existentes no
sistema de freio do veículo.

Desta forma, é possível realizar o trabalho com maior rapidez e economia, retirando do sistema
de freio do veículo somente o componente com defeito.

A maleta de teste é confeccionada de forma a resistir a impactos, pois possui divisórias internas
que protegem todos os seus componentes.

130 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO”


SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

COMPONENTES DA MALETA

ITEM QTD DESCRIÇÃO

1 2 Mangueira (branca - comp. 6,5m)

1 2 Mangueira (azul - comp. 6,5m)

1 2 Mangueira (amarela - comp. 6,5m)

2 5 Manômetro simples com proteção (16 bar)

3 2 Cabeça de acoplamento

4 1 Conjunto de adaptadores

5 1 Cabeça de acoplamento (conjunto)

6 5 Kit de acessórios

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131
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

INSTRUÇÕES DE MANUSEIO
1. Retire os manômetros e as mangueiras do interior da maleta.

2. Monte uma das extremidades da mangueira no manômetro de teste (*).


(*) Para linhas com pressão de “alimentação”, use mangueira de cor “amarela”.
Para linhas com pressão de “serviço”, use mangueira de cor “azul”. Para linhas
com pressão de “sinal”, use mangueiras de cor “branca”.

3. Depois desta etapa, monte a outra extremidade da mangueira no local a ser testado.
Normalmente esta operação é efetuada através de tomada de teste instalada no sistema de freio
do veículo.

Para situações onde não exista esta tomada de teste, retire a conexão da válvula a ser testada,
adapte uma das conexões especiais existentes nos kits de acessórios que equipam a maleta (item
6), monte novamente a conexão da válvula, para posteriormente efetuar a montagem da outra
extremidade da mangueira para a realização dos testes.

OBSERVAÇÃO
Caso haja dúvida quanto ao manuseio da Maleta de teste WABCO, consulte seu revendedor ou
posto autorizado mais próximo.

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SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

TESTE DO SISTEMA DE FREIO

INSTRUÇÕES DE TESTES
Importante
• Antes de iniciar os testes, calce as rodas do veículo.
• Despressurize o sistema pneumático e instale todas as conexões necessárias.
• Os locais de instalação dos manômetros estão indicados no diagrama anexo.

1. Testes de Estanqueidade
Certifique-se de que o sistema pneumático esteja sem vazamentos.
OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (A) e (B) pressurize o sistema pneumático com
pressão de 8,3 bar. Observe a queda da pressão com freio de serviço aplicado e desaplicado. O
sistema é considerado estanque se o vazamento for menor que 0,5 bar durante 5 minutos.

2. Verificar o Funcionamento do Regulador de Pressão


Verifique a pressão de suprimento nos reservatórios do freio de serviço.
OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (A) e (B) funcione o motor e verifique a pressão
máxima do sistema.
Veículos equipados com regulador de pressão obtém os seguintes valores:

Nº WABCO PRESSÃO DE ABERTURA PRESSÃO DE FECHAMENTO

975 300 110 0 7,9 a 8,3 bar 6,9 a 7,7 bar

975 300 111 0 7,1 a 7,5 bar 6,1 a 6,7 bar

975 300 131 0 5,4 a 5,8 bar 4,6 a 5,3 bar

Veículos equipados com governador de pressão, verifique a pressão de abertura e fechamento para
cada modelo de governador, conforme especificação do fabricante do veículo.

3. Verificar Tempo de Enchimento do Sistema Pneumático


Funcione o motor com rotação nominal máxima e verifique o tempo de enchimento dos reservatórios.
OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (A) e (B) despressurize todo o sistema
pneumático.

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133
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

O tempo de enchimento depende da capacidade do compressor. De maneira geral obtém-


se:

VOLUME TOTAL DOS


COMPRESSOR DE AR RESERVATÓRIOS TEMPO DE ENCHIMENTO

MB  94mm 80 litros 4,1 a 5,4 min.

WABCO 80 litros 1,8 a 2,3 min.

4. Verificar Funcionamento do Manômetro Duplo


Verifique se há divergência entre os manômetros.
OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (A) e (B), pressurize o sistema pneumático com
pressão de 8,3 bar.

MANÔMETRO DO VEÍCULO/MANÔMETRO DE TESTE PRESSÃO MÁX. (bar)

Diferença máxima de leitura 0,2

5. Verificar Funcionamento da Válvula Protetora 4 Circuitos


Despressurize o sistema pneumático acionando a válvula moduladora do freio de
estacionamento várias vezes e comprove a pressão de segurança nos circuitos de freio.
OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (A) e (B) pressurize o sistema pneumático com
pressão de 8,3 bar.

Pressão de segurança (fechamento)

1. Circuito de freio de serviço (manômetro A) Mínimo 4,5 bar


2. Circuito de freio de serviço (manômetro B)

6. Verificar Funcionamento do Indicador de Baixa


Pressão Observe a pressão de acionamento do pressostato.
OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (A) e (B), despressurize o sistema
pneumático acionando a válvula pedal várias vezes.

