Você está na página 1de 23

MANUAL DO USUÁRIO DO SIS – PPI

SISTEMA INFORMATIZADO DE PROGRAMAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE –


PROGRAMAÇÃO PACTUADA E INTEGRADA

VERSÃO 3.04 – Outubro 2001

PRIMEIRA ETAPA: ESTADUAL

I - APRESENTAÇÃO

II - INSTRUÇÕES PARA INSTALAÇÃO DO SOFTWARE SIS-PPI ......................................2

III - SOBRE A FORMA DE UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE ...................................................2

IV – DESCRIÇÃO DOS MÓDULOS .......................................................................................3


1 – MÓDULO DA AGENDA DE SAÚDE .............................................................................................................. 4

2 - MÓDULO DO PACTO DE INDICADORES DA ATENÇÃO BÁSICA ............................................................. 4

3 – MÓDULO DE REGIONALIZAÇÃO................................................................................................................. 5

4 – MÓDULO “MACROALOCAÇÃO”.................................................................................................................. 6

5 – MÓDULO “SIMULADORES”. ........................................................................................................................ 9

SEGUNDA ETAPA: MUNICIPAL

6 – MÓDULO “PROGRAMAÇÃO AMBULATORIAL E HOSPITALAR” .......................................................... 13

6.1- ATENÇÃO BÁSICA .................................................................................................................................. 13


6.2- MÉDIA COMPLEXIDADE AMBULATORIAL............................................................................................ 15
6.3- ALTA COMPLEXIDADE AMBULATORIAL .............................................................................................. 18
6.4- INTERNAÇÃO HOSPITALAR .................................................................................................................. 20

7- MÓDULO COMPOSIÇÃO DO TETO ............................................................................................................. 22

TERCEIRA ETAPA: CONSOLIDAÇÃO ESTADUAL

8- MÓDULO CONSOLIDAÇÃO.......................................................................................................................... 23

9- RELATÓRIOS

OBSERVAÇÃO:

O INSTRUTIVO REFERENTE À TERCEIRA E ÚLTIMA ETAPA SERÁ DISPONIBILIZADO CONCOMITANTE


COM MÓDULO DE CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DA PPI A NÍVEL ESTADUAL.

1
I - APRESENTAÇÃO

Este manual é a terceira versão de um documento de orientações aos usuários finais do


software SIS-PPI sobre o funcionamento do sistema.
Lembramos que o referido instrumento apresentado pelo Ministério da Saúde pode sofrer
adaptações pelos estados, na dependência de acordos estabelecidos nas CIBs. Neste
sentido, está sendo oferecida a versão do soft, no seu “programa fonte”, para essas
eventuais adaptações. 1
As eventuais contribuições, sugestões de alterações ou correções neste texto inicial
poderão ser enviadas ao seguinte endereço: ppi@saude.gov.br
Embora se reconheça a autonomia dos sistemas estaduais e municipais na definição dos
instrumentos de programação dos recursos de custeio da assistência, um conjunto de
resultados padronizados deverá ser enviado ao Ministério da Saúde. Os produtos mínimos
previstos na Portaria nº 483/GM, de 06 de abril de 2001, que regulamenta o processo da
PPI, estão previstos no seu Artigo 4°, como se segue:
1 – Agenda Estadual de Saúde e Quadro de Metas Estadual;
2 - Cópia da publicação no Diário Oficial do Estado dos limites de recursos federais
previstos para o financiamento da assistência em todos os municípios, aprovados na CIB,
independente do tipo de habilitação municipal e da forma vigente de repasse dos recursos.
O Limite Financeiro da Assistência deverá explicitar, em cada município, o total de recursos
federais previstos para as ações e serviços prestados em seu território e desdobrado em
dois componentes: a parcela de recursos que corresponde à assistência à saúde da própria
população e a parcela que corresponde às referências intermunicipais, definidas após
pactuação formal entre os gestores municipais;
3 - Síntese da programação dos recursos financeiros estaduais destinados ao SUS,
detalhando os recursos destinados às ações e serviços de assistência à saúde aprovados
no CES;
4 - Documento, aprovado na CIB, contendo a definição da periodicidade para a revisão dos
limites financeiros municipais publicados;
5 - Quadro síntese dos critérios e parâmetros de distribuição de recursos adotados.

Cabe lembrar que este instrumento não pretende dar conta dos processos de programação
no nível interno dos municípios, por exemplo, o detalhamento das programações operativas
por unidades assistenciais.
Para maior embasamento do processo de programação, consideramos fundamental a leitura
e discussão do documento “O Organização E Programação Da Assistência: Subsídios Para A
Programação Da Assistência Ambulatorial E Hospitalar”. (disponível em:
http://w3.saude.gov.br/mweb/ddga/regional.htm)

1
É importante ressaltar que o Ministério da Saúde tem a posse do “Programa Fonte” original e que as modificações que
por acaso sejam feitas pelos estados no mesmo, serão da sua própria responsabilidade.

2
II - SOBRE A FORMA DE UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE DA PPI

O processo de programação da assistência deve ser desenvolvido em TRÊS GRANDES


ETAPAS:
PRIMEIRA ETAPA DO PROCESSO:
Resgata, como referência política do processo de programação, as definições gerais do
planejamento setorial contidas na Agenda Nacional de Saúde e sua tradução para as
situações específicas dos estados e municípios, do Pacto da Atenção Básica e do desenho
inicial do Plano Diretor de Regionalização.
Os processos mais específicos de programação, nessa Primeira Etapa, devem refletir o
processo geral de planejamento estadual, explicitando as decisões da CIB quanto à:
ƒ macroalocação dos recursos federais e estaduais a serem programados;
ƒ e os parâmetros assistenciais recomendados para a programação dos recursos federais,
definidos com o apoio do simulador para cada território.
Essas informações são exportadas para os municípios, para que se viabilize a próxima
etapa.
SEGUNDA ETAPA DO PROCESSO:
Nesta etapa o processo de programação deve ser descentralizado para os municípios,
envolvendo os gestores municipais em reuniões por microrregião e/ou região de saúde,
para que seja viabilizado o processo de pactuação das ações e serviços de saúde e
recursos correspondentes entre os mesmos.
Nessa etapa, são fundamentais a coordenação e o apoio técnico da SES aos municípios.
A programação da Atenção Ambulatorial Básica, de Média e Alta complexidade e a Atenção
Hospitalar para cada território e a pactuação das referências deve resultar na composição
dos tetos municipais, com a memória dos pactos que farão parte do Anexo do Termo de
Garantia de Acesso.
TERCEIRA ETAPA DO PROCESSO
Nessa etapa a SES deve proceder a compatibilização das programações municipais e à
consolidação do teto estadual. Por fim, o sistema permite vários relatórios de saída, para
melhor acompanhamento e revisões do processo.

