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1- Expor em que consiste o “passo” apresentado e como se insere no conjunto de

atividades de “análise de políticas públicas”, segundo o autor.

O chamado pelo autor de “sétimo passo” consiste basicamente em duas ações,


sendo elas decidir sobre a implementação de alguma política pública e, então, sobre a sua
implementação de fato. O autor fala sobre a análise do projeto ou política pública que
deseja ser implementada pois, sem uma rigorosa análise da necessidade de
implementação, dos Trade-Offs envolvidos e como os Stakeholders serão afetados não se
irá conseguir ter uma decisão clara sobre a mesma.
No “oitavo passo” o autor trata diretamente da implementação, ou seja, explica
como, quando e para quem a análise de política pública deve ser apresentada para
maximizar as chances desta ser implementada com sucesso. No primeiro ponto, o autor fala
da importância de apresentar o projeto de política pública para pessoas interessadas, que
podem ser desde Stakeholders até seus amigos ou chefe do trabalho. Segundo o autor,
isso seria uma forma de conseguir apoio fora do sistema legislativo ou do executivo, ou
seja, conseguir apoio popular para a sua ideia.
O segundo ponto tratado pelo autor é sobre a escolha do público alvo e a maneira
com que se deve comportar perante ele. Sendo assim, é importante saber para quem se
está apresentando a análise para saber se vão utilizar a informação de forma desejada.
Além disso, deve-se selecionar a forma com que se fala e se comporta dependendo do
público alvo ou pessoa para qual está apresentando a ideia.
O terceiro ponto trazido pelo autor vem com a questão de como a mensagem ou
análise deve ser passada para os espectadores, sendo de forma escrita ou oral. Ademais,
são apresentadas algumas dicas como, no caso escrito, o autor indica a utilização de
gráficos, tabelas e um vocabulário direto a fim de facilitar a interpretação. Por outro lado, na
apresentação oral, o autor indica a utilização de imagens e slides, na tentativa de deixar a
apresentação mais dinâmica e fácil de ser entendida.
No quarto ponto trazido pelo autor ele expõe a necessidade de manter o interesse e
compreensão da audiência. Para conseguir alcançar esses objetivos o autor expõe a
necessidade de contar um pouco da história da análise (porque decidiu fazê-la? o que te
motivou?). Além disso, é importante organizar a ordem das falas ou os parágrafos a fim de
conseguir alcançar uma linha cronológica que seja clara e de fácil compreensão.
Por fim, o autor, na tentativa de maximizar o sucesso da análise, traz um conjunto de
erros comuns que podem ser cometidos durante o processo. O primeiro e mais
surpreendente erro da lista é justamente seguir os oito passos com muito rigor: para o autor
esses oito passos tem o objetivo de guiar e estruturar a análise mas não devem ser
seguidos cegamente em todas as ocasiões e circunstâncias pelo fato de que uma análise
não é trivial e pode variar muito de caso para caso. Além disso, outro erro comumente
cometido é interromper a explicação ou narrativa na tentativa de explicar todas as
incertezas sobre aquela análise ou qualificar excessivamente .
Ademais, não comente ou fale de coisas que aprendeu durante a pesquisa que não
serão relevantes para a compreensão desta, segundo o autor muitas novas informações
serão aprendidas durante o processo de análise, mas nem todas são relevantes ou
importantes durante a apresentação desta.
Entre outros erros comuns estão: Falar o ponto mais interessante da análise no
começo (a plateia pode perder o interesse rapidamente), utilizar de “burocracias”
acadêmicas em excesso durante a apresentação (escrita ou oral), má estruturação do
relatório ou analise (é importante ser direto e ter um sumário caso seja um relatório longo),
má formatação de tabelas e gráficos (pode dificultar a interpretação das pessoas), não
colocação de referências bibliográficas e fontes no final dos relatórios, ter medo ou
dificuldade de se comunicar com as pessoas e a imprensa (é preciso fazer isso com
naturalidade) e, por fim, a não utilização ou má formatação dos PowerPoints durante as
apresentações.

2- Quais as principais contribuições do “modelo” e quais seus principais limites?

