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Aqueles que seguem a trajetória da Verde já devem saber que algumas das
características mais marcantes que buscamos imprimir em nossa empresa
são o foco no longo prazo e a busca contínua por novas formas ou novos
prismas sob os quais podemos analisar o mundo.
Isso nos leva ao tema dessa carta: tecnologia e como/se devemos mudar
nossa forma de ver o mundo à luz dos desenvolvimentos tecnológicos
recentes (spoiler alert: SIM, DEVEMOS).
Este conteúdo foi preparado pela Verde Asset Management S.A., bem como suas sociedades afiliadas (conjuntamente “Verde”), tem caráter meramente informativo e não deve ser
entendido como análise de valor mobiliário, material promocional, solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro ou investimento, sugestão de
alocação ou adoção de estratégia de investimento por parte dos destinatários. As informações referem-se às datas e condições mencionadas e não serão atualizadas. Os cenários
apresentados podem não se refletir nas estratégias dos diversos fundos e carteiras geridos pela Verde. Aos investidores é recomendada a leitura cuidadosa de lâminas, prospectos e/ ou
regulamentos ao aplicar seus recursos. A Verde não se responsabiliza por erros, omissões ou pelo uso destas informações. Este material foi preparado com base em informações públicas,
dados desenvolvidos internamente e outras fontes externas. A Verde não garante a veracidade e integridade das informações e dados ou que os mesmos estão livres de erros ou omissões.
Recomendamos uma consulta às fontes mencionadas para maiores informações. As análises aqui apresentadas não pretendem conter todas as informações relevantes que um investidor
deve considerar e, dessa forma, representam apenas uma visão limitada do mercado. As estimativas, conclusões, opiniões, sugestões de alocação, projeções e hipóteses apresentadas
não constituem garantia ou promessa de rentabilidade e resultado ou de isenção de risco pela Verde. Ao investidor cabe a responsabilidade de informar-se sobre eventuais riscos
previamente à tomada de decisão sobre investimentos. Este conteúdo não deve substituir o julgamento independente dos investidores. A Verde não se responsabiliza por danos oriundos
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expressa concordância da Verde.
Tecnologia e o Mundo dos Investimentos
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Tecnologia e o Mundo dos Investimentos
1 Apesar disso não ser necessariamente uma regra ou de poder acontecer bem depois.
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Fonte: SolarCity, Tesla, U.S. Energy Information Administration, staff reports The Washington Post
Fonte: BCG
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Fonte: BlackRock
Outra forma de ilustrar o mesmo ponto é ver quanto tempo levou para certa
tecnologia atingir o nível de 50 milhões de usuários.
Fonte: BCG / “Angry Birds” e seus personagens são marcas registradas da Rovio Entertainment Ltd.
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Tecnologia e o Mundo dos Investimentos
Vale parar um minuto para digerir essa informação. Para nós investidores
isso implica numa mudança drástica no padrão de criação de riqueza.
Apenas a título de comparação: imagine-se o investimento necessário para
uma empresa de marcas globais como a Nestlé ou o Coca-Cola atingir 50
milhões de consumidores? Quantas fábricas, quanta distribuição,
propaganda, etc…
Fonte: NYSE
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Tecnologia e o Mundo dos Investimentos
Para não cair na tentação de achar que tudo o que vivemos é novo, e de que
viajamos por “mares nunca dantes navegados”, existem semelhanças
importantes entre o momento atual e a virada do século XIX/início do século
XX. Aquele período também foi marcado por mudanças drásticas nos
negócios e pelo surgimento de tecnologias “disruptivas”. A ferrovia foi uma
revolução no transporte de bens/pessoas que permitiu a integração e a
criação de novos mercados. Em uma fase inicial, o petróleo, mudou o padrão
de iluminação das cidades e, algum tempo depois, o advento do motor a
combustão revolucionou os transportes. A siderurgia moderna permitiu à
construção civil um padrão de desenvolvimento antes impensado e
modificou fundamentalmente a organização de centros urbanos.
3 Apesar de podermos dizer que a Amazon, com seus centros de distribuição, logística e a
aquisição da Whole Foods, ainda possui ativos fixos relevantes.
4 https://paulromer.net/economic-growth/
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Tecnologia e o Mundo dos Investimentos
Essa queda acelerada, neste caso baseada nos preceitos da Lei de Moore 5,
facilita sua adoção e disseminação. Possibilita, inclusive, a criação de uma
nova categoria em tecnologia, a chamada “Internet of Things (IoT)”. Dado o
custo decrescente de sensores, parece ser razoável esperar que uma série
de bens e equipamentos venha a ser conectada em uma grande “rede” no
futuro.
Nosso carro pode estar conectado à nossa cafeteira (ou ao Starbucks mais
próximo), de modo que tenhamos a bebida pronta exatamente no momento
que voltamos do trabalho, e isto a um custo de execução irrisório.
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Tecnologia e o Mundo dos Investimentos
Essa é uma das mensagens mais importantes dessa carta: Devemos pensar
na tecnologia como um grande destruidor de barreiras.
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Fonte: CSFB
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Bens Digitais
8 Quem visita a nova sede da Apple ou da Google pode discordar um pouco desse ponto.
9 Para quem quiser ler mais sobre o tema, sugerimos: “Standardization, Compatibility and
Innovation” – Rand Journal of Economics 16 – Joe Farrell e Garth Saloner; ou “Network
Externalities, Competition and Compatibility” – American Economic Review 75 – Michael
Katz and Carl Shapiro.
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Tecnologia e o Mundo dos Investimentos
Fonte: Verde AM
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Fonte: McKinsey
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Regulação
Uma boa marca sempre foi considerada uma barreira à entrada difícil de ser
superada por competidores. Empresas historicamente investiram uma
quantidade grande de recursos na tentativa de gerar um reconhecimento
positivo de seu nome/produto (s). Nike, Coca-Cola e Apple são alguns
exemplos de empresas que possuem um valor de marca elevado. Todas
empregaram com sucesso uma quantidade enorme de recursos de forma a
associar atributos positivos a seus produtos e, com isso, obter melhores
preços e margens. O problema é que a tecnologia também está mudando a
forma como nos relacionamos com os produtos de consumo. No passado,
a busca por detergente, leite ou um tênis inexoravelmente passava por uma
ida a uma loja, onde éramos fisicamente apresentados aos produtos
disponíveis e fazíamos a nossa escolha. Os atributos de um produto já nos
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Tecnologia e o Mundo dos Investimentos
Fonte: amazon.com
Hoje, cada vez menos assistimos à televisão aberta (e comerciais) e cada vez
mais procuramos produtos online. Esse é um ponto importante: quem
determina o resultado de uma busca por produto na internet não somos
nós, mas sim os algoritmos de busca do Google, Amazon, etc. Assim sendo,
eles têm uma influência grande sobre nossas escolhas. “Likes” no Facebook
passam a ser mais importantes para determinar a opinião da nova geração
(Millenials) sobre um produto do que todos os gastos em propaganda na
TV.
Mas qual o alcance real de um negócio como a Amazon? Será que realmente
estamos falando de algo com a densidade e tamanho para influenciar o
agregado das escolhas do consumidor?
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Fonte: L2 Inc.
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Conclusões
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