Em síntese:
A Agenda Estadual, Pacto Estadual da Atenção Básica, a Regionalização, Macroalocação
dos Recursos Federais e Estaduais da assistência e o Simulador de Parâmetros são de
utilização restrita e responsabilidade de preenchimento do Gestor estadual.
A Agenda Municipal, o Pacto Municipal da Atenção Básica e a Programação e Composição
dos tetos e alguns componentes do módulo Consolidação são de utilização restrita e
preenchimento dos gestores municipais.

É importante ressaltar que todas as definições são resultado de discussões e decisões


pactuadas entre os gestores estaduais e municipais, nos fóruns específicos.

3
PRIMEIRA ETAPA: ESTADUAL

III – DESCRIÇÃO DOS MÓDULOS

1 – MÓDULO DA AGENDA DE SAÚDE

FUNÇÃO
Sua função é apresentar a Agenda Nacional de Saúde e permitir que estados e municípios,
a partir dos eixos, objetivos e indicadores apresentados pela Agenda Nacional, construam
sua Agenda Estadual e Municipal, definindo assim, as prioridades a serem contempladas
em todo o processo de programação. As Agendas Estaduais e Municipais deverão ser
aprovadas pela CIB estadual e pelo Conselho Estadual de Saúde, no nível do estado e pelo
conselho Municipal, no nível do município.
Informações complementares e orientações para o processo de discussão e elaboração da
Agenda estão contidas na Portaria nº 393, publicada em 29 de março e nº 448 de 16 de
abril de 2001.

DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES

• Agenda Estadual de Saúde


Considerando os objetivos e indicadores constantes na Agenda Nacional de Saúde como
referência para a construção da Agenda Estadual, o estado deverá suprimir ou acrescentar
objetivos e respectivos indicadores, adequando-os às suas especificidades, ou mesmo
corroborar a proposta da Agenda Nacional de Saúde, que assim passará a constituir a
Agenda Estadual.
• Agenda Municipal de Saúde
Apresenta os eixos, objetivos e indicadores constantes na Agenda Estadual de Saúde como
referência para a construção da Agenda Municipal.
No processo de elaboração da Agenda Municipal, o município, considerando a situação
atual de cada indicador, definirá as metas a que se propõe atingir e ações necessárias a
serem implementadas para sua consecução e que possibilitará ao estado a construção do
Quadro de Metas Estaduais para 2002.
As justificativas poderão ser apresentadas de maneira sucinta, no mesmo quadro, em
espaço aberto.

2 - MÓDULO DO PACTO DE INDICADORES DA ATENÇÃO BÁSICA

FUNÇÃO
Registro da situação alcançada para todos os indicadores no ano 20002 nos estados e
municípios e a definição das metas para o ano de 2001.

2
No caso de se tratar de outro período, colocar em “observação”.
4
DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES
• Pacto Estadual
O Estado deverá registrar os dados dos indicadores alcançados no ano 2000 e as metas
pactuadas para o ano 2001.
• Pacto Municipal
O município deverá registrar os dados alcançados para todos os indicadores no ano 2000 e
as metas pactuadas para o ano 2001.
OBS: Se a população do município for menor que 80.000 habitantes, na tela do pacto
municipal, a “aba identificadora” registrará (< 80.000 Hab.). Caso o município apresente
população superior a 80.000 habitantes, a “barra identificadora” registrará (>80.000 Hab.)
automaticamente.

3 – MÓDULO DE REGIONALIZAÇÃO

FUNÇÃO
O objetivo deste módulo é o registro da composição das regiões, microrregiões e módulos
assistenciais, definidos no Plano Diretor de Regionalização.
Para o registro das informações estão disponibilizados “ícones de operação”, abaixo dos
títulos de cada quadro.

DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES:


DESENHO DO PDR:

• Regiões
O quadro Regiões apresenta dois campos para preenchimento pelo gestor estadual. No
primeiro deverá ser inserido o nome que identifica a Região, e o nome do município pólo
(regional), ou outra forma de denominação que convier ao estado. Ao acionar o comando
gravar, no campo à direita, o sistema exibirá a relação de Regiões, conforme desenho inicial
do PDR.

• Microrregiões
Clicando sobre o Nome da Região do campo direito, abre-se um campo para entrada das
microrregiões que o compõe, constando o nome e município pólo. Da mesma forma, no lado
direito surgirá a relação das Microrregiões definidas na Região focalizada.

• Módulos Assistenciais
Seguindo a mesma lógica, ao se clicar no “nome da microrregião” abre-se abaixo, espaço
para que sejam informados os módulos assistenciais que compõe a mesma.
Da mesma forma, um campo à direita exibirá a relação de Módulos Assistenciais por
Microrregião e Região focalizadas.

5
REGIONALIZAÇÃO – INSERÇÃO
Nessa tela, para cada Região, Microrregião e Módulo Assistencial selecionados o sistema
apresenta, abaixo, à direita e por Módulo, os municípios que o compõe.
Cada município entre os relacionados, deverá der selecionado ( à esquerda) para que seja
informado como se dá à inserção do mesmo em Classificação do Município e a Condição
de Gestão atual de cada um deles.
O campo “População do Município” é apresentado automaticamente.

4 – MÓDULO “MACROALOCAÇÃO”