LÂMPADA OU SONORIZADOR PRESSÃO (bar)

Acionado 5,0 a 5,7

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SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

7. Verificar Funcionamento Gradual da Válvula Pedal


Acione a válvula pedal verificando a antecipação do circuito primário.
OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (A) e (B), despressurize o sistema
pneumático com pressão de 8,3 bar.

CIRCUITO PRIMÁRIO/SECUNDÁRIO PRESSÃO (bar)

Antecipação do circuito primário 0,15 a 0,30

8. Verificar Inicio de Atuação dos Cilindros de Freio


OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (D) e (E) acione a válvula pedal e verifique a
pressão de início da atuação das alavancas de comando das sapatas.

Pressão de início de atuação Máximo 0,5 bar

9. Verificar Funcionamento Gradual da Válvula Freio de Estacionamento


OPERAÇÃO
Com o manômetro conectado no ponto (F) aplique e desaplique o freio de estacionamento lentamente,
observando o funcionamento gradual da válvula.
OBSERVAÇÃO
A válvula deve proporcionar, gradualmente, aumento e redução de pressão.

10. Verificar Funcionamento Gradual da Válvula Relé


- Circuitos de freio com válvula relé instalada no freio de estacionamento.
OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (F) e (G), pressurize o sistema pneumático com
pressão de 8,3 bar. Acione a válvula freio de estacionamento lentamente, aplicando pressão
de comando no (manômetro F) conforme valores de pressão indicada na tabela abaixo.
Verifique pressão de atuação no manômetro (G).

PRESSÃO DE COMANDO PRESSÃO DE


(MANÔMETRO F) ATUAÇÂO
(MANÔMETRO G)
0,5 bar Indicação de início de pressão

3,0 bar 2,9 a 3,1 bar

7,0 bar 7,0 a 7,5 bar

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135
CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

- Circuitos de freio com válvula relé no freio de serviço.


OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (F) e (E), pressurize o sistema pneumático com
pressão de 8,3 bar. Acione a válvula pedal lentamente, aplicando pressão de comando no
ponto (F) conforme valores de pressão da tabela abaixo. Verifique pressão de atuação no
manômetro (E).

PRESSÃO DE COMANDO PRESSÃO DE


(MANÔMETRO F) ATUAÇÂO
(MANÔMETRO E)
0,5 bar Indicação de início de pressão

3,0 bar 2,9 a 3,1 bar

7,0 bar 7,0 a 7,5 bar

11. Verificar Atuação das Molas Acumuladoras


OPERAÇÃO
Com o manômetro conectado no ponto (G), aplique o freio de estacionamento e observe a
pressão de alívio das molas acumuladoras.

MOLA ACUMULADORA PRESSÃO (bar)

Início de liberação 5,4 a 4,8

12. Verificar Funcionamento Gradual da Válvula Distribuidora


- Freio de serviço traseiro
OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (E) e (H), pressurize o sistema pneumático com
pressão de 8,3 bar. Desaplique o freio de estacionamento do veículo. Acione lentamente a
válvula pedal verificando as pressões de atuação, observando valores da tabela abaixo.

PRESSÃO DE FREIO DE SERVIÇO TRASEIRO PRESSÃO DE


(MANÔMETRO E) ATUAÇÂO
(MANÔMETRO H)
0,3 bar Início de pressão

4,0 bar 3,8 a 4,0 bar

7,0 bar 6,8 a 7,0 bar

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SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

- Freio de serviço dianteiro


OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (D) e (H) pressurize o sistema pneumático com
pressão de 8,3 bar. Desaplique o freio de estacionamento do veículo. Acione lentamente o
pedal de freio e verifique as pressões correspondentes aos manômetros através da tabela
abaixo.

PRESSÃO DE COMANDO PRESSÃO DE ATUAÇÂO


(MANÔMETRO D) (MANÔMETRO H)

0,3 bar Início de pressão

4,0 bar 3,8 a 4,0 bar

7,0 bar 6,9 a 7,0 bar

13. Verificar Funcionamento da Válvula Freio do Reboque


A válvula deve proporcionar, gradualmente, aumento e redução de pressão.
OPERAÇÃO
Com o manômetro conectado no ponto (H), pressurize o sistema pneumático com pressão de
8,3 bar. Desaplique o freio de estacionamento do veículo. Acione a válvula do freio do reboque
lentamente e verifique a pressão correspondente no ponto (H).

14. Verificar Funcionamento da Válvula Distribuidora (Freio de Estacionamento)


OPERAÇÃO
Com os manômetros conectados nos pontos (F) e (H), desaplique o freio de estacionamento
movendo lentamente o punho da válvula. Quando a pressão no manômetro (F) atingir o
valor indicado na tabela, observe a pressão de atuação no manômetro (H).

PRESSÃO DE COMANDO PRESSÃO DE ATUAÇÂO


(MANÔMETRO F) (MANÔMETRO H)

0 bar 8,0 bar

0,5 bar 7,5 bar

8,0 bar 0 bar

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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

Circuito de Freio de Cavalo Mecânico

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SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

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CURSO TÉCNICO DE AUTOMOBILÍSTICA

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SISTEMA DE FREIO PNEUMÁTICO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

WABCO Freios - Brasil. Sistema de freio a ar. São Paulo, s.d.

. Sistema de freio a ar. Teste de componentes. São Paulo, s.d.

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