O modelo contribui ao desenvolvimento da análise de políticas públicas pelo fato de


delinear um guia, isto é, definir uma padronização para a examinação mais profunda de
uma questão específica. Dessa forma, seguindo os passos criados pelo autor, é possível
abranger diversos aspectos mais organizadamente: delimita-se um problema, junta-se
dados sobre o mesmo, constrói-se alternativas de soluções, desenvolve-se critérios de
seleção para qual caminho seguir, assim como projeta-se resultados e consequências.
Baseando-se nesse processo, leva-se à decisão e apresentação da conclusão,
consideradas “passo sete e oito”, de uma maneira mais clara. Além disso, seguindo esse
procedimento, a pessoa encarregada por analisar a política pública pode incluir questões
que ela individualmente não teria considerado, possibilitando uma ampliação do seu campo
de raciocínio e um resultado mais completo.
Ademais, o autor também propõe no seu guia o desenvolvimento de uma melhor
comunicação, algo essencial no âmbito público e pouco praticado atualmente. A falta de um
foco nesse aspecto diversas vezes impede a compreensão das práticas públicas e,
portanto, romper com essa lógica estimula uma maior transparência e uma sensação de
maior produtividade e alinhamento com a população/público-alvo, algo extremamente
positivo.
No entanto, seguir rigidamente esse guia pode “congelar” o encarregado pela
análise, uma vez que ele pode se prender e se limitar aos passos sem procurar novas
formas de chegar aos resultados pretendidos. A aplicação automática e robótica não
compreende as particularidades de cada questão, o que interfere no desenvolvimento de
soluções originais e inovadoras.

3- O que ele propõe pode ser útil a diferentes atores envolvidos com políticas
públicas? para que atores? como? porque?

Acreditamos que sim. A parte referente à a análise da política pública e propagação


da ideia pode ser de grande utilidade tanto para os membros do poder Legislativo quanto
para analistas de políticas públicas e civis que demonstram interesse pelo assunto.
Analisar uma política pública, olhar para os stakeholders e refletir sobre a
necessidade desta é de suma importância para a existência de um Legislativo consciente.
Analisar os custos e a necessidade é essencial para realocar os recursos públicos de forma
a gerar a maior quantidade de bem estar possível para a sociedade sem desperdícios. Além
disso, é de suma importância que o vereador ou o deputado saiba como apresentar o seu
projeto, de forma que consiga explicitar e especificar as suas ideias, assim como obter o
apoio da população e de seus companheiros de trabalho.
Ademais, com a população consciente sobre como analisar as políticas públicas
podemos alcançar uma maior transparência política. Essa, por sua vez, só pode ser
plenamente alcançada quando a população detêm o conhecimento para interpretar as
ações e projetos sugeridos pelos políticos. Sendo assim, é de grande importância que haja
acesso aos conhecimentos expostos no livro para que se consiga ter uma participação
política mais plena e saudável.
Logo, as propostas apresentadas pelo autor se mostram de grande importância para
os analistas, membros do poder legislativo e sociedade civil, uma vez que esses
conhecimentos são basilares para a criação de boas políticas públicas e para a participação
da população na política.

4- Escolher um exemplo, pensando a realidade brasileira (pode ser uma política da


qual já se aproximaram durante o curso, ou outra pela qual se interessam, como
indicada na aula “Política pública na vida de cada um)”, e fazer um exercício de
aplicação (sintético), como se fossem participar daquilo que ele define como “análise
de políticas pública”

A solução do corredor de ônibus foi a mais prática entre várias que poderia se ter
para transporte: ela só foi a pintura de faixas nas avenidas mais utilizadas e o aumento da
quantidade de ônibus circulando, o que era mais rápido do que construir metrô por exemplo
(o que também tava sendo feito, mas iria demorar pra completar).
O motivo de ser um problema relevante:
1 - motivo ambiental: reduz o uso de transporte particular e a emissão de gases poluentes
etc...
2 - motivo econômica: agiliza a circulação da população/trabalhadores, de forma a aumentar
a produtividade
Dado as ideias apresentadas pelo autor, teríamos de seguir oito passos: delimitação
do problema: superlotação, engarrafamento do transporte público - como agilizar a
circulação?
dados sobre o mesmo/ porque é relevante: atrapalha a produtividade da cidade, as pessoas
não conseguem chegar nos seus trabalhos, as condições precárias de transporte afetam a
qualidade de vida do trabalhador etc etc
Alternativas:
1 - aumentar os rodízios
2 - desenvolver transportes alternativos:
a) ciclovias - ainda demandam muito tempo e requerem uma condição física para tal
b) metrô - a construção demora muito
c) corredor de ônibus - é rápido, afeta só algumas áreas (vias mais movimentadas) e o
custo de implementação é baixo por só ter que pintar a faixa no chão da avenida
soluções complementares: somando com a ampliação das linhas de ônibus, aumenta a
dinâmica, a capacidade de ir e vir da população (o que facilita não só o trabalho como o
consumo) …

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