FUNÇÃO
O objetivo deste módulo é o registro da distribuição dos recursos financeiros federais
alocados em cada estado, em grandes blocos da atenção, subdivididos por nível de
complexidade, assim como dos recursos estaduais destinados à saúde e à assistência.
Sua função precípua é permitir a definição das prioridades através da realocação global dos
recursos disponíveis para o estado, em coerência com a reorientações políticas pré-
definidas. Neste sentido, são possíveis remanejamentos entre os grandes blocos, ao
mesmo tempo em que se visualiza o perfil de alocação anterior (dados relativos à produção
dos serviços em 2000).
Os dados de macroalocação dos recursos financeiros a serem registrados neste módulo
devem ser produto de discussão e pactuação na Comissão Intergestores Bipartite – CIB.
É importante que a CIB observe que no exercício de macro alocação, já se inicia o processo
de definição dos parâmetros agregados.
Dessa forma, a macro alocação confere maior transparência e possibilita aos municípios a
estimativa dos recursos financeiros, a partir dos quais possa ser desencadeado o processo
de programação da assistência (exceto de alta complexidade).
COMPONENTES DO MÓDULO DE MACROALOCAÇÃO
• Macroalocação dos recursos federais
Trata-se da previsão inicial da utilização dos recursos federais já disponíveis para a
assistência, por grandes grupos de complexidade: atenção Básica, Média e alta
complexidade ambulatorial e atenção hospitalar.
No canto inferior aparece sempre o Limite Financeiro Federal. Para que a macro alocação
se dê dentro do teto definido para cada estado, o instrumento calcula automaticamente a
Consolidação da Macroalocação. No “Balanço” se dá o a diferença entre o Limite de
Recursos Federais e os valores já informados na macroalocação à medida que o mesmo
se processa.
É bom ressaltar que o Consolidado da Macroalocação refere-se exclusivamente aos
recursos federais definidos para o estado.
É possível que após a utilização do “simulador de parâmetros” haja necessidade de
pequenos ajustes nos primeiros exercícios de planejamento da macroalocação.
• Macroalocação de recursos de incentivo à NOAS

6
Nesta mesma tela está previsto ainda o processo de macroalocação dos recursos novos a
serem disponibilizados na medida da qualificação das microrregiões.
A macroalocação desses recursos deve considerar uma previsão do ritmo do processo de
qualificação e as necessidades assistenciais, em especial do EPMC-I, na medida em que o
incentivo à qualificação do processo de regionalização será disponibilizado levando-se em
conta o per capita do recurso global definido para cada estado, aplicado à população das
microrregiões que forem sendo progressivamente qualificadas.
• Macroalocação dos recursos estaduais
A macroalocação referente aos recursos estaduais deverá ser registrada em campo
específico, na forma de um texto.
O mesmo ocorre na versão para o município, onde está disponibilizado no “Módulo
Macroalocação” um quadro para o registro dos dados de financiamento do setor saúde e da
assistência especificamente, com recursos municipais.
Para possibilitar a consolidação dessas informações, as SES e SMS deverão seguir o
roteiro proposto de forma a facilitar a elaboração de relatórios analíticos.

Roteiro descritivo para informações sobre os recursos estaduais

1. Nos termos da Emenda Constitucional nº 29,


(a) valor total das receitas tributárias líquidas do estado orçado para o ano 2001:
(b) valor das receitas tributárias líquidas do estado orçado para as ações e
serviços de saúde para o ano 2001:
[(b-a)/a]x100 =

2. Prioridades definidas para a aplicação dos recursos estaduais em ações e


serviços de saúde para o ano 2001:

3. Prioridades definidas para a aplicação dos recursos estaduais na assistência à


saúde para o ano 2001:

4. Abertura ou estrutura utilizada pelo estado para a programação global dos


recursos destinados ao custeio das ações e serviços de saúde, em sua totalidade:

5. Descrição das “áreas programáticas” utilizadas rotineiramente pelo estado para a


programação de seus recursos próprios destinados às ações e serviços de saúde e
detalhamento dos programas, projetos, ou outras categorias mais gerais nas quais
essas “áreas programáticas” são desagregadas:

6. Abertura ou estrutura utilizada pelo estado para a programação dos recursos


destinados ao custeio da assistência à saúde:

7. Descrição das “áreas programáticas” utilizadas rotineiramente pelo estado para a


programação de seus recursos próprios destinados especificamente à assistência e
detalhamento dos programas, projetos ou outras categorias mais gerais nas quais
essas “áreas programáticas” são desagregadas:
8. O estado conta com programação dos recursos elaborada de forma a permitir a
separação dos programas e projetos relacionados ao custeio da assistência
ambulatorial e hospitalar?

7
Sim ( ) Não ( )
Em caso afirmativo, descrição das aberturas utilizadas e os respectivos recursos.
Em caso negativo,estimativa, a partir de algum critério estabelecido, do volume
global dos recursos para a assistência hospitalar e ambulatorial.
Estimativa =
Critério utilizado:

9. O estado conta com abertura programática ou orçamentária que separa os


recursos próprios estaduais destinados ao custeio da assistência por tipo de rede
seja por nível de complexidade, natureza jurídica, ou outro critério?
Sim ( ) Não ( )
Em caso afirmativo, descrição da abertura utilizada e a alocação de recursos
programada para 2001:

10. As estruturas descritas anteriormente servem ao detalhamento da alocação dos


recursos de investimento?
Sim ( ) Não ( )
Em caso afirmativo, descrição da alocação utilizando as aberturas usualmente
utilizadas pelo estado:

11. É possível desagregar os gastos estimados para 2001 com pessoal


administrativo de nível central e regional do pessoal lotado em unidades
assistenciais?
Sim ( ) Não ( )
Em caso afirmativo, descrição da alocação de recursos com pessoal pelas aberturas
possíveis:
12. Existe incentivo estadual para a área de Atenção Básica?
Sim ( ) Não ( )
Em caso afirmativo, descreva o tipo de incentivo, os critérios de cálculo e formas de
transferência, bem como os valores transferidos.
13. O estado complementa com recursos próprios a tabela do SUS? Em que tipo de
ações/procedimentos?
Sim ( ) Não ( )

14. Existe algum tipo de incentivo de custeio com recursos estaduais alocado em
assistência de média e alta complexidade?
Sim ( ) Não ( )
Em caso afirmativo, descrição das modalidades de incentivo existentes, seus critérios
e mecanismos de cálculo, formas de transferência, bem como os valores
transferidos:
15. Existe mecanismo que permite a transferência de recursos próprios do estado
destinados à assistência para os municípios?
Sim ( ) Não ( )
Descrição dos mecanismos e formas de transferência existentes.

8
5 – MÓDULO “SIMULADORES”.

