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Programa de Capacitação de Conselheiros Municipais

Levantamento Diagnóstico
Que problemas queremos resolver
em Pompeia?
O Programa de Capacitação de Conselheiros Municipais está mobilizando a
sociedade civil e a esfera governamental em torno de um processo de formação, em
busca da qualificação da participação e do controle social na gestão de políticas públicas
no município.
Além dos módulos online de formação, com aulas quinzenais, o segundo
semestre de 2022 também oferecerá um calendário presencial de Workshops de
Resolução de Problemas Públicos. Nessa agenda, os conselheiros participantes
terão acesso a uma metodologia padronizada de elaboração de projetos, para que
possam contribuir com ideias e sugestões de impacto para a formulação e
implementação de políticas públicas em Pompeia.
Antes de iniciarmos este importante calendário de capacitação, queremos ouvir
atores sociais e políticos estratégicos, conhecedores da realidade de Pompeia. Essas
pessoas nos ajudarão a compreender os problemas públicos prioritários da cidade,
construindo um referencial para o trabalho dos conselheiros durante os workshops.
Dessa forma, os trabalhos desenvolvidos durante o programa, basear-se-ão em um
diagnóstico real, em problemas devidamente percebidos a partir da realidade de
lideranças e referências.
O roteiro apresentado na sequência é composto de apenas quatro questões, um
número pequeno, mas que será o motor revelador de um processo diagnóstico que
auxiliará o rendimento dos conselheiros em sala de aula, durante os workshops. São
perguntas que servem de guia em conversas que revelarão prioridades para a agenda
pública de Pompeia e permitirão aos alunos trabalharem com um repertório mais
legítimo, validado por quem conhece o município.
Roteiro sugerido

As perguntas abaixo são o ponto de partida para conversas/entrevistas semi-


estruturadas. Resumidamente, o conceito de conversa semi-estruturada define que
existe uma direção pré-definida, mas a interação comunicacional e investigação de
tópicos não precisa se ater necessariamente às respostas das questões prévias. Cada
pergunta colocada é um tópico em potencial, que aceita a extensão em sub-perguntas,
sub-temas e sub-tópicos. As perguntas possuem redação necessariamente simplória,
sem aprofundamento conceitual ou exemplificativo, evitando viés do entrevistador.

A seguir descrevemos as perguntas e a motivação da inserção no questionário. Na


interação com os entrevistados, o entrevistador deverá ater-se apenas à pergunta, sem
contextualizá-la ou descrevê-la, a não ser que o entrevistado peça ajuda para
compreender. Nesses casos, sempre melhor preferir repetir a pergunta, até que o
entrevistado compreenda o sentido, de acordo com o seu repertório, evitando
novamente a parcialidade e viés do entrevistador.

01 - Como você vê a atuação dos Conselhos Municipais de Pompeia?

Essa é uma importante pergunta de “aquecimento”, para verificar o quanto os


selecionados compreendem as atribuições dos conselhos e conselheiros da cidade. É
uma maneira de reforçar o diagnóstico feito no final de 2021, quem sabe já identificando
pequenos impactos oriundos da realização do Módulo I do programa de capacitação.
Também é uma maneira de identificar problemas públicos que possam estar
correlacionados com a própria governança dos conselhos, material que será
extremamente útil em módulos vindouros do programa. Também é uma maneira de
perceber como está a imagem dos conselhos perante as pessoas que não estão
engajadas no programa de capacitação.

02 – Qual é o grande problema de Pompeia?

Essa pergunta tem redação propositalmente simplória, mas é a mais importante do


roteiro. É esperado que o entrevistado construa aqui um raciocínio mais demorado, o
que já começa a denotar a transversalidade e a interdisciplinaridade do problema
público que o sensibiliza. O grande objetivo desse processo diagnóstico é construir um
“banco de dados” de problemas públicos que serão trabalhados nos workshops
presenciais, então é importante motivar respostas bem contextualizadas, abertas, com
pensamento construído e apresentando justificativas para o problema. Será que o
entrevistado conhece dados ou evidências que comprovam o problema escolhido?
Existe algo que legitime esse problema? Quão representativa é a fala desse
entrevistado? Ele traz um discurso que representa um grupo ou segmento social em
Pompeia? O processo de escuta deve ficar atento a isso.

03 – Quais áreas da Prefeitura poderiam se integrar para solucionar esse


problema?

É natural que a resposta dessa pergunta possa se “emaranhar” com pedaços da


resposta anterior. O entrevistador pode ficar à vontade para deixar isso fluir. Aqui
queremos perceber a complexidade dos problemas públicos. Há muitas questões que
não se resolvem dentro de um único equipamento público. Muitos problemas são
verdadeiras redes de causas e consequências, um sistema de correlações que por
vezes esbarra na estrutura organizacional da Prefeitura, com seus processos,
secretarias, fluxos e ritos tendendo a dividir o cidadão e os problemas de acordo com a
vocação de cada área. Aqui nós queremos ajuda do entrevistado para enxergar o
problema como questão transversal, integrada e interdisciplinar.

04 – Como a população, entidades, igrejas, escolas, empresas e outras


organizações de Pompeia podem ajudar o Governo Municipal nessa missão?

Aqui entramos no campo da sugestão. Essa pergunta pode ser confirmadora do


pressuposto de que os conselhos municipais são a preferência popular como lócus do
encontro entre governo, sociedade civil e empresas. Mas também pode inspirar outras
respostas criativas, que se juntarão ao repertório de problemas e soluções trabalhados
nos workshops.
Registro

As respostas deverão ser devidamente registradas no formulário a seguir, acessível


pelo seguinte QR Code ou seu respectivo link abaixo:

https://is.gd/ProblemasdePompeia

O registro deverá ser feito pelo próprio entrevistador ou por colaborador destacado para
tal tarefa. É possível que o entrevistador faça uma anotação informal, manuscrita ou
captada por áudio e depois repasse o resumo das respostas para eventual registro. Mas
é essencial registrar nesse formulário. Pode ser que algumas fontes, até por problemas
de agendamento, tenham dificuldade em participar de uma conversa presencial e
prefiram responder diretamente no link. Também é possível. Precisaremos apenas
acompanhar a proporção de respondentes que recebeu o link para responder sozinho,
diretamente no registro online, comparativamente ao número de pessoas que teve sua
opinião registrada com mediação de um entrevistador.

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