3
5.1- “SIMULADOR DE PARÂMETROS”

FUNÇÃO
O principal produto é uma proposta de parâmetros assistenciais por grupo e por subgrupo,
reagrupados pelos blocos: Média Complexidade I, Média Complexidade II, Média
Complexidade III e Alta Complexidade.
Sua função é auxiliar o estado na definição dos parâmetros assistenciais a serem adotados,
ao permitir uma comparação imediata com a produção 2000 em concentração per capita e
ao realizar uma estimativa dos impactos financeiros dos parâmetros definidos.
Possibilita também uma visualização da posição relativa do estado em relação às demais
unidades federadas, através da ferramenta “bandas paramétricas”, incorporada ao módulo.
O software já traz incorporada uma faixa de bandas paramétricas que varia entre 2,0
desvios padrão acima da média das concentrações per capita dos estados brasileiros e 0,75
desvios padrão abaixo da média das concentrações per capita dos estados, para cada
Elenco de Procedimentos de Média Complexidade ( EPMC I, II e III ).
O estado pode selecionar outra faixa de desvios padrão no exercício de simulação, na
medida em que as bandas propostas não se revestem de caráter prescritivo ou de limites
“garantidos” de recursos. Escolhida a faixa das bandas para cada EPMC (“limite da banda
superior” e “limite da banda inferior”) pelo estado, passa-se ao ajuste fino dos parâmetros
por grupo e/ou subgrupo.
Se o estado desejar conhecer as médias nacionais deverá definir o “limite da banda
superior” como “0” (zero).
O programa apresenta como uma primeira sugestão de parâmetro estadual o mesmo per
capita da banda inferior.
Se a aplicação dos parâmetros definidos não poderá superar os limites dos recursos
disponíveis, o estado irá redefinindo os seus parâmetros (expressos em per capita) com
base em problemas de oferta já detectados, em metas preestabelecidas ou nas diretrizes e
prioridades políticas de intervenção, etc. e visualizando o “impacto financeiro estimado”
destas escolhas e comparando-o imediatamente com o “valor do teto financeiro” alocado
anteriormente no módulo “macroalocação”.
Nos quadros do “Simulador de Parâmetros”, referentes a Media Complexidade, a unidade
de medida utilizada é em “per capita” (da produção física paga).
No quadro da Alta complexidade, para os grupos Terapia Renal Substitutiva, Radiologia e
Quimioterapia, a unidade de medida utilizada é “paciente/100.000 hab” e nos grupos
restantes de alta complexidade a unidade de medida é “Percentual sobre o total de
consultas especializadas”.

3
As propostas aqui geradas devem ser submetidas a CIB e aprovadas pelo Conselho Estadual de Saúde.

9
DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES:
Trabalhando a proposta dos limites das bandas
• Limite da Banda Superior Proposta
O valor “2” foi inserido no programa e corresponde a um limite de dois desvios padrão
acima da média das concentrações per capita da produção dos estados no ano 2000. Não
representa um patamar recomendado de oferta ou uma estimativa de necessidade, mas
apenas um limite considerado aceitável do ponto de vista de não sugerir distorções de
hiper-oferta ou grande desvio em relação aos demais estados. Uma produção superior a
este limite sugere um distanciamento grande em relação aos demais estados em seu
conjunto.
Para uma melhor compreensão da metodologia de construção das Bandas Paramétricas,
vide o ANEXO III do documento “O
ORGANIZAÇÃO E PROGRAMAÇÃO DA ASSISTÊNCIA:
SUBSÍDIOS PARA A PROGRAMAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL E
HOSPITALAR”.
• Limite da Banda Inferior Proposta
O valor “0,75” foi inserido no programa e corresponde a um limite de 0,75 desvios padrão
abaixo da média das concentrações per capita da produção dos estados no ano 2000.
Representa uma imagem futura minimamente desejável de oferta de serviços, se assumido
o princípio de equidade, que possa ser progressivamente alcançada na dependência de
disponibilidade de recursos e prioridades definidas. Da mesma forma que o limite da banda
superior, a inferior não representa um patamar recomendado de oferta ou uma estimativa de
necessidade, mas apenas um limite simulado que orienta a análise da oferta do estado em
relação ao conjunto dos demais estados.
Observe que o limite inferior da banda foi lançado no software como a referência inicial
incorporada ao sistema para a simulação dos parâmetros expostos na coluna “Parâmetro
SES” nos quadros “Grupo” e “Subgrupo” deste mesmo módulo.
Calcular Bandas - Esse dispositivo comanda o recálculo das Bandas Paramétricas com
base na adoção de amplitudes de banda diferenciadas através da entrada de um número de
desvios padrão no Limite da Banda Superior e no Limite da Banda Inferior. Ao acionar o
comando ”calcular bandas” observar que os limites inferiores e superiores das Bandas dos
Grupos e Subgrupos são automaticamente alterados, assim como o impacto financeiro
estimado.

10
Trabalhando por grupos e sub grupos de média complexidade

Grupos e Descrição dos Grupos4 trata dos grupos de procedimentos da Tabela de


Procedimentos do SIA SUS reagrupados e seus títulos descritivos.
A título de subsídio para análise o instrumento apresenta os dados relativos à Produção
2000 , isto é, os valores pagos no ano 2000. Contém a Freqüência dos procedimentos por
grupos e subgrupos, o Valor Total pago e os Valores Médios, bem como os respectivos Per
Capita físicos (PC Físico).

Banda Superior - Concentração per capita relativa ao Limite da Banda Superior adotado.
Banda Inferior - Limite inferior da Banda Paramétrica calculado com o desvio padrão pré-
definido pelo software (0,75 desvios padrão) ou redefinido pelo estado. Refere-se à
concentração per capita relativa ao Limite da Banda Inferior adotado.
Parâmetro SES –Parâmetro definido pela SES, alterando ou não os valores sugeridos pelo
software e verificando o seu impacto provocado no “Impacto Financeiro Estimado”.
Os valores dos parâmetros a serem adotados devem ser fixados a partir de exercícios de
alterações realizadas em cada linha tanto por grupo como por subgrupo e não apenas por
sucessivas simulações de bandas inferiores na pretensão de que estes se ajustem ao valor
alocado para o EPMC correspondentes. Dito de outra maneira, a fixação dos parâmetros
SES não deve ser feita de forma linear utilizando se apenas sucessivos ajustes na banda
inferior.
Para simulação dos parâmetros por subgrupos deve-se clicar na linha de cada um a ser
trabalhado diretamente, no Parâmetro SES.
O detalhamento da programação por subgrupos segue a mesma lógica e metodologia da
programação por grupos, apresentando os mesmos campos, quadros e cálculos.

Trabalhando o simulador para a atenção de alta complexidade

Essa tela permite a simulação e a prévia definição dos dados quantitativos físicos e
financeiros para a programação da Atenção de Alta Complexidade Ambulatorial, em cada
município que polariza a atenção nesses grupos.
Grupos de Alta complexidade - Este campo contém a relação dos grupos de alta
complexidade que serão objeto da programação por parte dos gestores estadual e
municipais.

Dados de produção do estado – apresenta os dados globais de produção do estado em


2000 ( freqüência, valor total e valor médio por grupo. e abre um campo para que com base
no cadastro atualizado e em parâmetros de produtividade construídos em cada estado seja
estimado a capacidade potencial de cada município, por especialidade.

4
Os Subgrupos foram obtidos pelo reagrupamento dos procedimentos da Tabela de Procedimentos do SIA SUS de acordo
como níveis de complexidade tecnológica coerente com a NOAS. Esse reagrupamento foi realizado reunindo
procedimentos passíveis de serem realizados por determinado nível de especialização/habilidade considerando a
disponibilidade tecnológica em recursos humanos e equipamentos correspondentes.(ANEXO IV do Documento
“O
Organização E Programação Da Assistência: Subsídios Para A Programação Da Assistência Ambulatorial E Hospitalar”).

11
Parâmetros Maximo e Mínimo
Estes campos apresentam os valores relativos aos dados estimados de necessidade,
obtidos a partir das bandas e de recomendações técnicas da Consulta Pública. Trata-se de
balisadores sem caráter prescritivos e sem qualquer garantia de recursos de custeio para
sua cobertura.
A definição final dos parâmetros pelo estado por grupo de alta complexidade deve
considerar os limites financeiros estaduais para a alta complexidade ambulatorial.
O instrumento calcula automaticamente o impacto da aplicação dos parâmetros definidos
pela SES quanto a sua freqüência e valor financeiro estimado

Estimativa de produção de alta complexidade


A introdução deste comando nessa tela se dá em função da lógica proposta para a
programação da Alta Complexidade Ambulatorial que, exige por um lado, a prévia
identificação de todos os municípios que tem em seu território recursos instalados para a
cobertura de procedimentos de alta complexidade e, por outro, a análise da performance
dos dados da produção do ano 2000.
Essas informações permitem ao gestor estadual, em conjunto com os gestores dos
municípios pólo em alta complexidade, a análise de dados (físicos e financeiros) que
auxiliam, no momento da programação propriamente dita, a distribuição adequada dos
recursos para cada município pólo.
A alocação dos recursos entre as regiões do estado deve levar em conta sua capacidade
instalada, a população de abrangência e o limite financeiro do estado para a alta
complexidade, com vistas a uma distribuição territorial mais equitativa e otimização em
escala econômica adequada.
Ao acionar qualquer grupo de alta complexidade, automaticamente serão abertos dados
relativos aos municípios que produziram algum tipo de procedimento daquele grupo em
2000, contendo: Freqüência de produção física de procedimentos, Valor Produzido e Valor
Médio.

Capacidade Física e Financeira


Este campo abre para que seja informado os valores relativos à capacidade potencial de
produção física e financeira de cada município, por grupo de alta complexidade, em análise,
com base em parâmetros de produtividade definidos pelo estado.
ATENÇÃO: Serviços organizados em 2001 devem ser incluídos pelo estado.

12
SEGUNDA ETAPA: MUNICIPAL

6 – MÓDULO “PROGRAMAÇÃO AMBULATORIAL E HOSPITALAR”

6.1- ATENÇÃO BÁSICA

UTILIZAÇÃO:
Esse módulo é de utilização do município, onde o gestor vai proceder à programação das
metas físicas das áreas de atividades componentes da assistência básica assim
constituídas:
- Saúde da criança;
- Saúde da mulher;
- Saúde do adolescente;
- Saúde do adulto;
- Saúde do idoso;
- Saúde mental;
- Saúde bucal;
- Imunização;
- Tuberculose;
- Hanseníase;
- DST;
- Demanda espontaria.

FUNÇÃO
Para o desenvolvimento da programação de todas as áreas de atividades serão utilizadas
as funções “Entrada de Parâmetros” e “Consolidado do Município” e para as áreas Saúde
da mulher e Saúde do Adulto será também utilizado a função “Demandas de Exames M1”.
Os quadros das áreas de atividades Saúde da criança, Saúde da mulher, Saúde do adulto e
saúde bucal não são abertos diretamente, sendo necessário à escolha dos quadros de
atividades seguintes:

Saúde da Criança
• Crescimento e desenvolvimento
• Assist Doenças Prevalentes na Infância - Infecções respiratórias
• Assist Doenças Prevalentes na Infância - Diarréia
• Assist Doenças Prevalentes na Infância – Desnutrição

Saúde da Mulher
• Pré Natal

13
• Prevenção de Câncer - faixa etária de 35 a 49 anos
• Prevenção de Câncer – faixa etária de 25 a 35 anos e 49 a 60 anos
• Planejamento Familiar

Saúde do Adulto
• Diabetes Mellitus
• Hipertensão Arterial

Saúde Bucal
• Procedimentos Individuais
• Procedimentos Coletivos

DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES


• Entrada de Parâmetros
Para todos as áreas, excetuando-se Imunização, o município poderá fazer a opção de
cobertura do percentual de população de acordo com seu planejamento local. No caso da
área de Imunização o cálculo será sempre realizado, tendo em vista a cobertura de 100%
da população alvo. Os campos relativos aos outros dados relevantes poderão ser
modificados de acordo com a realidade local, sendo mostrado, entretanto dados sugestivos
de médias nacionais ou outras recomendações levantadas em bibliografia específica.
Os campos que aparecem em todos os quadros apresentando as concentrações para cada
atividade (por exemplo, consultas médicas, visitas domiciliar etc.) serão preenchidos
automaticamente após a entrada dos dados de população e outros dados relevantes.
Entretanto, caso o município queria alterar as concentrações, a modificação poderá ser feita
no campo “parâmetro municipal”, para cada uma das atividades listadas. Caso o município
utilize o parâmetro sugerido, o total das atividades será calculado a partir deste fator
definido.
• Demandas de Exames
Esse quadro será preenchido automaticamente de acordo com a base da programação das
áreas de atividades. O calculo, entretanto utilizou somente as áreas com protocolos já
estabelecidos e amplamente divulgados – pré-natal – diabetes e Hipertensão arterial, de
acordo com o Manual de Organização de Laboratórios Clínicos do Ministério da Saúde.

• Consolidado da Programação

Esse quadro é o resumo totalizador da programação das áreas de atividades, podendo se


verificar o número de consultas básicas previstas pela programação e sua concentração
para o município, o que deverá estar coerente com a meta do Pacto da Atenção Básica.
Os dados de visitas domiciliares de ACS totalizam os valores de todos os quadros onde
foram programadas essas atividades e poderá ser utilizada também como base em
municípios que não tenham ACS, para a programação de visitas de outros profissionais da
atenção básica.
Os outros dados totalizados correspondem ao total físico das atividades que deverão ser
realizadas pelo município durante o ano, a cobertura de determinada atividade por habitante
por ano e o quantitativo de atividades que uma equipe de saúde da família deverá
desenvolver para cumprir a programação proposta pelo município.

14
Estes dados serão preenchidos com base na programação de todos os quadros de entrada
de parâmetros, associada com o número de habitantes cobertos por equipe. Caso o
município não tenha implantado o PSF esta programação poderá servir para o cálculo de
metas de atividades de unidades básicas preenchendo-se a média de população adstrita
em cada unidade municipal, no campo relativo ao número de habitantes cobertos por
equipe, ou mesmo para orientar uma futura implantação do PSF. O quantitativo de visitas
por agente, será calculado com base no número de ACS por equipe que o município
informar na parte inferior do quadro.
O quadro de recursos financeiros deverá ser preenchido com os valores do PAB, PAB-A e
PAB variável.
Após o preenchimento de todos os dados deverá ser acionado o campo de gravação dos
mesmos.

6.2- MÉDIA COMPLEXIDADE AMBULATORIAL

A programação da Média Complexidade está prevista por subníveis de complexidade,


organizados a partir do reagrupamento de todos os subgrupos do Bloco de Média
Complexidade do SIA SUS, em coerência com a NOAS.
Estes subníveis resultaram em três Elencos de complexidade tecnológica:
Elenco de Procedimentos de Média Complexidade I – EPM -I;
Elenco de Procedimentos de Média Complexidade II – EPM - II e
Elenco de Procedimentos de Média Complexidade III – EPM - III.
Esse reagrupamento compõe o ANEXO IV do Documento “O Organização E Programação Da
Assistência: Subsídios Para A Programação Da Assistência Ambulatorial E Hospitalar”.

FUNÇÃO
O SIS PPI para a programação de Média Complexidade, apresenta:
- o “Limite Financeiro Estimado” = valor disponibilizado para cada nível de complexidade,
definido com base na aplicação dos parâmetros “per capita” aprovados na CIB/CES e
aplicados à população de cada município e por grupo.
- o “Limite Estimado do Município” = valor disponibilizado para cada subgrupo definidos com
base na aplicação dos parâmetros “per capita” aprovados na CIB/CES e aplicados à
população de cada município.

DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES

A tela da programação da Média Complexidade apresenta-se subdividida para cada um dos


níveis de complexidade: I, II e III. Estes, apresentam-se também, subdivididos em duas
partes: a tela de Programação propriamente dita e a tela de Referenciamento.
Nessas telas o município, considerando as suas necessidades, prioridades e possibilidades,
deve registrar as ações atividades a serem desenvolvidas para seus munícipes, em seu
próprio território e aquelas a serem referenciadas para outros municípios, constando o
destino e os quantitativos das metas físicas e financeiras encaminhadas.

15
TELA DE PROGRAMAÇÃO
O gestor deve proceder à programação das metas físicas e financeiras por subgrupos, que
são automaticamente consolidados por grupos de média complexidade.

Como dado para análise crítica, a tela apresenta:

Produção 2000, constando a Freqüência, concentração per capita de procedimentos do


subgrupo, Valor Produzido e Valor Médio. Vale ressaltar que nesta produção está incluída
eventual referência de outros municípios.

Bandas: As “Bandas” são apresentadas a partir da definição realizada, no Módulo


“Simuladores”.
O município utiliza a faixa apresentada pelas bandas como um instrumento de análise para
comparar sua produção per capita, as bandas nacionais (em número de desvio padrão
entre 2 e 0,75), e o parâmetro adotado pela SES.

Parâmetro SES
Parâmetro adotado pelo estado e aprovado na CIB, expresso na forma de concentração per
capita.

Parâmetro Adotado
Refere-se ao parâmetro (concentração per capita) proposto pelo município, por subgrupo.
Se o parâmetro proposto é diferente do pactuado na CIB, este deverá ter sua justificativa
apresentada para avaliação e respeitar os valores globais referentes ao grupo em questão.
Meta Programada
Corresponde à quantidade física e valor financeiro correspondente, resultante do produto
do “Parâmetro Adotado” pela população do município e o custo médio do subgrupo.

Programação por Procedimento


O instrumento permite a programação detalhada por cada procedimento se o município
julgar importante, facilitando posteriormente, o preenchimento das FPOs por unidade
prestadora, em especial da rede privada contratada ou conveniada.
Neste caso, à medida que a programação por procedimento é realizada, os cálculos
resultantes vão sendo apresentados automaticamente pelo software nos campos
“Parâmetro Adotado”, Meta Programada “Física” e “Financeira”.

TELA DE REFERENCIAMENTO
Se o município não tem a capacidade para a cobertura de todos os procedimentos que
compõem um Elenco de Procedimentos de Média Complexidade, ele deverá referir a
assistência dos seus munícipes para outro município sede ou pólo.
O comando “Referenciamento” abre uma tela onde o gestor municipal seleciona o município
para o qual os procedimentos deverão ser referenciados.

16
No campo “Procedimentos”, será identificado o subgrupo de procedimentos que está sendo
programado, no campo “Município” serão relacionados os municípios e nas colunas
seguintes, serão apresentados os quantitativos físicos e financeiros a serem referenciados,
que são consolidados no campo inferior.
O município, de acordo com a regionalização proposta n PDR, deverá se orientar pelas
diferentes possibilidades de referência:
• Média Complexidade I – MCI: referências “em bloco”, isto é, a totalidade dos
procedimentos deverá ser referenciada para o município sede do módulo, na perspectiva
da qualificação da microrregião do qual faz parte.
No entanto, na transição de implementação do PDI, aceita-se que os municípios satélites
possam referenciar para municípios sede de outros módulos. Neste sentido é que para a
programação das referências em MC-I, o instrumento já selecionou todos os municípios
que são sede de módulos dessa microrregião. É bom lembrar que enquanto permanece
essas situação, não há como qualificar a microrregião.
• Média Complexidade II – MCII: referências para quaisquer outros municípios que
possuam capacidade instalada e se comprometam a atender os fluxos de referência.
Recomenda-se, mas não obriga-se, que as referências sejam dirigidas, para o município
pólo da microrregião identificado pelo PDR.
• Média Complexidade III – MCIII: referências para quaisquer outros municípios que
possuam capacidade instalada e se comprometam a atender os fluxos de referência.
Recomenda-se que seja priorizado com município de destino o município pólo da região,
previsto no PDR.

6.3 - TFD – TRATAMENTO FORA DO DOMICÍLIO (grupo 07 A3 -subgrupo 06)

FUNÇÃO:
Este módulo é de utilização do município e estado, de acordo com as definições aprovadas
na CIB, em Manual específico, que oriente quanto as responsabilidades de liberação e
controle do TFD intermunicipal e interestadual.
A programação de ajuda de custo é definida a partir da disponibilidade financeira, pactuada
na Bipartite. Sugerimos liberação para ajuda de custo nos casos de TFD interestadual.
O instrumento auxilia o gestor na programação do TFD por procedimento, definindo metas
físicas e financeiras, a partir da identificação do número de pacientes por modalidade de
tratamento :
• Terapia Renal Substitutiva – TRS
• Radioterapia
• Quimioterapia
• Outros (alta complexidade)
• Outros (média complexidade)

À medida que se elabora a programação do TFD, o software vai automaticamente


contabilizando o valor financeiro programado, que deverá ser comparado progressivamente
ao teto estimado para o município.

17
DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES:
• Programação:
Os dados de produção 2000, relaciona a quantidade física (nº total de procedimentos) e
valor financeiro pago, assim como o valor médio do TFD, como dados auxiliares de análise.

A programação deverá ser realizada a partir da definição da modalidade de tratamento, à


qual o TFD se destina, com a identificação do n.º de pacientes.
O destino de tratamento deve estar de acordo com a programação e pactuação da
assistência.
Em primeiro lugar é identificado o nº de pacientes, em seguida o nº de acompanhantes.
Para definição do nº de procedimentos, faz-se necessário identificar o índice do percurso
total e o nº de vezes em que o paciente se desloca para realização do tratamento.

OBSERVAÇÕES: Como calcular os índices do percurso total:

Índice do Percurso Total (terrestre) = Total de Km(distância ida e volta)


50Km
Índice do Percurso Total (aéreo) = “ 1 milha tem 1,6 km”; então, “ 200 milhas tem 320Km”) .

Índice (percurso aéreo)= total de Km (distância ida e volta)


320 Km
Cálculo do nº Procedimentos= índice X nº de deslocamentos X (total de pacientes+
acompanhantes)
Cálculo do Valor total dos Procedimentos = Nº de Procedimento X Valor do Procedimento.

6.4 - ALTA COMPLEXIDADE AMBULATORIAL

Esse módulo é de utilização do estado e municípios polo, permitindo ao gestor municipal a


programação das metas físicas e financeiras dos grupos de alta complexidade, (ver Portaria
627 de abril de 2001 e sua republicação), a partir de critérios pactuados na CIB para
distribuição dos recursos financeiros entre os municípios que polarizam a atenção de alta
complexidade.

FUNÇÃO
O módulo permite a definição da área de abrangência pela qual cada município pólo se
responsabilizará, por grupo de alta complexidade.
A partir dos parâmetros de cobertura pactuados na CIB para o estado, dos valores
financeiros definidos na macroalocação, da capacidade instalada por região, da
racionalidade prevista no PDR e a funcionalidade para os pacientes/usuários do sistema, a
SES e municípios polos, deverão definir a distribuição da responsabilidade em termos de
população de abrangência e de recursos financeiros correspondentes.

18
DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES
Para cada grupo de especialidade o instrumento traz para análise crítica os Dados do
Estado em Alta Complexidade e os Dados do Município em Alta complexidade, relativos à
produção física e financeira e valor médio pago em 2000.
Estimativa de macroalocação financeira:
trata-se do limite financeiro definido no Módulo de Macroalocação pela CIB para cada grupo
de alta complexidade.

Parâmetros
As faixas de parâmetros superior e inferior são apresentadas automaticamente visando
recuperar uma informação que contribui para a análise crítica da série histórica do conjunto
dos estados brasileiros e permitem uma visualização da posição da oferta do estado em
relação a demais unidades federativas. Esses parâmetros não se revestem de um caráter
prescritivo ou normativo, ou mesmo de uma “garantia” de recursos.
O Parâmetro Adotado recupera a definição realizada em conjunto pelos gestores estadual e
municipais, no módulo “Simuladores”, a partir de análises de outros dados que estados e
municípios possam ter. Em geral se dá com resultado de reflexão complexa, onde os
parâmetros representam um dos referenciais, porém está fortemente determinado pelas
disponibilidades de recursos alocados no bloco.
Necessidade
Os campos “Físico” e “Financeiro” apresentam o valores estimados da necessidade da
população do estado obtido através da aplicação do parâmetro.

Capacidade Potencial
Os campos “Físico” e “Financeiro” apresentam as possibilidades existentes no município em
relação à sua capacidade de produção de procedimentos em cada grupo de alta
complexidade. Deve ser definido com base no cadastro atualizado e em parâmetros de
produtividade.

Meta Programada 2002


Os campos “Físico” e ”Financeira” apresentam os quantitativos físicos e financeiros
programados para o ano de 2002, a partir da aplicação dos parâmetros de cobertura à
população de cada município que é selecionado.
O campo “Municípios de Abrangência” e sua população será automaticamente preenchidos
e consolidados a partir da identificação no campo à direita “Municípios”, daqueles que farão
parte da área de abrangência do município pólo de referência.

Municípios de Abrangência
Os campos “Regiões” “Microrregiões” e “Municípios” se apresentam em conformidade com
a proposta de regionalização do estado. Ao serem identificados os municípios integrantes
da área de abrangência, sua respectiva população é consolidada até o limite da
necessidade da região e da capacidade de responsabilização pela referência.
Após a definição de todo o processo de programação e referenciamento, deverá ser
acionado o display “Gravar”.

19
No caso de estado que não tenha em seu território, capacidade para a cobertura parcial ou
mesmo total, dos procedimentos programados, estes deverão ser contabilizados pela SES
para encaminhamento ao Ministério da Saúde para avaliação e consolidação da referência
interestadual.
Para tanto deverá ser identificado o estado e município(s) para os quais se pretende seja
feita registrando os quantitativos físicos e financeiros a serem referidos.

6.4- INTERNAÇÃO HOSPITALAR

FUNÇÃO
Esse módulo permite ao gestor municipal a programação das metas físicas e financeiras da
internação hospitalar de forma agrupada nas clínicas básicas (na linha subtotal) com
destaque para a psiquiatria e as internações de alta complexidade ou abrindo todas as
clínicas:
ƒ subtotal das clínicas básicas:
Clinica Cirúrgica;
Clinica Médica;
Clinica Obstétrica;
Clinica Pediátrica.
ƒ Psiquiatria;
ƒ Internação com procedimentos de Alta Complexidade.
Os dados referentes ao ano de 2000 foram agrupados de acordo com o disposto acima e
será referência para a Programação Hospitalar.

DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES


Programação
Para a programação hospitalar, são utilizados dois grande campos: um primeiro campo,
analítico, com quadros auxiliares e o segundo campo é o de programação da assistência
hospitalar no município e das referências.
O primeiro campo apresenta dois grupos de informações:
1 – Produção de internações no município em 2000.
2 – Capacidade Potencial de internações do município.
Esses quadros têm por objetivo subsidiar a elaboração da proposta dos municípios e o
processo de pactuação das referências para 2.001.
1 – apresenta a memória da produção de internações, constando a freqüência, valor
financeiro total produzido e valor médio das internações por clínica, ocorridos em 2000 e
alguns indicadores hospitalares também por município – média de permanência, taxa de
ocupação e percentual de participação de cada clínica em relação ao total de internações.
2 - apresenta a capacidade potencial de internação, por clínica e por município, com base no
nº de leitos cadastrados, considerando uma taxa de ocupação ideal de 90% e a média de

20
permanência observada no nível nacional em 2000. Auxilia na avaliação da possibilidade de
receber referências.
O segundo campo apresenta a proposta de programação e pactuação das referências para
o próximo período.
Propomos como parâmetro referencial de teto, uma cobertura populacional de 8%
(internações/habitante/ano).
Sugerimos que deste quantitativo máximo, seja “reservado” um percentual para possíveis e
prováveis necessidades de ajustes finais a serem pactuados na CIB.
Inicialmente, uma cota inicial virtual de AIH’s ( 7% ? ) é atribuída a todos os municípios,
mesmo aqueles que não dispõem de hospital. Corresponde às internações que a população
residente no município tem “direito”, ou seja, o número mensal de AIH’s necessárias para
atendimento da população local (residente), em todas as clínicas, sem ainda considerar
qualquer referência.
No estado que decidir pela programação por clínica deverá informar a participação
percentual de cada uma, na primeira coluna.
Na segunda coluna, consta o número relativo à “COTA VIRTUAL” definido pela CIB.
Referenciamento
Quando o município não dispõe de hospital ou tem capacidade instalada insuficiente para
atendimento em todos os níveis de complexidade, inicia-se a programação da referência,
indicando da cota inicial, quantas internações serão encaminhadas e para quais municípios,
de qual estado, por clínica, levando se em consideração a proposta de regionalização.
No quadro em separado, é consolidado o total de internações a serem encaminhadas por
especialidade ou global e por município de origem e de referência na forma de relatórios.
Nas reuniões microrregionais os municípios pactuarão as referências, compatibilizando as
necessidades de encaminhamentos e a capacidade ( quanto à quantidade e resolutividade)
de atendimento dos municípios polo.
A compatibilização dos pactos permitirá a construção dos Termos de Garantia de Acesso
Ao completar o processo de pactuação, tem-se o total líquido de internações programadas
por município, que indica o número real de internações a serem realizadas no território de
cada município, ou seja, a cota inicial referente à população residente, acrescida das
internações recebidas e deduzidas as internações que serão encaminhadas a outros
municípios.
Multiplicando-se o TOTAL LÍQUIDO DE INTERNAÇÕES PROGRAMADAS pelo CUSTO
MÉDIO DAS AIH’s do mesmo município obtêm-se o TETO FINANCEIRO PROPOSTO.
O total líquido de internações e o correspondente teto financeiro serão desdobrados em
internações destinadas à população residente atendidas em seu território, das destinadas à
população referenciada por outros municípios.
Essa proposta deverá ser ajustada pela CIB, por critérios definidos pela mesma ao proceder
à definição do quantitativo reservado. Este ajuste será desenvolvido na etapa de
consolidação estadual .
A mesma tela conta com um “display” que abre a “Memória das Referências ocorridas em
2.000”, por município de ocorrência e de residência, por clínica.
21
A memória da produção de internações hospitalares por município tem por objetivo subsidiar
os municípios na avaliação da situação da assistência hospitalar no ano de 2000 e orientar o
processo de pactuação.
Naturalmente, não se propõe que seja mantida pura e simplesmente, a situação da época ou
a atual ( para os que dispõem de levantamentos de procedência dos últimos 12 meses),
portanto, municípios e estado, devem avaliar criticamente as condições de acesso e
racionalidade do fluxo atual para os usuários e propor as alterações necessárias, tendo
como perspectiva a organização de sistemas funcionais. A programação das referências
deve considerar a possibilidade real de alteração da situação através de investimentos de
curto e médio prazo.

7- MÓDULO COMPOSIÇÃO DO TETO

FUNÇÃO
O módulo permite ao município o acompanhamento de resultados parciais de sua
programação durante o desenvolvimento do processo e da sua finalização. Os valores
físicos e financeiros relativos aos grupos e ou subgrupos de procedimentos são
apresentados automaticamente a partir de sua programação, permitindo ao município a
permanente análise do processo de programação e sua compatibilização com os recursos
existentes e as prioridades definidas.

DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES


Atenção Básica
quadro apresenta os parâmetros de cobertura utilizados e o total de atividades programadas
para a atenção básica do município.
Média Complexidade I, II e III
Os quadros da média complexidade em cada nível de complexidade apresentam a
descrição dos subgrupos respectivos e os valores físicos e financeiros programados para
cada um.
Alta Complexidade
quadro apresenta a descrição dos grupos da alta complexidade ambulatorial e os
respectivos valores físicos e financeiros programados.
Internação Hospitalar
quadro apresenta a descrição dos grupos de referência para a programação da internação
hospitalar e os respectivos valores físicos e financeiros programados.
Teto Global
O quadro apresenta os valores financeiros programados para a Média Complexidade
desagregada por nível de complexidade I, II e III, para a Alta Complexidade desagregada
por seus grupos e para Internação Hospitalar desagregada por seus grupos de
programação, além do valor global do teto programado para o município.

22
TERCEIRA ETAPA: CONSOLIDAÇÃO ESTADUAL: em fase final de desenvolvimento

8- MÓDULO CONSOLIDAÇÃO

UTILIZAÇÃO
O Módulo “Composição do Teto” será utilizado pelo estado e município e contem o conjunto
de relatórios, resultado dos registros feitos em todos os módulos e do processo de
programação realizado. Contêm também utilitários que possibilitam a execução de funções
de importação e exportação de base de dados e relatórios.

Este módulo ainda está em desenvolvimento e será disponibilizado aos estados e


municípios em tempo hábil que permita a execução da PPI.

RELATÓRIOS e CONSOLIDADO

23

Você também pode gostar